VERBO
na Couto
Verbo – Conjugação
[Do latim verbu ‘palavra’] - é a classe gramatical variável
em modo, tempo, número, pessoa, voz ou aspecto, deno-
tando, semanticamente: ação, estado, fenômeno, causa,
sentimento, sensação, aumentativo, diminutivo. O verbo é
fundamental para a concretização de certo período oracio-
nal, determinando o predicado, ou os grupos de predicados.
Estudo dos Modos Verbais
Os modos são o meio pelo qual se indica o nível de com-
prometimento dos falantes ao interagirem dentro de certo
contexto linguístico.
A. Indicativo ou Categórico [Do latim tardio indicativu] - é o
modo primitivo, subordinante, que, como o próprio nome
sugere, indica ou determina, ora afirmando, ora negando o
que se pretende transmitir no predicado. Essa estrutura
verbal demonstra o alto nível de comprometimento do
falante com a verdade e certeza de sua mensagem.
Exemplos:
Afirmação = Apenas poderei sair no próximo domingo.
Negação = Eu não poderei sair antes de domingo.
B. Subjuntivo ou Conjuntivo [Do latim subjunctivu] - é um
modo derivado, subordinado ao indicativo que, como o
próprio significado afirma, "está junto, mas em posição
inferior (SUB = prefixo de "posição inferior")". Denota,
portanto, dúvida, anseio, hipótese, demonstrando um nível
incerto de comprometimento do falante com a verdade
clara de sua mensagem.
Exemplos:
Quero [indica] que você me entenda [anseio].
Eu irei [indica] à praia no domingo, se parar de chover
[dúvida].
C. Imperativo, Injuntivo ou Jussivo [Do latim tardio impe-
rativu] - é o modo derivado de um ou dos dois outros. Seus
predicados sugerem pedido, súplica, ordem.
Exemplos:
Pedido = Faça-me um favor, querida...
Súplica = Não seja tão duro com ela, mãe, eu imploro!
Ordem = Senta-te agora!
Professora Mar!
Regular
É o verbo que não sofre alteração no radical ou em suas
desinências durante o processo da conjugação.
Como ter certeza de que o verbo não sofrerá mudanças
ao longo de suas flexões?
Para descobrir, basta conjugá-lo na primeira pessoa do
singular do presente e na terceira pessoa do plural do
pretérito perfeito (sem a desinência RAM), ambos do modo
indicativo. Se for similar ao infinitivo, todo o restante da
conjugação também o será.
Exemplos:
Amar é paradigma da primeira conjugação;
Vender, dos verbos da segunda conjugação;
Partir, da terceira conjugação.
Irregular
Conjunto dos verbos que sofrem alteração em seus ra-
dicais ou em suas desinências.
Anômalo
Nomeia-se o verbo que, por dificuldades etimológicas,
possui vários radicais diferentes em suas conjugações.
Os verbos anômalos são dois: SERe IR, embora alguns
autores também considerem os verbos haver e pôr, opinião
não partilhada por este autor que os nomeia como irregu-
lares.
Defectivo
Classificação atribuída ao verbo - se utilizado em senti-
do denotativo, próprio da significação original - que não
apresenta conjugação completa. Divide-se em:
A. Impessoais- verbos que se conjugam exclusivamente na
terceira pessoa do singular por não se referirem a algum ser
em especial.
I. Fenômenos Naturais: chover, ventar, nevar, trovejar, ama-
nhecer, escurecer, entardecer, anoitecer, relampejar .
Exemplos:
"Chove lá fora e aqui..."
"Anoiteceu, o sino gemeu..."
 Verbo • Professora Mar!na Couto

II. Haver=existir ou ocorrer, e ainda, em noção temporal. B. Abundantes da segunda conjugação

Exemplos:
HÁ dias, havia muitos alunos em classe, agora só o vazio.
Infinitivo Regular Irregular
Equivalência semântica: Faz dias, existiam muitos alunos Acender Acendido Aceso
em classe, agora só o vazio. Benzer Benzido Bento

Houve discussões ásperas por causa de sintaxe. Eleger Elegido Eleito

Equivalência semântica: Ocorreram discussões ásperas Encher Enchido Cheio
por causa de sintaxe.
Envolver Envolvido Envolto
III.Fazer= tempo decorrido ou clima. Prender Prendido Preso

Exemplos: Nascer Nascido Nato ou Nado

"...faz tanto frio em minh'alma de poeta menor." Romper Rompido Roto
"Fazia dez minutos, agora, uma eternidade!" Morrer Morrido Morto
Observação: os auxiliares desses verbos devem permanecer Suspender Suspendido Suspenso
invariáveis.

Exemplo: Deve fazer cinco anos que ela viajou. C. Abundantes da terceira conjugação

B. Unipessoais- esses verbos se conjugam na terceira Infinitivo Regular Irregular

pessoa do singular ou do plural.
Concluir Concluído Concluso
Chamam-se Onomatopaicos (imitam os sons): cacarejar, grunhir,
latir, miar, tiquetaquear, relinchar, gorgolejar, bramir, balir, ronronar. Emergir Emergido Emerso
Expelir Expelido Expulso
Exemplos:
Exprimir Exprimido Expresso
O porco grunhe quando vai morrer.
Passaram por aqui os cavalos que relinchavam ontem à noite. Frigir Frigido Frito
Imprimir Imprimido Impresso

Abundante Inserir Inserido Inserto

Submergir Submergido Submerso
É o verbo que apresenta duas ou mais formas equiva- Suprimir Suprimido Supresso
lentes para um ou mais modos, tempos ou pessoas. Essa
Tingir Tingido Tinto
ocorrência é mais afeita ao particípio.

A. Abundantes da primeira conjugação

Estudo dos Tempos Verbais Simples
Infinitivo Regular Irregular
Aceitar Aceitado Aceito Os tempos representam cada um dos conjuntos de for-
Enxugar Enxugado Enxuto
mas flexionadas em que se subdivide a conjugação de de-
terminado verbo.
Expressar Expressado Expresso
Expulsar Expulsado Expulso Exemplo: Ela passou em primeiro lugar por que estudara
Fritar Fritado Frito mais que os outros.
Gastar Gastado Gasto Estudara é pretérito anterior (mais que perfeito) a passou
Isentar Isentado Isento (perfeito), estabelecendo relação de causa e consequência.
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto Quadro da Formação dos Tempos Verbais Simples
Pagar Pagado Pago
Pegar Pegado Pego Primitivos Derivados
Segurar Segurado Seguro • Presente do subjuntivo
Presente do
Soltar Soltado Solto • Imperativo afirmativo
Indicativo
Sujeitar Sujeitado Sujeito • Imperativo negativo
 Verbo • Professora Mar!na Couto

Pretérito • Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Derivados do Pretérito Perfeito
Perfeito do • Pretérito imperfeito do subjuntivo
Indicativo • Futuro do subjuntivo
• Infinitivo pessoal Para efeito de paradigma apenas interessa a terceira pessoa
• Particípio do plural, que sempre termina em - RAM e deve ser retirada.

Infinitivo • Gerúndio
Impessoal • Pretérito imperfeito do indicativo
A. Pretérito mais-que-perfeito
• Futuro do presente do indicativo
• Futuro do pretérito do indicativo
Desinência modo-temporal: RA e RE (átonas) para as
três conjugações.
Derivados do Presente do Indicativo
Exemplos:
Eles ama / ram – eu ama / ra;
A. Presente do Subjuntivo - é formado a partir da pri- Eles quise / ram – nós quisé / ra / mos;
meira pessoa do singular.
Eles parti / ram – vós parti / re / is.

I. Para a primeira conjugação, trocamos, nos verbos regula-

res, a desinência número-pessoal o pela modo-temporal e B. Pretérito imperfeito do subjuntivo
em todas as pessoas:

Paradigma da Primeira Conjugação = eu am / o Desinência modo-temporal SSE para as três conjugações.

Derivados da primeira conjugação:
Exemplos:
Que eu am / e
Eles ama / ram – Se eu ama / sse;
Que tu am / e / s
Eles quise / ram – Se nós quisé / sse / mos;
Que ele am / e
Eles parti / ram – Se vós partí / sse / is.
Que nós am / e / mos
Que vós am / e / is
Que eles am / e / m C. Futuro do subjuntivo
II. Para a segunda e a terceira, trocamos a desinência nú-
mero-pessoal o pela modo-temporal a em todas as pessoas: Desinência modo-temporal R para as três conjugações.

Exemplos:
Paradigma da segunda conjugação: eu quer / o
Eles ama / ram – Quando eu ama / r;
Derivados da segunda conjugação:
Eles quise / ram – Quando nós quise / r / mos;
Que eu queir / a
Eles parti / ram – Quando vós parti / r / des.
Que tu queir / a / s
Que ele queir / a Quadro-Modelo Dos Derivados Do Pretérito Perfeito
Que nós queir / a / mos
Que vós queir / a / is Verbo Verbo Pretérito Perfeito do
Que eles queir / a / m Primitivo Derivado Indicativo

Paradigma da terceira conjugação: eu part / o Ter Deter Detiveram

Derivados da terceira conjugação: Pôr Apor Apuseram

Que eu part / a Ver Prever Previram

Que eu part / a / s Vir Advir Advieram

Que eu part / a Haver Reaver Reouveram
Que eu part / a / mos
Dizer Desdizer Desdisseram
Que eu part / a / is
Fazer Refazer Refizeram
Que eu part / a / m
 Verbo • Professora Mar!na Couto

