Você está na página 1de 11

!

Disciplina: TP - Seitas e Religiões Modernas


Professor: Rev. Sérgio Lima (M.Div)
Aula 07

Esoterismo, Astrologia e Nova Era

________________________________________

ESOTERISMO
A Busca pelo Vazio
Entre os livros mais vendidos do mundo estão os de "auto-ajuda", ligados ao esoterismo.
Paulo Coelho, tido ora como católico, ora como bruxo, ou como mestre, diz que o que importa é
"sonhar". Seus livros, entre os mais vendidos, estão repletos de sonhos, loucuras, fantasias...
O que explica essa inclinação para o esotérico, para o obscuro? Por que o povo aceita, lê e,
por fim, participa dos rituais do chamado esoterismo de auto-ajuda? Será pelo interesse por
riquezas, saúde, poder? Será que o egoísmo e a ambição têm cegado o bom senso de tanta gente?
Até onde vai a confusão do real com o imaginário? Quem está fazendo prosperar o engano?

A origem
Talvez você nunca tenha ouvido falar nesse nome: Napoleon Hill. Mas é com ele que se
desenvolve o movimento de auto-ajuda, de motivação. Esse homem não aceitou Deus como Senhor
de tudo e, conseqüentemente, nem o Cristianismo. A Bíblia diz: "Quem é o mentiroso, senão aquele
que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (1 Jo 2.22). Esse
homem é um mentiroso, e muitos edificaram sua vida sobre a mentira dele. Contrariamente ao que
seu pai queria, Hill se tornou adepto do ocultismo hindu com raízes budistas, concordando com a
mediunidade, a reencarnação e outras partes decorrentes destas. Seus livros falam de temas como:
"Dirija sua Vida"; "Conheça-se a si mesmo!"; "Você quer, você pode"; e com temas assim: "Um ego
saudável o torna mais receptivo à influências que o guiam de uma região além do poder de nossos
cinco sentidos... forças invisíveis, silenciosas nos influenciam constantemente... há vigilantes
invisíveis...".
Muitos aderiram a esse tipo de pensamento e milhares de livros foram escritos seguindo
seguindo a mesma idéia, muitos deles por autores brasileiros, que fazem que o nosso povo seja
bombardeado por essa mistura de fé e misticismo.
O objetivo
O principal objetivo do misticismo é levar o ser humano a crer que pode fazer o que quiser;
que tem um poder enorme dentro de si; que precisa pensar positivo! Lair Ribeiro, um dos que
pensam assim, diz: "O cérebro é uma máquina sofisticadíssima que vem sem o manual de
instruções. Ele foi programado para lhe dar o que você quer e para ele você quer tudo o que pensa".
Segundo esse pensamento, prega-se que cada um é o artista de sua vida; que basta criar na
mente para acontecer; que mentalizar alguma coisa, tendo a certeza de que vai acontecer, é a prática
correta. Mas será que é assim?
Qual é a posição cristã?
"Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do
Senhor..." (Sl 121.1,2). Essa é a verdadeira ajuda! De forma contrária ao ensino da Bíblia, o
esoterismo leva o homem a confiar no seu potencial. Mas o que é o homem diante da força de
Deus? Não é nada. Só se impressiona com a força do homem quem não conhece o poder de Deus.
Esoterismo, auto-ajuda e meditação transcendental são resultados de um desconhecimento de Deus
e do seu amor pela criação. Quando estamos em dificuldade, não é em nós mesmos que
encontramos as soluções, suportando pressões com meditações. Devemos buscar o Deus de toda
graça e misericórdia, orando em nome de Jesus Cristo para falar com o Criador, com a certeza de
que Ele sabe o que necessitamos e nos dá o que precisamos. Isso é buscar ajuda no lugar certo.
A Bíblia estabelece a verdade
A. Sobre a meditação. No Salmo 1.2, o salmista declara que devemos "meditar dia e noite". Isto
