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ÍNDICE

Introdução.............................................................................................................................2
CAPITULO I – CONCEITO DE RELIGIÃO E O FENÓMENO RELIGIOSO NA ASIA
E SUA IMPORTÂNCIA POLÍTICA E SOCIOCULTURAL.............................................3
1.1. Religião.........................................................................................................................3
1.1.1. Conceito.....................................................................................................................3
1.1.2. Tipos de religiões.......................................................................................................3
Religiões Primais…………………………………………………………………………..3
Religiões Nacionais..............................................................................................................3
Religiões Mundiais...............................................................................................................3
1.2. Fenómeno religioso na Asia e sua importância política e sociocultural.......................4
1.2.1. Cristianismo...............................................................................................................4
1.2.1.1. Origem do Cristianismo..........................................................................................4
1.2.1.2. A visão Crista sobre o surgimento do Homem.......................................................5
1.2.1.2. Importância Sociocultural Cristianismo..................................................................6
1.2.1.3.Importância Política do Cristianismo.......................................................................6
1.2.2. Xintoísmo...................................................................................................................7
1.2.2.1. Características do xintoísmo...................................................................................7
1.2.2.2. Importância sociocultural........................................................................................7
1.2.2.3. Importância Política................................................................................................8
1.2.3. Hinduísmo..................................................................................................................8
1.2.3.1. Importância sociocultural do hinduísmo.................................................................9
1.2.3.2. Importância política do hinduísmo..........................................................................9
1.2.3.3. Divisão das castas..................................................................................................10
1.2.4. Taoísmo....................................................................................................................10
1.2.4.1. Importância sociocultural do Taoismo..................................................................11
1.2.4.2. Importância Política do Taoísmo..........................................................................12
1.2.5. O Zoroastrismo.........................................................................................................12
1.2.5.1. Importância Sociocultural do zoroastrismo...........................................................12
1.2.5.2.Importância Política do Zoroastrismo....................................................................13
1.2.6. Budismo...................................................................................................................13
1.2.6.1. Importância Sociocultural do Budismo.................................................................13
1.2.6.2. Importância política do Budismo..........................................................................14
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CAPITULO II – FENÓMENO RELIGIOSO NA ASIA: ISLAMISMO, JUDAÍSMO,


JAINISMO, CONFUCIONISMO E ORTODOXIA..........................................................15
2.1. O Islamismo................................................................................................................15
2.1.2. Princípios do Islamismo...........................................................................................16
2.1.3. Grupos do Islamismo...............................................................................................16
2.1.4. Importância sociocultural do islamismo..................................................................17
2.1.5. Importância política do islamismo...........................................................................17
2.2. Judaísmo......................................................................................................................17
2.2.1. Importância sociocultural do Judaísmo....................................................................19
2.3. Ortodoxia.....................................................................................................................19
2.3.1. Importância sociocultural.........................................................................................19
2.3.2. Importância política..................................................................................................19
2.4. Confucionismo............................................................................................................20
2.4.1. Importância sociopolítica.........................................................................................20
2.5. Jainismo.......................................................................................................................21
2.5.1. Importância sócio cultural........................................................................................21
2.5.2. Importância política..................................................................................................22
2.6. Siquismo......................................................................................................................22
2.6.1. Importância sociocultural.........................................................................................22
2.6.2. Importância política..................................................................................................23
Bibliografia.........................................................................................................................26
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Introdução

O fenómeno religioso na Ásia, tem no entanto por especial enfoque as principais tradições
religiosas originárias destas regiões. Incide, na sua primeira parte, sobre essas tradições o
zoroastrismo, a religião védica, o jainismo, o budismo, o hinduísmo, o sikhismo, o
xamanismo, o confucionismo, o taoismo e o xintoísmo, as quais são examinadas em termos
históricos, actuais e comparados e também especificamente em termos da sua coexistência,
concorrência e interinfluência. No trabalho são estudadas as ‘novas religiões’ emergentes nos
vários espaços geográficos desde o século XIX, são abordados tópicos relativos à difusão e
transformação das religiões abraâmicas em alguns contextos, são analisados aspectos
específicos e transversais a várias tradições religiosas, e são ainda observados testemunhos,
experiências e obras de ficção no âmbito da temática do curso.

O presente trabalho pretende olhar de uma forma abrangente e multifacetada para o fenómeno
religioso nas regiões asiáticas referidas, tendo em consideração doutrinas, crenças e práticas;
as suas manifestações entre comunidades de religiosos e de leigos; a sua integração em
realidades sociais mais vastas e nomeadamente as relações entre as diferentes tradições
religiosas e o poder, a política e o Estado, as estruturas sociais, o género e as percepções de
identidade; e finalmente ainda a sua localização e alcance a um nível global, através de uma
referência às dimensões não asiáticas dos movimentos religiosos estudados. 
Objectivos

a) Geral
 Compreender o fenómeno religioso na Asia e sua Importância sociocultural e política

b) Específicos
 Discutir conceito de Religião
 Explicar o fenómeno religioso na Asia e Sua Importância sociocultural e política

Metodologia

Para a realização e materialização do presente trabalho recorreu-se a vários


procedimentos que combinados permitiram a coerência da pesquisa desde a selecção de
documentos e análise das variadas bibliográficas e por fim a sistematização e compilação do
trabalho final.
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CAPITULO I – CONCEITO DE RELIGIÃO E O FENÓMENO RELIGIOSO NA


ASIA E SUA IMPORTÂNCIA POLÍTICA E SOCIOCULTURAL
1.1. Religião

1.1.1. Conceito
De acordo com Coutinho (2012) religião é uma fé, uma devoção a tudo que é
considerado sagrado. É um culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídos
poderes sobrenaturais. É uma crença em que as pessoas buscam a satisfação nas práticas
religiosas ou na fé, para superar o sofrimento e alcançar a felicidade. Religião é também um
conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas religiosas, baseadas em livros sagrados,
que unem seus seguidores numa mesma comunidade moral, chamada Igreja.
Todos os tipos de religião têm seus fundamentos, algumas se baseiam em diversas
análises filosóficas, que explicam o que somos e porque viemos ao mundo. Outras se
sobressaem pela fé e outras em extensos ensinamentos éticos. Idem

1.1.2. Tipos de religiões

Segundo Coutinho (2012) existem 3 tipos de religiões:

 Religiões Primais

As religiões Primais ou primitivas como chamam os estudiosos. São caracterizadas por


crenças numa miríade de forças, deuses e espíritos que controlam a vida quotidiana. O culto
aos antepassados e os ritos de passagem desempenham um papel importante. A comunidade
religiosa não se separa da vida social, e o sacerdócio normalmente é sinónimo de liderança
política da tribo.

 Religiões Nacionais
Estas incluem grande número de religiões históricas que não são mais praticadas:
germânica, grega, egípcia e assírio-babilónica. Hoje podemos encontrar vestígios delas, por
exemplo, no xintoísmo japonês. É típico das religiões nacionais adoptar o politeísmo, uma
série de deuses organizados num sistema de hierarquia e funções especializadas. Elas têm
também um sacerdócio permanente, encarregado dos deveres rituais em templos construídos
para esse fim. Há sempre uma mitologia bem desenvolvida, o culto sacrificial é básico, e os
deuses é que escolhem o líder da nação (monarquia sacra).

