Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
www.inead.com.br 1
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
SUMÁRIO
www.inead.com.br 2
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
na França e nos Estados Unidos, para limitar a análise a esses dois países, os
problemas de illettrisme, de literacy/illiteracy surgem de forma independente da
questão da aprendizagem básica da escrita.
A proposição interrogativa - Alfabetização e letramento: condições de inclusão
social (?) – é, pois, uma outra forma de enunciação (e de provocação) acerca da
(suposta) relação direta, regular ou automática entre esses dois conceitos
fundamentais - alfabetização e letramento - e a condição de cidadania ou, se
preferirem, de inclusão social e cultural de cada indivíduo.
Essa correlação simétrica parece-me abusiva se consideramos os problemas
relativos à alfabetização no curso da história da educação brasileira e os problemas
conceituais entre alfabetização e letramento, ora confundidos, ora dicotomizados, ora
sobrepostos, ora diferenciados como processos consecutivos, o primeiro, o de
alfabetizar e, o segundo, por neologismo, o de letrar, os quais, na perspectiva deste
texto, merecem ser, re-interrogados como “condições-chaves” à inclusão social.
Nesse sentido se pretendemos atribuir à alfabetização e ao letramento um
papel relevante ou decisivo à conquista da cidadania faz-se necessário, pois, uma
segunda pergunta: sob quais critérios de inclusão social associamos a alfabetização
e o letramento?
Trata-se, nessa perspectiva, de desmistificar o valor da escrita e, por
conseguinte, da leitura como condições absolutas ou únicas à inclusão social,
embora nos discursos oficiais, escolares, universitários e mediáticos o letramento
tem se afirmado como a condição (de excelência) para a progressão da inclusão
cultural, social e econômica.
Assim, desse modo, segredamos os grupos sociais, de um lado, os letrados
e, do outro, os “não letrados” ou “ os menos letrados”; os “incluídos” e os “excluídos”.
De alguma forma acabamos, pois, por reproduzir séculos de appartheid social e
cultural, por intermédio dos conceitos, dos usos e das apropriações em torno da
leitura e da escrita. A escola é nesse faroeste (nesse jogo de forças e relações de
poder) a vilã da história, quando, de fato, as responsabilidades e as falências sociais
e culturais dizem respeito aos efeitos e consequências do sistema econômico
capitalista.
No entanto, não se trata de promover nas diversas instituições educacionais
uma espécie de “lavagem de mãos”. Todos temos nossa parcela de responsabilidade
e além do enorme esforço por parte das estruturas de ensino cabe, igualmente, o
www.inead.com.br 7
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
www.inead.com.br 11
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
Assim, o letramento pode, como uma faca de dois gumes, ser utilizado e
veiculado pela mídia, pelos especialistas e pelos políticos para justificar as lacunas
sócio-econômicas entre indivíduos incluídos e excluídos. Sabemos que em se
tratando, por exemplo, de política cultural - nacional e internacional - um público, mais
ou menos, letrado terá acesso e poderá usufruir, diferentemente, dos serviços, dos
produtos e dos bens materiais e simbólicos que são disponibilizados. Cada parcela
desse público - mais letrado ou menos letrado - será objetivada pela mídia e pela
indústria do consumo a partir de estratégias diferenciadas. O mercado seleciona e
decide os níveis de acesso e de qualidade das ofertas e dos serviços para os que
possuem maior letramento e, em oposição, para os que não possuem um alto nível
de letramento.
Assim, num mesmo país (e comparativamente entre dois países distintos)
vemos certos equipamentos sociais, instituições, produtos, bens, suportes e
dispositivos culturais, sociais, sanitários, médicos, escolares e intelectuais serem
socializados (ou não), serem oferecidos (ou não) segundo, principalmente, dois
crivos sociológicos que se sobrepõem e se contrapõem: o perfil socio-econômico da
população e o nível de escolarização, alfabetização e letramento.
