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Apostila NR35 Rev01 29.01.2021
Apostila NR35 Rev01 29.01.2021
TREINAMENTOS E CAPACITAÇÕES
1º Revisão
São Leopoldo
Julho de 2020
NR 35 - TRABALHO EM ALTURA
EMPRESA RESPONSÁVEL
CNPJ: 93.459.636/0001-06
Site: hsesegurança.com.br
ELABORADOR APOSTILA
GABRIEL BAVARESCO
MTE 45/00932-7
2 | NR 35 - Trabalho em Altura
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................................ 4
3. RESPOSABILIDADES ............................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO
Uma das principais causas de acidentes de trabalho no Brasil é causada pela queda da
diferença de níveis por parte dos trabalhadores, sejam elas em ambiente de trabalho ou até
mesmo em sua própria residência. As consequências ocasionadas por uma queda de diferença
de nível, podem ser graves ou até mesmo fatais, trazendo grandes transtornos para vida do
trabalhador. Como medida para reduzir os acidentes de trabalho decorrentes da diferença
de níveis, foi implantada a Norma Regulamentadora de Nº 35, na qual estabelece referências
normativas, para que sejam executadas atividades cuja sua diferença de altura seja superior a
2 metros.
2. OBJETIVOS
3. RESPOSABILIDADES
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de
segurança aplicáveis;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma
Item 1.4.3 (NR-01) O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma
situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e
saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico.
Item 3.1.1 (NR-03) Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de
trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à
integridade física do trabalhador.
Item 1.4.3.1 (NR-01) Comprovada pelo empregador a situação de grave e iminente risco, não
poderá ser exigida a volta dos trabalhadores à atividade enquanto não sejam tomadas as
medidas corretivas.
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O DIREITO DE RECUSA É UMA FERRAMENTA PARA SALVAR VIDAS, E NÃO DEVE SER
USADO COMO FORMA DE REJEITAR UM TRABALHO.
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho.
4. CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO
Todo trabalhador que for submetido a trabalhos com diferença de nível superior a 2 metros de
altura, tens como dever ser capacitado, forma prática e teórica, com carga horária mínima de
8 horas (oito), conforme conteúdo programático estabelecido na norma regulamentadora de
Nº 35.
Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado. Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele
capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa
atividade e que possua anuência formal da empresa.
Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em
altura, garantindo que:
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda
de altura, considerando também os fatores psicossociais.
A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do
trabalhador (ASO).
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder
ser eliminado.
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A análise de risco (AR) é uma técnica ou ação, muito utilizada no meio da saúde e
segurança do trabalho, com o propósito de verificar detalhadamente atividades do processo
no qual será executado, visando realizar uma avaliação para analisar e identificar perigos
presentes nas atividades em questão, com intuito de descobrir causas e consequência para
evitar acidentes de trabalho.
Definição de Perigo:
Perigo é uma ou mais condições que têm o perfil de causar ou contribuir para risco potencial
a saúde, meio ambiente ou patrimonial. É uma expressão que se relaciona a exposição ao
risco. O nível de perigo pode ser alto ou baixo.
Definição de Risco:
Risco é a capacidade ou potencial de uma grandeza, de causar lesões ou danos à saúde de
algumas pessoas, meio ambiente ou patrimonial.
A Análise Preliminar de Riscos (APR) é uma ferramenta eficaz para a identificação de potenciais
riscos no ambiente de trabalho. Partindo da identificação antecipada de elementos e fatores
ambientais que representem perigo elevado, analisa, de maneira detalhada, cada uma das
etapas do processo, possibilitando assim a escolha das ações mais adequadas para minimizar
a possibilidade de acidentes.
A Permissão de Trabalho (PT) é a autorização dada por escrito, em documento próprio para a
execução de qualquer trabalho de manutenção, montagem, desmontagem, construção,
reparo ou inspeção de equipamentos a ser realizado na área industrial. Tem por objetivo
esclarecer as etapas para avaliação de liberação de serviços com riscos potenciais de acidentes
a serem executados nas diversas áreas.
Algumas situações durante a fase de planejamento ou até mesmo execução do serviço podem
ser de caráter primordial para que ocorra a execução, pois algumas desdás situações são de
extremo risco para a saúde dos trabalhadores. O trabalho não deve ser executado nos
seguintes casos:
- Situações que impedem a realização ou continuidade dos serviços que podem colocar em
risco a saúde ou a integridade física do trabalhador. Ausência da AR – Análise de Risco,
- Ausência de supervisão;
7. RISCOS POTENCIAIS
Além dos riscos presentes na execução no trabalho em altura, como a queda por diferença de
altura, existem alguns outros riscos adicionais que podem estar presentes no ambiente, onde
podem interferir direta ou indiretamente na execução da atividade e até mesmo expor a
integridade física do colaborador que a estiver executando.
Os riscos mecânicos são aqueles que ocorrem em situações que podem levar a acidentes, no
qual se referem as condições do local de trabalho, tais como, falta de espaço, iluminação
inadequada, falta de ventilação ou equipamentos que podem gerar lesões ou danos a saúde
do trabalhador.
São todos os perigos relacionados com tensões elétricas presentes direta ou indiretamente
presentes no local de execução da atividade, sejam por meios de equipamentos energizados,
quadros de distribuição ou redes de alta tensão. Os danos por um choque elétrico podem ser
irreversíveis e até mesmo levar a morte imediata dos trabalhadores.
