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Aula 6

Língua Portuguesa para a PRF (Teoria e Exercícios)


Orações Coordenadas e Subordinadas
Professor: Albert Iglésia
Olá!
Na aula anterior, iniciei minhas explicações esclarecendo o que é
uma oração e o que é um período, certo? Se você ainda tem dúvidas de
reconhecê-los, deve reler o material do nosso último encontro.
Nesta aula, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da oração
e do período, agora com o foco voltado para as relações existentes entre as
orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma oração e o
que é um período.

Sumário

Introdução .......................................................................................... 3
Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas .................................. 6
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas ................................... 6
Aditivas. ......................................................................................... 6
Adversativas .................................................................................... 7
Alternativas. .................................................................................... 7
Conclusivas. .................................................................................... 9
Explicativa....................................................................................... 9
Orações Subordinadas ...................................................................... 12
Orações Subordinadas Substantivas ..................................................... 12
Subjetiva ...................................................................................... 13
Objetiva Direta .............................................................................. 16
Objetiva Indireta ............................................................................ 18
Completiva Nominal ........................................................................ 19
Predicativa .................................................................................... 20
Apositiva ....................................................................................... 21
Orações Subordinadas Adverbiais ........................................................ 21
Causal. ......................................................................................... 23
Consecutiva ................................................................................... 23
Condicional.................................................................................... 24
Concessiva. ................................................................................... 24
Comparativa. ................................................................................. 24
Conformativa. ................................................................................ 27
Proporcional .................................................................................. 27
Temporal ...................................................................................... 28
Principais Conjunções Subordinativas ................................................ 28
Orações Subordinadas Adjetivas .......................................................... 33
Orações Adjetivas Restritivas e Explicativas........................................ 34
Lista das Questões Comentadas ........................................................ 45
Gabarito das Questões Comentadas .................................................. 58

Introdução

De início, você deve observar que as orações surgem organizadas


em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou composto. Será
simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou uma locução verbal),
caso em que a oração será dita oração absoluta.

Vive-se um momento social delicado.


Os alunos continuam estudando.

Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso em


que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade
(coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas.

Eu vou à escola; você, à praia.

A primeira observação a ser feita sobre o exemplo


acima é que o verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela
vírgula, já que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda,
perceba, é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a
coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o elemento
“co”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras palavras, não
há o desempenho de uma função sintática (sujeito, objeto, adjunto adnominal
etc.) por qualquer das orações do período.

É necessário que vocês estudem.

A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações: “É


necessário” e “que vocês estudem”. Alguém já deve ter percebido que o a
primeira oração é constituída por um verbo de ligação (SER) e por um termo
(“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde está o
sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração (“que vocês
estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque a frase na
ordem direta:

Que vocês estudem é necessário.

Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom


artifício: substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim:

Isso é necessário.

Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela oração


“Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha alguma função
sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de subordinação. Note
que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo “sub”, tradutor da noção de
posição abaixo, dependência.
Às vezes, em um mesmo período, as orações que o compõem
articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada.

Eu disse que trabalho e estudo.


As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”)
subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o
significado do verbo “disse” (o quê?), exercendo a função sintática de objeto
direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações
estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se à
segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto, ou
seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo.
Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações,
precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada uma
delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá por meio
de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos uma
coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre orações.
Caso a resposta seja negativa, estaremos de uma coordenação assindética
(sem conjunção).
Antes de averiguarmos detalhadamente tudo isso, quero propor um
teste a você. Tudo bem?

[...]
São pessoas de uma só família, que a obrigação do pai fez
7 sentar à mesma mesa.
Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja
inútil. O livro está nas mãos do leitor. Direi somente que se há
[...]
Machado de Assis. Obra completa. Vol. II, Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1994, p. 236. (com adaptações).

1. (Cespe/2014/TC-DF/Técnico em Administração) No trecho “Quanto ao


gênero deles, não sei que diga que não seja inútil” (l.8-9) a vírgula separa
orações coordenadas.
Comentário – Antes de qualquer coisa, prezado aluno, observe atentamente a
ausência de um verbo no segmento “Quanto ao gênero deles”. Então, é
descabido falar que “a vírgula separa orações”, sejam elas quais forem. Pronto,
acabou!
Resposta – Item errado.

Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas

As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem conjunção


são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações coordenadas
sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe nome semelhante ao
da oração.

Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção)


Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética, com conjunção)
Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com conjunção)

1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a


primeira oração de um período composto por coordenação.
2 – O mesmo período pode ser composto por
orações coordenadas assindéticas e sindéticas.
“Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” –
coordena-se à primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por
meio da conjunção “e”).

 Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas

a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a ideia de soma.


Ela falava, e eu ouvia.
Nossas crianças não fumam nem bebem.
Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro lugar.
(esta é uma estrutura aditiva enfática)
b) Adversativas – exprimem fatos opostos ao que se declara na
oração coordenada anterior; ideia de contraste.
Apressou-se, contudo não chegou a tempo.

Principais conjunções e locuções: mas, porém,


todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Cuidado: senão, ao passo que,
antes, em todo caso (conforme Cegalla, 2008, pág. 290).

[...]
7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo
Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do
10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas
décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século
[...]
João Campos. Uma nova educação para um novo
progresso. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações).

2. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Médio) Sem prejuízo da correção gramatical do


texto, o termo “entretanto” (l.8) e o trecho “e do Brasil em particular” (l.9-
10), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período
a que pertencem.

Comentário – Cabe ressaltar que a conjunção adversativa “entretanto” só


apareceu entre vírgulas por estar deslocada. Sua posição natural é no início da
oração. Já a expressão “e do Brasil em particular” tem natureza explicativa e
por isso também surgiu corretamente separada pelas vírgulas. No mais, fique
atento para o que disse o examinador: “Sem prejuízo da correção gramatical”.
Ele nada disse sobre alteração de sentido, certo? Portanto ele tem razão.
Observe o trecho reescrito já com as mudanças propostas: Essa renovação de
ideias precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual
é muito diferente do registrado há duas décadas, por exemplo.
Resposta – Item certo.

3. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Superior) A expressão “no entanto” (l.20)


poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto

Comentário – Agora a situação é outra. As conjunções destacadas são


permutáveis, por expressarem a mesma ideia adversativa. Não precisamos do
texto para saber isso.
Resposta – Item certo.

[...]
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial
7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro
lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua
[...]
Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações).

4. (Cespe/2015/FUB/Nível Médio) O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma


oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência de
fatos.

Comentário – A conjunção “mas” exprime ideia adversa ao que foi declarado


anteriormente.
Resposta – Item errado.
c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem
mutuamente.

Ora respondia, ora ficava mudo.


Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...;


já... já...; quer... quer...; seja... seja...

d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a


partir dos fatos expressos na oração anterior.

Ele estuda; passará, pois.

A conjunção pois tem valor semântico conclusivo


quando aparecer após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela
integrará oração de cunho explicativo.
Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por conseguinte, por
isso, de modo que, em vista disso.

e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem, suposição


ou sugestão.
Fique calmo, pois ele já vem.
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.

Não devemos confundir explicação com causa, isto


é, orações coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas
adverbiais causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; uma
causa é sempre anterior à consequência gerada. Além disso, as orações
explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas.
Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo da oração
explicativa)

1 – “Não se deve classificar uma oração


considerando apenas a conjunção que a introduz.

Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu.

Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva, percebe-se que a segunda


oração é coordenada sindética adversativa; pois, nesse contexto, a conjunção
‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.” (João Domingues Maia)
2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no
entanto, vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. [...] felizmente, essa visão
limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido efetivo.”
(Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto)
3 – “Há orações coordenadas assindéticas que
possuem claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo
subentendido.

Fiz o possível para prevenir-lhe o perigo; ninguém me ouviu.

Fale baixo: não sou surdo.

A terceira oração do primeiro período (‘ninguém


me ouviu’) e a segunda do segundo período (‘não sou surdo’), apesar de
formalmente assindéticas, já que não apresentam conjunção, têm sentidos bem
marcados: a primeira tem valor semântico adversativo (equivale a ‘mas ninguém
me ouviu’); a segunda, explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’).
Por isso convém insistir em que você se
preocupe mais com o uso efetivo das estruturas linguísticas do que com
discussões às vezes intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.”
(Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto, com adaptações).

Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas, quero


exemplificar o que foi dito anteriormente
Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de adição
que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos deixeis cair em
tentação, mas livrai-nos do mal”.

a) Tem olhos, e não vê.


Tem boca, e não fala.
b) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana.
c) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder!
d) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável.

Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela


conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração “mas
apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato mencionado
anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa apresenta oração
coordenada que traduz a consequência imediata da realização do fato
mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em que encontramos
oração coordenada (“mas principalmente responsável”) com a mesma relação
de sentido aditivo existente também na oração “mas livrai-nos do mal”, no
comando da questão.
Resposta – D

Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise fria e
tradicional das conjunções durante o processo de classificação das orações. É
fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre elas.
A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que podem
exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos. Antes de
estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei um quadro-
resumo delas.

Orações Subordinadas

Substantivas Adverbiais Adjetivas


1 – Subjetiva 1 – Causal 1 – Explicativa
2 – Predicativa 2 – Consecutiva 2 – Restritiva
3 – Objetiva Direta 3 – Condicional
4 – Objetiva Indireta 4 – Concessiva
5 – Completiva Nominal 5 – Comparativa
6 - Apositiva 6 – Conformativa
7 – Temporal
8 – Proporcional
9 – Final

Orações Subordinadas Substantivas

São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos no


período simples. Elas podem surgir em duas formas:

1. desenvolvidas  ligam-se à oração principal por meio das conjunções


subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de um pronome
ou advérbio interrogativo.

É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante)


Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante)
Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo)
Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo)

2. reduzidas  apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas por


preposição.

É importante estudar com afinco.


Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu.
Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal)
É fundamental a sua opinião sobre o assunto.
É fundamental que você opine sobre o assunto.
É fundamental você opinar sobre o assunto.
O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há apenas
uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua opinião sobre o
assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais fácil perceber isso: A
sua opinião sobre o assunto é fundamental.
Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a expressão
inicial foi transformada em duas orações: uma na forma desenvolvida (com a
conjunção integrante que); outra na forma reduzida (verbo opinar no
infinitivo).

Quando ocorre oração subordinada substantiva


subjetiva, o verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular.

Estruturas típicas da oração principal nesse caso são:

1. verbo de ligação + predicativo  é bom...; é conveniente...; é claro...;


está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc.

É preciso que se adotem providências eficazes..


Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam..

2. verbo na voz passiva sintética ou analítica  sabe-se...; soube-se...;


comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc.

Sabe-se que a prova está próxima.


Foi dito que a prova será adiada.

3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder,


parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular.
Convém estarmos aqui.
Urge que tomemos uma decisão.

5. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) No trecho “É verdade que a CE vem


desenvolvendo novas formas políticas” (L.21-22), o emprego da forma
verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não ter sujeito
explícito.

Comentário – Deve chamar sua atenção a estrutura verbo de ligação +


predicativo (“É verdade”), como explicado no item 1 acima. Agora, uma
preciosa dica para classificar adequadamente as orações subordinadas
substantivas: substitua a oração “que a CE vem desenvolvendo novas formas
políticas” pelo pronome demonstrativo ISSO: É verdade ISSO. Se preferir,
reorganize tudo: ISSO é verdade. Ficou fácil identificar o sujeito da forma verbal
“É”, certo? Pois é, trata-se de um sujeito oracional e de uma oração subordinada
substantiva subjetiva.
Resposta – Item errado.

6. (Cespe/MP/Analista de Infraestrutura/2012) Seria mantida a correção


gramatical do período “É fato que os números absolutos impressionam”
(L.11-12), caso a preposição de fosse inserida imediatamente antes da
conjunção “que”.

Comentário – Estamos diante de uma estrutura típica de ORAÇÃO PRINCIPAL


(“É fato”: verbo de ligação + predicativo do sujeito) seguida de ORAÇÃO
SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA (“que os números absolutos
impressionam”). Portanto não faz sentido empregar a preposição de antes da
conjunção integrante “que”. Não convém preposicionar o sujeito desse modo;
nem sequer existe algum verbo ou nome requerendo tal preposição.
Resposta – Item errado.
[...]
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda
7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras
americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual
luso-brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de
10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole
deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. [...]
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista
de História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações)

7. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5/2012) A


oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas
políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma verbal
“esperava” (L.10).

Comentário – Observe atentamente que estamos diante de uma estrutura


típica de voz passiva sintética (ou pronominal), com pronome apassivador “se”
e verbo transitivo direto “esperava”. Compare com o que eu disse no item 2 das
“Estruturas típicas da oração principal”. Portanto a oração “que a metrópole
deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) funciona como
sujeito (paciente) do verbo “esperava”.
Preliminarmente, a banca considerou o item certo, ou seja,
como objeto direto mesmo. Mas depois retrocedeu e mudou o gabarito.
Resposta – Item errado.

[...]
Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se
16 dar tanto de forma omissiva, pela ausência de cuidados
necessários ao desenvolvimento do indivíduo, de alimentação
regular e abrigo, quanto comissiva, pela prática de atos que
19 violam a liberdade e a integridade física e psíquica da vítima,
agressões físicas ou verbais. Esses atos são capazes de gerar
[...]
Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em
casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações)

8. (Cespe/2015/TJ-DFT/Técnico Judiciário) Em “Importa destacar" (l.15), a


oração “destacar" exerce função de sujeito.

Comentário – Sim, trata-se de uma oração subordinada substantiva subjetiva.


Observe a estrutura sintática do segmento. Nele, o verbo importar representa a
oração principal e a oração seguinte funciona como sujeito dele (“O que
importa?”, “Isso importa” – “destacar” = “Isso”).
Resposta – Item certo.

[...]

[...]

9. (Cespe/2015/TJ-DFT/Conhecimentos Básicos para os Cargos 2,3 e 5 a 12)


A oração “radicalizar a política de ampliação do acesso à justiça" (l.12) e o
termo “consenso" (l.14) exercem a mesma função sintática nos períodos
em que ocorrem.

Comentário – A oração “radicalizar a política de ampliação do acesso à justiça"


exerce a função sintática de sujeito do verbo que integra o predicado “é preciso”,
enquanto a expressão “consenso” é um complemento do verbo “há”, exercendo
a função de objeto direto.
Resposta – Item errado.

Objetiva Direta
Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da oração
principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição obrigatória.

Ressalte-se que, nas frases interrogativas indiretas,


as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas
pelas conjunções subordinativas integrantes se ou que e, ainda, por
pronomes ou advérbios interrogativos.

