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Universidade de São Paulo

Instituto de Física

FÍSICA MODERNA I
AULA 03
Profa. Márcia de Almeida Rizzutto
Pelletron – sala 220
rizzutto@if.usp.br

2o. Semestre de 2018


Monitor: Felipe Prado

https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=64495
ordem de grandeza do tamanho e massa
de um átomo
Densidade da água: 1g/cm3
1 mol de água (H2O) = 18g então tenho 18cm3 = NA moléculas
18cm 3 18cm 3  23
Então o volume de cada molécula =  23
 3x10 cm ~ d
3 3

NA 6 x10
O tamanho da molécula ~ 3 x 10-8 cm = 3x10-10 m = 3A
Como tenho 3 átomos na molécula de H2O logo o tamanho de cada átomo ~ 1A

o
E a massa? 1 mol de H2 = 2g = 2 NA
o

1 1  23  27
mH  g 23
g  0,167 x10 g  1, 67 x10 Kg
NA 6 x10
Natureza
Composta

matéria Radiação
eletromagnética

Concepção atomística da
Descrição atômica matéria.
Até agora a indivisibilidade
do átomo não foi
partículas questionada

evidências

Química Teoria Cinética dos gases Estudos do movimento browniano


Evidências experimentais que sugeriram a divisibilidade
do átomo - existência de uma subestrutura
(no entanto só compreendido no século XX)
A partir de 1857, aperfeiçoamento das técnicas experimentais
com trabalhos de vidros e máquina de fazer vácuo - condições
de realizar experimentos para compreensão da estrutura da
matéria
Tubos de raios Descargas elétricas em
catódicos gases produzidos entre
eletrodos metálicos
W. Röntgen estudava a fluorescência de
certas substâncias e queria testar os raios
catódicos interagindo com estas
substâncias, no entanto os raios possuem
alcance de poucos centímetros no ar. Mas
o cartão fluorescente foi atingido a alguns
metros. Descoberta dos raios X em 1895 Tubo moderno de raios X
Raio X - 1895, pelo físico W. Röntgen (1845-1923)
Tubos de raios catódicos

Descargas elétricas em gases


produzidos entre eletrodos metálicos
Tipos de radiação
• Rutherford(1899) caracteriza dois tipos: alfa (a) e
beta (b).
Diferença entre elas: ionização e o poder de penetração.
a: altamente ionizante – blindadas por folha de papel.
b: menos ionizantes – capazes de atravessar camadas finas
(radiografia pode ser feita com raios b)

• Villard (1900) encontrou uma terceira componente dessa radiações -


poder de penetração muito maior

• Pierre e Madame Curie (1902) mostraram que os raios b são elétrons


• Rutherford (1908) mostra que a radiação a é equivalente ao elemento
He. Ordem de grandeza da carga elétrica
Quantidade de eletricidade (F)
Lei de Faraday para a Eletrólise, mas ele
F  N A.e não foi capaz de medir as grandezas
Ordem de grandeza da carga elétrica
• Em 1874 Stoney sugeriu que a unidade mínima de carga fosse
chamada de elétron e uso a estimativa de NA da Teoria cinética
dos gases parra estimar (primeira estimativa)
20
e  10 C
• 1880 Helmhotlz observou experimentalmente que era impossível
obter um submúltiplo desta carga
• 1897 Townsen – a primeira medida direta desta menor unidade de
carga (método precursor do experimento de Millikan)
• 1896 P. Zeeman – ao examinar a luz emitida por átomos na
presença de campo magnético obteve as primeiras provas da
existência de partículas atômicas com relação entre massa e carga:
1º estimativa:
muito próximo ao que temos hoje
q
 1,6.1011 C / kg 1,750x1011C/Kg
Zeeman conclui que possuíam carga negativa
m
Descoberta do elétron
Em 1897, J.J. Thomson estava estudando
descargas elétricas em tubo de raios catódicos
(Laboratório Cavendish – Inglaterra), tentando
entender as descargas que ocorrem dentro desses
tubos e descobre o primeiro componente que faz
parte do átomo: o elétron, uma partícula com
Este feixe luminoso
não podia ser luz
carga elétrica negativa.
pois em 1869 o
feixe luminoso (dos
raios catódicos) Thomson consegue medir a razão
quando aproximado
a um campo carga massa dessas partículas deste
magnético eram feixe luminoso. Este corpúsculo
desviados enquanto
que luz não sofria carregado identificado era
este efeito exatamente o mesmo quaisquer que
fossem os elementos do catodo,
anodo e do gás dentro do tubo
Medida experimental da e/m
J.J. Thomson uso de campos elétricos e magnéticos +
tubo de raios catódicos
Thomson a partir da deflexão dos “raios catódicos”, do valor da
tensão aplicada as placas internas do tubo, da distância entre estas
placas (d), dos comprimentos destas (l) e do valor do campo
magnético aplicado, foi possível obter a razão e/m
Radiação de corpo negro
Caso + simples

Corpo Negro

Corpo ideal que absorve toda a radiação e não


reflete nada, a radiação vinda do exterior entre
na cavidade e é refletida várias vezes na parede
até ser absorvida totalmente.