O filme - “Os Promesseiros” - realizado por Chico Carneiro e veiculado em
2002, é elucidativo sobre essa questão. Em Belém, existe uma festa profanoreligiona
conhecida pelo nome tradicional: Círio de Nazaré. Nela, todos os anos, reúnem-se
milhares de peregrinos ou romeiros10. Nesse filme assistimos o percurso de três
“pagadores de promessas” que se deslocam pelos afluentes entre as cidades de Boa
Vista e Belém. Durante quatro dias, numa trajetória feita em uma pequena canoa,
eles distribuem alimentos e roupas às populações dos rios Apeú, Inhamyogi e o
Guama. Os ribeirinhos são unânimes em declarar que a falta de escolarização da
população infantil e o analfabetismo da população adulta são fatores determinantes
da situação de pobreza em que vivem, desde o nascimento, pois sem estudo não
tem remédio e o irremediável instala-se e se reproduz. Desse modo, eles denunciam
o abandono que sofrem por parte das instituições governamentais locais, segundo
eles, presentes somente durante os processos eleitorais.
Uma outra interpretação possível ao título do filme - “Os Promesseiros”- não
é o circuito da fé, através dos gestos devotados, dos feitos sobre-humanos dos
“recebedores de graças” e das peregrinações de três “pagadores de promessa”, os
quais navegam em águas incertas levados pela solidariedade humana esta, sim, a
www.inead.com.br 15
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
expressão mais legítima da “profissão de fé” ou “procissão pela fé” abordada pelo
filme.
A interpretação implícita, quase, a moral da história no segredo das vozes e
no silêncio das imagens, diz respeito aos políticos que se fazem passar por
“promesseiros”, ou seja, por gente de boa-fé quando, na verdade, não pagam suas
promessas de campanha contra o problema da precarização escolar dessa zonas e
a baixa acentuada de preços na compra-e-venda dos frutos locais pelos
intermediários.
Este, sim, um agravante para a situação de empobrecimento dessa população
que é dependente de uma economia familiar e local.
As mulheres ribeirinhas choram as lágrimas do analfabetismo e tudo que ele
teceu, urdiu, tramou e alinhavou em suas vidas e a de seus pais. Segundo elas: o
subemprego, os castigos corporais, as migrações urbanas, o alcoolismo, os
problemas de saúde e a perda da dignidade diante do ciclo da pobreza, da
desinvenção da alfabetização com cada sala-de-aula fechada, em cada município da
localidade e, enfim, a desescolarização reproduzida da geração dos pais para a dos
filhos e, assim, para a dos netos.
www.inead.com.br 16
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
contexto histórico solicita dos leitores e dos usuários da escrita um saber ler e um
saber escrever específico: ao seu tempo, lugar e às múltiplas situações de
comunicação associadas ao letramento.
Assim, cada escola precisa estar, suficientemente, aberta e flexível às
mutações do mundo social e cultural, bem como aos desafios, demandas,
possibilidades e contradições da vida atual.
FORMAÇÃO
www.inead.com.br 21
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
www.inead.com.br 22
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
ALFABETIZAÇÃO
apenas 26 milhões de leitores ativos, que leem em média quatro livros por ano num
país com 180 milhões de habitantes. A previsão é expandir consideravelmente o
número de leitores. Além de movimentar o setor, a presença de editoras
multinacionais pode beneficiar, sobretudo, os ávidos por novidades. Editoras como a
Planeta, que está presente em diversos países, tem uma facilidade maior em
promover o intercâmbio de autores. Novos escritores estrangeiros, que talvez nunca
tivessem chance de ser publicados aqui, começam a chegar às livrarias nacionais
com uma velocidade nunca vista. “Existe uma sintonia com as outras casas da
Planeta para fazer com que a circulação da informação aconteça de maneira ágil”,
diz Pascoal Soto, diretor editorial da editora. Graças a essa troca os brasileiros
podem conhecer, por exemplo, a obra de Efraim Medina Reyes, um dos destaques
da literatura colombiana contemporânea. (Jornal Mercantil do Brasil, em 01 de julho
de 2005)
Se a leitura é um bem imaterial, ao contrário, o livro é um bem material, cada
vez mais configurado como um produto de consumo e comercializado como uma
mercadoria de valor social e cultural para um mercado bem configurado e em
expansão. O livro inscreve-se, pois, numa rede especializada de trocas, interesses e
vantagens materiais e simbólicas, cujas lógicas funcionais para a sua difusão são
claramente comerciais, segundo as tendências do mercado nacional e internacional,
no quadro do modelo capitalista de globalização.
