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INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA

ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR

GESTÃO TURÍSTICA E HOTELEIRA

ANO LECTIVO 2010 / 2011


Contabilidade Financeira

Operações do ciclo de investimento

Docente:

Hélder Moura

Discente:

Bruno Cabrita

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Índice
Resumo........................................................................................................................................3
Introdução....................................................................................................................................4
Activo fixos tangíveis....................................................................................................................5
Activos intangíveis........................................................................................................................8
Investimentos Financeiros..........................................................................................................10
Propriedades de investimento...................................................................................................11
Activos não correntes detidos para vendas e unidades operacionais descontinuadas..............12
Consolidação das operações do ciclo de investimento..............................................................14
Conclusão...................................................................................................................................15
Bibliografia.................................................................................................................................16

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Resumo

O presente trabalho retrata o ciclo de investimento, procurando encaixar a visão do


leitor no que compreende este conceito contabilístico. Tendo em consideração os
seguintes componentes:

 Activos Fixos Tangíveis;


 Activos intangíveis;
 Investimentos Financeiros;
 Propriedades de investimento;
 Activos não correntes detidos para vendas e unidades operacionais
descontinuadas;

Por um lado, desenvolvendo os conceitos, explicando-os de forma simples e dando


exemplos. Por outro lado, explicando de forma prévia o enquadramento no ciclo de
investimento.

Em conclusão, as operações do ciclo de investimento, resume-se, a todas as operações


que uma entidade executa para manter a sua continuidade, ou seja operações para
desenvolver a sua actividade ou outra que prestem fluxos de benefícios económicos.

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Introdução

Este trabalho proposto no âmbito da unidade curricular de Contabilidade Financeira,


para a época de exame, pode ser considerado por alguns como um aprofundar dos
conceitos explorados no programa da unidade curricular e a sua utilização na realidade
concreta.

Para isso, serão considerados os tópicos disponibilizados pelo docente, a fim de


enquadrar as operações do ciclo de investimento (sendo este o tema do presente
trabalho).

Por fim será possível ao leitor, através da sua compreensão perceber “o que retrata as
operações do ciclo de investimento?”.

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Activo fixos tangíveis

A seguinte subconta pertence no balanço ao activo não corrente. Por um lado este
conteúdo do ciclo de investimento é regulado pela NCFR-7 por outro lado é
reconhecido no plano de contas na conta 43 e consequentemente dividindo-se em outras
subcontas. Subentende como requerimento para pertencer a esta categoria algo que tem
uma substância física ou “palpável”, sendo assim um meio do qual derivaram para a
entidade que o possui benefícios económicos futuros. Ou por outras palavras, terrenos,
edifícios, equipamentos básicos, de transportes, administrativos, entre outros activos de
fixo tangíveis.

Porém existem outros requerimentos para que um activo seja activo fixo tangível, tais
como:

 Sofrer valorização ou depreciação. Existindo dois modelos:


o Modelo do custo- considera-se o valor do activo o custo de compra;
o Modelo da revalorização- após o item ser adquirido existe uma avaliação
do mesmo, sendo o mesmo posteriormente quando reavaliado e subtraído
depreciação ou perda por imparidade;
 Possuir um período de vida útil para a entidade;
 Ser mensurado pelo valor de custo ou valor de compra (considerando impostos
não dedutíveis, entre outros encargos adjacentes para que o activo fixo tangível
derive benefícios para a entidade que o possua);
 Sejam usados na área da produção ou fornecimentos de serviços ou bens, ou
mesmo para fins administrativos, entre outros;
 Porém existem alguns activos que à primeira vista se podem enquadrar nestes
requisitos, contudo não preenchem o necessário, como:
 Se não forem adquiridos no estado de novo ou sem uso;
 Caso sejam mobiliário ou equipamento social;

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Esta subclasse divide-se nas contas:

