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Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região - 1º Grau

Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região - 1º Grau

O documento a seguir foi juntado aos autos do processo de número 0000492-33.2020.5.05.0161


em 19/04/2021 19:48:11 - b9146d3 e assinado eletronicamente por:
- CARLOS ALBERTO PEREIRA VITORIO FILHO

Consulte este documento em:


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Documento assinado pelo Shodo
usando o código:21041919390787500000057525754
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO
TRABALHO DE SANTO AMARO - BA

Processo nº 0000408-32.2020.5.05.0161
32.2020.5.05.0161

JR FILHO CONSTRUTORAEIRELI - EPP, pessoa jurídica de direito privado,


constituída nos termos da legislação civil, cujos atos constitutivos foram
arquivados na Junta Comercial do Estado de Pernambuco - JUCEPE, inscrita no
CNPJ sob o nº 15.279.608/0001
15.279.608/0001-74,
74, com sede na Rua Itaporanga, n° 458, Sala nº
5, no bairro
airro de San Martin, Recife - Pernambuco, CEP nº 50761-020,
50761 vem por
seus advogados ao final assinados (Doc. 01 - Procuração), constituídos nos
termos do instrumento procuratório em anexo
anexo,, à presença de Vossa Excelência
apresentar CONTESTAÇÃO
CONTESTAÇÃOà reclamatória trabalhista interposta porROQUE
por
FRAGAS, já qualificado nos autos do processo, pelos fatos e
DAS CHAGAS FRAGAS
fundamentos a seguir expostos.

I. DOS FATOS

Aduz o Reclamante na exordial que foi admitido em 18.05.20, para


exercer a função de vigia, recebendo a remuneração de R$ 1.079,55 (um mil e
setenta e nove reais e cinquenta e cinco centavos), sem ter ocorrido o registro do
contrato de trabalho na CTPS
CTPS, sendo demitido em 19.10.20 e que não recebeu as
supostas verbas rescisórias
rescisórias.

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Recife – PE | CEP 51021-310
laila.barrosaraujo@gmail.com – c.vitoriofilho@gmail.com

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O Reclamante aleg
alega que laborava,
aborava, em média, das 07:00 às 19:00
horas, laborando 01 (um) dia e folgando nos 02 (dois) dias subsequentes e assim
sucessivamente e que não desfrutava do intervalo intrajornada
intrajornadafundamentando
fundamentando
que fazia a sua refeição na portaria do canteiro de obra
obras.

Afirma ainda o reclamante que deve ser reconhecida a aplicabilidade


das normas coletivas do SINTEPAV à suposta relação de emprego. Além disso,
alega ainda que o reclamante recebia salário inferior ao estebelecido pela
SINTEPAV, bem como alega que não eera
ra fornecido ao reclamante o direito de
café da manhã e cesta básic
básica, conforme as normas coletivas.

Requereu o reclamante a aplicação da


a multa normativa estabelecida
pela SINTEPAV, por supostamente descumprir cláusulas da norma coletiva.

Além disso, o reclamante requereu o pagamento do FGTS e da multa


de 40%, do aviso prévio, das férias, do 13º salário proporcional, das parcelas
rescisórias, com acréscimo de 50%, bem como a reparação de danos morais e
patrimoniais referente ao registro na CTPS.

Ademais, quanto aos pleitos autorais, todos serão devidamente


impugnados especificamente, motivo pelo qual requer sejam afastadas as
alegações fáticas do obreiro, visto que este não se desincumbiu do seu ônus
probatório, nos termos do art. 818, I da CLT.

II. DO MÉRITO DA CONTESTAÇÃO


CONTESTAÇÃO.

A Reclamada impugna todos os fatos articulados na inicial,


esperando a improcedência da reclamação proposta, pelos seguintes motivos.

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II.1. DO INEXISTÊNCIA DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
EMPREGATÍCIO.
VERBAS RESCISÓRIAS.

Ao analisar o disposto em petição inicial, permite verificar que o


reclamante postula direitos aos quais não faz jus, haja vista inexistir qualquer
liame empregatício entre o profissional e o reclamado.

Consoante abalizado pela doutrina e legislação, a co


configuração do
vínculo de emprego pressupõe o preenchimento de determinados requisitos de
maneira cumulativa, o que faz concluir que o perecimento de qualquer um
deles compromete a pretensão de reconhecimento.

