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Direitos Humanos na CF
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DIREITOS HUMANOS NA CF
Nesta aula, serão trabalhados os direitos humanos na Constituição Federal, tópico muito
parecido com tratados internacionais, de forma que alguns temas tratados aqui serão revisi-
tados quando de sua abordagem.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garan-
tindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Obs.: Neste momento, não há a necessidade de trabalhar todos os incisos, pois já foram
estudados em Direitos Fundamentais. Logo, nesta aula, será priorizada a temática
relevante aos Direitos Humanos.
[...]
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
PEGADINHA DA BANCA
Parágrafo muito importante, de cobrança literal, provavelmente havendo trocas para con-
fundir o candidato ("não tem aplicação imediata", por exemplo).
Obs.: Os incisos do artigo 5º não têm a finalidade de exaurir essa temática – aqui se está
diante de exemplos (rol exemplificativo).
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF
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Obs.: Parágrafo que requer atenção especial, pois a incidência em prova é muito grande,
na área de Direitos Humanos. Basicamente, o § 3º traz o regramento acerca da incor-
poração de tratados de Direitos Humanos e a sua possibilidade de obter o status,
passando pelas duas casas do Congresso, e ser incorporado com a equivalência de
Emenda Constitucional.
5m
O PULO DO GATO
Para o CESPE, é importante usar a nomenclatura de status normativo hierárquico legal.
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF
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O PULO DO GATO
Para o CESPE, é importante usar a nomenclatura de status normativo hierárquico cons-
titucional.
O PULO DO GATO
Para o CESPE, é importante usar a nomenclatura de status normativo hierárquico supralegal.
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF
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Art. 84, VIII: Compete privativamente ao Presidente da República celebrar tratados, acordos e atos
internacionais, sujeitos à referendo do Congresso Nacional.
10m
A 2ª fase é interna, de aprovação pelo Congresso Nacional. Chegando ao Congresso
Nacional, há apenas dois caminhos: ou aprova, ou rejeita. Se rejeitar, não há o que discu-
tir, porque é competência dele autorizar ou não essa vinculação. Se o Congresso aprova,
seguirá o caminho de volta para o Presidente da República fazer a ratificação. Essa aprova-
ção será documentada por meio de Decreto Legislativo.
15m
Art. 49, I: Compete exclusivamente ao Congresso Nacional resolver em definitivo sobre tratados,
acordos ou atos internacionais que acarretarem compromisso gravoso ao patrimônio nacional.
Obs.: Apesar do art. 49, I, da CF, é preciso entender que, mesmo com a aprovação do
Congresso Nacional, para que de fato gere efeitos, mesmo que internacionais, é ne-
cessário ainda que haja a ratificação. A última palavra será do Presidente.
ATENÇÃO
No momento em que esse texto chega ao Congresso Nacional para ser aprovado, o
Congresso não pode alterar o texto do tratado. Entenda que, pela sequência dos atos,
o Presidente da República já assinou o texto do tratado. Isso é uma manifestação de
vontade internacional, pois, quando ele assina, está concordando em cumprir o que está
estipulado no texto. Portanto, quando esse texto chega ao Congresso Nacional por meio da
Mensagem Presidencial, o Congresso – os deputados e os senadores – não pode alterar,
editar ou acrescentar o texto desse tratado. Por isso, trata-se de referendo, baseado em
"sim" ou "não".
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF
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Art. 5º (...)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.
RELEMBRANDO
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entor-
pecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
Estrangeiro – a regra é que pode ser extraditado, salvo em crimes políticos ou de opinião.
Brasileiro – se for naturalizado, a regra é que não poderá ser extraditado, salvo em
cometimento de crime comum antes da naturalização, ou em crime de tráfico de drogas (a
qualquer momento). No caso de brasileiro nato, não pode ser extraditado.
Obs.: O brasileiro nato pode ser entregue ao Tribunal Penal Internacional para ser julga-
do por um crime contra a humanidade? Sim. Entenda que essa pergunta não está
falando de extradição, mas de julgamento por Tribunal Penal Internacional e, como
a própria CF aceita, o nosso Estado submete-se a esse Tribunal, fazendo parte da
jurisdição.
30m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada
e ministrada pelo professor Thiago Medeiros.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado
na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF II
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DIREITOS HUMANOS NA CF II
Nesta aula, será dada continuidade ao estudo de Direitos Humanos na CF. Já foi traba-
lhado o que é relevante dentro do artigo 5º, juntamente com o que você já estudou em Direito
Constitucional. Agora, serão relembrados alguns artigos que muitas vezes se veem sem o
aprofundamento necessário, que vão do art. 1º ao art. 4º.
Lembre-se que o art. 1º da CF trata dos fundamentos da República Federativa do Brasil,
famoso pelo mnemônico "SOCIDIVAPLU" (SOberania, CIdadania, DIgnidade da pessoa
humana, VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa e PLUralismo político).
Para efeito de Direitos Humanos, é preciso lembrar do inciso III, que trata sobre a digni-
dade da pessoa humana, e lembrar que é um fundamento da República Federativa do Brasil.
Isso é importante porque as questões desses artigos normalmente seguem o mesmo padrão,
trocando objeto por conceito, pois a sequência dos artigos traz os fundamentos no 1º, os
poderes no 2º, os objetivos no 3º e os princípios das relações internacionais no 4º.
O art. 4º trata dos princípios que regem a relação internacional da República Federativa
do Brasil e o inciso II, que é muito importante, diz que a prevalência dos Direitos Humanos é
um desses princípios.