Tome cuidado porque as bancas examinadoras


podem perguntar, por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos abaixo
possuem a mesma classificação gramatical” e sublinhar, maliciosamente, dois
vocábulos introdutores de orações subordinadas substantivas objetivas diretas.
Partindo da ideia comum de que elas são iniciadas por conjunções integrantes,
é possível que algum candidato mais afoito diga “sim”, sem se dar conta de que
pode estar diante de uma conjunção integrante e um pronome interrogativo.

Todos sabemos que ele aceitará o convite.


como as coisas funcionam aqui.
onde fica a farmácia.
quanto custa o remédio.
quando acabam as aulas.
qual é a matéria da prova.
Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos),
ver, sentir e ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração subordinada
substantiva objetiva direta:

Ouvi-os bater. / Deixe-me entrar.

As orações em destaque são reduzidas de


infinitivo. E o mais interessante é que os pronomes oblíquos átonos os e me
são os sujeitos dos verbos no infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único
caso em que tais pronomes desempenham tal função sintática.

10. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) No período “Que Demócrito não risse, eu o


provo” (L.20), o verbo provar complementa-se com uma estrutura em
forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente
para um pronome.

Comentário – A oração “Que Demócrito não resiste” (iniciada por uma


conjunção integrante) é subordinada substantiva objetiva direta. Por estar
antecipada e retomada pelo pronome oblíquo (que funciona como objeto direto
pleonástico ou repetido), surge separada pela vírgula (voltaremos a esse caso
na aula específica sobre pontuação). Entenda a frase da seguinte forma: Eu
provo que Demócrito não risse (Eu provo ISSO).
Resposta – Item certo.

Objetiva Indireta
Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração
principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser
omitida.
Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato)
Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice Lispector)

Completiva Nominal
Liga-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da oração
principal completando seu significado. É introduzida por preposição (como todo
complemento nominal).
Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar.
substantivo

A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro.


adjetivo

Está perto de fazermos a prova.


advérbio

Quanto à obrigatoriedade do emprego da


preposição, devo fazer alguns esclarecimentos. Já não se discute o emprego
facultativo da preposição diante de oração objetiva indireta. Exemplo:
Concordamos (com) que o aumento seja maior. Não me recordo agora de
uma questão problemática envolvendo esse tipo de análise. Quando o foco é
uma oração completiva nominal, o emprego da preposição suscita dúvidas. Há
quem defenda a obrigatoriedade do emprego da preposição. A Esaf, por
exemplo, já se manifestou a respeito no passado. Veja o item da prova de
AFT/2003:

Na América Latina, por exemplo, “a integração global aumentou


ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma preocupação
generalizada que o processo esteja levando uma maior
desigualdade no próprio interior dos países. Essa desigualdade
já alcançou os Estados em suas relações assimétricas.
O item foi considerado errado também por causa da falta da preposição “de”:
...preocupação generalizada de que o processo... Mas não podemos ignorar a
argumentação daqueles que defendem a possibilidade de omissão da
preposição. O eminente Celso Pedro Luft, por exemplo, diz que “é viável a elipse
da preposição” (Dicionário Prático de Regência Nominal). O Cespe já trilhou essa
mesma linha. Analise atentamente o item seguinte
(TJ-BA/Oficial de Justiça/2005), que foi considerado correto pelo examinador.

“Não há dúvida de que, no início do século XXI, os EUA


chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de
constituição de um império mundial”. Como na sequência há um
complemento oracional, a omissão da preposição "de" "não há
dúvida de que" também estaria de acordo com as exigências da
norma escrita culta.

Cegalla (2008:386) diz que “As completivas nominais são regidas de preposição,
a qual em certos casos pode ser omitida” (observe a contundência da afirmação
na primeira parte da frase). Ele não esclarece quais são os casos, apenas dá um
exemplo e nada mais: “Zé Grande tinha a impressão [de] que estava voltando
a ser criança”. Segundo Evanildo Bechara (2009:483-4), “pode-se prescindir da
preposição que inicia uma oração objetiva indireta ou completiva nominal”. Ele
apresenta dois exemplos: a) “ ‘...em que o avisava [de] que em conselho se
decidirá que o fossem cercar...’ ”; b) “...tive medo [de que] fosse ouvida...”
(note que agora o conectivo também foi omitido). Como se percebe, tudo
depende do ponto de vista dos examinadores, até que uma bibliografia seja
definida no edital. Enquanto isso não acontece, devemos analisar
cuidadosamente todas as opções e marcar a melhor resposta.

Predicativa
Funciona como um predicativo do sujeito da oração principal; seu
valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se notar
também a presença de um verbo de ligação na oração principal.
Nosso desejo era encontrares o teu caminho.
O triste é que não era uma planta qualquer.

Apositiva
Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada pela
pontuação (vírgula, dois-pontos). Seu significado amplia, explica, desenvolve,
resume o conteúdo da oração principal.

O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se


rapidamente.
Só resta uma alternativa: encontrar o culpado.

Orações Subordinadas Adverbiais

I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição,


finalidade etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração
principal;

II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo e


são introduzidas por conjunção;

III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio,


particípio).

1 Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima


arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo
informaram-lhe que havia oito milhões de ratos na cidade.
4 Perguntou: “Como é que vocês contaram?”

[...]
Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 4/8/2013 (com adaptações).
11. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Uma forma correta de
reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a
seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia
oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro.

Comentário – Cuidado! O examinador tentou desviar seu olhar para o erro


contido na reescritura. A conjunção “quando” inicia uma oração subordinada
adverbial temporal desenvolvida (observe, além da própria conjunção, o verbo
“informaram”, que está conjugado no modo indicativo). A proposta da banca
substitui essa oração desenvolvida por uma reduzida de infinitivo: “ao ser
informado...” (observe a ausência da conjunção e o verbo “ser” no infinitivo).
Até aqui, tudo bem!
O erro surge sutilmente no emprego da forma verbal “existia”.
O verbo existir é pessoal, possui sujeito. Este é representado pelo termo “oito
milhões de ratos”. Portanto o verbo deveria ser flexionado no plural (existiam)
para concordar em número como o sujeito da oração.
Resposta – Item errado.

[...]

[...]

12. (Cespe/2016/DPU/Agente Administrativo) A forma verbal “garantindo”


(l.15) introduz uma oração reduzida de gerúndio de caráter adverbial.

Comentário – O trecho não apresenta oração reduzida, e o emprego do


gerúndio ocorre em uma conjugação perifrástica, em que a locução verbal,
formada pelo verbo auxiliar “estamos” com a forma nominal “garantindo”,
expressa uma aspecto de duração, que evidencia a continuidade do processo ou
ação. Numa locução verbal, as flexões de tempo e modo ocorrem no verbo
auxiliar, o qual pode descaracterizar o surgimento de uma suposta oração
reduzida.
Resposta – Item errado.

 Classificações

Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal.

Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em


português. (Clarice Lispector)

Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração principal.

Fiquei tão alegre com esta ideia que ainda agora me treme a pena na
mão. (Machado de Assis)

[...]
cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações
10 desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a
“fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o
[...]
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações).

13. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) A oração


introduzida pela conjunção “que” (L.10) expressa ideia de consequência em
relação à oração anterior, à qual se subordina.

Comentário – Sim, é isso mesmo. A conjunção “que” é integrante (não


desempenha função sintática). Cuidado para não confundi-la com pronome
relativo (que introduz oração adjetiva e desempenha uma função sintática).
Resposta – Item certo.
Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na oração
principal se realize.

Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de


Elpenor. (Augusto Meyer)

14. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo) No segundo


quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto
de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado:
Se A, então B.

