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PMI3101 - INTRODUÇÃO À

ENGENHARIA APLICADA À INDÚSTRIA


MINERAL

Beneficiamento mineral: Aplicações e


conceitos básicos

São Paulo – 13 de Abril de 2015

Professor Mauricio Guimarães Bergerman

PMI - EPUSP
APRESENTAÇÃO DO CURSO
 Contato do Professor:
 Mauricio Guimarães Bergerman;
 Correio eletrônico: mbergerman@usp.br

 Objetivos:
 Fornecer conceitos básicos sobre as operações unitárias de beneficiamento
mineral e sobre balanços de massas, água e metalúrgico.

 Prova: semana de 18 a 22 de maio


 Questionários visitas (0,5 ponto na média final): 04 de maio
 Listas de exercícios (50% da nota deste módulo): dia da prova
Obs.: Os questionários e a lista de exercícios devem ser feitos a mão.
Monitoria – Barbara – quinta-feira, das 12h30 às 13h30.
Para maiores informações...
 Sugestões para pesquisa bibliográfica/aquisição de
livros (além da biblioteca da USP):
 Periódicos:
 http://www.periodicos.capes.gov.br
 http://www.engineeringvillage.com
 Associações:
 http://www.abmbrasil.com.br/
 http://www.cim.org
 http://www.smenet.org/ link onemine
 http://www.ausimm.com.au/
 Sites de programas de pós graduação no Brasil e no mundo:
 http://www.teses.usp.br/
 https://circle.ubc.ca/
Para maiores informações...
 Sugestões para pesquisa bibliográfica/aquisição de
livros (além da biblioteca da USP):
 Revistas:
 Brasil Mineral
 In the Mine
 Minerios & Minerales
 Mineração & Sustentabilidade
 Areia e Brita
 Eventos:
 Congresso brasileiro de mineração - http://www.exposibram.org.br/
 Encontro Nacional de Tratamento de Minérios e Metalurgia
Extrativa – www.entmme.org
 Congresso da ABM – www.abmbrasil.com.br
 Semana de Estudos Mínero-Metalúrgicos
Para maiores informações...
 Sugestões para pesquisa bibliográfica/aquisição de livros:
 Entidades governamentais:
 www.cetem.gov.br
 www.cprm.gov.br
 www.dnpm.gov.br
 Sebos:
 www.estantevirtual.com.br
 Outros:
 http://geologiausp.igc.usp.br/geologiausp/index.htm
 www.infomine.com
 www.noticiasdeminerãcao.com
 www.mining.com
 www.sejaumengenheirodeminas.weebly.com
 www.academia.edu
 www.mendeley.com
Sugestões de bibliografia:
 CHAVES, A. P. (Org.). Teoria e prática do tratamento de minérios: v. 1 a
6
 LUZ, A. B.; SAMPAIO, J.A.; FRANÇA, C.A. Tratamento de Minérios.
CETEM/MCT, 2010. Disponível em:
<http://www.cetem.gov.br/biblioteca/publicacoes/livros>.
 SAMPAIO, C.H; TAVARES, L.M.M. Beneficiamento Gravimétrico. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2005.
 GUPTA, A.; YAN, D.; Mineral processing design and operation: an
introduction. Elsevier, 2006. 693 p. Disponível em:
<http://www.sciencedirect.com/science/book/9780444516367>
 KELLY, E. G.; SPOTTISWOOD, O.J. Introduction to mineral processing.
1982. 491 p.
 Mineral Processing Technology – Barry Wills e Tim Nappier-Munn
 SME Mineral processing handbook
 Manual de britagem Metso
Consumo de bens minerais

fonte: USGS, 2002 apud SCLIAR, 2004


Gasto de energia
O Grande Papel de uma nova
Engenharia:
Pensar, projetar e executar com novos
critérios...
fonte: Nakao, 2011
Qual é o desafio?

• mudar padrões de
projeto, produção,
uso e descarte
• compatibilizar uso
e proteção do
recurso natural
• buscar qualidade
de vida com
qualidade ambiental
fonte: Nakao, 2011
O que se busca hoje?
• Abordagem preventiva
• Tecnologia mais limpa
• Responsabilidade socioambiental
– Conformidade legal
– Conformidade normativa (voluntária)
– Ecoeficiência
• Redução de consumo de recursos naturais
(matéria e energia)
• Redução de lançamento de poluentes
• Reciclagem e Reúso
fonte: Nakao, 2011
Competência=
(Conhecimentos + Habilidades) Atitudes

Competência =
(Conhecimentos + Habilidades)Atitudes +
+ valor+ emoção
fonte: Nakao, 2011
ETAPAS DA MINERAÇÃO
ETAPAS DE PROCESSAMENTO ENVOLVENDO
SÓLIDOS PARTICULADOS
 Preparação:
 Cominuição e classificação;
 Concentração:
 Métodos densitários;
 Flotação;

 Separação magnética e eletrostática;

 Outros: separação óptica (ore sorting).