Para que seja reconhecida a relação empregatíc


empregatícia,
ia, necessário que
estejam presentes, na relação jurídica em análise, os seguintes requisitos:
subordinação, pessoalidade, onerosidade e não eventualidade.

Nesse sentido, merece destaque o que preceitua a jurisprudência


sobre o tema:

VÍNCULO EMPREGATÍCIO. Para a configuração da


relação de emprego, os elementos fático
fático-jurídicos
jurídicos do art.
3º, da CLT (pessoa física, pessoalidade, subordinação,
onerosidade, não eventualidade) devem estar presentes de
maneira concomitante, sob pena de inexistência de vínculo
empr
empregatício.
egatício. Recurso a que se nega provimento. (TRT-1
(TRT -
RO: 01002606220195010262 RJ, Relator: ROBERTO
NORRIS, Data de Julgamento: 28/01/2020, Quarta Turma,
Data de Publicação: 06/02/2020)

VÍNCULO EMPREGATÍCIO. INEXISTÊNCIA. A relação


de emprego exige a presen
presença
ça concomitante dos seguintes
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elementos: não eventualidade, pessoalidade, subordinação
e onerosidade. Caso em que a parte autora não
comprovou a presença de tais elementos, de forma
concomitante, de modo que a relação empregatícia não
restou evidenciada. ((TRT-4 - ROT: 00213697620175040403,
Data de Julgamento: 17/09/2020, 1ª Turma).

VÍNCULO EMPREGATÍCIO. NÃO CONFIGURAÇÃO.


AUSÊNCIA DOS ELEMENTOS CARACTERIZADORES.
Para a caracterização da relação de emprego é necessário
que estejam presentes todos os requisito
requisitoss do art. 3º da
CLT: pessoalidade, não eventualidade, subordinação e
onerosidade, bastando, todavia, a ausência de qualquer
um desses requisitos para que seja afastado o
reconhecimento de relação empregatícia. A inexistência de
subordinação, a eventualidad
eventualidadee do trabalho prestado e a
ausência de pessoalidade da prestação dos serviços
demonstram a ausência de vínculo empregatício entre as
partes. Recurso ordinário do reclamante a que se nega
provimento. (TRT
(TRT-2
2 10007516020185020065 SP, Relator:
PAULO EDUARDO VI
VIEIRA
EIRA DE OLIVEIRA, 3ª Turma -
Cadeira 3, Data de Publicação: 10/12/2019).

Ademais, a relação existente entre as parte


partes é relação de trabalho
decorrente do contrato de prestação de serviços (Doc. 02 – Contrato de
portanto não há o que se falar em vínculo empregaticio
Prestação de serviços),portanto
existente, tendo em vista que o reclamante realizou serviços através de um
contrato de prestação de serviços.

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No presente caso, o Reclamante quando foi contratado, posicionou o
seu interesse em ser um prestador de serviços por não se adequar aos
regramentos obrigatórios do vínculo empregatício, principalmente no que tange
a não eventualidade,
ntualidade, pessoalidade e subordinação.

Em relação a não eventualidade, apesar de ter assinado um contrato


onde firmava o compromisso de fornecer os seus serviços numa escala de
12x36, o Reclamante laborava 2x por semana, revesando sua escala com seu
filho e mais outros 022 funcionários da empresa
empresa,, onde esses eram funcionários
da Reclamada,, diferentemente do Reclamante
Reclamante.. Ora Excelência, importante
mencionar que o Reclamante era quem informav
informavaa o dia que estaria na escala,
por diversas vezes apenas informava que no dia destinado ao seu
comparecimento mandaria se
seuu filho em seu lugar, quebrando o requisito da
pessoalidade e da não eventualidade.

Quanto à subordinação, o Reclamante não possuia superiores


hierárquicos, apenas reportava as questões de ssua
ua prestação de serviço aos
engenheiros responsáveis pelo canteiro de obras, inexistindo qualquer controle
de seus serviços. O Reclamante não era obrigado a seguir nenhuma ordem dos
engenheiros da empresa, apenas fazer cumprir as cláusulas do pacto da
prestação
tação de serviços existente entre as partes, de modo que nunca foi exigido
nenhum tipo de subordinação, nem nunca foi dada ordem ou penalização ao
Reclamante
te por qualquer motivo que sseja,
eja, diferentemente dos reais
funcionários da empresa que possuiam controle de jornada, averiguação dos
serviços e subordinação aos engenheiros da empresa.