significa que os cristãos deveriam aderir à meditação? É necessário esclarecer que existe uma
grande diferença entre a meditação cristã e a meditação encontrada na maioria das religiões que são
conhecidas como propagadoras da Nova Era. No Cristianismo o objeto de meditação é Deus, o
propósito é adorá-lo por meio da razão, pela graça que Ele dispensou a nós, trazendo uma
experiência objetiva, portanto, nosso estado é de concentração. Com a meditação transcendental,
busca-se uma fusão com Deus. Muitos praticantes declaram: "Somos deuses", supervalorizando a
intuição humana e subjetiva, com um campo de ação além da razão, buscando poder pelo esforço
humano por meio do relaxamento e esvaziamento da mente.
Observemos a diferença: se a meditação transcendental quer esvaziar a mente para uma
meditação no vazio, levando ao "desligamento", o Cristianismo que preencher o pensamento com a
Palavra de Deus, levando a uma comunhão espiritual com o Senhor.
B. Sobre a ioga. Em Mateus 11.29, Jesus diz: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma". No esoterismo, na
meditação transcendental, e em movimentos similares, esse versículo é interpretado desta forma:
"Tomai sobre vós o meu jugo (ioga) e aprendei de mim (conscientizando-se a respeito do meu
trabalho santo, pois, como Cristo, carreguei o fardo dos pecados do mundo, que é o carma mundial,
e aprendei de meu Guru, o Ancião de Dias); porque sou manso e humilde coração, e encontrareis
descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo (ioga) é suave e o meu fardo é leve". O
ensinamento central dessa passagem não tem nada a ver com o carma ou a ioga. Jesus sabia que as
pessoas, depois do pecado original, passaram a andar sobrecarregadas de pecados, que o descanso
para a alma só é encontrado nele mesmo (Jesus Cristo) e que, ao aceitá-lo, os fardos são trocados.
Ele passa a levar nosso fardo. Jesus pede para que aprendamos dele para que o reconheçamos como
o Messias e estejamos prevenidos contra falsos ensinos, como esses que estamos vendo nos nossos
dias.
C. Sobre o homem querendo tornar-se Deus. No Salmo 46.10, Deus diz: "Aquietai- vos e sabei que
eu sou Deus". Na meditação transcendental esse versículo é interpretado assim: "Aquietem-se e
saibam que vocês são Deus, e quando tiverem consciência de que são Deus, começarão a viver a
divindade, e vivendo a divindade não existe razão para sofrer". A resposta a esse pensamento é esta:
a Bíblia é testemunha da existência de um único Deus e jamais um homem se tornará Deus. Talvez
a origem do desvio esteja na interpretação errada do texto de Gênesis 1.26, que diz que fomos
criados à imagem de Deus. Então alguns dizem que somos "pequenos deuses". Porém,
"semelhança" não significa "exata duplicação da espécie". O que está escrito é que a humanidade é
uma reflexão finita de Deus em sua essência.
Se o principal objetivo do esoterismo é levar o ser humano a crer que pode fazer o que
quiser, a Bíblia estabelece a verdade. Quando estamos em dificuldades, não é em nós que
encontramos as soluções, suportando pressões com meditações, mas devemos buscar o Deus de
toda graça e misericórdia, orando em nome de Jesus Cristo. Amém!
Damos, a seguir, algumas referências de textos bíblicos sugeridos pela Lição, para você comparar e
refletir:
O mentiroso nega que Jesus é o Cristo - 1 Jo 2.18-26;
A meditação deve ser de dia e de noite - Salmo 1;
Encontramos descanso em Jesus Cristo - Mt 11.20-30;
O homem jamais se tornará Deus - Salmo 46;
Deus é a fonte de toda a ajuda - Jr 2.9-19;
Vencemos as adversidades buscando o Senhor - Mc 11.20-26;
O homem reflete a imagem de Deus - Gn 1.

