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LEI DE OHM

1.1 - INTRODUÇÃO
A corrente elétrica (I) consiste no movimento ordenado de elétrons e é formada quando há uma diferença de
potencial (ddp) ou tensão (V) em um condutor. E esse movimento no condutor fica sujeito a uma oposição que é
conhecida como resistência elétrica (R). No inicio do século 19, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854)
descobriu duas leis que determinam a resistência elétrica dos condutores. Essas leis, em alguns casos, também valem
para os semicondutores e os isolantes.
A Lei de Ohm, assim designada em homenagem ao seu formulador Georg Simon Ohm, indica que a diferença
de potencial (V ) entre dois pontos de um condutor é proporcional à corrente elétrica (I ). Quando essa lei é verdadeira
num determinado resistor, este denomina-se resistor ôhmico ou linear. A resistência de um dispositivo condutor é dada
pela fómula:

V
R= (Ω)
I

onde:

V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou ddp) medida em Volts ( V )


R é a resistência elétrica do circuito medida em Ohms ( Ω )
I é a intensidade da corrente elétrica medida em Ampères ( A )

Conhecendo-se duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, é fácil calcular a terceira:

V
I= ( A) e V =R . I (V )
R

A potência P , em Watts, dissipada num resistor, é dada por

P = V x I (W )
Logo, a tensão ou a corrente podem ser calculadas a partir de uma potência conhecida:

P
I=
V

Outras relações, envolvendo resistência e potência, são obtidas por substituição algébrica:

V2
P = R I2 e P=
R

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1.2 - A PRIMEIRA LEI DE OHM
Considere um fio feito de material condutor. As extremidades desse fio, são ligadas aos pólos de uma pilha,
por exemplo, como mostra a figura abaixo. Desse modo, a fonte de tensão estabelece uma diferença de potencial no fio
condutor e, conseqüentemente, uma corrente elétrica. Para se determinar o valor da corrente elétrica, coloca-se em série
no circuito um amperímetro e, em paralelo, um voltímetro que permititrá a leitura da tensão. A montagem do circuito
está ilustrada na figura abaixo:

1.3 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Muitas vezes utilizam –se vários resistores associados entre si. Os resistores podem ser associados em série,
em paralelo ou numa combinação de ambas, a associação mista.

Resistor equivalente – É o resistor que produz o mesmo efeito que a associação, ou seja, submetido à mesma
ddp da associação, deixa passar corrente de mesma intensidade.

 Associação em série 
Um circuito elétrico com resistores, um seguido do outro, de modo a oferecer um único caminho para a
passagem da corrente. 

Rs é o resistor equivalente da associação. 

Características da associação em série: 

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 A intensidade de corrente I é a mesma em todos os resistores, pois eles estão ligados um após o
outro.

 A tensão V na associação é igual à soma das tensões em cada resistor

V = V1 + V2 + V3 

 Aplicando-se a Lei de ohm, podemos calcular a resistência do resitor equivalente da associação, da


seguinte forma :

R = R1 + R2 + R3

 Associação em paralelo: 
Quando dois ou mais resistores têm seus terminais ligados à mesma diferença de potencial, de modo a

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oferecer caminhos separados para corrente. 

Em que Req é o resistor equivalente da associação em paralelo. 

Características da associação em paralelo:

 A tensão V é a mesma em todos os resistores, pois estão ligados aos mesmos terminais.

 A corrente I na associação é igual à soma das correntes em cada resistor:

I = I1 + I2 + I3
 Aplicando-se a 1.ª lei de Ohm a cada um dos resistores, podemos determinar a resistência do resistor
equivalente:

R VT
eq=¿ ¿
IT

 O inverso da resistência equivalente é igual à soma dos inversos das resistências associadas.

1 1 1 1 1
= + + +…+
R eq R1 R2 R3 Rn

 Se houver somente dois resistores em paralelo, de resistências R1 e R2, a resistência equivalente Req dessa
associação pode ser determinada por:

R1 x R2
Req =
R1 + R2

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 Associação mista
É aquela na qual encontramos, ao mesmo tempo, resistores associados em série e em paralelo. A
determinação do resistor equivalente final é feita a partir da substituição de cada uma das associações, em série
ou em paralelo, que compõem o circuito pela respectiva resistência equivalente.

1.4 - MEDIÇÃO DE CORRENTE E TENSÃO


O amperímetro é um aparelho que serve para medir a intensidade da corrente elétrica. Um amperímetro
perfeito é aquele que apresenta uma resistência interna nula. Ele é disposto em série com o elemento de circuito em que
se deseja medir a corrente elétrica.

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voltímetro é um aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito elétrico. O
voltímetro perfeito é aquele que apresenta uma resistência interna infinita. Ele é disposto em paralelo com o elemento
de circuito da corrente elétrica que se deseja medir. 

Multímetro digital

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

2.1 - TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS SENOIDAIS


Uma forma de onda de um sinal de tensão ou corrente alternada é aquela onde a intensidade e a polaridade
alteram-se ao longo do tempo. Em geral são sinais periódicos como as formas de onda apresentadas na figura 2.1

Figura 2.1 – formas de onda alternadas e periódicas

Uma Corrente Alternada (ICA) é aquela que inverte, periodicamente, o sentido no qual está circulando. Ela
também varia a intensidade continuamente no tempo. Uma Tensão Alternada (VCA) é aquela que inverte,
periodicamente, a polaridade da tensão. Já Tensão ou Corrente Alternada Senoidal é aquela cuja forma de onda é
representada por uma senóide. Dizemos que é um sinal senoidal.
A forma de onda periódica mais importante e de maior interesse é a alternada senoidal de tensão e de corrente,
porque a energia gerada nas usinas das concessionárias e a maioria dos equipamentos usam tensão e corrente alternadas
senoidais.
A maior parte da energia elétrica consumida é gerada e distribuída na forma de tensão e corrente alternadas para os
consumidores que são as residências, o comércio e, principalmente, as indústrias. A principal razão pela qual a energia
elétrica gerada e distribuída em grande escala ser em tensão e corrente alternadas é que ela apresenta uma facilidade
tanto na geração como na transformação dos níveis de tensão (elevação ou redução). Para transportar a energia a longas
distâncias é necessário elevar a tensão a níveis que chegam a 750kV, para reduzir as perdas no transporte
(principalmente por Efeito Joule). Nos centros de consumo a tensão é novamente reduzida e distribuída aos
consumidores.
Os motores de corrente alternada são construtivamente menos complexos que os motores de corrente contínua.
Isto é uma grande vantagem pois, reduz custos e cuidados com a manutenção. Por isso são os mais baratos e os mais
usados nos equipamentos.

2.2 - INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA


Quando a região onde um circuito elétrico se encontra apresenta uma variação de fluxo magnético, surge nesse
circuito, uma corrente elétrica. Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética.

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Esta corrente induzida circula no circuito devido à uma diferença de potencial (tensão), chamada de força
eletromotriz induzida (FEM), ou simplesmente, tensão induzida.