Por fim, em rápida consulta ao sistema eletrônico disponível pelo


Governo Federal para verificação do recebimento de Auxílio Emergencial, o
Reclamante se encontra inscrito recebendo os valores desde a data de
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23/04/2020, o que
ue se coaduna com sua vontade em não ser vinculado a
empresa Reclamada, agindo de extrema má
má-fé,
fé, uma vez que recebia seu
pagamento pelos serviços prestados a esta Reclamada, a qual não é conivente
com o posicionamento do Reclamante
Reclamante,, que recebeu os valores de forma
indevida, já que possuia renda ativa no co
contraro
ntraro de prestação de serviços.
serviços
(Extrato da Consulta em anexo).

Conforme dito acima, a Reclamada agi


agiuu nos moldes determinados
pela Legislação
egislação em relação a contratação da p
prestação
restação de serviços do
Reclamante, inexistindo a pessoalidade, subordinação, e não eventualid
eventualidade na
relação entre as partes, sendo ludibriada pela parte autora que tinha o objetivo
de obter vantagem
ntagem indevida com uma lide temerária, além de recebimento de
valores destinados verdadeiramente aos desamparados pela pandemia.

Diante de todo o exposto, evidente o descabimento do pedido de


reconhecimento de vínculo, devendo o mesmo ser julgado improcedente, bem
como deve ser julgado improcedes os pedidos de verbas rescisórias, quais
sejam: saldo de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, férias e 1/3
constitucional, FGTS e 40% de multa.

Além das verbas resci


rescisórias,
sórias, devem ser julgados improcedentes os
pleitos de anotação da CTPS, diferença salarial decorrente dopiso salarial,
aplicação da SINTEPAV e as demais verbas rescisórias pleiteadas na peça
inicial.

No caso em tela, verifica


verifica-se
se que o reclamante não preenche
preen as
condições estabelecidas por lei, logo, os pleitos formulados diferem da
realidade fática, razão pela qual seus pedidos devem ser julgados
improcedentes.

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II.2. DO INTERVALO INTRAJORNADA
INTRAJORNADA.

O Reclamante afirma que não desfrutava de intervalo intrajornada,


haja visto que fazia a sua refeição no seu local de labor, qual seja na portaria do
canteiro de obras.

Diante disso,, importante mencionar queo ônus da prova quanto à


concessão irregular do intervalo intrajornada incumbe ao autor,
autor uma vez que
fato constitutivo de seu direito, nos termos do que dispõem os artigos 818, CLT
CLT.

Nesse diapasão, a jurisprudência é unânime:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECU


RECURSO
RSO DE REVISTA -
DESCABIMENTO. TRABALHO EXTERNO.
POSSIBILIDADE DE CONTROLE DO INÍCIO E DO
TÉRMINO DA JORNADA. INTERVALO
INTRAJORNADA. ÔNUS DA PROVA. Entende esta
Corte que, no tocante à hipótese de trabalhador que
desempenha labor externo, com a possibilid
possibilidade do
controle apenas no início e no término da jornada de
trabalho, o ônus da prova quanto ao intervalo intrajornada
pertence ao empregado, caso em que resta afastada a
presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho
descrita na petição inicial, prevista na Súmula 338, I, do
TST. Precedentes. Agravo de instrumento conhecido e
desprovido.(TST - AIRR: 10000246720165020002, Relator:
Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de

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Julgamento: 06/05/2020, 3ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 08/05/2020
08/05/2020).

INTERVALO INTRAJORNADA. ÔNUS DE PROVA. O


ônus da prova quanto à concessão irregular do intervalo
intrajornada incumbe à autora, uma vez que fato
constitutivo de seu direito, nos termos do que dispõem os
artigos 818, CLT e 373, I do CPC.(TRT
CPC.(TRT-2
1000969872
10009698720195020054
0195020054 SP, Relator: ROSANA DE
ALMEIDA BUONO, 3ª Turma - Cadeira 5, Data de
Publicação: 02/03/2021)
02/03/2021).

Ressalta-se
se ainda a inexistência de vínculo empregatício entre as
partes, portanto, não há o que se falar em conc
concessão
essão de intervalo intrajornada,
inclusive o Reclamante não possuia nenhuma subordinação ou controle de sua
jornada por parte da empresa, não p
possuia
ossuia nenhum superior hierárquico, além
de na verdade real dos fatos comparecer 2x por semana para prestar seus
serviços.

