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2020
Resultados do inquérito sobre
Impacto da COVID-19 nas empresas
I Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Resultados do inquérito sobre Impacto da COVID-19 nas empresas
Título
Eliza Monica Ana Magaua
Resultados do inquérito sobre Impacto do COVId-19 nas empresas :
Presidente Abril-Junho 2020
Editor
Instituto Nacional de Estatística
DIRECÇÃO Direcção de Estatísticas Sectoriais e de Empresas
Av. 24 de Julho, nº 1989, Caixa Postal 493, Maputo
Adriano Matsimbe
7º Andar.
Director de Estatísticas Sectoriais e de Empresas
Telefone: + 258 21 498 141
Fax: + 258 21 490 507
Natércia Macuacua E-Mail: info@ine.gov.mz /vendas@ine.gov.mz
Directora Adjunta de Estatísticas Sectoriais Homepage: www.ine.gov.mz
e de Empresas
Produção
Difusão
Instituto Nacional de Estatística
Departamento de Documento, Difusão e Marketing
II Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
ABREVIATURAS
SINAIS CONVENCIONAIS
.. Categoria não aplicável
… Dados não disponíveis à data da publicação
0 Dado inferior à metade da unidade utilizada
X Dados sujeitos a segredo estatístico
% Percentagem
III Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Resumo
Os resultados do inquérito sobre o impacto da Covid-19 nas empresas mostram que de um total
de 89 385 empresas abrangidas por este estudo, 90,4% foram afectadas pela Covid-19.
Pela distribuição geográfica, as quatro províncias da zona sul do País são as mais afectadas com
percentagem média desta região a situar-se em 95,0%, com destaque para a Província de
Inhambane como a mais afectada em todo o País com 98,8% das suas empresas afectadas pela
Covid-19.
No capítulo referente as medidas adoptadas para minimizar o impacto nos trabalhadores, 56,0%
das empresas afectadas optaram pelo regime de rotatividade, onde dentre elas, 41,7% aplicram
a rotatividade semanal.
As empresas que foram forçadas a encerrar representam perto de 3,0% do universo afectado,
tendo esta medida tirado emprego a 43 578 trabalhadores, sendo o sector de Comércio por
grosso e a retalhado, reparação e manutenção de viaturas o que maior número de trabalhadores
afectou (24 200).
Nos meses de Abril, Maio e Junho apenas 87,3%, 80,9% e 80,2% de empresas conseguiram
pagar as remunerações dos seus trabalhadores na totalidade, respectivamente.
IV Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
ÍNDICE
RESUMO .............................................................................................................................................................................. IV
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................... 1
G1.1-EMPRESAS AFECTADAS E PESSOAL PELA COVID-19 EM MOÇAMBIQUE ABRIL –JUNHO 2020 (%) ........................................................... 2
Q1.1-EMPRESAS AFECTADAS PELA COVID-19 SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO ABRIL-JUNHO 2020 ....................................................................... 2
Q1.2-EMPRESAS AFECTADAS PELA COVID-19 SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO, SUPERFÍCIE E HABITANTES ABRIL-JUNHO 2020 .................................. 3
Q1.3-EMPRESAS AFECTADAS PELA COVID-19 POR ACTIVIDADE ECONÓMICA ABRIL-JUNHO 2020 .................................................................. 4
Q1.4-EMPRESAS AFECTADAS PELA COVID-19 POR ESTATUTO JURÍDICO ..................................................................................................... 5
Q1.5-EMPRESAS AFECTADAS PELA COVID-19 POR SUA DIMENSÃO ........................................................................................................... 5
Q2.1-EMPRESAS E PESSOAL AFECTADO POR COVID-19 SEGUNDO A MEDIDA ADOPTADA EM MOÇAMBIQUE ABRIL-JUNHO 2020 ....................... 6
Q2.2-EMPRESAS AFECTADAS QUE ADOPTARAM O REGIME DE ROTATIVIDADE SEGUNDO A PERIODICIDADE ABRIL-JUNHO 2020 ............................ 7
G2.1-EMPRESAS AFECTADAS PELA COVID-19 SEGUNDO MEDIDAS SENSÍVEIS AOS TRABALHADORES ABRIL-JUNHO 2020(%) ............................. 8
Q2.3-EMPRESAS E PESSOAL AFECTADO PELA COVID-19 SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO E MEDIDAS SENSÍVEIS ADOPTADAS ...................................... 8
Q2.4-EMPRESAS E PESSOAL AFECTADO PELA COVID-19 SEGUNDO ACTIVIDADE E MEDIDAS SENSÍVEIS ADOPTADAS ........................................... 9
Q2.5-EMPRESAS E PESSOAL AFECTADO PELA COVID-19 SEGUNDO A DIMENSÃO E MEDIDAS SENSÍVEIS ADOPTADAS ........................................ 10
Q3.1-EMPRESAS AFECTADAS QUE PLANEAM OU BENEFICIARAM DE ALGUMAS FACILIDADES CONCEDIDAS PELO ESTADO (%) ............................... 11
Q3.2-EMPRESAS AFECTADAS QUE PLANEIAM OU BENEFICIARAM DE ALGUMAS FACILIDADES SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO (%) ............................... 11
Q3.3-EMPRESAS AFECTADAS QUE PLANEAM OU BENEFICIARAM DE ALGUMAS FACILIDADES SEGUNDO ACTIVIDADE (%) ..................................... 12
Q3.4-EMPRESAS AFECTADAS QUE PLANEAM OU BENEFICIARAM DE ALGUMAS FACILIDADES SEGUNDO A DIMENSÃO (%).................................... 13
G7.1-EMPRESAS AFECTADAS SEGUNDO OS PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA (%) .................................... 27
Q7.1-EMPRESAS AFECTADAS SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO E CONSTRANGIMENTOS DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA (%) ............................... 28
Q7.2-EMPRESAS AFECTADAS SEGUNDO ACTIVIDADE E CONSTRANGIMENTOS DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA (%) .................................... 29
Q7.4-EMPRESAS AFECTADAS SEGUNDO A DIMENSÃO E CONSTRANGIMENTOS DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA (%) ................................... 29
G8.1-EMPRESÁRIOS AFECTADOS PELO ESTADO DE EMERGÊNCIA SEGUNDO EXPECTATIVAS PARA O TERCEIRO TRIMESTRE (%) .............................. 30
8.1.EXPECTATIVAS DE EMPREGO ...................................................................................................................................................... 31
Q8.1.1-Empresas afectadas segundo a localização e por suas expectativas de emprego (%) ............................. 31
Q8.1.2-Empresas afectadas segundo actividade e por suas expectativas de emprego (%) ................................. 32
Q8.1.3-Empresas afectadas segundo dimensão e por suas expectativas de emprego (%) .................................. 32
8.2.EXPECTATIVAS DA PROCURA ...................................................................................................................................................... 33
Q8.2.1-Empresas afectadas segundo a localização e por suas expectativas da procura (%) ............................... 33
Q8.2.2-Empresas afectadas segundo e por suas expectativas da procura (%) ...................................................... 34
Q8.2.3-Empresas afectadas segundo a dimensão e por suas expectativas da procura (%) ................................. 34
8.3.EXPECTATIVAS DOS PREÇOS ....................................................................................................................................................... 35
Q8.3.1-Empresas afectadas segundo a localização e por suas expectativas dos preços (%) ............................... 35
Q8.3.2-Empresas afectadas segundo actividade e por suas expectativas de preços (%) .................................... 36
Q8.3.3-Empresas afectadas segundo a dimensão e pelas suas expectativas de preços (%) ................................ 36
8.4.EXPECTATIVAS DO VOLUME DE NEGÓCIOS .................................................................................................................................... 37
Q8.4.1-Empresas afectadas segundo a localização e por suas expectativas do volume de negócios (%) .......... 37
Q8.4.2-Empresas afectadas segundo actividade e por suas expectativas do volume de negócios (%) .............. 38
Q8.4.3-Empresas afectadas segundo a dimensão e por suas expectativas do volume de negócios (%) ........... 38
9.ANEXOS ............................................................................................................................................................................ 39
VI Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
INTRODUÇÃO
O Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta a publicação dos resultados do inquérito sobre o
impacto da Covid-19 nas empresas. Trata-se de um estudo realizado entre Junho e Julho de 2020 com
vista a obter uma informação estatística mais precisa, fiável e consistente, que pudesse responder ao
contexto económico que o País está atravessar face à pandemia da Covid-19 e às medidas de restrição
impostas pelos decretos presidenciais. O Inquérito visava obter informação estatística sobre as mudanças
conjunturais e estruturais do sector empresarial do País, face à pandemia causada pela SARS CoV-2.