 Religiões Mundiais
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A principal característica das religiões universais surgidas no Oriente Médio é o


monoteísmo: elas têm um só Deus. Dá-se grande peso à relação do indivíduo com Deus e à
sua salvação. O papel do sacrifício é bem menos proeminente nelas do que nas religiões
nacionais, ao passo que o da oração e da meditação é mais importante. As religiões universais
foram criadas por profetas fundadores cujos nomes são conhecidos: Moisés (judaísmo), Buda
(Budismo), Lao-Tse, (taoismo) Jesus, (cristianismo) Maomé (islamismo).
Portanto, o autor acima supracitado chama-nos uma pequena atenção ao dizer que
devemos ressaltar que os limites entre esses três tipos de religiões são fluidos. As religiões
nacionais muitas vezes constituem evoluções que acompanharam o desenvolvimento geral da
sociedade (ao passar de uma sociedade tribal para um Estado nacional). Assim também, certas
religiões mundiais emergiram de religiões nacionais, como um protesto contra determinados
aspectos de seu culto e de suas concepções religiosas.

1.2. Fenómeno religioso na Asia e sua importância política e sociocultural


De acordo com Gaarder, Hellern e Notoker (2000), Foram registadas várias formas de
religião durante toda a história. Já houve muitas tentativas de explicar como surgiram as
religiões. Uma das explicações é que o homem logo começou a ver as coisas a seu redor como
animadas. Ele acreditava que os animais, as plantas, os rios, as montanhas, o sol, a lua e as
estrelas continham espíritos, os quais era fundamental apaziguar.
Entretanto, Taylor, influenciado pela teoria de Darwin sobre a evolução, no tangente
ao surgimento e evolução da religião, refere que o desenvolvimento religioso caminhou
paralelamente ao avanço geral da humanidade, tanto cultural como tecnológico, primeiro em
direcção ao politeísmo (crença em diversos deuses) e depois ao monoteísmo (crença num só
deus). Taylor concluiu que os povos tribais não haviam ido além do estágio da Idade da Pedra
e, portanto, praticavam esse mesmo tipo de animismo. Entretanto, há que salientar que as
pesquisas modernas refutam a teoria de Taylor de considerar animismo como característica da
era tribal. Idem

1.2.1. Cristianismo
1.2.1.1. Origem do Cristianismo
Segundo Izidoro (2021) o cristianismo tem na Bíblia o seu livro sagrado. O
Cristianismo tem sua origem com a vinda de Jesus Cristo. Para a história da religião, Deus
mandou que seu único filho descesse à terra para ser o messias (salvador) dos homens. Cristo
seria o encarregado de difundir o amor e a palavra de Deus.
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Com a intensa propagação das suas ideias, Jesus se tornou uma ameaça para o Império
Romano, que o considerou um mentiroso. Algum tempo depois da morte e ressurreição de
Cristo, os 12 apóstolos, adeptos que foram preparados para difundir a fé cristã saíram em
missão pelo mundo com o objectivo de levar a palavra para o máximo de pessoas possível.
Esse período marca o nascimento do Cristianismo e, em seguida, de várias igrejas. Idem

1.2.1.2. A visão Crista sobre o surgimento do Homem


Há que ressaltar antes que falar do surgimento do Homem, sob ponto de vista bíblica,
implica entrar em Choque com outras teorias que explicam o processo do surgimento e
evolução do homem, primeiro com Charls Darwin na sua obra intitulada origem das espécies
através da selecção natural e de seguida com Frederico Taylor que de certa forma tentou na
base da teoria darwinista colocar o seu ponto de vista no tangente a trajectória da evolução do
homem.

Entretanto, biblicamente, sobretudo no livro de GENESIS:

Então Deus disse: façamos o homem a nossa imagem, segundo a nossa semelhança e
que eles tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as criaturas voadoras dos
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os animais
rasteiros que se movem sobre a terra. E Deus criou o Homem a sua imagem, a sua
imagem de Deus o criou, o homem e a mulher os criou. Alem disso Deus abençoou-os
e Deus disse lhes: tenham filhos e tornem se muitos: encham e dominem a terra:
tenham domínio os peixes do mar, sobre as criaturas voadoras dos Céus e sobre todas
as criaturas vivas que se movem sobre a terra. (1:26-28) 
E Jeová Deus formou o Homem do pó do solo e soprou-lhes as narinas o fôlego da
vida e o Homem tornou-se um ser vivente. Então Jeová Deus disse: não é bom que o
Homem continue sozinho, vou fazer-lhe uma ajudadora como seu completo. 21Então
Jeová Deus fez o homem adormecer profundamente e, enquanto ele dormia tirou-lhe
uma das costelas e depois fechou a carne naquele lugar. E, da costela que tirara do
homem, Jeová Deus fez a mulher e levou-a ao homem. (2:7-8, 18)
Com os dois trechos tirados do livro de GENESIS, percebemos como grupo que a
religião crista acredita que o homem foi feito a imagem de Deus, e que foi do pó do solo que o
homem surgiu, soprado nas narinas a respiração de vida, depois dum tempo Deus viu o
homem muito isolado e ele logo pensou que precisasse duma companhia ou ajudadora, é
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quando faz o homem adormecer profundamente e tirar dele uma das costelas e foi dela que o
Jeová Deus Fez a Mulher.

1.2.1.2. Importância Sociocultural Cristianismo


Referente a importância sociocultural desta religião, Cardoso (2020), ilustra-nos que
esta religião promoveu a harmonia, o amor a salvação da alma, é associada a demonstrações
sobrenaturais através de milagres efectuadas pelo seu precursor e seguidores (convertidos e
apóstolos); possibilidade de salvação e perdão de pecados, ter a vida eternal.
Para Nunes (2012) o cristianismo rompeu com a cultura oriental, concretamente na
Índia, na medida em que só se considerava homem quem se convertesse ao cristianismo
através do baptismo, Conversão forcada pela subsistência (população pobre forcada a se
converter para se beneficiar do alimento fornecido pelos missionários cristãos católicos na
índia, ficaram conhecidos como cristãos de arroz, assim facilitou o domínio colonial
português
De acordo com o ICS (2017) o cristianismo, em contraste absoluto com o antigo
paganismo e religiões da Ásia (excepto talvez o Zoroastrismo), não só estabeleceu um
dualismo entre homem e natureza como também insiste que é vontade de Deus que o homem
explore a natureza para seus próprios fins.
De acordo com o grupo, a religião cristã é de extrema importância na vida social do
Homem, pois ensina os Homens a se amar, respeitar um com os outros, ensina o homem a
viver dentro de uma sociedade, não so como podemos perceber que na era do Moisés e a
legislação de Hamurab quando alguém cortasse a orelhas do outrem pagava pela mesma
moeda, entretanto com a vinda de Jesus Cristo a terra começou a ensinar sobre a salvação de
Deus e reduziu as matanças que se faziam sentir em quase todo mundo, ensinando a eles o
Mateus (5: 6 e 11): felizes os que tem fome, sede e justiça porque saciados. Felizes sejam
quando as pessoas vos insultarem e perseguirem, mentindo, disserem totó o tipo de coisas
más contra vocês, por minha causa.

1.2.1.3.Importância Política do Cristianismo


Coutinho (2012), postula que a supremacia e recuperação do poder por parte dos
líderes religiosos, conversão dos altos dirigentes (caso do centurião), tendo apreendido as
boas normas. Aproveitamento político dos altos dirigentes religiosos através de calúnias
contra Jesus. O Cristianismo foi vista como uma doutrina incompatível com a tradição
8

religiosa e cultural da Ásia. Mas nas filipinas teve maior expressão. No caso da Índia Cargos
do governo apenas foram concebidos para os convertidos.