Mais-que-Perfeito Imperfeito do Futuro do C. Futuro do pretérito

do Indicativo Subjuntivo Subjuntivo
Detivera Detivesse Detiver Tema + desinência modo-tem-poral–ria ou rie.
Apusera Apusesse Apuser Há ocorrências similares em quase todas as conjugações.
Previra Previsse Previr
Exemplos:
Adviera Adviesse Advier
Amar= Eu ama / ria; Tu ama / ria / s; Ele ama / ria; Nós
Reouvera Reouvesse Reouver ama / ría / mos; Vós ama / ríe / is; Eles ama / ria / m
Desdissera Desdissesse Desdisser Querer= Eu quere / ria; Tu quere / ria / s; Ele quere / ria;
Refizera Refizesse Refizer Nós quere / ría / mos; Vós quere / ríe / is; Eles quere/ria/ m;
Partir = Eu parti / ria; Tu parti / ria / s; Ele parti / ria; Nós
parti / ría / mos; Vós parti / ríe / is; Eles parti / ria / m.
Derivados do Infinitivo Observação: Nos verbos irregulares com radical contendo a
letra Z, deve-se eliminá-la deixando apenas as que a ante-
cedem.
A. Pretérito imperfeito do indicativo
Fa/ [zer] —Eu fa / ria; Tu fa / ria / s; Ele fa / ria; Nós fa
I. Primeira conjugação: desinência modo-temporal = vae / ría / mos; Vós fa / ríe / is; Eles fa/ria/m

ve: eu ama / va; tu ama / va / s; ele ama / va; nós amá / va / Tra/ [zer] — Eu tra / ria; Tu tra / ria / s; Ele tra / ria;
mos; vós amá / ve / is; eles ama / va /m Nós tra / ría / mos; Vós traríe / is; Eles tra / ria / m

II. Segunda conjugação: desinência modo-temporal = ae e:

eu queri / a; tu queri / a / s; ele queri / a; nós querí / a / mos;
Formação dos Tempos Compostos
vós querí / e / is; eles queri / a / m
Formam-se os tempos compostos com os verbos auxi-
III. Terceira conjugação: desinência modo-temporal = ae e: liares ter e haver mais o verbo principal no PARTICÍPIO,
eu parti / a; tu parti / a / s; ele parti / a; nós partí / a / mos; que deve permanecer invariável.
vós partí / e / is; eles parti / a /m

B. Futuro do presente
Tema + desinência modo-tem-poral–raou re(tônicas).Há
ocorrências similares em quase todas as conjugações.
Exemplos:
Amar= Eu ama / re / i; Tu ama / rá / s; Ele ama / rá;
Nós ama / re / mos; Vós ama / re / is; Eles ama / rã / o
Querer= Eu quere / re / i; Tu quere / rá / s; Ele quere /
rá; Nós quere / re / mos; Vós quere/re/ is; Eles quere/rã/o;
PARTIR = Eu parti / re / i; Tu parti / rá / s; Ele parti / rá;
Nós parti / re / mos; Vós parti / re / is; Eles parti / rã / o.
Observação: Nos verbos irregulares com radical contendo a
letra Z, deve-se eliminá-la deixando apenas as que a ante-
cedem.
Fa/ zer— Eu fa / re / i; Tu fa / rá / s; Ele fa / rá; Nós fa /
re / mos; Vós fa / re / is; Eles fa / rã / o
Tra / zer— Eu tra / re / i; Tu tra / rá / s; Ele tra / rá; Nós
tra / re / mos; Vós tra / re / is; Eles tra / rã / o
Modo Indicativo
A. Pretérito perfeito
Usa-se auxiliar no Presente.
Exemplos:
Tem feito dias lindos neste verão.
Equivalência semântica:Faz dias lindos neste verão.
Nós havemos feito o trabalho sempre.
Equivalência semântica: Nós fazemos o trabalho sempre.
B. Pretérito mais-que-perfeito
Usa-se o auxiliar no Pretérito Imperfeito.
Exemplos:
Tínhamos comprado a folha, mas acabou.
Equivalência semântica: Compráramos a folha, mas acabou.
Todos nós havíamos completado os testes físicos.
Equivalência semântica:Todos nós completáramos os
testes físicos.
 Verbo • Professora Mar!na Couto

C. Futuro do presente C. Futuro

Auxiliar no próprio tempo. Auxiliar no próprio tempo.

Exemplos:
Vós tereis entendido o que vos digo?
Equivalência semântica: Vós entendereis o que vos digo?
Quais de vocês haverão passado na prova?
Equivalência semântica: Quais de vocês passarão na prova?
D. Futuro do pretérito
Exemplos:
Quando tivermos lido o texto na íntegra, acertaremos todas
as alíneas.
Equivalência semântica: Quando lermos o texto na íntegra,
acertaremos todas as alíneas.
Quando houverem praticado a caridade, encontrarão A paz.
Equivalência semântica:Quando praticarem a caridade,
encontrarão A paz.

Auxiliar no próprio tempo.

Verbo Vozes Verbais
Exemplos:
Nós teríamos estudado se não houvesse tanto barulho.
As vozes verbais representam as variadas formas com
Equivalência semântica: Nós estudaríamos se não houvesse
que se pode expressar um contexto com a intenção de evi-
tanto barulho.
denciar a cumplicidade entre emissor e interlocutor diante
Tu haverias feito tudo certo não fosse a pressa a findar. dos fatos denotados no mundo que os cerca.
Equivalência semântica:Tu farias tudo certo não fosse a
pressa a findar. Voz Ativa

Modo Subjuntivo O sujeito - via de regra - pratica a ação expressa pelo

verbo: sujeito agente.

Exemplos:
A. Pretérito perfeito
O Presidentes ancionou o decreto da Reforma Ortográfica.
Análise: O sujeito "O Presidente" praticou a ação de assinar,
Usa-se auxiliar no Presente.
ratificando a Reforma.
Exemplos:
Cada um de nós deve fazer o trabalho com boa vontade.
Espero que tenhamos encontrado a paz afinal.
Equivalência semântica: Espero que encontremos a paz afinal. Análise: O sujeito "Cada um de nós" executará a ação de
fazer o trabalho.
Estimo, sinceramente, que hajam feitoas questões como
indicado.
Equivalência semântica: Estimo, sinceramente, que façam Voz Passiva
as questões como indicado.
Sujeito sofre a ação expressa pelo verbo: sujeito paciente.
A voz passiva pode ser:
B. Pretérito mais-que-perfeito
A. Analítica- construída com verbo auxiliar (ser, estar, ficar) +
Usa-se auxiliar no Imperfeito. particípio do verbo principal.

Exemplos: Exemplos:
Se tivesse os encontrado o bilhete, estaríamos ricos. A reforma econômica foi decretada.
Equivalência semântica: Se encontrássemos o bilhete, Análise: A reforma econômica= sujeito paciente (não há
estaríamos ricos. agente da passiva)

Desde que houvésseis tomado banho de sol, estaríeis bronzeado. A invasão fora arquitetada pelos imperialistas.
Equivalência semântica: Desde que tomásseis banho de Análise: I. A invasão= sujeito paciente; II. pelos imperia-
sol, estaríeis bronzeado. listas= agente da passiva

B. Sintética ou Pronominal- construída com verbo princi-
pal (transitivo direto, na terceira pessoa do singular ou do plural,
concordando com o tipo e o número do sujeito) + pronome ou
partícula apassivador(a) SE.
Exemplos:
Decretou-se a Reforma Ortográfica.
Análise: Verbo concorda com o sujeito simples a Refor-
ma ortográfica, cujo núcleo está no singular.
Instituíram-seas Assembleias Constituintes.
Análise:Verbo concorda com sujeito simples as Assem-
bleias Constituintes, cujo núcleo está no plural.
Descobriram-se documentos e cartas aviltantes.
Análise:Verbo concorda com o sujeito composto, cujos
núcleos são documentos e cartas.
Voz Reflexiva
Construída com verbo transitivo acompanhado de um
pronome reflexivo.
Exemplos:
A jovem vaidosa olhava-se no espelho compulsivamente.
Análise:Olhar é verbo transitivo direto e indica ação,
que recai sobre a palavra SE— "A jovem vaidosa". Tem-
se, portanto, caso de objeto direto reflexivo cujo núcleo
é o próprio pronome.
O pai presenteou-se no Natal, com o carro tão sonhado!
Análise: Dar é verbo transitivo direto e indireto e indica
ação, a qual recai sobre a palavra SE, que representa "O
pai", tem-se caso de objeto indireto reflexivo cujo núcleo é
o próprio pronome, com objeto direto representado
por "um presente".
Voz (Reflexiva) Recíproca
Construída com verbo transitivo e um pronome recí-
proco. Nesses casos, o sujeito é agente e paciente simulta-
neamente.
Exemplos:
Mãe e filho fitavam-se carinhosamente.
Análise:Fitar indica ação e é verbo transitivo direto.
Como a ação de fitar e A reação de ser fitado recaem sobre
a palavra SE, tem-se caso de objeto direto recíproco
cujo núcleo é o próprio pronome.
Alunos e mestre deram-se as mãos.
Análise: Dar indica ação e é verbo transitivo direto e indi-
reto. Como a ação de dar e a reação implícita de receber
recaem sobre a palavra SE, tem-se caso de objeto indireto
recíproco cujo núcleo é o próprio pronome, com objeto
direto representado por "as mãos".
Verbo • Professora Mar!na Couto
Casos Especiais
I. Alguns gramáticos usam a dupla nomenclatura para de-
signar a recíproca, ora usando apenas Voz Recíproca, ora
Voz Reflexiva Recíproca. Na dúvida, vale conferir as opções
apresentadas. Se for claramente recíproca e houver as duas
opções marque esta.
II. Não há ocorrência de Voz Reflexiva ou Recíproca apenas
com o pronome SE.
Exemplos:
Nós nos cumprimentamos efusivamente.
Análise:Nos= Pronome Recíproco com função de objeto
direto.
Tenho-me machucado com a tesoura.
Análise:Me= Pronome Reflexivo com função de objeto direto.
EXERCÍCIOS
Texto para as questões de 01 a 06.
Txt: o futuro do app?
Luli Radfahrer
O futuro é mesmo imprevisível. Enquanto muita gente
sonha com carros voadores e realidades aumentadas, as
mensagens de texto persistem, telegráficas. O protocolo de
troca de mensagens curtas (Short Message Service, ou SMS
em inglês), criado em 1992 e a princípio usado apenas por
adolescentes para se exprimir por meio de siglas – LOL,
VDD, CTZ, OMG, AMG, FTW, SDDS, FLW, BJS, CMG, BFF etc.
– cresceu. Serviço indispensável nos dispositivos móveis, a
troca de bilhetes digitais é considerada por muitos mais
importante do que a própria chamada de voz.
Ao misturar conveniência, simplicidade e disponibili-
dade, o texto se tornou sinônimo de comunicação em
tempo real. Sua popularidade é tamanha que, em 2010, o
serviço era o que mais transferia dados pela rede, usado por
cerca de 80% dos usuários de telefones móveis. Daí surgiu o
smartphone. E, com ele, muitos se apressaram a decretar a
morte de um serviço tão primário. No entanto, apesar do
crescimento de outros canais de comunicação por voz e vídeo,
o envio de mensagens de texto, seja por SMS ou por aplica-
tivos baseados na inter-net, como WhatsApp, Facebook Mes-
senger, Apple iMessage e Skype (que tenta recuperar o suces-
so que um dia teve o MSN Messenger) ainda é muito popular.

