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FIOCRUZ
Fundação Oswaldo Cruz
Rio de Janeiro
Novembro de 2016.
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Atividades Educativas Previstas
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de novas metodologias e soluções para problemas vividos nas comunidades e
instituições em que a questão das desigualdades sociais e iniquidades estejam presente.
O terceiro curso, o de Elaboração de Projetos Sócio comunitários, tem como
objetivo fortalecer a formação de lideranças e focalização de ações para elaboração de
projetos, captação de recursos e pactuação de parcerias. Estas atividades compreendem
um conjunto de ações educativas voltadas a construção de espaços mais democráticos,
participativos e compartilhados, em que a criatividade e valorização de demandas e
concepções de diferentes origens possam ser consideradas na construção de uma cultura
de paz, de justiça inclusiva e desenvolvimento sustentável. Bem como, uma educação
equânime que promova uma vida saudável a todos.
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conflituosos. Espera-se que essas ações possibilitem aos sujeitos conhecer, participar,
decidir e apontar políticas públicas necessárias para uma vida melhor em sociedade.
As três propostas envolvem a prática e formação em gestão social a partir de
diferentes enfoques, seja, com foco em políticas sociais intersetoriais, voltados à
saúde e/ou a formação de técnicos em saúde. A seguir descrevemos resumidamente os
três cursos aqui descritos para posteriormente apresentarmos o detalhamento de cada
uma delas:
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metodologia de planejamento e elaboração de projetos, captação de recursos financeiros
e pactuação de parcerias para desenvolvimento de projetos.
Plano de Curso I
Qualificação em Participação Social
E Gestão em Saúde
Social)
INTRODUÇÃO
1. JUSTIFICATIVA
É nesse contexto que foi pensado este plano de curso, como um curso de
qualificação, a fim de permitir adequação ao perfil de escolaridade dos educandos e da
carga horária proposta. A perspectiva de educação aqui descrita se baseia no
entendimento de que qualificação vai além da formação para o trabalho, envolvendo
diferentes perspectivas, como a formação de sujeitos capazes de agir ética e
politicamente nas relações sociais, buscando alcançar melhores condições de vida para
si e para coletividade.
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propostos, assim como a metodologia a ser desenvolvida, foram debatidos em oficinas
temáticas que anteciparam a realização do curso, cujo enfoque seria a aproximação do
conteúdo com a realidade vivenciada pelo aluno.
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Estado constitui-se hegemonicamente em espaços de defesa de interesses de segmentos
da sociedade detentora de capital, a qual viabiliza por meio de estratégias ideológicas
culturais, educativas e até mesmo coercitivas, a defesa de seus interesses. No entanto,
até mesmo para sua manutenção na situação de classe dominante, os interesses de outros
segmentos populacionais não detentores de capital, precisam ser considerados. O Estado
se constitui assim, em expressão de constante tensão na sociedade.
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interesses diversos) e todas as implicações para efetiva participação da população nos
processos decisórios.
“(...) a descentralização, quando entendida como a municipalização
da saúde, ou como a constituição do Sistema Único da Saúde no nível
municipal, não significa automaticamente a democratização da saúde,
nem sua constituição como um direito universal e equânime. Até
porque a tradição altamente centralizadora do Estado reproduz-se
fortemente no nível local, tendendo o poder executivo a predominar e
dominar sobre os demais.” (Cohn, 996, p. 319).
2. Objetivos
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2.2 - Objetivos Específicos:
25 vagas, podendo estender até 30, dependendo da análise por parte da coordenação do
curso.
5.0 – SELEÇÃO
6.0 - DESCRIÇÃO
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organização curricular realizadas juntamente com profissionais de diversas áreas da
Fiocruz e Conselheiros do Território de Manguinhos/Conselho Gestor Intersetorial
(CGI). As aulas ocorrerão na modalidade presencial, podendo intercalar atividades de
campo, visitas e participação em reunião de um conselho de saúde local. O curso está
estruturado em quatro eixos temáticos conforme a seguinte descrição:
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EIXO 2 – ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS
Carga horária: 20 horas.
Oficina Eixo II
Professores do Eixo II e discentes
Estado, políticas públicas e sociedade civil.
Diferenças entre as principais concepções de Estado, Instituições Públicas e Sociedade
Civil.
Participação Social e Cidadania.
Contradições sobre o conceito de cidadania, limites e possibilidades da participação no
interior do Estado.
Estado e relação com o território.
Ideologia e cultura política no Brasil.
Diferentes formas de Participação Social
Participação direta e participação representativa.
Identidade coletiva, participação e defesas de direitos.
Trabalho de Sistematização do Eixo
Intersetorialidade e saúde
Mudanças constitucionais e políticas setoriais (assistência social, educação, saúde
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ambiental, entre outros).
Saúde e Território
Perspectivas da Regionalização em saúde TEIAS-Escola Manguinhos.
Trabalho de sistematização do Eixo
A definição do corpo docente ficará a cargo da equipe responsável pelo curso. Com
participação de docentes da Cooperação Social, da EPSJV, de outras unidades da
FIOCRUZ e de professores convidados.