1.2.2. Xintoísmo
De acordo com Almeida (2021) no japão, a antiga religião nacional era o xintoísmo. a
partir de 500 d. c, o xintoísmo enfrentou dura competição com o budismo, e as duas religiões
acabaram por influenciar uma à outra. não é raro, no japão, o uso alternado de várias religiões.
uma criança pode ser abençoada pelos deuses num ritual xintoísta e ser enterrada num ritual
budista, o casamento pode se realizar numa igreja cristã, essa mistura de religiões encontrou
expressão modernamente numa série de novas seitas, cultos e comunidades religiosas, o que
levou o japão moderno a ser chamado de laboratório religioso.

1.2.2.1. Características do xintoísmo


Gaarder, Hellern e Notoker (2000) vão longe ainda ao caracterizar o Xintoísmo, onde
para eles, diferentemente do cristianismo e do islã, o xintoísmo não tem um fundador. É
tipicamente uma religião nacional, que ao longo dos séculos adotou tradições de várias outras
religiosidades. Ela não conta com nenhum credo ou código de ética expressamente formulado.
A essência do xintoísmo são a cerimônia e o ritual, que mantêm o contato com o divino.
Costuma-se dizer que o xintoísmo possui diversos milhões de deuses, ou kamis, que se
manifestam sob a forma de árvores, montanhas, rios, animais e seres humanos. Só que a
palavra japonesa kami também pode ser traduzida como “espírito”. O culto aos espíritos
naturais e ancestrais sempre foi fundamental para o xintoísmo, desde os dias em que o Japão
ainda era uma sociedade agrária. O culto aos antepassados se difundiu particularmente sob a
influência do confucionismo chinês. Idem

1.2.2.2. Importância sociocultural


Coutinho (2012) ressalta que havia rituais complexos, em parte inspirados pela prática
budista, com procissões, oferendas de alimentos aos deuses e cerimónias em honra dos vivos
e dos mortos. O templo xintoísta não é um local para pregações. E a morada de um kami, o
lugar onde este é cultuado segundo certos rituais prescritos.
Segundo Nunes (2012) no santuário interno do templo há um objecto que simboliza a
proximidade do kami. É esse símbolo que torna o templo um lugar sagrado. Os três símbolos
mais importantes são: um espelho, uma jóia ornamental e uma espada, que ficam guardados
em três dos maiores templos xintoístas. O espelho, a jóia e a espada estão ligados a um mito
relativo à deusa do sol, Amaterasu, e ao primeiro imperador do Japão.
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1.2.2.3. Importância Política


De acordo com Almeida (2021) o homem deveria interferir o mínimo possível no
desdobramento natural dos factos, não se envolvendo muito na política porque para o Taoista
qualquer governo ou administração era maléfica, Quanto mais leis e mandamentos existirem,
mais bandidos e ladrões haverão.
O líder devia ser um filósofo, e sua única tarefa era que sua passividade e seu
distanciamento servissem de exemplo para os outros. O Xintoísta foi adoptado como religião
estatal para culto imperial. Em 1867, um golpe de Estado deu ao imperador Meiji o controle
do país; ele iniciou então uma renovação política e religiosa. Idem
Segundo Gaarder, Hellern e Notoker (2000) o xintoísta se tornou a religião estatal, ao
passo que templos budistas foram derrubados e vários elementos budistas foram expurgados
da cultura xintoísta. A religião ficou então totalmente vinculada ao nacionalismo. Um
exemplo: o xintoísmo era a ideologia dos pilotos suicidas japoneses (kamikaze quer dizer
“vento divino”). Cada soldado que morria na guerra era imediatamente transformado num
kami, e em sua honra se realizavam cerimónias nos templos xintoístas. Após a derrota do
Japão na guerra, em Agosto de 1945, o imperador fez uma declaração renunciando a sua
condição divina. O xintoísmo deixou de ser religião estatal.

1.2.3. Hinduísmo
De acordo com o ICS (2017) a palavra hinduísta significa simplesmente “indiano” (da
mesma raiz do rio Indo), e talvez a melhor maneira de definir o hinduísmo seja dizer que é o
nome das várias formas de religião que se desenvolveram na Índia depois que os indo-
europeus abriram caminho para a Índia do Norte, de 3 a 4 mil anos atrás.
Segundo Coutinho (2012) a religião do Hinduísmo em países no Contexto Asiático,
representou o poder mais alto, na medida em que o rei/presidente sendo o mais alto
representante, ocupa o lugar santo, casa dos deuses a volta do qual giravam o sol, lua e as
estrelas. É uma religião da Índia, mas tem muitos adeptos também no Nepal, em Bangladesh e
no Sri Lanka.
De acordo com Silva (2021) O hinduísmo não tem fundador, nem credo fixo nem
organização de espécie alguma. Projecta-se como a “religião eterna” e se caracteriza por sua
imensa diversidade e pela capacidade excepcional que vem demonstrando através da história
de abranger novos modos de pensamento e expressão religiosa. A maior figura Hinduísmo
moderna é Mahatma Gandhi (1869-1948), conhecido no Ocidente como chefe político, mas
venerado na Índia como líder espiritual Gandhi, adepto da Ahimsa (o princípio da não-
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violência), apregoava a importância quetinha para o Homem o exercício de um perfeito


controlo sobre si mesmo.
Para ele, o sistema de castas começaria a perder o sentido uma vez que o que era
importante eram os princípios de igualdade e solidariedade mas, aspectos relacionados com a
estratificação social, heranças e aspectos puramente baseados em factores materiais fazem
com que estas ainda se mantenham. Mais do que uma religião, o Hinduísmo caracteriza-se
como uma tradição cultural, que engloba formas muito particulares deviver, de estar em
sociedade e de princípios éticos e filosóficos”. Idem

1.2.3.1. Importância sociocultural do hinduísmo


Segundo Coutinho (2012) em termos de culto, a vaca é mais “pura” do que o
brâmane. Assim, a pessoa que toca uma vaca está ritualmente limpa. Todos os produtos
derivados da vaca o leite e a manteiga são utilizados em diversas cerimónias de purificação.
Até mesmo o excremento e a urina da vaca são tão sagrados que podem ser usados como
agentes de purificação. Tal como hoje a conhecemos, o hinduísmo é uma religião de forte
conteúdo ritual que atribui pouca importância aos aspectos doutrinais e que se mantém unida
por um sistema de castas e pelo fato de rituais essenciais como nascimento, maioridade,
casamento e morte, só poderem ser celebrados por um sacerdote brâmane.
Gaarder, Hellern e Notoker (2000) advogam que o hinduísmo é uma religião universal
com uma ênfase especial na fraternidade. Acredita-se que o Homem tem natureza divina e que
o objectivo de toda a actividade humana é conhecer a verdade suprema e é por isso, que
alguns intelectuais, entre eles Ghandi, lamentem a presença de castas, por estas considerarem
o ser pela família de proveniência. Definiu a alimentação vegetariana como ponto essencial da
filosofia hindu, Isso porque é livre da pureza (morte/sangue) e como todo alimento deve ser
antes oferecido aos deuses, não se poderia oferecer algo que fosse “sujo”.

