Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AULA Nº 2 e 3
RESUMO - O Presente texto faz uma abordagem bastante restrita sobre o modo
como o uso de métodos científicos foram evoluindo ao longo do século XVI e XVIII.
Destacamos a ruptura do modo de aquisição do conhecimento na idade média
(revelação) para uma cultura da busca pela verdade (conhecimento científico) por
meio da razão, da observação e através da experiência.
A partir do século XVI surgem três movimentos que iriam mudar toda a cultura
ocidental e o mundo como o conhecemos hoje – o Renascimento humanista, o
protestantismo e a revolução científica. Estas correntes, todas elas em oposição à
visão da realidade imposta pela Igreja.
1 «Ninguém podia negar o bem enorme que a igreja moderna fazia no conturbado mundo actual, no
entanto, essa mesma igreja tinha uma história de falsidade e violência. A brutal cruzada para «reeducar»
as religiões pagãs e os cultos femininos prolongara-se por três séculos, com recurso à métodos tão
inspirados como horríveis. A inquisição católica publicara o livro que podia sem exagero ser considerado
o texto mais ensopado em sangue de toda a história humana. Malleus Maleficarum – ou Martelo das
Bruxas – alertava o mundo para os perigos das mulheres livres-pensadoras e ensinava o clero a descobri-
las, torturá-las e destruí-las. Pertencem ao grupo dos quais a igreja considerava Bruxas todas as eruditas,
as sacerdotisas, ciganas, místicas, as amantes da natureza (...). Também as parteiras eram mortas por
usarem os seus conhecimentos em medicina para aliviar a dor de parto – um sofrimento, afirmava a igreja
que Deus muito justamente impusera as mulheres como castigo para Eva por ter partilhado o fruto do
conhecimento, dando assim origem à ideia do pecado original.» (Brown, 2004. p.154)
2«Ninguém compreendeu melhor do que Da Vinci a estrutura divina do corpo humano. Da Vinci chegava
ao ponto de exumar cadáveres para poder estudar as proporções da estrutura óssea do corpo humano.
Foi o primeiro a demonstrar que o nosso corpo é literalmente formado por blocos constitutivos cuja
proporção exacta é sempre igual a PHI.» (Brown, 2004. p 119.)
RACIONALISMO E EMPIRISMO
René Descartes (1516-1650) cuja principal obra foi O Discurso do Método (1637).
Descarte defendia o racionalismo, a explicação de determinados aspectos da
realidade através do uso da razão apenas. Apoiado na Doutrina da ideias inatas – a
mente humana já nasce com ideias, não sendo esta uma “tabula rasa”4. Descartes
foi o inventor das coordenadas geométricas. A visão cartesiana definia quatro regras
- só aceitar ideias claras e distintas; Dividir cada problema tantas partes quantas as
necessárias para o resolver; ordenar os pensamentos do simples para o complexo.
Faziam parte da corrente racionalista também Gottfried Leibntz (1646-1716) e
Baruch Spinoza (1632-1677)
3 Segundo a primeira, uma pessoa não pode ter certeza de coisa nenhuma a menos que ela própria a
tivesse feito ou visto. A segunda afirmava que só é possível alcançar os mesmos fins através do raciocínio.
(Carvalho 2009 p.23)
4 O conceito de Tabula rasa foi desenvolvido em meados do século XI pelo filósofo persa Avicenna, que
considera que o conhecimento é obtido por familiaridade empírica com os objectos no mundo.
REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS
Brown, D. (2014). Capítulo XXVIII. In D. Brown, O Código Da Vince (p. 154). Lisboa: Bertrand.
Brown, D. (2014). Capítulo XX. In D. Brown, Código Da Vince (p. 119). Lisboa: Bertrand.