Pela natureza da pesquisa realizada, foram abrangidas todas as províncias e todos ramos de actividades
económicas classificadas na Classificação de Actividades Económicas (CAE-Rev2), exceptuando-se:
O INE enaltece e agradece os esforços empreendidos pelas empresas fornecedoras de dados que
permitiram a compilação da presente publicação.
A todos os que se dignarem a enviar críticas e sugestões que permitam melhorar as próximas publicações
vão, antecipadamente, as nossas saudações.
1 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
1.Empresas afectadas pelo estado de emergência
Os resultados do inquérito apuraram 80765 empresas afectadas pelo decreto de estado emergência,
motivada pelo COVID-19 entre Abril e Junho de 2020 (G1.1). As empresas afectadas corresponderam a
90,4% do total das empresas e empregavam 3,3 milhões de trabalhadores, equivalente a 89%.
G1.1-Empresas afectadas e pessoal pela Covid-19 em Moçambique Abril –Junho 2020 (%)
De acordo com a localização geográfica, as províncias de Inhambane (98%), Gaza (94%) e de Maputo
província (94%) apresentaram a maior proporção de empresas afectadas (Q1.1) face a Zambézia (77%)
e Cabo Delgado (78%) que registaram a mais baixa proporção de empresas.
Empresas
Província
Total (nº) % Afectadas (Nº) %
Niassa 2 450 2,7 2 116 86,4
Cabo Delgado 4 634 5,2 3 619 78,1
Nampula 7 862 8,8 7 004 89,1
Zambézia 5 825 6,5 4 488 77,0
Tete 5 324 6,0 4 813 90,4
Manica 4 411 4,9 3 591 81,4
Sofala 9 084 10,2 8 432 92,8
Inhambane 5 382 6,0 5 317 98,8
Gaza 5 414 6,1 5 131 94,8
Maputo Província 13 672 15,3 12 857 94,0
Maputo Cidade 25 327 28,3 23 397 92,4
Moçambique Total 89 385 100,0 80 765 90,4
2 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Segundo a superfície e o número de habitantes, os resultados do inquérito constataramm que em cada
1000 quilómetros quadrados do território nacional, existiam no período de referência do estudo 101
empresas afectadas pela COVID-19, o que correspondeu a 27 trabalhadores afectadas em cada 10000
habitantes no segundo trimestre de 2020 (Q1.2). Esta situação foi influenciada pela Cidade de Maputo,
províncias de Maputo e de Sofala que apresentaram maior proproção de empresas face as restantes
províncias que estão abaixo da média nacional.
Q1.2-Empresas afectadas pela COViD-19 segundo a localização, superfície e habitantes Abril-Junho 2020
Empresas/10000
Área População habitante Empresas/1000 km2
Província habitantes
km2 nº
Niassa 129 056 2 349 195 16 9
Cabo Delgado 82 625 2 525 416 44 14
Nampula 81 606 6 183 863 86 11
Zambézia 105 008 5 567 252 43 8
Tete 100 724 2 900 213 48 17
Manica 61 661 2 114 507 58 17
Sofala 68 018 2 457 828 124 34
Inhambane 68 615 1 531 959 77 35
Gaza 75 709 1 445 896 68 35
Maputo 26 058 2 216 460 493 58
Cidade de Maputo 300 1 124 988 77 990 208
Moçambique Total 799 380 30 417 577 101 27
Considerando o sector, ao nível do seu grande agrupamento (secção da CAE), as empresas dedicadas às
actividades de educação; às actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreação, como
actividade principal foram todas afectadas (Q1.3).
As actividades com empresas menos afectadas foram as dedicadas à venda e arrendamento de casas e
edifícios (48%), Captação, Tratamento e distribuição de Água, Saneamento, Gestão de resíduos e
despoluição (52%) e Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas (76%).
3 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q1.3-Empresas afectadas pela Covid-19 por actividade económica Abril-Junho 2020
Empresas
Actividade Económica (Secção da CAE)
Afectadas
Total (nº) % %
(Nº)
Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas 1 689 1,9 1 284 76,0
No que se refere ao estatuto legal, as cooperativas e as outras sociedades foram afectadas na totalidade
pela Covid-19 (Q1.4), situação explicada pelo facto da maior parte destas realizar actividades de educação;
Actividades artísticas, espectáculos, desporto e recreação. Os resultados constataram, também, que as
empresas públicas ou estatais foram as menos afectadas (80%).
4 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q1.4-Empresas afectadas pela Covid-19 por estatuto jurídico
Empresas
Estatuto Jurídico
Afectadas
Total (nº) % %
(Nº)
Empresas
Dimensão
Total (nº) % Afectadas (Nº) %
5 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
2. Medidas adoptadas pelas empresas face ao decreto de estado de emergência
Para lidar-se com o estado de emergência, motivado pela pandemia da COVID-19, os resultados do
inquérito ressaltam que mais de metade (56%) das empresas afectadas adoptou o regime de rotatividade,
seguido de redução de horas de trabalho com 20.7% e teletrabalho com 14.3% do total das empresas
(Q2.1). Essas três modalidades acabaram sendo as que apresentaram maior número de trabalhadores
afectados em magnitude de 38.5% para rotatividade, 12.1% para redução de horas de trabalho e 6.4%
para teletrabalho.
Empresas Trabalhadores
Medida adoptada
Nº % global Nº % global
Solicitou autorização trabalhar com mais de 1/3 1 132 1,4 53 832 1,6
6 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Avaliando a medida mais adoptada pelas empresas, que foi o regime de rotiavidade, os resultados indicam
que 41.7% das empresas optaram por uma rotatividade semanal dos seus trabalhadores, seguido de
diário com uma quota de 32.7% (Q2.2). Apenas 19.7% das empresas adoptaram o regime de rotatividade
quinzenal, equivalentes a 8922 unidades económicas, que é o que era recomendado pelo Ministério de
Saúde.
Empresas
Periodicidade
Nº %
Para as medidas jurídicas sensíveis, por colocar em risco o emprego e a situação económica das famílias,
os resultados do inquérito revelam que a suspensão de contratos foi a medida mais adoptada pelas
empresas (7.6%), afectando 62 700 trabalhadores, equivalentes a 1.9% do pessoal afectado (G2.1). No
entanto, foi a rescisão de contratos adoptada por 4,5% de empresas que afectou mais trabalhadores na
magnitude de 77 489, que correspondeu a 2,3% do total de afectados em todas empresas.
O encerramento das empresas, como medida mais drástica, foi adpotado por 2,3% do total das empresas
afectadas, prejudicando 1,3% de trabalhadores, correspondentes a 43 579.