A Lei de Faraday diz que a Fem (tensão) induzida média em um circuito é igual ao resultado da divisão da
variação do fluxo magnético numa bobina com N espiras pelo intervalo de tempo em que ocorre, com sinal trocado. Ou
seja, quanto mais o fluxo variar num intervalo de tempo, tanto maior será a tensão induzida.

A Lei de Lenz diz que o sentido da corrente induzida é tal que origina um fluxo magnético induzido, que se
opõe à variação do fluxo magnético indutor.

Figura 2.2 – Indução Eletromagnética

Por exemplo, na figura 2.2 aproximação do imã provoca um aumento do fluxo magnético perto da bobina.
Conseqüentemente começa a circular, na bobina, uma corrente que cria um campo magnético com polaridade inversa ao
do imã. O campo criado tenta impedir a aproximação do imã, tenta parar o imã, para manter o fluxo magnético
constante (variação de fluxo nula). Quando o ímã se afasta, o efeito é contrário e a corrente induzida tem o seu sentido
alternado.
Um condutor se movimentando num campo magnético também produz variação de fluxo magnético e sofre,
consequentemente, indução magnética de corrente.

Há três condições fundamentais que devem existir antes que uma tensão possa ser
produzida por magnetismo.
• Deve haver um CONDUTOR no qual a tensão será induzida.
• Deve haver um CAMPO MAGNÉTICO na vizinhança do condutor.
• Deve haver movimento relativo entre o campo e o condutor.

De acordo com estas condições, quando o condutor (ou condutores) se MOVER através de um campo
magnético de maneira que as linhas de campo o atravesse, elétrons DENTRO DO CONDUTOR serão estimulados em
uma direção ou outra. Assim, uma força eletromotriz, ou tensão elétrica, é induzida (criada).

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

3.1 - CONCEITOS BÁSICOS


São apresentados a seguir os conceitos de algumas grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para
melhor acompanhar as explicações das outras partes desta apostila.
Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica (em geral, energia
cinética). No campo de acionamentos industriais, avalia-se que de 70 a 80% da energia elétrica consumida seja
transformada em energia mecânica por motores elétricos. Considerando-se um rendimento médio de 80%, cerca de
15% da energia elétrica industrial transforma-se em perdas nos motores.

3.2 - MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA ( CC )


São motores que precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente
alternada em contínua. Sua velocidade pode ser ajustada de acordo com a tensão aplicada. Tem sua utilização principal
nas aplicações que requeiram elevado conjugado de partida (como tração elétrica) e controle de velocidade sobre
grandes faixas, principalmente em potências elevadas. Devido a necessidade de uma fonte de corrente contínua, tem o
seu custo elevado.

3.3 - MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA ( CA )


São motores que sua alimentação é feita através de uma fonte de corrente alternada. Podem ser classificados
em assíncronos (indução) e síncronos. As máquinas síncronas possuem velocidade fixa e têm sua aplicação bastante

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limitada, devido ao alto custo. Já os motores de indução são utilizados na grande maioria das aplicações que necessitam
de motores elétricos.

Família de motores elétricos CA

3.4 - ENERGIA E POTÊNCIA ELÉTRICA


Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a
uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia
elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da
rede e a transforma em energia mecânica disponível na ponta do eixo.

 Circuitos de corrente contínua ( CC )


A “potencia elétrica”, em circuitos de corrente continua, pode ser obtida através da relação da tensão ( V ),
corrente ( I ) e resistência ( R ) envolvidas no circuito, ou seja:

V2
P=V.I(W) ou, P = (W) ou, P = R.I2 ( W )
R

Onde: V = tensão em volt


I = corrente ampère ( A )
R = resistência em ohm (  )

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P = potência média em Watt ( W )

 Circuitos de corrente alternada ( CA )

a) Resistência
No caso de “resistências”, quanto maior a tensão da rede, maior será a corrente e mais depressa a resistência irá
se aquecer. Isto quer dizer que a potência elétrica será maior. A potência elétrica absorvida da rede, no caso da
resistência, é calculada multiplicando-se a tensão da rede pela corrente, se a resistência (carga), for monofásica.

P = Vf . If ( W )

No sistema trifásico a potência em cada fase da carga será P f = Vf x If, como se fosse um sistema monofásico
independente. A potência total será a soma das potências das três fases, ou seja:
P = 3Pf = 3 . Vf . If

Lembrando que o sistema trifásico é ligado em estrela ou triângulo, temos as seguintes relações:
Ligação estrela: VL = √ 3 . Vf e IL = If

Ligação triângulo: VL = Vf e IL = √ 3 . If

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Assim, a potência total, para ambas as ligações, será:

P = √3 . V . I ( W )

OBS.: Esta expressão vale para a carga formada por resistências, onde não há defasagem da corrente.

b) Cargas reativas
Para as “cargas reativas”, ou seja, onde existe defasagem, como e o caso dos motores de indução, esta
defasagem tem que ser levada em conta e a expressão fica:

P = √ 3 . V . I . cos ϕ ( W )

Onde V e I são, respectivamente, tensão e corrente de linha e cos ϕ é o ângulo entre a tensão e a corrente de
fase.
A unidade de medida usual para potência elétrica e o watt (W), correspondente a 1 volt x 1 ampère, ou seu
múltiplo, o quilowatt = 1.000 watts. Esta unidade também e usada para medida de potência mecânica. A unidade de
medida usual para energia elétrica e o quilo-watthora (kWh) correspondente a energia fornecida por uma potência de
1kW funcionando durante uma hora - é a unidade que aparece, para cobrança, nas contas de luz.

3.5 - POTÊNCIAS APARENTE, ATIVA E REATIVA

Potência aparente ( S ) - É o resultado da multiplicação da tensão pela corrente ( S = V.I para sistemas monofásicos e S

= √ 3 .V. I, para sistemas trifásicos). Corresponde a potencia que existiria se não houvesse defasagem da corrente, ou
seja, se a carga fosse formada por resistências.
S
Então, P = ( VA )
cos ∅
Evidentemente, para as cargas resistivas, cos ϕ = 1 e a potência ativa se confunde com a potencia aparente. A
unidade de medidas para potência aparente e o Volt-ampère (VA) ou seu multiplo, o quilo-volt-ampère (kVA).

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Potência ativa ( P ) - É a parcela da potencia aparente que realiza trabalho, ou seja, que é transformada em energia.

P = √ 3 . V . I . cos ϕ ( W ) ou P = S . cos ϕ ( W )

Potencia reativa ( Q ) - É a parcela da potência aparente que “não” realiza trabalho. Apenas
é transferida e armazenada nos elementos passivos (capacitores e indutores) do circuito.

Q = √ 3 . V. I sen ϕ ( VAr ) ou Q = S . sen ϕ ( VAr )

3.6 - DEFASAGEM ( )
É a diferença (ângulo em graus) da onda de tensão com relação a onda de corrente. Essa diferença ocorre
somente se tivermos no circuito cargas indutivas, capacitivas ou mistas. Para cargas puramente resistivas não ocorre a
defasagem pois neste caso o fator de potência é igual a 1 (cos  = 1).

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3.7 - FATOR DE POTÊNCIA
O fator de potência, indicado por cos ϕ, onde ϕ é o ângulo de defasagem da tensão em relação a corrente, e a
relação entre a potencia real (ativa) P e a potência aparente S .

