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ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO

PROJETO DE PESQUISA

NOME(S):
Ana Melina da Gama Figueiredo
Diana Pessoa Vale
Jeimy Espitia Alonso
Kele Soares do Nascimento
PÓLO: Manaus
DISCIPLINA: Metodologia da Pesquisa Científica
PROFESSORA: Msc. Fernanda Rebeca A. da Silva

TÍTULO DO PROJETO

Tecnologias aplicadas no ensino das artes plásticas: uma perspectiva inclusiva para alunos
surdos.

PALAVRAS-CHAVE

Educação inclusiva; realidade virtual; ProDeaf; artes plásticas.

JUSTIFICATIVA
No Brasil há cerca de 10 milhões de surdos, e apesar da Lei nº. 10.432 de 24 de abril
de 2002, que instituiu a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, como segundo idioma oficial
brasileiro, a população surda ainda é marginalizada na educação. Pensando nisso
desenvolvemos esta pesquisa com o intuito da inclusão de alunos surdos com alunos não
surdos através de um projeto educacional implantado em uma escola da rede pública da
cidade de Manaus.
O projeto será desenvolvido com o auxílio de tecnologias, um aplicativo de realidade
virtual que conduzirá os estudantes por galerias de artes de famosos museus o que lhe
permitirá uma interpretação própria dessas obras de arte, e um outro que permitirá o
compartilhamento das informações e experiências vivenciadas pelos estudantes durante essa
aula, pois através do aplicativo ProDeaf será possível fazer traduções do português para
Libras e de Libras para o português, o que permitirá uma comunicação fluente entre os
estudantes.

PROBLEMA
Como elaborar aulas que promovam a inclusão de alunos surdos com alunos ouvintes,
através das tecnologias e que ao mesmo tempo propiciem a equidade na educação?

OBJETIVO GERAL

Promover espaços para a inclusão, onde crianças e jovens surdos possam dialogar e
interagir com outras crianças e jovens não surdos em torno do conhecimento e criação de artes
plásticas, através da execução de projetos e a implementação de tecnologias como a realidade
virtual e o aplicativo ProDeaf.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Desenvolver a competência comunicativa em prol da integração social, tendo como


eixo as artes plásticas no planejamento e execução de um projeto a partir de um tema
de interesse comum.
2. Divulgar e usar tecnologias apropriadas para facilitar o diálogo entre pessoas surdas e
não surdas ainda sem conhecimento da língua de sinais. Neste caso o aplicativo
ProDeaf.
3. Utilizar a realidade virtual para conhecer museus famosos ao redor do mundo, bem
como, diversos artistas e obras famosas que servirão de referência no desenvolvimento
do projeto.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As discussões sobre acessibilidade e inclusão na educação ganharam projeção nas


últimas décadas, tornando-se alvo de maior interesse em pesquisas acadêmicas, ações
educativas e nos debates relacionados a direitos e cidadania. Assim a educação brasileira vem
se adaptando para proporcionar e incluir os estudantes surdos em escolas convencionais,
podendo em uma sala de aula ter estudantes surdos e ouvintes na qual precisam comunicar-se
entre si e ter o mesmo aprendizado do conteúdo ministrado.
O uso da visualidade para uma significação do mundo pelo aluno surdo mostra-se
essencial em seu processo de aprendizagem e comunicação e ao falarmos de uma comunidade
surda que se configura através de uma linguagem comunicativa essencialmente visual,
incluindo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e demais formas visuais de expressão, e que,
assim, estabelece uma Cultura Surda, parece importante investigar as peculiaridades da
compreensão do surdo através da leitura de imagens e a forma como lidam com as
informações recebidas através delas.
Concordando com Skliar,

[..] a surdez é uma experiência visual [...] e isso significa que todos os mecanismos de
processamento da informação, e todas as formas de compreender o universo em seu
entorno, se constroem como experiência visual. Não é possível aceitar, de forma
alguma, o visual da língua de sinais e disciplinar a mente e o corpo das crianças surdas
como sujeitos que vivem uma experiência auditiva. (SKLIAR, 2010, p. 28).

