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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
2.1. Assistência (continuação)
2.2. Denunciação da lide
2.3. Chamamento ao processo
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
Ela permite que o terceiro ingresse no processo, para assistir, para auxiliar uma das partes.
Há duas espécies:
Assistência simples: interesse jurídico indireto decorrente de uma relação jurídica diferente com o
assistido (ex.: sublocatário).
Não é atingido pela Coisa Julgada, mas pelo efeito da justiça da decisão art. 123 do CPC.
Se o assistido for omisso ou revel, o assistente simples passa a ser substituto processual art. 121, parágrafo
único.
I. Assistência litisconsorcial
As regras estão previstas no art. 124 do CPC.
Neste caso o terceiro ingressa com autonomia de parte principal, como litisconsorte.
Tem interesse jurídico direto = titular do direito discutido, no todo ou em parte. Neste caso é atingido pela Coisa
Julgada.
Ex.: Credor solidário entra para ser assistente de outro credor solidário, que cobra a dívida toda.
Um condômino move uma ação contra o MST (movimento sem-terra), vem o condômino 02 e pede para ser
assistente litisconsorcial.
Procedimento da assistência:
O terceiro peticiona o ingresso como assistente;
O juiz ouvirá as partes em 15 dias;
Se necessário, haverá instrução e depois o juiz decide, tudo sem suspender o processo.
Obs.: a decisão que defere ou indefere intervenção de terceiros, caberá agravo de instrumento.
Conceito: permite as partes trazer ao processo o garante para exercer o direito de regresso.
Hipóteses de cabimento:
Evicção: o adquirente que no processo corre o risco de perder a coisa pode denunciar da lide o alienante
imediato.
Procedimento:
I. O autor faz a denunciação da lide na inicial, requerendo a citação do denunciado antes da do réu;
O réu faz na contestação, em preliminar;
II. Deferida a denunciação, o denunciante providenciará a citação do denunciado em 30 dias (na comarca)
ou em 2 meses (em outro local), sob pena de ficar prejudicada a denunciação;
III. Citado, o denunciado:
a) Sempre se torna réu do denunciante na ação de regresso;
b) Em regra, também se torna litisconsorte do denunciante na ação principal (art. 127 e 128, I do CPC);
Obs.: por isso, o denunciado terá autonomia de litisconsorte na ação principal; será atingido pela coisa julgada da
ação principal; e pode ser executado diretamente pelo autor vencedor da ação (art. 128, parágrafo único do CPC
e súmula 537 do STJ).
Conceito: Permite ao réu trazer ao processo os seus coobrigados para exercer direito de sub-rogação.
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Natureza jurídica: É uma ação autônoma de sub-rogação contra coobrigado.
Hipóteses de cabimento:
a) No CPC: o réu pode ser fiador (pode chamar ao processo os demais fiadores ou o devedor principal)
O réu devedor solidário (podem chamar os demais devedores solidários).
b) No CDC: o art. 101, II do CDC: o réu é o fornecedor pode chamar ao processo a seguradora.
Procedimento do chamamento:
I. O réu faz o chamamento na contestação;
II. Deferido o chamamento, o réu fará a citação do chamado em 30 dias (dias úteis) ou 2 meses;
III. Citado, o chamado torna-se litisconsorte passivo;
IV. A sentença de procedência condenará todos os réus;
V. O réu que pagar, sub-roga-se na posição do credor e executa a parte dos demais.
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