ASTROLOGIA: Somos guiados por astros?


Por que buscar ilusões se temos um Deus vivo?
A Astrologia tem se expandido em diversos setores com uma popularidade impressionante:
em revistas que tratam de beleza, em jornais diários, no rádio e na televisão. Somos atingidos por
frases como: "Descubra como ter maior êxito e gozar de maior felicidade!"; "Descubra como as
estrelas modificam o seu futuro!" ou, "Descubra o que os astros têm para você!" (J. K. Van Baalen,
O CAOS DAS SEITAS, Imprensa Batista Regular, 1984, p. 24).
Pessoas influentes se deixam guiar pelos astros. Mas qual a base de suas credenciais? O que
é zodíaco? E horóscopo? A Astrologia tem influência sobre nós? A grande procura a torna
verdadeira? E mais: o que a Bíblia diz sobre Astrologia?
Definição do termo
Astrologia é a disciplina que observa, analisa e estuda as posições e movimentos dos astros,
relacionando-os com fenômenos ocorridos na Terra. Os astrólogos afirmam que a posição dos astros
na hora exata do nascimento das pessoas - além dos movimentos astrais posteriores - influencia no
caráter e destino dos seres humanos. Cientistas negam os princípios da Astrologia, mas milhões de
pessoas crêem nela e a praticam.
Os astrólogos fazem mapas astrais, também chamados de horóscopos, localizando a posição
dos astros em um momento determinado. No mapa astral encontra-se a eclíptica - trajetória aparente
do Sol, através do céu, durante o ano - com as 12 casas dos signos do zodíaco: Áries, Touro,
Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. A cada
planeta (incluindo o Sol e a Lua) emprestam-se características, dependendo do lugar da elíptica e do
momento em que o horóscopo é feito. O horóscopo também se divide em 12 casas, relativa às 24
horas gastas pela Terra para dar uma volta completa em torno de seu eixo. Cada uma dessas casas
relaciona-se com situações da vida. "Os astrólogos fazem suas previsões interpretando a posição
dos astros dentro dos signos e das casas do horóscopo" (Astrologia, In: Enciclopédia Encarta
Microsoft. 1993/1999). É uma seita que não tem templos, mas muitos a seguem. A Astrologia foi
uma má influência para todas as gerações passadas e continua a ser em nossos dias.
A origem
A Astrologia é uma das disciplinas mais antigas, pois existe desde os tempos de Abraão.
Talvez os primeiros praticantes tenham sido os caldeus babilônicos, "que usavam os movimentos
dos corpos celestes (Sol, Lua, estrelas...) para fazer um calendário e também previsões para o
futuro" (Donald W. Kaller, Seitas I, [Apostila Internet] p. 170). Portanto, não é de agora que o
homem procura estudar sinais que vêm do céu. Ele está sempre em buscas de respostas. Quando
estas vêm, embora muitas vezes de forma natural, o homem as credita a astros ou outros fenômenos
da natureza, ficando mais confiante. Nesse momento, a observação astronômica desenvolve-se para
a religiosidade, pois adquire caráter devocional.
Assim nasceu a Astrologia: primeiramente, "a regularidade das estações e seus ciclos davam
a idéia de leis fixas, mas eventuais secas ou mudanças do tempo criavam preocupações... se o tempo
de seca se estendia, havia clamor, demonstrado através de rituais" (Marcio Souza. Astrologia, o que
está por trás dos astros. Defesa da fé, dez. 1999).
Astronomia e Astrologia caminharam juntas até aproximadamente o ano 1600 d.C., quando
Johan Kepler, conceituado astrônomo e considerado o fundador das ciências exatas, promoveu a
separação das duas correntes, as quais, a partir daí, desenvolveram-se com características próprias.
A Astronomia é um ramo da ciência que estuda o universo, e não há erro nisso, pois o mundo
glorifica o Deus verdadeiro (Sl 147.2-4). A Astrologia, por sua vez, estuda a influência mística dos
astros sobre as pessoas mediante consultas duvidosas e sem base segura.
Termos astrológicos
Para podermos saber um pouco mais sobre o que as pessoas estão chamando de ciência,
temos de conhecer os sentidos de alguns termos usados pelos seus praticantes.
A. Zodíaco. O céu teria uma faixa imaginária na qual o Sol e os planetas se movem ao redor da
Terra.
B. Eclíptica. A eclíptica é dividida em doze seções iguais, que são denominadas signos do zodíaco.
Cada signo é governado por um planeta.
C. Aspectos. Aspectos são as distâncias medidas sobre a eclíptica, e constituem parte fundamental
da "ciência astrológica". Dessa forma, "qualquer planeta pode ser bom ou mau em seus efeitos
sobre o caráter ou o destino, conforme o aspecto que forma com os principais do horóscopo" (J. K.
Van Baalen, idem pp. 16-17).
D. Horóscopo. O horóscopo é uma tentativa de mostrar a posição dos planetas no momento do
nascimento de uma pessoa, por meio de um gráfico celeste. Então se define a influência de um astro
sobre uma vida.

Os planetas têm poder?