Verifica-se que todos os corpos negros à mesma temperatura


emitem radiação térmica com o mesmo espectro
Radiação de corpo negro
• A Radiância espectral: RT(n) de um corpo em função da
frequência da radiação.
A frequência em
que a radiância é
máxima varia
linearmente com a
temperatura.
Potência total
emitida por metro
quadrado (área
sob a curva)
aumenta
rapidamente com a Potência irradiada é nula Potência irradiada cai
temperatura Potência irradiada é máxima em
n =1,1x1014Hz
Radiação de corpo negro
• A Radiância espectral RT(n) : função de distribuição da potência
irradiada por unidade de área, em um intervalo de frequência,
em função de n e T.

RT   RT (n )dn
Energia total emitida
por unidade de área
0
O crescimento rápido de RT com a temperatura é chamada de Lei
de Stefan anunciada em 1879
s= 5,67x10-8 W/m2K4 (constante de
RT  sT 4
Stefan-Boltzman) medida experimen.
O espectro se desloca para valores maiores de frequências à
medida que T aumenta
Como Tmax  c *

Resultado-Lei de deslocamento
de Wien (1893) n max  T
c* é a constante de Wien= 2,898x10-3mK
Quando a temperatura aumenta max diminui
Dúvidas sobre o espectro de RT():

Classicamente
conseguimos
explicar pequenos
valores de n

No início do século Ralyleigh-


Jeans fizeram cálculo da
densidade de energia da radiação
da cavidade (ou do corpo negro)
Calculo da densidade
mas mostrou uma série de
de energia usando
divergência entre a física clássica
ondas estacionárias
e os resultados experimentais
Suposições clássicas:
1) Cavidade com paredes metálicas contendo radiação
eletromagnética (cubo com aresta a)
z
y

a
a
a x
2) Radiação é refletida sucessivamente nas paredes e decomposta
em três componentes
y
a
.x
3) Como as paredes opostas são perpendiculares, as três componentes da
radiação não se misturam e podemos tratá-las separadamente
4) Onda estacionária dentro da cavidade:
 2x 
E ( x, t )  Eo sen  sen(2nt )
  
Como um oscilador harmônico
Nas paredes temos os nós com amplitude zero
x=0  2 0   2a 
sen 0
x=a sen 0
     
 2a  2a
Isto só é possível quando    n x 
 x 
nx
2a 2 an x ou
nx  ou nx 
x c n  c λ = c/f nx 
nx c
2a
5) O que queremos é o número de frequências possíveis entre n
e n+dn ou seja entre f e f+df N (n )dn ou N(f)df
6) O número de onda dentro da cavidade Caso tridimensional
2a
r  n n n  n
2
x
2
y
2
z
c
2a
dr  dn
c
A representação do cubo no espaço n
pode ser dado como 1/8 da área de
uma esfera
1
N ( r )dr  4r 2 dr
8
  2a 
3

N (n )dn  2 )   n dn
2

2 c 
2 ondas
possíveis
para cada
frequência
Queremos agora calcular o valor da energia média emitida no espectro
correspondente a este intervalo de frequência
Para calcularmos o valor médio da energia precisamos saber a
distribuição de energia vamos usar uma abordagem estatística
MAXWELL-BOLTZMANN
n( )  Ae  / Eo

O valor médio

 
0
Ae  / Eo d 1
a

 Ae  / Eo d
Eo
0

 
 0
e a d

 0
e a d
Lembrando que :
d a
 e d
  d
a
d da e
 ln  e a d  
da  e d
a
 d
e a


 Ae  / Eo d
como
  0

0
Ae  / Eo d

d
Então posso escrever:  ln  e a d  
da

d   1 a 00  d 1
 ln  e   ln   
da  a 0
 da  a 
d 1  1  1
   E0
a    a  2  a
da  a   a 
O teorema de equipartição de energia diz que cada grau de liberdade
tem 1/2KT para o oscilador harmônico (K=1,38x10-23J/K constante de
Boltzman). Então para a energia cinética + potencial temos   kT
A densidade de energia por T (n ) dn  N n )dn
unidade de volume entre n e vol
n+dn 8  a 3
kT
o
Energia média por onda vezes o n de ondas
T (n ) dn  3 n dn 3 2

c a
8
dividido pelo volume da cavidade

T (n ) dn  3 n 2 kTdn
Ainda podemos escrever: c
c Esta a fórmula de Rayleigh-Jeans para a
n  radiação de corpo negro

n  c
dn   2 d 
c 8  kT c 2
 c 

T ( )d   3 2 
 2  d
c    
d ( ) d (n ) 8
 T ( )d  kT .d
d dn  4
  ,  ( )  0
  0,  ( )  

catástrofe do ultravioleta

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