Por mais que a tecnologia pareça antiquada em tempos
de conexão 4G e streaming de vídeo, a troca de bilhetinhos
se tornou parte essencial da vida contemporânea. A inte-
ração é intuitiva, rápida, divertida, íntima, descritiva e
consistente, de forma que a voz e outras interfaces dificil-
mente conseguem ser. Ela funciona bem tanto em comu-
nicações individuais quanto para enviar mensagens para
grupos, mandar alertas ou compartilhar links. Conteúdos
escritos por esse meio podem ser facilmente classificados,
organizados, traduzidos, copiados, pesquisados, citados e
consumidos em velocidades diferentes. Em um mundo hi-
perconectado, o texto é, quem diria, o sinônimo de comu-
nicação assíncrona.
A natureza das mensagens de texto é diferente da con-
versa por telefone: seu formato, velocidade e discrição são
adequados para pequenas explosões de comunicação fun-
cional, mais do que para conversas extensas. Ampliadas
pelo uso de emojis, elas permitem uma relação de natureza
instintiva, quase telepática, que pode ocorrer simultanea-
mente com outros tipos de comunicação, alguns até ao
vivo. Ferramentas de conversação são tecnologias sociais,
em que as regras de etiqueta e os códigos do grupo costumam
ser mais importantes do que os recursos tecnológicos. Um
dos motivos de seu enorme sucesso em um ambiente de
assistentes virtuais como Siri e Google Now está no con-
teúdo de mensagens que podem não ser adequadas ao vivo.
O texto é rápido, privativo e poderoso, tanto que a melhor
alternativa para ele até hoje ainda tem sido outra forma de
texto.
Aplicativos de troca de mensagens em vídeo, como Skype,
Vine e SnapChat, buscam ser o próximo passo. Eles tentam
criar uma comunicação mais intensa, que valorize tons de
voz, expressões faciais e linguagem corporal para exprimir
sutilezas em que o texto não é fluente. Apesar de seu su-
cesso em determinados grupos e faixas etárias, até hoje
não conseguiram atingir uma parcela da popularidade do
singelo texto. O velho SMS, de tão seguro e confiável, se trans-
formou em uma ferramenta poderosa de autenticação,
usado por vários serviços para garantir a identidade e a
segurança de seus usuários. Ele é usado até por tecnologias
extremamente inovadoras como a comunicação máquina a
máquina (M2M), que usa o protocolo para envio de dados
de telemetria para usuários e centros de controle a partir
de lugares em constante movimento ou cuja conexão de
dados não seja confiável. Há até quem aposte no texto como
alternativa para um mundo pós-apps. Diferentemente de
interfaces que criam regras de interação a cada serviço,
website ou aplicativo, conversas baseadas em texto são
confortavelmente familiares. Na China, o popular WeChat
incorpora muita interação na interface do aplicativo. Pode-
se falar com serviços públicos, empresas e marcas na mesma
tela com que se conversa com os amigos ou com o chefe.
Bancos, concessionárias de telefonia, jornais, hospitais,
lojas e serviços públicos podem ser consultados dessa forma,
em busca de transações imediatas de forma bem prática. Seus
Verbo • Professora Mar!na Couto
usuários consultam saldos, pagam cartões, enviam dinhei-
ro, pedem táxis, reservam mesas em restaurantes e acom-
panham a entrega de pedidos comprados on-line em simples
conversas. Algumas vezes a interação é feita por um ser
humano, outras por um robô, outras por um sistema de
menus. Tudo da forma mais natural e transparente possí-
vel. Pode soar estranho interagir com o banco por texto,
mas a realidade é que essa troca de mensagens é mais con-
fortável, mesmo que às vezes seja inconveniente. E é certa-
mente mais fácil, segura e familiar do que os complicados
aplicativos de hoje e suas camadas múltiplas de senhas e
tokens. Imagine a simplicidade de mandar mensagens como
"pague o condomínio" ou "mande R$ 1500 para minha mãe"
comparado com a forma com que tais serviços são feitos
hoje. De certa forma, essa é a maneira como os privilegia-
dos que têm assistentes pessoais interagem com eles no
mundo real.
No rápido desenvolvimento tecnológico, logo se entra-
rá no mundo pós-aplicativo. Enquanto muitos especulam a
respeito de máquinas vestíveis, óculos de realidade virtual
e agentes por comando de voz, talvez a resposta esteja em
uma tecnologia com quase 25 anos de idade, para que pou-
cos dão a devida atenção.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/201
5/10/1695904-txt-o-futuro-do-app.shtm. Adaptado.
01. Identifique a alternativa em que a ideia global do
Texto 1 está CORRETAMENTE sintetizada.
a) A mensagem de texto, como tecnologia social simples
e confortavelmente familiar, valoriza mais os códigos
sociais do que recursos tecnológicos, atende necessi-
dades do dia a dia e pode, no futuro, substituir os com-
plicados apps.
b) O surgimento do smartphone e a forma telegráfica das
mensagens de texto mostram uma tendência de, no
futuro, o texto ser substituído por tecnologias mais
adequadas à vida contemporânea.
c) No “mundo pós-apps”, não haverá lugar para um ser-
viço tão primário como a troca de mensagens escritas,
um protocolo baseado em expressões simplórias e re-
dutoras, como o uso de siglas.
d) No futuro, prevalecerá o crescimento de outros canais
de comunicação, que, com recursos de voz e vídeo, co-
mo tom de voz, expressões faciais e linguagem corpo-
ral, promoverão uma interação mais eficaz.
e) Tecnologias extremamente inovadoras tendem a obter
cada vez mais prestígio e popularidade, o que indica
que interfaces mais complexas, no futuro, tornar-se-
ão predominantes na comunicação cotidiana.

02. Na defesa de seu ponto de vista, o autor apresenta 05. Analise as afirmativas a seguir quanto à CORRETA
como uma das justificativas:
a) Há muita gente que “sonha com carros voadores e reali-
dades aumentadas”.
b) Houve “crescimento de outros canais de comunicação
por voz e vídeo”.
c) A tecnologia parece “antiquada em tempos de conexão
4G e streaming de vídeo”.
d) As mensagens em vídeo têm uma comunicação mais
intensa, que valoriza as expressões faciais.
e) O conteúdo das mensagens de texto pode não ser ade-
quado para transmissão, “ao vivo”.
03. Ao citar várias vezes a expressão “mensagens de texto”
ou outras que lhe são equivalentes, o autor mantém o
foco temático do texto.
Assinale a alternativa em que, no Texto, as duas nomea-
ções equivalem a “mensagens de texto”, funcionando como
sinônimos dessa expressão.
a) Txt e app.
b) Txt e mensagens curtas.
c) Bilhetes digitais e chamada de voz.
d) Texto e smartphone.
e) Bilhetinhos e mensagens em vídeos.
04. Acerca de algumas estratégias empregadas no texto, 06.
analise as proposições a seguir.
I - As siglas presentes no título e em alguns parágrafos do
texto constituem parte de um vocabulário voltado para um
determinado campo de significados, que está no nível do
interlocutor pretendido.
II - O texto emprega uma linguagem hermética, isto é, de
difícil compreensão para o leitor comum, porque é excessi-
vamente marcada pela presença de termos técnicos.
III - A presença de dados estatísticos e a citação de recursos
que fazem parte do universo de conhecimentos prévios do
leitor (2º parágrafo) contribuem para dar credibilidade ao
texto e obter a adesão do leitor às suas ideias.
IV - No texto é comum o emprego do contraste para destacar
e também opor certos conceitos, como em: ―carros voadores‖ X
―mensagens telegráficas‖ (1º parágrafo); e ―tecnologias sociais‖
X ―recursos tecnológicos‖ (4º parágrafo).
Estão CORRETAS, apenas:
a) I e III.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
Verbo • Professora Mar!na Couto
interpretação dos recursos linguísticos destacados.
I - “E, com ele, muitos se apressaram a decretar a morte de um
serviço tão primário.” (2º parágrafo), ou seja, com o surgimento
da mensagem de texto, muitos pensaram que o smartphone
não iria sobreviver.
II - “Daí surgiu o smartphone” (2º parágrafo), isto é, o smart-
phone surgiu em decorrência da popularidade das mensa-
gens de texto e do volume de usuários que as usavam.
III - “essa é a maneira como os privilegiados que têm assistentes
pessoais interagem com eles no mundo real” (6º parágrafo),
isto é: os privilegiados que têm assistentes pessoais intera-
gem com eles (os assistentes pessoais) por meio de mensa-
gens de texto.
IV - Em: “No rápido desenvolvimento tecnológico, logo se
entrará no mundo pós-aplicativo” (último parágrafo), a pala-
vra destacada introduz um sentido de ―explicação’ no trecho
em questão.
Estão CORRETAS, apenas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Analise a pertinência das afirmativas seguintes
acerca das formas verbais destacadas nos enunciados.
I - Em: “o serviço era o que mais transferia dados pela rede”,
o tempo da forma verbal destacada indica que se trata de
ação concluída.
II - Em: “No rápido desenvolvimento tecnológico, logo se en-
trará no mundo pós-aplicativo.”, o tempo verbal destacado está
empregado de modo a indicar uma ação em andamento.
III - No trecho: “a realidade é que essa troca de mensagens é
mais confortável, mesmo que às vezes seja inconveniente.”, a
escolha da forma verbal destacada é adequada por indicar
“probabilidade”.
IV - Observe: “Imagine a simplicidade de mandar mensagens
como "pague o condomínio". Apesar de o modo imperativo
ser comum às duas formas verbais destacadas, o efeito de
sentido dessa opção em cada uma delas não é o mesmo.
Estão CORRETAS, apenas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