Parece tudo muito científico. Quando um mapa astral é preparado, são usados dados reais
sobre a vida de alguém, como data, hora e local onde a pessoa nasceu. Tudo é muito real: a pessoa,
os dados e os planetas. Parece que vai dar certo. Mas existe um problema: os planetas não têm
poder para fazer nada. Além disso, seus nomes são referências a deuses da mitologia grega. Os
cálculos sobre o posicionamento deles também não têm nenhum poder para prever nada sobre
personalidade ou problemas na vida de alguém.
No momento de uma consulta astrológica, além da posição planetária, é vendida a idéia de
que os planetas têm força semelhante à dos deuses mitológicos, e então, do nada, passam a ter
características humanas, compreendendo e auxiliando as pessoas. Isso é deslocar a verdadeira
adoração e adorar a criação.
Características básicas
A Astrologia se caracteriza por um fundamento mitológico e imoral, pela pregação de
generalidades e pela prática da idolatria. Ela está enraizada nas fábulas dos deuses mitológicos e
heróis das lendas pregadas pela cultura greco-romana. É um pilar da Astrologia que compromete
toda a sua estrutura, pois esses deuses (Plutão, Vênus, Saturno, Mercúrio...) nunca existiram: eram
símbolos com personalidade humana, criados por homens. Como confiar o destino a previsões de
deuses imaginários? A Bíblia nos diz que há apenas um Deus (1 Co 8.4).
A Astrologia está enraizada em generalidades. As previsões astrológicas possuem uma
linguagem abstrata e vazia, podendo ser adaptadas às particularidades de milhares de pessoas.
Como confiar em previsões como estas: "Vai chover, mas pode fazer sol"; "Alguém com saudade de
você vai lhe telefonar"? Isso merece crédito? Concluindo: qual é o seu signo? Essa pode parecer
uma pergunta inocente, mas é carregada de mitologia antiga e torna-se prejudicial para a fé cristã.
Portanto, não consultemos, nem por curiosidade, páginas de horóscopo e outros similares. Nosso
bom Deus mostra que não devemos fazer isto (2 Co 6.14-18).
Uma pessoa não tem o comportamento baseado na posição do Sol, da Lua ou de qualquer
planeta. Não são astros, e sim Deus o nosso guia. Fujamos da idolatria (1 Co 10.14).
Damos a seguir, alguns textos relacionados com o assunto, oferecidos pelo autor da lição, para você
comparar e refletir:
Os que dissecam os céus - Isaías 47
Natureza submissa ao Criador - Salmo 147
Deus quer a nossa adoração - Amós 5.21-26
Devemos adorar o Deus verdadeiro - Atos 7.41-53
A adoração aos astros é condenada - 2 Re 23.4-14
Não há comunhão entre Deus e os ídolos - 2 Coríntios 6.11-18
Apenas um Deus - 1 Coríntios 8.

