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Estar consciente da significação das palavras é, sobretudo, fazer bom uso do idioma
perante as diversas situações comunicativas de que fazemos parte
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Cotidianamente compartilhamos algumas CESSÕES, pois nada mais justo ora, você mesmo
(a) irá fazer valer essa preciosa atitude inerente a todo ser humano, ou seja, o ato de ceder é
comum à nossa conduta diária. Quer um exemplo?
Interagindo com esta SEÇÃO, você poderá CEDER seu precioso tempo em prol de ativar de
uma forma bastante significativa os conhecimentos dos quais precisa dispor para compreender
bem os aspectos que norteiam a língua que falamos, por isso a decisão se encontra em suas
MÃOS, justamente porque acreditamos que você, sob nenhuma hipótese, irá abrir MÃO de
seus direitos enquanto usuário: o de participar de forma efetiva de tudo aquilo que aqui se
encontra preparado para que você possa aprimorar ainda mais sua competência enquanto
usuário (a).
Pois bem, como pôde perceber, algumas palavras fizeram parte das discussões iniciais que
antecederam esse nosso encontro, bem como muitos outros que virão por aí. Mas o fato é que
para atingirmos nosso objetivo enquanto interlocutores, sobretudo em se tratando da linguagem
escrita, precisamos estar conscientes do significado que as palavras estabelecem, sobretudo
em se tratando de um contexto em específico, pois de acordo com determinadas circunstâncias
comunicativas, podemos fazer uso de uma mesma palavra, porém com sentidos diferentes.
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
O significado das palavras é parte do assunto da semântica. Nele são englobados assuntos
da sinonímia e antonímia. O primeiro corresponde a relação entre os termos que possuem
significados semelhantes e o segundo diz respeito às palavras que têm sentidos contrários.
Portanto, os dois conteúdos abrangem o estudo dos sinônimos e antônimos.
Guerra e paz são duas palavras antônimas. (Foto: Educa Mais Brasil)
Entenda os sinônimos
Obs.: há linhas de pesquisas sobre sinônimos e antônimos que não consideram o primeiro
como a relação de palavras que apresentam significados equivalentes, mas apenas com
conceitos próximos.
Termos sinônimos
Os sinônimos
Duro Rígido
Delicado Fino
Casa Lar
Difícil Árduo
Cansado Afadigado
Mostrar Revelar
Tranquilo Calmo
Transformação Metamorfose
Parar Deter
Falar Dizer
Anunciar Comunicar
Revelar Mostrar
Essencial Fundamental
Contente Alegre
Rigoroso Severo
Correto Certo
Novo Atual
Moço Jovem
Claro Límpido
Terra Planeta
Baixo Pequeno
• Alfabeto e abecedário
• Brado e grito
• Morte e falecimento
• Município e cidades
• Amor e paixão
• Cansado e fadigado
• Moço e Jovem
• Terra e planeta
Entenda os antônimos
As palavras antônimas
Os antônimos
Guerra Paz
Sucesso Fracasso
Presença Ausência
Calar Dizer
Continuar Parar
Correr Andar
Alto Baixo
Perto Longe
Noite Dia
Muito Pouco
Limpo Sujo
Descer Subir
Vida Morte
Céu Inferno
Rico Pobre
Sol Chuva
Frio Calor
Réu Inocente
Aprovado Recusado
Proibido Permitido
Aplicação de antônimos
Os antônimos estão presentes nas mais diferenciadas formas de conteúdo. A canção abaixo,
“Monte Castelo” da banda Legião Urbana expressa uma oposição. Perceba o trecho abaixo:
É só o amor, é só o amor.
As expressões “bom e mal” remetem a uma oposição de ideias. Observe agora o texto “O frio
pode ser quente?” de Jandira Mansur.
Por que será que numa noite a lua é tão pequena e fininha?
E outra noite ela fica tão redonda e gordinha pra depois ficar de novo daquele jeito estrelinha?
Depende do quê?
Curto e comprido
Bom e ruim
Vazio e cheio
Bonito e feio
• Grande ou pequena
• Curto e comprido
• Bom e ruim
• Vazio e cheio
• Bonito e feio
1. Natália está feliz porque passou no concurso. Ela alcançou a primeira colocação e, por
isso, ficou feliz.
2. Natália está feliz porque passou no concurso. Ela alcançou a primeira colocação e, por
isso, ficou contente.