07. Assinale a alternativa cuja forma verbal preenche
corretamente a frase abaixo.
Ele ………… numa questão difícil de ser resolvida e …………
seus bens, graças ao bom senso do mediador.
a) interveio – reouve.
b) interveio – reaveu.
c) interviu – reaveu.
d) interviu – reouve.
Texto para as questões de 08 a 13.
Tecnologia e humanidade
Por Danilo España
Através do teclado do meu computador digito esse texto e
através da sua tela você o lê. Aqui criamos um elo de comu-
nicação; neste momento, somos ajudados pela tecnologia.
A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita proces-
sos, acelera as comunicações e gera resultados rápidos. Acon-
tece que para tudo há um limite, e ainda que não faça tantos
anos que a tecnologia atingiu um certo ápice, existem pessoas
comprovando na pele que o excesso de tecnologia pode
prejudicar a vida social e até mesmo a saúde.
Não é só o fato de vermos famílias inteiras ou grupos de
amigos em um restaurante, por exemplo, imersos, todos, em
seus celulares e tablets ultramodernos, sem conversar. Há
também outras situações que nos mantêm reféns da moder-
nidade: ter que olhar o e-mail diversas vezes por dia, acompa-
nhar as atualizações das redes sociais, responder centenas de
mensagens e depender de uma conexão de alta velocidade 24
horas por dia para satisfazer nossas curiosidades, buscar in-
formações, cumprir tarefas, pagar contas, descobrir tendên-
cias, ideias, empresas, pessoas, etc.
Mas como definir se a quantidade de contato que temos
com a tecnologia chega a ser prejudicial? Máquinas, equipa-
mentos, dispositivos são essenciais para sobreviver em um
modelo de sociedade em que o virtual está cada dia mais pró-
ximo do real. Descobrir um limite de interação com as tecno-
logias é algo individual, cada um deve buscar essa equação
para respeitar sua própria natureza.
Por mais que busquemos as tecnologias mais incríveis,
ainda assim é o homem que as inventa, as cria, ou seja, todo
potencial de sua criação está no homem. Possuímos a mais
avançada tecnologia, a tecnologia natural, biológica, humana…
ou seja, não podemos esquecer as funções que nosso corpo
desempenha, a quantidade de informações que armazena-
mos, como conseguimos acessá-las a uma velocidade absurda,
a capacidade de bilhões de cálculos, o potencial analítico que
temos, autorregulações corporais, sentimentos, emoções,
razão etc.
Verbo • Professora Mar!na Couto
A tecnologia evidentemente evolui, mas e a humanidade?
Estamos evoluindo nosso lado humano e tendo orgulho dessa
evolução tanto quanto da tecnologia? Precisamos de um mo-
vimento que valorize as características naturais do homem,
que respeite seus limites e que trabalhe dentro de um nível de
tolerância individual, considerando que somos diferentes, que
suportamos coisas absolutamente distintas. Os talentos tam-
bém são individuais, devem ser exercitados, desenvolvidos e o
tempo que nos prendemos à tecnologia muitas vezes conso-
me esses importantes momentos. Então que sejamos usuários
da tecnologia e não seus escravos…
Disponível em: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/o-que-
te-motiva/2014/01/13/tecnologia-e-humanidade/. Adaptado.
08. O tema do texto é a inserção da tecnologia na vida
das pessoas na atualidade. Assinale a afirmativa que está
em consonância com o posicionamento do autor acerca
do tema.
a) A tecnologia veio para ajudar a resolver os mais diver-
sos problemas, por isso o desenvolvimento tecnológico
deve ser sempre estimulado.
b) É compreensível que o homem faça uso permanente
das novas tecnologias, já que elas geram resultados
mais rápidos.
c) A tecnologia mostra a evolução da humanidade, já que
o homem tem a melhor de todas as tecnologias, que é
a natural, a biológica.
d) O homem deve considerar as características funcionais
de seu próprio corpo para planejar um uso individuali-
zado, particular, das tecnologias.
e) A tecnologia acelera as comunicações e torna-se, assim, a
maior responsável pela interação entre os homens.
09. Para perceber o que autor pensa sobre o assunto, o
leitor pode prestar atenção a certas palavras ou expressões
selecionadas para o texto. Identifique, entre as opções
abaixo, a alternativa em que a palavra ou expressão des-
tacada revela mais evidentemente uma visão do autor
sobre o tema.
a) “a tecnologia atingiu um certo ápice”.
b) “grupos imersos em tablets ultramodernos”.
c) “situações que nos mantêm reféns da modernidade”.
d) “o virtual está cada dia mais próximo do real.”
e) “o homem cria as tecnologias mais incríveis.”
10. Releia: “Através do teclado do meu computador digito
esse texto e através da sua tela você o lê. Aqui criamos um
elo de comunicação; neste momento, somos ajudados pela
tecnologia. A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita
processos, acelera as comunicações e gera resultados rá-
pidos. Acontece que para tudo há um limite (...)”.
 Verbo • Professora Mar!na Couto

O autor inicia o seu texto abordando o tema da tecnologia 13. “Estamos evoluindo nosso lado humano e tendo orgu-
e citando algumas de suas vantagens, mas introduz uma lho dessa evolução tanto quanto da tecnologia?”. A escolha
mudança de orientação argumentativa a partir do trecho: das formas verbais destacadas evidencia que o autor
pretendeu indicar ações que
a) “Aqui criamos um elo de comunicação”.
b) “A tecnologia nos ajuda em diversas áreas”. a) estão em andamento.
c) “(A tecnologia) facilita processos”. b) estão por acontecer.
d) “(A tecnologia) gera resultados rápidos”. c) foram concluídas.
e) “Acontece que para tudo há um limite.”. d) mudaram de estado.
e) não ocorreram.

11. Releia o segundo parágrafo do texto: “A tecnologia nos

ajuda em diversas áreas, facilita processos, acelera as co-
municações e gera resultados rápidos. Acontece que para
tudo há um limite, e ainda que não faça tantos anos que a
tecnologia atingiu um certo ápice, existem pessoas compro-
vando na pele que o excesso de tecnologia pode prejudicar
a vida social e até mesmo a saúde.”
Acerca dos aspectos morfossintáticos do trecho em questão,
analise as afirmativas a seguir.
I - As orações que formam o primeiro período mantêm entre
si uma relação de dependência sintática e semântica.
II - Em “Acontece que para tudo há um limite”, a forma verbal
destacada constitui uma oração sem sujeito.
III - As formas verbais ―há’ e ―faça’ estão no singular pela
mesma razão, isto é, suas ações não podem ser atribuídas a
um sujeito gramatical.
IV - A substituição do verbo existir em ―existem pessoas’ pelo
verbo ―haver’ exigiria que a conjugação desse último fosse
construída no singular (há).
V - O trecho: “e ainda que não faça tantos anos” tem o mesmo
sentido que ―embora não faça tantos anos’.
Estão CORRETAS, apenas:
a) I, II e III.
b) I, IV e V.
c) II e IV.
d) II e V.
e) III, IV e V.
12. No quarto parágrafo, o autor emprega a expressão
“essa equação” para referir-se ao segmento:
a) “Descobrir um limite de interação com as tecnologias ”.
b) “o virtual está cada dia mais próximo do real”.
c) “sobreviver em um modelo de sociedade”.
d) “Máquinas, equipamentos, dispositivos são essenciais ”.
e) “a quantidade de contato que temos com a tecnologia
chega a ser prejudicial”.
14. “...proporcional à precariedade dos mecanismos de
que dispomos...” Sem que seja feita qualquer outra altera-
ção, a frase acima permanecerá correta caso o verbo seja
substituído por:
a) fazemos uso
b) possuímos
c) estamos propensos
d) contamos
e) empregamos
15. “Ao mesmo tempo, os fluxos de investimentos estran-
geiros mudam de direção, trocando os ‘emergentes’ pelos
Estados Unidos”. A forma de gerúndio “trocando” equi-
vale a:
a) a fim de trocarem;
b) embora troquem;
c) pois trocam;
d) se trocassem;
e) quando trocam.
16. Assinale a alternativa em que há correta correlação
de tempos e modos verbais nos trechos a seguir.
a) Empregar crianças no trabalho doméstico, muitas vezes
em idade bastante precoce, era uma prática muito
comum e bem aceita no país, embora fosse bastante
prejudicial às crianças e aos adolescentes.
b) Empregar crianças no trabalho doméstico, muitas vezes
em idade bastante precoce, seria uma prática muito
comum e bem aceita no país, embora fora bastante
prejudicial às crianças e aos adolescentes.
c) Empregar crianças no trabalho doméstico, muitas vezes
em idade bastante precoce, fora uma prática muito
comum e bem aceita no país, embora seja bastante
prejudicial às crianças e aos adolescentes.
d) Empregar crianças no trabalho doméstico, muitas vezes
em idade bastante precoce, foi uma prática muito co-
mum e bem aceita no país, embora fora bastante pre-
judicial às crianças e aos adolescentes.
 Verbo • Professora Mar!na Couto

e) Empregar crianças no trabalho doméstico, muitas vezes pensando não ser ouvido
em idade bastante precoce, era uma prática muito nestes matos por ninguém,
comum e bem aceita no país, embora tinha sido bastante um Sabiá*, que me escutava,
prejudicial às crianças e aos adolescentes.
num capoeirão, escondido,
gritou de lá: — meu colega,
17. Os verbos de ligação mostram noções distintas de es- bravos! Bravos... muito bem!

