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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

CLAB 2019
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Explanação ①
ANOTAÇÕES

Cinco Diretrizes Eternas


da Soka Gakkai
O Budismo do Sol Iluminando o Mundo
(Terceira Civilização, ed. 603 a 607, Nov/2018 a Mar/2019)

Materiais de Referência e ANOTAÇÕES


Passagens dos Escritos
Referência 1: O Budismo do Sol Iluminando o
Mundo: Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai,
Parte 1 – Prática da fé para criar a harmonia fami-
liar (TC ed. 603, de Nov/2018, p. 52)
Hoje, nesta gloriosa nova era do kosen-rufu mundial,
entramos numa etapa importante na qual a Soka Gakkai
avança a passos largos como religião mundial. É hora de
renovarmos nosso juramento de propagar amplamente a
Lei Mística no mundo todo, isto é, de promover o kosen-
-rufu mundial.
A partir desta introdução, gostaria que estudásse-
mos juntos cada uma das “Cinco diretrizes eternas da
SGI”, adotando como referência os escritos de Nichiren
Daishonin e as orientações do presidente Josei Toda. De-
sejo fazer isso como se estivesse num diálogo descontra-
ído com meus jovens sucessores sentados à minha volta.

Passagem do Escrito 1: Oferecimentos em


meio à Neve (WND v. II, p. 809)
Dizem que Ueno [Nanjo Hyoe Shichiro], seu faleci-
do pai, era um homem de grande sensibilidade. Como
você [Nanjo Tokimitsu] é filho dele, talvez tenha herdado
as qualidades extraordinárias do seu pai. O azul é mais
azul que o anil, e o gelo é mais frio que a água. Quão
gratificante! Quão gratificante!

Referência 2: O Budismo do Sol Iluminando o


Mundo: Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai,
Parte 1 – Prática da fé para criar a harmonia fami-
liar (TC ed. 603, de Nov/2018, p. 64-65)

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A “Prática da fé para criar a harmonia familiar” é ANOTAÇÕES


a mais fundamental das “Cinco diretrizes eternas da
Soka Gakkai”. Os esforços para manifestar esse tipo de
fé compõem a essência da prática budista, e também
consistem no caminho infalível para a concretização do
kosen-rufu.
Cultivamos forte compaixão pelo próximo ao nos de-
dicarmos juntos, como família, para desenvolver a fé que
cria a harmonia. Se formos capazes de ter compaixão
por nossos pais, conseguiremos sentir compaixão pelos
outros também.
Muitas pessoas moram sozinhas ou não são casadas.
Alguns casais não possuem filhos. Também há famílias
de pai ou mãe solteiros. Existem famílias de todos os for-
matos e tamanhos.
Contudo, pertencemos à família Soka. Estamos li-
gados pelo laço de vida mais profundo e belo de to-
dos —nosso juramento seigan do “tempo sem início”.
Em nossa família de criação de valor, um compartilha
os sofrimentos com o outro. Os membros se unem para
superar as dificuldades, enaltecem o crescimento um do
outro e se estimam. Transformam queixas em oração, crí-
ticas em incentivos e dividem alegrias e tristezas. São a
fonte de esperança para a mudança de nossa localidade
e comunidade. A construção de famílias genuinamente
harmoniosas é a chave da construção de uma sociedade
de fato pacífica.
Um fluxo constante de famílias harmoniosas da Lei
Mística resplandece no mundo. É delas que a rede de
laços de amizade, harmonia e paz se expande para mi-
lhões e dezenas de milhões de pessoas. Uma revolução
positiva na família acarretará diretamente a mudança do
destino da humanidade.
Por meio da comprovação da “harmonia familiar”,
está surgindo em todas as partes do nosso planeta o oá-
sis da vida que proporciona paz e segurança na socie-
dade.
As famílias harmoniosas de membros da SGI são o
sol da esperança de uma religião em prol da humani-
dade.

Passagem do Escrito 2: A Felicidade neste


Mundo (CEND v. I, p. 713)
Não há felicidade maior do que manter a fé no Sutra
do Lótus. Esse é o significado de “paz e segurança na
presente existência e boas circunstâncias nas existências
futuras” [LSOC, cap. 5, p. 136]. Ainda que surjam pro-
blemas seculares, nunca permita que estes o perturbem.
Ninguém pode evitar problemas, nem mesmo veneráveis
ou reverenciáveis.
Beba saquê somente em casa com sua esposa e re-

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ANOTAÇÕES
cite Nam-myoho-renge-kyo. Sofra o que tiver de sofrer,
desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tan-
to o sofrimento quanto a alegria como fatos da vida e
continue recitando Nam-myoho-renge-kyo, independen-
temente do que aconteça. Que outro significado isso
poderia ter senão a alegria ilimitada da Lei? Fortaleça o
poder de sua fé mais do que nunca.

Referência 3: O Budismo do Sol Iluminando o


Mundo: Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai,
Parte 2 – Prática da fé para conquistar a felicidade
(TC ed. 604, de Dez/2018, p. 53)
Incontáveis membros da SGI gravaram essa passa-
gem no coração e recitaram daimoku para ultrapassar
seus problemas. Por mais dolorosa ou árdua que seja
nossa situação, se oramos ao Gohonzon com a mente
concentrada, o caminho para a mudança se abrirá infa-
livelmente.
A oração lapida o espírito de jamais ser derrotado.
A oração acende a infindável chama da esperança.
A oração traz absoluta paz espiritual.
A oração aciona o indomável avanço.
Orar é a fonte de suprema felicidade e é o mais no-
bre ato como ser humano.
Na sequência, Daishonin cita a “alegria ilimitada da
Lei” (CEND, v. I, p. 713). Ser capaz de desfrutar livre-
mente a “alegria ilimitada da Lei” é a condição de vida
do estado de buda. Podemos, definitivamente, ter uma
existência feliz com base na convicção inabalável na fé e
de acordo com a absoluta Lei do universo.

Passagem do Escrito 3: Registro dos Ensina-


mentos Transmitidos Oralmente (OTT, p. 115)
O Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmen-
te [Ongi Kuden] afirma: “No que concerne à prática de
‘paz e tranquilidade’ do Sutra do Lótus da Lei Maravilho-
sa e às práticas exercidas por Nichiren e seus seguidores
agora nos Últimos Dias da Lei, devem compreender que,
ao se praticar o Sutra do Lótus sob tais circunstâncias, as
dificuldades surgirão, e estas deverão ser consideradas
como ‘paz e tranquilidade’.

Referência 4: O Budismo do Sol Iluminando o


Mundo: Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai,
Parte 3 – Prática da fé para vencer as dificuldades
(TC ed. 605, de Jan/2019, p. 54)
Esse trecho de Registro dos Ensinamentos Transmiti-
dos Oralmente é um comentário sobre o capítulo “Práti-
cas Pacíficas” (14º) do Sutra do Lótus. A passagem afir-

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ma que a verdadeira paz e tranquilidade se encontra na ANOTAÇÕES


luta contra as dificuldades — o princípio de que dificul-
dades são, em si, “paz e tranquilidade” (cf. OTT, p. 115).
Um dos tipos de dificuldades no âmbito da Lei é
enfrentar a perseguição dos “três poderosos inimigos”
por praticarmos corretamente o Sutra do Lótus. Também
existem dificuldades no âmbito pessoal que surgem na
vida ou quando lutamos contra o nosso destino — es-
tas possibilitam revelar nosso estado de buda inerente.
Em ambos os casos, somente vencendo essas funções
negativas que buscam destruir nossa fé — denominadas
no budismo de “três obstáculos e quatro maldades” — é
que podemos alcançar o estado de buda nesta existência
e concretizar o objetivo do kosen-rufu. (...)
... “paz” indica a fé que não se abala diante de ne-
nhum obstáculo, e “tranquilidade”, a fé que capacita a
pessoa a viver sem medo ou arrependimento.
Toda sensei salientava a importância de ultrapassar-
mos cada dificuldade com que nos deparamos. “Cada
vez que sobrepujamos uma montanha de provações, for-
talecemos dentro de nós a indestrutível condição de vida
chamada estado de buda”. O importante é superarmos
os problemas, um por um, no momento em que ocorre-
rem. Não devemos aguardar até nossa fé ser profunda
o bastante para enfrentar as dificuldades. É por enfren-
tarmos dificuldades que conseguimos lapidar nossa vida
e edificar uma fé indestrutível como o diamante. Como
afirma Daishonin, “Uma espada bem forjada resiste até
mesmo ao calor de um intenso fogo” (CEND, v. II, p. 99).
Espero, portanto, que orem pela solução de seus pro-
blemas ao Gohonzon. Quando transformamos proble-
mas em oração e recitamos Nam-myoho-renge-kyo, a
coragem brota de dentro de nós e a esperança começa
a brilhar em nosso coração.
“Prática da fé para vencer as dificuldades” correspon-
de à “oração para vencer as dificuldades” e à “recitação
do daimoku para vencer as dificuldades”.