Na primeira expressão a palavra “feliz” é usada duas vezes. No entanto, na segunda sentença
percebe-se que o uso dos sinônimos “feliz e contente” evitou a repetição de palavra e, por
consequência, torna o texto mais agradável.
Os antônimos, por sua vez, proporcionam o contrate de ideias no texto. Ele auxilia o redator ao
enfatizar uma oposição. Observe o exemplo:
1. André não estava feliz morando no Brasil, por isso foi embora para Dubai. Agora está
muito mais feliz.
2. André estava descontente morando no Brasil, por isso foi embora para Dubai. Agora está
muito mais feliz.
No primeiro trecho apresenta o uso das expressões “não estava feliz” e “feliz”. Mas ao observar
a utilização dos antônimos “descontente e feliz” percebe-se a ênfase na oposição sem o
emprego de repetição das palavras.
É claro que o uso de palavras vai depender dos tipos de textos e para quem eles são
destinados, ou seja, o público-alvo. Contudo, é importante construir um conteúdo de qualidade
e pensar: “os termos utilizados forçarão o leitor buscar entendê-los?”.
Ao estudar sinônimos e antônimos os alunos podem apresentam dúvidas com outros assuntos
importantes da semântica que são: os homônimos e os parônimos. Por essa razão, é
importante revisar o conteúdo desses dois últimos.
• Homônimos: diz respeito aos termos que apresentam pronuncias iguais, no entanto o
conceito é diferente. Exemplo: a palavra “acento” corresponde a grafia, já “assento” remete a
um espaço físico para sentar-se.
• Parônimos: esse por sua vez corresponde a relação entre palavras que possuem
significados diferentes, mas a pronuncia é parecida. Por exemplo: cumprimento, ato de
cumprimentar ou saudar alguém e comprimento, diz respeito à extensão.
Antônimos Sinônimos
Repararam certamente que as palavras sobre as quais têm dúvidas começam por homo-,
prefixo de origem grega que significa igual, semelhante.
É fácil, sabendo o significado dos elementos das palavras, chegar ao seu conceito actual.
Finalmente, as homónimas, que têm a mesma forma e o mesmo som, mas significados
diferentes: rio (verbo rir) e rio (curso de água), canto (esquina, ponta) e canto (verbo cantar).
Segundo o gramático Rocha Lima, existem algumas particularidades em cada uma destas
formas que podem impedir-nos de considerá-las modos verbais:
MODO INDICATIVO: O verbo expressa uma ação que provavelmente acontecerá, uma
certeza, trabalhando com reais possibilidades de concretização da ação verbal ou com
a certeza comprovada da realização daquela ação.
MODO SUBJUNTIVO: Ao contrário do indicativo, é o modo que expressa a dúvida, a
incerteza, trabalhando com remotas possibilidades de concretização da ação verbal.
MODO IMPERATIVO: Apresenta-se na forma afirmativa e na forma negativa. Com ele
nos dirigimos diretamente a alguém, em segunda pessoa, expressando o que queremos
que esta(s) pessoa(s) faça(m). Pode indicar uma ordem, um pedido, um conselho etc.,
dependendo da entonação e do contexto em que é aplicado.
TEXTO NARRATIVO
Texto que narra as ações de personagens em determinado tempo e espaço
O texto narrativo é aquele que narra uma história através da sequência de fatos. A sucessão
de acontecimentos é contada por um narrador que apresenta os principais elementos da
narração. A estrutura básica de um texto narrativo é formada pela introdução, pelo
desenvolvimento e pela conclusão, ou seja, ele tem começo, meio e fim.
Tempo: o tempo se refere à duração das ações da narrativa e desenrolar dos fatos na história.
Ele pode ser cronológico, quando se trata de acontecimentos marcados pelas horas, dias e
anos, ou pode ser psicológico, quando se refere às lembranças e às vivências das
personagens.
Narrador: O narrador é quem conta a história. Existem três tipos de narrador: narrador
observador, narrador personagem e narrador onisciente.
O discurso do texto narrativo é a forma como a voz das personagens aparece na voz do
narrador. A depender do uso do discurso, a narrativa pode ser mais dinâmica ou mais estática,
mais natural ou mais forçada, mais interessante ou mais desinteressante e mais objetiva ou
mais subjetiva.
Discurso direto – menciona a fala das personagens de maneira exata, sem que o narrador
tenha participação.
Discurso indireto – as falas das personagens são reproduzidas pelo narrador utilizando suas
próprias palavras.