NOVA ERA
Respostas aos anseios num tempo de ceticismo?
Há quem diga que nenhum sistema político ou religioso conseguiu apresentar uma solução
para o mundo. Se os sistemas políticos não satisfazem a necessidade espiritual do homem, as
religiões, por sua vez, não trazem a solução para os problemas sociais e econômicos. É um tempo
de ceticismo generalizado. Mas o homem continua querendo ser feliz, desfrutar de prazeres,
alimentar-se e ter saúde.
O que fazer?
A Nova Era "apresenta-se como portadora da mensagem que supostamente atenderia a esse
anseio da humanidade: fim das guerras, alimento para todos, paz de espírito, amor e união fraternal
entre todos os povos" (Peter Unruh. New Age: a Nova Era à luz do Evangelho, p. 83). Contudo,
pode um cristão deixar-se enredar pelos apelos da Nova Era? O que explica um número cada vez
maior de cristãos aderindo à neurolinguística, à maldição transcendental, à regressão ao ventre
materno e à ioga?
Origem e fundamento
A origem do termo Nova Era está na crença de que o mundo passa por fases diferentes,
como infância, adolescência, mocidade e maturidade. Estas seriam eras com duração de, mais ou
menos, 2.160 anos cada uma. Emprega-se uma terminologia astrológica para denominar cada uma
delas. Assim, o mundo já teria passado pela Era de Touro, pela Era de Carneiro e pela Era de Peixes,
e estaríamos adentrando a Era de Aquário. A Nova Era prega que o homem é uma divindade.
A Nova Era é um sistema doutrinário organizado como instituição, e seus ensinamentos são
difundidos por muitas organizações. O movimento "não tem um líder central, não tem um livro
oficial, não tem um Deus para adorar, no entanto os seus 'filósofos' são muitos, a sua literatura é
extensa e encontra-se à disposição em praticamente todas as bibliotecas do mundo, e promove a
idéia de que Deus pode ser encontrado em toda e qualquer parte" (Natanael Rinaldi. Aquário: o
surgimento de uma Era. Defesa da fé, jan. 2001).
Objetivo do movimento
A palavra chave é globalização. Os adeptos do movimento defendem a globalização da
economia, dos partidos políticos, dos principais armamentos mundiais, das consciências humanas e
das religiões. A base ideológica é "instruir uma nova ordem mundial: governo único do nosso
planeta, por meio de mestres cósmicos; um sistema econômico mundial; uma cultura mundial em
que toda a educação, religião e raças se unam em harmonia; um rei, semelhante a um deus, que
ajudará a pôr em prática essas mudanças" (John Ankerberg & John Weldon. Os fatos sobre o
movimento Nova Era, p. 47).
Muitos dos integrantes acreditam que podem apressar a vida da Era de Paz se trabalharem
em conjunto para influenciar acontecimentos na vida política, econômica, educacional e religiosa do
mundo. Em outro sentido, a Nova Era sabe que muitas religiões estão esperando a vinda de um
"messias" para consolidar um reino de felicidade e paz. Os cristãos aguardam a vinda de Cristo, os
judeus ainda esperam o Messias, os budistas anseiam por uma nova encarnação de Buda, os
hinduístas esperam pelo deus Krishna, etc. Esse é um anseio religioso geral, e a Nova Era,
sutilmente, ensina que esse messias, que recebe nomes diferentes em cada religião, chama-se
Maitreia e virá em breve.
Doutrinas controvertidas
A. Deus. Os adeptos da Nova Era dizem que Deus é uma força cósmica que domina tudo e em tudo
penetra. É pura energia, e o cosmo manifesta a constante mutação dessa energia. A divindade é
impessoal, não possui vontade própria nem planos. Deus é tudo, e tudo é Deus. Deus é um com a
criação. "Somos todos parte de Deus, e Deus é parte de nós. Nada pode ficar entre Deus e nós. Nós
somos um" (Shirley MacLaine. Em busca do eu, p. 73).
O Cristianismo não aceita esse pensamento, pois sabe que Deus é pessoal e possui
características como amor, vontade e justiça (Sl 103.3); está separado da sua criação; é infinito e
eterno; não e um com o universo (Is 45.18), pois é infinitamente superior à sua criação (Ec 2.5).
B. Religião. Os seguidores da Nova Era são adeptos do ecumenismo. Para eles, todas as religiões
são verdadeiras e diferenciam-se apenas exteriormente. A verdade é uma só, mas são muitos os
caminhos que levam a ela.
A Bíblia, porém, ensina que há somente dois caminhos: um leva ao céu e o outro leva ao
inferno (Mt 7.13,14). A verdadeira religião segue a instrução bíblica. Dizer que todas as religiões
são iguais é um erro, um retorno ao paganismo. O homem sabe que a criação está arruinada e busca
deuses que resolvam o problema. Já surgiram vários homens propondo soluções: Charles Darwin
pregou a evolução das espécies na determinação do destino do mundo; Karl Marx propôs um
sistema para curar a injustiça econômica e social; Sigmundo Freud dizia ser a psicologia capaz de
curar a alma doente. Assim, sob o domínio de muitas correntes ideológicas, a espiritualidade
diminuiu, principalmente no Ocidente. Por isto o homem está em busca de uma nova
espiritualidade, de um novo mundo; porém, quanto mais procura mais se afasta do Deus revelado na
Bíblia.
C. Pecado. De acordo com a Nova Era, o pecado é uma invenção das religiões. O grande problema
é a ignorância sobre a capacidade do homem. Como este não conhece a si mesmo, fica pensando
que é um ser inferior, um pecador. Mas pode se livrar desse problema se aceitar a iluminação
panteísta, ou seja, se aceitar que Deus é tudo em todos.
Desmentimos esse pensamento mostrando que a Bíblia apresenta a realidade do pecado:
"Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas
se vão dissipando e a verdadeira luz já brilha. Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até
agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão, permanece na luz e nele não há nenhum
tropeço" (1Jo 1.8-10). Não resta dúvida de o pecado separa o homem de Deus: "Mas as vossas
iniquidades faz separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobre o seu rosto de vós,
para que vos não ouça" (Is 59.2), e a solução para esse problema é crer em Jesus: "E não há
salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os
homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4.12).
D. Jesus Cristo. Para os adeptos da Nova Era, Jesus não é o único filho de Deus. Além disso,
afirmam que Jesus é separado de Cristo. Explicam isto dizendo que, por meio de muito esforço,
Jesus tornou-se habilitado a ser o templo onde o Cristo manifestou-se à humanidade. Ele é uma
força evolucionária na criação que se soma à gama de mestres iluminados.
Novamente vemos uma idéia completamente antibíblica. O Cristo é Jesus, Filho de Deus:
"Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16); o único
caminho que leva ao Pai: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém
vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6); é o Deus verdadeiro, tornado homem, que morreu e
ressuscitou pelo seu povo, ascendendo ao céu e sentando-se à direita de Deus.
Formas de atuação
A. Na educação. A atuação da Nova Era começa na sala de aula, onde a criança é levada a crer que é
perfeita e divina, mediante o exercício da "imaginação direcionada". Esse exercício (lavagem
cerebral) leva a pessoa a pensar que contém toda a sabedoria do universo dentro de si. Os alunos
são encorajados a criar seus próprios valores, uma vez que o movimento não admite verdades
absolutas, apenas relativas. Aprendem a "meditar" procurando esvaziar a mente para atingir a
"consciência cósmica", que é a união de todas as coisas.
B. Na política. Os adeptos da Nova Era afirmam que o sistema precisa ser transformado, não
reformado. Eles buscam uma centralização de poder que levaria a uma melhor distribuição da
produção da riqueza mundial. Esse objetivo é chamado de unidade de governo, nova ordem
mundial, e está alicerçado na capacidade humana de liderança. Eles acreditam que o homem seja
divino.
C. Na sociedade. A força do movimento Nova Era está em suas redes informais e muito discretas.
São pequenas organizações formadas por pessoas que procuram tratar de problemas diversos. Isso é
chamado de "conspiração aquariana", ou seja, uma rede composta de muitas redes, destinada à
transformação social. Sob a liderança da hierarquia espiritual o novo grupo dos servidores do
mundo está sempre trabalhando.
As ONGs, partido verde, green peace, geralmente com finalidades tais como: preservação do meio
ambiente, eco-sistema, saúde do corpo através de tratamento mental, ou espiritual (ioga,
psicoterapia), etc.
E agora, cristão?
Primeiramente, é preciso entender que há erros e verdades nesse movimento. As verdades
ficam por conta da "cooperação pessoal, proteção da natureza e dos recursos da terra, criatividade,
promoção da paz no mundo, potencial humano e auto-imagem positiva, preocupação com a pessoa
a partir de uma perspectiva integral". Não há erro nisso.
Porém, a Nova Era é mais do que isso. Ela requer atenção. É uma imitação de religião que
tem levado muitos a abandonar a fé cristã, pois surgiu como alternativa ao Cristianismo. Seus
ensinamentos afastam as pessoas do verdadeiro conhecimento de Deus. Essa luta é é vencida com a
armadura de Deus (Ef 6.10-20), uma vez que não combatemos apenas pensamentos filosóficos, mas
também a tentativa de Satanás de desviar o cristão do verdadeiro caminho.
Precisamos formar uma frente de batalha contra as heresias que permeiam as nossas igrejas.
Temos de nos unir em torno dos absolutos ensinos bíblicos. Pessoas próximas de nós podem estar
sendo alvos da Nova Era e de outras seitas pseudocristãs. O que estamos fazendo?
A ideologia da Nova Era está em verdadeiro contraste com o ensino das Escrituras. Todas as
idéias e práticas desse movimento se fundamentam no que chamamos de monismo, ou seja, tudo é
um. Deus e a criação também são um, de acordo com essa concepção unitária de natureza
filosófico-religiosa. Quando compreendemos a sua visão monista total - a da natureza, da História e
do mundo em geral - vemos que a Nova Era contrasta com a revelação bíblica, não podendo ser
considerada neutra em termos religiosos. Ela é antibíblica em todas as suas expressões. O
Cristianismo e a ova Era são duas concepções de fé completamente diferentes. Por isso, Nova Era
não é Cristianismo.
O cristão verdadeiro deve reagir a esses falsos ensinamentos, discernindo, com base na
Bíblia, o que realmente está acontecendo. Quem permanecer fiel, vivendo pela fé na Palavra de
Deus, vai se identificar com as palavras de Jesus em Lucas 12.32: "Não temais ó pequenino
rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino".
Damos, a seguir, alguns textos oferecidos pela lição, relacionados com o assunto, para você
comparar e refletir:
Deus é pessoal - Salmo 103
Deus além do universo - Isaías 45.8-18
Deus é superior à criação - Ec 2.1-11
Estreita é a porta - Mt 7.7-23
Confissão e arrependimento - 1 Jo 1.5-10
A solução para o pecado - Atos 4.5-22
O caminho que leva a Deus - João 14.1-15

Você também pode gostar