1.2.3.2. Importância política do hinduísmo


Segundo Coelho (s/d) o hinduísmo se baseia na crença num deus eterno, mas não
especifica se esse deus é Vishnu, Shiva ou algum outro. Deixa-se a cargo do indivíduo decidir
de que maneira esse deus deve ser adorado. Nos círculos académicos é comum ver Vishnu e
Shiva formando uma trindade com o deus Brahma. Brahma é o criador, quem faz o mundo.
Vishnu é o sustentador, que protege as leis naturais e a ordem universal. E Shiva é o
destruidor, que no final de cada época dança sobre o mundo até reduzi-lo a pedaços. Uma vez
que isso acontece, Brahma tem de criar o mundo novamente. Assim, essas três personagens,
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ou “máscaras”, representam três aspectos de Deus: o criador, o sustentador e o destruidor.


Essa doutrina trinitária, no entanto, tem pouca relevância na devoção popular.

1.2.3.3. Divisão das castas


 Brahamanes são a classe sacerdotal que têm o direito de estudar os Vedas, realizar
rituais para si e para os outros e obrigados a cumprir os sacramentos. Estão entre os
deuses e os homens. Devem ter um comportamento exemplar e levar toda a sua vida
em busca do conhecimento e da preservação das tradições.
 Kshatriyas São a classe guerreira. São treinados para protegerem as pessoas,
oferecerem sacrifícios aos deuses, estudam os Vedas e asseguram a justiça. Devem
também abster-se dos prazeres sexuais.
 Vaishyas classe dos comerciantes e camponeses. São responsáveis por todo o
comércio e por cultivar a terra, emprestar dinheiro e criar gado. São extremamente
importantes na índia porque geram riqueza. Têm direito de estudar os Vedas mas não
podem casar com mulheres de castas superiores
 Sudras/Dalitis  Classes trabalhadores de estratos mais baixos. O único dever é o de
servir as outras três castas. Não estão autorizados a estudar os Vedas ou mesmo a
ouvir os cânticos sagrados. Não podem comer na companhia das castas superiores e só
podem casar com pessoas da sua casta. Idem

1.2.4. Taoísmo
De acordo com Gaarder (2005) o taoísmo se baseia num livro chamado Tao Te Ching,
“O livro do Tao e do Te”. Tao (ordem do mundo) e te (força vital) são antigos conceitos
chineses aos quais Confúcio deu uma interpretação um pouco diferente.
Segundo Pierucci (2003), o confucionismo e o budismo, o taoismo constitui as
principais tradições religiosas da China e do Extremo Oriente. Ela tem origem por volta do
século II a.C., durante a dinastia de Han. A religião tem seus ensinamentos atribuídos a
Huang-Ti, conhecido como o mítico Imperador Amarelo, e a Lao Tse, tido como o fundador
da doutrina taoísta. Huang-Ti, além de ser considerado responsável pela disseminação dos
ensinamentos do taoísmo, aparece para a tradição chinesa como criador de outros elementos
da cultura chinesa como a astrologia e a medicina.
De acordo Pierucci, (2003), Lao Tse, de acordo com a tradição chinesa, escreveu o
livro sagrado do taoísmo. Conhecido como o livro do Caminho e da Virtude por alguns, o Tao
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Te Ching é um de 5.500 palavras, no qual estão escritos os ensinamentos religiosos e


filosóficos adquiridos por Lao Tsé na busca pelo Tao.
Na China, as actividades taoistas são reguladas pela Associação Taoísta da China e
reconhecida pela República Popular da China como uma das suas cinco religiões do país.
Além da China, a religião está presente em outros países com um grande número de
seguidores em Hong Kong e na Tailândia. Devido à difusão através da prática de artes
marciais que utilizam os ensinamentos pregados pela religião, como o equilíbrio entre o yin e
o yang, o taoísmo ficou conhecido mundialmente. Actualmente, existem cerca de 20 milhões
de adeptos do taoísmo no mundo, segundo o Centro Apologético Cristão de Pesquisas –
CACP. Idem
Para  Gaarder, Hellern e Notoker (2000), os taoistas acreditam na essência de todas as
coisas. O taoísmo é uma religião de filosofia chinesa; baseia-se no sistema politeísta e
filosófico, de crenças parecidas com os antigos elementos místicos e enigmáticos da religião
popular chinesa, como: culto aos ancestrais, rituais de exorcismo, alquimia e magia.

1.2.4.1. Importância sociocultural do Taoismo


Segundo Smith (1992) o tao era a suprema ordem do universo, que o homem tinha de
seguir. Lao-Tse também concebia o tao como a harmonia do mundo, especialmente do mundo
natural. Só que ele foi mais além: o tao é a verdadeira base da qual todas as coisas são criadas,
ou da qual elas jorram. Várias vezes o tao é descrito como o “Céu”, isto é, como algo divino,
embora não seja um deus pessoal.
A diferença mais importante entre a concepção de Lao-Tse sobre o tao e as outras é
que Lao-Tse acreditava ser impossível descrever o tao de maneira directa e racional. “O tao
que pode ser descrito não é o tao real”, disse ele. Isso significa que o homem não pode
investigar ou estudar a verdadeira natureza do tao, não pode usar o intelecto para compreendê-
lo. Ele deve meditar, imerso numa tranquilidade sem nexos e esquecer todos os seus
pensamentos a respeito de coisas externas, como o lucro e o progresso na vida. Só então irá
alcançar a união com o tao e será preenchido pelo te, a força vital. Idem
De acordo com Gaarder, Hellern e Notoker (2000), O taoísmo implica passividade e
não actividade. Para um sábio taoísta, a acção mais importante é a “não-ação”. Isso
obviamente tem uma grande influência em sua visão da vida comunitária. Enquanto Confúcio
desejava educar o homem por meio do conhecimento, Lao- Tse preferia que as pessoas
permanecessem sinceras e simples, como crianças. Enquanto Confúcio ansiava por regras e
sistemas fixos na política, Lao-Tse acreditava que o homem deveria interferir o mínimo
13

possível no desdobramento natural dos fatos. Confúcio queria uma administração bem-
ordenada, mas Lao-Tse acreditava que qualquer administração é má. “Quanto mais leis e
mandamentos existirem, mais bandidos e ladrões haverá”, diz o Tao Te Ching.
O Estado ideal de Lao-Tse era a pequena comunidade (a aldeia ou a cidade pequena)
que, segundo ele, existia já nos tempos antigos. Ali as pessoas tinham vivido em paz e
contentamento, sem interesse em guerrear contra seus vizinhos, como fizeram mais tarde as
províncias chinesas. O líder devia ser um filósofo, e sua única tarefa era que sua passividade e
seu distanciamento servissem de exemplo para os outros. A caridade activa não faz sentido
para um taoísta. Mas ele tem uma boa vontade sem limites para com todos os outros, sejam
eles bons ou maus. (Lao Tse, 1998)

1.2.4.2. Importância Política do Taoísmo


A filosofia taoísta ensina que da mesma forma que a água se modela dentro de um
copo, o homem deve aprender a equilibrar seu Yin (aspectos negatives) e Yang (aspectos
positivos), a fim de viver em harmonia porque quando esses elementos não estão equilibrados,
o ritmo da natureza é interrompido com desajustes, resultando em conflitos. (Lao Tse, 1998)

1.2.5. O Zoroastrismo 
Segundo Gaarder, Hellern e Notoker (2000), o Zoroastrismo é uma religião que
também é denominada de Madaísmo ou de Parsismo. Essa crença é baseada no monoteísmo e
teve início na antiga Pérsia actual Irã por volta do século VI a.C. Atribui-se ao profeta
Zaratustra chamado pelos gregos como Zoroastro a criação dessa doutrina que é intitulada em
alusão a ele. Surge a partir de uma revolta interna do seu fundador contra algumas situações
que caracterizava a sociedade daquela época, como a injustiça, a opressão, o sacrifício
sangrento e os falsos deuses. Sua mensagem original iria se opor, de várias formas, à religião
tradicional que se configurava como politeísta – para um monoteísmo com tendências
dualistas.