P P
cos ϕ = =
S √3 . V . I
Assim,
 Carga Resistiva: cos ϕ = 1
 Carga Indutiva: cos ϕ atrasado
 Carga Capacitiva: cos ϕ adiantado

Os termos, atrasado e adiantado, referem-se a fase da corrente em relação a fase da tensão.


Um motor não consome apenas potencia ativa que é depois convertida em trabalho mecânico, mas também potencia
reativa, necessária para magnetização, mas que não produz trabalho.

3.7.1 - Correção do fator de potência


O aumento do fator de potência e realizado, com a ligação de uma carga capacitiva, em geral, um capacitor ou
motor síncrono superexcitado, em paralelo com a carga.

Por exemplo:
Um motor elétrico, trifásico de 100 CV (75kW), IV pólos, operando com 100% da potência nominal, com fator
de potencia original de 0,87 e rendimento de 93,5%. O fator de potência desejado é de 0,95.

Solução:
Utilizando-se da tabela 3.1, na intersecção da linha 0,87 com a coluna de 0,95, obtém-se o valor de 0,238, que
multiplicado pela potência do motor em kW, absorvida da rede pelo motor, resulta no valor da potência reativa
necessária para elevar-se o fator de potência de 0,87 para 0,95.

kVAr = P (CV) x 0,736 x F x 100% = 100 x 0,736 x 0,238 x 100% kVAr = 18,735 kVAr
Rend. % 93,5%

Onde: kVAr = Potencia trifásica do banco de capacitores a ser instalado


P(cv) = Potencia nominal do motor
F = fator obtido na tabela 2.1
Rend. % = Rendimento do motor

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Tabela 3.1 - Correção do fator de potência

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3.8 - RELAÇÕES BÁSICAS DOS MOTORES ELÉTRICOS

3.8.1 Velocidade síncrona (ns)


A velocidade síncrona de um motor (ns) é definida pela velocidade de rotação do campo girante, que
depende diretamente do número de pólos (p ) e da freqüência (f ) da rede, em Hertz. Assim sendo, a velocidade
síncrona de um motor é dada por:

120 f
Ns= (rpm)
P

O rotor de um motor de indução em carga, jamais gira com velocidade síncrona. Pois se isso acontecesse a
velocidade do rotor seria igual a do campo do estator. Sem o movimento relativo entre os dois, não haveria corrente
induzida no rotor, e conseqüentemente não haveria conjugado.

3.8.2 Escorregamento (s)


Quando ligamos um motor de indução, o rotor acelera até próximo da velocidade síncrona e, em carga
nominal, ele apresenta uma velocidade ligeiramente inferior a velocidade síncrona. Essa diferença em percentual é
denominada escorregamento.

N s−N N s−N
s (rpm) = ou s (%) = x 100
Ns Ns
Onde: s = escorregamento
Ns = rotação síncrona (rpm)
N = rotação nominal (rpm)

Exemplo: Para um motor de seis pólos, 60 Hz, que gira a 1120 rpm com carga, o escorregamento será:
1200−1120
s (%) = x 100 = 6,7%
1200

3.8.3 - Rendimento
O motor elétrico absorve energia elétrica da linha e a transforma em energia mecânica disponível no eixo.
O rendimento define a eficiência com que e feita esta transformação. Chamando “Potência de saída”, PS , a potência

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mecânica disponível no eixo e “Potência de entrada”, PE , a potência elétrica que o motor retira da rede, o rendimento (
 ) será a relação entre as duas, ou seja:

P S(W ) 736 . P(CV ) 736 . P(CV )


 = = ou (%) = x 100
P E (W) √3 . V . I .cos ❑ √ 3 . V . I .cos ❑

1  Potência aparente elétrica da rede ( 1 = 2 + 3 + 4 );


2  Potência aparente elétrica do estator a ser transferida ao rotor ( 1 = 2 + 3 + 4 );
3  Perdas no ferro do estator (núcleo);
4  Perdas no cobre do estator (enrolamento);
5  Potência aparente elétrica no rotor;
6  Potência mecânica no eixo;
7  Potência elétrica no rotor;
8  Perdas elétricas dissipadas no rotor;
9  Perdas por atrito e ventilação;
10  Potência resultante no eixo ( 6 – 9 ).

3.8.4 - Correntes no motor trifásico


O motor trifásico é um consumidor de carga elétrica equilibrada. Isto significa que todas as suas bobinas são
iguais, ou seja, têm a mesma potência, são para mesma tensão e, conseqüentemente, consomem a mesma corrente.
Logo, as correntes medidas nas três fases sempre terão o mesmo valor.

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Internamente as correntes nas bobinas de um mesmo motor sempre serão iguais, independentemente para qual
tensão este for conectado. Já na rede (externamente, nos terminais de alimentação) os valores serão diferentes para cada
tensão.

Comportamento da corrente nas ligações estrela e triângulo

3.8.5 - Corrente nominal (In)


A corrente nominal é lida na placa de identificação do motor, ou seja, aquela que o motor absorve da rede
quando funcionando à potência nominal, sob tensão e freqüência nominais. Quando houver mais de um valor na placa
de identificação, cada um refere-se a tensão ou a velocidade diferente.

3.8.6 - Corrente de partida (Ip/In)


Os motores elétricos solicitam da rede de alimentação, durante a partida, uma corrente de valor elevado, da
ordem de 6 a 10 vezes a corrente nominal. Este valor depende das características construtivas do motor e não da carga
acionada. A carga influencia apenas no tempo durante o qual a corrente de acionamento circula no motor e na rede de
alimentação (tempo de aceleração do motor). A corrente é representada na placa de identificação pela sigla Ip/In
(corrente de partida / corrente nominal).

Atenção: Não se deve confundir com a sigla IP, que significa grau de proteção.

SISTEMAS DE CORRENTE ALTERNADA

4.1 - SISTEMAS CA MONOFÁSICOS


A corrente alternada se caracteriza pelo fato de que a tensão, em vez de permanecer fixa, como entre os pólos
de uma bateria, varia com o tempo, mudando de sentido alternadamente, donde o seu nome. No sistema monofásico

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uma tensão alternada V (volt) é gerada e aplicada entre dois condutores, aos quais se liga a carga, que absorve uma
corrente I (ampère) - ver figura 4.1a.

Se representarmos num grafico os valores de V e I, a cada instante,vamos obter a figura 4.1b. Na figura 1.4b
estão também indicadas algumas grandezas que serão definidas em seguida. Note que as ondas de tensão e de corrente
não estão “em fase”, isto e, não passam pelo valor zero ao mesmo tempo, embora tenham a mesma freqüência; isto
acontece para muitos tipos de carga, por exemplo, enrolamentos de motores (cargas reativas).

 Freqüência  É o numero de vezes por segundo que a tensão muda de sentido e volta a condição inicial. E
expressa em “ciclos por segundo” ou “hertz”, simbolizada por Hz.

 Tensão máxima ( Vmáx )  É o valor de “pico” da tensão, ou seja, o maior valor instantâneo
atingido pela tensão durante um ciclo (este valor e atingido duas vezes por ciclo, uma vez positivo e uma vez negativo).