No país, os talentos também deverão ser mais valorizados, tanto aqueles que
já têm uma posição consolidada como outros que ainda sonham em publicar o
primeiro livro. Contratos atraentes promovem uma dança das cadeiras no setor. A
Planeta, com grande penetração no exterior, atrai autores com a possibilidade de
“projetos globais”. “Minhas Histórias dos Outros”, de Zuenir Ventura, a biografia de
Paulo Coelho que está sendo escrita por Fernando Morais, e uma coleção
provisoriamente chamada de “Planeta Brasil” feita pelo jornalista Eduardo Bueno
entraram nessa categoria e serão publicadas noutros países. Paralelamente à caça
de nomes consagrados, ocorre a busca por novos escritores. A Planeta fez dessa
ideia uma de suas metas. “Temos interesse em criar um catálogo forte que contemple
as principais promessas e os autores consagrados”, diz Soto. Com pouco mais de
200 títulos no catálogo e com a expectativa de produzir outros 100 a cada ano, a
empresa pretende investir em talentos que começam a despontar como Santiago
Nazarian e Alexandre Plosky. A disputa por novatos é acirrada. Publicado
www.inead.com.br 28
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
inicialmente na Planeta, João Paulo Cuenca migrou para a Ediouro. Conhecida até
pouco tempo por manter um catálogo de clássicos universais e pela publicação de
palavras cruzadas, a editora carioca diversificou a linha de atuação. Além de Cuenca,
Paulo Roberto Pires, diretor editorial da Ediouro, aponta outras apostas: Daniela
Abade, Ivana de Arruda Leite e André Laurentino, cujo primeiro livro deve sair em
agosto. Além disso, a Ediouro acaba de aumentar seus domínios com a aquisição da
Nova Fronteira. “O autor nacional é a prioridade. Queremos que os novatos
enxerguem na editora o lugar para se lançarem”, afirma Carlos Lacerda, sócio e
editor da Nova Fronteira, dona de sólido catálogo que inclui nomes como Thomas
Mann, Guimarães Rosa, João Ubaldo Ribeiro, Cecília Meirelles, João Cabral de Mello
Neto e Agatha Christie. Tanto empenho não existe ao acaso. “Não se forma um
catálogo sólido sem um espaço para a descoberta de novos autores. Por isso têm
surgido tantos nomes nos últimos anos”, avalia Luciana Villas-Bôas, diretora editorial
da Record, a maior lançadora de títulos, um total de 28 por mês. A onda de fusões
revela também o quanto a diversidade dos catálogos é importante para a
sobrevivência das editoras. O grande número de selos lançados no mercado nos
últimos anos prova isso. A Record, por exemplo, tem mais seis selos além daquele
que leva o nome da editora: José Olympio, Bertrand Brasil, Civilização Brasileira,
Difel e Rosa dos Tempos que juntos formam uma coleção de títulos dos mais
estrelados, na qual constam textos de 22 ganhadores do Prêmio Nobel, como Gabriel
García Márquez, Pablo Neruda e Gunther Grass, além de brasileiros como Jorge
Amado, Graciliano Ramos e a premiada Nélida Piñon. A Ediouro também se
expandiu com os selos Agir e RelumeDumará antes de ganhar o reforço de autores
da Nova Fronteira. Como explica Marino Lobello, vicepresidente de comunicação e
marketing da Câmara Brasileira do Livro: “Uma editora com um grande catálogo tem
vantagem na hora de distribuir. É muito mais econômico e, por isso, tem a tendência
natural de ocupar o mercado”. Razões econômicas à parte, o resultado dessa disputa
tem tudo para agradar aos amantes da leitura, que terão uma oferta cada vez maior
de títulos. (Jornal Mercantil do Brasil, em 01 de julho de 2005)
Há cerca de duas ou três décadas assistimos a multiplicidade de livros e de
edições de alta qualidade gráfica e ilustrada, sem contar as inovações editoriais
através de sites e blogs. As edições são variadas, são qualitativamente atraentes,
segundo os mais diferentes gostos e preferências gerados pelo (e para o) público
infantil, juvenil e adultos. No entanto, no Brasil, apenas 86 milhões de habitantes são,
www.inead.com.br 29
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
de fato, leitores potenciais dentre a população total que sabe ler e escrever, ou seja,
cerca de 20% da população.