Discurso indireto livre – é uma mistura de discurso direto com discurso indireto, de forma que
os acontecimentos são inseridos na voz do narrador e na fala direta das personagens,
simultaneamente.
• Ler romances, contos e textos em formato de crônica, nos quais predominam a narração, pois
a leitura aperfeiçoa a habilidade de escrita;
• Ficar atento à escrita e elaborar uma estrutura completa com introdução, desenvolvimento e
conclusão;
• Atentar-se aos detalhes do desfecho do texto com o objetivo de concluir todo o enredo, pois a
falta de detalhes prejudicam o entendimento do leitor;
Discurso direto e indireto são tipos de discursos para inserir falas e pensamentos de
personagens no gênero narrativo.
Discurso direto
Este é o mais comum e natural entre os tipos de discurso. Consiste na transcrição exata
da fala dos personagens, sem participação do narrador.
É uma forma de dar vida própria aos personagens, fazendo o leitor ficar mais
interessado e mergulhar na história. No discurso direto são utilizados dois pontos, aspas
ou travessão de diálogo. Exemplos:
O aluno afirmou:
- Preciso estudar muito para a prova.
Discurso indireto
Além disso, também são utilizados verbos de elocução para anunciar o discurso, além
de conjunções que separam a fala do narrador das falas dos personagens (que e se).
No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), não
havendo marcas que mostrem a mudança do discurso. Assim, podem ser confundidas
as falas dos personagens e do narrador. Exemplos:
João Fanhoso fechou os olhos, mal-humorado. A sola dos pés doía, doía. Calo
miserável! (M. Palmério)
O chefe, impaciente, perguntou a João o motivo do atraso. João estava nervoso, mas
não tinha o que fazer além de dizer a verdade. Contou que o carro havia estragado, já
imaginando que o chefe não acreditaria nele.
Perceba que o discurso indireto livre corresponde à fala dos personagens, porém
expressa pelo narrador (discurso indireto) e reproduzidos na forma como os
personagens diriam (discurso direto).
As orações do discurso indireto livre podem usar ou não verbos de elocução (ao usá-
los, fica mais nítido que a frase não é do narrador, mas do personagem).
Costumamos ouvir com frequência os termos discurso direto (DD), discurso indireto (DI)
e discurso indireto livre (DIL). Mas, por ser menos comum, são poucas as fontes que
falam sobre o discurso direto livre (DDL).
Neste tipo particular de discurso, ocorre uma espécie de intrusão de frases do discurso
direto de um personagem no meio da voz do narrador. Assim como no DIL,
também pode ocorrer sem recursos gráficos (dois pontos, aspas, travessão ou
nova linha) ou verbos de elocução, porém possui uma diferença fundamental: o
DDL apresenta marcas de 1ª e 2ª pessoa inseridas no relato do narrador,
enquanto no DIL as marcas são de 3ª pessoa. Veja exemplos de DDL:
A mulher do médico desviou os olhos, mas era tarde demais, o vômito subiu-lhe
irresistível das entranhas, duas vezes, três vezes, como se o seu próprio corpo,
ainda vivo, estivesse a ser sacudido por outros cães, a matilha da desesperação
absoluta, aqui cheguei, quero morrer aqui. (Ensaio sobre a Cegueira, José
Saramago)
O Russo ligou para a portaria. Não dera ordens para não ser incomodado? Não
pedira, expressamente, que não passassem chamadas telefônicas para o seu
quarto? Mas, senhor, nenhuma chamada foi passada para seu quarto.
Nenhuma! O Russo perdeu o sono. (A proposta, Luís Fernando Veríssimo)
Preposição
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração numa relação de
subordinação donde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro.
Tipos e Exemplos de Preposições
Preposição de lugar: O navio veio de São Paulo.
Preposição de modo: Os prisioneiros eram colocados em fila.
Preposição de tempo: Por dois anos ele viveu aqui.
Preposição de distância: A cinco quilômetros daqui passa uma estrada.
Preposição de causa: Com a seca, o gado começou a morrer.
Preposição de instrumento: Ele cortou a árvore com o machado.
Preposição de finalidade: A praça foi enfeitada para a festa.
Classificação das Preposições
As preposições podem ser divididas em dois grupos:
9 6 3 1490
sede – local
Julgava que as palavras homófonas se caracterizavam pelas formas fonéticas iguais, tendo, no
entanto, formas gráficas e significados diferentes (ex: “conselho”/ “concelho”); e que as
palavras homónimas se caracterizavam pelas formas fonéticas e gráficas iguais, mantendo
significados diferentes (ex: canto/canto).