 Corrente máxima ( Imáx )  É o valor “de pico” da corrente.

 Valor eficaz de tensão e corrente ( V e I )  É o valor da tensão e corrente CC que desenvolvem potência
correspondente aquela desenvolvida pela corrente CA. Pode-se demonstrar que o valor eficaz vale:

Vef = Vmáx / √ 2 e Ief = Imáx / √ 2


Por exemplo: Se ligarmos uma “resistência” a um circuito de corrente alternada ( cos ϕ = 1 ) com Vmáx = 311 V e Imáx =
14,14 A , a potência desenvolvida será:

V máx I máx 1
P = V.I. cos ϕ = . . cos ϕ = Vmáx . Imáx . cos   P = 2.200 W
√2 √2 2
OBS.: Na linguagem normal, quando se fala em tensao e corrente, por exemplo, 220 v ou 10 A, sem especificar mais
nada, estamos nos referindo a valores eficazes da tensão ou da corrente, que são os valores registrados nos instrumentos
de medição CA.

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4.2 - SISTEMAS CA TRIFÁSICOS
Sistema trifásico e formado pela associação de três sistemas monofásicos de tensões V 1, V2 e V3 tais que a
defasagem entre elas seja de 120º , ou seja, os “atrasos” de V 2 em relação a V1, de V3 em relação a V2 e de V1 em
relação a V3 sejam iguais a 120º (considerando um ciclo completo = 360º). O sistema é equilibrado, isto é, as
três tensões tem o mesmo valor eficaz V1 = V2 = V3 conforme figura 4.2.

Fig. 4.2

4.2 - LIGAÇÃO TRIÂNGULO OU DELTA (  )

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4.3 - LIGAÇÃO ESTRELA (  )

Exemplo: Temos uma carga trifásica composta de três cargas iguais; cada carga e feita para ser ligada a uma tensão de
220 V, absorvendo 5,77 A. Qual a tensão nominal do sistema trifásico que alimenta estas cargas ligadas em estrela em
suas condições normais (220 V e 5,77 A)? Qual a corrente de linha?

Temos : Vf = 220 V (normal de cada carga)


VL = √ 3 . Vf
VL = 1,732 . 220 = 380 V
IL = If = 5,77 A

MOTORES ELÉTRICOS TRIFÁSICOS

5.1 - MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS (“GAIOLA DE ESQUILO”)


O funcionamento de um motor de indução trifásico baseia-se no princípio do acoplamento eletromagnético
entre o estator e o rotor, pois há uma interação eletromagnética entre o campo girante do estator e as correntes induzidas
nas barras do rotor, quando estas são cortadas pelo campo girante.
O campo girante é criado devido aos enrolamentos de cada fase estarem espaçados entre si de 120º. Sendo que
ao alimentar os enrolamentos com um sistema trifásico, as correntes I 1, I2 e I3 originarão seus respectivos campos
magnéticos, também, espaçados entre si 120°.

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Além disso, como os campos são proporcionais às respectivas correntes, serão defasados no tempo, também de
120° entre si. A soma vetorial dos três campos, será igual ao campo total resultante.
A composição do campo gerado pela corrente induzida no rotor com o campo girante do estator resulta em
uma força de origem magnética que gera um conjugado no eixo do motor, tendendo a fazer o rotor girar no sentido do
campo girante ( sentido horário ou anti-horário ). Se o conjugado é suficiente para vencer o conjugado resistente
aplicado sobre o eixo, o rotor começa a girar. A energia elétrica fornecida ao estator pela rede é transformada em
energia mecânica através do eixo do motor.

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Principais partes componentes de um motor de indução trifásico “gaiola de esquilo”

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5.2 - CARACTERÍSTICAS DA REDE DE ALIMENTAÇÃO
No Brasil, o sistema de alimentação pode ser monofásico ou trifásico. O sistema monofásico e utilizado em
serviços domésticos, comerciais e rurais, enquanto o sistema trifásico, em aplicações industriais, ambos em 60Hz.

5.2.1 - Trifásico
As tensões trifásicas mais usadas nas redes elétricas industriais são:
 Baixa tensão: 220V, 380V e 440V
 Média tensão: 13.800 V, 25.000 V e 34.500 V
O sistema trifásico estrela de BT, consiste de três condutores de fase (L 1, L2, L3) e o condutor neutro (N), sendo
este, conectado ao ponto estrela do gerador ou secundário dos transformadores (conforme mostra figura 5.1).

Figura 5.1 - Sistema trifásico

5.2.3 - Tensão nominal múltipla


A grande maioria dos motores e fornecida com terminais do enrolamento religáveis, de modo a
poderem funcionar em redes de pelo menos duas tensões diferentes. Os principais tipos de religação ao de terminais de
motores para funcionamento em mais de uma tensão são:

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 Ligação estrela-triângulo (  -  )  O enrolamento de cada fase tem as duas pontas trazidas para fora do
motor. Se ligarmos as três fases em triangulo, cada fase receberá a tensão da linha, por exemplo, 220V (figura
5.2a).
Fig. 5.2a

Se ligarmos as três fases em estrela, o motor pode ser ligado a uma linha de tensão igual a 220 x √ 3 = 380 V

VL
sem alterar a tensão no enrolamento que continua igual a 220 V por fase, pois, Vf =
√3

Fig. 5.2b

Este tipo de ligação exige seis terminais no motor e serve para quaisquer tensões nominais duplas, desde que a segunda

seja igual a primeira multiplicada por √ 3 .

Exemplos: 220/380V - 380/660V - 440/760V

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Nos exemplos 380/660V e 440/760V, a tensão maior declarada só serve para indicar que o motor pode ser
acionado através de uma chave de partida estrela - triângulo. Motores que possuem tensão nominal de operação acima
de 600V deverão possuir um sistema de isolação especial, apto a esta condição.

5.2.4 - Tripla tensão nominal


Considerando que todos os terminais são acessíveis para podermos ligar as três fases em estrela ou triângulo,
temos quatro combinações possíveis de tensão nominal:
1) Ligação triângulo paralelo;
2) Ligação estrela paralela, sendo igual a √ 3 vezes a primeira;
3) Ligação triangulo série, valendo o dobro da primeira;
4) Ligação estrela série, valendo √3 vezes a terceira. Mas, como esta tensão seria maior que 600V, e indicada apenas
como referência de ligação estrela-triângulo.
Exemplo: 220/380/440(760) V (fig. 5.3).
Fig. 5.3

Invertendo a rotação : Em qualquer motor trifásico, a inversão do sentido de rotação é feita trocando-se na
“alimentação” duas fases quaisquer entre si (uma permanece inalterada).
5.2 - MOTOR DAHLANDER

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É um motor com enrolamento especial que pode receber dois fechamentos diferentes, de forma a alterar a
quantidade de pólos, proporcionando, assim, duas velocidades distintas, mas sempre com relação 1:2.
Exemplos: 4/2 pólos (1800/3600 rpm); 8/4 (900/1800 rpm).