Passagem do Escrito 4: Prolongar a Vida


(CEND v. II, p. 221)
A vida é o tesouro mais valioso de todos. Mesmo um
dia a mais de vida tem valor superior a dez milhões de
ryo em ouro. (...)
Um dia de vida é mais valioso que todos os tesou-
ros de um grande sistema de mundos, então, antes de
tudo, deve munir-se de sincera fé. Este é o significado da
passagem contida no sétimo volume do Sutra do Lótus,
na qual lemos que o ato de queimar um dedo como
oferecimento ao Buda e ao Sutra do Lótus é melhor que
doar todos os tesouros de um grande sistema de mun-
dos. Uma única vida vale mais que esse grande sistema

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de mundos. A senhora ainda tem muitos anos para viver


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e, além disso, teve a oportunidade de encontrar o Sutra
do Lótus. Se viver um dia a mais, poderá acumular mui-
tos benefícios mais.

Referência 5: O Budismo do Sol Iluminando o


Mundo: Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai,
Parte 4 – Prática da fé para manter a boa saúde e
obter longevidade (TC ed. 606, de Fev/2019, p. 57-58)
Nichiren Daishonin afirma: “O infortúnio de Kyo’o se
transformará em boa sorte. Reúnam sua fé e orem a esse
Gohonzon. Então, o que não poderá ser concretizado?”
(CEND, v. I, p. 431). Não importando qual seja a situa-
ção, assegura-nos ele, recitando Nam-myoho-renge-kyo
com fé no Gohonzon, podemos realizar todos os nossos
desejos.
Toda sensei também costumava dizer: “Primeiro, de-
cida o que fará e tenha a determinação de vencer sem
falta. Vencer ou perder — depende de sua determina-
ção. Essa é a filosofia de vitória ou derrota”.
Na luta contra a maldade da doença, o fator essen-
cial é estar totalmente determinado a vencê-la.
Em outra carta, Daishonin analisa o significado da
provação chamada maldade da doença: “Como o Sutra
Vimalakirti e o Sutra do Nirvana ensinam que as pesso-
as enfermas sem falta atingirão o estado de buda, não
seria [esta] doença (...) um desígnio do Buda? A doença
faz surgir em nós a determinação de entrar no caminho”
(CEND, v. II, p. 202).
Se possuirmos fé resoluta, a doença poderá repre-
sentar uma oportunidade para despertarmos o espírito
de procura em relação ao caminho e atingirmos o esta-
do de buda. Por essa razão, devemos encarar a doen-
ça como um ensejo para manifestarmos o mais elevado
estado de buda e nos munirmos da determinação de
vencê-la por meio da nossa prática budista. O incentivo
que recebemos das pessoas à nossa volta também pode
desempenhar papel importante nesse processo, ajudan-
do-nos a reunir a força para desafiar positivamente a
enfermidade.
Há casos em que a doença persiste por um longo
tempo, ou volta a surgir depois de estar aparentemente
curada. Daishonin faz alusão a um discípulo que “se vê
imerso [na] doença há um longo tempo e agora busca
o caminho dia e noite sem cessar” (CEND, v. II, p. 203).
Ao nos vermos nessa situação, devemos continuar nos
empenhando com paciência e persistência, imbuídos de
um inabalável espírito de procura na fé, a fim de obter-
mos uma transformação em nosso estado de vida que
perdure eternamente.

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Makiguchi sensei certa vez incentivou seus discípulos: ANOTAÇÕES


“O importante é perseverar na fé com a forte con-
vicção e determinação de consolidar uma mudança
positiva em sua doença, transformando veneno em re-
médio, e conquistar a grande boa sorte e o benefício
de recuperar sua saúde. Ao agirem assim, não somente
vencerão sua doença, como também, ao se recupera-
rem por completo, estarão até mais saudáveis do que
antes. Esse é o poder da Lei Mística, de transformar
veneno em remédio”.
Essa é a essência do budismo. Por isso, Nichiren
Daishonin expõe que o que importa é o coração (cf.
CEND, v. II, p. 214 e p. 267). O fator essencial reside
em manter um espírito de luta que jamais cessa, como a
correnteza constante de um rio.

Passagem do Escrito 5: Como Aqueles que


Inicialmente Aspiram ao Caminho Podem Atin-
gir o Estado de Buda por meio do Sutra do Ló-
tus (CEND v. II, p. 143)
Para que as orações sejam eficazes e os desastres de-
sapareçam da nação, três elementos são requeridos: um
bom mestre, um bom praticante e um bom ensinamento.

Referência 6: O Budismo do Sol Iluminando o


Mundo: Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai,
Parte 5 – Prática da fé para alcançar a vitória abso-
luta (TC ed. 607, de Mar/2019, p. 55-56)
A passagem dos escritos de Nichiren Daishonin
“Para que as orações sejam eficazes e os desastres de-
sapareçam da nação, três elementos são requeridos:
um bom mestre, um bom praticante e um bom ensi-
namento” [CEND, v. II, p. 143] é um dos trechos que
os membros de Kansai e eu estudamos juntos ao nos
lançarmos à Campanha de Osaka, em 1956, há ses-
senta anos. Foi um desafio intimidante que os outros
alegavam ser impossível. Mas lutamos com todas as
nossas forças com base na fé na Lei Mística, que nos
garante a vitória absoluta na vida se nos unirmos ao
nosso mestre.
Quando fazemos um juramento ao mestre, a espe-
rança e a convicção emanam.
Quando oramos com o mesmo coração do mestre,
conseguimos evidenciar ao máximo a coragem e a sabe-
doria de dentro de nós.
Quando lutamos unidos ao mestre, rompemos até
mesmo os obstáculos mais terríveis.
Em minha juventude, devotei-me a trabalhar ao lado
de Toda sensei e herdei esse espírito de unicidade de
mestre e discípulo.

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Ele declarou rigorosamente: ANOTAÇÕES


“Que a Soka Gakkai sempre seja identificada pelo
constante avanço e sucessivas vitórias! Para isso, que a
Soka Gakkai seja sempre repleta de coragem, de con-
vicção e de sincera dedicação pela vitória ou derrota.
É imprescindível que todos vençam; não devem ser der-
rotados. Essa é a fórmula para o kosen-rufu. Esse é o
caminho para uma vida de eterna vitória — ou seja, para
atingir o estado de buda”.
A luta em prol do kosen-rufu exige sincera dedicação
pela vitória ou derrota. Não há batalha que se vença
facilmente.
Acima de tudo, eu queria relatar vitórias ao meu
mestre, pois ele confiou em mim, seu jovem discípulo, e
delegou-me o comando dessa intensa batalha. Desejava
que todos os queridos membros de Kansai, sem exceção,
recebessem benefícios e manifestassem uma condição
de felicidade absoluta. Eu queria expandir amplamente
nosso movimento — centrado nas pessoas e alicerçado
num novo humanismo — por toda a sociedade.
Toda sensei era um mestre de vitória absoluta. Como
seu discípulo, eu estava completamente unido a ele em
espírito. Jamais poderia recuar. Assim, em consonân-
cia com os escritos de Nichiren Daishonin e seguindo
as orientações do Toda sensei, percorri todos os cantos
de Kansai com o espírito intrépido de um jovem. Como
resultado, conseguimos levantar uma monumental torre
dourada da vitória do povo, surpreendendo o país inteiro
pela conquista do impossível.
Hoje, na nova era do kosen-rufu mundial, minha
maior fonte de orgulho e esperança é saber que os su-
cessores dignos de confiança da Divisão dos Jovens (DJ)
estão dando continuidade firmemente a esse espírito de
unicidade de mestre e discípulo, o fator essencial para a
vitória absoluta.