Assim sendo, consideraria “sede”/”sede” palavras homógrafas, uma vez que apresentam
formas fonéticas diferentes ([ɛ] vogal semiaberta e [e] vogal semifechada) e significados
diferentes e formas gráficas iguais. Além disso, não consideraria “canto”/”canto” palavras
homógrafas, mas sim homónimas.
A definição mais completa de homónimo que encontrei é a de Bechara, que diz, citando o
Dicionário de Lingüística e Gramática, Ed. Vozes, 1977, na sua Moderna Gramática
Portuguesa, Ed. Lucerna, 2001, 37. ª ed.:
«propriedade de duas ou mais formas, inteiramente distintas pela significação ou função, terem
a mesma estrutura fonológica, os mesmos fonemas, dispostos na mesma ordem e
subordinados ao mesmo tipo de acentuação.» (p. 403)
«Dentro da homonímia, alude-se, em relação à língua escrita, aos homófonos distinguidos por
ter cada qual um grafema diferente, de acordo com o sistema ortográfico.» (ibidem)
Refere ainda, sempre com base no mesmo dicionário, que o conceito de homografia é artificial
dado tratar-se de «formas que se escrevem com as mesmas letras mas correspondendo elas a
fonemas distintos, pois já não se trata evidentemente de homônimos da língua, cuja essência
são as formas orais» (ibidem).
Podemos concluir, de alguma forma, partindo das citações acima, que os conceitos homonímia,
homografia e homofonia estão interligados, sendo o primeiro o mais vasto, pois associa
aspectos perceptíveis pelo contexto, quer na oralidade, quer na escrita. Com efeito, nas
expressões
a) o canto da sala
b) o canto do pássaro
é o grupo preposicional que ocorre à direita que vai permitir identificar claramente a realidade
para que remete cada uma das palavras. Acontece exactamente o mesmo com as palavras
homógrafas, ou seja, é o contexto que vai definir se a palavra isolada sede é a que designa
uma carência de líquido por parte de um ser vivo (genericamente falando), ou se, pelo
contrário, é a que designa um local, a que se associa uma função específica.
Por outro lado, nas palavras homófonas, continua a ser o contexto que define, já não o som
das palavras, mas a sua grafia.
Dir-se-ia que é o contexto a personagem principal desta trama: na homonímia ele determina o
sentido; na homofonia, determina a sonoridade, e esta, por sua vez, o sentido (ou será ao
contrário?); na homografia ele vai determinar quer o sentido, quer a grafia.
«Homófono
Semântica
Diz-se que uma unidade lexical é homófona de outra, se com ela tiver uma relação de
homofonia, i. e., se ambas tiverem a mesma forma fonética e significados diferentes, como
acontece, por exemplo, com "concelho" e "conselho", "cozer" e "coser".
Homógrafo
Semântica
Uma unidade lexical é homógrafa de outra, se com ela tiver uma relação de homografia, ou
seja, se ambas tiverem formas gráficas semelhantes e significados diferentes. Exemplo:
"pregar" (com um martelo) e "pregar" (um sermão) são homógrafos.
Homónimo
Semântica
Lexicologia
Terminologia
Cada um dos termos de uma dada língua que têm a mesma forma gráfica ou fónica, mas que
designam noções diferentes. Exemplo: saia (substantivo) e saía (forma do verbo "sair").
Homofonia
Semântica
Homografia
Semântica
Género específico de homonímia parcial, também designada heteronímia, a homografia
designa a relação existente entre duas unidades lexicais que têm a mesma forma gráfica, mas
que têm formas fonéticas e significados diferentes, como acontece com "segredo" (nome) e
"segredo" (forma do verbo segredar).
Homonímia
Terminologia
Lexicologia
Linguística Histórica
Semântica
Relação existente entre unidades lexicais que têm as mesmas formas gráfica e fonética, mas
significados diferentes. A homonímia compreende a homofonia, a homografia ou as duas.
«propriedade semântica característica de duas unidades lexicais que partilham a mesma grafia
e/ou a mesma pronúncia, mas que conservam significados distintos».
Note-se ainda que nem a gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, nem a de Maria Helena
Mira Mateus e outras focam esta problemática, que foi sendo trazida para o ensino,
paulatinamente, como se se tratasse da coisa mais simples e clara (quiçá mais essencial…) da
gramática, quando, provavelmente, o não é.