Comentário – Sim, é isso mesmo. A primeira oração (“Se os ignorantes é que


são felizes” – “é que” é expressão de realce) constitui a condição para a
realização do que foi declarado na oração seguinte.
Resposta – Item certo.

Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o acontecimento do que se


declara na oração principal.

[...] descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala.


(Graciliano Ramos)

Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação.


Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo)
Muitas vezes, o verbo da oração subordinada
adverbial comparativa está oculto.
As ideias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal
[...]. (Machado de Assis)
Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa pode
apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto.

15. (Cespe/TJ-RO/Analista Judiciário/Análise de Sistemas/2012) No que se


refere a aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, assinale a opção
correta.

a) Na oração “que o governo popular” (L.8), que expressa uma consequência,


há elipse da forma verbal “exige” (L.7).
b) Os elementos “menos” (L.8) e “outras” (L.8) são modificadores de
intensidade relacionados ao núcleo nominal “virtudes” (L.8).
c) Sem contrariar o sentido original do texto e mantendo-se a correção
gramatical, a expressão “perante a autoridade da experiência” (L.2) poderia
ser reescrita da seguinte forma: perante ao reconhecimento da
autoridade dos mais experientes.
d) Na oração “a terceira é o pior de todos os governos” (L.7), o verbo poderia
ser suprimido e a vírgula, empregada no lugar dele, para indicar a elipse.
e) Na linha 7, “se exige” corresponde a é exigido.

Comentário – Alternativa A: errada. A oração destacada é comparativa. O autor


do texto compara a exigência de virtudes feita pela aristocracia com a que é
feita pelo governo popular. O verbo realmente está elíptico: “que o governo
popular [exige]”. Mas isso não impede que a sentença esteja errada.
Alternativa B: errada. A ideia transmitida pelo elemento
“outras” é qualitativa, e não quantitativa.
Alternativa C: errada. Perante já é preposição e, por isso,
dispensa outra preposição ao seu lado. Em “perante a autoridade”, o “a” é artigo
definido. Então, não é correta a sintaxe perante ao reconhecimento. O a está
sobrando no trecho.
Alternativa D: certa. A elipse do verbo pode muito bem ser
indicada por meio da vírgula. A compreensão da frase é facilitada pela evidência
do mesmo verbo na oração anterior. Veja: ...a segunda, a aristocracia
propriamente dita, é o melhor governo; a terceira, o pior de todos os governos.
A vírgula que substitui normalmente o verbo é chamada de vírgula vicária.
Alternativa E: errada. Não confunda a estrutura “se exige” com
a flexão do verbo em voz passiva sintética. O “se” não é pronome apassivador;
é conjunção condicional. Veja o trecho com outra organização: Contudo, se a
aristocracia exige menos virtudes que o governo popular [exige]... Outra dica
legal é trocar o “se” por caso (com as devidas adaptações): Contudo, caso exija
a aristocracia menos virtudes que o governo popular...
Resposta – D
Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é dita na oração
principal.
Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo outro.
(Mário Donato)

Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente ao que se diz


na oração principal.

Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da natureza.


(Graça Aranha)

Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal.

O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem os


quatro movimentos.

[...]
7 Todavia, as discussões sobre essa matéria ainda
aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal, cujas teses se
dividem basicamente em duas: uma que defende a
10 inconstitucionalidade da lei, invocando o princípio de que
norma penalizadora mais dura não pode retroagir para
prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido [...]
Andeson de Oliveira Alarcon. As inovações eleitorais, a fichalimpa
e as eleições 2012. In: Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba.
Internet: <www.tre-pb.gov.br> (com adaptações).

16. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) Nas linhas 11 e 12, os verbos


“retroagir”, “prejudicar” e “ferir” estão coordenados entre si e subordinados
à forma auxiliar “pode”.
Comentário – As relações não são bem essas que o examinador indicou. As
orações constituídas pelos verbos “prejudicar” e “ferir”, de fato, estão
coordenadas entre si por meio da conjunção aditiva “e”: “prejudicar o réu e
ferir suposto direito adquirido”. No entanto, tais orações mostram-se
subordinadas à oração constituída pela locução verbal “pode retroagir” e
funcionam como adjunto adverbial de finalidade. Observe ainda que, na locução
verbal, o primeiro verbo (“pode”) é o auxiliar; o segundo (“retroagir”), o
principal.
Resposta – Item errado.

Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração principal.


Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta [...].
(Lourenço Diaféria)
Observe que as três orações subordinadas abaixo destacadas
apresentam estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos
desenvolvidos (conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções.
Agora, os verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e
particípio).
Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo)
Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio)
Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio)
Principais Conjunções Subordinativas

Uma vez estudadas as características e os valores semânticos das


orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais
conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal.

Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado que;


Causais
já que; uma vez que; na medida em que; etc.
Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc.
Comparativas Que; (do) que; quanto; como; assim como; bem como; etc.
Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais que;
Concessivas
se bem que; por pouco que; nem que; conquanto etc.
Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que; a
Condicionais
menos que; a não ser que; que; etc.
Conformativas Conforme; como; segundo; consoante; etc.
Finais Para que; a fim de que; que; etc.
À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto
mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior...
Proporcionais
maior; enquanto (conforme Cunha e Cintra, 2008,
págs. 604 e 623) etc.
Quando; enquanto; antes que; depois que; desde que; logo
Tempo que; assim que; até que; que; apenas; mal; sempre que;
tanto que; etc.
17. (Cespe/TRE-RJ/Técnico Judiciário/2012) As relações sintáticas do período
não seriam prejudicadas caso se substituísse “enquanto” (L.7) por ao
passo que.

Comentário – Considero esta questão difícil, pois não aprendemos isso durante
os muitos anos de estudo na escola nem em alguns cursos preparatórios. O
examinador deve ter se fundamentado na Nova gramática do português
contemporâneo (CUNHA & CINTRA, 2008, pág. 604). Leia com atenção o que os
gramáticos ensinam:

As [conjunções] PROPORCIONAIS iniciam uma oração subordinada


em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se
simultaneamente com o da oração principal. São as conjunções à
medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto
mais... mais , quanto mais... tanto mais, quanto mais... menos,
quanto mais... tanto menos, quanto menos... menos, quanto
menos... tanto menos, quanto menos... mais, quanto menos...
tanto mais (...). [grifos meus]

Na página 623, existem os seguintes exemplos de orações


proporcionais:

a) “Choviam os ditos / ao passo que ela seguia pelas mesas.


/” e
b) “Duas ou três funcionárias aproximaram-se, / enquanto o
servidor / que fizera a pergunta / ia dando o fora. /”.

Esclareço que não encontrei a conjunção enquanto classificada


como adversativa nas gramáticas de Bechara, Cegalla e Celso Cunha. Já a
locução conjuntiva ao passo que consta em Cegalla (2008, pág. 290) também
como adversativa.
Resposta – Item certo.

1 Em 2013, a oferta de emprego nas cidades do interior


de nove estados (São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco,
Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará) superou
4 expressivamente a das áreas metropolitanas desses estados, de
acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego. E não
7 é fato episódico, mas uma nova tendência ou processo, pois,
desde 2010, cresce o peso do interior na contratação de mão de
obra formal, enquanto se reduz o peso das grandes capitais.
10 Há vários aspectos importantes nessa mudança do
vetor do emprego. Ela é registrada nos serviços, no comércio,
na construção civil e, ainda mais, na indústria. Neste segmento,
13 reforça-se a convicção de que o interior oferece não só melhor
condição de instalação de novas fábricas, como de contratação
do pessoal, que pode trabalhar perto da casa e da família, com
16 menor custo de transporte e menor perda de tempo no
deslocamento entre a casa e o trabalho.
O Estado de S.Paulo, 6/3/2014 (com adaptações).