9.0 - AVALIAÇÃO
A avaliação do curso se dará nas atividades de síntese de cada eixo e da síntese final do
curso. Será exigido
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10.0 - CERTIFICAÇÃO
“Qualificação em Participação Social e Gestão em Saúde”.
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2. Plano de Curso II
“Governança Democrática, Território e Saúde”
Coordenação: Felipe Eugênio dos Santos Silva (Cord. De Cooperação
Social)
1. Justificativa
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pública e das vulnerabilidades socioambientais não se explica somente pela
insuficiência das políticas públicas, ou pela sua má gestão. As políticas de Estado
implantadas nestes territórios se encontram geralmente orientadas por uma lógica de
eficiência privatista em detrimento da gestão pública, com controle autoritário sobre a
vida de territórios e populações, tendo em vista garantir e ampliar a efetividade das
dinâmicas urbanas de expropriação e produção de desigualdades territoriais inerentes a
este projeto de cidade.
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Este contexto impõe uma leitura mais consequente dos processos sócio
territoriais de determinação social da saúde, para além da pretensa neutralidade dos
esquemas epidemiológicos causais, cujos resultados se reduzem à mera identificação de
padrões relacionais entre eventos socioambientais e a ocorrência de agravos e/ou
doenças. Estas questões foram observadas diante dos megaeventos ocorridos na cidade
do Rio de Janeiro nos últimos anos, e as tentativas frustradas de se construir um
chamado ‘legado cidadão’ composto por um conjunto de bens tangíveis e intangíveis,
que possibilitassem melhorias urbanas e redução das iniquidades sociais.
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crescentemente ampliando as condições de existência do homem.
(Freire, P. 1967: 89)
2. Objetivo Geral:
Contribuir para consolidação de processos participativos e a gestão democrática
de instituições e projetos sociais em territórios vulnerabilizados.
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Serão oferecidas 32 vagas por turma. As aulas serão realizadas uma vez por
semana na sede da Fiocruz no Rio de Janeiro, em horário integral
5.0 – SELEÇÃO
Os discentes serão selecionados pela coordenação do curso, sendo priorizados os
candidatos que estiverem dentro do especificado no objetivo acima descrito.
6.0 – Descrição
Abordagem Temática:
• Território (conceito)
• Saúde Coletiva
• Construção Compartilhada do Conhecimento
• Participação Social e Conhecimento
Abordagem Temática:
• Conceito Ampliado e Determinação Social da Saúde
• Lutas Sociais em Saúde e Reforma Sanitária
• Democracia, Participação e SUS.
Abordagem Temática:
• Conceito de Estado Ampliado / Hegemonia
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• Lutas e Movimentos Sociais Urbanos
• Direito à Cidade
5 horas
Abordagem Temática:
• Território e Globalização
• Desigualdades Sociais e Ordenamento Territorial
• Governança Territorial e Participação Social
Abordagem Temática:
• Contexto Geopolítico dos Territórios e Desafios Intersetoriais
• A Tecnologia Social é um caminho? (Participação – Transformação –
Replicabilidade)
• Planejamento Estratégico para Governança Democrática Territorial
• Bloco Sócio Territorial e Agenda Promotora da Qualidade de Vida e Saúde
Abordagem Temática:
• Estruturação do Bloco Sócio Territorial
• Agenda Promotora da Melhoria de Qualidade de Vida e Saúde
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8. Corpo Docente:
A definição do corpo docente ficará a cargo da equipe responsável pelo curso.
Com participação de docentes da Cooperação Social, da EPSJV, de outras unidades da
FIOCRUZ e professores convidados.
9. Regime e Duração
10. Avaliação
11. Certificação
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Plano de Curso III
1. Justificativa
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em territórios vulnerabilizados, corroborando com o enfrentamento dessas questões
(Termo de Referência em Cooperação Social, 2014)
Na definição de seu plano estratégico, a Cooperação Social incorpora ao debate os
territórios vulnerabilizados em centros urbanos densamente povoados e os sujeitos
coletivos de políticas públicas para nortear a construção de suas iniciativas. Aponta
ainda um conjunto de diretrizes estratégicas para orientar as diversas iniciativas em
desenvolvimento:
a) Indução à articulação intersetorial e colaborativa entre poder público, empresas
e organizações da sociedade civil presentes nos territórios vulnerabilizados do entorno
dos campi da Fiocruz, para desenvolver ações estratégicas e estruturantes voltadas para
o enfrentamento e redução das iniquidades e riscos à saúde;
b) Incentivo às iniciativas colaborativas direcionadas para a articulação e
dinamização da integração interinstitucional, visando o compartilhamento de
conhecimentos e a disseminação para a sociedade de resultados, impactos e avaliações;
c) Estímulo às organizações de base sociocomunitária e movimentos sociais locais
para ampliar sua capacidade de mobilização e proposição de políticas públicas voltadas
para gestão social participativa e territorializada; e
d) Estímulo ao desenvolvimento de tecnologias sociais intensivas em participação
social e transetorial, que possam ser exploradas em redes de cooperação, para promoção
da saúde em territórios urbanos densamente povoados e em situação de vulnerabilidade
socioambiental. (Termo de Referência em Cooperação Social, 2014)
Justificativa
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iniciativa, a DIRAD criou o Programa de Desenvolvimento em Gestão Social (PDGS).