Ademais,
ais, não há nos autos qualquer prova pré
pré-constituída
constituída que
favoreça a Reclamante em suas pretensões à jornada de trabalho. Portanto, o
pleito de hora extra referente ao intervalo intrajornada é indevido.

II.3.. DA INAPLICABILIDADE DA CONVENÇÃO COLETIVA.

Conforme relatada a verdade dos fatos, o reclamante não possui


vínculo empregatício com a reclamada, uma vez que foi contratado através de

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contrato de prestação de serviço, de acordo com os documentos juntados neste
ato.

Ainda que o juízo entenda pela exi


existência
stência de vínculo empregatício,
não deve ser aplicada as normas coletivas do SINTEPAV, e sim do
SINTRACOM, pelos fundamentos a seguir expostos.

O Reclamante alega que deve ser reconhecida a aplicabilidade das


normas coletivas do SINTEPAV, e que se assim não entender o Juízo, seja
alternativamente reconhecida a aplicação das normas coletivas do sindicato da
construção civil.

Constata-se
se que o contrato celebrado, por meio de licitação, entre a
CHESF e a empresa JR FILHO CONSTRUTORA EIRELLI, foi para execuçã
execução de
serviços construção remanescente da recapacitação e revitalização da linha de
transmissão LT em Governador Mangabeira.

Sendo assim, em decorrência do contrato celebrado com a CHESF, a


execução dos serviços está para o Município de Governador Mangabei
Mangabeira, e
diante disso, eram aplicados nos contratos dos funcionários contratados a
convenção coletiva SINTRACOM, conforme abrangência territorial da norma
coletiva (Doc 03 – CCT. SINTRACOM).

Importante ressaltar ainda que para o enquadramento sindical deve


serr observada a atividade preponderante do empregador. Nesse diapasão, em
razão da atividade preponderante do empregador, deve ser aplicada a norma
coletiva do SINDICATO DA INDÚSTIRA DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO
DA BAHIA - SINTRACOM.

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Portanto, é nítida a compati
compatibilidade
bilidade entre as atividades exercidas
pelo Reclamante, a abrangência territorial da convenção coletiva aplicada ao
contrato do reclamante e as atividades inerentes à categoria.

Nesse sentido, a jurisprência é uníssona:

EMENTA: I - ENQUADRAMENTO SINDICAL. NÃO


APLICAÇÃO DAS CCT's.Para o enquadramento sindical,
há que se observar a atividade preponderante do
empregador, exceto nos casos de categoria profissional
diferenciada (§ 3º do art. 511 da CLT). Em razão da
atividade preponderante do Empregador, não se aplica ao
contrato de trabalho do Autor a CCT juntada com a inicial,
sendo indevido, portanto, o pagamento das diferenças
salariais do piso da categoria, das verbas rescisórias e de
auxílio
auxílio-alimentação pretendidos. II - HONORÁRIOS
SUCUMBENCIAIS. PERCENTUAL
PERCENTUAL.. Considerando os
critérios previstos na legislação e, ainda, os precedentes
deste Colegiado, há se manter o percentual dos honorários
advocatícios fixados na origem. Recurso ordinário do
Reclamante conhecido e desprovido. (TRT
(TRT-10 - RO:
0001370312019510010
000137031201951001033 DF, Data de Julgamento:
27/05/2020, Data de Publicação: 30/05/2020).

Logo, não deve prosperar o pedido de aplicabilidade da norma


coletiva do SINTEPAV, visto que não existe vínculo empregatício entre as
partes, por isso, não deve prosperar os pleitos de diferença salarial, cesta básica,
café da manhã e multa normativa.

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Além disso, ainda que entenda pelo vínculo empregat
empregatício, não deve
ser aplicada as normas coletivas do SINTEPAV, e sim do SINTRACOM,
portanto, não são devidos os pleitos de diferenças salar
salariais,
iais, do fornecimento de
café da manhã e cesta básica e da multa normativa. Restande desde já,
devidamente impugnados os documentos de ID 0b1e336, 295fe63,
295fe63 0c3ce58,
8bf1061.

II.4. DA DIFERENÇA SALARIAL. DAS REFEIÇÕES.

O Reclamante alega que recebia salário inferior ao estabelecido para


a função de ajudante prático pela convenção coletiva anexada por ele. Ademais,
o reclamante ainda afirma a Reclamada não fornec
forneceu
eu as refeições (café da
manhã e cesta básica) devidas na convenção coletiva anexada na inicial.