18. (Cespe/TJ-CE/Nível Médio/2014) Assinale a opção correta em relação às


estruturas linguísticas do texto acima.
a) A vírgula logo após “pessoal” (l.15) isola oração subsequente, que tem
natureza restritiva.
b) No trecho “a das áreas” (l.4) há elipse da palavra “cidade” logo após o termo
“a”.
c) Prejudicam-se a correção gramatical do período e suas relações sintáticas
ao se substituir “pois” (l.7) por qualquer um dos termos a seguir:
porquanto, já que, porque, visto que.
d) Alteram-se as relações sintáticas originais do período ao se substituir
“enquanto” (l.9) por ao passo que.
e) A palavra “vetor” (l.11) está sendo utilizada no sentido de direção,
orientação, sentido.

Comentário – Alternativa A: errada. A oração “que pode trabalhar perto da


casa e da família” tem natureza explicativa. Orações restritivas não podem ser
isoladas do termo a que se referem por meio da pontuação.
Alternativa B: errada. Logo após o termo “a” há elipse da
seguinte expressão: “oferta de emprego nas cidades”.
Alternativa C: errada. Não há prejuízo. Todos os conectivos
podem expressar o mesmo sentido de causa. Basta reler atentamente o quadro
acima.
Alternativa D: errada. Não há alteração. No texto, a conjunção
“enquanto” expressa proporcionalidade. A locução conjuntiva ao passo que
também pode indicar o mesmo sentido.
Resposta – E

Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria,


mesmo assim eu arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida
que e na medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora
de valor semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada
que expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por falta
de atenção a esse detalhe.
Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada adverbial
causal com oração coordenada sindética explicativa! Em alguns momentos, elas
podem apresentar semelhanças que dificultam a análise correta. Por exemplo,
ambas admitem as conjunções pois, que, porque, porquanto. Porém, um
pouco de atenção para os aspectos que vou assinalar pode ser de grande
utilidade:

[Ele pegou a doença] [porque [Não ande descalço,] [porque você


andava descalço.] vai pegar uma doença.]
1. Há uma relação de causa e 1. Não há relação de causa e
consequência entre as duas orações. consequência: apenas é dado o motivo
para que não se ande descalço.
2. A conjunção que introduz a 2. Pode-se eliminar a conjunção
oração causal não pode ser eliminada. coordenativa explicativa: Não ande
descalço, você vai pegar uma
doença.
3. A oração adverbial pode ser 3. Não se pode transformar a
transformada em oração reduzida de oração coordenada em oração
infinitivo: Ele pegou a doença por reduzida.
andar descalço.
4. O verbo da oração principal não 4. A oração anterior à explicativa
expressa dúvida ou hipótese. geralmente possui verbo no imperativo
ou tem caráter hipotético. De outro
modo, poderíamos dizer: Ele dever
ter andado descalço, pois pegou
uma doença.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se,


semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo, atribuindo-
lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem exercer a função
de adjunto adnominal de um termo da oração principal. Observem:

Deve-se investir em soluções definitivas.


Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os
problemas.
Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no
segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas” discrimina
o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico. Além disso, exerce
função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro exemplo: ambas as
expressões são adjuntos adnominais do substantivo “soluções”, que é núcleo
do objeto indireto.
ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS

Na relação que estabelecem com o termo a que se


referem, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras
distintas: restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente
explicando, realçando, amplificando uma informação sobre ele.

O jovem que estuda passa.


Oraç. Subord. Adj. Restritivas
O homem que luta vence.
O homem, que é mortal, almeja a vida eterna.
Oraç. Subord.
Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. Adj. Explicativas

No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a verdadeiros


adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não constituem um
atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza): nem todo jovem
passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence (somente o que luta).
Elas funcionam como adjuntos adnominais e não podem ser separadas do
substantivo por vírgulas.
No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico
explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo a
que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não
influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas da
frase ou ficar separadas do substantivo pela pontuação sem implicar alteração
semântica. Sendo assim, elas se assemelham a um aposto explicativo.
[...]
A crescente e constante ampliação da escolaridade feminina
tem contribuído para ampliar o espaço de atuação das
mulheres no mercado de trabalho também em profissões
16 que, historicamente, têm sido consideradas como espaços
masculinos. As profissões científicas e tecnológicas inserem-se
nesse contexto. Essas carreiras estão associadas a
19 conhecimentos de ciência e tecnologia cuja construção
histórica e social foi marcada por exclusões de gênero que
resultaram em campos com predominância masculina, seja pelo
22 perfil de gênero dos seus profissionais, seja pela forma como
seus conhecimentos se desenvolveram, estruturaram-se ou se
organizaram. A baixa participação feminina, nesse universo,
25 ainda é uma realidade, particularmente na Engenharia. A
reduzida presença de mulheres é um fenômeno que pode ser
visto como corolário da baixa presença feminina em cursos
28 superiores dessa área.
Nanci Stancki Silva. Engenharias no Brasil: mudanças no perfil de
gênero? Internet: <www.fazendogenero.ufsc.br> (com adaptações).

19. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) As orações “que,


historicamente, têm sido consideradas como espaços masculinos” (l.16-17)
e “que resultaram em campos com predominância masculina” (l.20-21)
poderiam, mantendo-se a coerência do texto e a sua correção gramatical,
ser introduzidas por vírgulas, sendo, assim, interpretadas de uma maneira
não restritiva.

Comentário – As duas orações apontadas são adjetivas restritivas e, portanto,


possuem caráter restritivo. É importante notar que elas não são separadas dos
substantivos que especificam por meio de pontuação (vírgula, por exemplo):
– “profissões que, historicamente, têm sido consideradas”;
– “exclusões de gênero que resultaram em campos”.

De fato, a inserção de vírgulas mudaria o caráter restritivo


delas para explicativo, porém afetaria o sentido original do texto.
Resposta – Item errado.

[...]

31 Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo


comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou
a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não
34 fazem ideia da emoção que causa. [...]
André da Cunha. Mas você vai ser professor? In: Revista Língua
Portuguesa, n.º 39, Escala Educacional, 2012 (com adaptações).

20. (Cespe/SEGER-ES/Analista Executivo/Direito/2013) O trecho “que os


outros julgam louca” (l.33) constitui uma oração coordenada.

Comentário – Na oração destacada pelo examinador, surge o pronome relativo


“que”. Se você tem dúvida da classe gramatical desse vocábulo, basta substituí-
lo pelo pronome relativo por excelência: o qual (com as devidas variações de
gênero e número) Se o teste der certo, então teremos realmente um PR: ...É
mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou a qualquer
outra coisa a qual os outros julgam louca... Assim sendo, temos uma oração
subordinada adjetiva. Lembre-se de que o pronome relativo introduz oração
adjetiva e não coordenada.
Resposta – Item errado.

1 Entre as iniciativas desenvolvidas pelo Ministério da


Integração Nacional (MI) por meio da Secretaria Nacional de
Irrigação está o programa Mais Irrigação, que prevê
4 investimentos de R$ 10 bilhões em recursos federais e em
parcerias com a iniciativa privada, para aumentar a eficiência
das áreas irrigáveis e incentivar a criação de polos de
7 desenvolvimento.
Internet: <www.integracao.gov.br> (com adaptações).