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Referência 7: O Budismo do Sol Iluminando o ANOTAÇÕES


Mundo: Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai,
Parte 5 – Prática da fé para alcançar a vitória abso-
luta (TC ed. 607, de Mar/2019, p. 64-65)
A Soka Gakkai venceu! A SGI venceu!
“Aqueles que se empenham com tenacidade na fé (...)
infalivelmente se sagrarão vitoriosos!” Comprovando a
veracidade dessas palavras [que proferi no Encontro de
Kansai em 1957], ingressamos numa nova era na qual
a nobreza da nossa causa e a validade do nosso mo-
vimento foram demonstradas claramente ao mundo, e
hoje pessoas de várias comunidades e países estão bus-
cando o humanismo Soka.
Continuarei orando de todo o coração para que os
preciosos membros da nossa família Soka de todos os
cantos desfrutem benefícios e boa sorte imensuráveis,
vivendo em total proteção e segurança, e alcancem a
vitória absoluta.
As “Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai e da
SGI” constituem princípios imutáveis para aprofundar-
mos nossa fé. Elas nos fornecem a direção para atingir-
mos o estado de buda nesta existência e para realização
do kosen-rufu.
O juramento seigan compartilhado por Makiguchi
sensei e Toda sensei, e por mim, é que todos os nossos
associados do mundo inteiro avancem com força e con-
fiança interior trilhando o caminho da harmonia, da feli-
cidade, da glória, da saúde, da longevidade e da vitória.
Nossa organização deve perseverar eternamente na
“Prática da fé para alcançar a vitória absoluta”, com
base na unicidade de mestre e discípulo, e continuar
triunfando brilhantemente.

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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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Explanação ②
Os Cinco Festivais Sazonais
(The Writings of Nichiren Daishonin, vol. II, p. 374)

O Budismo do Sol Iluminando o Mundo


(Terceira Civilização, ed. 598 de Junho/2018)

Materiais de Referência e
Passagens dos Escritos

Referência 1: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.51) ANOTAÇÕES
Uma indagou sobre o que faço no dia a dia. Respon-
di-lhe que dedico a maior parte do meu tempo para in-
centivar e encorajar os outros. Ajo dessa forma por estar
convicto de que a base para a paz reside na felicidade de
cada indivíduo, e incentivar pessoas é um sólido primeiro
passo para a paz.
Além disso, expressei honestamente que escrevo com
a esperança de que minhas palavras possam servir de
fonte de encorajamento a alguém em algum lugar.

Referência 2: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.51)
Outro estudante me perguntou quantos anos eu tinha
quando comecei a trabalhar pela paz mundial.
Eu lhe respondi contando a história do encontro com
meu mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei
Toda, aos 19 anos. Expliquei que meus esforços em prol
da paz se iniciaram no momento em que encontrei meu
verdadeiro mestre na vida, que me ensinou o nobre ca-
minho de contribuir para a humanidade.
Fazendo do coração do mestre o meu, devotei in-
cansavelmente minha vida a essa causa, determinado a
construir uma era de paz para deixá-la como legado à
próxima geração — o tesouro do futuro.
Quando encontramos um mestre verdadeiro e nos
empenhamos como discípulos genuínos, podemos trilhar
o curso correto na vida, com transbordante alegria e re-
alização.
Há incontáveis exemplos inspiradores de luta conjun-
ta de mestre e discípulo durante a existência de Nichiren

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Daishonin — os esforços dele para propagar seu ensina- ANOTAÇÕES


mento correto e o empenho dos discípulos que fervoro-
samente buscavam e seguiam o mestre.

Passagem do Escrito 1: Os Cinco Festivais


Sazonais (WND, v. II, p. 374-375)
Considere os fatos desse modo e recite Nam-myoho-
-renge-kyo. Não pode haver dúvida sobre as palavras
“desfrutarão paz e segurança na presente existência e
boas circunstâncias nas existências futuras”.
A passagem do sutra esclarece perfeitamente que to-
das as divindades celestiais, sem dúvida, protegerão com
afinco os devotos do Sutra do Lótus. O quinto volume do
Sutra do Lótus declara: “As divindades celestiais os guar-
darão e os protegerão constantemente, dia e noite, em
prol da Lei”. Novamente, expressa: “Todas as crianças
dos céus irão apoiá-lo e protegê-lo. Não será tocado por
espadas nem por bastões, e o veneno não lhe causará
dano (...)”.

Referência 3: Nova Revolução Humana, v.1 (ca-


pítulo Alvorecer, NRH v.1, p.34)
O budismo expõe o conceito de zuiho bini(*). Este
conceito elucida que, desde que não desvirtue os ensina-
mentos essenciais do Budismo de Nichiren Daishonin, ou
seja, a fé no Gohonzon, pode-se adaptar as formalida-
des do budismo aos costumes e hábitos de cada locali-
dade e em conformidade com a época.[...]
Meu maior receio é que os líderes caiam na arma-
dilha de achar que o modo como agimos e pensamos
no Japão é absoluto e que os membros em outras par-
tes do mundo devam proceder exatamente da mesma
forma. Isso seria o mesmo que obrigar as pessoas de
outros países a usarem roupas tradicionais japonesas. Se
os líderes pensarem que essa é a maneira correta de re-
alizar a prática da fé, estarão transformando o budismo
num ensinamento rígido e inflexível. Dessa maneira, em
vez de budismo, teríamos o “japonesismo”. O Budismo
de Nichiren Daishonin é um ensinamento para toda a
humanidade.

(*) Zuiho bini (adaptação aos costumes locais): Este


conceito estabelece que, em questões sobre as quais o
Buda não permitiu nem proibiu de forma explícita, as
pessoas podem agir de acordo com os costumes locais,
contanto que os princípios fundamentais do budismo não
sejam distorcidos nem violados.

Referência 4: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.53-54)
Quando baseamos nossa vida na Lei Mística, po-

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demos desfrutar e celebrar eventos sazonais, inclusive ANOTAÇÕES


o Ano-Novo, da maneira mais positiva e significativa
possível e passar a ter naturalmente a vida mais feliz e
saudável. Essa é a forma de desfrutar plenamente nos-
sa presente existência e experimentar um estado de vida
maravilhoso também na próxima. Nichiren Daishonin
garante que aqueles que abraçam os cinco ideogramas
do Myoho-renge-kyo sempre serão protegidos e apoia-
dos, durante todas as quatro estações, dia e noite, por
essas divindades celestiais e divindades benevolentes,
como Brahma e Shakra.

Passagem do Escrito 2: Os Cinco Festivais


Sazonais (WND, v. II, p. 375)
Você afirma também que se tornou meu discípulo
quando lhe disseram que o Sutra do Lótus infalivelmente
se propagaria nos primeiros quinhentos anos dos Últimos
Dias da Lei. A relação de mestre e seguidor leigo resulta
de um juramento que se estende pelas três existências.
Jamais busque os três benefícios da semeadura, do ama-
durecimento e da colheita com mais ninguém. Não há
possibilidade de esses ditos dourados estarem errados:
“As pessoas que ouviram a Lei habitaram aqui e ali, em
várias terras do buda, e constantemente renasceram em
companhia de seus mestres” e “Se as pessoas perma-
necerem ao lado dos mestres da Lei, elas entrarão rapi-
damente no caminho do bodisatva. Quem segue esses
mestres e aprende com eles verá budas tão numerosos
quanto os grãos de areia do Ganges”.