7 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
G2.1-Empresas afectadas pela COVID-19 segundo medidas sensíveis aos trabalhadores
Pessoal Empresas
Por localização geográfica, os resultados do inquérito indicam que Zambézia é a província com mais
empresas encerradas (13.6%) prejudicando 27 726 trabalhadores (Q2.3). Na medida de suspensão de
contratos, os resultados sugerem que as províncias de Cabo Delgado (20.2%) e Manica (12,9%) tiveram
maior número de empresas mas foram as províncias de Inhambane, Maputo e Sofala que tiveram mais
trabalhadores afectados.
Q2.3-Empresas e trabalhadores afectado pela COVID-19 segundo a localização e medidas sensíveis adoptadas
8 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
A rescisão de contratos foi mais adoptada por empresas de Cabo Delgado (8.1%) e Cidade de Maputo
(6.8%) mas foi a Cidade de Maputo e as províncias de Sofala e Tete com maior número de trabalhadores
despedidos, em ordem de importância.
Q2.4-Empresas e pessoal afectado pela COVID-19 segundo actividade e medidas sensíveis adoptadas
Empresas
Suspensão contratos Rescisão contratos
encerradas
Actividade económica Empresa Trab. Empresa Trab. Empresas Trab.
% act Nº %act Nº %act Nº
Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas 6,5 249 6,1 787 5,8 227
Indústrias Extractivas 5,8 330 7,2 1 219 2,2 20
Indústrias Transformadoras 2,2 4 428 4,1 4 434 3,1 4 845
Electricidade, Gás, Vapor de àgua quente e Fria e Ar
0,0 0 0,0 0 0,0 0
Frio
Captação, Tratamento e distribuição de Água,
0,0 0 12,3 112 9,1 75
Saneamento, Gestão de resíduos e despoluição
Construção 1,5 984 17,5 13 282 4,6 5 169
Comércio por grosso e a retalho; Reparação de
1,9 24 200 4,5 5 700 2,2 7 107
Veículos Automóveis e Motociclos
Transportes e Armazenagem 1,8 264 10,6 3 376 3,0 1 142
Alojamento, Restauração e similares 7,4 7 621 19,7 15 997 17,5 15 690
Actividades de informação e comunicação 4,9 255 10,2 225 9,8 756
Actividades financeiras e de seguros 0,0 0 0,0 0 0,0 0
Actividades Imobiliárias 0,0 0 0,0 0 0,0 0
Actividades de Consultoria, cientifica, tecnica e
3,5 3 144 11,0 6 237 6,9 3 375
similares
Actividades administrativas e de serviços de apoio 3,8 642 10,9 7 995 16,8 28 786
Actividades de Educação 3,1 125 1,7 183 0,0 0
Actividades de saude humana e acção social 1,5 176 1,8 39 0,0 0
Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e
11,7 269 16,0 2 174 12,5 9 933
recreativas
Outras actividades de serviços 5,0 891 8,2 940 1,4 364
Total 2,9 43 578 7,6 62 700 4,5 77 489
O encerramento foi mais adpotado pelas empresas dedicadas às Actividades artísticas, de espectáculos,
desportivas e recreativas mas foram as empresas do sector de Comércio por grosso e a retalho; Reparação
9 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
de Veículos Automóveis e Motociclos que apesar de corresponderem a 1.9% das empresas, prejudicaram
maior número de trabalhadores ao abranger um total de 24 200. Isto é explicado pelo facto deste sector
ocupar muitas pessoas ao serviço que as outras actividades.
Segundo a dimensão, as pequenas empresas foram as que mais encerraram actividades (3.1%), afectando
41 394 trabalhadores (Q2.5). Nas modalidades de suspensão e rescisão de contratos, as pequenas
empresas apresentaram maior proporção de empresas afectadas, bem como em termos de trabalhadores
afectados, com magnitudes de 48 925 e 71 777 respectivamente.
Q2.5-Empresas e pessoal afectado pela COVID-19 segundo a dimensão e medidas sensíveis adoptadas
Empresas Encerradas Suspensão contratos Rescisão contratos
Para mitigação da problemática decorrente da Covid-19, o Governo anucnciou uma série de medidas,
facilidades e benefícios ao sector empresarial. O inquérito procurou avaliar se os empresários planeiam ou
já beneficiaram de algumas dessas medidas.
10 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q3.1-Empresas afectadas que planeam ou beneficiaram de algumas facilidades concedidas pelo estado
Empresas
Facilidades Concedidas
Nº %
Alguma suspensão de obrigações tributárias ou contribuitivas 16 871 20,9
Crédito para importação, anunciado pelo Banco de Moçambique 8 096 10,0
Moratória de pagamento de juros e capital de crédito bancário 8 140 10,1
Novo crédito bancário com juros bonificados ou garantias do Estado 12 303 15,2
Algo diferente (n.e) 2 639 3,3
Na perspectiva geográfica, foram as Províncias de Maputo (36,4%), Tete (29,9%) e Cabo Delgado (26,2%)
que apresentaram maior proporção de empresas que planeiavam ou beneficiaram de alguma suspensão
de obrigações tributárias ou contribuitivas (Q3.2).
Q3.2-Empresas afectadas que planeiam ou beneficiaram de algumas facilidades segundo a localização (%)
Em termos de actividade económica (Q3.3), os resultados apontam que das empresas que beneficiaram
ou planeiavam alguma suspensão de obrigações tributárias ou contribuitivas 41,5% dedicam-se às
Actividades de Consultoria, 30,2% às actividades de alojamento e restauração e 29,8% às actividades de
educação.
11 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q3.3-Empresas afectadas que planeiam ou beneficiaram de algumas facilidades segundo actividade (%)
Em termos de dimensão (Q3.4), o inquérito apurou que 23,7% das grandes empresas planeiam ou
beneficiaram de alguma suspensão de obrigações tributárias ou contribuitivas, 10,9% das médias
empresas planeiavam ou beneficiaram do crédito para importação, anunciado pelo Banco de Moçambique,
e 15,2% beneficiaram ou planeiavam ter uma moratória de pagamento de juros e capital de crédito
bancário.
12 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q3.4-Empresas afectadas que planeam ou beneficiaram de algumas facilidades segundo a dimensão (%)
Os resultados do inquérito indicam uma queda do número de trabalhadores (HM), horas trabalhadas
percapita (HT), Dias trabalhados percapita (DT) e volume de negócios em empresas afectadas no II
trimestre face ao I trimestre de 2020 (Q4.1). Com efeito, os resultados do inquérito indicam que o número
total de trabalhadores, avaliados em 3,3 milhões, no II trimestre representou uma redução de 5,9%. O
impacto da COVID-19 no emprego foi mais severo em trabalhadores do sexo feminino, ao reduzir 7%
face aos homens que reduziram 5,5% no período de análise. Os resultados indicam que o mês de Abril
foi o que registou maior redução de todos indicadores em análise.
Abril 2 545 824 3 369 18,9 7,3 1 498 551 3 812 567 -60,7
Maio 2 476 810 3 286 18,5 7,3 2 006 950 3 824 388 -47,5
Junho 2 507 787 3 295 18,4 7,8 1 228 322 2 551 371 -51,9
II Trimestre 2 509 807 3 316 18,6 7,5 4 733 824 10 188 327 -53,5
Variação em cadeia (%)
Janeiro - - - - - - - -
Fevereiro -0,7 1,8 -0,1 -3,9 0,0 31,7 37,0 -
Março -0,1 -0,4 -0,2 3,6 0,0 -2,2 -2,7 -
Abril -3,9 -5,4 -4,3 -17,1 -7,6 -33,0 25,4 -
Maio -2,7 -1,7 -2,5 -2,1 0,0 33,9 0,3 -
Junho 1,3 -2,8 0,3 -0,5 6,8 -38,8 -33,3 -
I Trimestre - - - - - - - -
II Trimestre -5,5 -7,0 -5,9 -17,6 -5,5 -24,4 20,6 -
13 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Os DT reduziram 17,6% ao passar de 22,6 dias no I trimestre para 18,6 dias por trabalhador no II trimestre
de 2020, facto que resulta da rotatividade, já referida no segundo capitulo, em muitas empresas afectadas.