 Desaguamento:
 Espessamento, filtragem e secagem.
 Transporte
CONCENTRAÇÃO: Propriedades
relevantes
 Concentração densitária:
 Densidade relativa.

 Flotação:
 Físico-química de superfície.

 Separação magnética:
 Susceptibilidade magnetica.

 Separação eletrostática:
 Condutibilidade elétrica / temperatura.

 Ore sorting:
 Diversas propriedades das partículas: brilho, cor, radiação,
magnetismo, química, etc.
 Todos: granulometria!
Aplicações:
 Concentração de minérios;
 Separação de rejeitos industriais;
 Tratamento de água;
 Separação de resíduos domésticos;
 Separação de resíduos de construção civil;
 Descontaminação de solos;
 Reciclagem de pneus;
 Reciclagem de baterias;
 Etc...
Porque separar partículas sólidas?
Porque separar?

Sossego

Sequeirinho
Porque separar?

Salobo
Porque separar?
Exemplos de fluxogramas – níquel
sulfetado

Vídeo Mirabela

31
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
aço = liga de ferro e carbono
propriedades:
• forjável a quente e a frio
• tratável termicamente
• magnético
• processo barato de produção: alto forno e refino
• tem suas propriedades alteradas por elementos de liga
minérios abundantes, jazidas superficiais e de grande volume:
• produção barata
• abundância de oferta
• concentração fácil = concentrados de alto teor
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
produção de aço = redução do minério em alto forno +
refino

o minério de ferro para


redução em alto-forno
precisa ser:
• grosso (ou aglomerado),
• isento de finos,
• ter teor de Fe elevado,
• ter teor de SiO2 baixo,
• não ter contaminantes (P, S)
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
processos de beneficiamento de minérios:
densitários – hematita, d = 5,2, quartzo, d = 2,7
espirais concentradoras
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro

Separador
Jones (WHIMS)
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro
processos de aglomeração
de finos:
- sinterização,
- pelotização,
- briquetagem
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro

Pelotização
Exemplos de fluxogramas – minério
de ferro

Briquetagem
PLANTA D

PLANTA A

PLANTA B
PLANTA C
Exemplos de fluxogramas – carvão
No Brasil não temos a cultura do uso do carvão !
balanço energético brasileiro
energia %
petróleo 42,0
gás natural 8,8
carvão vapor 1,2
carvão metalúrgico 0,1
U3O8 0,7
total de não renováveis 52,7
hidráulica 14,5
lenha 14,2
bagaço de cana 15,5
outras 3,2
total de renováveis 47,3
Exemplos de fluxogramas – carvão
Fonte: BP (2008)

Mundo

Fonte: EIA (2007) 51


Exemplos de fluxogramas – carvão
Em termos mundiais:
4,7 bilhões de t/ano.
E este número está crescendo !

É a mais importante de todas as commodities minerais !

Polônia, China, EUA, Austrália

Colômbia, Venezuela

França, Alemanha, Bélgica, Holanda, UK


Exemplos de fluxogramas – cobre
Hidrometalurgia
Minério Aglome- Lixiviação PLS
Mina Britagem
oxidado ração em pilhas 1-10 g/l Cu
Solo

Separação
Minério Extração Eletrólito
Sólido- Eletrólise
primário por solventes 40-60 g/l Cu
Líquido

Concentrado Lixiviação de Tratamento


Mina concentrado
30% Cu do rejeito
Catodo
de cobre
Forno H2SO4 or
Britagem
de fusão S elem.
Concentração

Au, Ag
matte
Moagem Fusão e Fabricação
45-60% Cu
trefilação e uso

Eletrorrefino
Flotação Conversor
Vergalhão Produtos
de cobre

blister Refino anodo


Secagem
98,5% Cu do anodo 99,7% Cu Fabricação
Pirometalurgia
Exemplos de fluxogramas – cobre

Minério sulfetado
56
Mas e eu com isso???