Referência 5: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.55-56)
O presidente fundador da Soka Gakkai, Tsunesaburo
Makiguchi, sublinhou essa passagem em seu exemplar
dos escritos de Nichiren Daishonin. Ela é extremamente
importante por enunciar um conceito que representa o
âmago do Budismo de Nichiren Daishonin e o espírito
da Soka Gakkai.
O budismo é uma religião de mestre e discípulo. Sem
a relação de mestre e discípulo, a realização do kosen-
-rufu, a concretização da felicidade de toda a humanida-
de, seria impossível. O mestre está determinado a trans-
mitir aos discípulos o estado de vida do Buda, isto é,
ajudar a libertar as pessoas do sofrimento. Os discípulos
assumem para si o modo de vida do mestre, buscando
atingir nesse processo o mesmo elevado estado.
Quando surgir um grupo de pessoas comuns que lutem
unidas ao seu mestre como um só corpo, elas abrirão o
caminho para elevar não apenas o estado de vida de cada
uma, mas para transformar o destino da humanidade.

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O mestre se empenha para guiar os discípulos ao ANOTAÇÕES


mesmo estado de vida que ele alcançou; os discípulos
tentam viver de acordo com o exemplo do mestre. Lutar
juntos com um compromisso comum constitui a essência
da unicidade de mestre e discípulo.
E esse laço entre mestre e discípulo não se limita a
esta vida. O Sutra do Lótus ensina claramente que esse
vínculo perdura pelas “três existências”.

Referência 6: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.56)
Numa época como essa, discípulos são aqueles que
buscam sinceramente o ensinamento correto. Encon-
trando um mestre correto que exponha o ensinamento
correto, eles dedicam a vida ao lado do mestre com o
mesmo juramento e compromisso abnegado, sem pou-
par a própria vida.
O laço que esses discípulos compartilham com o
mestre não se limita a esta existência, mas perdura pelas
“três existências”, do passado ao futuro. Incorporando
o mesmo comportamento compassivo do Buda em suas
ações, eles cumprem sua missão fundamental como bo-
disatvas da terra. Consequentemente, ativam nas profun-
dezas de sua vida um estado originalmente inerente às
três existências — o estado de buda. Não há modo de
vida mais nobre ou mais maravilhoso.

Referência 7: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.58)
Os mestres continuam instruindo e guiando seus dis-
cípulos pelas “três existências”. Os discípulos buscam e
seguem incessantemente o mestre, e o mestre protege in-
cessantemente seus discípulos. A relação de mestre e dis-
cípulo do budismo é o laço humano mais belo de todos.
Do ponto de vista dos discípulos, não se trata de um
simples convívio “na companhia” de seus mestres. Mais
que isso, é despertar para a luta conjunta — a prática
de bodisatva — que vêm empreendendo ao lado do seu
mestre existência após existência. Os discípulos passam
a adotar um modo de vida fundamentado no reconheci-
mento do seu verdadeiro eu, distanciando-se da postura
passiva de buscar a salvação no mestre e passando a se
empenhar ao lado do mestre pelo bem-estar de toda a
humanidade. Esse é o significado de lutar para cumprir o
juramento seigan como bodisatva.

Referência 8: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.60)
[Palavras de Toda sensei] Em sua vasta e ilimitada
compaixão, o senhor permitiu-me acompanhá-lo até
mesmo à prisão. Em virtude disso, pude ler com todo

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o meu ser a passagem do Sutra do Lótus “As pessoas ANOTAÇÕES


que ouviram a Lei habitaram aqui e ali, em várias terras
do buda, e constantemente renasceram em companhia
de seus mestres” (LSOC, cap. 7, p. 178). O benefício
resultante disso foi vir a ter conhecimento de minha exis-
tência original como bodisatva da terra e absorver, com
a totalidade da minha vida, mesmo uma pequena fração
do significado do sutra. Poderia haver felicidade maior
do que esta?

Referência 9: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.62)
Respondendo com um sorriso de que eu havia feito a
pergunta mais difícil de todas, ele [Toda sensei] abordou
a questão com total sinceridade, concluindo: “É excelen-
te meditar sobre qual seria o modo correto de vida, mas
empregando melhor o seu tempo experimente praticar
o Budismo de Nichiren Daishonin. Você é jovem. Se o
fizer, um dia com certeza constatará que está seguindo o
caminho correto na vida. Posso lhe dar a minha palavra
de que isto é verdade”.
Formulei outras questões que meus amigos e eu
estivéramos debatendo, como “O que é um autêntico
patriota?”. Também lhe perguntei sobre o Nam-myoho-
-renge-kyo, que ele havia citado durante a explanação.
Ele respondeu a todas as minhas perguntas com cla-
reza e segurança. Apesar da minha pouca idade, falava
comigo de igual para igual e era gentil e paciente em
suas respostas. Fiquei profundamente comovido e senti
intuitivamente que poderia depositar confiança nele.
Dez dias depois, em 24 de agosto de 1947, con-
verti-me ao Budismo Nichiren, tornando-me membro da
Soka Gakkai.

Referência 10: Budismo do Sol Iluminando o


Mundo (TC nº 598 de Junho/2018, p.63)
Quando nos empenhamos fortemente para a realiza-
ção do grande desejo de mestre e discípulo, conseguimos
expandir ilimitadamente o estado de vida do discípulo.
Na luta conjunta de mestre e discípulo, os discípulos
se esforçam para desafiar a si mesmos no caminho de
sua missão, para triunfar e relatar as vitórias ao mestre
em seu coração. Sempre me dediquei seriamente com
essa determinação sob a liderança do Toda sensei, e
essa determinação se mantém inalterada até hoje.
Distância física não importa na relação de mestre
e discípulo. Nichiren Daishonin não pôde se encontrar
com muitos de seus discípulos pessoalmente em sua exis-
tência, inclusive os discípulos camponeses de Atsuhara
[dentre os quais três sacrificaram a vida durante a Perse-
guição de Atsuhara].

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Mesmo que mestre e discípulo possam estar distantes ANOTAÇÕES


fisicamente, o coração deles está sempre ligado e a vida
deles vibra em perfeita sintonia, transcendendo o tempo.
Nem tempo nem espaço são barreiras que separam mes-
tre e discípulo.

Referência 11: Budismo do Sol Iluminando o Mun-


do (TC nº 598 de Junho/2018, p.64-65)
Na beleza do laço de mestre e discípulo existe o es-
plendor da vitória como ser humano.
Com unicidade de mestre e discípulo, podemos al-
cançar a revolução humana.
Com unicidade de mestre e discípulo, conseguimos
realizar o kosen-rufu.
Com unicidade de mestre e discípulo, podemos avan-
çar eternamente pelo grandioso caminho da paz e da
justiça.
“Se o mestre possui um bom discípulo, ambos ob-
terão o fruto do estado de buda” (CEND, v. I, p. 173),
escreveu Daishonin.
O movimento para propagar o ensinamento correto
implementado por mestres e discípulos do Budismo Ni-
chiren — que prossegue pelas “três existências” — am-
pliou-se agora para 192 países e territórios. Com certe-
za, Nichiren Daishonin está aplaudindo nossos esforços
de todo o coração.
Entramos numa nova era, na qual pessoas do mundo
inteiro, de todas as esferas, estão expressando confian-
ça e alta expectativa em relação à nossa nobre rede de
solidariedade Soka, alicerçada no espírito de mestre e
discípulo.
Aquele que possui um mestre na vida jamais fica num
beco sem saída.
Aquele que possui um mestre na vida sempre conse-
gue abrir o caminho para a vitória.
Não existe vida mais honrada do que possuir um
mestre na vida.
A epopeia da unicidade de mestre e discípulo perdu-
rará por toda a eternidade. O laço de mestre e discípulo
provém do juramento seigan de travar uma luta conjunta
pelas “três existências”.
Somos eternos companheiros que, desde o tempo
sem início, vêm sustentando a Lei que expressa as ações
de todos os budas e bodisatvas. Juntos, continuemos tri-
lhando a grandiosa estrada dos discípulos, dos sucesso-
res e da unicidade de mestre e discípulo — um caminho
que resplandecerá para todo o sempre.