As HT cairam 5,5% ao passar duma média de 7,9 horas por trabalhador por dia no I trimestre para 7,5
horas no II trimestre. Como consequência, o volume de negócios das empresas afectadas foi de 4 733 824
milhões Mt no II trimestre, equivalentes a uma queda de 24,4% face ao I trimestre e 53,5% de redução
do trimestre homólogo (VH).
0,0 39,0
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Volume negócios por trabalhador por dia (1000 Mt) Dimensão média pessoal (Nº)
14 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
4.1 Impacto da COVID-19 nos trabalhadores
A redução de emprego nas empresas afectadas foi mais agravada ao nível geográfico nas províncias de
Zambézia, Gaza e Inhambane, ao registar uma contração de trabalhadores em 18,2%, 10,6% e 10,4%
respectivamente no segundo trimestre devido, em termos de género, à maior diminuição nas mesmas
províncias (Q4.1.1). Entre as mulheres trabalhadoras, a situação foi mais drástica em Gaza com quebra
de 16% e Zambézia com redução de 12,2% no segundo trimestre.
Q4.1.1- Trabalhadores por sexo e por trimestre segundo a localização geográfica em 2020
H M Variação
Província I Trim II Trim I Trim II Trim H M HM
1000 %
Niassa 26 23 6 5 -10,4 -8,7 -10,1
Cabo Delgado 51 45 11 11 -12,3 2,0 -9,8
Nampula 229 212 37 34 -7,5 -7,1 -7,5
Zambézia 100 81 16 14 -19,2 -12,2 -18,2
Tete 167 160 25 24 -4,2 -3,5 -4,1
Manica 76 73 21 20 -4,1 -7,1 -4,7
Sofala 283 276 58 58 -2,2 -1,4 -2,0
Inhambane 83 74 28 26 -11,6 -6,9 -10,4
Gaza 47 43 20 17 -8,2 -16,0 -10,6
Maputo 500 482 218 208 -3,6 -4,8 -3,9
Cidade de Maputo 1 093 1 040 426 390 -4,9 -8,7 -5,9
Moçambique 2 655 2 509 868 807 -5,5 -7,0 -5,9
Por género, as mulheres sofreram maior redução de emprego nas actividades artisticas com 45,8% e
alojamento com 21%. Os homens face as mullheres tiveram maior redução de emprego nas indústrias
extrativas com 20,2%, e construção com 13,6%.
15 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q4.1.2 - Trabalhadores por sexo e por trimestre segundo actividade económica em 2020
H M Variação
Actividade Económica I Trim II Trim I Trim II Trim H M HM
1000 %
Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas 70 70 32 31 -0,4 -3,2 -1,3
Electricidade, Gás, Vapor de àgua quente e Fria e Ar Frio 2 2 1 1 2,6 0,9 2,2
Comércio por grosso e a retalho; Rep.Veículos Autom. 1 042 979 317 293 -6,1 -7,6 -6,4
Actividades administrativas e de serviços de apoio 460 461 131 121 0,2 -7,7 -1,6
Por dimensão da empresa, a situação de emprego foi influenciada grandemente pelas pequenas empresas
que reduziram 6,2% do seu pessoal total, com maior ênfase as mulheres trabalhadoras do mesmo grupo
de empresas com 7,3% de redução (Q4.1.3). Refira-se que todas dimensões de empresas registraram
uma redução de emprego no II trimestre.
Q4.1.3 - Trabalhadores por sexo por trimestre segundo a dimensão da empresa em 2020
H M Variação
Dimensão I Trim II Trim I Trim II Trim H M HM
nº %
Pequena empresa 1 941 1 828 646 599 -5,8 -7,3 -6,2
Média empresa 610 582 192 180 -4,7 -6,1 -5,0
Grande empresa 104 100 30 28 -3,9 -6,1 -4,4
Moçambique 2 655 2 509 868 807 -5,5 -7,0 -5,9
16 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
4.2 Impacto da COVID-19 nos dias e horas de trabalhos percapitas
A média de dias de trabalho por cada trabalhador foi reduzida em 17,6% ao nível nacional nas empresas
afectadas. Em termos geográficos, o impacto foi maior nas empresas localizadas nas províncias de
Nampula (-26,9%), Zambézia (-22,3%), Inhamabnae (-22,1%) e na Cidade de Maputo (-20,4%) (Q4.2.1).
Em relação às horas trabalhadas por trabalhador, a redução foi mais elevada nas províncias de Gaza (-
12,8%) e Maputo (11,2). Ressalta-se, paradoxalmente, que em Inhambane (29,8%) e Manica (3,8%),
apesar de redução de dias de trabalho, aumentaram as horas trabalhadas por trabalhador no II trimestre.
Q4.2.1-Dias e horas de trabalho percapitas por trimestre segundo a localização geográfica em 2020
Horas de
Dias de trabalho Variação %
trabalho
Província
I Trim II Trim I Trim II Trim DT HT
Nº %
Niassa 25,3 22,0 8,1 7,5 -13,2 -7,3
Cabo Delgado 22,4 18,7 7,5 6,8 -16,3 -8,9
Nampula 22,4 16,4 7,9 7,8 -26,9 -1,8
Zambézia 24,7 19,2 8,0 7,2 -22,3 -9,4
Tete 23,6 21,5 7,9 7,3 -8,8 -7,3
Manica 24,1 23,9 7,7 8,0 -0,5 3,8
Sofala 20,4 18,5 7,7 7,0 -9,5 -8,4
Inhambane 24,1 18,8 7,9 10,3 -22,1 29,8
Gaza 23,3 20,1 7,9 6,9 -13,9 -12,8
Maputo 22,6 18,1 8,0 7,1 -19,8 -11,2
Cidade de Maputo 21,9 17,4 7,9 7,4 -20,4 -7,3
Moçambique 22,6 18,6 7,9 7,5 -17,6 -5,2
Por ramo de actividade, os dias e as horas trabalhadas diminuiram mais em actividades financeiras e de
seguros e na educação, no II trimestre (Q4.2.2). O sector financeiro e de seguro reduziu os dias de
trabalho em 36.8% e as horas de trabalho em 23,6%. O sector de educação reduziu os dias de trabalho
em 35.8% e 23,6% de horas de trabalho. As actividades de Electrcidade, gás, vapor de água e gelo foram
as únicas que registaram aumento de horas trabalhadas em 2,7%.
17 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q4.2.2-Dias e horas de trabalho percapitas por trimestre segundo actividade económica em 2020
Por dimensão, os resultados apontam que a redução de dias e de horas trabalhadasfoi generalizada, mas
foi mais aguda nas pequenas empresas ao registar 18% e 5,3% de redução no II trimestre,
respectivamente (Q4.2.3).
Q4.2.3-Dias e horas de trabalho percapitas por trimestre segundo a dimensão da empresa em 2020
18 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
4.3. Impacto da COVID-19 no volume de negócios
Ao nivel geográfico, foram as províncias de Manica (-80,2%), Inhambane (-70,5%) e Niassa (-67,9%)
que registaram, no primeiro semestre de 2020, em termos homólogos a maior redução do volume de
negócios, que ao nivel nacional foi de 41% (Q4.3.1). Se a análise incidir no II trimestre em comparação
com o I trimestre de 2020, os resultados apontam para as províncias de Niassa (-69,3%) e Sofala (-50,9%)
como as que registram maior diminuição da facturação.
