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SES 167
PROJETO DE INTERVENÇÃO:
(Fortalecer para enfrentar a situação de Rua dos trabalhadores)
PORTO ALEGRE
2015
2
TEMA DO PROJETO
PORTO ALEGRE
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 4
2 CONTEXTUALIZAÇÃO.......................................................................................................5
2.1 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................7
2.2 PROBLEMATIZAÇÃO.......................................................................................................8
3 OBJETIVOS....................................................................................................................... 10
3.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................... 10
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................10
4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................ 11
5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS...............................................................................12
6 METAS............................................................................................................................... 15
7 AVALIAÇÃO E CONTROLE..............................................................................................16
8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES....................................................................................17
9 RECURSOS (VALORES APROXIMADOS).......................................................................17
9.1 GASTOS COM PESSOAL..............................................................................................17
9.2 GASTOS COM MATERIAL.............................................................................................17
9.3 GASTOS COM DESLOCAMENTO................................................................................17
9.4 ORÇAMENTO TOTAL....................................................................................................18
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO
2.1 Contextualização
Em 1931, foi inaugurado o Albergue Dias da Cruz, espaço destinado à albergagem noturna
de pessoas com vulnerabilidade econômica e social, prioritariamente de pessoas em situação de
rua, sempre contando com a ajuda de trabalho voluntário de simpatizantes religiosos que visam à
caridade como forma de salvação da alma.
O Albergue Faz parte da proteção especial de alta complexidade da Política nacional de
Assistência Social, é uma entidade conveniada com a FASC – Fundação de Assistência Social e
Cidadania, órgão gestor da Política de Assistência Social do Município de Porto Alegre. O
Albergue noturno que conta com uma Assistente Social, Dois estagiários de Serviço Social, um
médico voluntário e um Advogado.
Tem por missão promover a evolução moral, intelectual e material do ser humano, com
base na doutrina Espírita, desenvolvendo ações que contribuam para diminuir as situações de
miserabilidade, visando sempre a reinserção social. Sua visão é buscar ser referencia nacional
nas atividades de assistência e promoção social através da prática e difusão da doutrina Espírita.
Tem por valores a caridade, o respeito, a perseverança, a responsabilidade, a valorização
do trabalho voluntário e a valorização do ser humano através do seu tratamento integral.
Através dos acolhimentos e atendimentos, surgem demandas para o Instituto Espírita Dias
da Cruz através do Albergue, fazem parte dos assuntos do cotidiano dos usuários, que na sua
grande maioria estão envoltas à:
* Situação de rua;
Através destas demandas, surgem demandas internas para o Serviço Social, que são elas:
* Sujeitos sem documentação;
Desta forma o projeto cria uma maior aproximação do usuário com as atividades propostas
pelo Albergue e vinculação com os serviços da rede de Assistência Social do município, com o
intuito de promover sua inserção social a partir do acesso e garantia de seus direitos.
É importante salientar que todo o desenvolvimento das ações deste projeto será pautado
na fomentação do exercício da autonomia e protagonismo dos usuários do Albergue Dias da Cruz
na perspectiva de garantia de direitos, sendo papel deste estagiário assumir a condução inicial e
desencadeadora deste processo.
2.3 Problematização
O Albergue Noturno recebe todas as noites em média de cem pessoas que estão em
situação de rua e buscam em caráter de emergência suprir suas necessidades básicas, visto que
após acolhimento destes usuários os mesmo podem pernoitar por um período de quinze dias,
onde recebem apoio e são direcionados à reinserção social.
São diversos os fatores que condicionam e influenciam as pessoas em viver em situação
de rua, dentre eles, o fator histórico é a desigualdade social enraizada como principal
característica do sistema capitalista, fenômeno presente em nossa sociedade. O sujeito em
situação de rua carrega consigo a exclusão e a invisibilidade social, que são relacionadas
diretamente às expressões da questão social – entendida a partir de IAMAMOTO (1999, pg.27)
como um “conjunto de expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura”, que se
manifestam na vida destes usuários, dentre eles,
Pobreza, exclusão e subalternidade configuram-se, pois como indicadores
de uma forma inserção na vida social, de uma condição de classe e de
outras condições reiteradas da desigualdade (como gênero, etnia,
procedência e etc), expressando as relações vigentes na sociedade. São
produtos dessas relações que produzem de reproduzem a desigualdade no
plano social, politico, econômico e cultural, definindo para os pobres um
lugar na sociedade, um lugar onde são desqualificados por suas crenças,
seu modo de expressar-se e seu comportamento social, sinais de
“qualidades negativas” e indesejáveis 10 que lhe são conferidas por sua
procedência de classe, por sua condição social (YASZBEK, 2004, pg. 34).
deles fugir por que tecem a vida em sociedade (IAMAMOTO, 2012, p28).
Essas pessoas são levadas a morar na rua por uma condição imposta pela sociedade de
classes, organizada para defender a mercadoria e o mercado, e não a pessoa e a vida. A rua
passa a ser o espaço possível de sobrevivência, como lugar de trabalho e moradia.
3 OBJETIVOS
Ações:
• Realizar os acolhimentos e entrevistas individuais com os usuários revendo suas
necessidades.
• Realizar acompanhamentos semanais destes usuários a fim de conhecer a
totalidade deste usuário.