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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES
Explanação ③
Aprendendo com o romance
“Nova Revolução Humana”, volume 30

Referência 1: Nova Revolução Humana, vol. 30 ANOTAÇÕES


(Posfácio, NRH v. 30-II) [tradução tentativa, não oficial]
Tomei a decisão de escrever a Revolução Humana,
como romance biográfico de Toda sensei, com o intuito
de esclarecer a verdade sobre o mestre que combateu as
inúmeras ideias distorcidas e as difamações da socieda-
de, levá-lo ao conhecimento do mundo, e deixar para
a posteridade a verdadeira história do espírito Soka e o
genuíno caminho da fé.
Quando a Revolução Humana, publicada inicialmen-
te no jornal Seikyo Shimbun de 1º de janeiro de 1965,
foi concluída no dia 11 de fevereiro de 1993, recebi uma
grande quantidade de mensagens dos companheiros de
todo país ansiando pela continuação da série.
A verdadeira grandiosidade do mestre somente será
comprovada observando como viveu e quais foram as
realizações dos discípulos sucessores. Com o intuito de
transmitir o espírito do venerado mestre para o eterno fu-
turo, seria imprescindível registrar o “caminho dos discí-
pulos” sucessores. Além disso, em virtude do forte pedido
também do Seikyo Press, decidi aceitá-lo determinando
em meu coração que escrever era minha missão.

Referência 2: Nova Revolução Humana, vol. 30


(Posfácio, NRH v. 30-II) [tradução tentativa, não oficial]
Cada dia era uma intensa batalha em que dedica-
va todas as minhas forças. Lembrando-me dos preciosos
companheiros que se empenham bravamente na fé, eu
extraía as palavras de minha vida e me dediquei a lapi-
dá-las e esmerá-las com o sincero sentimento de enviar
uma carta de incentivo especialmente para cada um. Era
também uma tarefa que realizava dialogando em meu
íntimo com o mestre. A voz de sensei ecoava em minha
mente dizendo: “Transmita o espírito Soka! Cumpra a
sua missão nesta existência!”. O cansaço se dissipava e
sentia-me encorajado.

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Referência 3: Nova Revolução Humana, vol. 30 ANOTAÇÕES


(Posfácio, NRH v. 30-II) [tradução tentativa, não oficial]
Nos escritos de Nichiren Daishonin consta: “Se tiver
a mesma mente que Nichiren, o senhor deve ser um bo-
disatva da terra” (CEND, v. I, p. 404). Nós que vivemos
pelo kosen-rufu de acordo com o legado de Daishonin
somos sem dúvida bodisatvas da terra. Contudo, por que
nós que somos esses sublimes bodisatvas que cumprem
a nobre obra do kosen-rufu nascemos com variados car-
mas de sofrimento?
No capítulo Mestre da Lei do Sutra do Lótus cons-
ta a seguinte passagem: “Rei dos Remédios, você deve
compreender que esses homens e mulheres abandonam
voluntariamente suas límpidas e puras retribuições e, na
época depois de eu entrar em extinção, por sentirem pena
dos seres vivos, eles nascem neste mundo maléfico para
que possam expor amplamente este sutra”. O grande
mestre Miaole interpretou esta passagem com a expressão
“carma adotado pelo próprio desejo” (jap. ganken ogo).
Exatamente de acordo com esse princípio [de “carma
adotado pelo próprio desejo”], nascemos neste mundo
maléfico dos Últimos Dias da Lei dotados de inúmeros
carmas como doença, dificuldade financeira, desarmo-
nia familiar ou ainda solidão e sentimento de inferiori-
dade, com o juramento de salvar as pessoas imersas no
sofrimento. Contudo, quando recitamos o Nam-myoho-
-renge-kyo, empenhamo-nos na prática individual e al-
truística e vivemos pelo kosen-rufu, surge plenamente a
vida de bodisatva da terra e a extraordinária condição
do buda dentro de nós. Assim, manifestamos em nossas
vidas, a sabedoria, a coragem, a força, a esperança e a
alegria para ultrapassar quaisquer sofrimentos ou dificul-
dades. O ato de vencer resolutamente as intempéries do
destino comprovará a justiça e a grandiosa força do bu-
dismo, promovendo o avanço do kosen-rufu. Ou melhor,
nascemos carregando os sofrimentos e dificuldades em
nossas costas exatamente com essa finalidade.
Em outras palavras, o destino e a missão são os dois
lados de uma moeda. O destino da pessoa é propria-
mente a sua nobre missão específica. Por isso, quando
vivemos pelo kosen-rufu, não há nenhum destino que
não possa ser transformado.
Todos são bodisatvas da terra e possuem o direito de
ser felizes. Todos são os protagonistas e os extraordiná-
rios atores do grande drama que transforma as nevas-
cas do inverno em primavera ensolarada e o sofrimento
em alegria.

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Referência 4: Nova Revolução Humana, vol. 30 ANOTAÇÕES


(Posfácio, NRH v. 30-II) [tradução tentativa, não oficial]
O enredo do romance Nova Revolução Humana
se desenvolve com base no princípio de que “destino é
missão”. O ensinamento essencial do budismo não se
detém a uma visão estática dos acontecimentos, mas
revela o dinamismo da vida capaz de transformar quais-
quer aspectos por meio de princípios tais como “desejos
mundanos são a iluminação”, “os sofrimentos da vida e
da morte são o nirvana”, “transformação do veneno em
remédio”, entre outros. E identifica nas profundezas da
vida de uma pessoa mergulhada no sofrimento, a sua
condição de Buda. Buda, em outras palavras, indica o
caminho para despertar e manifestar a sublime bonda-
de, a criatividade e o protagonismo inerentes na vida de
todas as pessoas. Chamamos esse empreendimento de
transformação da vida de “revolução humana”.
O protagonista da construção da sociedade, da nação
e do mundo são os próprios seres humanos. O ódio, a
confiança, o desprezo, o respeito, a guerra e a paz são
todos produtos do coração do ser humano. Portanto, não
é possível conquistar a felicidade pessoal, nem a prosperi-
dade da sociedade e nem a paz perene do mundo sem a
realização da revolução humana. Sem esse ponto essen-
cial, todo o empenho empreendido resultará um castelo
de areia. Certamente, a filosofia da ‘revolução humana’
embasada no budismo será o novo guia da humanidade
que já deu a partida rumo ao terceiro milênio.

Referência 5: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Grande Montanha, NRH v. 30-I) [tradução
tentativa, não oficial]
Os clérigos que se auto-denominam discípulos atuais
de Nichiren Daishonin perseguem a Soka Gakkai, que
veio se empenhando na prática da propagação abne-
gada da Lei, exatamente em conformidade com o testa-
mento do fundador deste budismo. Tal situação inimagi-
nável e absurda vinha acontecendo seguidamente desde
a época da Soka Kyoiku Gakkai.
Porém, aos olhos do budismo, tudo se torna claro.
Daishonin se refere àquele que promoveria a destruição
o budismo: “O ensinamento correto d’Aquele que Assim
Chega não pode ser destruído por não budistas nem por
inimigos do budismo; mas os discípulos do Buda, com
certeza, podem destruí-lo. Conforme afirma um sutra, o
leão só pode ser devorado pelos vermes que se criam
dentro dele” (CEND, v. I, p. 318).
Ele afirma que não são os não budistas e nem as pes-
soas más que caluniam o budismo, mas os discípulos do
Buda que realizam o trabalho de destruir o budismo. Isso
porque, conforme consta no sutra, — “demônios ma-

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lignos se apossarão das pessoas” — o rei demônio do ANOTAÇÕES


sexto céu entra no corpo dos clérigos e cria a desordem
nas pessoas. Aqueles que tem o aspecto de clérigos pi-
soteiam o espírito de Daishonin e obstruem o kosen-rufu.

Referência 6: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Grande Montanha, NRH v. 30-I) [tradução
tentativa, não oficial]
De início, foi comunicado o conteúdo transmitido por
Yamawaki, e ainda sobre a movimentação dos sacerdo-
tes do clero.
Shin’ichi ponderou que a maldade finalmente mos-
trava o seu plano e sua intenção. Era uma conspiração
para obriga-lo a renunciar do cargo de presidente e alie-
nar a relação de mestre e discípulo Soka. No final das
contas, nada mais era que um plano para destruir a Soka
Gakkai — a organização da ordem e do desejo do Buda
— que veio promovendo o avanço do kosen-rufu. As ma-
nobras ardis da maldade só podem ser desmascaradas
com os olhos da fé.

