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A Construção do Templo - IEOUA

by Marcos Pereira on 12:50 in FRA

Fomos conduzidos à convicção de que as vogais, para soar, constroem na boca miniaturas de
espaços, instrumentos sonoros em cujo som e eco se torna audível a essência dos planetas.
Sendo assim, caminhamos do menor para maior e reencontramos, na articulação do AEIOU, os
elementos do edifício do Universo. Se quiséssemos erigir na Terra um edifício, não poderíamos
começar pela abertura de uma porta. Isto só poderia constituir o ato final. Para tanto a série
AEIOU não é apropriada

A obra divina do templo do corpo humano prevê que o ser humano represente uma espécie de
coluna reta. O corpo como figura ereta - "I".

Além disso, o corpo possui paredes como uma casa; ele é limitado por sua epiderme. O corpo
como figura limitada - "E".

É de modo comparável a uma abóbada que se forma a cabeça. Tanto em sua forma como em
sua função, a cabeça isola o ser humano das adjacências. O corpo como figura fechada em si
mesmo - "O".

No interior dos ossos longos formam-se espaços ocos e alongados, importantes para a vida
sanguínea. Também o tronco é construído como uma cavidade em forma de tonel para abrigar
os órgãos - por assim dizer, um salão alongado. O corpo como uma cavidade alongada - "U".

Finalmente são ainda necessárias aberturas, como que janelas e portas: boca, olhos, orelhas,
etc. O corpo como uma figura que se abre - "A".

Em tempos antigos chegou-se à audaciosa opinião de que, mediante aquela sequência de


fonemas, mediante IEOUA, poder-se-ia recriar o edifício universal, bastando apenas termos
poder suficiente para isso.

(O Sentido da Palavra - Alfred Baur)

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