tados. A noção do verbo destacado indicada corretamente é: Pergunto agora a você:

quem foi um dia aplaudido
a) “O Mc Donald’s se tornou o maior distribuidor mundial pelo príncipe dos cantos
de brinquedos” / mudança de estado; de celestes harmonias,
b) “Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo (irmão de Gonçalves Dias,
brilho do consumo” / estado permanente; um dos cantores mais ricos...)
c) “As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas — que caso pode fazer
de objetos” / continuidade de estado;
das vaias dos tico-ticos?‖
d) “há apenas cinco anos eram de última geração” / estado
transitório; * Nota do editor: Simbolicamente, Rui Barbosa está
e) “São os nossos brinquedos” / aparência de estado. representado neste Sabiá, pois foi a “Águia de Haia” um dos
maiores admiradores de Catulo e prefaciador do seu livro
Poemas bravios. (Poemas escolhidos, s/d.)
Para responder às questões de números 18 a 21, leia o
poema de Catulo da Paixão Cearense (1863-1946).
18. Tomando por base a leitura do poema, verifica-se
O Azulão e os tico-ticos que o pomar, mencionado na primeira estrofe, é apresen-
tado como:
Do começo ao fim do dia,
a) um ser inteiramente insensível ao canto dos pássaros.
um belo Azulão cantava,
b) morada dos tico-ticos invadida pelo Azulão.
e o pomar que atento ouvia
c) mero cenário dos acontecimentos.
o seus trilos de harmonia,
d) um ser capaz de ouvir e apreciar o canto do Azulão.
cada vez mais se enflorava.
e) recanto de uma floresta selvagem.
Se um tico-tico e outras aves
vaiavam sua canção...
mais doce ainda se ouvia
a flauta desse Azulão.
19. Ante as vaias dos tico-ticos e outras aves, o Azulão
Um papagaio, surpreso torna ainda mais perfeita sua canção. Com isso, revela
de ver o grande desprezo, uma atitude de:
do Azulão, que os desprezava,
a) autoconfiança.
um dia em que ele cantava
b) rancor.
e um bando de tico-ticos
c) ingenuidade.
numa algazarra o vaiava,
d) ignorância.
lhe perguntou: ―Azulão,
e) revolta.
olha, dize-me a razão
por que, quando estás cantando
e recebes uma vaia
20. Na fala do Papagaio, dos versos de número 16 a 22,
desses garotos joviais,
tu continuas gorgeando
uma das formas verbais não apresenta, como deveria,
e cada vez canta mais?!‖ flexão correspondente à mesma pessoa gramatical das
Numas volatas sonoras, demais. Trata-se:
o Azulão lhe respondeu:
a) continuas.
―Caro Amigo! Eu prezo muito
b) dize.
esta garganta sublime
c) canta.
e esta voz maravilhosa...
d) recebes.
este dom que Deus me deu!
e) estás.
Quando, há pouco, eu descantava,
 Verbo • Professora Mar!na Couto

21. Considerando a nota do editor, que identifica o Sabiá a)

b)
Estão corretos apenas os itens II e III.
Estão corretos apenas os itens I e III.
como Rui Barbosa, grande admirador da poesia de Catulo, c) Todos estão corretos.
os tico-ticos representam no poema: d) Apenas o item I está correto.
e) Estão corretos apenas os itens I e II.
a) os outros poetas.
b) os adversários de Rui Barbosa.
c) os músicos e os cantores. 24. Das afirmações seguintes:
d) os admiradores de Gonçalves Dias
e) os críticos do poeta. I - O uso dos adjetivos exausto e desmoronado (1º parágrafo)
ajuda o narrador a tornar mais subjetiva a sua descrição de
“Luar-do-Chão”.
22. “Não é possível entender a tomada do poder”; a afir- II - No segundo parágrafo identificamos o verbo “empalhar”
mação correta sobre as duas formas negritadas é: de uso pouco comum e que ajuda o narrador a construir a
imagem de uma natureza “exuberante” e digna de orgulho
a) as duas formas mostram formas verbais do futuro do
dos que a usufruem.
subjuntivo.
III - Na passagem “Dói-me a ilha como está”, a escolha do
b) a segunda forma é substantivada, diferentemente da
verbo revela o desejo do narrador de expressar emoções
primeira.
claramente particulares.
c) a primeira forma mostra o mesmo modo verbal da
segunda. a) Estão corretos apenas os itens I e III.
d) as duas formas correspondem a verbos substantivados. b) Estão corretos apenas os itens I e II.
e) as duas formas mostram formas verbais de infinitivo. c) Estão corretos apenas os itens II e III.
d) Todos estão corretos.
e) Apenas o item I está correto.
As questões de 23 a 25 referem-se ao texto a seguir.

[...] Até há pouco a vila tinha apenas uma rua. Chamavam- 25. Uma expressão no último parágrafo, revela ao leitor
lhe, por ironia, a Rua do Meio. Agora, outros caminhos de eu a imagem de decadência pode ser algo percebido so-
areia solta se abriram num emaranhado. Mas a vila é ainda mente pelo narrador. Que expressão é essa?
demasiado rural, falta–lhe a geometria dos espaços arruma-
dos. Lá estão os coqueiros, os corvos, as lentas fogueiras que a) mais além
começam a despontar. As casas de cimento estão em ruína, b) no entanto
exaustas de tanto abandono. Não são apenas casa destroçadas: c) mau-olhado
é o próprio tempo desmoronado. [...] d) à primeira vista
e) donos do tempo
Dói-me a ilha como está, a decadência das casas, a miséria
derramada pelas ruas. Mesmo a natureza parece sofrer de
mau-olhado. Os capinzais se estendem secos, parece que 26. “Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato
empalharam o horizonte. À primeira vista, tudo definha. No
momento?” A forma verbal destacada possui um valor se-
entanto, mais além, à mão de um olhar, a vida reverbera,
mântico associado à sua flexão e revela uma ação:
cheirosa como um fruto em verão: enxames de crianças atra-
vessam os caminhos, mulheres dançam e cantam, homens a) pontual realizada no passado.
falam alto, donos do tempo. b) habitual em um passado recente.
c) futura relacionada a um fato passado.
COUTO, Mia. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra.
d) presente relacionado a um fato futuro.
São Paulo: Companhia das Letras, 2003. P. 27-28. (Fragmento)
e) passada que se estende até o presente.

23. Das afirmações seguintes:
I - Para Mariano, Rua do Meio é um nome irônico, pois
durante muito tempo só existiu uma rua em Luar-do-chão.
II - As imagens sobre a vila descrita no final do 1º parágrafo
provocam no leitor a impressão de decadência.
III - Os adjetivos exaustas e desmoronado aparecem, no
trecho, em um contexto comum porque explicitam atribu-
tos próprios dos termos a que se referem.
27. Os tempos verbais estão corretamente articulados
entre si no período:
a) Se olhássemos para aquelas imagens, não nos reconhe-
ceremos nelas;
b) Se ele ver o nosso projeto, fará um elogio;
c) Permito que saiam se me dizerem aonde vão;
d) Depois que tivermos crescido é que poderemos avaliar a
importância que tem o olhar alheio.

28. Ao transcrever para a voz ativa a seguinte frase: “Poucas
anotações foram feitas no texto pelo revisor da editora”,
obtém-se a seguinte forma verbal:
a) fizeram
b) fez
c) tinham sido feitas.
d) tinha feito.
29. “Me lembro de que vós ………… mais quando a profes-
sora trabalhava com as canções da época”. O verbo que falta
na frase acima está corretamente conjugado na alterna-
tiva:
a) Aprendias.
b) Aprendíeis.
c) Aprendia.
d) Aprende.
e) Aprendiva.
Texto para as questões de 30 a 33.
Reflexão sobre a cena da criança
destruindo uma sala na escola
Nesta semana, nossa reflexão será sobre o episódio que
causou polêmica e provocou sentimentos ambíguos em
muitos educadores: o vídeo que mostra a atitude do aluno de
sete anos quebrando o que vê pela frente e a postura dos
adultos em uma escola do município de Macaé, no Rio de
Janeiro.
Após a perplexidade que nos rouba durante alguns segun-
dos nossa capacidade de raciocinar, enquanto assistia ao
vídeo eu dizia (para mim mesma): “Não o deixem continuar!
Contenham-no! Acolham‐no!”. E imediatamente me dei
conta de que, se os adultos presentes naquele triste episódio
pudessem me ouvir, perguntariam: “Mas o que fazer? Como
contê-lo?”. Junto com as questões, viriam observações do
tipo: “Se colocarmos a mão em uma criança nesse estado
certamente seremos acusados por maus tratos, violência,
abuso etc.”. O fato é que, mais uma vez, constatamos que a
formação e o preparo dos profissionais da Educação nem
sempre são compatíveis com os novos desafios do cotidiano
escolar.
Ficou claro que, ao não terem o domínio da situação, os
adultos e profissionais presentes na sala com o garoto
tomaram atitudes erradas. Eles assistiram, registraram e, de
certa maneira, incentivaram a criança a extravasar sua raiva
da pior maneira possível. Não saber o que fazer não pode
justificar fazer o que não se deve. E divulgar as imagens,
expondo um menor de idade, é um dos exemplos de algo que
não se deve fazer. Da mesma maneira, incitar o menino a
Verbo • Professora Mar!na Couto
continuar quebrando e derrubando tudo também entra na
lista. Mais desolador é justificar tais atitudes alegando a
necessidade de a mãe ter conhecimento de que precisa tomar
providências quanto ao filho. [...]
Não há como negar a complexidade de lidar com situações
que envolvem explosões de fúria. A insegurança do inespe-
rado é grande e tende a nos paralisar. No entanto, nada pode
fazer o adulto deixar de agir em nome da segurança e do
respeito ao próximo. Conter o garoto e acalmá-lo teria
evitado boa parte do estrago material e emocional gerado
pelo incidente. Quando um dos adultos chega por trás do
garoto, acreditei, por um momento, que isso seria feito. Mas,
infelizmente, ele é orientado e alertado para não tocá-lo. O
que seria adequado? Posicionado atrás do menino, era
possível abraçá-lo. Dessa maneira, ele ficaria imobilizado e
falas de acolhimento poderiam ser ditas. “Acalme-se, vou te
ajudar. Estou com você, não vou deixar que se machuque”.
Mas pelo que parece houve uma interpretação equivocada
do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os profissio-
nais acreditaram que a contenção do menino seria interpre-
tada como uma violência, sem, contudo, perceber e reconhe-
cer como violência a exposição da imagem ou os riscos físicos
oferecidos por aquele comportamento. Uma visão reducionista
de um documento que visa, sobretudo, proteger a integridade
física, moral e psicológica das crianças e adolescentes.
(Flávia Vivaldi. 06/11/2015. Disponível em:
http://gestaoescolar.abril.com.br/blogs/aluno-em-
foco/2015/11/06/reflexao-sobre-acena-da-crianca-
destruindo-uma-sala-na-escola/. Fragmento.)
30. A partir das informações e ideias apresentadas,
depreende-se do texto que para a autora
a) as reações das pessoas presentes diante da cena descrita
no texto revelam sentimentos de intolerância e agres-
sividade.
b) a cena em análise no texto provoca-lhe sentimentos
ambíguos considerando-a inusitada em uma nova rea-
lidade que se apresenta na escola.
c) o cenário descrito justifica-se apenas mediante a ne-
cessidade da consciência da situação real vivida pela cri-
ança; para que, a partir daí, mudanças possam acontecer.
d) é constatada, reincidentemente, a necessidade de mu-
danças e transformações diante do cenário apresen-
tado no que diz respeito à formação profissional em
questão no texto.
31. As possíveis observações a que se refere a autora, no
2º§, em relação à atitude a ser tomada com a criança em
“Se colocarmos a mão em uma criança nesse estado certa-
mente seremos acusados por maus tratos, violência, abuso
etc.” indicam
a) argumentos contrários às ações sugeridas pela autora
através do texto.