Referência 7: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Grande Montanha, NRH v. 30-I) [tradução
tentativa, não oficial]
Ao visualizar o mundo como um budista, havia muitas
tarefas que Shin’ichi tinha de realizar a todo o custo.
Ele queria promover ações concretas de modo ain-
da mais abrangente pela edificação da paz do mundo.
Sentia também a necessidade de realizar ainda mais di-
álogos com líderes do mundo. Queria empenhar mais
esforços na promoção da cultura e da educação que ti-
nham como base o budismo. E acima de tudo, a etapa
de real construção do kosen-rufu mundial estava prestes
a começar finalmente.

Referência 8: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Grande Montanha, NRH v. 30-I) [tradução
tentativa, não oficial]
O coração de Shin’ichi, que decidiu renunciar à pre-
sidência, já tinha alçado um vigoroso voo em direção ao
mundo.
Ele se sentia angustiado com as chamas de conflitos
latentes que ameaçavam várias localidades, a começar
pela Ásia, e como budista e como um ser humano, ele
estava decidido que aquela era, sem dúvida, a hora de
abrir “o caminho da paz” e “o caminho da unificação da
humanidade”. Também acreditava que esse era um as-
sunto da máxima importância que os líderes e intelectu-
ais do mundo deveriam unir seus corações e confrontar.
Tal qual uma grande montanha, solene e digna,
Shin’ichi vislumbrava o majestoso céu do futuro. Os ruí-

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dos barulhentos que o cercava não passavam de burbu- ANOTAÇÕES


rinho das árvores balançando ao vento.

Referência 9: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Grande Montanha, NRH v. 30-I) [tradução
tentativa, não oficial]
— Prossigam lutando em torno do novo presidente.
Não devem ficar dependendo de mim para sempre. Eu
vim me empenhando com todas as minhas forças para
orientar e desenvolver a todos até agora. Ensinei e trans-
miti tudo a vocês. Não existe escola que não tenha for-
matura.

Referência 10: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Grande Montanha, NRH v. 30-I) [tradução
tentativa, não oficial]
— Tudo possui, sem falta, um fim, um marco separa-
dor. E um fim é um novo início. Para esta nova partida,
é necessário uma sólida e resoluta decisão. Uma chama
rubra e ardente de juramento. Levantem-se. Todos de-
vem se levantar como leões sucessores. Está bem? Conto
com vocês.

Referência 11: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Grande Montanha, NRH v. 30-I) [tradução
tentativa, não oficial]
— Não importando em que situação eu seja colo-
cado, se os jovens atuarem com seriedade, o caminho
do futuro será aberto. O verdadeiro momento decisivo
do discípulo não é quando ele está lutando dia a dia
sob a orientação do mestre. Podemos dizer que isso é
um período de treinamento. O momento decisivo, da
vitória ou derrota, é quando o mestre deixar de liderar
pessoalmente. Contudo, quando o mestre sai de cena,
há pessoas que, aproveitando-se disso, fazem somente o
que querem, e abandonam a organização esquecendo-
-se do espírito da Gakkai. Assim ocorreu também quan-
do Toda sensei deixou o cargo de diretor-geral. Vocês
não devem se tornar assim, de modo algum. Devem se
levantar vigorosamente em meu lugar! Todos devem se
tornar “Shin’ichi”!

Referência 12: Nova Revolução Humana, vol. 30


(Posfácio, NRH v. 30-II) [tradução tentativa, não oficial]
O budismo ensina que todas as pessoas possuem a
natureza de buda inerente a sua vida, sendo a grande
filosofia da “dignidade da vida” e da “igualdade funda-
mental do ser humano”. E a compaixão exposta pelo bu-
dismo consiste no modelo de humanismo. De fato, o bu-
dismo é o grande ideal que transforma a descrença em
confiança, o ódio em amizade, erradicando quaisquer

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conflitos para tornar realidade a paz perene. A jornada ANOTAÇÕES


pela paz de Shin’ichi era o desafio de unir o mundo,
adotando o humanismo da filosofia budista como base
espiritual da época.

Referência 13: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Juramento Seigan, NRH v. 30-II) (parte 70,
BS ed. 2433, de 25/ago/2018)
Paralelamente, os membros possuíam um forte senti-
mento de que havia chegado o momento de o budismo
do povo, de Nichiren Daishonin, florescer ao mundo. Os
ditos dourados de Daishonin – “Os três poderosos inimi-
gos vão se levantar sem falta” (CEND, v. I, p. 414) – se
tornaram realidade.
Antes de 1991, a Soka Gakkai sofrera numerosos
ataques de calúnias e difamações por parte do primeiro
dos “três poderosos inimigos” — leigos arrogantes —
por ignorarem o budismo. Também sofrera ataques do
segundo — sacerdotes arrogantes, que não buscam os
verdadeiros ensinamentos do budismo, permanecendo
apegados às próprias opiniões.
Até então, não experimentara o terceiro — ataques
dos sacerdotes respeitados como sábios, que ocupam
alto escalão no sacerdócio e, com maldade no cora-
ção, perseguem os devotos do Sutra do Lótus. E agora,
com Nikken, o sumo prelado, surgia a opressão contra
a Soka Gakkai, organização que promove o kosen-rufu,
que é a ordem e o desejo do Buda. Era prova clara de
que a Soka Gakkai estava praticando o Sutra do Lótus
na atualidade em exato acordo com os ditos dourados
de Nichiren Daishonin.

Referência 14: Nova Revolução Humana, vol. 30


(capítulo Juramento Seigan, NRH v. 30-II) (parte 76,
BS ed. 2434, de 8/set/2018)
As pessoas não existem por causa da religião. É a
religião que existe para as pessoas. A religião existe para
a felicidade das pessoas. Interpretar esse princípio ao
contrário leva tudo à insanidade. Apontando para o fato
de que aí se encontrava o erro fundamental do clero, e
visualizando o futuro, Shin’ichi Yamamoto afirmou:
— O Budismo de Nichiren Daishonin é o Budismo do
Sol e a religião mundial a iluminar toda a humanidade.
O desenvolvimento da Soka Gakkai como organização
em que os membros praticam este grandioso budismo
deve ser, sob todos aspectos, global e universal, sem se
prender a uma estrutura feudal estreita e fechada.

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Referência 15: Nova Revolução Humana, vol. 30 ANOTAÇÕES


(capítulo Juramento Seigan, NRH v. 30-II) (parte 65,
BS ed. 2432, de 18/ago/2018)
Desde a primeira problemática do clero quando
Shin’ichi renunciou ao cargo de presidente da Soka
Gakkai, ele concentrou sua atenção a cada um dos
associados da organização, encorajando-os individual-
mente, visando construir, mais uma vez, uma sólida Soka
Gakkai unida pelos laços de mestre e discípulos que vi-
vem pela missão do kosen-rufu. Prosseguiu nos esforços
para incentivá-los com orientações individuais, visitas fa-
miliares, diálogos em pequenos grupos, e participando
dos variados tipos de reuniões.
Ele procurava fazer as refeições junto com os mem-
bros o máximo possível, transformando-as em oportuni-
dades para dialogar com eles. Além disso, aproveitava
cada momento livre para compor versos e poemas, e
inscrever caligrafias ou dedicatórias em livros e cartões
para incentivos e mais incentivos aos companheiros.
Shin’ichi se dedicou incansavelmente, disposto a dar
tudo de si pela felicidade e pelo crescimento dos mem-
bros. Era uma luta frenética para infundir-lhes o espírito
do kosen-rufu, com o forte desejo de que “todos se tor-
nassem um herói a levantar-se só”.
Como resultado desses esforços, os jovens sucesso-
res se desenvolveram de forma esplêndida, edificando
o grande castelo Soka unido pelos laços diamantinos e
indestrutíveis de mestre e discípulo. E os laços desse espí-
rito de mestre e discípulo se expandiram para o coração
dos membros do mundo inteiro.