O Brasil é, indubitavelmente, uma nação de contrastes. As editoras não sabem
o que fazer e o que inventar para atrair, mais e mais, os consumidores da palavra
escrita e de jogos interativos. As editoras estão em toda parte, em quase todos os
salões do livro, reuniões anuais de professores e pesquisadores, enfim, procuram
manter seus leitores assíduos e conquistar novos consumidores potenciais.
Temos a impressão vertiginosa de que nunca termos lido como na atualidade,
o que é em parte verdadeiro, mas quem são, de fato, “esses que leem”? Somos
sempre os mesmos leitores? Uma espécie de público-leitor “de carteirinha”? O que
se lê no Norte, no Nordeste, no centro-oeste é o que se lê no sul e sudeste
brasileiros? Lê-se, de fato, mais numa região que em outra?
PARA REFLETIR
Uma consequência grave e direta é o reforço cultural negativo que pesa, de maneira
generalizada, sobre os brasileiros. Mas, até quando iremos integrar e perpetuar esse
tipo de afirmação como se, em primeiro lugar, ela fosse verdadeira e como se, em
segundo lugar, ela dependesse, única e exclusivamente, da boa ou da má vontade
dos brasileiros em relação à leitura de livros?
A leitura, se um bem imaterial, é também uma modalidade de comunicação.
Ela implica, portanto, o movimento de enunciação do autor, o qual é recriado pelo
leitor, através do trabalho criterioso de decodificação, interpretação e inferência, mas
que não termina nos riscos negros sobre a folha branca, quando fechado o livro por
esse mesmo leitor.
A leitura - atividade encarnada de gestos - exige uma determinada habilidade,
treinamento e aprendizagem para que o leitor prossiga na ordem (implícita) do texto
e na orientação de leitura pressuposta nesse mesmo texto. Ao mesmo tempo, a
leitura implica alguma necessidade e condição de liberdade durante a construção da
compreensão, da apreensão e da interação com o mundo das palavras e o universo
representado por intermédio delas.
A leitura requer, dessa forma, uma ampla e contínua política de incentivo por
meio da produção editorial, sua circulação e difusão. No caso brasileiro, as editoras
e as instâncias governamentais precisam, incontestavelmente, realizar maiores
esforços em prol da democratização da leitura e da cultura, particularmente, no que
diz respeito à disponibilização de livros e ao acesso dos materiais de leitura. Isto,
num Brasil, cuja vastidão e diferença continentais apresenta desafios e iniciativas
próprios.
A leitura, em seu amplo conceito, não está, nessa perspectiva,
suficientemente contemplada pelos instrumentos de avaliação estatística e pelos
programas de intervenção social, cujos parâmetros, muitas vezes, reforçam uma
perspectiva de leitura, essencialmente, ligada às dinâmicas editoriais.
Quando tratamos da leitura uma lacuna parece-me evidente, pois
consideramos pouco as leituras informais que escapam aos mecanismos de
regulação estatística e seus critérios sobre o perfil do leitor brasileiro.
Lemos o jornal do vizinho, lemos diante das bancas de jornal, lemos de olho
atravessado a revista do passageiro, sentado ao nosso lado, no banco do ônibus,
lemos os out-doors e, além dessas tantas e outras circunstâncias pontuais de leitura
é preciso salientar os que leem (e o que esses leitores anônimos leem), através dos
www.inead.com.br 31
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
www.inead.com.br 32
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
www.inead.com.br 33
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
Quem sabe leremos mais livros! Para isso nesse país o preço do livro não
poderá ser multiplicado por dois, três, cinco, dez vezes, vinte, trinta ou cinquenta
vezes sobre o seu custo real, principalmente, quando se trata de uma obra recém
lançada.