5.3 - MOTOR DE ANÉIS (ROTOR BOBINADO)


O motor de anéis tem um rotor que não está fechado em curto-circuito. Nele o rotor é bobinado e os terminais
estão acessíveis externamente através de anéis coletores e escovas.
Através das escovas, é inserida resistência ao circuito do rotor no instante da partida, que é diminuída aos
poucos, conforme o motor vai atingindo velocidade, até que chegue a zero (curto). Neste momento, o comportamento é
exatamente igual a um motor tipo gaiola.

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Fig. 5.4 - Rotor bobinado

Como todo motor de indução forma basicamente um transformador, onde o estator é o primário e o rotor o
secundário, e neste tipo específico o rotor não está em curtocircuito, não há grande pico de corrente na partida do motor
de anéis. A corrente de partida e a corrente nominal têm basicamente o mesmo valor se o motor parte sem carga.
Evidentemente, quando parte com carga, há um aumento da corrente de partida, mas esta é muito baixa (I p/In  2,5) se
comparada com motores de rotor em curto.
Esse tipo de motor é indicado para partidas com carga, devido ao grande conjugado de partida. Pode ser usado
também em máquinas que necessitam de controle de rotação, pois, conforme se retira ou insere resistência ao rotor, sua
velocidade varia.

5.4 - MOTOFREIO TRIFÁSICO

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O motofreio consiste de um motor de inducao acoplado a um freio monodisco, formando uma unidade integral
compacta e robusta. O motor de indução é totalmente fechado com ventilação externa, com as mesmas características de
robustez e desempenho da linha de motores. Além disso, o freio e resfriado pela própria ventilação do motor.
A bobina de acionamento do eletroímã, protegida com resina epoxi, funciona continuamente com tensões de
10% acima ou abaixo da nominal. Sua alimentação é por corrente contínua (CC), fornecida por uma ponte retificadora
composta de diodos de silício e varistores. A alimentação em corrente contínua proporciona maior rapidez e
uniformidade de operação do freio.

5.4.1 - APLICAÇÕES
O motofreio e geralmente aplicado em: máquinas-ferramenta, teares, máquinas de embalagem,
transportadores, máquinas de lavar e engarrafar, máquinas de bobinar, dobradeiras, guindastes, pontes-rolante,
elevadores, ajustes de rolos. Enfim, em equipamentos onde são exigidos paradas rápidas por questões de segurança,
posicionamento e economia de tempo.

5.4.2 - FUNCIONAMENTO DO FREIO


Quando o motor e desligado da rede, o controle também interrompe a corrente da bobina e o eletroímã
para de atuar. As molas de pressão empurram a armadura na direção da tampa traseira do motor. As pastilhas, que estão
alojadas no disco de frenagem, são comprimidas entre as duas superfícies de atrito, a armadura e a tampa, freiando o
motor ate que ele pare.
Quando a armadura é atraída contra a carcaça do eletroímã, as pastilhas ao ficarem livres deslocam-se
axialmente em seus alojamentos ficando afastadas das superficies de atrito. Assim, termina a ação de frenagem,
deixando o motor partir livremente.

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CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS

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26
34
27
5.5 - MÉTODOS DE PARTIDA PARA MOTORES TRIFÁSICOS
Ao ligar um motor elétrico em uma rede, deve-se obrigatoriamente seguir algumas recomendações da
concessionária local e de normas técnicas, a fim de conseguir que todo o conjunto funcione com o máximo rendimento.
As maneiras de ligar um motor são basicamente divididas em dois grupos: partida direta e partida indireta. Já as formas
de comandar os motores são variadas, e não existe um esquema definido, somente padrões (normas) de instalação.

5.5.1 - PARTIDA DIRETA

A partida direta consiste em energizar o motor com a tensão de funcionamento desde o instante inicial. É o
sistema mais simples, fácil e barato de instalar, sendo também aquele que oferece o maior torque de partida do motor.
Porém, neste sistema, a corrente de partida do motor é grande, fato que impossibilita sua aplicação com motores de
potência muito elevada. Existem limites de potência para cada tensão de rede, conforme determinação da concessionária
local, sendo na maioria dos casos de 5 CV nas redes de 220/127 V e de 7,5 CV nas redes de 380/220 V.

5.5.2 - PARTIDA INDIRETA


A alta corrente de partida solicitada por motores trifásicos pode causar queda de tensão e sobrecarga na rede,
aquecimento excessivo dos condutores e uma série de outros fatores prejudiciais à instalação elétrica. Isso piora à
medida que aumenta a potência dos motores. Nesses casos, deve-se ter a preocupação de reduzir a corrente de partida
do motor, aplicando-lhe uma tensão inferior à nominal no instante da partida. Assim, a potência do motor fica reduzida
e, conseqüentemente, sua corrente. Depois que o motor atinge rotação nominal eleva-se sua tensão ao valor correto.
Desta forma, não haverá grande pico de corrente na partida.
São sistemas mais caros e trabalhosos, além do inconveniente de o motor não poder partir com plena carga,
devido à redução do conjugado. As reduções de corrente, potência e conjugado são proporcionais ao quadrado da
redução da tensão, isto é: reduzindo a tensão duas vezes reduz-se a corrente, a potência e o conjugado quatro vezes.
Esses sistemas só terão efeito se forem comutados corretamente, ou seja, somente quando o motor atingir
rotação nominal troca-se para a tensão plena. Caso contrário, o segundo pico de corrente que ocorre no momento em
que o motor passa a receber a tensão nominal será muito alto, tornando o sistema sem função.
Essa comutação pode ser feita através de chave manual diretamente pelo operador – que deverá estar orientado
– ou automaticamente por um temporizador.
Os tipos de partida com tensão reduzida mais convencionais são: partida estrela-triângulo, partida
compensadora e soft-starter (chave de partida suave).

 Partida estrela-triângulo
Esse sistema é usado nos motores para duas tensões com relação Y- e no mínimo seis terminais, devendo
obrigatoriamente a menor delas coincidir com a tensão da rede. O que se faz é uma ligação “errada” (de forma
proposital e controlada), onde se conecta o motor para a maior tensão (Y) no momento da partida, aplicando-lhe a
menor tensão (rede -). Depois de embalar por completo, trocam-se as ligações para que fiquem corretas.

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Uma partida estrela-triângulo oferece redução de três vezes do pico de corrente. Em igual proporção ocorre a
redução do conjugado do motor, fato que indica uma partida sem carga. O sistema não é recomendado em máquinas que
exigem grande torque inicial.

 Partida compensadora
Aplicável em todos os motores trifásicos, desde que funcionem com a tensão da rede elétrica local, não
interessando o tipo de ligação nem o número de terminais. A redução da tensão é feita com um autotransformador de
partida trifásico, alimentado-se o motor com um percentual da tensão da rede, até sua aceleração total. Após isso, o
transformador é retirado do circuito e o motor recebe tensão total. Os valores mais usuais disponíveis na saída dos
autotrafos são 50, 65 e 80%.
Na partida compensada, os valores da corrente na rede e no motor são diferentes, por terem tensões diferentes.
A maior corrente será no motor, por ter a menor tensão, já que a potência de entrada é a mesma de saída (considerando
um transformador ideal).