Conforme relatada a verdade dos fatos, o reclamante não possui


vínculo empregatício com a reclamada, uma vez que foi contratado através de
contrato de prestação de serviço, de acordo com os documentos juntados neste
ato. Logo, não se aplica as normas coletivas apontadas pelo reclamante.

Contudo, ainda que entenda o juízo pela existência do vín


vínculo
empregatício, importante relatar que diferente
iferente do que foi alegado
alegad na inicial, o
Reclamante recebia exatamente os valores previstos pela
pelaSINTRACOM,
sindicato aplicado aos funcionários com vínculo empregatício com a
reclamada(Doc. 03 – Comprovantes
omprovantes de pa
pagamento).

O reclamante recebia o valor de R$ 1.0


1.079, 55 (um mil e e setenta e
nove reais e cinquenta e cinco centavos
centavos),
), logo, conforme indicado na
CLÁUSULA TERCEIRA referente ao piso salarial da convenção coletiva da
categoria aplicada aos funcionários com vínculo empregatício com a reclamada.
reclamada
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Nesse sentido, a jurisprudência entende o que se segue:

CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO


CARACTERIZAÇÃO. No caso, não se evidencia o alegado
cerceamento de defesa suscitado pelo reclamante, porque
a sentença foi proferida com base no conjunto probatório
existente nos autos. DIFERENÇAS SALARIAIS
INDEVIDAS. PISO SALARIAL OBSERVADO PELA
EMPRESA RECLAMADA. No caso, não há como amparar
o pedido de pagamento de diferenças salariais, porquanto
a reclamada sempre observou o piso da categoria da
obreira, estabelecido nas normas coletivas. O contrato de
trabalho mantido com empregador anterior não assegura
continuidade das cláusulas de padrão salarial. No regime
legal a modificação de empresa prestadora de serviços no
posto de trabalh
trabalhoo no qual permaneceu o empregado não
transfere para o novo empregador a continuidade do
contrato individual de trabalho.(TRT
trabalho.(TRT-10 - RO:
00006333420195100004 DF, Data de Julgamento:
17/06/2020, Data de Publicação: 23/06/2020)
23/06/2020).

Portanto, não deve prosperar o pleito do reclamante de diferença


salarial e do fornecimento de café da manhã e da cesta básica, uma vez que não
existe vínculo empregatício entre as partes, e ainda que existisse, a reclamada
está de acordo com as normas col
coletivas do SINTRACOM.

II.5.. DA MULTA NORMATIVA


NORMATIVA.

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O Reclamante alega que a reclamada descumpriu várias cláusulas
estabelecidas pelo SINTEPAV, bem como estabelecidas pela Construção Civil, e
que por essa razão, deve ser condenada ao pagamento de multa estab
estabelecida
Convenção Coletiva 19/20, cláusula 50ª; Aditivo convenção coletiva 19/20,
cláusula 11.

Acontece que a verdade dos fatos é que o reclamante não possui


vínculo empregatício com a reclamada, conforme exaustivamente relatado, uma
vez que foi contratado através de contrato de prestação de serviço, de acordo
com os documentos juntados neste ato. Logo, não se aplica as normas coletivas
apontadas pelo reclamante.

Contudo, ainda que entenda o juízo pela existência do vínculo


empregatício, as normas coletiva
coletivas aplicadas aos funcionários com vínculo
empregatício com a reclamada é a do SINTRACOM, e mesmo não havendo
vínculo empregatício entre o reclamante e a reclamada, constata-se
se que todas as
claúsula da referida convenção coletiva foram cumpridas.

Nesse sentido, entende a jurisprudência pátria:

RECURSO ORDINÁRIO. DIFERENÇAS SALARIAIS.


PISO NORMATIVO. Não prospera a pretensão autoral de
pagamento de piso salarial previsto em Convenção
Coletiva de Trabalho referente à função diversa daquela
para a qual foi contratado, quando sequer há alegação de
desvio funcional. MULTA NORMATIVA. Não restando
comprovado o descumprimento da norma coletiva, não há
falar em incidência da multa normativa. MULTA DO
ART. 467 DA CLT. É indevida a incidência da multa

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prevista no ar
art.
t. 467, da CLT, haja vista que inexistiam
parcelas rescisórias incontroversas a serem quitadas na
primeira assentada.(TRT
assentada.(TRT-1 - RO: 01000193120205010011
RJ, Relator: ALBA VALERIA GUEDES FERNANDES DA
SILVA, Data de Julgamento: 28/08/2020, Décima Turma,
Data d
de Publicação: 17/09/2020).