 431- Terrenos e recursos naturais:


o Normalmente os terrenos não sofrem depreciações a não ser:
 Nos casos dos mesmos não serem pedreiras ou aterros;
 Se for necessário despender algum tipo de gasto, como restauro,
remoção ou desmantelamento, sendo os mesmos depreciado nos
benéficos obtidos do mesmo;
 432- Edifícios e outras construções:
o Nesta divisão do plano de contas encaixam edifícios (comerciais, fabris,
administrativos, entre outros) e outras construções (aquecimento,
estradas, muros) que sejam necessários para o exercício de uma entidade;

 433- Equipamentos básicos:


o O conceito desta conta abrange todos os equipamentos necessários a uma
entidade para desenvolver a sua actividade, ou seja, todo o que for
preciso para prestar um bem ou serviço:
o Empresa de bens:
 Máquinas e outros necessários:
o Empresa, exemplo seguradora:
 Computador;
 Secretaria;
o Empresa, exemplo transportes:
 Autocarros;
 Camiões;

 434- Equipamentos de transporte:


o

 435- Equipamentos administrativos:


o Enquadram-se somente nesta conta equipamentos e mobiliário diversos
que servem apenas para o desenvolvimento de tarefas e que não se

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enquadra na conta 433, exemplos disso, computadores e secretárias que
não seja usados para prestar um serviço (por exemplo uma empresa que
não seja uma seguradora, porque neste caso o equipamento em causa
seria equipamento básico);

 436- Equipamentos biológicos:


o Aqui são registados animais e plantas que não se encaixem na NCRF 17,
como exemplo animais de um zoológico (onde a entidade que os possui
tira benefícios económicos futuros);

 437- Outros activos fixos:


o Nesta conta enquadra – se todos os outros activos fixos tangíveis que não
se disponham noutras contas anteriores;

 438- Depreciações acumuladas:


o Aqui são mensuradas as desvalorizações dum item devido ao seu uso,
sendo que esta mesma feita de duas maneiras, normalmente num período
do fim do exercício da entidade (anualmente):
 Por um valor definido através da vida útil do item;
 Ou por uma taxa, tendo em cálculo a vida útil do item;

 439- Perdas por imparidade acumuladas:


o Aqui serão registados as alterações nos valores de um determinado item
negativos (depreciações) ou positivos (reversões):
o Depreciação:
 Desastre;
 Fenómenos naturais;
 E ou que danifiquem um item;
o Reversão:
 Inovação técnica (excepcional);
 Reavaliação por terceiros;
 Outros acontecimentos que mostre um benefício para a entidade;

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Activos intangíveis

A seguinte subconta é reconhecida no balanço, sendo um activo não corrente. Os


activos intangíveis são regulados pela norma NRCF 6 e reconhecido na subclasse 44 do
plano de contas. O mesmo é registado, como os activos fixos tangíveis, pelo valor de
custo e outros condicionantes.

 Um item para que seja reconhecido, como, activo intangível, têm que cumprir os
requisitos:
o Não possuir essência física;
o A entidade tem de possuir controlo no item e deste advém benéficos
económicos futuros;
o Não é monetariamente identificável, ou seja respeita o conceito da
identificabilidade (ou seja não possui valor só por si, contem um valor
muito variável, tendo em conta o mercado e a sua especulação);
 Exemplos de activos fixos tangíveis são:
o Patentes;
o Marcas;
o Filmes;

Esta subclasse divide-se nas contas:

 441- Goodwill ou Patrimônio de marca:


o Este activo não é amortizado

 442- Projectos em desenvolvimento:


o Considera-se os gastos para a formação de um activo intangível,
como exemplo:
 Produtor de música:
 Gastos com técnicos de som;
 Músicos;
 Gravação de cd ou outro suporte;
o Industria, desenvolvimento de uma marca certificada:

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 Técnicos de qualidade;
 Auditorias externas;
 443- Programas de computador:
o É considerado nesta conta todos os softwares que não façam parte de um
hardware, como exemplo, uma máquina de corte de madeira e outras
máquinas industriais;
 444- Propriedade industrial:
o Enquadram-se nesta conta tudo o que uma entidade usa para a sua
actividade ao nível intangível, como exemplo:
 Marcas;
 Patentes;
 Licenças;
 446- Outros activos intangíveis:
o Consideram-se nesta conta todos os activos que não se enquadrem nas
restantes contas descritas anteriormente;
 448- Amortizações acumuladas:
o Nesta conta é aplicado o mesmo pressuposto da conta 438;
 449- Amortizações por imparidade:
o A presente conta segue vários elementos assim como a conta 439;

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Investimentos Financeiros

A anterior subconta pertence no balanço ao activo não corrente. Por um lado este
conteúdo do ciclo de investimento é ajustado pelas NCFR-13,15 e 27. Por outro lado é
reconhecido no plano de contas na conta 41.