1.2.5.1. Importância Sociocultural do zoroastrismo


Para Henriques (2019) o Zoroastrismo modificou a crença de politeísta para
monoteísmo com tendências dualistas. Sendo os cultos efectuados nos “templos de fogo”, os
sacerdotes herdaram a responsabilidade de manter o fogo em chama. Por isso, eles costumam
ir ao local cinco vezes por dia.  O objectivo de manter a chama acesa é para realizar oferendas
de sândalo purificado.
14

Para  Gaarder, Hellern e Notoker (2000), o zoroastrismo trouxe mandamentos como:


falar a verdade, cumprir com o prometido e não contrair dívidas. O homem deve tratar o outro
da mesma forma que deseja ser tratado. Por isso, a regra de ouro do Masdeísmo é: “Age como
gostarias que agissem contigo”. Condenou qualquer acto que tende a trazer sofrimento a si
como jejuar e mesmo suportar dores excessivas, visto o fato de essas práticas prejudicarem a
alma e o corpo, e impedirem os seres humanos de exercerem os deveres de cultivar a terra e
de procriar.

1.2.5.2.Importância Política do Zoroastrismo


Segundo Henriques (2019) o Zoroastrismo passou por três principais fases históricas.
A primeira fase se configurou por sua origem marcada pela mensagem religiosa do seu
fundador; a segunda, pelos três impérios estabelecidos (Aquemênida, Partos ou Arsácida, e
Sassânida) marcados profundamente sob vários aspectos por essa mensagem; e a terceira fase,
foi a fase que se seguiu à conquista islâmica do Irão, marcada pela sobrevivência da religião
através de uma minoria de adeptos (parses).

1.2.6. Budismo
Segundo Perreira (2011) o Budismo nasceu na Índia, no século V a.C. a partir dos
ensinamentos do Buda histórico, Siddharta Gautama. Nos séculos seguintes, a doutrina e a
prática budista propagaram-se por outros países através de duas correntes
principais Mahayana e Theravada que se distinguiam pela ênfase em diferentes escrituras e
práticas.
A corrente Mahayana (O Grande Veículo ou Ensinamentos) se espalhou na direcção
norte, por países como Tibete, China, Vietnã, Coréiae Japão. A corrente Theravada(Escola
dos Anciãos ou Monges‖; também conhecida como Hinayana‖ ou o Pequeno Veículo ou
Ensinamentos), pelo Sri-Lanka (ex-Ceilão), Mianmar (ex-Birmânia), Tailândia e outros países
da Ásia do sul. Esta religião, praticamente desapareceu de seu país de origem, espalhando-se
pela Ásia e outras regiões. O Budismo teve uma longa e importante história na China, na
Coreia e no Japão. Idem

1.2.6.1. Importância Sociocultural do Budismo


De acordo com Soares (2010) O Budismo pregava a Paz e harmonia, estava centrada
na esfera do culto aos antepassados e dos ritos funerários. O Budismo realçou a abnegação de
si e a caridade, o que levou a uma participação activa nas questões sociais e políticas
contemporâneas. Budismo contribuiu enormemente para a cultura japonesa. Serviu de canal
15

de transmissão de elementos culturais chineses para o Japão. A escrita chinesa, por exemplo,
foi introduzida através do Budismo. Agências e agentes do Budismo disseminaram no país
técnicas de impressão e artísticas (pintura, cerâmica, escultura, jardinagem, etc.), estilos
arquitectónicos, uso de almanaques, rudimentos de medicina chinesa, costume de beber chá…
as famílias de forma compulsiva devia se filiar a um templo budista, razão pelo qual, a
maioria de japoneses até hoje são budista por tradição.

1.2.6.2. Importância política do Budismo

De acordo com Pereira (2011) O Budismo era um movimento de elite, circunscrito à


nobreza. O Budismo, entretanto, não somente teve um relacionamento sincrético com o
Xintoísta, como também desenvolveu uma espécie de divisão de trabalho com o mesmo, no
que tange a ritos de passagem: nascimento (xintoísta) e morte (Budismo) Houve,
tradicionalmente, uma grande ligação entre o Budismo e o Estado, na Ásia central, japonês,
chinês. Por um lado, em vários períodos históricos, o Estado japonês e as classes dominantes
patrocinaram e controlaram os templos budistas; por outro, o Budismo, ao se beneficiar
financeira e politicamente daquele patrocínio, oferecia seus serviços mágicos – religiosos para
proteger a nação (chingo-kokka), e se acreditava que estátuas do Buda poderiam trazer
magicamente todo tipo de benefícios materiais. Os monges, em sua maioria, costumam estar a
postos para recitar fórmulas mágicas para todo tipo de ocasião e necessidades.
Uma das preocupações centrais de grandes líderes religiosos budistas, ao longo dos
séculos, era a de tornar a salvação acessível a todos (e não somente à elite política e
económica) e adaptar a metafísica budista à mentalidade japonesa ainda sobre a propagação
budista japonesa, ela também ocorreu paralela e/ou vinculada à expansão militar e à
colonização japonesa na Ásia. No período em que o governo recorreu à coação para cooptar
todos os segmentos da sociedade e garantir apoio interno em seu esforço de ampliar os limites
do império japonês, o Budismo retomou sua reputação milenar de protector da nação. Idem

CAPITULO II – FENÓMENO RELIGIOSO NA ASIA: ISLAMISMO, JUDAÍSMO,


JAINISMO, CONFUCIONISMO E ORTODOXIA
16

2.1. O Islamismo
Segundo Smith (1991) o islamismo é uma religião surgida na Península Arábica, no
começo do século VII, por meio de Muhammad (conhecido em português como Maomé).
Essa crença religiosa atualmente é a segunda maior do mundo, possuindo cerca de 1,8 bilhão
de fiéis, a maioria deles localizada no continente asiático e africano. O fiel adepto ao
islamismo é conhecido como muçulmano ou muçulmana, e esses termos também têm origem
no idioma árabe. Essas palavras são oriundas de muslim, que significa submisso, portanto,
dentro da fé islâmica, muçulmano é aquele que é submisso a Deus, chamado de Allah. O
islamismo, assim como o judaísmo e o cristianismo, é uma religião monoteísta, ou seja, os
muçulmanos acreditam na existência de apenas um Deus que, como mencionamos, é chamado
por eles de Allah. Essas três crenças são as três grandes religiões monoteístas do mundo."