Volume de negócios
Variação
I Trim 2020 II Trim 2020 I Trim 2019 II Trim 2019 IIT/IT IIT20/ 2020/
Província
2020 IIT19 2019
106 Mt %
Niassa 11 968 3 674 34 401 14 283 -69,3 -74,3 -67,9
Cabo Delgado 10 681 9 950 11 789 19 332 -6,8 -48,5 -33,7
Nampula 319 803 345 931 597 195 888 250 8,2 -61,1 -55,2
Zambézia 47 255 35 141 41 811 42 164 -25,6 -16,7 -1,9
Tete 62 338 45 660 74 561 189 592 -26,8 -75,9 -59,1
Manica 14 459 7 095 46 515 62 548 -50,9 -88,7 -80,2
Sofala 180 693 135 139 511 257 157 510 -25,2 -14,2 -52,8
Inhambane 2 442 363 1 613 098 1 288 697 1 089 896 -34,0 48,0 70,5
Gaza 7 877 6 789 10 849 11 337 -13,8 -40,1 -33,9
Maputo 315 879 199 318 304 332 295 610 -36,9 -32,6 -14,1
Cidade de Maputo 2 847 638 2 332 029 5 528 130 7 417 806 -18,1 -68,6 -60,0
Moçambique 6 260 954 4 733 824 8 449 536 10 188 327 -24,4 -53,5 -41,0
19 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Por actividade, os resultados revelam que as actividades de educação com uma redução de 82,6% e de
transportes e armazenagem com queda de 78,5% de volume de negócios foram as que registaram maior
diminuição no II trimestre em termos homólogos, ao nivel do primeiro semestre de 2020 (Q4.3.2). Na
análise em cadeia, os resultados indicam que Actividades artísticas, de espectáculos e desportivas; de
construção e de educação, foram as que registaram maior redução de facturação no II trimestre se
comparado com o primeiro trimestre do mesmo ano em ordem de importância, com 92,7%; 82,9%; e
74,6% respectivamente.
Volume de negócios
Variação
I Trim II Trim I Trim II Trim
IIT/IT IIT20/ 2020/
Actividade económica 2020 2020 2019 2019
2020 IIT19 2019
106 Mt %
Agricultura, Produção Animal, Caça,
Florestas e Pescas 73 593 36 537 77 505 85 925 -50,4 -57,5 -32,6
Indústrias Extractivas 23 960 16 398 31 147 20 188 -31,6 -18,8 -21,4
Indústrias Transformadoras 517 431 347 092 583 314 560 580 -32,9 -38,1 -24,4
Electricidade, Gás, Vapor de àgua
quente e Fria e Ar Frio 2 850 2 493 2 654 2 569 -12,5 -3,0 2,3
Construção 721 463 123 362 684 443 330 419 -82,9 -62,7 -16,8
Comércio por grosso e a retalho;
Rep.Veículos Autom. 3 592 046 3 417 151 4 723 930 6 185 625 -4,9 -44,8 -35,8
Transportes e Armazenagem 349 080 132 225 769 911 1 464 525 -62,1 -91,0 -78,5
Alojamento, Restauração e similares 355 228 155 057 444 645 579 715 -56,3 -73,3 -50,2
Actividades de informação e
comunicação 38 360 39 932 37 169 38 387 4,1 4,0 3,6
Actividades financeiras e de seguros 73 760 89 040 87 586 91 358 20,7 -2,5 -9,0
Actividades Imobiliárias 3 740 2 708 4 275 3 073 -27,6 -11,9 -12,3
Actividades de Consultoria.similares 220 603 174 634 425 748 399 814 -20,8 -56,3 -52,1
Actividades administrativas e de
65 422 69 572 104 921 54 245 6,3 28,3 -15,2
serviços de apoio
Actividades de Educação 46 087 11 693 201 390 131 413 -74,6 -91,1 -82,6
Actividades de saude humana e
acção social 39 441 49 296 42 842 78 235 25,0 -37,0 -26,7
Outras actividades de serviços 102 347 46 181 194 556 126 111 -54,9 -63,4 -53,7
Total 6 260 954 4 733 824 8 449 536 10 188 327 -24,4 -53,5 -41,0
Por dimensão, o impacto da COVID-19 foi muito devastador nas pequena empresas, ao reduzir as vendas
em 48,7% no primeiro semestre de 2020 em termos homólogos, e 28,2% do II trimestre de 2020 se
comparado com o primeiro trimestre do mesmo ano (Q4.3.3).
20 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q4.3.3-Volume de negócios por trimestre segundo a dimensão da empresa 2019/2020
Variação
I Trim 2020 II Trim 2020 I Trim 2019 II Trim 2019 IIT/IT 2020/
Dimensão IIT20/IIT19
2020 2019
106 Mt %
Pequena empresa 3 950 648 2 835 880 6 406 211 6 816 880 -28,2 -58,4 -48,7
Média empresa 2 193 015 1 784 739 1 875 493 3 244 484 -18,6 -45,0 -22,3
Grande empresa 117 291 113 205 167 833 126 963 -3,5 -10,8 -21,8
Moçambique Total 6 260 954 4 733 824 8 449 536 10 188 327 -24,4 -53,5 -41,0
A avaliação do impacto da covid-19 sobre os salários foi realizada de forma qualitativa através duma
pergunta ao empresário sobre as formas de pagamento feitas ao longo dos meses de Abril, Maio e Junho.
Nesse sentido, os resultados apuraram que a maior parte de empresas afectadas que continuaran em
funcionamento pagou os salários do seu pessoal na totalidade durante o estado de emergência, embora
houvesse uma tendência de redução ao longo do período de emergência (Q5.1).
Empresas
Forma de pagamento Mês
Nº %
Abril 70 492 87,3
Totalidade Salário Maio 65 377 80,9
Junho 64 806 80,2
Abril 3 352 4,2
75% do Salário Maio 4 193 5,2
Junho 3 716 4,6
Abril 2 542 3,1
50% do Salário Maio 5 103 6,3
Junho 3 817 4,7
Abril 927 1,1
25% do Salário Maio 1 398 1,7
Junho 3 183 3,9
Abril 1 095 1,4
Outra forma n.e Maio 1 791 2,2
Junho 1 618 2,0
Isso significa que à medida que o estado de emergência decorria, as empresas que efectuavam
pagamento na totalidade das remunerações foi diminuindo, saindo de mais de 70 mil em Abril para perto
21 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
de 65 mil em Junho. No sentido inverso, as empresas que apenas pagaram 25% das remunerações foi
crescendo, tendo passado de cerca de 900 em Abril para mais de 3 000 em Junho. (G5.1).
0
Abril Maio Junho Abril Maio Junho Abril Maio Junho
75% do Salário 50% do Salário 25% do Salário
A província de Cabo Delgado foi a unidade geográfica com menor proporção de empresas do país a pagar
na totalidade os salários aos trabalhadores, ao registar 69.3% e maior proporção das que pagaram 50%
durante o segundo trimestre (Q5.2).