No caso da disciplina Arte, inserida no currículo escolar do ensino fundamental,


apenas a forte presença da visualidade, é suficiente para a interpretação e aprendizagem? Que
medidas podem ser adotadas pelo professor para acessibilizar a produção e fruição de arte
pelo público surdo?
Buscando a emancipação dos estudantes surdos e uma interação entre ouvintes e
surdos, e entendendo que essa relação reflete nos resultados da fruição artística, foi pensado
na utilização do aplicativo que possibilite a comunicação entre os participantes do ambiente
de aprendizagem. O aplicativo ProDeaf possibilitaria uma interação e compartilhamento de
ideias e percepções entre os estudantes, proporcionando uma troca de opiniões que
enriqueceriam e agregariam a imagem obra abordadas através da plataforma Google Arts &
Culture.

METODOLOGIA

Em um primeiro momento, nossa pesquisa consistirá de revisão bibliográfica de


trabalhos que definam os conceitos envolvidos no tema desenvolvido e que possuam
propostas pedagógicas similares à desta pesquisa. Posteriormente, nossa pesquisa se
direciona na busca por resultados no campo de atuação, a saber, a escola de ensino regular. A
partir disto selecionaremos dois grupos com máximo de 30 estudantes. Os que não a
conhecem, serão apresentados à realidade virtual e os que já conhecem se aprofundarão de
forma que forneceremos um maior aproveitamento dos recursos. Faremos percursos por
alguns museus do Brasil, América e o mundo. E a partir da experiência dessas visitas virtuais
apresentaremos o app ProDeaf para alunos e professores promovendo a interação entre alunos
surdos, não surdos e mediadores. Ao final dos meses requeridos para a experimentação do
projeto realizaremos uma Mostra Didática com a instalação de um ateliê com a criação de
material artístico produzido e organizado em forma de exposição num espaço público pelos
alunos participantes.
A implementação do projeto no ambiente escolar produzirá algumas informações que
serão organizadas afim de obtermos uma sistematização dos resultados, estes, serão
analisados a partir da metodologia qualitativa, cujos efeitos serão aferidos pela coleta de
dados realizados a partir de entrevistas com a equipe envolvida no processo, bem como os
alunos não surdos e questionário individual que propicie o encadeamento das ideias
assimiladas pelos alunos surdos evidenciando a consolidação da equidade no ensino proposto.
CRONOGRAMA

MÊS/ETAPAS Nov/2018 Dez/2018 Jan/2019 Fev/2019 Mar/2019 Abr/2019


Escolha do tema X
Levantamento bibliográfico X
Elaboração do pré-projeto X
Apresentação do projeto X
Coleta de dados X X
Análise dos dados X X
Organização da estrutura do texto X X
Redação do trabalho X X
Revisão e redação final X X
Entrega do TCC X
Apresentação do TCC X

REFERÊNCIAS

FUNDAÇÃO LEMANN. “Projeto de vida: o papel da escola na vida dos jovens”. Plano ede.
Todos pela educação.
SILVA. Fernanda da. “Metodologias ativas. Novas formas de ensinar e aprender”.
Especialização em mídias na educação. UFAM. 2018.
ROCHA, Artur Batista de Oliveira. O Papel do Professor na Educação Inclusiva. Disponível
em <http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n14/n14-artigo-1-O-PAPEL-
DO-PROFESSOR-NA-EDUCACAO-INCLUSIVA.pdf> Acesso em: 19 de novembro de
2018.
RAPOLI, Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a
escola comum inclusiva. Disponível em:
<https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/25849/1/A_Escola_Comum_Inclusiva.p
df> Acesso em: 19 de novembro de 2018.
População surda ainda é marginalizada na educação. Disponível em:
<https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/12-11-2017/um-ensino-que-fale-nossa-
lingua.html> Acesso em: 20 de novembro de 2018.

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