A partida compensada – embora tenha as desvantagens do custo elevado, de ocupar grande espaço físico e ter o
número de partidas por hora limitado devido ao autotrafo – é bem mais eficiente que os outros sistemas tradicionais e é
indicado para máquinas que necessitem partir com carga.
Na partida, os valores da potência, corrente (rede) e conjugado reduzem proporcionalmente ao quadrado da
redução da tensão. A corrente no motor diminui conforme a saída do autotransformador.

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 Soft-starter (partida suave)
É um sistema microprocessado projetado para acelerar, desacelerar e proteger motores elétricos de indução
trifásicos, fornecendo aumento e/ou redução progressiva da tensão ao motor, através de tiristores.
Com esta chave é possível ajustar os valores de torque e corrente em função da solicitação da carga acionada,
ou seja: a corrente exigida será a mínima necessária para o aceleramento do motor. A instalação e a regulagem de
sistemas totalmente eletrônicos é feita acompanhando-se o manual do equipamento; já a reparação de defeitos no soft-
starter requer bastante conhecimentos na área eletrônica.
Com a chave soft-starter é possível ter ajuste da tensão de partida por tempo prédefinido,

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pulso de tensão na partida para cargas com alta inércia; proteções contra falta de fase e sobrecorrente, faixa de limitação
da corrente, rampas de aceleração e desaceleração etc.

MOTORES ELÉTRICOS MONOFÁSICOS

6.1 - MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS


As tensões monofásicas padronizadas no Brasil são as de 127V (conhecida como 110V) e 220V. Os
motores monofásicos são ligados a duas fases (tensão de linha VL ) ou a uma fase e o neutro (tensão de fase V f). Assim,
a tensão nominal do motor monofásico devera ser igual a tensão V L ou Vf do sistema. Quando vários motores
monofásicos são conectados ao sistema trifásico (formado por três sistemas monofásicos), deve-se tomar o cuidado para
distribuí-los de maneira uniforme, evitando-se assim, desequilíbrio entre as fases.

38
6.1.1 - CARACTERIZAÇÃO. COMPARAÇÃO COM MOTORES TRIFÁSICOS.
Construtivamente, os motores monofásicos são semelhantes aos trifásicos, já estudados anteriormente, com a
diferença de possuírem um único enrolamento de fase. Sua grande vantagem é a de poderem ser ligados à tensão de fase
das redes elétricas, normalmente disponíveis em residências e pequenas propriedades rurais - ao contrário do que sucede
com as redes trifásicas. Em contrapartida, possuem o inconveniente de serem incapazes de partir sem a ajuda de um
circuito auxiliar, o que não ocorre com os motores trifásicos.
Em uma comparação com motores trifásicos, os monofásicos apresentam muitas desvantagens:
 apresentam maiores volume e peso para potências e velocidades iguais (em média 4 vezes); em razão disto, seu
custo é também mais elevado que os de motores trifásicos de mesma potência e velocidade;
 necessitam de manutenção mais apurada devido ao circuito de partida e seus acessórios;
 apresentam rendimento e fator de potência menores para a mesma potência;
 em função disso apresentam maior consumo de energia (em média 20% a mais);
 possuem menor conjugado de partida;
 são difíceis de encontrar no comércio para potências mais elevadas (acima de 10 CV).

6.2 - PRINCIPAIS TIPOS DE MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

 Motor de Fase Dividida com partida a capacitor


Os motores monofásicos de fase dividida são utilizados principalmente em máquinas como motobombas,
compressores, furadeiras, serras, cortadores de grama etc., são, em geral, máquinas de pequeno porte, já que são
fabricados normalmente em potências de até 2 CV. É raro serem encontrados acima desta potência, pois a utilização de
motores trifásicos fica economicamente mais viável.
O estator desses motores é constituído resumidamente por dois bobinados, chamados bobinado principal (ou de
trabalho) e bobinado auxiliar (ou de partida; arranque). Na partida do motor, os dois bobinados ficam energizados; tão
logo o rotor atinja sua velocidade, o bobinado de arranque é desligado, permanecendo em funcionamento somente as
bobinas de trabalho.
A bobina de partida do motor possui ligado em série consigo um capacitor e um interruptor centrífugo (e é
normalmente feita com fio mais fino). O interruptor (na maioria dos motores formado por um interruptor centrífugo
associado a um platinado, embora não seja o único modelo existente) desliga a bobina de partida após a partida do
motor. Já o capacitor faz com que surja no interior do
motor um campo magnético girante, que impulsionará o motor a partir.
Para que possa funcionar em duas tensões diferentes (127 ou 220 V), a bobina de trabalho desses motores é
dividida em duas, tendo a possibilidade de as partes serem conectadas em série ou em paralelo, de acordo com a tensão
da rede elétrica. Cada parte deve receber no máximo 127V, que corresponde à menor tensão de funcionamento do
motor (Figura 6.1). A inversão da rotação é feita invertendo-se o sentido da corrente na bobina auxiliar, ou seja, troca-se
o terminal 5
pelo 6.
Fig. 6.1

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40
Principais componentes do motor monofásico de fase dividida

40
34
01 Parafuso: de aço zincado, com alta resistência à 11 Rolamento traseiro: de esferas, dimensionado para
corrosão. suportar as piores solicitações sem danos para o
motor e com dupla blindagem
02 Tampa dianteira: de ferro fundido com assento do 12 Arruela ondulada: de aço mola, dimensionada para
mancal mandrilado, o que aumenta a vida útil dos que o motor tenha a mínima folga axial.
rolamentos.
03 Rolamento dianteiro: de esferas, dimensionado 13 Tampa traseira: em ferro fundido, com assento do
para suportar as piores solicitações sem danos para mancal mandrilado, o que aumenta a vida útil dos
o motor e com dupla blindagem rolamentos

04 Arruela de encosto do rolamento: de aço 14 Porcas sextavadas: de aço zincado, com alta
zincado, com alta resistência à corrosão. resistência à corrosão
05 Ventilador: de PP ou PA, projetado para mover 15 Tampa da caixa de ligação: De chapa e de fácil
grande quantidade de ar com pouco ruído. remoção, facilitando a ligação do motor
06 Chaveta: de aço 1045, com alta precisão 16 Capacitor: dimensionado para obter maior ângulo
dimensional. entre as correntes dos enrolamentos auxiliar e
principal, proporcionando elevados torques de
partida
07 Rotor completo: formado por lâminas com baixa 17 Capa do capacitor: fabricado em chapa de aço,
perda elétrica. Os anéis e barras do circuito são de utilizado para proteger o capacitor contra choques
alumínio, o que torna o conjunto extremamente mecânicos
rígido.
08 Pino elástico: de aço mola, utilizado para fixar o 18 Centrifugo: conjunto responsável pelo
estator bobinado na carcaça chaveamento do enrolamento auxiliar durante a
partida
09 Carcaça completa: fabricada em chapa de aço 19 Platinado: base em baquelite, contato em liga de
prata e lâmina de bronze fosforoso

10 Estator bobinado: com lâminas tratadas


termicamente, visando minimizar as perdas
elétricas. Fio envernizado à base de poliéster,
apresentando alta rigidez dielétrica entre as fases e
excelentes propriedades mecânicas, com classe
térmica “H” (180ºC).