57
Mas e eu com isso???

58
Mas e eu com isso???

59
Mas e eu com isso???

60
Mas e eu com isso???

61
Será que é possível usar os
conceitos de beneficiamento de
minérios para resolver esses
problemas???

62
Processamento de lixo doméstico
Perfil do lixo produzido nas grandes
cidades brasileiras:
1. 39%: papel e papelão
2. 16%: metais ferrosos
3. 15%: vidro
4. 8%: rejeito
5. 7%: plástico filme
6. 2%: embalagens longa vida
7. 1%: alumínio
Fonte: ambiente brasil

 http://www.youtube.com
/watch?v=VqXQOqa1X
cM
fonte: Hoberg, 1993 63
Reciclagem de carros

http://www.youtube.com/watch?v
=ipgpwwBB9G0
fonte: Hoberg, 1993 64
Reciclagem de pneus

http://www.youtube.com/watch?v
=29TFF07Ubkw
65
Reciclagem de lixo eletrônico

http://www.youtube.com/watch?v=w5
varrki7gc&feature=related
fonte: Hoberg, 1993 66
Reciclagem de baterias

fonte: Hoberg, 1993 67


Tratamento de esgotos

http://www.youtube.com/watch
?v=UteJqfmnxZU
68
Descontaminação de solos

fonte: Hoberg, 1993 69


Reciclagem de resíduos de
construção civil
http://vimeo.com/11091114

70
Noções básicas

 Ler Capítulo 1 do livro:


 Teoria e prática do Tratamento de Minérios:
Bombeamento de polpas e classificação. Volume 1.
2012. 4 edição. Autores: Arthur Pinto Chaves e
colaboradores
Noções básicas

 Ler Capítulo 1 do livro:


 Tratamento de Minérios. 2010. 5 edição. Autores:
Adão Benvindo da Luz, João Alves Sampaio e Silvia
Cristina A. França
 http://www.cetem.gov.br/biblioteca/publicacoes/livros
Teor:

 Massa de um elemento ou substância pura, referido a


massa total em consideração, sempre considerando-
se o peso seco.
 Teor de um elemento: gramas de ouro por tonelada de minério;
 Teor de uma substância ou mineral: % de caulinita ( Al2Si2O5(OH)4) em uma
argila;
 Teor de parte constituinte de um mineral: % de P2O5 em um fosfato;
 Teor de um conjunto de minerais, substâncias ou elementos: % de terras
raras em um mineral;
Teor:

100% de massa 100% de massa


100% de calcopirita 30% de calcopirita
34,43% de cobre 10.33% de cobre
Teor

 Exercício:

1) Qual o teor máximo de ferro de uma hematita?


Dados:
Hematita: Fe2O3
Pesos atômicos: Fe: 56, O: 16
Densidade:

 Densidade real: massa das partículas pelo seu


volume

 Densidade aparente: considera o volume de vazios


Umidade:

 Quantidade de água presente no sólido dividida


pela massa de sólidos (seca). Chama de umidade
base seca, que é a referência em tratamento de
minérios.
Porcentagem de sólidos:

 É a massa de sólidos (seca) dividida pela massa de


polpa (massa de sólidos mais massa de água). Em
tratamento de minérios, o padrão é a porcentagem
de sólidos em peso, salvo menção em contrário.
Porcentagem de sólidos

 Pode ser determinada também pela densidade de


polpa (Dp), Densidade dos sólidos (Drs) e densidade
do líquido (Drs):
Massa de sólidos

 Pode ser determinado a partir da densidade de


polpa (Dp), volume de polpa (V) e porcentagem de
sólidos (%sol):
Densidade, Umidade, % solidos
 Exercício:
5) Em 100 g de uma polpa a 10% de sólidos em massa, quantos
g de sólidos existem? E de água?
8) Qual a porcentagem de sólidos em volume (v/v) de uma
polpa a 10% de sólidos? A densidade do sólido é 3,0 t/m3.
9) Quanta água eu preciso adicionar a uma polpa a 60% de
sólidos em massa para leva-la a 35%? A vazão considerada é
de 300 t/h de sólidos.
10) Qual a umidade base úmida de um material com 10% de
umidade base seca?
Densidade, Umidade, % solidos
 Exercício:

11) Uma amostra de minério pesou 14,4 kg. Após a secagem,


este peso passou para 13,6 kg. Qual a umidade do minério?
Qual a sua porcentagem de sólidos?