Q5.2-Empresas afectadas segundo a localização e formas de pagamento do salário no segundo trimestre (%)
Totalidade 75%
Província 50% salário 25% salário
Salário salário
Niassa 84,1 4,0 7,2 2,3
Cabo Delgado 69,3 6,1 14,8 0,2
Nampula 82,9 4,0 4,7 0,2
Zambézia 72,3 9,2 3,9 10,5
Tete 83,3 3,9 4,0 2,4
Manica 78,6 2,5 2,5 5,0
Sofala 84,2 2,9 4,2 1,8
Inhambane 78,9 4,2 8,4 4,1
Gaza 78,8 5,4 4,2 1,2
Maputo 88,1 2,5 4,5 1,2
Cidade de Maputo 85,7 6,0 3,2 1,8
Moçambique Total 82,8 4,6 4,7 2,3
Q5.3-Empresas afectadas segundo actividade e formas de pagamento do salário no segundo trimestre (%)
Totalidad 75%
Actividade económica 50% salário 25% salário
e Salário salário
Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas 89,5 2,4 5,4 0,0
Electricidade, Gás, Vapor de àgua quente e Fria e Ar Frio 95,7 0,0 0,0 4,3
Captação, Tratamento e distribuição de água, Saneamento, Gestão de
resíduos e despoluição 72,6 6,6 13,9 4,4
De acordo com a dimensão da empresa, os resultados do inquérito revelam que as pequenas empresas
tiveram a mais baixa proporção de empresas que pagou na totalidade os salários (82.2%) e maior
proporção das que pagaram 50% do salário (5.1%) nos três meses de observação (Q5.4).
Q5.4-Empresas afectadas segundo a sua dimensão e formas de pagamento do salário no segundo trimestre (%)
Totalidade 75%
Dimensão 50% salário 25% salário
Salário salário
23 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
6. Impacto da COVID-19 no pagamentos de impostos e taxas ao estado
O objectivo deste tema foi avaliar de forma qualitativa as receitas perdidas pelo Estado, recorrendo neste
caso, à informação do próprio empresário se tinha pago na totalidade, parcialmente ou não tinha pago
impostos e taxas devidas ao Estado. Os resultados do inquérito apuraram que mais de 80% de empresas
referiu que pagou na totalidade nos meses de Abril e Maio, tendo essa proporção reduzida para 79% em
Junho (Q6.1)
No mesmo período as empresas que não pagaram tributo tiveram tendência de subida, ao registar
11,4% em Abril, 12,2% em Maio e 14.7% em Junho. Isto significa que o estado terá perdido cerca de
13% de receita nos primeiros três meses da vigência do Estado de Emergência.
A maior parte de empresas que não pagou os impostos e taxas em todos primeiros três meses de vigência
do Estado de Emergência, situam-se nas províncias de Niassa, Inhambane e Maputo (Q6.2)
24 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q6.2-Empresas afectadas segundo a localização e pela situação de pagamento de impostos e taxas (%)
Em termos de actividade económica, a maior parte de empresas que não pagou impostos no mêses de
Abril e Maio dedicava-se, em ordem de importância, às actividades artísticas, de espectáculos, desportivas
e recreativas; de Educação e de Consultoria, cientifica, técnica e similares (Q6.3).
Os resultados revelam ainda que no mês de Junho continuaram as empresas que dedicam-se às
actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas e de Educação com maior porporção sem
pagar impostos, tendo-se adicionados as dedicadas às actividades de Captação, Tratamento e distribuição
de Água, Saneamento, Gestão de resíduos e despoluição bem como as de Alojamento, Restauração e
similares.
25 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q6.3-Empresas afectadas segundo actividade e pela situação de pagamento de impostos e taxas (%)
Por dimensão, as pequenas empresas foram as que mais não pagaram impostos com 12,2%,
13,0% e 15,6% respectivamente entre os meses de Abril e Junho (Q6.4).
Q6.4-Empresas afectadas segundo a dimensão e pela situação de pagamento de impostos e taxas (%)
26 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
7. Principais constrimentos das empresas afectadas
Na pergunta sobre os constrangimentos, os empresários tinham opção de dizer sim ou não a cada uma
das alternativas de respostas propostas pelo questionário do inquérito. Os resultados do inquérito
apuraram que a maioria dos agentes económicos afecatados declarou a baixa procura de bens e serviços
(75.5%), dificuldades de tesouraria (47.8%), dificuldades de compras ou vendas no estrangeiro (43.9%)
e falta de matéria-prima ou mercadoria (39.8%) como principais constrangimentos enfrentado durante os
meses de Abril a Junho (G7.1).
Segundo a localização geográfica (Q7.1), os resultados revelam que a baixa procura afectou quase todas
as empresas nas províncias de Inhambane (87.5%), Tete (87.2%) e Gaza (85.0% enquanto que as
dificuldades de tesouraria se fizeram sentir mais nas províncias de Inhambane (68.8%), Maputo (64.1%)
27 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
e Cabo Delgado (62.4%). A Província que enfrentou maior redução de pessoal ao serviço foi Cabo Delgado
(42.1%) e a que mais problemas relacionados com falta de matéria-prima teve, foi Niassa (64.1%).
Falta de
Redução de Baixa Importação Acesso ao Dificuldades
matéria-
Província pessoas ao procura/en / crédito de
prima/
serviço comenda exportação bancário tesouraria
Mercadorias
Niassa 23,6 64,1 83,3 54,8 32,3 38,6
Cabo Delgado 42,1 39,8 81,6 25,8 20,6 62,4
Nampula 17,3 30,7 69,7 49,5 14,5 29,6
Zambézia 30,9 33,8 68,5 29,1 18,5 23,4
Tete 27,4 35,6 87,2 46,3 26,2 57,6
Manica 22,9 35,9 77,4 41 15,7 46
Sofala 26,1 30,3 66,2 40,4 17,2 42,7
Inhambane 29,9 55,6 87,9 34,5 17,5 68,8
Gaza 11,9 18,6 85 25,2 0,3 19,7
Maputo 18,9 49 75,2 54,7 15,1 64,1
Cidade de Maputo 39,3 42,5 72,9 48,3 20,5 49,1
Moçambique 28,1 39,8 75,5 43,9 17,6 47,8
Por sector, os resultados do inquérito apontam empresas dedicadas às Actividades Imobiliárias (95.4%),
Actividades financeiras e de seguros (93.2%) e Alojamento, Restauração e similares (92.3%) como as que
mais enfrentaram a baixa procura de bens e serviço como principal obstáculo (Q7.2).
28 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q7.2-Empresas afectadas segundo actividade e constrangimentos
Falta
Baixa procura Importação Dificuldades
Redução matéria-
de / de
Actividade económica pessoal prima/
bens/serviços exportação tesouraria
Mercadorias
%
Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e P. 17,2 43,8 66,7 40,8 45,2
Indústrias Extractivas 14,5 29,4 73,8 51,9 53,3
Indústrias Transformadoras 17,3 48,7 68,9 49,3 41,9
Electricidade, Gás, Vapor de àgua quente e Fria… 19,1 61,7 97,9 68,1 23,4
No que se refere à dimensão, as pequenas (76.4%) e as médias empresas (69.7%) foram as que tiveram
maior baixa procura de bens ou serviços (Q7.3). As grandes empresas tiveram mais dificuldades de
importação/exportação provavelmente devido ao encerramento das fronteiras e transportes aéreos.
Acesso
Falta
Redução Baixa Importação ao
matéria- Tesourari
Dimensão da de procura/encomend / crédito Outros
prima/ a
empresa pessoal a de bens/serviços exportação bancári
Mercadoria
o
%
Pequena empresa 27,9 40,8 76,4 43,8 17,7 47,6 5,8
Média empresa 29,7 33,8 69,7 45 17,3 49,5 8,1
Grande empresa 34,8 32,5 67,3 50 12,4 41,8 3,1
Total 28,1 39,8 75,5 43,9 17,6 47,8 6,1
29 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
8. Expectativas dos empresários afectados pela COVID-19
A avaliação do impacto da covid-19 sobre as expectativas nos agentes económicos foi realizada de forma
qualitativa através de 4 perguntas, sobre número de trabalhadores, procura de bens ou serviços, volume
de negócios e os preços de bens ou serviços para os próximos meses. Os resultados do inquérito indicam
que a maior parte de empresas espera manter o emprego e os preços com 70,4% e 69,3%
respectivamente (G8.1). A procura e o volume de negócios são indicadores esperados a reduzir para 39.6%
e 41,3% de empresas, respectivamente (G8.1).
