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GABARITO DA AP2

1. A maneira como certos textos são escritos pode produzir efeitos de


incoerência. É o que ocorre no texto a seguir:
“As Forças Armadas brasileiras já estão treinando 3 mil soldados para atuar no
Haiti depois da retirada das tropas americanas. A Organização das Nações
Unidas (ONU) solicitou o envio de tropas ao Brasil e a mais quatro países,
disse ontem o presidente da Guatemala, Ramiro de Léon.”
(SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e
redação. 5.ed. São Paulo: Ática, 2006.)

a) Qual o efeito de incoerência presente nesse texto?


RESPOSTA:
No primeiro período, afirma-se que o Brasil enviará três (3) mil soldados
para o Haiti; no segundo, que a ONU enviará tropas ao Brasil. Não é
coerente supor que o Brasil está treinando soldados para enviar ao próprio
território.

b) Reescreva o trecho, introduzindo apenas as modificações necessárias


para resolver o problema de incoerência.
RESPOSTA:
A Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou ao Brasil e a mais
quatro países o envio de tropas ...

2. Leia, atenciosamente, o texto a seguir:


“A poesia, ao contrário da filosofia, não é um conhecimento teórico de natureza
humana, mas imita, narrativa ou dramaticamente, ações e sentimentos, feitos e
virtudes, situações e vícios dos seres humanos. No entanto, a poesia é
diferente da história, embora esta também seja uma narrativa de feitos
humanos e situações, das virtudes e dos vícios dos humanos narrados. A
diferença está no fato de que aquela visa, por meio de uma pessoa ou de um
fato, a tratar dos humanos em geral (cada pessoa [...] não é ela em sua
individualidade, mas é ela como exemplo universal, positivo ou negativo, de um
tipo humano) e a tratar de situações em geral (por meio, por exemplo, do relato
1
dramático de uma guerra, fala sobre a guerra), enquanto esta se refere à
individualidade concreta de cada pessoa e de cada situação. A poesia trágica
não trata de Édipo ou de Eletra, mas de um destino humano; a epopéia não
trata de Helena, Ulisses e Agamenon, mas de tipos humanos. A história, ao
contrário, trata de pessoas singulares e de situações particulares. Por isso,
afirma Aristóteles, a poesia está mais próxima da filosofia do que da história, já
que esta nunca se dirige ao universal.”
(CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia. São Paulo: Ática, 2006. p.
336.)

As palavras que estão em negrito e sublinhadas foram introduzidas no texto


em substituição a duas palavras-chave para a exposição que faz M. Chauí das
idéias de Aristóteles referentes a distintas formas de conhecimento. Um leitor
atento será capaz de identificar as palavras que estavam no texto original, a
partir do trecho aqui apresentado.
a) Substitua as palavras em negrito e sublinhadas pelas palavras que
estavam no texto original e escreva-as nas linhas pontilhadas:
RESPOSTA:
O termo aquela substitui “a poesia”; enquanto esta substitui “a história”.

b) Como podem ser caracterizadas as formas de conhecimento referidas


por essas palavras, de acordo com a autora do texto?
RESPOSTA:
A poesia é um tipo de conhecimento que, por meio do singular, trata do homem
em geral; a história é uma forma de conhecimento que trata do particular sob o
ponto de vista do particular.

3. Após a leitura do texto escrito por Chauí, elabore uma paráfrase em um


único parágrafo (resumidamente, em dez linhas, no máximo) e faça a
citação adequadamente.

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RESPOSTAS POSSÍVEIS:
Segundo Chauí (2006, p. 336), ao contrário da filosofia, a poesia não é um
conhecimento de natureza humana, entretanto imita, narrativa ou
dramaticamente, ações e sentimentos, feitos e virtudes, situações e vícios dos
humanos. Ressalta que a poesia é diferente da história. A seguir, explica que a
poesia é um tipo de conhecimento que, por meio do singular, trata do homem
em geral; a história é uma forma de conhecimento que trata do particular sob o
ponto de vista do particular. Após fazer essa distinção, salienta que, conforme
afirmou Aristóteles, a poesia está mais próxima da filosofia do que da história,
já que esta nunca se dirige ao universal.

OU

Ao contrário da filosofia, a poesia não é um conhecimento de natureza


humana, entretanto imita, narrativa ou dramaticamente, ações e sentimentos,
feitos e virtudes, situações e vícios dos humanos. Ressalta que a poesia é
diferente da história. A seguir, explica que a poesia é um tipo de conhecimento
que, por meio do singular, trata do homem em geral; a história é uma forma de
conhecimento que trata do particular sob o ponto de vista do particular. Após
fazer essa distinção, salienta que, conforme afirmou Aristóteles, a poesia está
mais próxima da filosofia do que da história, já que esta nunca se dirige ao
universal (CHAUÍ, 2006, p. 336).

OU

Chauí (2006, p. 36) faz uma exposição das idéias de Aristóteles referentes a
distintas formas de conhecimento. Destaca que, ao contrário da filosofia, a
poesia não é um conhecimento de natureza humana, entretanto imita, narrativa
ou dramaticamente, ações e sentimentos, feitos e virtudes, situações e vícios
dos humanos. Ressalta que a poesia é diferente da história. A seguir, explica
que a poesia é um tipo de conhecimento que, por meio do singular, trata do
homem em geral; a história é uma forma de conhecimento que trata do
particular sob o ponto de vista do particular. E conclui com a afirmação

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aristotélica de que a poesia está mais próxima da filosofia do que da história, já
que esta nunca se dirige ao universal.

CONSIDERAÇÕES:

Em todas as questões:
Descontar 0,5 (meio ponto) por:
 vírgula entre o sujeito e o predicado;
 inadequação vocabular (principalmente o uso inadequado de onde, no
qual, colocação, definir, etc.).
Descontar até 1,0 (um ponto) por:
 incoerência;
 ausência de coesão;
 ausência de citação adequada, conforme lição do livro didático.
NÃO DESCONTAR PONTOS CASO O ALUNO ULTRAPASSE O NÚMERO
DE LINHAS SOLICITADO.

Por gentileza, enviem sugestões.

Abraço fraterno,
Marcio

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