12) A amostra do exercício anterior foi colocada em um


recipiente no qual já havia 10 l de água. O volume do recipiente
subiu para 14,9 l. Previamente havia sido medido o volume de
material seco, que se verificou ser de 9,2 l. Pergunta-se: quais as
densidades real e aparente do material seco?
Área específica

 Quociente da área de uma partícula pelo sua massa


(ou volume);
 Pode ser medida pela adsorção de gases,
permeametria blaine, permeametria fischer, BET....
 Na indústria de minério de ferro e cimenteira, é
usada principalmente o método blaine, funcionando
na prática como uma medida de granulometria.
Área específica

 Exercício:

10) Qual a área específica de um cubo com uma massa


específica de 2,9 t/m3 e 1 m de lado.
Se este cubo for dividido em 8 partes iguais, qual será
a nova área específica total dos 8 cubos? Se estes 8
cubos forem divididos novamente em 8 partes iguais,
qual será a área específica total dos 64 cubos?
Distribuição granulométrica

 A medida de tamanho por ser feita de duas


maneiras:
 Medidas reais de uma ou mais de suas dimensões;

 Representação por uma esfera de tamanho


equivalente.
Distribuição granulométrica
Distribuição granulométrica

 Medida de tamanho em laboratório:


 Classificação por peneiras: 5 – 100.000 mm*;
 Difração laser: 0,1 – 2.000 mm*;
 Microscopia ótica: 0,2 – 50 mm*;
 Microscopia eletrônica: 0,005 – 100 mm*;
 Elutriação (cyclosizer): 5 – 45 mm*;
 Sedimentação (gravidade): 1 – 40 mm*;
 Sedimentação (centrifuga): 0,05 – 5 mm*.

* Tamanhos aproximados.
Distribuição granulométrica

 Correção entre métodos (usar com cautela, varia


conforme o material):
Métodos de determinação de
tamanho de partículas
 Escolha do método:
Métodos de determinação de
tamanho de partículas
 Diferenças entre métodos:
Métodos de determinação de
tamanho de partículas
 Diferenças entre métodos:
Métodos de determinação de
tamanho de partículas
 Diferenças entre métodos:
Métodos de determinação:
peneiramento
 Função de 2 dimensões:
 Máxima largura;
 Máxima espessura.
 Diâmetro nominal:
 Obtido por comparação com um padrão (malha);
 Definido pela menor dimensão da abertura da malha pela qual passa
a partícula;
 “malha” significa o número de aberturas contidas por polegada
quadrada.
Métodos de determinação:
peneiramento
 Peneiras de laboratório:
 Circulares: 20,3 cm (8”), 15,2 cm (6”) ou 7,6 cm (3”);
 Circulares ou quadradas de 50 cm de diâmetro.
Métodos de determinação:
peneiramento
 Séries padronizadas de peneiras:
 German standard;
 DIN 4188;

 ASTM E11;

 American Tyler;

 French standard;

 British BS 1796.
Métodos de determinação:
peneiramento
 Séries padronizadas de peneiras (obs.: mesh=linhas por pol):
Métodos de determinação:
peneiramento
 Séries padronizadas de peneiras:
Métodos de determinação:
peneiramento
 Séries padronizadas de peneiras:
Métodos de determinação:
peneiramento
 Peneiradores de laboratório:

Agitador de peneiras
Agitador de peneiras quadradas
Métodos de determinação:
peneiramento
 Peneiradores de laboratório:

Peneirador suspenso vibratório


Rotap
Métodos de determinação:
peneiramento
 Escolha das malhas de peneiramento:
 Em geral, as séries de peneiramento tem peneiras a cada raiz
quarta de 2 (1,189) ou raiz décima de dez (1,259).
 É suficiente uma razão raiz de 2 (1,414) entre uma malha e
outra;
 Ao redor da malha de interesse, pode-se usar a raiz quarta de 2
entre as malhas.
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
 Tabelas:
 Frequência (%) de diâmetros por intervalo de tamanho;
 Histogramas;
 Curvas de distribuição de frequências:
 Escala linear;
 Escala logarítmica;
 Curvas acumuladas de distribuição de frequências:
 Linear;
 Logarítmica (Gaudin-Schuhmann);
 Probabilidade (Gauss);
 Rossin-Rammler.
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
 Tabelas:
 Frequência (%) de diâmetros por intervalo de tamanho;
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
 Curvas de distribuição de frequências com histograma:
 Escala linear;
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
 Curvas acumuladas de distribuição de frequências:
 Linear / Logarítmica (Gaudin-Schuhmann);
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
 Curvas acumuladas de distribuição de frequências:
 Probabilidade (Gauss) / Rossin-Rammler.
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
 Comparação entre escalas de frequência acumulada:
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
Métodos de determinação:
peneiramento
 Representação de resultados:
Métodos de determinação:
peneiramento
 Normas:
 AS 1411.11 (1980) Distribuição do tamanho
de partículas por peneiramento a seco (para
pedreiras);
 AS 3881 (1991): granulometria de carvão;
 ISO 2591-1 (1988): peneiramento com telas
de malha e metal;
 BS 1796 (1976): análise granulométrica.
Distribuição granulométrica