Assim, é fato! Compramos livros e, quando não os temos, damos um “jeito” e
lemos em partes, em fragmentos, mas lemos. Fica, aqui, a minha própria confissão
sobre dois ou livros que recentemente li, assim, pedaço por pedaço, sentada ou de
pé numa livraria de bairro e quem não cometeu esse ou outro pequeno “pecado” pelo
prazer de uma leitura?
Quem sabe os pequenos leitores ou leitores medianos não terão, de fato, no
interior da cesta básica uma boa literatura nacional. Boa literatura! Não me refiro aos
livros, demasiadamente, açucarados, baratos, tendenciosos ou de baixa qualidade
que algumas editoras darão (ou não) um jeitinho de atravessarem junto ao fubá,
farinha, óleo, macarrão, arroz e feijão.
Temos, todos, fome de leitura e deveríamos reivindicar que nossa fome é
consensual, pois, se trata de fome cultural e quem não tem fome por grandes
tesouros e primores da literatura, do cinema, do teatro, da música e da arte brasileira
e estrangeira?
Ah! Literatura brasileira, sensivelmente, apagada pela cultura de massa e
televisiva que reduz, dentro e fora do país, a multiculturalidade dos olhares e das
perspectivas sobre os nossos brasis no Brasil.
Ah! Literatura que mero espetáculo ou produto comercial descartável; sem
memória, sem história e sem progressão no tempo e no espaço, quando aqueles
sabiam usar e se apropriar da escrita, literária e estética, em prol da cultura da
palavra.
www.inead.com.br 34
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
REFERÊNCIAS
ADAMS, Marylin Jager. beginning to read: thinking and learning about Print.
Cambridge, MA: MIT Press, 1990.
ANDERSON, Richard C., HIEBERT, Elfrieda H., SCOTT, Judith A., WILKINSON, Ian
A.G. becoming a nation of readers: the report of the commission on reading.
Washington DC: National Institute of Education, 1985.
BARTON, David. literacy: an introduction to the ecology of written language.
Oxford: Blackwell, 1994.
BARTON, David, HAMILTON, Mary e IVANIC, Roz (ed.). situated literacies:
reading and writing in context. London: Routledge, 2000.
BONAMINO, Alicia, COSCARELLI, Carla e FRANCO, Creso. Avaliação e letramento:
concepções de aluno letrado subjacentes ao SAEB e ao PISA. educação e
sociedade, Campinas, vol. 23, n. 81, p. 91-113, dez. 2002. BLAIR-LARSEN, Susan
M., WILLIAMS, Kathryn A. (eds.). the balanced reading Program: Helping All
students Achieve success. Newark, DE: International Reading Association, 1999.
BOND, Guy L., DYKSTRA, Robert. The cooperative research program in first-grade
reading instruction. reading research Quarterly, v. 32, n. 4, p. 345-427, 1997/1967.
CHALL, Jeanne S. learning to read: the Great debate. New York: McGraw Hill,
1967.
CHARTIER, Anne-Marie, HÉBRARD, Jean. discours sur la lecture – 1880-2000.
2. ed. Paris: Centre Pompidou; Fayard, 2000.
CHEVALLARD, Yves. la transposición didáctica: del saber sabio al saber
ensenado. Buenos Aires: Aique, 1997/1991.
COOK-GUMPERZ, Jenny. Literacy and schooling: an unchanging equation? In:
COOKGUMPERZ (ed.). the social construction of literacy. Cambridge: Cambridge
University Press, 1986, p. 16-44. (tradução para o português: A construção social
da alfabetização. Porto Alegre: Artmed, 1991.)
COWEN, John Edwin. A balanced Approach to beginning reading instruction:
A synthesis of six major u.s. research studies. Newark, DE: International Reading
Association, 2003
CUNNINGHAM, James W. The National Reading Panel Report. reading research
Quarterly, v. 36, n. 3, p. 326-335, 2001.
www.inead.com.br 35
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
www.inead.com.br 37
_____________ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL
www.inead.com.br 38