Para facilidade na abordagem face aos alunos, parece-me que vale a pena continuar a isolar
os termos, reservando homonímia para a situação de coincidência som e grafia, homofonia
para a situação em que a coincidência é fonética, mas não gráfica, e homografia para os casos
de coincidência gráfica mas não fonética.'
GRAMÁTICA
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o radical;
a vogal temática;
a desinência.
Veja como, nas conjugações, o radical tende a se manter o mesmo, enquanto a desinência
muda, ou seja, flexiona de acordo com a conjugação (a vogal temática pode ou não
desaparecer dependendo da conjugação):
cantamos – vendiam – partiu
1° eu
singular 2° tu
3° ele/ela
1° nós
plural 2° vós
3° eles/elas
Modos verbais
Os modos verbais expressam a relação da pessoa que fala em relação ao fato dado pelo
verbo.
O modo indicativo expressa certeza em relação ao fato, que é ou será dado como real.
O modo subjuntivo expressa suposição, possibilidade ou dúvida para um fato que
não é dado como real ainda ou que não pode ser dado como real.
O modo imperativo expressa uma ordem, uma exigência ou um pedido que se
espera ser realizado.
Tempos verbais
O tempo verbal indica quando ocorre a ação em relação ao enunciado, podendo ser
essencialmente passado/pretérito (antes do enunciado), presente (junto com o enunciado) e
futuro (após o enunciado). Os tempos verbais são diferentes de acordo com o modo verbal.
Veja:
→ Tempos verbais do modo indicativo
Presente: ação ocorre no momento da fala.
Pretérito perfeito: ação ocorreu em momento anterior ao da fala.
Pretérito imperfeito: ação ocorria em momento anterior ao da fala, mas parou de
ocorrer.
Pretérito mais-que-perfeito: ação ocorrera em momento anterior ao de outra ação já
ocorrida em momento anterior ao da fala. É o passado do passado.
Futuro do presente: ação ocorrerá em momento posterior ao da fala.
Futuro do pretérito: ação ocorreria em momento posterior ao de outra ação já
ocorrida no passado, mas ambas anteriores ao momento da fala. É o futuro do passado.
→ Tempos verbais do modo subjuntivo
Presente: suposição de que a ação ocorra.
Pretérito imperfeito: hipótese de como seria se a ação ocorresse.
Futuro do presente: hipótese de quando a ação ocorrer.
→ Tempo verbal do modo imperativo
Presente: por se tratar de uma ordem, o imperativo só é conjugado no presente.
Ex.: Faça algo!
Leia também: Quais as características do modo subjuntivo?
Vozes verbais
As vozes verbais manifestam a relação do sujeito com a ação expressa.
Voz ativa: o sujeito pratica a ação do verbo. Ex.: João penteou Maria.
Voz passiva: a ação do verbo é sofrida pelo sujeito. Ex.: João foi penteado por Maria.
Voz reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação do verbo ao mesmo tempo. Ex.:
João se penteou.
Conjugação verbal
Como vimos, o verbo pode ser conjugado de acordo com o sujeito (número e pessoa), o modo,
o tempo e a voz verbal. Veja algumas conjugações:
Indicativo
Presente
Cantar Vender Partir
Pretérito Imperfeito
Pretérito Perfeito
Cantar Vender Partir
Pretérito-mais-que-perfeito
Cantar Vender Partir
Futuro do Presente
Cantar Vender Partir
Futuro do Pretérito
Cantar Vender Partir
Subjuntivo
Presente
Cantar Vender Partir
Pretérito Perfeito
Cantar Vender Partir
Futuro
Cantar Vender Partir
Exercícios resolvidos
Questão 1 – (Cespe/Cebraspe)
Como não usar o telefone celular
Umberto Eco. O segundo diário mínimo. Sergio Flaksman (Trad.). Rio de Janeiro: Record,
1993, p. 194-6 (com adaptações).
Com base nas ideias e estruturas do texto de Umberto Eco, julgue os itens a seguir.
As formas verbais de infinitivo "ir" (l.19), "conversar" (l.20) e "separar" (l.21) poderiam assumir
corretamente as seguintes formas flexionadas, respectivamente: irem; conversarem;
separarem.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução
Errado. As formas nominais permanecem sem flexão, pois estão no infinitivo.