Segundo Jomier (1992) o islamismo surgiu no começo do século VIII por meio da
obra de Muhammad, o grande profeta dessa religião.  tradição islâmica conta que o profeta
tinha a prática de retirar-se para orar e meditar em montes e desertos aos arredores de Meca.
Em um desses retiros, o anjo Gabriel apareceu para Muhammad e pediu que ele recitasse um
texto. Conta-se que o anjo referiu-se ao profeta como “rasul Allah”, traduzido como “enviado
de Deus”. Muhammad imediatamente recitou o texto pedido pelo anjo (embora não soubesse
qual texto era). A recitação de Muhammad é localizada atualmente na 96ª surata do Alcorão,
o livro sagrado do islamismo. Uma observação importante é que as traduções dessa recitação
podem variar bastante. De toda forma, a recitação foi:
Em nome de Deus, Muito bom e Misericordioso:

Recita em nome do teu Senhor que criou

Que criou o homem de um grumo de sangue coagulado

Recita, teu senhor é o Muito Generoso,

Que ensinou graças ao junco para escrever,

Que ensinou ao homem o que este não sabia

Essa revelação é conhecida no islamismo como Noite do Destino e iniciou as


revelações de Allah para o profeta. Após um período de confusão, Muhammad passou a
receber novas revelações a partir de 612, e essas revelações foram depois compiladas no que é
conhecido como Alcorão. Esse livro sagrado foi escrito pelos seguidores de Muhammad à
medida que Allah lhe revelava sua mensagem.
17

2.1.2. Princípios do Islamismo

Segundo Coutinho (2012) o islamismo é uma religião monoteísta, e a crença em Allah


é um ponto basilar da fé islâmica. Os muçulmanos crêem que não existem outro deus que não
seja Allah, e o reconhecimento disso é um dos cinco pilares básicos do islamismo, conforme
veremos neste texto. A profissão de fé em Allah por meio da recitação de um credo é
conhecida como shahadah. Para os muçulmanos, Allah é um deus todo-poderoso, eterno,
criador do Universo, bom e misericordioso com seus seguidores, mas severo contra os infiéis.
Dentro do islamismo, existe a crença de que os seguidores da religião serão julgados e salvos
conforme suas acções e aqueles que não acreditarem em Allah serão condenados ao fogo
eterno.

Segundo Jomier (1992) eles acreditam na existência de livros sagrados, como a Torá,
os Salmos e o Evangelho, além, claro, do Alcorão, o livro escrito como resultado da revelação
de Allah. Além disso, acreditam na existência dos profetas, pessoas usadas por Allah para
revelar sua verdade. Alguns dos profetas que os muçulmanos acreditam são Noé, Moisés,
Abraão, Davi, Jesus, além do próprio Muhammad. Para os muçulmanos, existem três
cidades sagradas, que são Meca, Medina e Jerusalém. Meca possui a Caaba, uma construção
sagrada e local da peregrinação de muçulmanos de todo o planeta. Medina é a cidade onde
está localizado o templo do profeta, e Jerusalém foi o local no qual Muhammad foi
transportado por um ser mítico em uma noite.

A doutrina islâmica, portanto, estruturou-se em cinco pilares, que são seguidos até
hoje: a crença em Allá e no profeta Maomé como único profeta; a oração feita cinco vezes ao
dia, com o corpo voltado para Meca; a acção de caridade; a peregrinação à cidade de Meca ao
menos uma vez na vida; e o jejum no mês do Ramadã (que prevê a privação de comida,
bebida e relações sexuais entre o nascer e o pôr do sol). Idem

2.1.3. Grupos do Islamismo


De acordo com Jomier (1992) o islamismo, como muitas religiões, possui diferentes
vertentes, as quais interpretam os textos sagrados e os preceitos da religião de formas
diferentes. Entre os diferentes grupos, os mais conhecidos são os sunitas e os xiitas, que
correspondem quase à totalidade dos muçulmanos actualmente. A origem desses grupos
remonta ao período de surgimento do islamismo, o século VII. A divisão veio a acontecer
após o falecimento de Muhammad, em 632 d.C. Os sunitas ajudaram a eleger Abu Bakr,
18

amigo do profeta e um dos primeiros seguidores do islamismo. Abu Bakr tornou-se um califa
e ajudou a expandir essa religião para fora da Península Arábica. Os xiitas foram contrários à
eleição de Abu Bakr, preferindo que o sucessor fosse Ali Bin-Abu Talib, primo do profeta.
Actualmente, os sunitas correspondem por cerca de 90% dos muçulmanos e são
conhecidos por possuir uma interpretação mais flexível do Alcorão e de outros textos
sagrados. Os xiitas, por sua vez, correspondem a cerca de 10% dos muçulmanos e defendem
uma interpretação literal dos textos sagrados e uma aplicação mais rígida da Sharia (lei
islâmica). Idem

2.1.4. Importância sociocultural do islamismo

Segundo Garrder (2005) a doutrina islâmica, portanto, estruturou-se em cinco pilares,


que são seguidos até hoje: a crença em Allá e no profeta Maomé como único profeta; a oração
feita cinco vezes ao dia, com o corpo voltado para Meca; a acção de caridade; a peregrinação
à cidade de Meca ao menos uma vez na vida; e o jejum no mês do Ramadã (que prevê a
privação de comida, bebida e relações sexuais entre o nascer e o pôr do sol)
A comunidade islâmica esta unida pelo seu livro sagrado sobre os pilares da fé. O
alcorão guia a comunidade islâmica, ou UMMA, e dirige sobre um conceito de unicidade ou
Tauhid, reconhecendo que não há divindade a não ser alá. Na comunidade o propósito da
religião é a integridade do ser e estar de acordo com Fitrah, ou natureza original da qual Alá
criou o ser Humano. A UMMA deve se esforçar para a difusão das ideias islâmicas e
recomendar e proibir o ma ou o ilícito e difundir a mensagem a toda humanidade. Idem

2.1.5. Importância política do islamismo


Segundo Jomier (1992) Mohammed não encontrou um ambiente fácil para convencer
as pessoas a seguir suas ideias, mas com toda a sua habilidade política e de estadista, alcançou
a simpatia de alguns grupos estratégicos. Como sempre Mohammed usava muito a estratégia.
Com o passar do tempo, vendo que não alcançava a simpatia dos judeus, resolveu declarar
publicamente oposição a eles. A pregação de Mohamad desgraduou as autoridades locais por
atacar o politeísmo, e o profeta muçulmano e seus seguidores passaram a ser perseguidos,
colocando em risco a vida de Mohamad

2.2. Judaísmo
Uma das religiões monoteístas mais antigas. Os judeus acreditam em apenas um único
Deus, como o criador do Universo e de todas as leis divinas. Mesmo sendo uma das religiões
19

monoteístas mais antigas, o número de fieis do judaísmo é um dos mais baixos comparado
com outras religiões, como o cristianismo, por exemplo. Actualmente, existem cerca 14
milhões de judeus no mundo, sendo que a maior parte se encontra nos Estados Unidos da
América e em Israel.

Segundo Gaarder, Hellern e Notoker (2000), o judaísmo foi fundado por Abraão, há


cerca de 2.000 anos a.C ou aproximadamente 4.000 anos, no Oriente Médio. Além de Abraão,
um profeta muito importante para o judaísmo foi Moisés, considerado o libertador e
legislador do povo judeu. A relação dos judeus com Deus é baseada em uma aliança. Eles se
intitulam como “o povo escolhido por Deus” e vivem conforme as leis transmitidas por Ele a
Moisés. Essas leis e mandamentos constam em seus textos e livros sagrados, sendo o principal
deles a Torá, que compõe os 5 primeiros livros da bíblia hebraica, equivalentes também
ao pentateuco, os cinco primeiros da bíblia sagrada cristã. São eles:

 Bereshit (Gênesis);
 Shemot (Êxodo);
 Vayikrah (Levítico);
 Bamidbar (Números);
 Devarim (Deuteronômio).

