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Praticar o budismo é superar limites

“No mundo do budismo, mesmo aquilo que parece já estar bom irá se tornar ainda melhor. Quando
acreditamos que já atingimos o limite máximo, vamos ainda mais além. Essa é a Lei Mística”

Resposta ao Sacerdote Leigo Takahashi

Gosho a ser estudado na reunião de palestra de dezembro

Com base na matéria publicada na revista Terceira Civilização, ed. 565, set. 2015

Frase do escrito

“Além do mais, o Sutra do Lótus afirma ser o “bom remédio para os males dos habitantes de
Jambudvipa [o mundo inteiro]”.1 As pessoas deste mundo de Jambudvipa estão sofrendo com
enfermidades, mas elas possuem o remédio do Sutra do Lótus. No seu caso, os três requisitos2
estão presentes; então, como poderia falhar em se recuperar? Porém, se o senhor duvidar, nada
poderei fazer para ajudá-lo”. (CEND, v. I, p. 637)

Cenário Histórico

A carta Resposta ao Sacerdote Leigo Takahashi foi escrita por Daishonin, no Monte Minobu, no sétimo
mês de 1275. Seu destinatário, também conhecido como Takahashi Rokuro Hyoe, residia em Kajima,
no distrito de Fuji, província de Suruga (atual cidade de Fuji, no centro da província de Shizuoka). Sua
esposa, a monja leiga Myoshin, foi a tia do sucessor imediato de Nichiren Daishonin, Nikko Shonin.
O sacerdote leigo Takahashi, fiel e dedicado discípulo de Daishonin, estava sofrendo de uma grave
doença e lutava bravamente para superá-la. Assim, Daishonin enviou esta sincera carta para
incentivá-lo e tranquilizá-lo. Com a mais profunda benevolência e consideração, Daishonin orou por sua
recuperação, segurou sua caneta e confiou esta carta a Nikko Shonin e outros para entregar-lhe.

Texto do Departamento de Estudo do Budismo (DEB)

Texto 1: Construir um invencível eu para conquistar a vitória absoluta

Em Resposta ao Sacerdote Leigo Takahashi, Nichiren Daishonin ensina a


Takahashi que o Nam-myoho-renge-kyo é a essência do Sutra do Lótus e o bom
remédio da Lei Mística que cura todos os males da humanidade. Incentiva seu

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discípulo dizendo que seu obstáculo pode ser uma providência do Buda, e que é
por meio da doença que se pode abrir o caminho para aprofundar a fé e assim
conquistar a vitória absoluta.
Em sua explanação, o presidente Ikeda salienta: “O desejo de Daishonin foi
plantar no coração do seu discípulo uma forte fé para não ser derrotado por
nenhuma circunstância. Não há nenhuma dúvida de que por meio do grandioso
bom remédio da Lei Mística pode ser adquirida a condição de vida da eterna
felicidade” (BS, ed. 2.225, 26 abr. 2014, p. C3).
Ao acreditar e recitar o Nam-myoho-renge-kyo, compreendemos o profundo
significado de todos os sofrimentos da vida, incluindo a doença. Essa é a
filosofia de vida da transformação do carma em missão. Não é apenas uma
questão de suportar estoicamente (com firmeza) nosso carma nem é um caminho
de escapismo. Em vez disso, nós nos esforçamos para construir um invencível
eu, transformando nossa vida no nível mais fundamental e desenvolvendo força
interior para enfrentar a doença ou qualquer outra adversidade sem sermos
derrotados.
Na passagem: “No seu caso, os três requisitos estão presentes; então, como
poderia falhar em se recuperar?” (CEND, v. I, p. 637). Os “três requisitos”, aqui,
podem ser interpretados como o Buda, a Lei, e o devoto do Sutra do Lótus. O
Buda é Shakyamuni, cujo desejo era curar os graves males de todos os seres
vivos dos Últimos Dias. A Lei é o Nam-myoho-renge-kyo, que é o bom remédio
para todos de Jambudvipa, o mundo inteiro. E o devoto é Nichiren Daishonin, que
se levantou para agir como o devoto do Sutra do Lótus para propagar este
medicamento benéfico e, assim, conduzir todas as pessoas à iluminação. Esta,
diz Daishonin a Takahashi, deve ser a fonte de imensa tranquilidade e confiança.
No mundo da fé na Lei Mística, o mestre acalenta o desejo de que cada discípulo
evidencie seu pleno potencial com base em sua prática budista e conduza uma
vida de realizações como resultado de sua dedicação ao kosen-rufu. O fato de os
discípulos conseguirem ou não alcançar essa condição é estabelecido por seus
próprios esforços determinados a superar dificuldades e a trabalhar seriamente
pela propagação da Lei Mística. O mestre ensina esse rigoroso caminho da fé aos
discípulos. Por sua vez, cada um dos discípulos, individualmente, levantam-se
só, enfrentam bravamente as adversidades e vencem (Terceira Civilização, ed.
542, out. 2013, p. 45).