 Exercício:
15) Dada a distribuição granulométrica de
alimentação e produto de um circuito de
moagem, informar o F80 e P80 do moinho.
Distribuição granulométrica

 Exercício:
Alimentação moagem

100

90
Passante acumulado (%)

80

70

60

50

40

30

20

10

0
0,00 0,01 0,10 1,00 10,00 100,00 1000,00

Malha (mm)
Distribuição granulométrica

 Exercício:
Overflow dos ciclones (produto moagem)

100
Passante acumulado (%)

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
0,00 0,01 0,10 1,00 10,00

Malha (mm)
Distribuição granulométrica
 Exercício:
16) Em uma operação de peneiramento, 250 t/h de minério são
alimentadas em peneira com tela de 2”, resultando em 161,5 t/h de
oversize, segundo as distribuições granulométricas apresentadas abaixo.
Qual o P98, P80 e P50 dos três fluxos desta peneira? Qual a vazão em
massa do undersize?

Malha 8” 4” 2” 1” ½” ¼” -1/4”
Alimentação (%) 0 22,0 33,0 18,0 12,0 10,0 5,0
Oversize (%) 0 34,1 51,1 13,0 0 0 1,9
Undersize (%) 0 0 0 27,1 33,9 28,2 10,7
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 É o conceito mais importante do Tratamento de
minérios e a principal ferramenta do engenheiro
tratamentista. Baseia-se na Lei de Lavoisier: todas as
massas que entram em uma operação unitária tem
que sair nos seus produtos.
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Representação gráfica:
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Representação gráfica:
Balanço de massas, metalúrgico e de
119
água
 Recuperação do mineral de interesse:

Fonte: University (2005)

flotado (silica) deprimido (bauxita)


Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Recuperação em massa:

 Recuperação em metalúrgica:

 Dedução...
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Distribuição/partição: é a massa total do elemento de
interesse em determinado fluxo divido pela massa total do
elemento de interessa na alimentação.
 É representado pela % de material de interesse em um
referido produto;
 O conceito de distribuição/partição é semelhante ao de
recuperação, ou seja, a massa de metal recuperado em um
determinado produto. Deve-se atentar que o conceito
recuperação em massa e metalúrgica normalmente se refere
a massa de mineral ou do elemento útil que se reportou ao
concentrado.
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Distribuição:

Process

Ore:
Minério/ROM: Tailing:
Rejeito:
10
10 grams of gold
g de ouro em 1 in 22 gg of
de Au
ouroinem
ton de minério Concentrate:
Concentrado:
1 tonne of ore ~1aproximadamente
tonne of tailing1
88 gg de ouroinem
of Au 300300 g
g of ton de rejeito
de concentrado
concentrate

Distribuição/partição/recuperação do ouro para o concentrado. = 80%


Distribuição do ouro para o rejeito = 20%
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Distribuição: De forma similar a recuperação, a
distribuição é calculada pela ponderação da massa
e teor do fluxo em questão pela massa e teor da
alimentação:

 Tp = Teor do produto (%)


 Ta = Teor de alimentação (%)
 Mp = Massa de produto (g ou kg ou ton) ou % massa
 Ma = Massa de alimentação (g ou kg ou ton) ou % massa
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Exercício
19) Dados os teores de alimentação, concentrado e rejeito de
uma usina de beneficiamento de minério de ferro, calcular a
recuperação em massa e metalúrgica desta usina.
Dados:
Teor de alimentação: 48%
Teor de concentrado: 64%
Teor de rejeito: 30%
Balanço de massas, metalúrgico e
de água:
 Exercício
- 20) Dispomos das seguintes informações sobre uma
dada operação unitária:
Vazão de % sólidos % Fe Vazão de Vazão de
sólidos (t/h) polpa (t/h) água (m3/h)
Alimentação 40 48 48
Concentrado 25 64
Rejeito 50