As principais crenças e características do judaísmo são:

 É monoteísta, ou seja, acredita em apenas um Deus, que é denominado como criador


do universo e das leis divinas;
 Segue os 10 mandamentos e outras leis que constam em seus textos sagrados, enviadas
por Deus aos profetas, como Abraão e Moisés;
 Não é uma religião missionária ou universal, por isso não existe a intenção, por parte
dos judeus, de propagar o judaísmo;
 Acreditam que são o “povo escolhido por Deus”;
 Acreditam que Abraão é o pai de todos os judeus e Moisés o libertador e legislador
enviado por Deus para os judeus;
 Dependendo da linha judaica, não acreditam que Jesus Cristo é o filho de Deus e o
Messias prometido nos textos da Torá;
 Uma pessoa só é considerada judia se sua mãe é judia.
20

2.2.1. Importância sociocultural do Judaísmo

De acordo com Garrder (2006) o judaísmo também é uma religião que influencia
directamente o estilo de vida dos judeus e está muito ligado ao senso de comunidade e
família, onde todas as pessoas participam dos mesmos rituais e costumes religiosos em
conjunto. Os cultos e reuniões são realizados nas sinagogas, um templo utilizado para orações
e aprendizado das escrituras sagradas, com a presença dos líderes espirituais, os rabinos.

2.3. Ortodoxia
Segundo Smith (1992) Ortodoxos são os seguidores da Igreja Ortodoxa, uma Igreja
cristã com aproximadamente dois mil anos. Também conhecida como Igreja Católica
Apostólica Ortodoxa ou Igreja Cristã Ortodoxa, este grupo enxerga-se como a verdadeira
Igreja instituída por Jesus Cristo.

Segundo Coutinho (2012) A Igreja Ortodoxa surgiu a partir de diferenças teológicas e


políticas entre os cristãos do Oriente e do Ocidente que culminaram no Cisma de 1054.
Ocidente e Oriente disputavam questões teológicas como a supremacia do Bispo de Roma
sobre o clero, a questão da veneração de imagens e a procedência do Espírito Santo. Sem
chegarem a um acordo, o Papa Leão IX (1002-1054) e o Patriarca Miguel I Cerulário (1000-
1059) se excomungaram mutuamente. A partir de então, o cristianismo passa a se constituir
em dois grandes grupos: a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma e a Igreja
Ortodoxa, com sede em Constantinopla (actual Istambul)

2.3.1. Importância sociocultural


Para  Gaarder, Hellern e Notoker (2000), A igreja ortodoxa defende valores como a
vida, o matrimónio e a família, da uma contribuição preciosa para a edificação duma
sociedade que possa ter um futuro, na qual se presta o devido respeito a pessoa humana. O
matrimónio e a família, são vistos como: Uma realidade importante, de protecção a
integridade e a singularidade do matrimónio entre o homem e uma mulher de toda
interpretação falsa.

2.3.2. Importância política


Segundo Coutinho (2012) a Igreja Ortodoxa sustenta que está nos Concílios
ecuménicos a autoridade máxima da Igreja, daí porque, diferentemente da Igreja Católica de
Roma, ela observa apenas as decisões tomadas nos sete primeiros concílios, nos quais os
bispos refutaram as heresias que tentaram desvirtuar a tradição secular da Igreja.
21

Para  Gaarder, Hellern e Notoker (2000), foi durante o século XI que ocorreu a
separação entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Ortodoxa. Devido a isto, os
cristãos ortodoxos não reconhecem o Papa como autoridade e renegam alguns dogmas mais
actuais como o da infalibilidade do Papa e o da Imaculada Conceição, além de não
considerarem a validade dos sacramentos feitos por confissões cristãs que não sejam
ortodoxas. Esta divisão e conflito de interesses entre as duas Igrejas têm um longo histórico

2.4. Confucionismo

O Confucionismo é uma ideologia religiosa e sociopolítico criado por Confúcio. Nesta


religião milenar, não há adoração de divindades, igrejas ou fundamentos de vida após a morte.
Confúcio – ou Mestre Kong, pois Kong era seu sobrenome – viveu entre 551 e 479 a.C.

De acordo com Cordeiro (2011) para a doutrina de Confúcio, os próprios actos do


dia a dia são considerados rituais, ou seja, são costumes que as pessoas realizam, de forma
consciente ou não, durante o fluxo natural da vida. Entretanto, alguns discípulos do
Confucionismo, geralmente os mais influentes dentro da sociedade chinesa, cultuavam a
figura de uma divindade do universo, o supremo governador do mundo. A cerimónia, que
acontecia no solstício de inverno, era uma forma de oferecer alimentos e vinho a este ser
supremo na tentativa de que as preces em nome do povo fossem atendidas. Outra prática era a
adoração aos ancestrais, pedidos para que os espíritos dos mortos ajudassem os vivos na busca
pela prosperidade e harmonia.
Em sinal de gratidão e respeito, os familiares dos mortos colocavam roupas, alimentos
ou armas em seus túmulos e faziam orações. Caso os rituais não fossem cumpridos,
acreditava-se que os espíritos, em forma de fantasmas, voltavam para atormentar os vivos. O
culto da piedade filial, mais um caminho de adoração, consistia no total zelo e dedicação dos
membros mais jovens das famílias aos mais velhos, inclusive após a morte. Além desses,
existia o prognoticismo (habilidade da adivinhação), que consistia na interpretação das figuras
feitas na terra, na observação dos relâmpagos, pássaros ou tudo que estivesse ligado ao céu, e
o Feng Shui, uma técnica oriental para construção e arrumação das casas conforme a energia
vital da terra. Idem

2.4.1. Importância sociopolítica

Segundo Cordeiro (2012) Confúcio, o criador, era visto como um mestre conselheiro
que tinha como objectivo orientar seus seguidores, os quais almejavam pela harmonia e
22

equilíbrio. E através de seus ensinamentos, os praticantes ouviam suas frases motivacionais e


se orientavam a escolher caminhos sábios. Para conseguir a harmonia entre a vida e o
universo Tao, os fundamentos do Confucionismo prega que a família deve ser a base para a
humanidade. Ou seja, os governantes são a família, os quais têm a necessidade de amar o seu
povo como seus pais, terminando nos súbitos, que devem ser humildes e obedientes, assim
como os filhos.

Os representantes políticos são tidos como “pais do povo”, porém obedecem a


autoridade do céu. Já o arranjo familiar é considerado a base fundamental do ser humano, pois
o primeiro contacto do sujeito com o senso de disciplina, ordem e consciência política é
dentro dela. Idem

2.5. Jainismo

De acordo com Coelho (s/d) o Jainismo teve origem por volta dos VII ou VII antes da
era cristã, bacia do rio Ganges. A palavra Jaina (ocidentalizada como Jain), da qual deriva o
nome Jainismo, é um termo sânscrito que designados seguidores dos mestres oniscientes
chamados Jina, “vitoriosos” expressão obtida porque esses mestres tiveram a vitória sobre as
paixões e os sentidos lhes possibilita chegar ao esclarecimento e a consequente libertação do
ciclo de renascer, libertação esta vista como um estado de bem-aventurança. Estes também
fundaram uma comunidade de monjes, monjas e homens e mulheres leigos, figurativamente
chamados de “Vau” (tirtha, em sânscrito), ou caminho para atravessar as águas do
renascimento, em geral cada um deles é chamado de tirthankara, construtor da vau. Dentre
estes jainistas podemos destacar duas figuras históricas: Parsva e Mahavira, ambos viveram
durante um período significativo de relinhamento sociopolítico e especulação religiosa no
norte da Índia

2.5.1. Importância sócio cultural


De acordo com Gaarder, Hellern e Notoker (2000), A tradição religiosa do jainismo
tem como centro os seres humanos e suas preocupações e ensina que o universo é eterno e não
possui criador. Embora existam deuses, em um sistema de céus acima do mundo humano,
estes deuses não têm influências sobre os assuntos dos seres mortais e eles próprios podem
deixar de serem deuses e deixar de serem deuses e renascer. Os ensinamentos jainistas
descrevem a realidade constituindo duas categorias: Jiva (alma) que na sua forma original é
caracterizada por qualidades de pleno conhecimento, bem-aventurança e energia, e a não Jiva-
átomos, qualidades de movimento e repouso e que juntos constituem o mundo material.
23

Para Coelho (s/d) o jainismo ensina uma trajectória espiritual que permite que a alma
fuja da influência do Karma (atraído para a alma pelas acções violentas), uma das
observâncias mais comuns é o samayika, um período de 48 minutos de reflexão e ausência de
qualquer actividade.  O interior dos templos propicia locais para as imagens dos tirthankaras,
que como símbolos da fruição do caminho jainista, podem ser venerados mentalmente ou com
oferendas materiais. O festival que une todos os jainistas é o Mahavir Jayanti, aniversário de
Mahavira, celebrado entre o final de Março e o início Abril.