21. (Cespe/2013/MI/Assistente Técnico Administrativo) A oração subsequente


à expressão “Mais Irrigação” (l.3) tem natureza restritiva.

Comentário – Você observou a vírgula separando as orações? Ela tem um papel


importante, pois indica que a oração subsequente tem natureza explicativa.
Relendo atentamente a passagem, constata-se que essa oração não influencia
o significado do termo a que se refere (“o programa Mais Irrigação”) e pode ser
retirada da frase sem implicar alteração semântica.
Resposta – Item errado.

22. (Cespe/MTE/Contador/2014) No trecho “Não são poucos os chefes que não


sabem como tratar um tema que envolve seus subordinados” (l.3-4), há
duas orações de natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a
“um tema”.

Comentário – Sim, é verdade. Primeiramente, faça o seguinte teste: substitua


o “que” por “o qual” (e suas variações) para se certificar da existência do
pronome relativo. Veja: “Não são poucos os chefes os quais não sabem como
tratar um tema o qual envolve seus subordinados”. Agora perceba que as
orações introduzidas pelos pronomes relativos não estão separadas por meio de
vírgula.
Resposta – Item certo.

1 As obras de dragagem objetivam remover os


sedimentos que se encontram no fundo do corpo d'água para
permitir a passagem das embarcações, garantindo o acesso ao
4 porto. [...]
Internet: <www.antaq.gov.br> (com adaptações).
23. (Cespe/Antaq/Nível Médio/2014) A oração “que se encontram no fundo do
corpo d'água” (L.2) tem função restritiva.

Comentário – Trata-se de uma informação que restringe o significado dos


sedimentos mencionados no texto. Portanto a oração é realmente (adjetiva)
restritiva.
Resposta – Item certo.

[...]
13 de comunicação. O histórico dos crimes cibernéticos, por sua
vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi
definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que,
16 dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de
sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais.
Artur Barbosa da Silveira. Os crimes cibernéticos e a Lei nº 12.737/2012.
In: Internet: <www.conteudojuridico.com.br> (com adaptações).

24. A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” (l. de 15 a 17) é de natureza
restritiva.

Comentário – Cuidado, pois a questão é perigosa! As vírgulas que separam o


termo “dotado de conhecimentos técnicos” podem confundir você. Basta
retirá-lo para notar mais claramente o valor restritivo da oração iniciada pelo
pronome relativo “que”: “...como sendo aquele indivíduo que promove a
invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas
virtuais”.
Resposta – Item certo.

Note que as conexões entre as orações


subordinadas adjetivas apresentadas até aqui e suas orações principais são
feitas pelo pronome relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou
relacionar – daí o nome relativo) os dois tipos de orações, também
desempenha uma função sintática na oração subordinada que introduz.
No desempenho dessa função, o pronome relativo ocupa o papel que seria
exercido pelo termo que ele substitui (o antecedente).

Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver


sujeito
definitivamente os problemas.

Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os


sujeito
problemas.]

Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por um


pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo (forma
finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são introduzidas por
um pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio), elas são
chamadas de reduzidas.

Essas são as ideias tão valorizadas por ele.


Via-se um cartaz comunicando a falência.
Nosso argumento foi o primeiro a cair.

Uma vez arregimentado, você pode resolver mais questões de


provas anteriores. Nesta etapa, você notará que é frequente, como disse antes,
a exploração das relações semânticas estabelecidas entre as orações que
compõem um período. Portanto não se deixe influenciar simplesmente pela
conjunção empregada (ou não). Além dessa análise inicial, observe ainda o
sentido da frase.
[...]
Desenvolvimento Florestal (IBDF). Em 1973, foi criada a
16 Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA). Mas foi a Lei
da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, que
estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do Meio
19 Ambiente (SISNAMA), integrado por órgãos federais,
[...]
Adriana Ramos. Política ambiental. In: Almanaque Brasil
socioambiental. São Paulo: ISA, 2008 (com adaptações).

25. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2013) A oração “que estabeleceu a


estrutura formal do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)” (L.17-
19) classifica-se como adjetiva explicativa, o que justifica o fato de estar
empregada entre vírgulas.

Comentário – Esta é uma questão considerada difícil por muitos candidatos.


Muita gente ainda está sem entender o porquê do erro. Adianto a você que
estamos diante de uma locução de realce: “foi... que”. Esse “que” não
desempenha nenhuma função sintática. Logo não pode ser considerado pronome
relativo. Consequentemente, a oração não pode ser adjetiva (nem restritiva,
nem explicativa). Para entender melhor o caso, você precisa ler o que dizem os
gramáticos Cunha e Cintra:

“[A expressão ‘é que’] é uma construção fixa, que não deve ser
confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o verbo
ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a concordar com
ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros verbos.
Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo:

‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se


aproveitaram do seu esforço.’

Ou este:

‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se aproveitaram


do seu esforço.’.”
Agora, resta-nos reescrever a passagem do texto da prova para
constatarmos que a locução “foi... que” de fato é expletiva, podendo ser retirada
da frase sem ocasionar problema: Mas __ a Lei da Política Nacional de Meio
Ambiente, de 1981, __ estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do
Meio Ambiente... Notou as lacunas? Elas correspondem aos elementos que
compõem a locução “foi... que”.
Resposta – Item errado.

26. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) Entre as


orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses temas,
ou sequer saber que existem” (L.14-15) estabelece-se uma relação
sintático- semântica de alternância.

Comentário – Que bela questão! Muitos candidatos erraram a resposta porque


se deixaram levar pela aparência. Em outras palavras, eles viram a conjunção
“ou” articulando as orações e prontamente concordaram com o argumento do
examinador, sem analisar a real relação existente entre os segmentos.
A ideia é a seguinte: não é preciso trabalhar com esses temas
nem ao menos saber que eles existem. Ficou melhor assim? Deu para perceber
que a conjunção “ou”, no contexto, tem valor semântico de adição, como a
conjunção nem? Vou escrever de outra forma: não é preciso trabalhar com esses
temas e também não é preciso saber que eles existem. Então, o que você me
diz agora?
Resposta – Item errado.

Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536)

1 Nos primeiros anos como seminarista, em Bois le Due,


na Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do
que à filosofia e à religião.
[...]
Filosofia, nº 28, Escala Educacional, 16
(com adaptações)

27. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Na construção “mais à


pintura e à musica do que à filosofia e à religião” (L.2-3), o vocábulo “que”
introduz oração restritiva com verbo elíptico.

Comentário – Vocábulo que introduz oração (adjetiva) restritiva é pronome


relativo. Na qualidade de pronome relativo, o que pode muito bem ser
substituído por o/a qual, o que não é possível na passagem apresentada:
...Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música da qual à filosofia e à religião
(estranho, não é?). Na verdade, o que é uma conjunção subordinativa que
introduz oração adverbial com valor semântico de comparação. E é nas orações
comparativas que o verbo costuma vir oculto. Observe: ...Erasmo dedicou-se
mais à pintura e à música do que se dedicou à filosofia e à religião.
Resposta – Item errado.

28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Carteiro/2011) Assinale a opção


correspondente ao trecho em que há mais de uma oração.

(A) “Aposto que ela vai adorar.”


(B) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.”
(C) “Ela é uma gatinha.”
(D) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.”
(E) “Agora vou botar renda em volta.”