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 Motor Universal
São usados comumente em pequenos eletrodomésticos como furadeiras e lixadeiras que requerem conjugado
elevado tais como liquidificadores, aspiradores de pó e bombas centrÍfugas que requerem alta velocidade. Normalmente
são fabricados para potências fracionárias de até ¾ de CV uma vez que para potências acima de alguns CV
funcionam precariamente em CA gerando grande faiscamento nas escovas e o rendimento e FP decrescem. Pode operar
tanto em CA como CC e possui uma velocidade variável (baixas velocidades para grandes torques e altas velocidades
para pequenas cargas). O torque de partida também é elevado e desenvolvem velocidades da ordem de até 10.000 rpm.
A inversão do sentido de rotação deste motor só é conseguida invertendo-se a posição das escovas.

42
43
ACIONAMENTOS ELÉTRICOS

7.1 - INTRODUÇÃO
A representação dos circuitos de comando de motores elétricos é feita normalmente através de dois diagramas :
 Diagrama de força : representa a forma de alimentação do motor à fonte de energia;
 Diagrama de comando : representa a lógica de operação do motor.
Em ambos os diagramas são encontrados elementos (dispositivos) responsáveis pelo comando, proteção,
regulação e sinalização do sistema de acionamento.
A seguir estes elementos são abordados de forma simplificada no intuito de fornecer subsídios mínimos para o
entendimento dos sistemas (circuitos) de comandos eletromagnéticos.

7.2 - DISPOSITIVOS DE COMANDO


São elementos de comutação destinados a permitir ou não a passagem da corrente elétrica entre um ou mais
pontos de um circuito. Os tipos mais comuns são:

 Chave sem retenção ou impulso ( pulsador )


É um dispositivo que só permanece acionado mediante aplicação de uma força externa. Cessada a força, o
dispositivo volta à situação anterior. Este tipo de chave pode ter, construtivamente, contatos normalmente abertos (NA)
ou normalmente fechados (NF),
conforme mostra figura 7.1.
Fig. 7.1

Chave impulso Desacionada (repouso) Acionada

NA

NF

44
 Chave com retenção ou trava
É um dispositivo que uma vez acionado, seu retorno à situação anterior acontece somente através de um novo
acionamento. Construtivamente pode ter contatos normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF) conforme
mostra a figura 7.2.
Fig. 7.2
Chave com retenção Desacionada (repouso) Acionada

NA

NF

 Chave de contatos múltiplos com ou sem retenção


Existem chaves com ou sem retenção de contatos múltiplos NA e NF. A figura 7.3 mostra estes dois modelos.
Fig. 7.3 : Chave de contatos múltiplos com retenção

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 Sinaleiros
Um sinalizador é composto de suporte de fixação frontal fixado na traseira do suporte frontal. O suporte de
fixação frontal pode ser girado, permitindo fixação em portas de painéis com espessuras de 1 a 4mm ou de 3 a
6mm.

 Chave seletora
É um dispositivo que possui duas ou mais posições podendo selecionar uma ou várias funções em um determinado
processo. Este tipo de chave apresenta um ponto de contato comum (C) em relação aos demais contatos. A figura 7.4
apresenta uma chave seletora.

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nominal e corrente máxima suportável pelos contatos.

 Chaves fim-de-curso
As chaves fim-de-curso são elementos de comando com a finalidade de enviar sinais ao comando elétrico de um
determinado sistema. Esse tipo de equipamento é acionado por elementos de máquinas que compõe um sistema
industrial. A função principal deste componente é “avisar” o comando que determinada situação foi alcançada, como
por exemplo, uma parte móvel da máquina chegou numa determinada posição. A seguir é apresentado a foto de uma
chave fim-de-curso.

 Chave de nível tipo bóia


A ligação e o desligamento automático de bombas d’água são realizados por um dispositivo conhecido como
chave de nível ou automático de nível. Um dos sistemas mais empregados, por permitir o comando da bomba, conforme
a exigência do reservatório superior (caixa d’água) e a disponibilidade de água no reservatório inferior (poço ou
cisterna), utiliza o controle por princípio eletromecânico. A chave de nível tipo bóia é construída de plástico e possui
um contato reversível no seu interior, acionado pelo deslocamento da própria. Possui também, 3 fios para ligação e,
geralmente, são fabricadas para corrente nominal de 15 A.

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 Contator
Um contator nada mais é que uma chave liga e desliga, sendo que seu acionamento é eletromagnético ao invés de
manual, ou seja, ocorre através de um eletroímã.

 Terminais do circuito principal (potência) : Devem ser identificados por números unitários e por um sistema
alfanumérico.

 Terminais de contatos auxiliares : Os terminais dos circuitos auxiliares devem ser identificados nos
diagramas, através de figura com dois números, a saber :
 a unidade representa a função do contato;

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 a dezena representa a sequência de numeração.

Embora o alto custo dos contatores, muitas são as vantagens de usá-los no lugar de chaves manuais. Com eles é
possível:
-comando à distância de grandes cargas através de pequenas correntes;
-velocidade de abertura e fechamento dos contatos elevada;
-automatização de circuitos;
-etc.

Exemplo de circuito:

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Figura 7.6 – Acionamento com contator

A tensão em que será energizada a bobina do contator vem impressa junto à ela. Existem, para acionamento em
CA 60 Hz, desde 24 até 600 V; para acionamento em CC desde 12 até 440 V. Estes limites podem variar conforme o
fabricante e/ou modelo.
Um contator poderá ter 2, 3 ou 4 contatos principais (embora o mais comum sejam 3), onde serão chamados de
contatores bipolares, tripolares ou tetrapolares. Já a quantidade de contatos auxiliares, bem como a condição NA – NF,
varia muito. Alguns modelos de contatores trazem inclusive a possibilidade de acrescentar-se através de blocos aditivos
frontais e/ou laterais, outros contatos auxiliares.
Os contatores podem ter somente um dos tipos de contatos (auxiliares ou principais) ou ambos. Assim,
classificam-se como contatores (ou ainda: de força, ou principal, ou bi, tri, tetrapolar) aqueles que possuem os
contatos principais (mesmo que tenham também contatos auxiliares) e, contatores auxiliares aqueles que aí sim, só
possuem contatos auxiliares. Este último exercerá funções apenas no circuito de comando da instalação, como por
exemplo, aumentar o número de contatos auxiliares disponíveis de um contator tripolar (ligando-os em paralelo). Com
função semelhante à dos contatores auxiliares existem os relés de comando que mudam basicamente só na aparência
física.

