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AP3 de Fı́sica 1a

24 de julho de 2005 - Gabarito


1a Questão

(a) Podemos primeiramente obter as condições iniciais para o problema. Das figuras, temos:
fx (0) = 0, 10 m , fx (1) = 0, 20 m
Aplicando estas condições na equação (1) do enunciado, temos:
fx (0) = 0, 10 = A1 cos (0) + A2 sen (0) =⇒ A1 = 0, 10
e,
fx (1) = 0, 20 = A1 cos (π/2) + A2 sen (π/2) =⇒ A2 = 0, 20
(b) A função-movimento da partı́cula tem a forma
πt πt
   
x = 0, 10 cos + 0, 20 sen
2 2
e portanto a velocidade em função do tempo pode ser obtida derivando-se esta expressão:
πt πt
   
v = −0, 05 π sen + 0, 10 π cos .
2 2
Em t = 0 s temos
v = 0, 10 π
e em t = 1 s,
v = − 0, 05 π
2a Questão

(a) Os movimento horizontal e vertical são independentes, e suas velocidades são dadas por
vx = v0x + a t , vy = v0y − g t
No ponto mais alto, a velocidade horizontal se anula (vy = 0), e da segunda equação acima,
temos
v0y
tS =
g
(b) Da independência dos movimentos horizontal e vertical, temos imediatamente que t D = tS :
v0y
tD =
g
(c)
! !2
v0y 1 v0y
∆xS = fx (tS ) − fx (0) = v0x + a − 0
g 2 g
2
v0x v0y a v0y
= +
g 2 g2

1
(d)
! !2  ! !2 
v0y 1 v0y v0y 1 v0y 
∆xD = fx (2 tS ) − fx (tS ) = v0x 2 + a 2 − v0x + a
g 2 g g 2 g
2
v0x v0y 3 a v0y
= +
g 2 g2

3a Questão

(a) Isolando as forças que atuam na partı́cula, temos, para as direções horizontal e vertical da
figura, respectivamente:
m v2
N cos α =
r
e
mg
N sen α = m g =⇒ N=
sen α
Substituindo a expressão da normal N na primeira das equações, temos

mg m v2
cos α =
sen α r
Resolvendo para v, temos
gr
r
v=
tan α
(b) O perı́odo do movimento é dado pela razão
s
2πr r tan α
T = = 2π
v g

4a Questão

(a) Para resolver este problema, vamos proceder em etapas:

(i) Determinar as acelerações ao longo dos dois planos inclinados.

Isolando as forças sobre cada bloco, obtemos ao longo do plano 1

m g sen θ = m a1 =⇒ a1 = g sen θ ,

e ao longo do plano 2
π
 
m g sen − θ − fat = m g cos (θ) − fat = m a2
2
e
π
 
N = m g cos − θ = m g sen θ
2

2
Combinando as duas equações acima, temos

m g cos θ − µc m g senθ = m a2

ou,
a2 = g (cos θ − µc senθ)
(ii) Depois vamos supor que a altura do triângulo seja h, de forma que as distâncias ao
longo do plano inclinado de θ (plano 1) e do plano inclinado de π/2 − θ (plano 2) sejam
respectivamente:

d1 = h/ sen θ e d2 = h/ sen (π/2 − θ) = h/ cos θ .


(iii) Finalmente calculamos os tempos necessários para os dois blocos descerem as rampas,
e comparamos os resulados. Os tempos são dados por
s s
2 d1 2 d2
t1 = (ao longo da rampa 1) e t2 = (ao longo da rampa 2)
a1 a2
Igualando os dois instantes acima, temos
s s
2 h / senθ 2 h / cos θ
t1 = t 2 =⇒ =
a1 a2
Elevando ambos os membros ao quadrado, e substituindo as expressões para as acelerações a 1
e a2 .
1 1 1 1
=⇒ = = =
senθ(g senθ) cos θ g (cos θ − µc senθ) sen θ
2 cos θ − µc cos θ senθ
2

cos2 θ − µc cos θ senθ = sen2 θ


cos2 θ − sen2 θ 2 cos 2 θ
µc = =
senθ cos θ sen 2 θ
(b) Para θ = π/4, as duas rampas têm a mesma inclinação, e também o mesmo comprimento,
e a expressão para o coeficiente de atrito dá

µc = 2 cos(π/2)/ sen(π/4) = 0

Ou seja, nesse caso as partı́culas só podem chegar simultâneamente ao solo se o atrito for nulo.

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