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2. Suponha que, nos idos de Março de 125 d.C., Sertorius empreendeu fazer
uma longa viagem. Vivendo sozinho, foi-lhe mister entregar o seu cavalo-
lusitano favorito a alguém que dele cuidasse durante a sua ausência.
Escolheu, para tanto, Marcus, a quem o prendiam, desde a infância,
irrefragáveis laços de amizade.
Quid iuris, se:
a) Sertorius, ao regressar, houvesse constatado ter Marcus deixado o seu cavalo
morrer de fome?
b) Marcus, aquando do regresso de Sertorius, lhe exigisse 1.000 sestércios para
consertos vários nas suas cocheiras, motivados por danos causados pelo
cavalo?
c) Marcus houvesse, naquele entretanto, utilizado o cavalo para uma corrida de
quadrigas?
d) Marcus, encantado com a beleza e pujança do cavalo, dele se houvesse
apropriado e o não quisesse restituir a Sertorius?
3. Suponha que, em 14 de Agosto de 254, Paulus viu a sua casa soçobrar ante
um inclemente incêndio. Seu amigo Caius, movido pelo nobre sentimento de
auxiliar Paulus em hora tão tremendamente aziaga, entregou-lhe um imóvel
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de que era proprietário e que se achava desocupado, a fim de que nele
habitasse até ao final do Inverno.
Quid iuris, se:
a) pouco tempo transcorrido, Caius viesse a descobrir que Paulus explorava
no imóvel uma actividade comercial, sendo certo, ademais, que o
contínuo fluxo de clientes – famintos buscantes de um vinho de grande
qualidade que Paulus ali vendia –, frequentemente ébrios e desordeiros,
vinha causando, de quando em quando, alguns danos materiais no
mesmo?
b) Paulus, constatando o avançado estado de degradação do imóvel, tivesse
tido necessidade de mandar compor-lhe o telhado, pois que divisões
havia em que a água da chuva entrava a jorros?