Portanto, não há o que se falar em multa pelo descumprimento de


cláusulas da convenção conletiva, não devendo prosperar o pleito do
reclamante.

II.6. NA INAPLICABILIDADE DA REPARAÇÃO DE DANOS


MORAIS/PATRIMONIAIS.

O Reclamante requer a condenação ao pagamento de indenização


por danos morais por não efetuar o registro do contrato de trabalho na CTPS do
reclamante. Acontece que o reclamante não possui vínculo empregatício com a
reclamada, uma vez que foi contratado através de cont
contrato
rato de prestação de
serviço, de acordo com os documentos juntados
juntados.

Ressalta-se
se que a reclamada não agiu de nenhuma forma na
ilicitudade e nem atingiu o íntimo do autor, assim não há o que se falar em
danos morais, pois não havia vínculo empregatício
empregatício,, portanto, não existe razão
para anotação da CTPS.

Como amplamente demonstrado o vínculo fático


fático-jurídico
jurídico existente
entre as partes não guarda qualquer carcterística própria das relações de
emprego, razão pela qual o pedido de indenização por dano moral pleiteado
p
não se sustenta.
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Ademais, não constra nos autos comprovação de qualquer pratica
danosa por parte da reclamada, mormente pelo fato de que nunca houve
relação de emprego entre as partes, e consequentemente, inexiste a obrigação de
anotação da CTPS.

A inexistência de ato/omissão danosa por parte da reclamada já


comprova a inocorrência de dano. Entretanto, ainda que assim não se considere,
o reclamante não trouxe aos autos qualquer comprovação de mácula moral que
alega ter sofrido pela ausência de ano
anotação de sua CTPS.

Assim sendo, pugna a reclamada pelo indeferimento do pleito em


questão, por ausência de causa de pedir, haja vista a inexistência de vínculo
empregatício entre as partes.

II.7. DA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA


E SUBSIDIÁRIA.

O Reclamante no tópico de pedidos elenca o pleito de que seja


condenada a 2ª Reclamada na qualidade de responsável solidária, nos pedidos
formulados na Reclamação.

Primeiramente, há que se observar que a responsabilidade solidária


está prevista
ta no parágrafo 2º do art. 2º da CLT:

Art. 2º - Considera-se
se empregador a empresa, individual
ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal
de serviço.

§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo,


te embora,
cada uma delas, personalidade jurídica própria,

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estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações
decorrentes da relação de emprego.

Ora, conforme o dispositivo destacado, a hipótese de condenação


solidária entre as empresas depende necessariamente que elas estejam sob
soba
direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico
econômico..

Logo, verifica
verifica-se
se que a 2º Reclamada não preenche os requisitos
legais para que reste declarada a responsabilidade solidária. Além desta
Reclamada não preencher os requisitos do dispositivo legal mencionado, há que
se destacar fato relevante para justa solução acerca da responsabilidade
solidária, qual seja, o Reclamante não observou a inteligência do art. 818 da
CLT, bem como o art. 333, I do CPC, ônus que lhe incumbia, pois, fato
constitutivo de seu pretenso di
direito.

Além disso, não havia entre o Reclamante e esta Reclamada qualquer


relação de subordinação, pois não recebia ordem direta dos funcionários. No
caso em questão, conforme restou demonstrado, os requisitos legais da
solidariedade não foram preenchidos e tampouco restou convencionad entre as
partes eventual responsabilidade por créditos trabalhistas de forma solidária,
razão pela qual deve ser rejeito tal pedido.

Constata-se
se ainda que não há o que se falar em condenação
subsidiária, haja vista que, na realidade, ocorreu um contrato de prestação de
serviços, ocorrendo a chamada terceirização de serviços. Além de não haver
qualquer alegação de fraude/nulidade por parte do reclamante, a Reclamada
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esclarece que cumpriu a obrigação legal de acompanhar o cump
cumprimento
integral do contrato anexado nesses autos.

III. DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

Cediço que a CLT prevê a possibilidade de honorários advocatícios


em favor dos advogados de ambas as partes, vejamos:

Art. 791
791-A.
A. Ao advogado, ainda que atue em causa
própria, serão devidos honorários de sucumbência,
fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômi
econômico
obtido ou, não sendo possível mensurá
mensurá-lo,
lo, sobre o valor
atualizado da causa.
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a
Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver
assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido
para o seu serviço
§ 3o Na hipótese d
dee procedência parcial, o juízo arbitrará
honorários de sucumbência recíproca, vedada a
compensação entre os honorários.
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§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que
não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo,
créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em
julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar
que d
deixou
eixou de existir a situação de insuficiência de
recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo
extinguindo-se,
se, passado esse prazo, tais obrigações do
beneficiário.
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na
reconvenção.

Portanto, necessário que sejam aplicados honorários sucumbenciais


em favor deste patrono, devendo estes serem fixados em 15% sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido, ou não sendo
possível mensurá-lo,
lo, sobre o valor atualizado da causa.
Valee salientar ainda que o trabalhador ganhe o benefício da justiça
gratuita, a mesma não é capaz de afastar a incidência dos honorários
sucumbenciais no caso em apreço. Caso a ação seja julgada parcialmente
procedente, o que se admite somente em hipótese de defesa, resta atualmente
previsto a impossibilidade de compensação sucumbencial o que desde já requer
seja aplicado.
Conforme o que dispõe o art. 791
791-A,
A, é cabível honorários
sucumbenciais, de modo que, em havendo improcedência dos pedidos, deverá
o reclamante
nte ser condenado no ônus de sucumbência.
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IV. DO ÍNDICE DE CORREÇÃO
CORREÇÃO. APLICAÇÃO DO IPCA-E
IPCA E SELIC

A Reclamante requereu a aplicação do índice mensal cumulado do


IPCA-E
E do IBGE para quantificação da atualização monetária
monetária. Contudo, insta
mencionar que o SFT decidiu pela incidência do IPCA
IPCA-E antes do ajuizamento
da reclamação trabalhista e, a partir da citação, a incidência da taxa SELIC
(art. 406 do Código Civil), até que sobrevenha entendimento em lei específica,
conforme decisão
ecisão a seguir colacionada:

Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente


procedente a ação, para conferir interpretação conforme à
Constituição ao art. 879, § 7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT, na
redação dada pela Lei 13.467 de 2017, no sentido de
considerar que à atualização dos créditos decorrentes de
condenação judicial e à correção dos depósitos recursais
em contas judiciais na Justiça do Trabalho deverão ser
aplicados, até que sobrevenha solução legislativa, os
mesmos índices de correção mo
monetária
netária e de juros que
vigentes para as condenações cíveis em geral, quais sejam
a incidência do IPCA
IPCA-E na fase pré-judicial
judicial e, a partir da
citação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código
Civil), nos termos do voto do Relator, vencidos os
Ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo
Lewandowski e Marco Aurélio. Por fim, por maioria,
modulou os efeitos da decisão, ao entendimento de que (i)

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são reputados válidos e não ensejarão qualquer
rediscussão (na ação em curso ou em nova demanda,
incluindo ação rescisória) todos os pagamentos realizados
utilizando a TR (IPCA
(IPCA-E
E ou qualquer outro índice), no
tempo e modo oportunos (de forma extrajudicial ou
judicial, inclusive depósitos judiciais) e os juros de mora
de 1% ao mês, assim como devem ser mantidas e
exe
executadas
cutadas as sentenças transitadas em julgado que
expressamente adotaram, na sua fundamentação ou no
dispositivo, a TR (ou o IPCA
IPCA-E)
E) e os juros de mora de 1%
ao mês; (ii) os processos em curso que estejam sobrestados
na fase de conhecimento (independentement
(independentemente de estarem
com ou sem sentença, inclusive na fase recursal) devem
ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e
correção monetária), sob pena de alegação futura de
inexigibilidade de título judicial fundado em interpretação
contrária ao posi
posicionamento
cionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14,
ou art. 535, §§ 5º e 7º, do CPC) e (iii) igualmente, ao
acórdão formalizado pelo Supremo sobre a questão dever
dever-
se-áá aplicar eficácia erga omnes e efeito vinculante, no
sentido de atingir aqueles feitos já transitado
transitados em julgado
desde que sem qualquer manifestação expressa quanto
aos índices de correção monetária e taxa de juros (omissão
expressa ou simples consideração de seguir os critérios
legais), vencidos os Ministros Alexandre de Moraes e
Marco Aurélio, que não modulavam os efeitos da decisão.
Impedido o Ministro Luiz Fux (Presidente). Presidiu o
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julgamento a Ministra Rosa Weber (Vice
(Vice-Presidente).
Plenário, 18.12.2020 (Sessão realizada por
videoconferência - Resolução 672/2020/STF).