Complete a tabela.
Indicadores de desempenho

40 t/h sólidos
10 umidade b.s.
50 % Fe

25 t/h sólidos
operação unitária 7 umidade b.s.
64 % Fe

? t/h sólidos
umidade b.s.
% Fe
Indicadores de desempenho
40 t/h sólidos
outra condição:
10 umidade b.s.
50 % Fe

25 t/h sólidos
23
operação
usina unitária
de beneficiamento 7 umidade b.s.
66
64 % Fe

17? t/h sólidos


15
15 umidade b.s.
26,7 % Fe
28,4
Qual das duas condições é mais interessante?
Indicadores de desempenho

Como avaliar o desempenho desta operação em


termos de resultados ?
Indicadores de desempenho

Existem três indicadores básicos:

1 – ENRIQUECIMENTO

teor do concentrado
E = -------------------------------
teor da alimentação

primeiro caso: segundo caso:


64 66
E = ------ = 1,28 E = ------ = 1,32
50 50
Indicadores de desempenho

Existem três indicadores básicos:

2 – RECUPERAÇÃO (de massa)

massa do concentrado x 100


R = ----------------------------------
massa da alimentação

primeiro caso: segundo caso:


25 23
E = ------ = 0,625 E = ------ = 0,575
40 40
ou 62,5% ou 57,5%
Indicadores de desempenho

Existem três indicadores básicos:


3 – RECUPERAÇÃO METALÚRGICA
massa do elemento de
interesse no concentrado x 100
RM = -------------------------------------
massa do elemento de
interesse na alimentação
primeiro caso: segundo caso:
25 x 0,64 23 x 0,66
RM = -------------=0,80 RM = -------------=0,76
40 x 0,5 40 x 0,5
ou 80,0% ou 76,0%
Indicadores de desempenho

Que significam eles ?

1 – ENRIQUECIMENTO

Quantas vezes o teor do elemento de interesse


aumentou no concentrado.

No primeiro caso:
64
E = ------ = 1,28 vezes
50
Indicadores de desempenho

Que significam eles:

2 – RECUPERAÇÃO (de massa)

Quanto da massa inicial (alimentação) foi para o


concentrado.

No primeiro caso:
25
E = ------ = 0,625 ou 62,5%
40
Indicadores de desempenho

Que significam eles:

3 – RECUPERAÇÃO METALÚRGICA
quanto da massa do elemento de interesse, contida na
alimentação, passou para o concentrado

No primeiro caso:
25 x 0,64
RM = --------------- = 0,80 ou 80,0%
40 x 0,5
Indicadores de desempenho
40 t/h sólidos
10 umidade b.s.
50 % Fe

usina de beneficiamento 25 t/h sólidos


operação unitária 7 umidade b.s.
64 % Fe

15 ? t/h sólidos
15 umidade b.s.
26,7 % Fe No exemplo:

talimentação – trejeito 50 – 26,7


Rec = ------------------------- = ------------- = 0,625
tconcentrado – trejeito 64 – 26,7
Indicadores de desempenho

Existem outros
avaliadores de desempenho?

Sim.
SCHULTZ, N.F. Separation efficiency, Transactions
SME, AIME, v. 247 (mar 1970), p. 81-87
Descreve 37 indicadores
e propõe o seu.
REFERÊNCIAS:
 CHAVES, A.P. Teoria e prática do tratamento de minérios. São Paulo: Signus Editora,
4 edição, 2012. vol. 1.
 HOBERG, H. Applications of mineral processing in waste treatment and scrap
recycling. In: INTERNATIONAL MINERAL PROCESSING CONGRESS, 18th, 1993,
Sydney. Proceedings. Sydney: IMPC, 1993. p..
 KAHN, H. Caracterização tecnológica de matérias primas minerais. Apostila do
Curso de Extensão de Caracterização tecnológica de matérias primas minerais. São
Paulo: Universidade de São Paulo, 2006.
 NAKAO, O. Estratégias de educação, preparação e formação docente para o
ensino da engenharia. Palestra sobre ensino de engenharia. Poços de Caldas:
Universidade Federal de Alfenas, 2011.
 NAPIER-MUNN, T.; WILLS, B.A. Wills’s mineral processing technology: an introduction
to the practical aspects of ore treatment and mineral recovery. 6th ed. Oxford:
Elsevier, 2006.
 Imagens google images e do autor.

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