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PROJETOS EXPRESSO

Aprendizagem ao longo da vida e


requali cação são os desa os do futuro no
trabalho
09.12.2020 às 22h25

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Ana Mendes, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, marcou presença no evento
NUNO FOX

Projetos Expresso. Formação no ensino superior não é, hoje, garantia


emprego e salário razoável. A reconversão de trabalhadores será
essencial para fazer face aos desa os do presente e do futuro. Estas
foram algumas das conclusões do debate “Emprego e inclusão social
contexto de covid-19”, organizado esta tarde pelo PO ISE em parceri
com o Expresso

FRANCISCO DE ALMEIDA FERNANDES

esde 2014, o Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE)


conseguiu apoiar, em articulação com instituições como o IEFP, mais de 900
D
pessoas. “Quer isto dizer que um em cada dez portugueses já foi
apoiado por qualquer medida do PO ISE”, a rma Domingos Lopes,
responsável pelo programa, que defende a manutenção da aposta na
formação, no apoio à criação de emprego e no combate à exclusão so
no próximo quadro comunitário. O PO ISE permitiu, explica, atingir alguns do
objetivos a que se propunha antes do prazo estipulado, em 2023, e contribuir
para a redução do desemprego.

As conquistas conseguidas ao longo dos últimos seis anos não seriam, contud
possíveis sem o nanciamento do Fundo Social Europeu, mas estão hoje em r
pelo cenário económico e social negativo potenciado pela crise pandémica. Pa
ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho
“estes fundos são cada vez mais determinantes no momento em que vivemos
para a “promoção da inclusão, da igualdade de oportunidades, do acesso ao
mercado de trabalho e às quali cações”.

As vitórias do passado e as linhas orientadoras para a utilização do apoio


comunitário foram temas centrais no debate “Emprego e inclusão social em
contexto de covid-19”. A conversa, promovida esta quarta-feira pelo PO ISE e
parceria com o Expresso, juntou à mesa Domingos Lopes (PO ISE), Ana Vieira
(CCP), Ana Coelho (IEFP) e Sandra Ribeiro (CIG), contando com discurso de
encerramento de Ana Mendes Godinho.

Conheça as principais conclusões:

Fundo Social Europeu (FSE) é um instrumento “poderoso”

Através do nanciamento europeu, o PO ISE conseguiu atingir, em dezemb


de 2019, metas de nidas para 2023 – o aumento da taxa de emprego da
população ativa para 75% e a redução, em mais de 500 mil, do número de
pessoas em risco de pobreza.
“O FSE é um instrumento muito poderoso e importante para o IEFP, porqu
políticas ativas do mercado de trabalho são muito dispendiosas”, explica A
Coelho. A vogal do Conselho Executivo lembra o contributo do fundo à
formação pro ssional, que permitiu baixar drasticamente as taxas de
abandono escolar veri cadas nos anos 90.
“O PO ISE tem sido fundamental para o incremento da igualdade de género
para trazer a matéria para a discussão pública”, aponta Sandra Ribeiro,
sublinhando que ainda há um longo caminho a percorrer.

“Retrocesso” potenciado pela pandemia

Ana Vieira, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, assume um


visão “muito pessimista” sobre a evolução da economia na reta nal do an
no primeiro semestre de 2021. “Estimamos que no setor do comércio pode
vir a fechar uma em cada cinco empresas”.
Em outubro, em comparação com o período homólogo de 2019, existiam 10
mil novos desempregados, número que Ana Vieira acredita vir a aumentar
acima das previsões do Governo.
A representante da Comissão de Cidadania e Igualdade de Género consider
que as mulheres têm sido mais afetadas pela crise pandémica do que os
homens, em especial no desemprego e na acumulação de tarefas doméstica
com o teletrabalho. “Seria muito triste que todos os progressos que
conseguimos nos últimos anos tivessem um retrocesso”, lamenta Sandra
Ribeiro.

Formação, reconversão e aprendizagem ao longo da vida

O FSE terá um papel que os especialistas consideram fundamental no apoio


medidas de formação pro ssional e reconversão que podem permitir
minimizar os efeitos nefastos da pandemia no emprego e ajudar à
reintegração de desempregados.
“A estratégia do FSE para o futuro já está de nida: uma Europa mais digita
mais verde e mais inclusiva”, adianta Domingos Lopes, que pede maior
rapidez de adaptação do país às exigências do mercado de trabalho.
Ana Vieira aponta que “ter um curso superior não basta, precisamos de ter
quali cações e apostar muito nas soft skills orientadas para a criatividade
inovação”. A ação nanciada pelo FSE nos próximos anos, defende, deve te
estas questões em conta nos projetos a desenvolver.

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