Atividades que forem executadas sobre fornos, estufas ou até mesmo em ambiente aberto
sobre alta carga de incidência solar, devem ser avaliadas e tomadas as medidas cabíveis para
a execução da atividade, pois apresentam graves riscos que comprometem a saúde do
trabalhador
Ancoragem do Tipo A:
Tipo 1: Dispositivo de ancoragem projetado para ser fixado a uma estrutura por meio estrutural
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ou de um elemento de fixação.
Os tipos mais comuns são placas (ou chapeletas) e os olhais. São construídos em materiais
metálicos como o aço carbono e o aço inox (melhor indicado). A sua carga de resistência
mínima em testes para ser certificado deve suportar uma carga estática de 12kN, embora a
grande maioria suporte uma carga de resistência acima dos 22kN, dependendo do fabricante
e material utilizado. Os requisitos para esse tipo de dispositivo são específicos para suportar a
carga dinâmica de apenas uma pessoa.
Ancoragem do Tipo B:
Dispositivo de ancoragem transportável com um ou mais pontos de ancoragem estacionários.
Esses dispositivos não são instalados em uma ancoragem estrutural através de um elemento
de fixação. Por exemplo, são montados ao redor de uma viga, no marco de uma porta ou janela
ou no piso de alguma estrutura. Os dispositivos desse tipo podem ser metálicos ou têxtil. A
sua carga de resistência mínima em testes para ser certificado deve suportar uma carga
estática de 12kN, ou para elementos não metálicos deve ser de 18kN.
Ancoragem do Tipo C:
São dispositivos de ancoragem empregados em linhas de vida flexíveis horizontais. Para os
efeitos da norma brasileira linha horizontal é subentendida como a que deriva do plano
horizontal não mais que 15°. Os sistemas de linhas de vida são uma das soluções mais básicas
para trabalhos em altura em telhados ou superfícies onde não existem sistema de proteção
coletiva, onde se faz necessário deslocamento dos trabalhadores ao longo de um ou mais
pontos em edificações que não oferecem um controle para o risco de queda.
Ancoragem do Tipo D:
Dispositivo de ancoragem empregado em uma linha de ancoragem rígida que não se desvie
do plano horizontal por mais de 15°. Esse sistema é formado basicamente por um trilho rígido
metálico por onde desliza um carro ou um trole que servirá como ponto móvel de ancoragem
para conexão do componente de união.
a) retenção de queda;
b) restrição de movimentação;
c) posicionamento no trabalho;
Figura 8.4 – Sistema de Ancoragem Simples Figura 8.5 – Sistema de Ancoragem Equalizado
FATOR DE QUEDA 0
FATOR DE QUEDA 1
FATOR DE QUEDA 2
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OBS: Foram apresentados apenas alguns modelos de nós utilizados no trabalho em altura.
9. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
•Extintores de incêndio
•Chuveiro Lava-olhos
•Exaustores
CINTOS DE SEGURANÇA
TRAVA-QUEDAS
TALABARTES
CAPACETE
Para trabalho em altura são recomendados os capacetes Classe A do tipo III (3), onde tenham
um desenho específico de jugular, fita na qual une o capacete a cabeça, afim para garantir a
fixação do mesmo na cabeça do trabalhador, além de proteger contra quaisquer
impactos contra cabeça do trabalhador. Caso seja necessário o trabalho em altura com
eletricidade, são recomendados os capacetes Classe B.
MOSQUETÃO
CORDA
A NR-18 estabelece quais são as especificações cabíveis aos cabos de segurança destinados à
sustentação de cadeira suspensa ou como linha de segurança para fixação do trava-quedas ao
cinto de segurança.
Fita de identificação Constando: NR 18.16.5 - ISO 1140 1990 e nome do fabricante com CNPJ.
▪ Degradação química
Inspeção: antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada (Inspeção visual e
tátil}. Verifique cortes, desgastes, sujidade. A corda não deve apresentar caroços,
inconsistência à dobra, emagrecimento da alma e folga entre capa e alma.
Manutenção: manutenção de cordas deve ser feita preferencialmente com uso de água e
detergente neutro, devendo secar à sombra.
O empregador deve disponibilizar equipe apta para atuar em caso de emergências para
trabalho em altura, que responda de acordo com o determinado no plano de emergências, não
significando que a equipe é dedicada a esta atividade.
35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para
trabalho em altura.
35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que
executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.
35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as
respostas a emergências.
35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar
capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
compatível com a atividade a desempenhar.
O referido problema foi estudado inicialmente após a morte de vários espeleologistas que
abandonaram os métodos tradicionais de escalada que utilizavam escadas, pelo método
que utilizava apenas cordas e passava longos períodos em suspensão. A falha no sistema
circulatório ocasionado pela compressão das fitas do cinturão de segurança tipo
paraquedista, devido longos períodos em suspensão em trabalhos de Alpinismo Industrial
ou após ter a queda retida e encontrar-se suspenso pelo sistema de segurança contra
quedas, foi inicialmente chamado de Síndrome do Boudrier, mas algumas literaturas
tratam como choque ortostático e no Brasil popularizou-se como Síndrome da suspensão
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12. GLOSSÁRIO
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas
de controle.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das
medidas de proteção, para segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar
de forma antecipada.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho
em altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam
afetar a segurança e a saúde no trabalho.
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Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua
atividade em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.