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COMEÇANDO DO ZERO 2020 – DIREITO DO TRABALHO

Profº Renzetti

DURAÇÃO DO TRABALHO – PARTE 1

Limitação de JORNADA (art. 7º XIII CF)


_____ diárias e ______semanais.

Art. 611-A, CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I. pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;

► VARIAÇÕES DE HORÁRIO
Art. 58 § 1º CLT. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.

► TEMPO À DISPOSIÇÃO
Art. 4º CLT. Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.

Art. 235-C, § 8º, CLT. São considerados tempo de espera as horas em que o motorista
profissional empregado ficar aguardando carga ou descarga do veículo nas dependências do
embarcador ou do destinatário e o período gasto com a fiscalização da mercadoria transportada
em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computados como jornada de trabalho e nem
como horas extraordinárias.

Art. 4º, § 1º, CLT. Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização
e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço
militar e por motivo de acidente do trabalho.

§ 2º. Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco
minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha
própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa.

OBS:

Art. 74, §2º, CLT. Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou
eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso.

Art. 611-A, CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
...
X. modalidade de registro de jornada de trabalho;

► HORAS IN ITINERE
Art. 58, § 2º, CLT. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho,
por não ser tempo à disposição do empregador.

Súmula nº 429 do TST.


Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao
deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que
supere o limite de 10 (dez) minutos diários.

► SOBREAVISO E PRONTIDÃO
Art. 244 § 2º CLT. Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua
própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de
"sobreaviso" será, no máximo, de 24 horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos,
serão contadas à razão de 1/3 do salário normal.

Súmula nº 428 do TST


I. O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado,
por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.
II. Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal
por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou
equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de
descanso.

Art. 244 §3º CLT. Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da
estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de
prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora
normal.

Art. 611-A, CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
...
VIII. teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;

► REGIME DE TEMPO PARCIAL


Art. 58-A CLT. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou,
ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
§1º. O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua
jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

OJ 358 SDI-I TST.


I. Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão
constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso
salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.
II. Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de
empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida.
Precedentes do Supremo Tribunal Federal.

§2º. Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação
coletiva.
§3º. As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
§4º. Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em
número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão
consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também
limitadas a seis horas suplementares semanais.
§5º. As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas
diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua
quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
§6º. É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.
§7º. As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta
Consolidação.

► TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO


Art. 7º XIV CF. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva.

Súmula nº 423 do TST.


Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação
coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao
pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

► TRABALHO NOTURNO
Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
IX. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Art. 611-B, CLT. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo
de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
...
VI. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Art. 73 CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de
20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§1º. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30
(trinta) segundos.
§2º. Considera-se noturno, para os efeitos deste art., o trabalho executado entre as 22 (vinte e
duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.

Súmula nº 60 do TST
I. O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os
efeitos.
II. Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também
o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

Súmula nº 265 do TST.


A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional
noturno.

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