Comentário – Para haver mais de uma oração, é necessário haver mais de um


verbo com sentido próprio (dois verbos, duas orações, três verbos, três
orações...) ou mais de uma locução adverbial.
Alternativa A: “Aposto” = oração principal; “que ela vai adorar”
= oração subordinada substantiva objetiva direta. O conjunto “vai adorar” é uma
locução formada por verbo auxiliar + verbo principal. Note que ela pode ser
substituída por adorará.
Alternativa B: “Vou mandar” = locução verbal (Mandarei), uma
oração.
Alternativa C: “é” = um verbo, uma oração.
Alternativa D: “fiz” = um verbo, uma oração.
Alternativa E: “vou botar” = uma locução verbal (botarei), uma
oração.
Resposta – A

[...]
16 recolher. Não adiantou. Os protestos continuaram. A semana
terminou sem que estivesse claro o futuro político do maior
aliado dos Estados Unidos da América (EUA) no mundo árabe.
[...]
Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe
pela democracia. In: Época, 31/1/2011, p. 32 (com adaptações).

29. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No desenvolvimento da


argumentação do texto, a oração “sem que estivesse claro o futuro político
do maior aliado dos Estados Unidos da América (EUA)” (L.17-18) expressa
circunstância de causa em relação à oração que a antecede.

Comentário – Não! A relação é de modo. Como a semana terminou? De


maneira isso aconteceu? Interessante é que a NGB não relaciona este tipo de
oração no rol das subordinadas adverbiais. Porém esclarecidos gramáticos –
como Bechara, Cegalla e Rocha Lima, por exemplo – percebem tal circunstância.
Veja dois exemplos colhidos em Bechara e Cegalla: Os convidados saíram sem
que fossem notados. Aqui viverás em paz, sem que ninguém te incomode.
Resposta – Item errado.
30. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo) As orações “onde
é muito frio” (L.4) e “que banha o litoral” (L.10) têm natureza explicativa,
o que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.

Comentário – Onde é pronome relativo e não deve ser confundido com


advérbio, pois agora ele retoma um substantivo antecedente (“montanhas”). O
que também é pronome relativo, pois substitui o antecedente “mar Negro”.
Como as orações introduzidas por esses dois pronomes estão entre vírgulas, fica
evidente o caráter explicativo de ambas as orações.
Resposta – Item certo.

Fique com Deus e até a próxima aula!

Albert Iglésia
Lista das Questões Comentadas
Lista das Questões Comentadas

[...]
São pessoas de uma só família, que a obrigação do pai fez
7 sentar à mesma mesa.
Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja
inútil. O livro está nas mãos do leitor. Direi somente que se há
[...]
Machado de Assis. Obra completa. Vol. II, Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1994, p. 236. (com adaptações).

1. (Cespe/2014/TC-DF/Técnico em Administração) No trecho “Quanto ao


gênero deles, não sei que diga que não seja inútil” (l.8-9) a vírgula separa
orações coordenadas.

[...]
7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo
Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do
10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas
décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século
[...]
João Campos. Uma nova educação para um novo
progresso. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações).

2. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Médio) Sem prejuízo da correção gramatical do


texto, o termo “entretanto” (l.8) e o trecho “e do Brasil em particular” (l.9-
10), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período
a que pertencem.

3. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Superior) A expressão “no entanto” (l.20)


poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto
[...]
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial
7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro
lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua
[...]
Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações).

4. (Cespe/2015/FUB/Nível Médio) O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma


oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência de
fatos.

5. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) No trecho “É verdade que a CE vem


desenvolvendo novas formas políticas” (L.21-22), o emprego da forma
verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não ter sujeito
explícito.

6. (Cespe/MP/Analista de Infraestrutura/2012) Seria mantida a correção


gramatical do período “É fato que os números absolutos impressionam”
(L.11-12), caso a preposição de fosse inserida imediatamente antes da
conjunção “que”.

[...]
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda
7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras
americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual
luso-brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de
10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole
deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. [...]
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista
de História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações)
7. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5/2012) A
oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas
políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma verbal
“esperava” (L.10).

[...]
Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se
16 dar tanto de forma omissiva, pela ausência de cuidados
necessários ao desenvolvimento do indivíduo, de alimentação
regular e abrigo, quanto comissiva, pela prática de atos que
19 violam a liberdade e a integridade física e psíquica da vítima,
agressões físicas ou verbais. Esses atos são capazes de gerar
[...]
Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em
casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações)

8. (Cespe/2015/TJ-DFT/Técnico Judiciário) Em “Importa destacar" (l.15), a


oração “destacar" exerce função de sujeito.

[...]

[...]
9. (Cespe/2015/TJ-DFT/Conhecimentos Básicos para os Cargos 2,3 e 5 a 12)
A oração “radicalizar a política de ampliação do acesso à justiça" (l.12) e o
termo “consenso" (l.14) exercem a mesma função sintática nos períodos
em que ocorrem.

10. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) No período “Que Demócrito não risse, eu o


provo” (L.20), o verbo provar complementa-se com uma estrutura em
forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente
para um pronome.

1 Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima


arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo
informaram-lhe que havia oito milhões de ratos na cidade.
4 Perguntou: “Como é que vocês contaram?”

[...]
Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 4/8/2013 (com adaptações).

11. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Uma forma correta de


reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a
seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia
oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro.

[...]

[...]
12. (Cespe/2016/DPU/Agente Administrativo) A forma verbal “garantindo”
(l.15) introduz uma oração reduzida de gerúndio de caráter adverbial.

[...]
cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações
10 desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a
“fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o
[...]
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações).

13. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) A oração


introduzida pela conjunção “que” (L.10) expressa ideia de consequência em
relação à oração anterior, à qual se subordina.

14. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo) No segundo


quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto
de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado:
Se A, então B.
15. (Cespe/TJ-RO/Analista Judiciário/Análise de Sistemas/2012) No que se
refere a aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, assinale a opção
correta.

a) Na oração “que o governo popular” (L.8), que expressa uma consequência,


há elipse da forma verbal “exige” (L.7).
b) Os elementos “menos” (L.8) e “outras” (L.8) são modificadores de
intensidade relacionados ao núcleo nominal “virtudes” (L.8).
c) Sem contrariar o sentido original do texto e mantendo-se a correção
gramatical, a expressão “perante a autoridade da experiência” (L.2) poderia
ser reescrita da seguinte forma: perante ao reconhecimento da
autoridade dos mais experientes.
d) Na oração “a terceira é o pior de todos os governos” (L.7), o verbo poderia
ser suprimido e a vírgula, empregada no lugar dele, para indicar a elipse.
e) Na linha 7, “se exige” corresponde a é exigido.

[...]
7 Todavia, as discussões sobre essa matéria ainda
aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal, cujas teses se
dividem basicamente em duas: uma que defende a
10 inconstitucionalidade da lei, invocando o princípio de que
norma penalizadora mais dura não pode retroagir para
prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido [...]
Andeson de Oliveira Alarcon. As inovações eleitorais, a fichalimpa
e as eleições 2012. In: Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba.
Internet: <www.tre-pb.gov.br> (com adaptações).

16. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) Nas linhas 11 e 12, os verbos


“retroagir”, “prejudicar” e “ferir” estão coordenados entre si e subordinados
à forma auxiliar “pode”.