 Subentende como requerimento para pertencer a esta categoria:


o Investimento a longo prazo;
o Participação de capital;
o Comprar parte de outras empresas, como um investimento;
o Comprar obrigações de outras empresas ou de países;
o Empréstimos feitos a outras entidades;
o Empresa criar para satisfazer uma necessidade de duas ou mais empresas
distintas (exemplo, auto- europa);
 Exemplo deste tipo de investimento:
o Títulos do tesouro;
o Fundos de investimentos;
o

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Propriedades de investimento

A seguinte subconta é reconhecida no balanço, sendo um activo não corrente. As


propriedades de investimento são reguladas pela norma NRCF 11 e reconhecido na
subclasse 42 do plano de contas.

• Um item para que seja reconhecido, como, propriedades de investimento, têm


que obedecer aos seguintes requisitos:

o Não ser para uso na actividade da entidade, seja ela, administrativa ou


para produzir um bem ou serviço;
o Não seja para venda;
o Fluir para a entidade que o possui controlo do item, tendo benéficos
económicos futuros;
o Somente para arrendar ou para aumento do capital;
o Considerados pela entidade como para manter a longo prazo;

 Exemplo de propriedade de investimento:


o Edifícios ou terrenos para arrendar:
 Hotel;
 Escritórios;
 Terreno para agricultura;
 Exploração de uma mina;

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Activos não correntes detidos para vendas e unidades
operacionais descontinuadas

O presente conceito é um activo não corrente (porém também pode pelo seu
desreconhecimento ser activo corrente em alguns casos), sendo regulamentado pela
NCRF-8 e reconhecido no plano de contas na subconta 46.

 Para se encaixar nesta definição deve cumprir os seguintes parâmetros:


o Não derivarar benefícios económicos futuros, tais como:
o Rendas;
o Ou benefícios de exploração por parte de terceiros;
o Ser exclusivamente para venda;
o Não ser para uso da entidade que possui o item;

 Compreende-se nesta classe todos os activos fixos tangíveis e intangíveis, como


exemplo:
o Software;
o Terrenos;
o Edifícios;
o Patentes;

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Consolidação das operações do ciclo de investimento

Em consolidação deste trabalho e para uma compreensão final do leitor é necessário


perceber que estes pontos fortalecidos ao longo deste trabalho foram indispensáveis ao
entendimento das operações que uma entidade tem que desenvolver para manter a
continuidade da sua existência, tendo em conta o mundo tão competitivo ao qual
assistimos hoje em dia.

Numa primeira ordem é necessário, perceber que os dois primeiros pontos analisados
correspondem aos itens essenciais para o desenvolvimento de uma entidade.

Numa segunda ordem, será preponderante ver que tendo em conta todo o que foi
referido anteriormente é essencial que uma entidade não se basei exclusivamente na sua
actividade, como forma de obter benefícios económicos futuros, podendo por assim a
sua continuidade em risco.

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Conclusão

Podemos considerar como atingido os objectivos anteriormente autopropostos, como,


um aprofundar dos conceitos explorados no programa da unidade curricular e sua
utilização na realidade concreta.

Neste trabalho pode-se sentir algumas dificuldades, em relação à análise das normas e
alguns conceitos mais técnicos que não são tão aprofundados no programa nesta mesma
unidade curricular.

Esperamos que o leitor tenha disfrutado da leitura.

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Bibliografia

O novo sistema de normalização contabilística, SNC explicado; Rui M.P. Almeida/ Ana Isabel
Dias/ Fernando Carvalho; Edição Setembro de 2009

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