2.5.2. Importância política

O jainismo, que se mostra ser uma religião muito, humanitária, pacífica, que se mostra
distante de quaisquer acções que prejudiquem o bem-estar, ora físico e mental do homem,
pauta mais por um sistema mais democrática, onde todos são livres de participar no processo
de governação, onde ninguém toma nenhuma decisão sobre o futuro de outrem. Idem

2.6. Siquismo
Segundo Waldenfels (1995) o siquismo é uma religião monoteísta que se originou no
século XV, em Punjabe, cidade que limita a Índia e o Paquistão. Seu criador foi o Guru
Nanak, chamado de Guru Nanak Dev Ji, que significa santidade e respeito. Através do
siquismo, Nanak revela sua crença num único Deus e mostra discípulos d’Ele que transmitem
seus ensinamentos, os chamados Dez Gurus. Os dez gurus são: Guru Nanak, Guru Angad,
Guru Amar Das, Guru Ram Das, Guru Arjun, Guru Hargobind, Guru Har Hai, Guru Har
Khrishan, Guru Theg Behadur, Guru Gobind Singh.
De acordo com Coelho (s/d) para o siquismo, Deus é o criador do mundo e da
humanidade, deve ser devotado e respeitado. Defende que a separação entre Deus e os
homens ocorre pelo egocentrismo e por isso Deus criou o karma. Guru Nanak destacou
algumas coisas consideradas importantes e as denominou de Três Pilares: buscar conquistas
através do trabalho de suas mãos, permanecer com Deus em mente todo o tempo e dividir
tudo o que se tem com os necessitados. Também destacou os considerados “ladrões” que
separam os homens de Deus: a soberba, apego a bens materiais, luxúria, raiva e ganância.

2.6.1. Importância sociocultural

Segundo   Gaarder, Hellern e Notoker (2000), o siquismo coloca ênfase em nove deveres,
descritos como os Três Pilares do siquismo: Manter Deus presente na mente em todos os
momentos (Nam Japam); Alcançar o sustento através da prática de trabalho honesto (Kirt
24

Karni); Partilhar os frutos do trabalho com aqueles que necessitam (Vand Chhakna). O rito
principal é o da admissão entre a khalsa, a comunidade Sikh, geralmente celebrado na
puberdade.

2.6.2. Importância política


Segundo Coelho (s/d) o Império Sique foi um grande poder no sub-continente indiano, que
surgiu em torno da liderança do marajá Ranjit Singh, que estabeleceu um império secular,
baseando-o em volta da região do Panjabe, ocupando territórios actualmente localizados na
Índia e no Paquistão. O sexto guru, Guru Hargobind, foi responsável pela criação do conceito
de AkalTakht (trono do intemporal), que serve como o centro supremo de tomada de decisões
do Sikhismo e fica em frente ao Harmandir Sahib. O AkalTakht está localizado na cidade de
Amritsar

Conclusão

Findo o trabalho o grupo concluiu que A Ásia é o maior e mais populoso continente e
berço demuitas religiões, incluindo budismo , cristianismo , confucionismo , hinduísmo,
25

islamismo, jainismo , judaísmo , xintoísmo , sikhismo , taoísmo e zoroastrismo . Todas as


principais tradições religiosas são praticadas na região e novas formas estão surgindo
constantemente. A Ásia é conhecida por sua diversidade cultural. O islamismo e o hinduísmo
são as maiores religiões da Ásia, com aproximadamente 1,2 bilhão de adeptos cada.

O hinduísmo é uma das duas maiores religiões da Ásia, com cerca de 1,2 bilhão de
seguidores. Jainismo é uma religião indiana. Os jainistas são encontrados principalmente na
Índia, mas são cada vez mais encontrados em todo o mundo. Os jainistas influenciaram e
contribuíram significativamente para as esferas éticas, políticas e económicas na Índia. O
budismo é a quarta maior religião mundial e a terceira maior na Ásia, que representa 12% da
população da Ásia. Antes do advento do Islã, o budismo era uma das religiões mais
amplamente praticadas na Ásia Central, Afeganistão, Malásia, Filipinas e Indonésia. O
Sikhismo é a quinta maior religião organizada do mundo, [18] com aproximadamente 30
milhões de adeptos. [19] E um dos que mais cresce.  O confucionismo é um complexo de
preocupações morais , sociais , políticas , filosóficas e religiosas que permearam a cultura e a
história do Leste Asiático . O confucionismo enfatiza a família, a hierarquia social e a
integridade pessoal e se manifesta em práticas e atitudes, e não em instituições, e está
centrado na família e na sociedade local. Taoísmo (também taoísmo romanizado ) é uma
tradição filosófica e religiosa diversa que enfatiza a vida em harmonia com o Tao ( também
romanizado "Dao" ), um termo que significa "caminho", "caminho" ou "princípio". O
xintoísmo é a maior religião do Japão, praticada por quase 80% da população, mas apenas
uma pequena porcentagem deles se identifica como "xintoístas" nas pesquisas.

Zoroastrismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos do profeta Zoroastro


(também conhecido como Zaratustra, em Avestão), provavelmente fundada algum tempo
antes do século 6 aC. O Cristianismo é uma religião monoteísta abraâmica baseada na vida e
nos ensinamentos de Jesus de Nazaré . Seus adeptos, conhecidos como Cristãos , acreditam
que Jesus é o Cristo , cuja vinda como o Messias foi profetizada na Bíblia Hebraica , chamada
de Antigo Testamento no Cristianismo, e narrada no Novo Testamento que são reunidos na
Bíblia Cristã como escritura canónica. O Islã é uma das duas maiores religiões da Ásia, com
cerca de 1,2 bilhão de adeptos, a Ásia constitui em termos absolutos a população muçulmana
do mundo. O Islã é uma religião monoteísta e abraâmica articulada pelo Alcorão, um livro
considerado por seus adeptos como a palavra literal de Deus e pelos ensinamentos e exemplo
normativo (chamado de Sunnah e composto de hadith) de Muhammad, considerado por eles o
último profeta de Deus.
26

Bibliografia
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CARDOSO, CELENES. Roteiro de Estudo de Geografia – 9 º Ano.2020
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CORDEIRO, Ana Lúcia Meyer (2010) Taoísmo e Confucionismo: duas faces do carácter
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COUTINHO, José Pereira (2012) Religião e outros conceitos Sociologia, Revista da
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Livro 01
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