17. (Cespe/TRE-RJ/Técnico Judiciário/2012) As relações sintáticas do período


não seriam prejudicadas caso se substituísse “enquanto” (L.7) por ao
passo que.
1 Em 2013, a oferta de emprego nas cidades do interior
de nove estados (São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco,
Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará) superou
4 expressivamente a das áreas metropolitanas desses estados, de
acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego. E não
7 é fato episódico, mas uma nova tendência ou processo, pois,
desde 2010, cresce o peso do interior na contratação de mão de
obra formal, enquanto se reduz o peso das grandes capitais.
10 Há vários aspectos importantes nessa mudança do
vetor do emprego. Ela é registrada nos serviços, no comércio,
na construção civil e, ainda mais, na indústria. Neste segmento,
13 reforça-se a convicção de que o interior oferece não só melhor
condição de instalação de novas fábricas, como de contratação
do pessoal, que pode trabalhar perto da casa e da família, com
16 menor custo de transporte e menor perda de tempo no
deslocamento entre a casa e o trabalho.
O Estado de S.Paulo, 6/3/2014 (com adaptações).

18. (Cespe/2014/TJ-CE/Nível Médio) Assinale a opção correta em relação às


estruturas linguísticas do texto acima.
a) A vírgula logo após “pessoal” (l.15) isola oração subsequente, que tem
natureza restritiva.
b) No trecho “a das áreas” (l.4) há elipse da palavra “cidade” logo após o termo
“a”.
c) Prejudicam-se a correção gramatical do período e suas relações sintáticas
ao se substituir “pois” (l.7) por qualquer um dos termos a seguir:
porquanto, já que, porque, visto que.
d) Alteram-se as relações sintáticas originais do período ao se substituir
“enquanto” (l.9) por ao passo que.
e) A palavra “vetor” (l.11) está sendo utilizada no sentido de direção,
orientação, sentido.
[...]
A crescente e constante ampliação da escolaridade feminina
tem contribuído para ampliar o espaço de atuação das
mulheres no mercado de trabalho também em profissões
16 que, historicamente, têm sido consideradas como espaços
masculinos. As profissões científicas e tecnológicas inserem-se
nesse contexto. Essas carreiras estão associadas a
19 conhecimentos de ciência e tecnologia cuja construção
histórica e social foi marcada por exclusões de gênero que
resultaram em campos com predominância masculina, seja pelo
22 perfil de gênero dos seus profissionais, seja pela forma como
seus conhecimentos se desenvolveram, estruturaram-se ou se
organizaram. A baixa participação feminina, nesse universo,
25 ainda é uma realidade, particularmente na Engenharia. A
reduzida presença de mulheres é um fenômeno que pode ser
visto como corolário da baixa presença feminina em cursos
28 superiores dessa área.
Nanci Stancki Silva. Engenharias no Brasil: mudanças no perfil de
gênero? Internet: <www.fazendogenero.ufsc.br> (com adaptações).

19. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) As orações “que,


historicamente, têm sido consideradas como espaços masculinos” (l.16-17)
e “que resultaram em campos com predominância masculina” (l.20-21)
poderiam, mantendo-se a coerência do texto e a sua correção gramatical,
ser introduzidas por vírgulas, sendo, assim, interpretadas de uma maneira
não restritiva.

[...]

31 Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo


comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou
a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não
34 fazem ideia da emoção que causa. [...]
André da Cunha. Mas você vai ser professor? In: Revista Língua
Portuguesa, n.º 39, Escala Educacional, 2012 (com adaptações).

20. (Cespe/SEGER-ES/Analista Executivo/Direito/2013) O trecho “que os


outros julgam louca” (l.33) constitui uma oração coordenada.

1 Entre as iniciativas desenvolvidas pelo Ministério da


Integração Nacional (MI) por meio da Secretaria Nacional de
Irrigação está o programa Mais Irrigação, que prevê
4 investimentos de R$ 10 bilhões em recursos federais e em
parcerias com a iniciativa privada, para aumentar a eficiência
das áreas irrigáveis e incentivar a criação de polos de
7 desenvolvimento.
Internet: <www.integracao.gov.br> (com adaptações).

21. (Cespe/2013/MI/Assistente Técnico Administrativo) A oração subsequente


à expressão “Mais Irrigação” (l.3) tem natureza restritiva.

22. (Cespe/2014/MTE/Contador) No trecho “Não são poucos os chefes que não


sabem como tratar um tema que envolve seus subordinados” (l.3-4), há
duas orações de natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a
“um tema”.

1 As obras de dragagem objetivam remover os


sedimentos que se encontram no fundo do corpo d'água para
permitir a passagem das embarcações, garantindo o acesso ao
4 porto. [...]
Internet: <www.antaq.gov.br> (com adaptações).
23. (Cespe/Antaq/Nível Médio/2014) A oração “que se encontram no fundo do
corpo d'água” (L.2) tem função restritiva.

[...]
13 de comunicação. O histórico dos crimes cibernéticos, por sua
vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi
definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que,
16 dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de
sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais.
Artur Barbosa da Silveira. Os crimes cibernéticos e a Lei nº 12.737/2012.
In: Internet: <www.conteudojuridico.com.br> (com adaptações).

24. A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” (l. de 15 a 17) é de natureza
restritiva.

[...]
Desenvolvimento Florestal (IBDF). Em 1973, foi criada a
16 Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA). Mas foi a Lei
da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, que
estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do Meio
19 Ambiente (SISNAMA), integrado por órgãos federais,
[...]
Adriana Ramos. Política ambiental. In: Almanaque Brasil
socioambiental. São Paulo: ISA, 2008 (com adaptações).

25. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2013) A oração “que estabeleceu a


estrutura formal do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)” (L.17-
19) classifica-se como adjetiva explicativa, o que justifica o fato de estar
empregada entre vírgulas.
26. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) Entre as
orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses temas,
ou sequer saber que existem” (L.14-15) estabelece-se uma relação
sintático- semântica de alternância.

Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536)

1 Nos primeiros anos como seminarista, em Bois le Due,


na Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do
que à filosofia e à religião.
[...]
Filosofia, nº 28, Escala Educacional, 16
(com adaptações)

27. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Na construção “mais à


pintura e à musica do que à filosofia e à religião” (L.2-3), o vocábulo “que”
introduz oração restritiva com verbo elíptico.

28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Carteiro/2011) Assinale a opção


correspondente ao trecho em que há mais de uma oração.

(A) “Aposto que ela vai adorar.”


(B) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.”
(C) “Ela é uma gatinha.”
(D) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.”
(E) “Agora vou botar renda em volta.”

[...]
16 recolher. Não adiantou. Os protestos continuaram. A semana
terminou sem que estivesse claro o futuro político do maior
aliado dos Estados Unidos da América (EUA) no mundo árabe.
[...]
Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe
pela democracia. In: Época, 31/1/2011, p. 32 (com adaptações).

29. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No desenvolvimento da


argumentação do texto, a oração “sem que estivesse claro o futuro político
do maior aliado dos Estados Unidos da América (EUA)” (L.17-18) expressa
circunstância de causa em relação à oração que a antecede.

30. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo) As orações “onde


é muito frio” (L.4) e “que banha o litoral” (L.10) têm natureza explicativa,
o que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.
Gabarito das Questões Comentadas
Gabarito das Questões Comentadas

1. Item errado 30. Item certo


2. Item certo
3. Item certo
4. Item errado
5. Item errado
6. Item errado
7. Item errado
8. Item certo
9. Item errado
10. Item certo
11. Item errado
12. Item errado
13. Item certo
14. Item certo
15. D
16. Item errado
17. Item certo
18. E
19. Item errado
20. Item errado
21. Item errado
22. Item certo
23. Item certo
24. Item certo
25. Item errado
26. Item errado
27. Item errado
28. A
29. Item errado

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