50 000 80,0
45 000
70,4 69,3 70,0
40 000
60,0
35 000
50,0
30 000
20 000 32,4
30,3 30,0
28,4 27,9
15 000 23,0
20,0
10 000 15,0 15,7
10,0
5 000
6,6
0 0,0
manter
manter
manter
manter
aumentar
aumentar
aumentar
aumentar
diminuir
diminuir
diminuir
diminuir
Pessoal ao Serviço Volume de Negócios Procura de bens e serviços Preço de bens ou Serviços
Nº %
30 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
8.1 Expectativas de emprego
As expectativas sobre as pessoas ao serviço por Província, de acordo com os resultados do inquérito,
apontam que Niassa, Tete e Cidade de Maputo são as províncias que apresentam mais empresas que
esperam manter o emprego com 87,2%, 86,6% e 81,9% respectivamente (Q8.1.1). Em contrapartida, as
províncias de Nampula com 55,3% e Inhambane com 49,7% das empresas esperam diminuir
trabalhadores.
Emprego
Província Aumentar Manter Diminuir
Niassa 8,3 87,2 4,5
Cabo Delgado 9,9 70,6 19,6
Nampula 3,4 41,3 55,3
Zambézia 1,9 60,1 38
Tete 6,2 86,6 7,2
Manica 3,7 67,9 28,3
Sofala 7,3 69,3 23,4
Inhambane 10,8 39,5 49,7
Gaza 6,4 74,2 19,4
Maputo 8,6 79,7 11,7
Cidade de Maputo 6,7 81,9 11,4
Moçambique 6,6 70,4 23
31 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q8.1.2-Empresas afectadas segundo actividade e por suas expectativas de emprego (%)
Emprego
Actividade económica
Aumentar Manter Diminuir
Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas 5,0 68,1 26,8
Indústrias Extractivas 3,1 87,2 9,7
Indústrias Transformadoras 8,4 63,8 27,8
Electricidade, Gás, Vapor de àgua quente e Fria e Ar Frio 0,3 20,9 78,8
Captação, Tratamento e distribuição de água, Saneamento, Gestão de resíduos e despoluição 24,5 67,2 8,3
Construção 22,6 47,6 29,8
Comércio por grosso e a retalho; Reparação de Veículos Automóveis e Motociclos 3,9 75,6 20,5
Transportes e Armazenagem 5,4 76,4 18,2
Alojamento, Restauração e similares 9,6 56,5 33,9
Actividades de informação e comunicação 3,1 45,6 51,4
Actividades financeiras e de seguros 15,9 79,1 5,0
Actividades Imobiliárias 0,0 92,3 7,7
Actividades de Consultoria, cientifica, tecnica e similares 5,8 78,0 16,1
Actividades administrativas e de serviços de apoio 10,4 67,0 22,6
Actividades de Educação 19,1 57,6 23,3
Actividades de saude humana e acção social 20,8 54,5 24,7
Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas 6,5 73,4 20,1
Outras actividades de serviços 5,4 90,1 4,5
Moçambique Total 6,6 70,4 23,0
Por dimensão, tanto a maioria das pequenas como das médias e grandes empresas esperam manter o
seu pessoal ao serviço (Q8.1.3).
Emprego
Dimensão
Aumentar Manter Diminuir
Pequena empresa 6,6 70,4 23,0
Média empresa 8,6 69,5 21,9
Grande empresa 14,5 60,3 25,1
Moçambique Total 6,6 70,4 23,0
32 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
8.2 Expectativas da procura
Analisando as expectativas da Procura de Bens ou Serviços por Província, os resultados apontam que
Nampula, Inhambane e Zambézia são as províncias que apresentam mais empresas que esperam
diminuição da procura com 62,1%, 57,3% e 55,2% respectivamente (Q8.2.1).
Segundo o sector, as empresas dedicadas à Electricidade, Gás, Vapor de àgua quente e Fria e Ar Frio com
78,8%, das Actividades de informação e comunicação com 58,2% e do sector de Alojamento, Restauração
e similares com 52,4% esperam, em maior número, ocorrer uma redução na procura de bens ou Serviços.
Em contra partida, nas empresas dedicadas às outras Actividades de serviços com 47,7% das afecatadas
esperam que a procura aumente nos próximos meses (Q8.2.2).
33 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q8.2.2-Empresas afectadas por secção, segundo suas expectativas da procura (%)
Por dimensão, aproximadamente 40% das pequenas empresas afirmam que a procura vai diminuir nos
próximos meses, face as grandes (45.3%) e médias empresas (39%) que esperam manutenção dos níveis
da procura (Q8.2.3).
34 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
8.3 Expectativas dos preços
No que se refere aos Preços de Bens ou Serviços, a maioria de empresas localizadas nas províncias de
Niassa (94.3%) e Zambézia (92%) esperam a manutenção, contrariarmente a Nampula com 52.9% das
empresas que esperam diminuir e Inhambane 46,9% espera aumentar os preços nos próximos meses
(Q8.3.1).
Q8.3.1-Empresas afectadas segundo a localização e por suas expectativas dos preços (%)
35 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Segundo o sector de actividade, os resultados do inquérito constatam que os empresários ligados às
Outras actividades de serviços com 93,8%, Actividades de saúde humana e acção social com 93% e
Transportes e Armazenagem com 86,7%, são as que apresentam mais empresas que esperam manter
os preços de bens ou Serviços. Em contra partida nas actividades de Electricidade, Gás, Vapor de àgua
quente e Fria e Ar Frio (78,7%), os empresários esperam que os preços aumentem (Q8.3.2).
Por dimensão da empresa, tanto a maioria das pequenas, médias e grandes empresas esperam manter
os preços nos próximos meses (Q8.3.3).
36 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
8.4 Expectativas do volume de negócios
No que se refere às expectativas do volume de negócios por Província, os resultados do inquérito ressaltam
que em Nampula, Inhambane e Zambézia houve mais empresas que esperam baixa de facturação nos
próximos meses com 67,2%, 62,0% e 53,2% respectivamente (Q8.4.1) face às províncias de Tete, com
70,1% e Niassa com 42,9%, que esperam aumentar o seu volume de negócios.
Q8.4.1-Empresas afectadas segundo a localização e por suas expectativas do volume de negócios (%)
Volume de Negócios
Província
Aumentar Manter Diminuir
Niassa 42,9 29,4 27,7
Cabo Delgado 21,0 48,9 30,0
Nampula 18,0 14,9 67,2
Zambézia 5,8 40,9 53,2
Tete 70,1 15,5 14,4
Manica 6,2 55,5 38,3
Sofala 26,7 36,1 37,2
Inhambane 24,2 13,8 62,0
Gaza 27,6 27,3 45,1
Maputo Província 31,7 27,0 41,3
Maputo Cidade 31,5 34,8 33,7
Moçambique 28,4 30,3 41,3
Segundo o sector de actividade, a maioria de empresas dedicadas à Electricidade, Gás, Vapor de àgua
quente e Fria e Ar Frio (79%) e às Actividades de informação e comunicação (58% ) esperam que os
preços diminuam nos próximos meses (Q8.4.2).
