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“Pobres dos fiéis católicos que frequentam as

Santas Missas em muitas de nossas igrejas…”

“Pobres dos fiéis católicos que frequentam as Santas Missas em muitas de

nossas igrejas… Submetidos tantas vezes às arbitrariedades de uma pseudo

liturgia pautada por distorções, abusos, ridículas inserções de palmas,

agitação de folhetos, danças, símbolos e mais símbolos que não simbolizam

nada. Quanto abuso! Quanta arbitrariedade! Quanta falta de respeito não só

para com Aquele para quem deveria dirigir-se a celebração, mas também

para com os pobres fiéis que são obrigados a engolir esdrúxulas situações

falsamente chamadas de “inculturação liturgica”, mas que na verdade

revelam falta de fé ou a ignorância das mais elementares verdades da fé em

relação à Eucaristia, à Presença Real e outras. Pobres fiéis guiados por alguns

pastores que arrotam slogans fundados em um palavreado eivado de

conceitos atribuídos ao malfadado “espírito do Concílio” que na verdade, de

conciliar nada tem… Tal espírito passa longe daquilo que a Igreja de Cristo é e

pretendeu favorecer com a reforma litúrgica. Pobres fiéis, forçados a ter de

engolir o que destrói a fé, o que na prática nega a centralidade do Mistério de

Cristo, poluindo-o com a tentativa de desfocar este Mistério através da

inserção de conceitos ideologizados sobre Deus, o homem, a criação e tantas

outras realidades.

A “nobre simplicidade” apregoada pelo Concílio transformou-se em desculpa

para um “pobretismo” litúrgico que se expressa em despojamento do

elementar, em relaxo, sujeira, descaso e outros defeitos. Dá-se à Liturgia,

portanto a Deus, o que há de pior: no mínimo, o que é de gosto duvidoso.


Chegamos ao tempo em que quem obedece as Normas Liturgicas é acusado de

rubricista. Ai de quem ousar usar os paramentos prescritos pela legislação

litúrgica vigente. No mínimo será caracterizado como “romano”, o que na

visão de muitos é considerado como uma ofensa. E quem celebrar usando com

fidelidade os livros litúrgicos, “dizendo o que está em letras pretas e fazendo o

que está em letras vermelhas” será execrado pelos apregoadores do “autêntico

espírito do Concílio”. Sinceramente, é preciso muita, mas muita fé mesmo para

não deixar de acreditar que ‘as portas do inferno não prevalecerão’, como nos

ensina Nosso Senhor.”

Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen.

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