b) uma condição, introduzida pelo termo “se”, para a exe-
cução das ações sugeridas anteriormente.
c) uma hipótese apresentada pela autora para um desen-
volvimento diferente da cena apresentada no texto.
d) justificativa apresentada pelos profissionais envolvidos
na cena em análise no momento em que ocorre o fato
apresentado.
32. No texto, é possível identificar que a autora utiliza
como recurso, entre outros, formas simbólicas para expri-
mir suas ideias, conferindo assim maior expressividade ao
texto. A expressão “explosões de fúria” (4º§) é um exem-
plo de tal tipo de linguagem relacionada com a semântica
do texto e demonstra:
a) um recurso de referenciação.
b) a supressão de um termo específico no vocabulário.
c) o oferecimento de uma informação de maneira redun-
dante.
d) emprego de uma palavra usual em outro domínio de
conhecimento.
33. Dentre as relações estabelecidas sintaticamente, é 34. Do ponto de vista das ideias apresentadas no texto,
correto afirmar que em:
a) “[…] é um dos exemplos de algo que não se deve fazer.”
(3º§) o trecho destacado é um complemento diretamente
ligado ao verbo “ser”.
b) “Conter o garoto e acalmá-lo […]” (4º§), a forma verbal
“conter” possui dois complementos: “garoto” e “o”, em
que o segundo tem como referente o primeiro.
c) “[…] enquanto assistia ao vídeo […]” (2º§), o verbo “assistir”
possui o mesmo tipo de complemento verbal visto em
“Sempre assistia o pai na marcenaria”.
d) “Após a perplexidade que nos rouba durante alguns se-
gundos nossa capacidade de raciocinar, […]” (2º§), a forma
verbal “rouba” possui dois complementos distintos
quanto à classificação sintática.
Texto para as questões de 34 a 38.
O trabalho como
princípio educativo
Compreender a relação indissociável entre trabalho,
ciência, tecnologia e cultura significa compreender o trabalho
como princípio educativo, o que não significa “aprender
fazendo”, nem é sinônimo de formar para o exercício do
trabalho. Considerar o trabalho como princípio educativo
equivale dizer que o ser humano é produtor de sua realidade
e, por isso, se apropria dela e pode transformá-la. Equivale
Verbo • Professora Mar!na Couto
dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história e de
nossa realidade. Em síntese, o trabalho é a primeira media-
ção entre o homem e a realidade material e social.
O trabalho também se constitui como prática econômica,
obviamente porque nós garantimos nossa existência, pro-
duzindo riquezas e satisfazendo necessidades. Na sociedade
moderna a relação econômica vai se tornando fundamento
da profissionalização. Mas sob a perspectiva da integração
entre trabalho, ciência e cultura, a profissionalização se
opõe à simples formação para o mercado de trabalho. Antes,
ela incorpora valores ético-políticos e conteúdos históricos
e científicos que caracterizam a práxis humana.
Portanto, formar profissionalmente não é preparar ex-
clusivamente para o exercício do trabalho, mas é propor-
cionar a compreensão das dinâmicas sócio-produtivas das
sociedades modernas, com as suas conquistas e os seus reve-
ses, e também habilitar as pessoas para o exercício autôno-
mo e crítico de profissões, sem nunca se esgotar a elas.
(Documento base. Brasília/2007. Educação profissional técnica de
Nível Médio integrada ao Ensino Médio. http://portal.mec.gov.br)
a profissionalização do indivíduo requer conhecimentos
relacionados:
a) ao preparo exclusivo para o exercício do trabalho.
b) à simples formação para o mercado de trabalho.
c) a valores que caracterizam a práxis humana, dentre outros.
d) à capacidade exclusiva de produzir riquezas para satis-
fazer as nossas necessidades.
e) tão somente à compreensão de trabalho como media-
ção entre o homem e a realidade material e social.
35. Observe a seguinte afirmação apresentada no texto:
Compreender a relação indissociável entre trabalho, ciência,
tecnologia e cultura significa compreender o trabalho como
princípio educativo.
A opção (apresentada de forma adaptada ou não) cuja
afirmação está em DESACORDO com essa assertiva é:
a) o ser humano é produtor de sua realidade e, por isso, se
apropria dela e pode transformá-la.
b) formar profissionalmente é preparar exclusivamente para
o exercício do trabalho.
c) nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade.
d) sob a perspectiva da integração entre trabalho, ciência e
cultura, a profissionalização se opõe à simples formação
para o mercado de trabalho.
e) formar profissionalmente (...) é proporcionar a compreensão
das dinâmicas sócio-produtivas das sociedades modernas.

36. Releia o segundo parágrafo do texto. Na frase: “Antes,
ela incorpora valores éticos-políticos e conteúdos históricos
e científicos que caracterizam a práxis humana”, a palavra
em destaque retoma, textualmente,
a) prática econômica.
b) sociedade moderna.
c) formação.
d) relação econômica.
e) profissionalização.
37. O trecho que NÃO apresenta, no destaque, verbo em
uma das suas formas nominais é:
a) ...significa compreender o trabalho como princípio edu-
cativo,...
b) ...equivale dizer que o ser humano é produtor de sua rea-
lidade...
c) ...a relação econômica vai se tornando fundamento da
profissionalização.
d) ...ela incorpora valores ético-políticos e conteúdos históricos...
e) ...formar profissionalmente não é preparar exclusivamente
para o exercício do trabalho,...
38. A opção em cujo trecho a forma ou locução verbal
destacada agrega sentido de ações em processo ou em
andamento é:
a) O trabalho também se constitui como prática econômica,...
b) ... porque nós garantimos nossa existência,...
c) ... a relação econômica vai se tornando fundamento da
profissionalização.
d) ... a profissionalização se opõe à simples formação para
o mercado de trabalho.
e) ... ela incorpora valores éticos-políticos...
Texto para as questões de 39 a 41.
Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas, mas
acabei me cansando de tê-los e perdê-los; há anos vivo sem
nenhum desses abrigos, e também, como toda gente, sem
chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida,
me plantado debaixo de muita marquise, mas resistido.
Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três
pontos diferentes do bairro. Pedi ao moço de recados, quando
veio apanhar a crônica para o jornal, que me comprasse
um chapéu-de-chuva que não fosse vagabundo demais, mas
também não muito caro. Ele me comprou um de pouco
mais de trezentos cruzeiros.
Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pen-
durei o guarda-chuva a um canto e me pus a contemplá-lo.
Verbo • Professora Mar!na Couto
Senti então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor
contra os guarda-chuvas cedeu a um estranho carinho, e
eu mesmo fiquei curioso de saber qual a origem desse ca-
rinho.
Pensando bem, ele talvez derive do fato de ser o guarda-
chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças.
Sou apenas um quarentão, e praticamente nenhum objeto
de minha infância existe mais em sua forma primitiva.
O guarda-chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas,
já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e
tanto abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu
austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas.
Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o
homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo
e algo de fúnebre, essa pequena barraca ambulante.
Já na minha infância era um objeto de ares antiquados,
que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas carac-
terísticas era ser muito usado em enterros. Por outro lado,
esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar
de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir,
de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus amigos
cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou
sol, apesar dos motejos alheios; a estes, respeita. O freguês
vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da pri-
meira distração para sumir.
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Coisas antigas. In: 200 Crônicas
escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, p.217-9)
39. De acordo com o texto:
a) mesmo que possam ser condenáveis os abusos a que foi
submetido o aspecto das sombrinhas, elas têm a grande
vantagem de não serem esquecidas exatamente por
conta da sua diversidade de cores e padrões.
b) se a todo momento se perde um guarda-chuva, a perda
não precisa ser lamentada, já que guarda-chuvas podem
sempre ser comprados por um preço relativamente
acessível.
c) ainda que o guarda-chuva seja uma invenção bastante
engenhosa, parece surpreendente que o homem não
tenha conseguido até hoje inventar alguma coisa mais
prática que pudesse substituí-lo na proteção contra a
chuva.
d) a despeito da aversão que se possa ter em relação ao
guarda-chuva, o seu conservadorismo chega a ser atra-
ente sobretudo num mundo em que tudo acaba sofrendo
constantes e vertiginosas transformações.
e) se é elogiável o fato do guarda-chuva ter permanecido
praticamente o mesmo desde a sua invenção, a falta de
variedade de seu aspecto é responsável pelas confu-
sões que o levam a constantes trocas de dono.