• Fortalecer e compreender o cotidiano do trabalhador em situação de Rua
fornecendo informações e encaminhamentos para suas dificuldades.
Mapear a rede de serviços e de acessos para a população adulta em situação de rua, a fim
de ampliar seus conhecimentos dos locais onde possam acessar seus direitos básicos.
Ações:
• Criar espaços e formar grupos para troca de informação entre trabalhadores com
vinculo formal ou informal de emprego e em situação de Rua e equipe técnica.
• Realizar visitas e ou contatos telefônicos com técnicos dos locais de atendimento a
população em situação de Rua.
• Através de Folder ou panfletos fornecer ou esclarecer todos os serviços disponíveis
na rede de Assistência Social do Município visando à garantia de seus direitos.
Ações:
• Proporcionar grupos ou rodas de conversas para troca de informações.
• Buscar junto à rede de Assistência Social do Município locais para a qualificação
profissional ou instituições de ensino para trabalhadores em situação de Rua.
• Informar e orientar os trabalhadores com vinculo informal de emprego e em
situação de rua referente os locais disponíveis para a realização de cursos
profissionalizantes, Escolas e locais agenciam empregos com vínculos em CTPS.
4 PÚBLICO-ALVO
Este projeto atenderá aos trabalhadores com emprego formal ou informal em situação de
rua que acessam o Albergue Dias da Cruz para pernoitarem.
5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
Segunda Ação: Criar espaços e formar grupos para troca de informação entre
trabalhadores com vinculo formal ou informal de emprego e em situação de Rua e equipe técnica
do Departamento de Assistência e Promoção Social do Albergue a fim de fornecer e ou esclarecer
todos os serviços disponíveis na rede de Assistência Social do Município visando a garantia de
seus direitos.
O cotidiano deve ser compreendido como um espaço a ser explorado como “campo de
conhecimento”, onde o Assistente Social possa desenvolver suas ações, sob uma prática
pensada, com possibilidades da construção do “novo” e da apropriação de saberes.
Conforme descrito na problematização, a realidade do usuário no Albergue é considerada
dinâmica e passageira, devida o seu tempo de permanência na instituição, pensou-se na
necessidade de ampliar o atendimento individual e assim a criação de acompanhamento
sistematizado para os mesmos conforme as demandas que surgem.
Para materializar este projeto, onde se entende que é necessário ampliar o olhar das
demandas individuais para o pensar coletivo e que a participação nos espaços de debate são
fomentadores do exercício da autonomia e protagonismo para a organização do usuário frente à
luta de garantia de direitos, foram pensadas as seguintes estratégias: acolhimento e entrevistas
individuais; e grupos de conversas e debates.
Falando em Entrevista, pode-se dizer que o papel do profissional entrevistador é dado pela
instituição que o contrata – no momento da interação com o usuário, o Assistente Social fala em
nome da instituição. Ambos os sujeitos (Assistente Social e usuário) possuem objetivos com a
realização da entrevista – objetivos esses necessariamente diferentes. Mas o papel de
entrevistador que cabe ao Assistente Social coloca-lhe a tarefa de conduzir o diálogo, de
direcionar para os objetivos que se pretendem alcançar.
Desse modo, entrevistar é mais do que apenas “conversar”: requer um
rigoroso conhecimento teórico-metodológico, a fim de possibilitar um
planejamento sério da entrevista, bem como a busca por alcançar os
objetivos estabelecidos para sua realização. (Silva, 1995)
Pretende-se realizar estes grupos com frequência quinzenal e contando com a participação
de até Seis usuários, usuários que serão convidados a partir dos atendimentos individuais
realizados no momento anterior do projeto. O critério para adesão do tema a ser abordado nos
grupos ocorrerá de forma sistemática, onde elencados pela estratégia as demandas recorrentes
na fala dos atendimentos individuais que emergem o cotidiano dos usuários.
Todos os instrumentos utilizados estão correlacionados com o código de ética que
regulamenta a profissão do Serviço Social, onde um dos seus princípios é:
6 METAS
Saída do usuário do
Albergue para moradia
Fixa, Própria ou Alugada.
8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
2015 - 2016
Etapas
07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06
Pesquisa bibliográfica/documental x x
Planejamento das atividades x x x x
Ações a serem executadas (reuniões,
oficinas, encontros, palestras, seminários x x x x
etc.)
Avaliação do estágio x x
Apresentação dos resultados da x x
intervenção
Avaliação e controle do projeto x x x x x x x x x x x x
RECURSOS R$
Gastos com pessoal 0,00
Gastos com material 131,50
Gastos com deslocamento 360,00
Total 491,50
REFERÊNCIAS
Conselho Federal do Serviço Social. Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais.
Resolução nº 273 de 13 de Março de 1993
Mioto, Maria Cecília. Orientação e acompanhamento social e indivíduos, grupos e famílias. In:
Serviço Social: Direitos Sociais e competências profissionais. – Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
790p
Prates, Jane. A questão dos instrumentais técnico-operativos numa perspectiva dialética critica de
inspiração Marxiana. In Revista texto e Contexto {On-line}.
YAZBEK, Maria Carmelita. As ambigüidades da Assistência Social brasileira após dez anos de
LOAS. São Paulo, Cortez, 2004.