Questão 2 – (Cespe/Cebraspe)
Com relação ao texto acima apresentado, julgue o item
Os vocábulos "impressa" (L.8) e "entregue" (L.15) são particípios irregulares dos verbos
imprimir e entregar, respectivamente; tais verbos admitem, também, as formas participiais
regulares: imprimido e entregado.
( ) Certo
( ) Errado
Resolução
Certo. Os verbos “imprimir” e “entregar” são classificados como abundantes por
admitirem mais de uma forma no particípio.
Ortografia
Ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela Gramática Normativa para a grafia
correta das palavras e o uso de acentos, da crase e dos sinais de pontuação.
A escrita correta das palavras de uma língua está relacionada tanto com critérios ligados à
origem das palavras (etimológicos) quanto aos ligados aos fonemas (fonológicos). A forma
de grafar/escrever as palavras é fruto de uma convenção social, ou seja, de acordos
ortográficos que envolvem os diversos países em que uma língua é reconhecida como
sendo idioma oficial.
Dicionário
Para que os falantes possam acessar a grafia correta das palavras de uma língua, basta
recorrer ao dicionário, um livro que reúne todas (ou quase todas) as palavras da língua,
seus significados e classificação gramatical. As palavras são apresentadas no dicionário
em ordem alfabética. Alguns dicionários também foram criados para a tradução de uma
língua para outra.
Pronomes
O que são pronomes?
Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os
substantivos.
De acordo com a função que exercem, eles são classificados em sete tipos:
1. Pronomes Pessoais
2. Pronomes Possessivos
3. Pronomes Demonstrativos
4. Pronomes de Tratamento
5. Pronomes Indefinidos
6. Pronomes Relativos
7. Pronomes Interrogativos
Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:
1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma das melhores
cantoras de música Gospel.
No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio Mariana. Note que
com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do nome.
Os 7 tipos de pronomes
1. Pronome Pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam a pessoa do discurso e são classificados
em dois tipos:
1. Pronomes Pessoais do Caso Reto: exercem a função de sujeito.
Exemplo: Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)
2. Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e complementam os
verbos.
Exemplo: Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note que para além
de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o verbo “estar”.)
Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.
Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas” funcionam
somente como objeto direto.
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
3. Pronome Demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em
relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no espaço.
Eles reúnem algumas palavras variáveis - em gênero (masculino e feminino) e número
(singular e plural) - e as invariáveis.
Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que nunca sofrem
alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
Observe o quadro abaixo para entender os pronomes demonstrativos variáveis em gênero e
número:
Exemplos:
1. Quando o elemento está com a pessoa que se fala ou próximo dela utilizamos: este, esta,
estes, estas e isto.
Exemplos:
Este computador é meu.
Estas anotações foram feitas pela Carolina.
2. Quando o elemento está com quem se fala ou próximo desta pessoa utilizamos: esse, essa,
esses, essas e isso.
Exemplos:
Exemplos:
Pessoas Pronomes
Localização do Elemento Exemplo
Verbais Utilizados
Segunda esse, essa, esses, quando o elemento está com quem Isso não se
Pessoa essas, isso se fala faz.
Pessoas Pronomes
Localização do Elemento Exemplo
Verbais Utilizados
Pronomes Demonstrativos
Quando Usar: Este ou Esse?
4. Pronome de Tratamento
Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente em situações
formais. Mas, como toda regra tem exceção, “você” é o único pronome de tratamento utilizado
em situações informais.
Exemplos:
Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
Senhor (es) e Sr, Sr.ª (singular) e Tratamento formal e respeitoso usado para
Senhora (s) Srs., Srª.s. (plural) pessoas mais velhas.
Vossa
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades.
Magnificência
V.A.(singular) e
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
V.V.A. A. (plural)
5. Pronome Indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os pronomes indefinidos
substituem ou acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa.
Exemplos:
Classificaçã
Pronomes Indefinidos
o
6. Pronome Relativo
Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua
repetição. Esses termos podem ser palavras variáveis e invariáveis: substantivo, adjetivo,
pronome ou advérbio.
Exemplos:
Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais” faz referência ao
substantivo dito anteriormente “temas”)
São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois substantivos “plantas”
e “raiz” e faz referência àquele dito anteriormente “plantas”)
Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao substantivo “local”)
Tive as férias que sonhava. (“que” faz referência ao substantivo “férias”)
Classificaçã
Pronomes Relativos
o
7. Pronome Interrogativo
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas para formular
perguntas diretas e indiretas.
Exemplos: