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Característica Técnicas

Velocidade de Projeto
A AASHTO ( American Association of State Highway and Transportation Officials) define
velocidade de projeto, ou velocidade diretriz como a máxima velocidade que um veículo pode
manter, em um determino trecho, em condições normais com segurança.
É a velocidade selecionada para fins de projeto da
via e que condiciona as principais características da
mesma, tais como curvatura superelevação e distâncias de
visibilidade, das quais depende a operação segura e
confortável dos veículos. A velocidade de projeto do
trecho deve ser coerente com a topografia da região e a
classe da estrada.

Velocidade de Projeto
É a média de velocidades para todo o tráfego ou parte dele, obtida pela soma das distâncias
percorridas dívida pelo tempo de percurso. Pode ser definida também como a mais alta velocidade
de percurso que o veículo pode realizar, em uma via sob condições favoráveis de tempo e tráfego,
sem exceder a velocidade matriz. Devido a uma série de fatores, especialmente as condições de
tráfego os veículos não conseguem percorrer toda a estrada na velocidade de projeto.

Veículo de Projeto
Denomina-se veículo de projeto o veículo teórico de uma certa categoria, cujas
características físicas e operacionais o representam uma envoltória das características da maioria
dos veículos, que condicionam vários aspectos do dimensionamento geométrico da via, como:
o Largura da pista de rolamento, dos acostamentos e dos ramos de interseção;
o A distância entre eixos influencia no cálculo da superl..argura e na determinação dos raios
mínimos internos e externos das pistas dos ramos;
o O comprimento total do veículo influencia a largura dos canteiros, a extensão das faixas de
espera;
o A relação peso bruto total/ potência influencia o valor da rampa máxima;
Existem 4 grupos básicos de veículos, a serem dotados conforme as características predominantes
no tráfego:
1. VP – Veículos de passeio
2. CO – Veículos comercias rígidos (caminhões e ônibus)
3. SR – Veículos comercial articulado (contem unidade tratora simples/semirreboque)
4. O – Veículos comercial rígido de maiores dimensões

Distancia de Visibilidade
Tem como objetivo de proporcionar boas condições de visibilidade aos motoristas quando
trafegam na rodovia.
As distâncias de visibilidade são as distâncias a serem proporcionadas ao motorista, de modo
que que este não sofra limitações visuais diretamente vinculadas às características geométricas da
rodovia e possa controlas o veículo a tempo.
A distância de visibilidade é função direta para a velocidade.

↳ Distâncias de Visibilidade de Parada


É a distância mínima necessária para que um veículo que percorre uma estrada possa parar
antes de atingir um obstáculo.
i. Mínimos Recomendados: Representam os casos normais de emprego. Em condições
chuvosas a velocidade efetiva de operação é reduzida para um valor médio inferior a
velocidade diretriz.
ii. Mínimos Excepcionais/desejáveis: Em condições chuvosas a velocidade efetiva de operação
é igual à velocidade diretriz.
A distância de visibilidade de parada é a soma de duas parcelas:

o D1 – relativa a distância percorrida pelo veículo no intervalo de tempo entre o instante


em que o motorista vê o obstáculo e o instante em que inicia a frenagem.

D 1=0,7 V

o D2 – Distância percorrida pelo veículo durante a frenagem.


V2
D 2=
255(f +i)

Assim teremos a distância de visibilidade de parada:


D p=D 1+ D 2

V2
D p=0,7 V +
255( f +i)

O coeficiente f exprime a atuação do processo de frenagem, seja a eficiência do sistema de


frenagem, seja o reforço relativo longitudinal decorrente do atrito pneu/pavimento no caso de
frenagem, considerando o pavimento molhad o, em condições superficiais razoáveis. O valor de f
não é o mesmo para qualquer velocidade.
↳ Distância de Visibilidade de Ultrapassagem
É a distância que deve ser proporcionada ao veículo, numa pista simples e de mão dupla
para que, quando estiver trafegando atrás de um veículo mais lento, possa efetuar uma manobra de
ultrapassagem em condições aceitáveis de segurança e conforto. Necessário proporcionar intervalos
tão frequentes quanto o possível. Quanto mais elevados forem os volumes de trafego, mais longos e
frequentes deverão ser os trechos com essas características, é recomendado trechos a casa 1,5 a 3
km e tão extensões o possível.

i. D1 – Distâncias percorridas durante o iii. D3 – Distância de segurança entre o


tempo de percepção e reação mais o veículo 1 e 3
tempo de aceleração
D 3=varia de 30 a 90 m

a∗t 1 t 1
(
D1= v −m+
2 3,6) iv. D4 – Distância percorrida pelo veículo
3
ii. D2 – Distância percorrida pelo veículo
1 2
D4 = D2
3
1
D 2= ∗v∗t 2
3,6

Os valores de ultrapassagem recomendados pelo DNER:


Curvas Horizontais Circulares
A geometria de uma estrada é definida pelo traçado do seu eixo em planta e perfis. O traçado
em planta é composto de trechos retos concordados por curvas horizontais que são usadas para
desviar de obstáculos que não possam ser vencidos economicamente.
A estrada deve ter o traçado mais curto possível, porem ligeira deflexões, se necessárias,
podem melhorar o traçado da estrada com a topografia.
Escolhido o raio das curvas, as mesmas devem garantir
o A inscrição dos veículos;
o A visibilidade dentro dos cortes;
o A estabilidade dos veículos que percorrem a via com grandes velocidades.

As curvas horizontai circulares simples são muito empregadas em estradas. Este tipo de
concordância é realizado quando se combinam duas tangentes com um arco de círculo.

Geometria da Curva Circular


O estudo da curva circular é fundamental para a concordância, mesmo quando se emprega
uma curva de transição, a curva circular continua a ser utilizada da parte central da concordância.
o PC – Ponto de Curva expressa em metros. Escolhido
o PT – Ponto de Tangente dependendo das características
o PI – Ponto de Interseção das técnicas da rodovia e a topografia da
Tangentes região.
o D – Desenvolvimento da curva: é o o T – Tangente externa
comprimento do arco de círculo, desde o O – Centro da Curvatura
o PC até o PT. o E – Afastamento: distância entre o PI
o ∆ - Ângulo deflexão e o ponto médio da curva.
o AC – Ângulo central da curva: é o o G – Grau da curva:
ângulo formado pelos raios que o c – Corda
passam pelo PC e PT, e se interceptam o d – Deflexão sobre a tangente
no centro da curvatura. o F – Afastamento da curva a corda PC
o R – Raio da curva circular: é o arco de à PT
círculo empregado na concordância,

As indicações usuais nas folhas de projeto são as seguintes:


i. Numerações das estacas múltiplas de 5
ii. A indicação do PC e PT com o número das respectivas estacas são escritos ao longo dos
raios extremos da curva
iii. Na parte interna colocam-se os valores dos principais elementos da curva (R, ∆, G, T, D)
Costuma-se também a indicar cortes ou aterros, e enquadrar o eixo da estrada entre dois traços
paralelos, cujo afastamento é igual a largura da plataforma.

Segue algumas das equações entre elementos geométricos da curva:



E=T∗tan ( ¿ )¿
4
1145,92
G 20=
R

O grau de G20 deve ser múltiplo de 40’ para facilitar a locação:


i. Adota-se R’(provisório) > Rmim iii. Adota-se , múltiplo de 40’,
' 1145,92 próximo G’
ii. Calucula-se G =
R' 1145,92
iv. Calcula-se R=
G

Exemplo 1: Dado R’ = 300m, calcular um novo raio R > R’ de modo que o grau da curva seja
múltiplo de 40’.

Exemplo 2: Numa curva horizontal circular, temos ∆ = 45,5°, R = 171,98m, e E(PI) = 180
+4,12. Determine os elementos T, D, E, G20, d, dm, E(PC) e E(PT).
Locação de Curvas Circulares por deflexão
↳ Deflexões Sucessivas:
É aquela que corresponde a cada estaca isoladamente. É o ângulo que a visada a cada estaca
forma com a tangente ou com a visada anterior.
o Primeira flexão o Ultima flexão
sucessiva sucessiva
o Demais flexão
G b∗G
ds 1=( 20−a) ds pt = G
2c 2c ds=d =
2c

↳ Deflexões Acumuladas:
São referidas sempre em relação à
tangente e apresentam valores acumulados das
deflexões sucessivas. Adimitindo –se que os
pontos PC e PT são estcas francionadas, temo
para as deflexões acumuladas:
Exemplo 3: Construir a tabela da curva do exemplo 2:

Locação de Curvas Circulares por offsets


Para localização de uma curva circular por offsets, deve-se calcular os valores de
perpendiculares NP = y, quando AN = x e o raio R da curvatura são conhecidos.

OD=√ R2−x 2 e AD= y=R−OD

Logo: y=R−√ R2−x 2

[ √
y=R∗ 1− 1− ( )]
x
R

Raio mínimo de curvatura horizontal


São os menores raios das curvas que podem ser percorridas em condições limite com a
velocidade diretriz e à taxa máxima de superelevação admissível.

V2
Rmin =
127∗(e máx + f máx )

Os valores máximos admissíveis geralmente adotados em projetos rodoviários para o coeficiente f


constam a seguir:

A AASHTO recomenda a utilização da formula:


V
f t=0,19−
1600

Para os valores de emáx, utilizar a


seguinte relação:

Visibilidade nas Curvas


Horizontais
Todas as curvas horizontais de um traçado devem necessariamente atender às condições
mínimas de visibilidade, isto é, assegurar uma distância de visibilidade não inferior à distância de
visibilidade de parada.
Se a condição de visibilidade mínima não for satisfeita, é necessário aumentar o raio adotado
para a curva nesse trecho, ou então alargar ou abrandar os taludes do corte a fim de assegurar a
distância lateral mínima necessária

D2
M=
8R

Onde:
R – Raio, em m
D – Distancia de visibilidade de parada ou ultrapassagem, em m
M – Afastamento horizontal mínimo, em m

Curvas Circulares Compostas


Duas curvas circulares consecutivas de raios diferentes com um ponto em comum. São
utilizadas preferencialmente em terrenos montanhosos onde duas, três ou mais curvas simples de
raios diferentes são necessárias para adequar o traçado da estrada topográfica.
1. Equações para Curva Composta com 2 Centros

X 1 =R 2∗sin ∆+ ( R1−R2 )∗sin ∆ 1 X 2 =R1∗sin ∆−( R1 −R2 )∗sin ∆2

Y 1=R1 −R2∗cos ∆− ( R1−R2 )∗cos ∆ 1 Y 2=R 2−R1∗cos ∆+ ( R1 −R2 )∗cos ∆2

∆−(¿ R 1−R2)∗cos ∆ 1 ∆+(¿ R1−R 2)∗cos ∆2


T b=R1−R 2∗cos ¿ T a=R2−R 1∗cos ¿
sin ∆ ( R1 −R2)
T b∗sin ∆−R 2∗( 1−cos ∆) R 1∗( 1−cos ∆ )−T a∗sin ∆
R1=R 2− R2=R 1−
1−cos ∆ 1 1−cos ∆2

A tabela a seguir resumo do


passo a passo necessário para a solução
de problemas envolvendo curva
composta com dois centros.

2. Equações para Curva Composta com 3 Centros


X 1 =( R1−R 2)∗sin ∆+ ( R 2−R3 )∗ ¿

Y 1=R1 −( R ¿ ¿ 1−R 2)∗cos ∆ 1−( R2−R 3)∗¿ ¿

T b=R1−( R ¿ ¿ 1−R 2)∗cos ∆1 −( R2−R3 )∗¿ ¿ ¿

T a=R1−( R ¿ ¿ 1−R 2)∗cos ∆1 −( R2−R3 )∗¿ ¿ ¿

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