A motivação desse Programa se deu pelo envolvimento da DIRAD na promoção e
viabilização de ações sociais, que permitiriam além do alcance de benefícios
socioeconômicos para as comunidades, também o enriquecimento dos objetivos e das
propostas do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização - GesPública
(2009 – 2012) no que tange a Responsabilidade Social e Ambiental. A ideia foi por
meio do Programa, buscar o desenvolvimento da consciência crítica e cidadania,
formação de lideranças, trabalho em equipe e o senso de colaboração/cooperação e
participação social, dentre outros.
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Gestão de Projetos Sociocomunitários, essa iniciativa marcou o início da parceria da
Assessoria de Cooperação Social da ENSP no projeto O curso tinha como objetivo a
elaboração e a gestão de projetos sociocomunitários, apresentando alternativas de
fortalecimento dos valores e ações comunitárias.
2 . APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
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organizada e consciente no combate às desigualdades. Os projetos serão construídos a
partir dos interesses e necessidades dos proponentes, a partir dos diagnósticos realizados
nos territórios. Sendo este Trabalharemos não apenas a capacidade de elaboração de um
projeto, mas também a capacidade crítica e a percepção dos aspectos fundamentais e
relevantes a que se destina, considerando a realidade e particularidades de cada
território.
3. OBJETIVOS
Objetivo Geral: O Curso tem como objetivo qualificar pessoas a formular e
desenvolver projetos sociais em territórios socioambiental mente vulnerabilizados,
Objetivos Específicos:
4 . A QUEM SE DESTINA
5. NÚMERO DE VAGAS
Serão disponibilizadas 30 vagas.
6. SELEÇÃO
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Faremos ampla divulgação da inscrição, com uma pré-inscrição com
preenchimentos de um questionário. As fichas recebidas serão avaliadas pela
Coordenação docurso. Os participantes pré-selecionados serão entrevistados pela
coordenação do projeto e deverão trazer no dia da entrevista a xerox dos seguintes
documentos: comprovante de residência, CPF ou Identidade, comprovante escolar
(maior titulação) e o currículo (máximo 2 páginas). Em caso de desistência dos
selecionados, as vagas serão preenchidas pelos que ficaram na lista de espera. Fica a
critério da Coordenação do Projeto preencher ou não o quantitativo de vagas.
7. DESCRIÇÃO
O aluno deve estar qualificado atuar em diversas esferas sociais,com autonomia e
capacidade crítica e criativa.
8. ESTRUTURA CURRICULAR
O curso tem uma carga horária total de 190 horas. A organização curricular
compromete-se com uma perspectiva crítica-emancipatória, ao estabelecer a interface
dos eixos sociedade, trabalho, educação, cidadania, ética, sintonizando social e
profissional, com vistas à aquisição de conhecimentos científicos, técnicos, tecnológicos
e políticos, propícios ao desenvolvimento integral do indivíduo. Evidencia-se a
importância de buscar permanentemente uma estrutura curricular que permita
incorporar constantemente formas de aprendizagem e formação presentes na realidade
social, entendida como uma ampla abrangência desde a metodologia de ensino até a
relação aluno-instrutor. Desta forma, o curso será dividido em módulos segundo
inicialmente a seguinte composição:
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Módulo 3: Dinâmica de Elaboração de Projetos Comunitários (50 horas/aula)
- Metodologias de Elaboração de Projetos Sociais (15 horas/aula)
- Elaboração de projetos comunitários (40 horas/aula)
Módulo 4: Editais e Captação de Recursos (40 horas/aula)
- Apresentação e Análise de Editais (10 horas/aula)
- Articulação Institucional e Captação de Recursos (15 horas/aula)
8 . AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos se dará pela participação dos mesmos em aulas por meio
de dinâmicas de grupos, debates, discussões, confecção de exercícios, bem como, pela
assiduidade e elaboração do Projeto. A sistematização do trabalho será apresentada na
modalidade de seminário. O critério para certificação discente será de acordo com os
critérios descritos e frequência mínima de 75% em cada módulo e formulação de um
projeto que deverá ser elaborado em grupo.
9 . CERTIFICAÇÃO
Os alunos serão avaliados de acordo com os critérios acima descritos e conferido
um certificado de “Qualificação em Elaboração de Projetos Sócio comunitários”.
10 . INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
As instalações disponíveis para o curso deverão conter: salas de aula com cadeiras
para 30 alunos, data show, computador, lousa, caneta pilot, ar condicionado, biblioteca,
laboratório de informática e banheiros.
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Parceria da Coordenadoria de Cooperação Social com a Escola Politécnica de
Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)
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diferentes interesses alcance o objetivo de promover efetivas melhorias para a vida dos
usuários. Este processo é complexo, contraditório e desafiador, e para tanto,
acreditamos em metodologias construídas com envolvimento dos diferentes atores
mediante ação coletiva.
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