Poderá suscitar
Procurador perante Superior Incidente de deslocamento
Grave violação de competência para
Geral da Tribunal de
de Direitos Humanos Justiça Federal
República Justiça
"federalização"
Momento Investigação
ou
Ação Penal
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF II
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Pensando nos entes federativos (União, DF, Estados e Municípios), caso um Estado – o
Rio de Janeiro, por exemplo – esteja a cargo de uma investigação e esta demonstre lentidão
e dúvidas sobre sua idoneidade, e a consequência disso puder causar uma obrigação de
reparar algum dano à vítima, gerando uma obrigação internacional para o Brasil, o ente teria
que responder. Nesse caso, quem responde é a União, tirando a competência do Estado e
tomando para si.
Obs.: O caso da vereadora Marielle Franco é um caso para se ficar atento em relação a
essa possibilidade de federalização.
10m
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
COMENTÁRIO
Existem duas possibilidades de incorporação de tratados de direitos humanos. Em uma,
receberão status normativo hierárquico constitucional, não havendo hierarquia entre
tratado e a CF. Em outra, o tratado também pode ser incorporado como norma supralegal
ANOTAÇÕES
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF II
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e, portanto, estará acima de leis ordinárias, mas abaixo da CF, havendo uma hierarquia.
A CF exercerá, então, esse controle abstrato sobre esse tratado internacional de direitos
humanos.
2. As convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovadas por maioria
simples em cada casa do Congresso Nacional brasileiro adquirem vigência normativa
equivalente a Emenda Constitucional.
COMENTÁRIO
O quórum é de 3/5, e não maioria simples.
COMENTÁRIO
O art. 60, § 4º, IV, da CF afirma que os direitos e garantias individuais são cláusulas pétreas.
Quando se trata de direito fundamental, sabe-se que ele está correlacionado aos Direitos
Humanos, pois estes têm o mesmo conteúdo, a mesma temática, com a diferença de que
"direitos fundamentais" estão na CF, enquanto "direitos humanos" referem-se a um plano
de positivação internacional, sendo tratados internacionais. Imaginando que esse tratado,
do qual o Brasil será signatário, traga uma nova garantia individual: se esse tratado for
incorporado com os requisitos do art. 5º, § 3º, será incorporado pela CF, portanto essa
nova garantia acrescentaria um direito dentro do ordenamento jurídico, integrando, assim,
as cláusulas pétreas dentro do tópico de direitos e garantias individuais.
4. O tratado internacional tem força de lei complementar, sendo superior ao direito interno
ordinário, exceto quando versar sobre direitos humanos, quando será internalizado, sem-
pre, com força de emenda constitucional.
15m
COMENTÁRIO
Pela regra geral dos tratados, não é lei complementar, mas lei ordinária. E nem será sempre
com força de emenda, porque, para isso, tem que cumprir os requisitos do art. 5º, § 3º – e
se não atingir, terá status supralegal.
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF II
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5. Os tratados têm validade no Brasil apenas depois da respectiva aprovação pelo Ministé-
rio das Relações Exteriores ou pelo Senado da República.
COMENTÁRIO
Quem aprova tratado é o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal).
A validade não é com a aprovação, mas com a promulgação, feita pelo Presidente.
COMENTÁRIO
É uma competência do Presidente da República e outras pessoas podem representá-lo
nesses atos, como Ministros e Diplomatas.
COMENTÁRIO
Quando o texto chega ao Congresso Nacional, o deputado e o senador apenas podem
aprovar ou não, não podendo acrescentar ou modificar o texto.
COMENTÁRIO
Se é o Congresso Nacional, não pode ser por Decreto Presidencial.
Aprova por meio de Decreto Legislativo.
9. Somente o Decreto Legislativo torna público o texto do tratado, podendo gerar direitos
subjetivos, desde logo.
COMENTÁRIO
O decreto que torna público o texto do tratado é o Decreto de Promulgação feito pelo
Presidente da República.
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DIREITOS HUMANOS
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10. A ratificação do tratado produz apenas efeitos internos, equivalentes ao da sanção de lei
aprovada pelo Congresso Nacional.
COMENTÁRIO
O que produz efeitos internos é a promulgação. A ratificação produz efeitos externos.
11. A mensagem presidencial que encaminha o tratado ao Congresso Nacional, para aprova-
ção, corresponde a projeto de lei de iniciativa do Presidente da República.
COMENTÁRIO
Com previsão no art. 49, I, da CF.
COMENTÁRIO
Fundamentada no art. 84, VIII, da CF.
20m
14. O direito brasileiro, nas suas relações internacionais, rege-se pelo princípio da coopera-
ção entre os povos para o progresso da humanidade, dentre outros.
COMENTÁRIO
Lembre-se do inciso II, que é a prevalência dos Direitos Humanos.
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
a. Na verdade, não excluem, mas a ideia é de rol exemplificativo.
b. Não é qualquer quórum, mas de 3/5.
c. É de fato imediata.
d. O Brasil submete-se.
17. Conforme a maneira como são internalizados, os tratados internacionais sobre direitos
humanos podem receber status normativo-hierárquico constitucional ou legal.
COMENTÁRIO
Se é sobre direitos humanos, pode ser constitucional ou supralegal.
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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos na CF II
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nacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o
Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de des-
locamento de competência para a Justiça Federal.
COMENTÁRIO
Pelo Procurador Geral da República, e não da Justiça; e também é o STJ, e não o STF.
25m
GABARITO
1. C
2. E
3. C
4. E
5. E
6. E
7. E
8. E
9. E
10. E
11. C
12. C
13. C
14. C
15. c
16. C
17. E
18. E
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Thiago Medeiros.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
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