Referência 16: Nova Revolução Humana, vol. 30


(Posfácio, NRH v. 30-II) [tradução tentativa, não oficial]
“Um espírito imortal requer uma ação igualmente
imortal” são célebres palavras do escritor russo Leon Tols-
toi. Meu desejo é que os membros da Soka Gakkai fa-
çam da conclusão do romance Nova Revolução Humana
um novo ponto de partida, levantando-se como ‘Shin’ichi
Yamamoto’ e escrevam sua própria história brilhante da
revolução humana empenhando-se pela felicidade dos
amigos por meio de ininterruptas ações indomáveis.
Enquanto houver infortúnios e tristezas no mundo, de-
vemos desenvolver com ainda mais bravura e suntuosida-
de a magnífica ilustração da vitória do ser humano cha-
mada de kosen-rufu. Isto quer dizer que a nossa jornada
de mestre e discípulo do juramento seigan prosseguirá.

Referência 17: Ensaio “Seja Eterno o Grande


Castelo Soka” (BS ed. 2437, de 29/set/2018) [tradu-
ção revisada]
Meu profundo desejo é dialogar de vida a vida, por

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meio da obra Nova Revolução Humana, com os jovens ANOTAÇÕES


do Japão e do mundo, da mesma maneira que fui treina-
do pessoalmente pelo meu venerado mestre na “Univer-
sidade Toda”. Para minha alegria, os jovens de todas as
partes do mundo estão se dedicando para compreender
o espírito de revolução humana, o coração do Shin’ichi
Yamamoto, e com isso estão comprovando dignamente a
gloriosa vitória da vida e do movimento pelo kosen-rufu.
O romance Revolução Humana começa com o ca-
pítulo “Alvorada”, que relata o espírito de Toda sensei
de levantar-se só, rasgando a escuridão pós-guerra, e
encerra com o capítulo “Nova Alvorada”, que descreve o
espírito sucedido pelo inseparável discípulo.
O primeiro capítulo da Nova Revolução Humana
chama-se “Alvorecer”. Mestre e discípulo Soka iniciam
um voo para concretizar o kosen-rufu mundial como o
raiar do novo dia.
Percorri o mundo para compartilhar com todas as
pessoas a benevolente luz do budismo com o mesmo
coração do meu mestre. Fui ao encontro do povo, criei
ondas de diálogo e, ao denominar o último capítulo de
“Juramento Seigan”, concluí minha obra.
Nichiren Daishonin declara: “Meu desejo é que todos
os meus discípulos façam um grande juramento” (CEND,
v. II, p. 269), e “Grande juramento refere-se à propaga-
ção do Sutra do Lótus” (OTT, p. 82).
Infinita energia surge na vida quando nos levantamos
com o juramento da propagação da grande Lei com o
mesmo espírito do Mestre. É essa energia que sustenta os
nobres bodisatvas da terra.
O sol do juramento seigan de mestre e discípulo está
iluminando nosso planeta, Terra mater de todas as vidas,
e agora começou a brilhar ainda mais intensamente,
como fonte de luz que iluminará o futuro eternamente.
Hoje, há membros de diferentes culturas que vivem
em diversos países. As pessoas do mundo aguardam a
chegada da religião da revolução humana. Chegou a
hora de darmos uma nova partida, com nova determi-
nação rumo ao kosen-rufu mundial que é a própria paz
mundial, tão aguardada pela humanidade.
Eu avanço, portanto, avance você também.
Eu luto, portanto, lute você também.
Eu venço, portanto, vença você também.
Você e eu, vamos juntos irradiar para o mundo a
grandiosa luz da revolução humana e continuar a escre-
ver com espírito renovado a majestosa epopeia Soka de
mestre e discípulo. Iniciemos, você e eu, a jornada do
juramento seigan, perpetuando-o por toda a eternidade.

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Reunião GeralANOTAÇÕES
de Estudo
A Linhagem Humanista
do Budismo

Materiais de Referência e ANOTAÇÕES


Passagens dos Escritos
Referência 1: O Mundo dos Escritos de Nichiren
Daishonin: Diálogo sobre Religião Humanística (DRH
v.1, p.15-16)
Em uma época em que tanto a sociedade como as
religiões estão imersas no tumulto e na confusão, so-
mente um ensinamento que possibilite a cada indivíduo
manifestar sua natureza inata de buda pode conduzir to-
das as pessoas à felicidade e mudar o curso da época.
Em outras palavras, a única maneira de concretizar a
paz e a felicidade para as pessoas dos Últimos Dias é
desenvolvendo nosso grandioso potencial humano. Não
há nenhuma outra solução substancial para os proble-
mas da sociedade que não envolva o desenvolvimento
de nosso estado de vida.
Quando nos aprofundamos na ideia de abrandar o
sofrimento das pessoas exposta no Sutra do Lótus, per-
cebemos que esse conceito está permeado de um genu-
íno espírito humanista. Daishonin revelou esse aspecto
humanístico do Sutra do Lótus em seu ensinamento ao
compreender a verdadeira natureza dos Últimos Dias da
Lei. (...)
O humanismo budista não está fundamentado em
uma estrutura conceitual fixa, mas sim no potencial de
cada pessoa para realizar sua revolução humana culti-
vando sua natureza de buda inerente.
“Natureza de buda” refere-se ao coração que des-
pertou para a Lei Mística e não postula que somente os
seres humanos são dotados de alguma qualidade única
ou especial. (...)
Todos os seres vivos são entidades da Lei Mística e,
sendo assim, são iguais. Nesse sentido, todas as formas
de vida estão ligadas à Lei Mística e, portanto, dotadas
da natureza de buda. Isso está expresso na doutrina da

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possessão mútua dos dez mundos, que explica que todos ANOTAÇÕES
os seres vivos de todos os dez mundos possuem inerente-
mente o mundo do estado de buda.
Dentre todas as formas de vida, os seres humanos
são os únicos que possuem a capacidade de manifestar
o poder do estado de buda em seu caráter e em suas
ações. Para isso, o coração, o espírito, é essencial.
Em seus escritos, Daishonin enfatiza repetidas vezes a
importância do coração na prática budista. Embora ele
ensine que a fé e a coragem sejam as forças e as funções
do coração que nos dão condições de abrir o mundo do
estado de buda em nossa vida, também adverte contra
as funções negativas do coração como a descrença e a
covardia, que bloqueiam nosso potencial para o estado
de buda. O Gosho é realmente um ensinamento sobre
o coração.

Referência 2: Nova Revolução Humana, vol. 26


(capítulo Estandarte da Lei, NRH v.26) (parte 37, BS
ed. 2302, de 5/dez/2015)
Humanismo não consiste num modo de vida espe-
cial; é ter empatia pelas pessoas – estender a mão e
encorajar aqueles que estão se empenhando arduamen-
te ou sofrendo e compartilhar da alegria daqueles que
estão felizes.

Passagem do Escrito 1: Registro dos Ensina-


mentos Transmitidos Oralmente (OTT, p. 165)
... quando o bodisatva Jamais Desprezar reverencia as
quatro classes de seguidores, a natureza de buda inerente
a essas quatro classes de seguidores arrogantes também
se inclina em reverência ao bodisatva Jamais Desprezar.
É como alguém que se curva diante de um espelho em
reverência e a imagem refletida reverencia a si mesmo.

Passagem do Escrito 2: Os Três Tipos de Te-


souro (CEND v. II, p. 113)
O coração de todos os ensinamentos que o Buda ex-
pôs ao longo de sua existência é o Sutra do Lótus, e o
coração da prática deste sutra se encontra no capítulo
“Jamais Desprezar”. Qual é o significado do profundo res-
peito que o bodisatva Jamais Desprezar sentia por todas
as pessoas? O propósito do advento do Buda Shakyamu-
ni, senhor dos ensinamentos, neste mundo reside em seu
comportamento como ser humano.
Respeitosamente.
Os sábios podem ser chamados de humanos, mas os
tolos não são mais que animais.