Texto 2: Inabalável convicção — a chave para verdadeira felicidade

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Nesta carta, Nichiren Daishonin se dedica a criar uma inabalável convicção no coração do sacerdote
leigo Takahashi. Ele está dizendo: “O senhor é um discípulo de Nichiren Daishonin, o devoto do Sutra
do Lótus. Como tal, não tem nada a temer!” Esta é a convicta mensagem que percorre toda a carta.
Nichiren Daishonin demonstrou um grande exemplo desse tipo de inabalável convicção — a crença de
que podemos superar qualquer sofrimento e transformá-lo em algo positivo por meio da fé na Lei
Mística. Ele ensinou um caminho de ilimitada esperança.
No entanto, tudo depende da fé do discípulo. Como Daishonin adverte o sacerdote leigo Takahashi:
“Porém, se o senhor duvidar, nada poderei fazer para ajudá-lo” (CEND, v. I, p. 637).
O presidente Ikeda diz: “Tudo depende do que está em nosso coração. As orações sinceras certamente
serão respondidas. Se nós próprios decidirmos que algo é impossível, então, correspondentemente à
nossa mente que pensa assim, mesmo que seja possível, para nós se tornará impossível. Por outro
lado, se temos a confiança de que definitivamente podemos fazer algo, então já estamos um passo
próximos de atingir essa realidade. Precisamos direcionar nosso espírito, nosso coração interior, rumo
ao kosen-rufu. Atingir o estado de buda depende de acalentarmos essa determinação. Se tivermos
esse espírito, nossa vida brilhará como joias de boa sorte e felicidade. E podemos empreender uma
maravilhosa jornada da vida na qual nossos sonhos, um após outro, serão realizados” (BS, ed. 1.372,
22 jun. 1996).
Fé é outra palavra para convicção. Uma pessoa com convicção continua a avançar e está sempre
repleta de esperança. Uma pessoa com convicção é vitoriosa.
O segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, disse: “Você é realmente uma pessoa de forte fé se
tiver a profunda convicção de que tudo ficará bem porque possui o Gohonzon, que ficará bem porque
ora ao Gohonzon. Você sabe que não precisa se preocupar em ter de fazer isto ou aquilo, ou como as
coisas irão decorrer. Você mantém o Gohonzon. Você orou diante dele esta manhã, e está mantendo-o
agora. Se tiver a convicção de que ficará tudo bem na sua vida, então ficará. A partir de hoje, adote
esta atitude. Não há a menor dúvida de que você se tornará feliz”.
A verdadeira felicidade só pode ser edificada quando se possui uma inabalável convicção dentro do
coração.

Eternos laços de mestre e discípulo

Reflexões sobre o Gosho do mês | Texto do Departamento de Estudo do Budismo


(DEB)

O 160 capítulo do Sutra do Lótus, ‘A Extensão da Vida’, descreve o sentimento do Buda pelos seus
discípulos. Vamos relembrar um pouco dessa parábola:
O excelente médico tem vários filhos. Enquanto ele se ausenta para uma viagem, seus filhos ingerem
veneno. Quando o pai retorna, encontra-os num grande sofrimento e decide preparar um excelente
remédio para curá-los.
Embora o pai tenha preparado o remédio mais eficaz, alguns dos filhos, entorpecidos pelo veneno, não

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o tomam. Os que aceitam e ingerem o remédio são imediatamente curados. Porém, os outros que se
recusam continuam a se contorcer de agonia.
Devido à compaixão pelos filhos, o excelente médico pensa num meio para que acreditem que ele
morreu a fim de lhes mostrar o caminho da felicidade. Após partir novamente, ele envia um mensageiro
com instruções para dizer aos filhos que ele havia morrido numa terra distante. Quando ouvem o relato,
o coração deles se enche de tristeza e angústia ao pensarem que, de agora em diante, não terão
ninguém para ajudá-los. É nesse momento que finalmente abrem os olhos e pensam: “Ainda temos o
remédio que nosso pai nos deixou”. Decidem tomá-lo e, imediatamente, se curam. Quando o pai recebe
a notícia de que todos os filhos estavam curados, ele retorna para casa e aparece diante deles.
“(...) O excelente médico representa o Buda, e seus filhos, todas as pessoas. O excelente remédio
corresponde ao Sutra do Lótus e à eterna Lei Mística, a qual o buda Shakyamuni também segue como
mestre. Nos Últimos Dias da Lei, esse remédio é o Gohonzon” (BS, ed. 2.127, 14 abr. 2012, p. A6).
“Nem mesmo o excelente médico poderia salvar seus filhos sem a intervenção do mensageiro. Da
mesma forma, sem o movimento popular dos bodisatvas da terra, que abraçam o grande remédio
benéfico da Lei Mística, a humanidade não poderia ser salva nesta era repleta de maldades. Juntos,
vamos avançar orgulhosamente pelo glorioso caminho da vida dos bodisatvas da terra” (Preleção dos
Capítulos Hoben e Juryo, p. 259-260).
Empreender esforços ao incentivar a pessoa que se encontra diante dos seus olhos, oferecendo-lhe o
excelente remédio, a prática do Nam-myoho-renge-kyo é a ação de um verdadeiro devoto do Sutra do
Lótus.
O presidente Ikeda afirma: “O budismo é um excelente remédio que cura as feridas do carma e do
sofrimento. Não existem impasses na fé. Nós encontramos problemas e dificuldades para que
possamos crescer e amadurecer. No mundo do budismo, mesmo aquilo que parece já estar bom irá se
tornar ainda melhor. Quando acreditamos que já atingimos o limite máximo, vamos ainda mais além.
Essa é a Lei Mística” (BS, ed. 1.286, 27 ago. 1994, p. 5).
Vemos atualmente uma sociedade com muitos problemas, com as pessoas cada vez mais buscando
soluções para suas angústias e dificuldades e temos essa grande oportunidade de levar esse remédio
da Lei Mística e fazer mais e mais pessoas felizes atráves da propagação por meio desse ensinamento.

Brasil Seikyo - Edição 2349


Retirado de http://extra2.bsgi.org.br/extranet/estudo/palestra/conteudo/?edicao=4282

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