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Houve certa vez um governante chamado Rei Konjiki. Seu país foi, durante
doze anos, atormentado por uma grande seca, e um número incontável de
pessoas morreram de fome. Nos rios, cadáveres se empilhavam como
pontes, e, na terra, esqueletos se acumulavam como oiteiros de sepulcro.
Naquele tempo, o Rei Konjiki concebeu uma grande aspiração à iluminação
(para salvar o povo) e distribuiu uma grande quantidade de donativos. Ele
cedeu tudo o que podia, até restarem apenas cinco meras medidas de
arroz em sua despensa. Quando seus ministros o informaram de que isto o
iria alimentar durante um único dia, o grande rei pegou as cinco medidas
de arroz e a cada um de seus súditos famintos deu um grão, dois grãos,
três grãos ou quatro grãos, distribuindo-os, dessa maneira, a todos. Então,
ele voltou-se para o céu e bradou que morreria de fome no lugar do povo,
tomando para si a dor da fome e sede deles. O céu escutou-o e
imediatamente enviou-lhe a doce chuva da imortalidade. Quando essa
chuva tocava os corpos ou caía sobre as faces das pessoas, a fome dela era
satisfeita e, no espaço de um momento, todos os habitantes do país foram
revivificados.
Na Índia, houve uma pessoa chamada Sudatta. Sete vezes ele ficou
reduzido à pobreza, e sete vezes ele tornou-se um homem rico. Durante
esse último período de privação, as pessoas (da cidade) haviam todas
fugido ou perecido, até que sobraram apenas ele e sua esposa. Eles tinham
somente cinco medidas de arroz, suficientes para se manterem por cinco
dias. Nessa ocasião, cinco pessoas – Mahakashyapa, Shariputra, Ananda,
Rahula e o Buda Sakyamuni – vieram, revezando-se para pedir donativos e
receberam as cinco medidas de arroz. Daquele dia em diante, Sudatta
tornou-se o homem mais rico em toda a Índia e construiu o Monastério
Jetavana. Deve entender todas as situações similares a partir desses
exemplos.
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