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Referência 3: O Mundo dos Escritos de Nichiren ANOTAÇÕES


Daishonin: Diálogo sobre Religião Humanística (DRH
v.1, p.17)
Em outras palavras, os Últimos Dias da Lei são uma
“era de conflitos” – uma época em que tudo se inclina
para a contenda. A força para resistir a essa torrente vem
da firme convicção na existência da natureza de buda em
si próprio e nos outros. E realizar a prática de reverenciar
os outros se resume em agir com base nessa convicção.
O kosen-rufu nada mais é que a expansão da rede de
pessoas que compartilham essa mesma convicção e que
avançam de acordo com ela. Foi Daishonin quem colo-
cou a corrente do kosen-rufu em movimento para repelir
a torrente desta “era de conflitos”.
“Quanto mais profundas as raízes, mais fecundos são
os ramos. Quanto mais distante a fonte, mais longa é
a correnteza” (CEND-I, p.770). Daishonin afirma que
sua luta é a raiz e a fonte do movimento para conduzir
as pessoas à felicidade pelos dez mil anos dos Últimos
Dias. De fato, ele fez com que a correnteza do kosen-rufu
brotasse do nível mais fundamental da natureza de buda
inerente na vida.
O kosen-rufu somente será concretizado com a vitória
sobre a escuridão fundamental que está no centro de
todos os conflitos e discórdias por meio de uma forte fé
na Lei Mística. Daishonin enfatiza em todo o Gosho que
a correnteza do kosen-rufu origina-se do “grande desejo
da ampla propagação” (CEND-I, p.226).

Passagem do Escrito 3: O Tratamento da Do-


ença (CEND v. II, p. 380)
Em contraste, o coração da escola Lótus é a doutrina
dos três mil mundos num único momento da vida, que
revela que ambos o bem e o mal são inerentes à vida,
inclusive daqueles que se encontram no estágio supremo
da iluminação perfeita. A natureza fundamental da ilumi-
nação manifesta-se como Brahma e Shakra, ao passo que
a escuridão fundamental se expressa como o rei demônio
do sexto céu.

Passagem do Escrito 4: Atingir o Estado de


Buda nesta Existência (CEND v. I, p. 4)
Quando uma pessoa é dominada pela ilusão, é cha-
mada de mortal comum; mas, quando iluminada, é cha-
mada de buda. Tal situação se assemelha a um espelho
embaçado que brilhará como uma joia quando for po-
lido. A mente que se encontra encoberta pela ilusão da
escuridão inata da vida é como um espelho embaçado;
mas, ao ser polida, tornar-se-á como um espelho límpi-

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ANOTAÇÕES
do, que refletirá a natureza essencial dos fenômenos e da
realidade. Manifeste profunda fé polindo seu espelho dia
e noite. Como deve poli-lo? Não há outra forma senão
recitar o Nam-myoho-renge-kyo.

Passagem do Escrito 5: Registro dos Ensina-


mentos Transmitidos Oralmente (OTT, p. 119)
O único ideograma “fé” é a espada afiada capaz de
cortar a escuridão fundamental.

Passagem do Escrito 6: Uma Comparação


entre o Sutra do Lótus e Outros Sutras (CEND
v. II, p. 306)
A grande lanterna que ilumina a longa noite dos sofri-
mentos de nascimento e morte, a espada afiada que corta
a escuridão fundamental inerente à vida, nada mais são
que o Sutra do Lótus.

Passagem do Escrito 7: As Perseguições ao


Venerável (CEND v. II, p. 263)
Fortaleçam sua fé dia após dia e mês após mês. Se
enfraquecerem em sua determinação, por pouco que seja,
os demônios se aproveitarão.

Referência 4: A Linhagem Budista do Humanismo


(Os Fundamentos do Budismo Nichiren para a Nova Era
do Kosen-rufu Mundial, v. 1, p. 7)
A SGI é uma organização que abraça a fé no budis-
mo transmitido de forma evolutiva a partir de Shakya-
muni para os mestres eruditos na Índia, considerados
bodisatvas, tais como Nagarjuna e Vasubandhu; para
o grande mestre Tiantai e o grande mestre Miaole, na
China; e para o grande mestre Dengyo, no Japão, até
chegar a Nichiren Daishonin. Segue a legítima linhagem
humanista do budismo, de respeito a todas as pessoas e
à dignidade da vida, que se estende desde Shakyamuni.
Dentre os sutras do Mahayana, a SGI baseia-se no
Sutra do Lótus e promove ações e atividades da prática
da fé na atualidade em conformidade com o espírito fun-
damental do Sutra do Lótus demonstrado por Nichiren
Daishonin com a sua própria vida.

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ANOTAÇÕES
Passagem do Escrito 8: O Verdadeiro Aspecto de
Todos os Fenômenos (CEND v. I, p. 404)
Agora, não obstante o que aconteça, empenhe-se na
fé, torne-se um devoto do Sutra do Lótus e continue sendo
meu discípulo pelo resto de sua vida. Se tiver a mesma
mente que Nichiren, o senhor deve ser um bodisatva da
terra. E se for um bodisatva da terra, não há dúvida de
que tem sido um discípulo do buda Shakyamuni desde o
remoto passado. O sutra afirma: “Desde o longínquo pas-
sado, tenho ensinado e convertido esta multidão”. Não
deve haver discriminação entre os que propagam os cinco
ideogramas do Myoho-renge-kyo nos Últimos Dias da Lei,
sejam homens, sejam mulheres. Se não fossem bodisatvas
da terra, não seriam capazes de recitar daimoku.

Referência 5: Prefácio da “Coletânea dos Escri-


tos de Nichiren Daishonin” (CEND v. I, p. x)
A Soka Gakkai foi fundada em 1930, no intervalo en-
tre as duas grandes guerras mundiais. Na época, todas
as religiões do Japão haviam sido incorporadas à estru-
tura do Estado para servi-lo e não tinham força nem co-
ragem para bloquear a tendência belicista da sociedade.
Nessa circunstância, a Soka Gakkai redescobriu o poten-
cial do Budismo de Nichiren Daishonin e do alicerce des-
te, o Sutra do Lótus, no que se refere à “religião em prol
da felicidade do ser humano”. Desenvolveu uma prática
religiosa visando à realização da felicidade humana e,
em consequência, sofreu forte pressão do governo mi-
litarista da época que conduziu o primeiro e o segun-
do presidentes Tsunesaburo Makiguchi e Josei Toda ao
cárcere. O primeiro presidente encerrou sua vida como
mártir na prisão.
De acordo com o Sutra do Lótus – a quintessência do
budismo Mahayana – o desejo dos bodisatvas, a “felici-
dade de si próprio e dos outros”, representa a aspiração
principal dos seres humanos e de todos os seres vivos.
Despertar as pessoas para esse desejo fundamental e
inspirá-las a manifestar a bondade inerente, eis a missão
primordial não só do budismo, mas de todas as religiões.
O Sutra do Lótus elucida o surgimento, no mundo
real, de incontáveis bodisatvas encarregados desta mis-
são primordial da religião. São os chamados “bodisa-
tvas da terra”. Este é um assunto da máxima importância,
pois mostra que todas as pessoas podem se tornar bodi-
satvas da terra quando despertam para o desejo original
da sua vida.

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Referência 6: Prefácio da “Coletânea dos Escri- ANOTAÇÕES


tos de Nichiren Daishonin” (CEND v. I, p. ix-x)
Como dar esperança ao ser humano? Como dar sen-
tido à vida humana? Presume-se que nessas questões
esteja a missão original da religião. Todas as religiões
almejam conduzir o ser humano à paz espiritual e o mun-
do à paz e à felicidade. Nesse sentido, supõe-se que,
fundamentalmente, a intenção de todas as religiões seja
tornar-se uma “religião em prol do ser humano”. Estou
certo de que ter profunda consciência deste ponto co-
mum representa o requisito essencial para uma religião
no mundo contemporâneo, dito globalizado. As bases
para a promoção do diálogo inter-religioso, considera-
do um desafio para a civilização, também se encontram
neste ponto. (...)
Todavia, apesar dessas diferenças, em todas as dou-
trinas há sempre uma verdade, bem como um meio
para a obtenção da felicidade humana. Em um diálo-
go inter-religioso nos dias atuais, o reconhecimento das
diferenças e a postura de aprender uns com os outros
o ponto de vista e a verdade das respectivas religiões
possibilitarão, com certeza, um aprimoramento mútuo
como “religião em prol do ser humano”. Sou uma das
pessoas que nutre o profundo desejo de que as religiões
da humanidade evidenciem o seu valor característico,
unam-se como uma “religião em prol do ser humano”,
e se tornem a mais suprema força para a concretização
da paz do mundo, caminhando sempre pela estrada do
diálogo e do aprimoramento recíproco.

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