40. Em diversos momentos o autor se vale do humor na
composição do texto, como ocorre no segmento:
I - Pensando bem, ele talvez derive do fato de ser o guarda-
chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças .
(4o parágrafo)
II - Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores
desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram
de moda. (5o parágrafo)
III - Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o
homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e
algo de fúnebre... (6o parágrafo)
IV - Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos
sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de
se perder, de sumir, de mudar de dono. (último parágrafo)
Atende ao enunciado o que consta APENAS em:
a) II e IV.
b) I, II e III.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) IV.
41. “Pensando bem, ele talvez derive do fato...” O verbo em-
pregado nos mesmos tempo e modo que o verbo desta-
cado acima está em:
a) ...um chapéu-de-chuva que não fosse vagabundo demais...
b) ...nenhum objeto de minha infância existe mais em sua
forma primitiva.
c) Já na minha infância era um objeto de ares antiquados...
d) ...faça chuva ou sol, apesar dos motejos alheios...
e) O freguês vulgar e ocasional, este o irrita...
42. “Como ninguém? Claro que a exceção seria para as
ONGs internacionais; para representantes da Igreja, que
viriam “catequizar” os índios e para outros estrangeiros. A
proibição seria para os brasileiros, que não poderiam usar
parte do seu território”. O emprego do futuro do pretérito
em “seria”, “viriam” e “poderiam” indica ações:
a) certamente realizadas em futuro próximo;
b) já realizadas no passado distante;
c) a serem possivelmente realizadas no futuro;
d) nunca realizadas;
e) realizadas sob determinadas condições.
Texto para as questões de 43 a 45.
Dependendo do contexto em que são empregados, termos
como ―aí‖, ―até‖ e ―ir‖ ora denotam espaço, ora denotam tempo.
Verbo • Professora Mar!na Couto
Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem
sempre são precisamente especificados nos dicionários.
Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indi-
cação de tempo ou de espaço com a mesma palavra seja o
verbo ―ir‖. O sentido primeiro (aceitemos isso, para efeito
de raciocínio) do verbo ―ir‖ é de deslocamento: ―alguém vai
de A a B‖ quer dizer que alguém se desloca do ponto A ao
ponto B. Trata-se de espaço.
Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai
de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro que a rodovia não se
desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra.
Não há sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda
estamos no domínio do espaço.
Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o pe-
ríodo colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto
de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se in-
forma sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos.
Agora não se trata mais de espaço. Trata-se de tempo. E o
verbo é o mesmo.
POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em:
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/analogias.
43. Considere as frases abaixo:
1 - A numeração deste modelo de tênis vai de 35 a 44.
2 - Se alguém perguntar por mim, diga que fui ao cinema.
3 - O Canal do Panamá vai do Oceano Atlântico ao Pacífico.
4 - No hemisfério Sul, o outono vai de 20 de março a 20 de junho.
5 - As linhas de ônibus que partem do terminal 2 vão para a
estação central.
O sentido do verbo “ir” fica no domínio do espaço:
a) nos exemplos 1 e 3 apenas.
b) nos exemplos 2 e 3 apenas.
c) nos exemplos 4 e 5 apenas.
d) nos exemplos 1, 2 e 4 apenas.
e) nos exemplos 2, 3 e 5 apenas.
44. O verbo “ir” tem, ainda, outro uso corrente não
contemplado no texto: pode ser uma partícula unicamen-
te gramatical responsável por marcar o tempo futuro do
verbo principal da oração. Assinale a alternativa repre-
sentativa desse uso.
a) Enquanto aguardamos o telefonema da Joana, o Luís vai
ao mercado e compra os salgados para o café .
b) O período de inscrição para o concurso foi divulgado: vai
de novembro a dezembro.
c) Já noticiaram: o técnico vai divulgar o nome dos joga-
dores convocados nesta semana.
d) Amanhã, este carro vai para a oficina, para reparos no
freio e na lataria.
e) Você já guardou tudo? Vai que ele chegue sem avisar...
 Verbo • Professora Mar!na Couto

45. Considere o trecho: “E mesmo que compreendessem, Quais estão INCORRETAS?

eles nada poderiam fazer”. Tendo em vista a correlação entre a) Apenas I

os tempos verbais, se o verbo “compreender” for passado b) Apenas II
para o futuro do subjuntivo, assumirá a forma “compreen- c) Apenas III
dam”, e o verbo ‘poder’, a forma: d) Apenas I e III
e) I, II e III
a) poderá
b) poderão
c) pudessem Texto para as questões 49 e 50
d) pudesse

Salve o Hino do Brasil

46.
Sou daqueles que se emocionam ao ouvir o Hino Nacio-
Nasci a vinte e nove de dezembro,
nal e canto sempre que o ouço, em solenidades ou em jogos
Inda choro do parto deste século,
de futebol.
Em casinha bem perto de um mosteiro,
Entre as névoas e o frio da montanha. Ao ouvi-lo fora do Brasil então, às vezes até choro quando
chega o “verás que um filho não foge à luta”. De alguns anos
Jáder de Carvalho para cá virou lei em muitos Estados a obrigatoriedade da
Com relação à sua origem, o escritor se situa nesse quarteto, execução do Hino antes dos jogos de futebol, qualquer um.
sucessivamente: O resultado é desastroso.
A maioria dos torcedores não presta a menor atenção,
a) no tempo e no modo
poucos cantam, a banalização virou esculhambação e a in-
b) no espaço e no tempo
tenção de fazer por força de lei um momento de educação
c) no tempo e no espaço
cívica virou apenas desrespeito.
d) no modo e no tempo
e) no espaço e no modo No mais das vezes o que se ouve é o coro da torcida do
time anfitrião com seus cânticos de estímulo à equipe e o
Hino vira pano de fundo, pano de chão.
47. Das formas verbais em negrito, uma NÃO segue a norma (...) Que o Hino seja tocado antes de jogos da Seleção ou
culta. Assinale-a: em circunstâncias especiais é aceitável.
Em todos os jogos é mera vulgarização e o tiro saiu pela
a) Governo maquia orçamento e omite gastos essenciais com
culatra.
Rio-2016.
Quando se trata de jogos contra times estrangeiros co-
b) O serviço de meteorologia previu que haveria um tornado
mete-se a falta de educação de não se tocar o hino do país
no sul.
do clube visitante.
c) Michel Temer cede, e Eliseu Padilha intermedeia articula-
A boa intenção do legislador lotou o inferno.
ção política do governo.
d) A Bolsa de Valores nunca mais reouve seus índices de Está na hora de uma lei federal estabelecer novos critérios
2008. e acabar com o desrespeito.
e) Associação Paulista de Valets entrará com ação se a Escreva para o deputado federal que ganhou o seu voto
Prefeitura de SP não rever norma de cupons. e ajude a salvar a dignidade do Hino do Brasil.

Disponível em: http://blogdojuca.uol.com.br/

48. De acordo com Bechara, as formas nominais do verbo, 2015/10/salve-o-hino-do-brasil/. Adaptado.

ao lado do seu valor verbal, podem desempenhar função

de nomes. Analise as seguintes assertivas sobre essas funções:
I - O infinitivo pode ter função de substantivo como ocorre
em “Reescrever é um componente fundamental do processo de
escrita”
49. Nas frases a seguir, extraídas da coluna de Juca Kfouri,
incluímos uma vírgula (indicada entre parênteses) em de-
terminado ponto. A única vírgula que NÃO seria aceitável
está em:

II - O particípio pode valer por um adjetivo, como em “sem a) Que o hino seja tocado antes de jogos da Seleção ou cir-
que o aluno seja convocado a compreendê-los” cunstâncias especiais (,) é aceitável.
III - O gerúndio pode valor como um adjetivo, como em “Não b) De alguns anos para cá (,) virou lei em muitos Estados a
se está, afinal de contas, lidando com escritores”. obrigatoriedade da execução do Hino.

A banalização virou esculhambação (,) e a intenção de
c)
fazer por força de lei um momento de educação cívica
virou apenas desrespeito.
d) Em todos os jogos (,) é mera vulgarização.
e) Quando se trata de jogos contra times estrangeiros (,)
comete-se a falta de educação.
50. O verso do Hino citado pelo colunista no segundo
parágrafo poderia ser reescrito, respeitando o padrão culto
da língua e mantendo o sentido original, da seguinte forma:
a) verás que um filho seu não foge à luta.
b) verá que um filho teu não foge à luta.
c) verá que um filho seu não foge da luta.
d) vereis que um filho teu não foge da luta.
e) vereis que um filho vosso não foge na luta.
Texto para a questão 51
[O ministro] disse que o governo está preferindo "procurar
receitas que advenham de soluções e criação de oportunidade
ao invés de aumentar a carga tributária". (Disponível em
http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2015
/07/mudanca-de-meta-fiscal-visa-diminuir-incerteza-da-
economia-diz-levy.html)
51. A respeito do verbo advir, empregado na fala do
ministro, é correto afirmar que:
a) contém um desvio de linguagem de natureza ortográfica.
b) obedece ao padrão formal, pois segue a mesma conju-
gação de “vir”.
c) apesar de ser comum na linguagem popular, a forma
culta é “advejam”.
d) por ser defectivo, não poderia ser conjugado no pre-
sente do subjuntivo.
e) por expressar ideia de possibilidade, deveria ser subs-
tituído por “adviessem”.
Para responder às questões 52 e 53, leia a tirinha em
que estão presentes as personagens Hagar e Helga.
(Dik Browne, Folha de S. Paulo, 14.12.2014)
Verbo • Professora Mar!na Couto
52. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
no que diz respeito à colocação pronominal e à pontuação, a
frase de Hagar pode ser reescrita da seguinte forma:
a) Por favor Helga, agora passe-me a pimenta.
b) Helga por favor, rapidamente passe-me a pimenta.
c) Passe-me agora a pimenta, Helga, por favor.
d) Me passe a pimenta rapidamente, por favor Helga .
e) Me passe logo, a pimenta Helga, por favor.
53. Assinale a alternativa que está redigida de acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa e apresenta
uma afirmação correta sobre a fala de Helga.
a) Helga emprega o verbo ser no modo indicativo, esperan-
do que Hagar note que a esposa se sente meia chateada
com as atitudes dele.
b) Helga emprega o verbo ser no modo indicativo, referindo-
se a um fato real, isto é, que ela se sente meio decep-
cionada com o descaso do marido.
c) Helga emprega o verbo ser no modo subjuntivo, sugerindo
ao marido que se preocupe mais com ela, uma vez que
se sento meio triste com a situação.
d) Helga emprega o verbo ser no modo imperativo para
exigir que Hagar seja um marido mais carinhoso, já
que ela se sente meia irritada com a indiferença dele.
e) Helga emprega o verbo ser no modo imperativo para
evidenciar o fato de que Hagar é glutão e se interessa
apenas por saborear diferentes pratos, o que a deixa
meia aborrecida com ele.
54. No trecho “Primeiro dia, praia, almoço, modorra,
sesta”, a ausência de verbos:
a) caracteriza ruptura com a norma culta escrita.
b) justifica-se pela noção atemporal dos acontecimentos.
c) mantém um padrão gramatical adotado na maior parte
do texto.
d) consiste em um problema de coesão, uma vez que as
orações não existem sem verbos.
e) é suprida pela presença de expressões nominais que
garantem a sequência de ações vivenciadas pelo narrador.
55. Na passagem: “Há 20 anos, em 1995, meu livro “Estrela
Solitária – Um brasileiro chamado Garrincha”, biografia do
craque, foi recolhido das livrarias e impedido de circular por
um juiz que acatou a queixa de dois advogados represen-
tando as filhas do jogador. Eu não lhes pedira autorização
para escrever sobre seu pai. De fato, não me ocorrera extrair
um documento assinado autorizando-me a trabalhar”, os
verbos no pretérito-mais-que-perfeito do indicativo (em
destaque) são usados:

a) Apenas para estabelecer o estilo literário mais formal.
b) Para situar as ações de pedir e de ocorrer em momento
anterior às ações de ser recolhido, ser impedido de cir-
cular e de acatar uma queixa.
c) Porque as ações de pedir e de ocorrer são posteriores
às outras ações do fragmento.
d) Porque são ações anteriores a acatar e posteriores à
ser recolhido e ser impedido de circular.
Instrução: As questões 56, 57, 58 e 59 referem-se ao
texto que se segue:
Lixo Urbano
Veja como o movimento dumpster diving aproveita o que
desperdiçamos todos os dias. Conhecido como dumpster diving, o
movimento busca compartilhar restos alimentícios a fim de
acabar com a fome das pessoas.
Diariamente, toneladas de comidas são jogadas fora em
todo o mundo. De acordo com dados da Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, cerca de
um terço de todos os alimentos produzidos no mundo,
avaliados em um trilhão de dólares, é mal gasto a cada ano.
É comum que em restaurantes, feiras e supermercados
algumas embalagens com produtos alimentícios sejam des-
cartadas por estarem danificadas ou perto da data de ven-
cimento. Já em residências, as pessoas consomem mais do
que precisam e acabam desperdiçando alimentos em ótimas
condições de uso.
Foi neste contexto que surgiu o dumpster diving. Cada
vez mais conhecido e com mais adeptos, o movimento é
composto por “mergulhadores de lixeiras”, que buscam
restos de comidas – como pão, chocolate, verduras – e com-
partilham os achados, gratuitamente, para saciar a fome
das pessoas.
O movimento nasceu em Nova Iorque, mas se tornou
popular na Europa graças aos alemães Benjamin Schmitt e
Helena Jachmann, dois jovens motivados pela indignação
ante o desperdício de toneladas de comida. Para facilitar e
otimizar o compartilhamento de comida, a dupla conta com
um site, que em 2013, após seis meses no ar, já contava
com aproximadamente 8.200 usuários cadastrados.
A prática de mergulho no lixo, que também é conhecida
como bin-diving, containering, D-Mart, dumpstering, tatting,
skipping ou recycled food, enfrenta muitos problemas, já
que existem inúmeros argumentos que vão contra o movi-
mento.
Movimento contra
Isso porque, os praticantes estão expostos a riscos para
a saúde. Além disso, alguns países têm legislações rigorosas,
que preveem penas e multas para quem revira o lixo alheio
e se apossa de itens que pertenciam a outra pessoa.
Verbo • Professora Mar!na Couto
Outro ponto defendido por especialistas na área de saúde
e alimentícia, é de que muitos varejistas deveriam vender o
estoque que vai para o lixo a preços reduzidos. Os mesmos, no
entanto, afirmam que o risco é maior para eles, já que as
pessoas que comparem o produto podem estar expostas a
riscos de saúde.
Disponível em: http://www.pensamentoverde.com.br/atitude/lixo-
urbano-veja-como-o-movimento-dumpster-diving-aproveita-o-que-
desperdicamos-todos-os-dias/. (Adaptado)
56. Sobre o texto, só NÃO É CORRETO afirmar que:
a) O movimento dumpster diving (mergulhadores de lixeira)
rompe com a lógica do consumismo. Seus praticantes,
ao aproveitarem alimentos descartados por supermer-
cados e restaurantes, também contribuem socialmente
com aqueles que necessitam.
b) A sugestão de vender produtos vencidos a preços re-
duzidos seria uma boa saída para que as pessoas não
sejam submetidas a riscos de saúde.
c) O movimento visa ao reaproveitamento de alimentos,
doando-os àqueles que necessitam, entretanto, o mo-
vimento não é tão bem apreciado porque os pratican-
tes estão expostos a riscos para a saúde.
d) Outro risco enfrentado pelos praticantes é com a jus-
tiça, uma vez que há países cujas legislações rigorosas
penalizam aqueles que reviram lixos alheios.
57. “...já que existem inúmeros argumentos que vão contra
o movimento” (5º parágrafo) A opção que substitui a ex-
pressão destacada é:
a) devem haver
b) há
c) existe
d) deve haverem
58. Em “...cerca de um terço de todos os alimentos pro-
duzidos no mundo, avaliados em um trilhão de dólares, é
mal gasto a cada ano”. (1º parágrafo). Marque a opção
CORRETA:
a) Há a possibilidade de utilização de singular ou plural
para concordar com a palavra “alimentos”.
b) Se a expressão “cerca de um terço” fosse substituída
pela expressão “a maior parte de todos os alimentos...”
admitir-se-ia somente o plural.
c) Se a expressão “cerca de um terço” fosse substituída
pela expressão “a maior parte de todos os alimentos...”
admitir-se-ia somente o singular.
d) Há concordância verbal porque no caso de sujeito com
expressão “cerca de”, o verbo deve concordar com o
numeral.

59. “Além disso, alguns países têm legislações rigorosas,
que preveem penas e multas para quem revira o lixo alheio
e se apossa de itens que pertenciam a outra pessoa.” (6º
parágrafo) Com relação à acentuação gráfica, marque a
opção que segue a mesma regra ortográfica do verbo des-
tacado, quando utilizados no plural.
a) ver e ler.
b) ter e crer.
c) ter e conter.
d) vir e ver.
60. “Os dias que antecedem o domingo, 27 de setembro,
têm sido de muita expectativa para a comunidade dos aman-
tes de astronomia. O que todos estão esperando ansiosa-
mente é por um evento bem incomum, no qual um eclipse
lunar total vai ocorrer ao mesmo tempo em que uma
superlua. Segundo a NASA, a coincidência é tão rara que
ocorreu apenas cinco vezes ao longo do século passado,
sendo que a última foi em 1982. Depois deste domingo, o
fenômeno só deve se repetir de 2033 – mais um motivo
para não perder o espetáculo que promete fechar o fim de
semana com chave de ouro”.
As formas verbais mostram valores diferentes; a forma
verbal abaixo que tem seu valor semântico corretamente
indicado é:
a) fechar – ação futura, sem localização precisa.
b) estão esperando – ação de curta duração no presente.
c) vai ocorrer – ação que ocorrerá em futuro distante.
d) ocorreu – ação de duração prolongada no passado.
e) têm sido – ação que se iniciou no passado e continua
no presente.
61. Assinale a alternativa em que, reescrita, a frase: “...a
natureza é algo sagrado, em que nunca se deve intervir” –
tem os verbos corretamente conjugados.
a) ...a natureza possuía algo sagrado, em que nunca
interviu.
b) ...a natureza possue algo sagrado, em que nunca
intervia.
c) ...a natureza possuirá algo sagrado, em que nunca
interverá.
d) ...a natureza possui algo sagrado, em que nunca
interveio.
e) ...a natureza possue algo sagrado, em que nunca
intervém.
Verbo • Professora Mar!na Couto
INSTRUÇÃO: Texto base para as questões 61 a 63.
A incidência de eventos climáticos extremos vem se
intensificando ano após ano em todo o mundo. Em alguns
países, como ocorre nos Estados Unidos, vêm ocorrendo
picos de frio e calor em intensidade fora do comum.
No Brasil, segundo os noticiários, em torno de 20% dos
municípios encontram-se em estado de emergência ou de
calamidade pública. A maioria desses municípios, princi-
palmente do Nordeste e do Sudeste, sofrem com a falta de
chuva. Em outros municípios, com destaque para os da re-
gião Sul, o problema tem sido o excesso de chuva, algumas
vezes acompanhada de granizo, e até tornado, como ocor-
reu em Francisco Beltrão (PR).
Pesquisadores alertam para a necessidade de o país se
preparar para aprender a lidar com esses fenômenos, pois
eles tendem a ser cada vez mais intensos e frequentes, em
decorrência do aquecimento global.
Nuvens escuras no horizonte? Mais do que antes, agora
pode ser tempestade. Mas pode também ser terra seca,
aridez, vida que se esvai por falta de água, ou morte ante-
cipada pelo excesso de calor ou de frio.
62. “Pesquisadores alertam para a necessidade de o país
se preparar para aprender a lidar com esses fenômenos
*...+” Considere as palavras em destaque nesse trecho e
marque a seguir a alternativa INCORRETA:
a) O uso da preposição separada do artigo ocorre porque
o termo posterior à preposição é um sujeito.
b) Se em vez de “de o‖ o autor tivesse usado “do”, também
estaria correto do ponto de vista da gramática norma-
tiva.
c) A combinação do “de” com o “o” é comum na linguagem
oral e nem sempre está em desacordo com a gramática
normativa.
d) O artigo definido “o” acompanha e determina o subs-
tantivo “país”, compondo o sujeito de uma oração.
e) O nome “necessidade” é que rege a preposição “de” e
não o termo seguinte “o país”.
se
63. Considere o último parágrafo do texto e marque a
seguir a alternativa INCORRETA:
se a) O trecho “Mais do que antes, agora pode ser tempestade”
tem por base a interpretação literal de “Nuvens escuras
se no horizonte”.
b) A última frase do parágrafo∕texto fundamenta-se no
se sentido figurado da expressão ―Nuvens escuras no hori-
zonte”.
se c) O parágrafo é incoerente por apresentar, a partir de
uma mesma expressão, afirmações que se contrapõem.
 Verbo • Professora Mar!na Couto

d) Ambas as respostas (duas últimas frases) apresentam
elementos que podem ser decorrentes de eventos cli-
máticos extremos.
e) No trecho “que se esvai por falta de água” tem-se uma
oração subordinada adjetiva restritiva.
IV - Está flexionado no presente do subjuntivo
V - Forma uma locução verbal com “ocorrendo”, que é o
núcleo do predicado verbal.
Marque a alternativa correta.

a) I, II, III, IV e V estão corretas.

64. “Em alguns países, como nos Estados Unidos, vêm ocor- b)
c)
Apenas I, IV e V estão corretas.
Apenas a V está incorreta.
rendo picos de frio e calor em intensidade fora do comum”.
d) Apenas II e III estão corretas.
Considere a palavra em negrito nesse trecho e julgue as e) Apenas a IV está incorreta.
afirmações a seguir.

I - No infinitivo, é o verbo vir.

II - Está flexionado na 3ª pessoa do plural.
III - Concorda com o sujeito “picos de frio e calor”

Minas da Redação