Dependendo do tipo de carga que um contator aciona, o desgaste de seus contatos será mais rápido ou mais
lento. Para que a vida útil de um contator seja a maior possível, os limites de corrente são determinados em função do
tipo de carga que os contatos acionarão, assim um único contator poderá acionar diferentes potências dependendo do
que for a carga. Isto é chamado de categoria de emprego, e são divididas em 2 grupos:

Categorias de corrente alternada:


AC1 = cargas resistivas (cos  ≥ 0,95);
AC2 = motores de anel (Ip/In  2,5);
AC3 = motores com rotor em curto (Ip/In  7,0);
AC4 = motores com acionamento intermitente (liga, desliga e freia constantemente);
AC14 = circuitos de comando até 72 VA;

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AC15 = circuitos de comando superiores à 72 VA;

Categorias de corrente contínua:


DC1 = cargas resistivas;
DC2 = motores CC, de excitação paralela, funcionamento normal;
DC3 = motores CC, de excitação paralela, com frenagem, ... ;
DC4 = motores CC, de excitação série, funcionamento normal;
DC5 = motores CC, de excitação série, com frenagem, ... ;
DC13 = circuitos de comando DC.

É importante saber ainda que, as partes de um contator (bobina, contatos) são vendidas separadas para eventuais
necessidades de reposição.

 Relé térmico de sobrecarga


É um componente utilizado para proteger os motores elétricos de sobrecargas. Existem basicamente dois tipos:
Bimetálico e Eletrônico. Os bimetálicos possuem três elementos pelos quais passa a corrente do motor. Quando é
excedido o limite de corrente, ocorre o curvamento dos elementos bimetálicos por efeito Joule e isso faz com que seja
acionado um contato auxiliar que comuta de posição, motivo pelo qual os relés térmicos devem ser usados com
contatores ou componentes de acionamento semelhante.
Cada relé térmico de sobrecarga é fabricado para uma faixa de corrente, sendo necessária sua regulagem conforme
a carga acionada. Os relés térmicos têm características de ação retardada, suportando sem problemas os picos de
corrente da partida dos motores elétricos. Após atuarem, é necessário fazer o rearme do relé. A maioria desses
componentes possui sinalizador de armado/desarmado.

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 Temporizadores
Os temporizadores possuem funcionamento semelhante a um contator auxiliar, diferenciando-se na comutação dos
contatos que não ocorrem simultaneamente a energização ou desenergização de sua bobina. O atraso (tempo) pode ser
regulado de acordo com a necessidade da instalação.
Os temporizadores mais usados são eletrônicos ou pneumáticos. Alguns modelos são motorizados. Nem todos
temporizadores necessitam de alimentação individual. Alguns são usados como blocos aditivos e outros simplesmente
ligados em série (como se fosse um interruptor simples) com o componente a temporizar. Quanto ao funcionamento os
tipos mais comuns são:

a) Temporizador com retardo na energização (ao trabalho – ON-delay)


Energizando-se a bobina, os contatos levam um tempo predeterminado para mudar de posição. Ao desligar,
instantaneamente os contatos assumem a posição normal.

Figura 7.7 –Temporizador ON-delay com contatos comutadores

b) Temporizador com retardo na desenergização (ao repouso – OFF-delay)


Energizando-se a bobina, os contatos instantaneamente mudam de posição. Quando desenergizada, seus
contatos demoram um tempo pré-ajustado para retornar à posição normal.

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Figura 7.8 – Temporizador

c) Relé de falta de fase


Este relé é um componente eletroeletrônico que monitora um circuito elétrico verificando a presença, ou não,
das três fases. Desliga-o caso isso ocorra, evitando que a máquina funcione com falta. A ligação desses componentes
exige um circuito apropriado com dispositivos de controle a distância integrado (contator, por exemplo), pois a atuação
ocorre com a modificação da posição de um contato auxiliar, que então deve atuar em um circuito de comando.
Normalmente o contato que deve ser conectado em série ao circuito é o contato NA (normalmente aberto), pois fecha
assim que recebe os condutores energizados da rede elétrica.

Figura 7.9 – Esquema básico para a ligação de um relé falta de fase

53
7.3 - DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
São elementos intercalados no circuito com o objetivo de interromper a passagem de corrente elétrica sob
condições anormais, como curto-circuitos ou sobrecargas. Os dispositivos de proteção mais comuns são:

 Fusível
O princípio de funcionamento do fusível baseia-se na fusão do filamento e conseqüente abertura do filamento
quando por este passa uma corrente elétrica superior ao valor de sua especificação. Temos ainda os fusíveis do tipo
DIAZED, NH, etc, para maior capacidade de corrente.
Os fusíveis geralmente são dimensionados 20% acima da corrente nominal do circuito. São classificados em
retardados e rápidos. O fusível de ação retardada é usado em circuitos nos quais a corrente de partida é muitas vezes
superior à corrente nominal. É o caso dos motores elétricos e cargas capacitivas. Já o fusível de ação rápida é utilizado
em cargas resistivas e na proteção de componentes semicondutores, como o diodo e o tiristor em conversores estáticos
de potência.

 Fusível Diazed
Diazed é o modelo de fusível utilizado em instalações industriais nos circuitos com motores. É do tipo retardado e
fabricado para correntes de 2 a 100 A.
O conjunto de proteção Diazed é formado por: tampa, anel de proteção – ou, alternativamente, cobertura de
proteção –, fusível, parafuso de ajuste e base unipolar ou tripolar (com fixação rápida ou por parafusos). O fusível
possui na extremidade um indicador que tem a cor correspondente à sua corrente nominal, que é a mesma cor do
parafuso de ajuste. O indicador desprendesse em caso de queima, podendo ser visto pelo visor da tampa. Seu interior é
preenchido com uma areia especial, de quartzo, que extingue o arco voltaico em caso de fusão.
O parafuso de ajuste tem a função de não permitir a substituição do fusível por outro de maior valor, já que o
diâmetro da extremidade que fica em contato com este é diferente para cada corrente (exceção para 2, 4 e 6 A, quando o
parafuso tem a mesma bitola, embora diferenciado nas cores).

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 Disjuntor Termomagnético
O disjunto termomagnético possui a função de proteção e, eventualmente, de chave. Interrompe a passagem de
corrente ao ocorrer uma sobrecarga ou curto-circuito. Define-se sobrecarga como uma corrente superior a corrente
nominal que durante um período prolongado pode danificar o cabo condutor e/ou equipamento. Esta proteção baseia-se
no princípio da dilatação de duas lâminas de metais distintos, portanto, com coeficientes de dilatação diferentes.
Uma pequena sobrecarga faz o sistema de lâminas deformar-se (efeito térmico) sob o calor desligando o circuito.
Os disjuntores podem ser : monopolares, bipolares e tripolares. Algumas vantagens :
religável, não precisa de elemento de reposição, pode eventualmente ser utilizado como chave
de comando.

55
Figura 7.11 : Símbolo elétrico do disjuntor

Simbologia

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7.3 – PARTIDAS AUTOMÁTICAS

Circuito de força : partida direta sem reversão;


Circuitos de comando : 01 – um botão liga e outro desliga.

57
58
Circuito de força : partida direta com reversão;
Circuitos de comando : um botão liga um sentido de rotação (S1) e outro botão liga o sentido
Inverso (S2) e outro desliga (S0).

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41
ite
Exercícios :
02 – dois botões ligam e dois desligam;
03 – comando com sinalização ligado, desligado e relé térmico de sobrecarga desarmado.

[Dig
41
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