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NOTAS DE AULAS 1 - FÓRUM

1. Fundamentos de Pobreza [...] AULA 01 - Fórum 01: Reconhecer que a pobreza e as


desigualdades existem.

Entendo que a compreensão do que é a pobreza, nos faz refletir sobre o tanto que nos
descuidamos de fatores tão determinantes no processo educativo.
Quando Arroyo fala: “O mais terrível da pobreza é viver nos limites do viver, do
sobreviver mais precário”. E aí me questiono: Como estudar e aprender assim? Em que
situação de deterioração nossos alunos chegam à escola? Que perspectivas eles
possuem, se falta o mais básico?
Outro texto da aula também me fez refletir: A pobreza moral produzindo a pobreza
material. Não seria mais sensato pensar o inverso?
Acredito que devemos nos esforçar cada vez mais para exercer
nossa INSERÇÃO (seguindo pensamento de Paulo Freire) na vida de nossos alunos.
Assim sendo, precisamos desenvolver nossa capacidade, de conhecer e reconhecer, de
fomentar a busca, de entender o outro, de instrumentalizar, de dar a mão, de possibilitar
outras experiências e de adequar o que deve ser ensinado as reais possibilidades de
aprendizagem de cada aluno.
Infelizmente esta temática não foi contemplada na minha formação profissional e
percebo o quanto importante ela é.

2. Fundamentos de Pobreza [...] AULA 02 - Fórum 01: A visão moralista sobre a


pobreza

Boa Tarde!
Se me permite discordar de você, acredito no valor significativo no Ações Afirmativas
(Ex: Sistema de cotas). Não acredito que sejam medidas de "inclusão falsa" ou "um
mascaramento de um problema social", e sim uma tentativa de deixar a sociedade um
pouco mais justa, como a própria definição já explicita:
Ações afirmativas são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou
determinadas pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com o objetivo de eliminar
desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e
tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e
marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros.

30/05/2016

Acredito que, primeiramente, temos que pensar o ensino, a educação, e uma ESCOLA
DIFERENTE, da ESCOLA REPRODUTORAque tivemos em boa parte de nossa
história. A Escola sempre agiu de acordo com o contexto e interesses de quem detinham
o PODER de cada época (da Igreja, do Estado, dos políticos, da elite, dos grandes
industriais), para manutenção do status quo. Não quero colocar a culpa na escola para
essa relação da pobreza, sociedade e política, mas...
Será que já nos livramos ou rompemos com esse tipo de escola reprodutora?
Será que, realmente rompemos com os antigos preceitos da EUGENIA?
Outro ponto importante a comentar é que a visão Moralista assim como as
desigualdades sociais, não são obras do acaso, mas, são construídas socialmente, a partir
de cada contexto, e que o rompimento com essa visão Moralista passa pela conquista do
“Pensar Certo”, da autonomia e do protagonismo, e que é possível acreditar que cada ser
humano possa construir ativamente a sua própria história.
Para finalizar, Paulo Freire afirma que não podemos
cruzar os braços fatalistamente diante da miséria, esvaziando,
desta maneira, minha responsabilidade no discurso cínico e
“morno”, que fala da impossibilidade de mudar porque a
realidade é mesmo assim. O discurso da acomodação ou de sua
defesa, o discurso da exaltação do silêncio imposto de que
resulta a imobilidade dos silenciados, o discurso do elogio da
adaptação tornada como fado ou sina é um discurso negador da
humanização de cuja responsabilidade não podemos nos eximir
(FREIRE, 1999, p. 84).

3. Fundamentos de Pobreza [...] AULA 03 - Fórum 01: A Produção Social da Pobreza


e suas facetas políticas.

07/06/2016
Acredito no poder do trabalho diário, do posicionamento firme/fundamentado/justo
junto ao coletivo de professores e alunos e comunidade, da não neutralidade, do não
conformismo e do não comodismo.
Sou adepto do FAZER primeiro (mesmo em precárias condições) e não do esperar que
aconteça. Na minha prática cotidiana como professor de Educação Física, por exemplo,
muitas vezes "tento" estimular meus alunos e comunidade a refletir sobre as condições
ruins existentes para as vivências esportivas/lazer/saúde dentro e fora da escola, tento
fazer como que ele se apropriem desse "desconforto" de não ter, mas também das
possibilidades de poder ter, tento estimulá-lo a pensar e se posicionar como ser social e
político, para que eles se percebam com PODER de protagonizar mudanças.