Portanto, deve ser aplicado o índice IPCA-E


E na fase pré-judicial
pré e, a
partir da citação, a incidência da taxa SELIC.

V. INAPLICABILIDADE DA MULTA DO ART. 467 e ART. 477 DA


CLT.

O pleito de condenação à multa do art. 477 e art. 467 da CLT não deve
prosperar, uma vez que tal multa somente é imposta no caso de matéria
incontroversa, sendo assim, a Reclamada, através da presente peça, contesta
todos os pedidos do reclamante
reclamante,, trazendo para os autos fundamentos e provas
de que inexiste razão aos pleitos. Portanto, não há possibilidade de tal sanção.
s

Ademais, não existe vínculo empregatício, conforme afirma o


reclamante, não fazendo jus na referida multa do art. 467 e art. 477 da CLT. Pelo
exposto, não deve prosperar o pleito do reclamante.

VI. DOS REQUERIMENTOS.

Por todo o exposto, requer:

a) No mérito, seja julgado improcedente o pedido de reconhecimento de


vínculo empregatício, e os respectivos pedidos de pagamento do aviso
prévio, férias, 13º salário, FGTS, multa de 40% do FGTS, e demais verbas
rescisórias, bem como o pedido de registro do cont
contrato
rato de trabalho na
CTPS;

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b) Seja julgado improcedente o pedido de responsabilidade
solidária/subsidiária da 2ª Reclamada
Reclamada;
c) No mérito, julgado improcedente o pedido de aplicadabilidade das
normas coletivas do SINTEPAV, pela inexistência de vínculo
empregatício;
o; e, alternativamente, caso reconhecido o vínculo
empregatício, seja julgado improcedente o pedido de aplicabilidade das
normas da coletivas do SINTEPAV, uma vez que corretamente aplicada
as normas coletivas do SINTRACOM; em decorrência, julgar
improcedente
te os pedidos de diferença de salário do piso normativo, do
fornecimento de café da manhã e cesta básica da multa normativa, do
pagamento correspondente ao café da manhã e cesta básica e os
respectivos reflexos;
d) Seja julgado improcedente o pedido de pagam
pagamento
ento de reparação
repa de
danos morais/patrimoniais;
e) Seja julgado improcedente o pedido do pagamento do período total
correspondente ao intervalo intrajornada, com acréscimo de, no mínimo
50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho e
conseqüentes
entes diferenças de aviso prévio, repouso semanal remunerado,
FGTS + 40%, férias + 1/3 e 13º salário ou do período suprimido com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento);
f) Seja julgado improcedente o pleito de integração ao salário para todos os
efeitos legais
ais da diferença de repouso semanal remunerado, em razão do
intervalo intrajornada, e, consequentes diferenças de aviso prévio, férias
+ 1/3, 13º salário, e FGTS + 40%;
g) Seja julgado improcedente o pedido de pagamento de multa prevista no
art.477 da CLT e do art. 467 da CLT;

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h) Seja julgado improcedente o pedido de aplicação do índice de
atualização monetária IPCA
IPCA-E,
E, devendo ser aplicada a incidência do
IPCA-E
E na fase pré
pré-judicial
judicial e, a partir da citação, ser aplicada a
incidência da taxa SELIC;
i) Seja julgada improcedente a presente demanda, julgando improcedente
todos os pedidos alegados na inicial e condenando a Reclamante ao
pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais, em valor
a ser atribuído pelo presente juízo, nos termos do art. 791
791-A da Lei
13.467/17;
j) Protestar o alegado por todos os meios em Direito admitidos, em
especial prova documental, testemunhal, pericial, depoimento pessoal e
outras mais que se fizerem necessárias e que desde já ficam requeridas;

Nestes termos,

Pede deferimento.

Recife/PE, 19 de abril de 2021.

LAILA BARROS DE ARAÚJO ATAÍDE


OAB/PE Nº 36.708

CARLOS ALBERTO PEREIRA VITÓRIO FILHO


OAB/PE Nº 44.865
CATARINA NEVES BEZERRA
OAB/PE nº 42.556
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