37 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Q8.4.2-Empresas afectadas segundo actividade e por suas expectativas do volume de negócios (%)
Volume de Negócios
Actividade económica
Aumentar Manter Diminuir
Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas 18,3 50,5 31,2
Indústrias Extractivas 8,3 56,1 35,5
Indústrias Transformadoras 15,8 27,0 57,1
Electricidade, Gás, Vapor de àgua quente e Fria e Ar Frio 18,9 1,8 79,3
Captação, Tratamento e distribuição de água, Saneamento, Gestão de resíduos
e despoluição 32,3 34,5 33,2
Construção 37,7 21,2 41,1
Comércio por grosso e a retalho; Reparação de Veículos Automóveis e
Motociclos 25,8 31,8 42,4
Transportes e Armazenagem 40,4 21,6 38,0
Alojamento, Restauração e similares 32,7 17,7 49,6
Actividades de informação e comunicação 16,8 25,2 58,0
Actividades financeiras e de seguros 38,5 40,2 21,3
Actividades Imobiliárias 33,8 47,9 18,3
Actividades de Consultoria, cientifica, tecnica e similares 42,0 28,5 29,5
Actividades administrativas e de serviços de apoio 32,1 19,9 48,1
Actividades de Educação 21,0 29,4 49,6
Actividades de saude humana e acção social 48,3 17,6 34,0
Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas 20,7 50,8 28,5
Outras actividades de serviços 33,8 53,3 12,8
Total 28,4 30,3 41,3
Por dimensão da empresa, 41,3% das pequenas empresas afirmam que o volume de negócios vai diminuir
numa situação em que 39,1% das grandes e 39,0% das médias empresas esperam manter (Q8.4.3).
Volume de Negócios
Dimensão
Aumentar Manter Diminuir
Pequena empresa 28,4 30,3 41,3
Média empresa 26,7 39,0 34,3
Grande empresa 25,7 39,1 35,2
Total 28,4 30,3 41,3
38 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
9. ANEXOS
População alvo
A população base deste inquérito correspondeu às entidades legais, designadamente, empresas. Não
foram abrangidas os seguintes ramos de actividade:
Para o desenho da amotra teve-se como base o Ficheiro de Unidades Estatísticas (FUE) do INE que para
o ano 2020 regista 90 505 empresas. Atendendo que este inquérito foi realizado tendo uma componente
comparativa entre o primeiro semestre de 2019 e o primeiro de 2020, a base amostral foi fixada em
89 385 empresas, correspondentes ao número de empresas que estiveram activas em 1 de Janeiro de
2019 e continuaram, sem interrupção, até 31 de Março de 2020.
A abordagem técnica utilizada para este inquérito foi de uma amostra exaustiva (para as grandes empresas
dentro dos ramos de actividade) e probabilística (para as restantes), com desenho amostral a partir do
FUE. A dimensão da amostra e sua repartição foi calculada de forma a garantir que o intervalo de confiança
seja de 95% para a variável trabalhadores, como estimador, com erro amostral de 5%.
Para este inquérito considera-se Empresa afectada pela Covid-19 toda a empresa que face a esta
situação da pandemia tenha aplicado alguma modalidade de trabalho para os seus trabalhadores (redução
de horas, rotatividade, teletrabalho, suspensão, entre outra) assim como toda a empresa que tenha
reduzido a sua facturação como resultado de baixa procura de bens ou serviços e outras dificuldades que
as empresas sentiram desde a declaração do primeiro Estado de Emergência.
Cobertura geográfica
39 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Recolha, Tratamento e Análise de dados
A recolha e entrada de dados foi feita por técnicos do INE, ao nível central e das províncias, junto às
empresas, através de entrevistas directas aos gestores/proprietários ou seus representantes, numa
espécie de campanha porta a porta, segundo a amostra. Como medida de prevenção à propogação da
Covid-19, pontenciamos, também a recolha via telefone, bem como o envio do questionário via email. A
recomendação observada é que fosse entrevistada uma pessoa com capacidade de decisão ao nível de
cada empresa.
Na recolha de dados foram utilizados questionários em papel que, depois de criticados, foram digitados,
ainda nas províncias, num aplicativo informático concebido para o efeito, com algumas regras de validação
já incorporadas. Para além de entrevistas junto as empresas também foram feitas entrevistas via telefone
e envio de questionários por email.
Actividade económica principal: actividade que representa a maior importância no conjunto das
actividades exercidas por uma unidade de observação estatística. Na impossibilidade da determinação do
maior volume de vendas das actividades exercidas. Considera-se como principal a actividade que ocupa,
com carácter de permanência, o maior número de pessoal ao serviço.
A base de classificação da actividade económica utilizada nesta publicação foi a CAE rev2.
40 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Empresa: entidade (correspondendo a uma única unidade jurídica ou ao mais pequeno agrupamento de
unidades jurídicas ou institucionais) dotada de autonomia de organização e de decisão dos recursos às
suas actividades de produção, exercendo uma ou várias actividades num ou vários locais.
Empresário em nome individual: formada por uma pessoa física que se designa empresário, que
atribui o seu nome à firma constituída ficando como único responsável pela empresa.
Empresa estatal: entidade jurídica que constitui integralmente propriedade do Estado. Geralmente, é
resultado do processo de conversão de uma empresa privada em património do Estado.
Forma jurídica: Conceito que caracteriza o modelo de funcionamento da organização, ou seja, a forma
como uma pessoa jurídica se apresenta perante a sociedade. Subdivide-se em:
Grande empresa – toda empresa com 100 ou mais pessoas ao serviço ou com volume de negócios igual
ou superior a 29.700.000,00 Mt.
Instituições Sem Fins Lucrativos: entidades jurídicas ou sociais criadas para produzir bens ou serviços
cujo estatuto não lhes permite ser uma fonte de rendimento, lucro ou outros ganhos financeiros para as
unidades que as estabelecem. controlam ou financiam.
Média Empresa: toda empresa com 50 a 99 pessoas ao serviço ou com volume de negócios entre
14.700.000,00 Mt e 29.700.000,00 Mt.
Pequena empresa: toda aquela empresa com menos de 50 pessoas ao serviço ou com volume de
negócios anual até 14.700.000,00 Mt.
41 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas
Pessoas ao serviço: número de pessoas que, no período em referência, participaram efectivamente na
actividade da empresa, independentemente do vínculo que tenham.
Receitas: recursos financeiros recebidos provenientes de de outras pessoas de direito público ou privado,
quando destinados a atender a despesas de manutenção e funcionamento (compreende as receitas fiscais,
não fiscais, as consignadas e as de donativos).
Sociedade: conjunto de indivíduos (regulado por legislação comercial em vigor) que se juntam para
realizar uma actividade mercantil. As sociedades empresariais distinguem-se por:
Sociedade por quotas: É a que pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo como único
accionista ou quotista, respectivamente, sociedade moçambicana. A sociedade por quotas poderá adoptar
como nome empresarial uma firma-nome ou uma firma – denominação, que deverá ser seguida da palavra
“Limitada” ou da forma abreviada “Lda” e “unipessoal”.
Sociedade anónima: É a sociedade que se caracteriza pela divisão do capital em acções, pela
responsabilidade social face a terceiros e pela responsabilidade dos accionistas perante a sociedade,
limitada ao capital subscrito.
Volume de Negócios: valor total da facturação (com exclusão do IVA) realizada pela unidade estatística
de observação (estabelecimento ou unidade local) durante o período de referência, correspondente à
venda de mercadorias, produtos acabados e intermédios, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e
à prestação de serviços a terceiros.
42 Instituto Nacional de Estatística - Resultados do inquérito sobre o Impacto da COVID-19 nas empresas