06/06/2016

Quando falamos em política, educação e pobreza podemos citar essas duas falas:
“As forças políticas e econômicas desenvolvem pressões que recaem na configuração
dos currículos escolares, em seus conteúdos e nos métodos de desenvolvê-los”.
(SACRISTAN, 2000)
"As formas através das quais a sociedade seleciona, classifica, distribui, transmite e
avalia o conhecimento educativo considerado público refletem a distribuição do poder e
dos princípios de controle social". (BERNSTEIN, 1980 apud SACRISTAN, 2000)
Quando na AULA 3 é feita a pergunta: Diante disso, uma importante questão a ser
debatida na educação é: por que as escolas e as teorias pedagógicas atentam tão pouco
para esses processos de produção social da pobreza?
Acredito que a resposta para tal pergunta, pode fazer sentido quando refletimos que a
maioria das nossas escolas executam sua função social, descontextualizadas de seu
próprio contexto-meio-social. Quase tudo na escola é determinado, controlado,
monopolizado por estruturas políticas-administrativas... Longe da realidade vivida pela
própria escola... Sendo essas diretrizes “políticas” feitas/elaboradas sem a devida
participação social/democrática e com o objetivo de manutenção do padrão de poder-
dominação-subalternização vigente na sociedade (Aula 03).
01/06/2016

Bom Dia!
Vi essa matéria sobre Escravidão Moderna e achei interessante compartilhar trechos
(grifos meus), pois encaixa muito bem nas nossas discursões e o quanto estamos
implicados nessa condição.
NÚMERO ALARMANTE 31/05/2016 - 11h03
Escravidão moderna atinge 45,8 milhões de pessoas no mundo
Esse tipo de escravidão ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que
retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la
A pobreza e a falta de oportunidades são fatores determinantes para o aumento da
vulnerabilidade à escravidão moderna. Os estudos também apontam para desigualdades
sociais e estruturais mais profundas para que a exploração persista - a xenofobia, o
patriarcado, as classes e castas, e as normas de gênero discriminatórias.
Segundo a Walk Free, a escravidão moderna é um crime oculto que afeta todos os
países e tem impacto na vida das pessoas que consomem produtos feitos a partir do
trabalho escravo. Por isso, é preciso o envolvimento dos governos (por meio de suas
legislações e políticas), da sociedade civil, do setor privado e da comunidade para
proteção da população vulnerável.
Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em
sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram
dentro do país buscando melhores condições de vida.
Matéria completa no endereço abaixo – Jornal O POVO.
Fonte:http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/2016/05/31/noticiasmundo,36
18696/escravidao-moderna-atinge-45-8-milhoes-de-pessoas-no-mundo.shtml

4. Fundamentos de Pobreza [...] AULA 04 - Fórum 01: Pobreza e reprodução dos


diversos em desiguais.

14/06/2016

Falando ainda de CULTURA podemos citar as ideias de Paulo Freire:


Tornamo-nos CULTURAIS justamente quando interferimos na realidade e superamos a
nossa condição exclusivamente natural.
O MUNDO VIVO em transformação exige uma EDUCAÇÃO dinâmica que prepare o
estudante para aprender criticamente, interferir na realidade, e participar desse processo
histórico inacabado de HUMANIZAÇÃO DO MUNDO.
É preciso ter consciência que as condições concretas “condicionam” (impõe limites)
mas não determinam a prática, e um dos papéis da EDUCAÇÃO é superar
esses limites e não submeter-se a ela.
Educação HUMANIZADORA é aquela que favorece a participação do sujeito no
mundo.
É por essas ideias, por esses conceitos que temos que lutar, mas lutar de uma forma
diferente.

10/06/2016
Boa Tarde!
O que mais me impressionou nessa aula foi o processo de descontrução da identidade
local e descaracterização das histórias e culturas de uma determinada região. Até hoje
nós sofremos isso e às vezes não nos damos conta, e para piorar a situação não sabemos
como agir.
Algumas questões para reflexão:
Por que temos que aprender inglês, se nossa língua "materna" é o Tupi Guarani?
Por que temos que seguir referências/pesquisas da nossa área de conhecimento, que
foram idealizadas/realizadas tão distante da nossa características locais?
Por que valorizamos tanto Sertanejo/Funk/Eletrônica/Pop-Rock ("consideramos
como Pop Star´s"), se nosso Pé-de-Serra só faz sucesso em Junho?
A partir de hoje me considero um ÍNDIO..."a língua, os conhecimentos, as músicas, as
danças desse outro povo civilizado... será que é melhor que a minha?"...Tandepo’aite.

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