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Hoje nesse momento, eu estou na webcam tentando levantar minha auto estima.

Aos 41, fico tentando me divertir na web. Pornograficamente.


Meu nome e Sharon.

CAP 1 – ALGUMAS LEMBRANCAS

Desde pequena, lembro que minha existência sempre foi muito estranha, sem amor, carinho,
alegrias, e principalmente o relacionamento que ganhei da minha mae para uma criança eu
diria muito frio. Completamente frio e negligente. Eu não fui acariciada quando eu era criança.
Não me lembro da minha mae ter me abracado ou me beijado uma única vez. Nunca me deu
feliz aniversario. Quando fez um bolo se demonstrou muito estressada, de mau humor,
irritada, lembro-me dela ter feito um bolo com cobertura tipo chantilly com morangos, dae ela
nos serviu, o bolo era meu, era meu aniversario, e eu tonta falei: “Mas mae esquecemos de
cantar os Parabens!” e lembro-me dela ter feito um gesto de desprezo, algo do tipo: FODA-SE.
E foi provavelmente porque eu pedi muito afinal as crianças são assim. Porque eu via ela fazer
sempre um bolo com toda pompa pra minha irma mais velha. Mas pra mim não, então eu
comecei a questionar e pedir.

E minha irma mais velha ficou muitas vezes sozinha comigo quando eu tinha 2 anos, ela já
tinha 5. Ela me irritava já nessa idade. Pegava meus brinquedos, ela me irritava, praticava
bullying, e minha mae, ignorava. Eu com 2, 3, 4 anos, estava sempre chorando e nervosa, de
certa forma acho que isso me fez uma pessoa triste. Não vou mentir no meu livro ne?

O excessivo numero de vezes que passei raiva quando criança, e tambem inicio de
adolescência, vida adulta, desencadeou em mim uma falta de desejo de viver. A Depressao e o
nome que dao as pessoas que passaram por diversos desapontamentos ao longo da vida e
simplesmente perderam a vontade e o entusiasmo de viver. Esse e o meu caso, mas não diria
que sou “depressiva “ simplesmente porque não vejo graça na vida.

Ainda não me tornei uma assassina. Entao eu cresci num ambiente assim. Onde eu não tive o
amor da minha mae, nem a amizade da minha irma mais velha e de nenhum dos meus irmãos
a não ser por um curto espaço de tempo. Tenho meus defeitos claro, mas num geral me
considero uma pessoa sem maldade. Tudo muito conturbado, sujo, nebuloso na casa em que
eu morava com minha família.

Lembro de situações como, ir ao banheiro e ele estar repleto de papeis higiênicos usados no
chão, e não havia um rolo novo. Eu devia ter entre 5 e 7 anos. E após defecar eu procurava um
papel mais ou menos menos sujo, virava do outro lado e me limpava. Isso acontecia diversas
vezes porque meu pai não ganhava dinheiro suficiente para sustentar ele, e mais 5.

Entao faltava varias coisas essenciais naquela casa. E não havia amizade. Lembro-me também
de pegar brinquedos velhos jogados pela minha prima pela mae dela no lixo, e eu peguei
alguns pra mim, era uma banheira que servia certinho para minha Barbie que alguém tinha me
dado, acho q foi uma tia falecida. Que era muito legal por sinal, e morreu estranhamente
afogada numa confraternização que minha mae convidou todos menos EU. Eu tinha uns 17
anos. O primeiro dos 10 mandamentos de Moises tem um peso enorme na sociedade e eu
questiono se isso e verdade absoluta ou apenas uma opiniao pessoal dele na época.
Acho que a procriação e algo instintivo, senão Jesus teria criado sua família. Sharon tem 41.
Essa historia vai ate os 41 anos de Sharon.

Sharon sempre se apresentou mais esperta e mais inteligente que a irma mais velha na escola
e isso de certa forma despertou ciúmes na irma. Entao elas não eram amigas. Lembor-me de
muitas brigas na adolescência, com 14 anos aos 16 ela realmente fez da minha vida um
inferno; lembro-me deu ter comprado vários anjos de cristais” era o boom dos Anjos na época.
E minha irma simplesmente, do nada, quebrou eles. Eles não falavam comigo, não me
tratavam como membro da família, vivíamos em miséria, eu tive que oficialmente começar a
trabalhar com 14 anos e meio mais ou menos e passava o dia e a noite fora, estudava a noite
eu tinha que comer, e gastava parte do dinheiro que recebia pra isso. A outra parte comprava
coisas que eu precisava como shampoo, desodorantes, as vezes uma roupa, mas minha mae
queria que eu contribuísse para comprar comida, na época eu não entendia, obviamente não
tinha dialogo, eles impunham, e eu rebelde sem instruções, batia de frente.

Entao era uma relação bem áspera. Com uns 9 anos minha mae me tratava muito mal, ela não
me orientava a escovar os dentes o que eu me lembro aconteceu numa tarde ensolarada eu
tive muita dor de dente com 9 anos, tive uma febre enorme e lembro de ter tido tipo uma leve
alucinação, vi umas luzes, a febre devia estar bem alta. Ela não me levou no medico. Me deu
algum remédio e me deixou deitada sozinha no sofá.

CAP 2 - UMA EXPERIENCIA DESNECESSARIA com um NEPHLIM

Com 6 anos mais ou menos eu estava na rua com meu pai em frente a digamos “padaria”
perto de casa. Meu pai estava falando tipo numa roda com outros moradores do bairro
quando de repente veio um moleque com retardo mental, bem alto, gordo. Não gosto de
lembrar disso, mas isso prova meu desgosto pela vida. Esse estranho e retardado do nada, veio
e me deu uns tapas. Ninguem foi pra cima dele, ninguém me defendeu. Houve um silencio e a
coitada da historia fui eu, uma criança quase um bebe, eu tinha uns 5 anos. Foi tao drástico e
tao de repente que eu nem consegui chorar. Meu pai nem lembro direito o que ele fez mas se
fez, fez muito pouco parece que ele ficou com medo de reclamar pra alguém porque o tal
retardado era maior que ele. Essa foi uma experiência que eu passei e não sei porque, não sei
porque não fui nem defendida dignamente pelo meu pai. Dizem que aprendemos com as
experiências, mas não sei qual lição tirar disso. Tambem não acredito em karma, porque, o que
uma atitude dessa com uma criança justifica o que talvez essa criança tenha feito no passado?
Karma seria “Olho-por-Olho” dente por dente?

Quando chegamos em casa ele contou pra minha mae, e ninguém me abracou ou me beijou,
ou me consolou, ou me mimou so passaram a mao nos meus pequenos bracos, isso eu lembro.
Passou.
CAP 3 - AS TENTATIVAS DE ESTUPRO

Entao, mesmo assim eu tive uma adolescência hype. Com 14 provei meu primeiro trago de
cigarro. Gostei de um menino que me desprezou o primeiro que gostei me recusou. Primeiro
beijo c 14 numa festa, depois foram vários eu era bem bonita, tinha um cabelo lindo. Parece
que fizeram macumba, hj meu cabelo demora pra crescer. Deve ser a idade e também porque
eu como mal. Não tenho vontade de comer. Depois eu falo disso.
Entao, Eu tinha um trabalho, e eu era office girl, dae eu com 14, quase 15 já circulava no centro
de São Paulo sozinha, indo realizar tarefas da empresa. Na época celular não era comum, era
um tijolo e muito caro com sinal muito ruim. Entao eu poderia desaparecer e ninguém me
encontrar. Houve um dia em que eu sai, fui para o centro de SP e depois parei em algum lugar
de certa forma inóspito, so sei que tinha tipo umas mesas e uma lanchonete. Fui e comprei
uma coca cola antes de pegar o metro eu não sabia direito onde eu estava e me preparava pra
pedir informação de como chegar no metro para a pessoa certa.
Dae tinha 2 caras na mesa da frente. Um era mais velho, e ficava me olhando tanto quanto o
mais novo. O mais novo eu tinha achado bonitinho então continuei olhando.
Eu estava prestes a sofrer uma tentativa de estupro.

O cara ficou me olhando e chegou na mesa, ele devia ter uns 22 anos e eu 14 ou 15. Entao falei
que estava indo pro metro ele me ofereceu carona, eu idiota fui. Entramos no carro dele, pra
época era um carro caríssimo um eclipse branco. Logo ele trancou as portas e começou
violentamente praticamente passar as mãos nos meus peitos, por cima do meu jeans na minha
vagina... Me beijou de maneira muito afobada e eu me liguei que aquilo poderia ser um
estupro eu era uma virgem. Entao eu me lembrei que alguém da minha família, disse que viu
numa reportagem que foi dito que estupradores gostam que a mulher os recusem, esse e o
prazer deles quanto mais a mulher recusa se entregar a eles mais eles ficam excitados.
Entao, eu logo comecei a agir como uma não-virgem, muitas pessoas diziam que eu parecia ter
18 com 14 anos, então comecei a dizer pra ele bem friamente que eu havia gostado muito dele
que ele era muito gato mas que eu não poderia transar com ele naquele momento, que eu
tinha que voltar logo para a empresa, que eu daria meu tel pra ele me ligar. Entao, ele tentou
me convencer a ficar mas eu o convenci a pegar meu numero fake de telefone e abrir a porta
do carro. Cara. Foi algo tao desnecessário isso que aconteceu...e eu não tinha nem
proximidade com minha mae de contar algo assim pra ela. Uma menina de 14 anos, andando
no centro de são Paulo, republica, santa cecilia, consolacao, lugares assim, não e seguro para
um menor andar sozinho ainda mais uma adolescente. Naquela época, 1993, real, não se via
muitos adolescentes soltos nas ruas. Mas minha mae não se importava e eu não entendo ate
hoje como uma mae pode ser assim. E porque eu deveria honrar essas atitudes.
E a lembrança disso permanece, sem traumas, mas uma lembrança de uma experiência
totalmente desnecessária. Alem dessa tentativa houveram outras duas.

- A segunda :
A próxima eu tinha acabado de sair desse emprego. A empresa quebrou...Entao conheci um
cara la, ele era parceiro dessa empresa, profissional. Me deu o telefone dele e disse que me
ajudaria a conseguir outro trabalho. Ele me arrumou outro trabalho, de fato, mas ae o cara fala
que tinha que passar num lugar pra ver não sei o que, e eu eu fui. Era a casa de um cliente ele
tinha que pegar algum doc la, e foi num quarto meio escuro (sim eu entrei, na inocência, ele
era bem mais velho não passava na minha cabeça que homens mais velhos, tipo 25, 28 anos,
tinham desejo por mim) e fui e la ele tentou me agarrar suavemente, me abracou, passou a
mao levemente na minha bunda e eu demonstrei rejeição e ele se ajoelhou e pediu desculpas.
Falou que eu era muito fofa que ele não resistiu.

- A Terceira: Essa outra tentativa eu já tinha 18. Tinha ido em uma balada de reggae com uma
amiga. Tinhamos visto o flyer na escola, e ae resolvemos ir. Na volta por volta das 6 da manha,
pegamos o metro, e eu me lembro que tinha um cara, ate que atraente, não era feio não.
Ele ficava me olhando, mas parecia, ate então tipo “nonsense”, não sei, e a gente tinha bebido
muito, fumado, estavamos “high”.

Entao notei esse cara, mas vi que quando descemos do metro ele tinha desaparecido. Não dei
importância.
Ele tinha nos seguido. Nos estavamos indo eu e essa amiga; pra casa dela, descemos uma rua
deserta, e foi ae que o cara deu o bote: apareceu do nada e deu uma atolada de mao na minha
bunda, enfiou a mao na minha bunda de um modo super invasivo. Assustador.
Eu não estava vestindo roupas muito justas ou mega sensuais. Lembro que vestida um estilo
Neo Hippie que mantenho ate hoje, porque além de confortável acho lindo. Entao eu vestia
uma camisa bonita, cara ate, e uma calca bailarina de um tecido de lazinha, ela não era justa
num ponto digamos, muito atrativo. Era uma calca normal. Nos gritamos assustadíssimas
muito alto, e a filha da puta da minha “amiga” sumiu, desapareceu me deixou sozinha, fiquei
meio perdida na rua e tive coragem de olhar pra tras não vi ninguém. Foi um susto horrível.
E o cara sumiu.

CAP 4 – PERDI A VIRGINDADE COM UM CARA RELATIVAMENTE DECENTE

Entao com 14 comecei trabalhar, tive problemas na escola, gente querendo me pegar eu
criando conflito com as pessoas. Com 14 beijei o primeiro beijo na boca um cara de 21. Fumei
cigarros; tentava. Queria ser grunge, minha mae não deixava eu andar com roupas rasgadas,
muito estilosas sabe. Ela não falava comigo mas lembrava de proibir e criticar. Lembro com 14
quando eu voltava da escola muitas vezes as panelas do almoço vazias ninguém deixava
almoço pra mim, muitas vezes eu passava tarde com doce de amendoim e comia pao no café
da tarde e passava o dia. Com 14 eu queria achar o amor da minha vida..eu achava que eu
deveria ser atendida e recompensada já que eu não tinha uma mae boa perto de mim, não
tinha uma irma boa também. Entao eu achava que eu deveria ser atendida em meu mais
profundo desejo, que era o de encontrar um bom homem, um casamento top.

Mas vida ruim. Vida amorosa desnecessária. Dramatica, quase tosca. Com 16 arrumei um
trabalho e um “namorado” “o cara que tirou minha virgindade” . Trabalhei numa loja um
comercio de suprimentos de informática, o trabalhinho indicado. Tinham 2 carinhas bonitinhos
um japones, e o filho do dono. Branco, cheio de marra, e eu nem olhava pra ele. Fiquei com o
japonês. O japonês tinha namorada so queria me usar. Dae uns meses depois o filho do dono
me joga uma carta na minha mesa de trabalho, quando eu abro era a maior declaração de
amor. Dizendo estar “literalmente apaixonado por mim” kk o maior babacao. Ele era
bonitinho, filho do dono, o maior burguês, tinha carro, moto...Nem tava apaixonada mas
aceitei namorar com ele. Eu era carente. Não tive o Amor dos meus pais, eu precisava do Amor
de alguém, precisava me sentir amada. Meus pais não conversavam comigo. Não queriam
saber o que estava acontecendo, não checavam nada. E cara, foi a maior paixão no começo.
Namoro serio, todo mundo achava que eu iria casar com o cara que me tirou o cabaco; so que
não! Com o tempo eu comecei a enjoar dele, ele com a rinite alérgica dele, com aqueles
hábitos que não me agradavam mais, e comecei querer saber se outros caras transavam
melhor que ele, eu queria transar com outros caras. Conhecer outros caras. Com o tempo
havia muitas brigas, dramas por parte dele, e então começou a minar a relação.
Eram tretas absurdas desnecessárias, dramáticas e detalhe, ele fazia aniversario no mesmo dia
da minha mae.
Mas no começo era so amor, beijos e carinhos. Lindo. Ate que, uma vez ele avançou o sinal, e
começou a me beijar na cama, ele me levava pra casa dele de carro. E ficamos no quarto, eu
com 16 ele com 21. Não tinha pedofilia naquela época, era 1995. E também ele tinha meu
consentimento.
Entao nesse dia não sei se ele se fazia de bobo que não sabia que eu era virgem, mas eu tive
que falar pra ele que eu nunca tinha transado que eu era virgem. Ele se fez de meio chocado e
falou que tudo bem, que a gente ia devagar e talz.
Ate que após algumas tentativas, em outras ocasiões, porque quando vc e virgem, o buraco e
bem apertado ne, então doía, e ae a gente so ficava junto.
Ate que um dia o cara tirou o meu cabaco. Perdi a virgindade. Acho que tinha uns 16 e meio ou
17. Putz. Foi fofo. Ele me deu muitos beijos e foi comprar pizza e guaraná. E foi legal. Mas eu
não sabia se eu realmente amava ele ou talvez eu nem se quer sabia se estava mesmo
apaixonada por ele. Lembrando hoje, acho que eu so estava surfando na wave e dei minha
virgindade pra alguém que gostava de mim de verdade pelo menos demonstrava era um amor
de adolescência.

CAP 5 – TALVEZ ELE FEZ MACUMBA

Entao eu descobri com o tempo que ele e a família dele faziam reuniões de esquerda na
umbanda. Esse namorado eu chifrava pra caralho. Eu tinha 16 anos. Eram muitos meninos
lindos a fim de mim. Mas so ele queria algo serio.

Um dia ele foi me buscar na escola e disse que ia consultar os encostos pra saber se eu chifrava
ele. Manu as minhas pernas ficaram moles eu me lembro. Falei que não havia necessidade,
que eu não chifrava ele... Falei isso de pernas moles e cu na mao.

Entao pode ser sim, possível que esse ex namorado tenha descoberto nas tais entidades que
eu chifrava ele, e então por paixão e estupidez ter feito alguma magia negra contra mim.
Eu desconfio isso desse cara nessa situação e na do termino em que ele não devolveu uma
calcinha vermelha minha. Eu fingia que gozava com ele, eu nem sabia o que era gozar. So
ficava excitada e achava que estava gozando kk. Eu era muito nova.
Olha no que eu me meti, por carência, por não ter orientação em casa, vivia jogada, largada,
sozinha, sem um pai uma mae pra aconselhar e me envolvo por carência com uma pessoa
desse nível. Se fez ou não, ate hoje nunca vou saber, mas fato e que vida amorosa, eu não
tenho. Somente tragédia, que vou contar mais pra frente.

-Talvez ele fez macumba: Entao, após muitos chifres vai e voltas, eu finalmente decidi sair fora
dele, e me lembro de pedir algumas roupas que estavam na casa dele, terminando o namoro,
e eu nem me sentia machucada so queria me livrar dele, eu não queria ficar com ele, casar, so
pra não ficar sozinha. Tinha um conjunto de lingerie, vermelho, top, ele me devolve somente o
sutiã. Pode ser que ele colocou minha calcinha no cemitério, porque nem sexo eu faco mais.
Apenas me masturbo, mais frequente quando fumo maconha ou vejo um cara realmente
atraente.
Não paro em nenhum emprego, ando muito estilosa, não consigo encontrar pessoas legais no
meu caminho, somente superficiais, ou muito mais velhos, ou pessoas muito mais novas,
muitos gays, nunca me identifico com quem tem a minha idade ou linha de pensamento.
Com 41 não tenho 1 amiga. Não acho que ninguém me considere.
Fiz faculdade, não consegui fazer lacos com ninguém, não gosto de trabalhar, não gosto de
supermercado, comercio, escolas, hospitais, bancos. Não gosto de lidar com as pessoas, acho
quase todas idiotas. Vivo sozinha. Me tornei mae solteira, casei com um americano bipolar,
que hoje esta em coma ou já morto, já perdi a conta de quantos comas ele já passou.
Hj estamos separados há 9 meses. Ele esta em USA eu não aguentei, voltei ao Brasil. Vale
ressaltar que um fator determinante que me fez voltar ao Brasil foi que, meu filho na época na
casa dela, tinha apenas 12, 13 anos e ele reclamava muito da mae da minha mae. Meu pai
também não gostava dessa minha avo. E eu também não. Não muito.
Mas então, ate aqui, fez ou não fez macumba?

CAP6 – AS BRIGAS DENTRO DE CASA

As brigas eram insuportáveis. Era uma negligencia dos meus pais na nossa educação, falta
disso e daquilo, e o principal: Amor.
Entao, a minha irma mais velha sempre teve o aval da minha mae para me provocar; hoje
praticar Bullying. Nossa como eles praticavam Bullying comigo. Não sei direito quem introduziu
e permitiu o Bullying dentro da minha casa, mas fato que era pratica dos meus pais iniciarem
uma piada provocando algum de nos geralmente eu. Eles literalmente perdiam tempo com
isso.
Mas o Bullying deles comigo era camuflado de confusão; minha irma mais velha, muitas vezes
quebrava minhas coisas na surdina, e quando eu via algo meu quebrado e reclamava, chorava,
ninguém me dava atenção. E como não me davam atenção, eu ficava muito mais nervosa
ainda. Ae aconteciam as brigas e eu era a punida por estar nervosa, chateada, brava por
alguém ter quebrado algo meu e ninguém se importar para averiguar porque fizeram isso.
Eu queria saber porque alguém do meu sangue tinha prazer em fazer aquilo.
Eu queria entender.

E essa pratica se repetiu algumas vezes e num adolescente não há posicionamento, o


adolescente esta crescendo entendendo como se comportar, em diversas situações.
Eu não entendia aquilo e todas as vezes eu explodia; então minha mae começou o boato de
que eu era depressiva.
Houve uma situação em que minha mae e todos da casa pararam de falar comigo durou mais
ou menos 1 semana. Ate que isso começou a se repetir mais e mais, ate que falávamos
somente o necessário.
A regra la era que eu deveria estar em casa as 11pm, não importava onde eu estivesse. Mas
deveria estar em casa ate as 11pm. E se eu chegasse fora desse horário ela iria me arrebentar.
Sim minha mae dava entender a isso.
Entao a situação começou a ficar muito desagradável la dentro. Eu tive os piores exemplos de
personalidade dentro de casa. Uns eram dissimulados, outros negligentes, outros neutros.
Entao paramos de nos falar, e as brigas de certa forma parara.
Mas eu estava namorando, e queria sair mais com meu namorado.

CAP 7 – A SURRA QUE EU TOMEI

Entao esse namorado, disse que iria ter um role, que uma banda de rock iria tocar e o baterista
era amigo dele, toda a galera iria e ele queria muito que eu fosse. Ele botou pilha em mim.
Inventei que eu ia dormir na casa de uma amiga. Isso poderia ter dado certo se eu não tivesse
uma irma filha de puta. Ela deixou eu ir dormir na casa da tal amiga. Eu fui me encontrar com o
namorado. Falei pra minha amiga. Fui. Boteco de rock, verdadeiro inferninho, muita fumaca de
maconha, cigarro, todo mundo bebendo muita cerveja, namorado, nossa eu tava no auge.
Namorando um cara filho de um dono de uma loja de informática, tinha carro, moto, pagava
tudo me dava carinho e ainda curtia um rock.
Dormimos no carro dele. Era umas 11h eu tinha que voltar pra casa.
Quando cheguei em casa não me lembro direito so lembro da cara de malvada da minha mae
vindo com um cinto com a fivela virada pra cima; ela realmente queria me marcar como um
gado. Me bateu muito nas costas. Nossa lembrando hoje penso, como ela teve coragem de me
bater tanto daquele jeito. Ela deixou minhas costas totalmente roxa, eu deveria ter
denunciado ela. Ela uma vez também tinha batido no meu irmão, na época ele tinha 7 anos, e
tinha pego um dinheiro em casa, e ela descobriu pela professora, e eu me lembro ela tinha
pego ele e jogou contra a parede.

Mas voltando como ela me bateu, foi bem ruim. No dia seguinte ainda encontrei o namorado
mostrei minhas costas pra ele. Ae aquele drama desnecessário apaixonado, ele falou que
deveria ir na policia, mas ao mesmo tempo eu não queria denunciar minha própria mae e além
disso eu já fumava maconha, fumava com ele.

Entao, após essa surra, de certa forma eu mudei. A relação foi cortada e a mae dela, essa
minha avo, que eu não curtia muito me chamou toda amorosa pra morar na casa dela, acho
que ela não aguentava mais ouvir as brigas entre eu e a filha dela.
Eu fui. Foi bem chato. Peguei as roupas e levei, ela morava ao lado.
Nem meu pai nem minha mae vieram atrás de mim.

Se meus irmãos viam o jeito que minha mae me tratava, eles na mente deles, achavam que
eles deveriam me tratar do mesmo jeito. E eu não aceitava, eu so queria ficar de boa.
De certa forma esse livro esta me ajudando.
Essa surra de certa forma me mudou. Essa surra deixou duas marcas pequenas na minha pele,
que com o tempo sumiram.
Eu não aprovo mães como a minha mae. Isso não tem nada a ver com perdao.
CAP8 – MORANDO NA CASA DA MINHA AVO

Dae fiquei a partir dae ou mais ou menos dae a morar com a minha avo. A casa da minha avo,
era minha avo, o marido espanhol dela, que não era meu avo, uma tia solteira e legal e outra
tia noiva. Nos fundos da casa da minha avo, morava o irmão mais chato da minha mae, a
mulher dele que mais parecia uma leprechal; e os três filhos dele.
Não havia amizade. Todos muito ocupados, mas como eu não Me dava bem com minha mae,
e a culpa era minha; pelo menos era o que todo mundo achava, e o que minha mae tinha
espalhado; havia uma pessoa que morava ali, na casa da minha avo, que tomou as dores pela
minha mae.

Essa pessoa era a mulher desse irmão da minha mae, era a cunhada da minha mae.
Uma Bicha podre. Cheia de malicia e maldade. Ela vivia me alfinetando na casa da minha a vo e
sempre quando ninguém estava por perto. Ou seja, sem testemunhas. Pessoas complicadas,
chega a me dar certa vergonha de ter raízes assim.
Tive brigas com essa mulher.
Ou seja eu não tinha paz. Eu sai da casa da minha mae, a convite da mae dela, e cai num outro
ninho com cobras. E eu era so uma adolescente.

Foi foda cara. Chegava da escola, as vezes queria comer a noite, chegava tipo 11h30 ou Meia
Noite e a janta já tinha acabado, minha avo não deixava um prato pra mim. Eu não conseguia
guardar dinheiro, eu comia fora, comprava coisas pra mim. O salario sempre muito baixo, tudo
sempre muito ruim, na raspa do tacho. Sempre.
Entao a rotina era chegar fritar um ovo por no pao e tomar com café, quase sempre. Assim
foram os anos entre 18 e 20.

Não era agradável morar com minha avo. A família da minha mae, não era muito agradável.
As vezes era bom. Ahh tinha um outro tio também, esse eera legal, ele foi morar na garagem
com a mulher dele. Csaram e foram morar na garagem ate construírem a casa deles.
Dae eles se mudaram, e deixaram o meu priminho filho deles com minha avo. Entao eram duas
pessoas largadas na família na casa da minha avo: eu e esse priminho.
E eu sempre recebendo cutucadas da cunhada da minha mae.
Eu me lembro que ela me olhava quando eu falava com ela; ela me olhava com olhos de
mariposa podre.

E eu infelizmente sempre fui muito bonita, mas pobre, quase miserável. Ou talvez miserável
sim. Um pouco inteligente e so.
Eu so queria ficar la pra dormir, saia de balada, passava dias fora, viajava, e voltava. Ia
trabalhar, estudar, acahava que ia mudar.
Por causa da mariposa podre, eu não aguentei ficar nem 1 ano acho na casa da minha avo.
A qualquer pio, elas diziam para eu ir pagar uma pensão pra morar, aquilo me machucava
muito.
Sempre fui muito envolvida com esoterismo, encostos, ler sorte. Entao fui numa cartomante e
ela disse que me via me doando para minha mae.
Pedi para voltar. Voltei. Nessa época eu estava fazendo um curso de Comissaria de Voo e
acreditava que a partir dali, minha vida ia andar.
Voltei toda feliz pra casa de meus pais. Eles moravam num bairro muito distante mas a casa
era bonita, espaçosa, o lugar era bonito.
Pensava, eu tenho direito a isso aqui. Tinha muitos meninos que moravam la, e eles eram
bonitos. Lembro me da recepção do meu irmão, ele disse que eu so tinha voltado a morar com
eles porque papai tinha colocado telefone em casa.
Aos poucos fui me entrosando com meu irmão e minha irma mais nova, todos com a mesma
faixa etária mais ou menos.

Achava que eles queriam ser meus amigos assim como eu queria ser amiga deles. Acontece
que eu sempre trabalhei, fui forcada a isso desde meus catorze. Esses meus irmãos na faixa
dos 20 e não trabalhavam. Tinham roupas, tênis. Meus pais davam não sei como.

Tivemos alguns momentos legais, fumamos maconha juntos, entre outros roles mas foram
esses roles muito breves eu não me lembro.
So sei que após algum tempo a situação começou a ficar insuportável com minha irma. Ela se
revelou minha inimiga. Dae deram a desculpa de que ela estava tendo distúrbios mentais e
que ela fazia aquilo porque estava tendo surtos.
A maior humilhação. O resultado foi que após alguns poucos meses acabei voltando pra casa
da minha avo. Vergonha pura, eu já tinha 20 anos. Com 21 eu volto de novo pra casa dos meus
pais. Meu Deus. So humilhação. Nem minha ame, nem a cunhada dela queriam que eu tivesse
casa, fosse tratada como membro da família, hoje, vejo elas como duas grandes invejosas.

Se aproveitaram da situação por serem mais velhas e não poderem ser julgadas pelas suas
atitudes nefastas por causa da idade.
Mas eu não esqueci. Sei que elas me invejavam, mas eu nem sabia porque.
Essas três mulheres me invejavam muito. A mariposa podre, a minha mae, e a minha irma mais
velha. Na época eu não queria acreditar que era inveja, isso nem passava pela minha cabeça,
mas hoje eu sei que essas mulheres me invejaram muito sim.
Sei que perdi a cabeça, fiquei explosiva, temperamental, mas isso foi o resultado de ambas as
três praticarem um certo tipo de Bullying comigo. Sempre as escuras, me confundindo.
A ponto de muitas vezes, eu acreditar que eu fazia algo de errado, e me culpava por coisas que
muitas vezes eu criava, pra justificar a atitude dessas pessoas, porque eu não queria acreditar
que para elas realizarem aquelas tais praticas, elas não precisavam de motivo algum.

08/11

CAP 9 – O MACHO ALFA

Entao hj eu to c 41 e to vivendo uma paixão platônica da porra. Deixei meu marido doente
terminal nos Estados Unidos e voltei para o Brasil. Meu marido ficou quase 3 anos indo e
voltando da UTI e so piorava seu estado enfim, não aguentei o peso dessa barra e voltei para o
Brasil. Meu filho estava no Brasil na época com 12 anos. Arrumei um trabalho, um trabalho
que eu queria. Trabalho em uma Multinacional que terceiriza uma empresa Global.
O trabalho e muito ruim em si. Mas paga meu aluguel, e horrível trabalhar para Apple mas isso
fica reservado para um outro capitulo.. E lembro que ficamos em treinamento por uns 30 e
poucos dias. E nos passávamos pela operação para ir para a sala de treinamento.

Me lembro que logo vi um Macho Alfa, se diferenciando fisicamente daquele monte de outros
machos.
Ele era alto, levemente másculo, branco, cabeludo, cabelos castanhos claros, com leves cachos
nas pontas e barba cheia, proeminente.

Tambem tinha tatuagens, esse cara pouco difícil de nao ser notado, logo me encarou.
Sim, mesmo de mascara, vivemos época de Pandemia Global Covid-19.
Todos nos usamos mascaras agora, que cobre o nariz e a boca para evitar suposta
contaminação. Eu não acredito muito, mas somos obrigados, agora a usar isso pra tudo.

Entao esse cara simplesmente deixou claro que ele me viu, o Macho Alfa me viu.
E sempre me encarava e fez isso ate eu sair do treinamento.
De cara falei para as meninas que ele era muito Top. Ele atende os dois requisitos principais
que me atraem num homem: ser barbudo e cabeludo. E ele sabe ser isso muito bem.

Entao eu achava que talvez fosse uma viajem da minha cabeça, mas fui demonstrar com o
olhar meu interesse, e ele correspondeu.
Porem, ele ficou muito amigo de uma garota que entrou junto comigo, fez o treinamento junto
comigo, mas muito amigo mesmo, de me fazer sentir um ciúmes quase doentio.
As vezes penso sera que eles estão jogando um jogo pra me atingir?
Eu me pergunto porque ele não ficou meu amigo assim?
Um tempinho depois esse cara se tornou meu Supervisor.

Todos os mais antigos demonstram não curtir ele, criticam ele, falam que ele e muito
grosseiro, seco, estupido. Mas comigo ele sempre me tratou muito bem, e as vezes que pedi
ajuda para realizar o trabalho quando ainda não dominava ele sempre me ajudou.
Cara não sei explicar, mas porque ele virou justo o meu Supervisor?
Nossa ele parece um Anjo Caido do Olimpo. Não posso me deixar levar pela aparência física,
mas ele em si e perfeito.

E ele me olha. E ele e amigo da Jack Chan, a japa. Chego a pensar que ele esta apaixonado pela
japa, e isso me machucou muito algumas vezes. Penso, não tenho mesmo sorte no Amor.
O Amor sempre foi um foco quase principal na minha vida e quase desnecessário, ou
completamente desnecessario. So acumulo perdas e fracassos. Poxa perder pra uma japoneza
baixinha, sem estilo nem um pouco atraente em contrapartida, eu que sou uma Milf, loira,
estatura mediana quase alta, corpo magro curvelineo, branca. Mas eu não tenho 4 dentes. Eu
uso uma prótese móvel.

Parece imperceptível , mas não sei. Teve uns dias ae que, eu olhei bem seria pra japa. Dei
entender que não gostava daquilo. Aquela amizade toda, fiz ele me ver olhando daquele jeito
pra ela não pra ele; parece ate que ele passou a evitar mais de ficar tanto tempo conversando
com ela, as conversas agora parecem ser mais breves.

Ele e lindo e também vejo uma certa inveja das pessoas. Simplesmente não gostam dele,
porque e branco, alto, loiro, e conseguiu alcançar a supervisão. Mas o jeito dele muitas vezes e
sim grosseiro, mas eu já fui muito grossa as vezes sou também quando estou sob pressão.

Entao aconteceu uma reunião, e eu estava farta de ver ele com a japonesa, ambos cheios de
gracinha. Dei a migue, falei que estava com dor de cabeça, ou melnhor disse que minha
cabeça estava estourando...Ele queria que eu participasse mesmo assim da reunião; pode ser
que ele não acreditou muito na minha desculpa, ele fez a reunicao no terraço, talvez ele queria
me ver sem mascara, coisa rara hoje em dia.
Mas como ele so fica com a japonesa, e ao mesmo tempo me encara, eu me posicionei. Ta me
incomodando, eu to lutando contra isso. Ele e 11 anos mais novo também, não sei porque
essas merdas me acontecem e eu fico alimentando.
O que a falta de amor de uma vida inteira não faz com uma pessoa..
Uma amiga minha da nossa equipe, me informa que ele causou a maior cena.
Foi a maior presepada. Parou a reunião pra dizer que estava faltando alguém, perguntar onde
eu estava; que sabia que eu estava com dor de cabeça mas enfatizou que queria que eu
estivesse presente, que a presença era importante akdnkjcsznfvj;hdjx

Mina isso foi um sinal do Reino de Deus, ou ele e otario mesmo e eu ainda não me liguei?

No dia seguinte, cheguei 5 minutos atrasada, estavam em reunião, fui sim, bem linda.
Com meu estilo Pinup, com body branco de bolinha preta, laco rosa no cabelo loiro
esvuascante e jeans.
Entao ele falando com o povo de repente para pra dizer “boa tarde senhorita” parece que eu
tenho 14 anos. Ai como ele e fofo. Esse cara e ou não a fim de mim? Isso vale ou não a pena?
Eu to muito apaixonada por esse cara que e simplesmente lindo. Mas que e mais amigo da
japonesa do que meu.

Pra que aparecer um cara assim perfeito so que 11 anos mais novo que eu?
Eu não sei porque essa repetição de amores impossíveis sempre ded tempos em tempos
aparece no meu caminho. Eu, por Amor a ele, sim, eu decidi tentar ir na igreja e pedir pra Deus
ou desenrolar isso da maneira mais suave e fácil possível, ou tirar logo do meu caminho.

Já me masturbei horrores por esse cara Ai que delicia. Mas e os meus problemas sexuais?
So gozo com meu clitóris. Fato.
Mas ...o Macho Alfa me cercou.

CAP 10

AS INDAS E VINDAS DA CASA DA MINHA AVO

E foram muitas idas e vindas , mudanças constantes da casa da minha mae pra casa da minha
av, e vice e versa. Eu perdi a conta, mas foram mais que 3 vezes provavelmente.
O motivo era brigas, minha mae permitia que meus irmãos praticassem bullying comigo.
Naquela época não existia essa palavra bullying. Sem amizade e sem questão de construir.
Lembro de uma vez que, eu, resolvi voltar pra casa da minha avo porque eram muitas brigas
com minha irma mais nova, era insuportável, eu era cobrada pra trabalhar enquanto meus
outros irmãos com diferença entre 2 e 5 anos em relação a minha idade ficavam em casa.
Eu não aceitava isso também, além de sofre bullying. O bullying na minha visão e assim: A
pessoa praticamente não gosta de você; mas finge que gosta; de tempos em tempos esse
praticante vai criar uma situação que vai fazer você se sentir mal, perturbado, e o praticante
não vai admitir que fez isso intencionalmente. O praticante se faz de vitima. Isso e o bullying
na minha visão. E e muito complexo, desconfortante, bizarro sofrer isso por parte de pessoas
do seu sangue. E complicado.

Entao eu voltei pra casa da minha avo. Levei todas as roupas em sacos, mochilas afff...
Eu lembro que fiquei exausta, como sempre sem amigos, eu fiz umas 3 ou 4 viagens de ônibus
saindo fora mesmo daquele ninho de cobras. Mas eu sabia que estava entrando novamente
em outro porem digamos, mais camuflado. Uma vida totalmente sem amor por parte de mae,
foi isso que eu recebi e tento conviver com isso. Porque se minha mae me amasse de verdade
ela não permitiria os outros fazerem o que faziam comigo desde criança.
Ao contrario ela permitia, incentivava; incentivava brincadeiras muitas vezes ofensivas,
desagradáveis, perturbadoras.
Obviamente se ela for questionada se se lembra disso, ela vai dizer que não.
Na verdade e o verdadeiro papel do ignorante. O ignorante sabe que tem algo ali, mas ele
finge que não ve. Ele ignora. Ele faz que não ve, mas ele ve.

Entao eu vivi minha adolescência inteira mudando de tempos em tempos pra casa da minha
avo. Uma vida sem Amor e se não há Amor não existe Paz.

CAP 10

SO FRUSTRACAO

Entao eu sempre correndo atrás do emprego e corro ate hoje. Porem hoje mudou um pouco.
Trabalhei num lugar como recepcionista. Eu já tinha 22 pra 23 anos. Ganhando uma miséria da
porra. Sempre miserável. Incapaz de pagar um quarto pra sobreviver.
A vida te empurra a arrumar um bengala, ops, um homem e procriar. E pronto, você se torna
avo e o sentido da vida e esse. Tragico.
Resolvi então, fazer um curso de Comissaria de Bordo. Me empenhei, foquei, paguei o curso,
nossa como me humilhei pra fazer esse curso.

Lembro que pra fazer os exames finais eu me levantei 4 da manha, meu pai nem pra me levar
no ponto de onobus. Eu devo ser pra eles um lixo de pessoa não e mesmo. Fui sozinha no
breu, pegar o ônibus e depois ainda aguentar mais umas 2 horas e meia pra chegar no local.
Quando estava ainda escuro já estava próxima do loca, eu me lembro, o ônibus lotado e eu vi a
mao de um cara pegando minha carteira na bolsa. Minha reação foi tao inesperada eu comecei
a falar larga a minha carteira, larga a minha carteira!
A raiva me subiu nem me importava se ele pudesse atirar em mim ali. Eu pensei: como posso
ser tao desafortunada, acordo cedo, humilhada, sem um puto, todo dinheiro e dedicação de 8
meses fazendo esse curso na esperança de conseguir um emprego melhor.
E então o que recebo não e nenhum tipo de proteção, mas de desaforo, podridão humana.

Entao fiquei gritando: larga minha carteira! Larga minha carteira!


Era um tipo peruano, ou boliviano, e ae ele largou a carteira, deram um tapinha na cabeça dele
e eu fui fazer o exame final. Olha que energia bosta. Que animo não e mesmo?
Não preciso nem dizer que, após fazer esse curso, nem cheguei a enviar currículos porque
fiquei frustrada, falaram que era somente por indicação, e que minhas chances eram nulas.
Durante toda minha vida eu so recebi esse tipo de conselho. Eu realmente não entendo eu não
me acho tao podre assim pra atrair somente carniça. Entao, eu acabei desistindo e sendo eu
mesma, eu já pintava uns quadros, e decidi pedir bolsas de estudos nas faculdades.
Entrei na faculdade, numa top, mas o dinheiro ainda era muito curto, mal dava pra comprar
materiais ou comer. Mas ali havia acendido mais uma vez a esperança em mim de conseguir
uma posição de emprego melhor.

CAP 11

TUDO MUITO DIFICIL

Esse livro e muito difícil de escrever mas eu espero finalizar ele ate os 45 e então publicar
porque ae eu vou ter então que esperar os próximos 10 anos seguintes pra escrever a parte 2.
Mas fato e que não tenho boas memorias suficientes que cubram as memorias ruins
completamente. A maioria das minhas experiências e memorias são de coisas negativas, a
maioria dos eventos, situações. E como se eu não pudesse errar, porque se faco algo errado,
mesmo que seja pequeno parece que as consequências são enormes.
A duração dos meus momentos desagradáveis são eternos versus a duração de poucos
minutos de momentos agradáveis.
Eu tento viver assim, mas confesso que aos 41, hoje, já desisti.
Nunca seremos felizes e o que mais me incomoda e a hipocrisia das pessoas. As pessoas
insistem de que elas são felizes e elas não são.
E difícil viver num sistema assim.
Corremos atrás da comida e da bebida; do abrigo e do amor que na verdade não e amor e sim
paixão, luxuria e procriação.

Eu nunca pedi nem me esforcei pra pensar desse jeito. Mas os eventos que me aconteceram,
esse viver em batalha constante sem proteção, me broxa.
Eu não odeio as pessoas mas sei quando elas não gostam de mim. E geralmente elas nem
disfarçam. Eu perdi a pureza do coração; perdi animo; perdi gratidão.
Não consigo ser grata se eu apenas tenho dificuldade pra tudo e mesmo implorando prum
deus invisível, o que recebo muitas vezes são semelhantes a migalhas ou coisas
completamente equivocadas. Eu não entendo essa Vida.
Alem disso, a mae de Sharon disse a ela, certa vez, que ela, Sharon teria nascido no escuro, na
plena escuridão ; que houve blackout na hora de seu nascimento. Que os médicos tiveram que
acender o isqueiro pra saber se era menino ou menina. A partir disso Sharon começou a
entender o porque de tantos desfortunios em sua vida que desde então, não cessam.

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