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INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO – PROTOCOLOS E APLICAÇÃO

Conference Paper · July 2011

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Fabrício Albani Oliveira Ciro A A Torres

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

82ª SEMANA DO FAZENDEIRO

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO


FIXO – PROTOCOLOS E APLICAÇÃO

Fabrício Albani Oliveira


Ciro Alexandre Alves Torres
Jurandy Mauro Penitente Filho

Viçosa – MG
2011

1
1. INTRODUÇÃO
Na pecuária, a lucratividade dos sistemas de produção está diretamente
relacionada ao período de serviço e intervalo de partos (IP). A redução do IP aumenta o
número de partos e a produção de leite durante a vida produtiva da vaca. O intervalo de
parto de 12 a 13 meses traz benefícios econômicos, mas é difícil de ser obtido na prática
devido aos problemas de manejo associados ao ciclo reprodutivo da vaca (Schmidt,
1989). Com isso, o conhecimento e aplicação da biotécnica Inseminação Artificial (IA),
associada à administração de hormônios para o controle endócrino da fisiologia
reprodutiva das fêmeas, é uma alternativa para a solução do problema. Somando-se que
a difusão das biotécnicas contribui para incremento no melhoramento genético dos
rebanhos e, consequentemente, para o desenvolvimento do agronegócio da pecuária.
A inseminação artificial (IA) é uma biotécnica da reprodução que permite um
rápido ganho genético, sendo que durante as últimas décadas observa-se um aumento na
utilização da IA (gráfico 1). A detecção do estro é o principal fator que influencia a
eficiência de programas de IA em bovinos. As perdas de cio aumentam o número de
dias improdutivos dos animais, o intervalo entre partos, e diminuem o número de
bezerros nascidos e produção leiteira. Ao observarem esses efeitos, muitos fazendeiros
interromperam seus programas de inseminação artificial convencional, retornando a
utilizar a monta natural (Carrijo Junior & Lander, 2006).

ASBIA, 2007

2
O uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) tem aumentado
expressivamente no Brasil em decorrência das facilidades de realização dos programas
de IA a campo e dos resultados obtidos de maiores taxas de gestação.
O emprego de associações hormonais (progestágenos; prostaglandina – PGF2α;
hormônio liberador de gonadotrofinas – GnRH; gonadotrofina coriônica humana –
hCG; gonadotrofina coriônica equina – eCG; hormônio folículo estimulante – FSH;
benzoato de estradiol – BE) em protocolos de IATF induz a emergência de uma nova
onda de crescimento folicular, controla a duração do crescimento folicular até o estágio
pré-ovulatório e induz a ovulação.
A aplicação de estratégias para eficiência reprodutiva de fêmeas bovinas com o
uso da Inseminação Artificial traduz em aperfeiçoamento da biotécnica IATF, difusão
do conhecimento para a aceitação dos produtores, a fim de assegurar investimento em
biotecnologias que contribua para o melhoramento genético e, consequente, aumento de
produção.

2. CICLO ESTRAL
O ciclo estral em bovinos apresenta duração média de 21 dias e é regulado por
interações e antagonismos endocrinológicos de hormônios secretados pelo hipotálamo,
hipófise, ovários e útero. Esse período pode ser dividido em duas fases distintas quais
sejam: folicular ou estrogênica, que se estende do pró-estro ao estro, culminando com a
ovulação; e fase luteínica ou progesterônica (metaestro e o diestro) fase de maior
secreção de progesterona, que termina com a luteólise.
O ciclo estral de bovinos apresenta duas ou três ondas de crescimento folicular
(Ginther et al., 1989) e, eventualmente, uma ou quatro (Figueiredo et al., 1997). Na
emergência cada onda folicular, um dos folículos é selecionado, torna-se dominante e
continua o crescimento, enquanto os demais regridem e se tornam atrésicos
(Reichenbach et al., 2001). Um dos mecanismos essenciais para a divergência folicular,
início da maior diferença nas taxas de crescimento entre os dois maiores folículos da
onda, é a diminuição da concentração de FSH plasmático (Ginther et al., 1999). A
capacidade do folículo dominante de continuar o crescimento após o declínio da
concentração de FSH pode ser decorrente do aumento da biodisponibilidade do fator de
crescimento semelhante à insulina do tipo 1 (IGF-1) no folículo, da expressão de RNA
mensageiro (RNAm), do receptor de hormônio luteinizante (LH) e da expressão de

3
receptores de LH nas células da granulosa, que conferem maior responsividade ao LH
em relação aos folículos menores (Crowe, 1999).
Considerando as dificuldades inerentes à detecção de estro, que pode ser
considerada um dos maiores entraves a eficiência reprodutiva, tem-se desenvolvido
protocolos que sincronizam a ovulação pela aplicação de fármacos que possibilitam o
emprego da IATF, independente da manifestação de estro. Estes protocolos permitem
controle do desenvolvimento folicular e que a maioria dos animais expostos ao
protocolo ovule e seja inseminada em tempo determinado. Tais protocolos possibilitam
inseminar um grande número de vacas sem a necessidade de se implantar programas
intensivos de detecção de estro. .
A sincronização de estro, como biotécnica reprodutiva, surge como uma
ferramenta de manejo auxiliar para o aumento da eficiência produtiva e econômica da
atividade pecuária (Odde, 1990). Pela sincronização, o período de IA pode ser reduzido
de 21 dias para o mínimo de algumas horas, no caso da IATF, dependendo do método
escolhido (Bragança et al., 2004). Programas de sincronização de estro oferecem uma
série de benefícios, destacando-se: previsão do momento do estro e IA, eliminação da
necessidade de detecção de cio, redução de custos de mão de obra, concentração do
período de parição com consequente uniformidade de produtos, indução da ciclicidade
em vacas em anestro transicional, diminuição do IP, aumento do número de bezerros
nascidos, menor tempo de observação de partos e maior praticidade na execução de
programas de IA (Gregory & Rocha, 2004). Para isto, um protocolo de IATF deve ser
de fácil aplicabilidade, ter alta probabilidade de sucesso, ser administrado em curto
intervalo de tempo e ser viável economicamente (relação custo/benefício), sendo
fundamental que o programa de sincronização de estro e,ou ovulação seja capaz de
induzir a ciclicidade nas vacas em anestro, com boa taxa de concepção.

3. SINCRONIZAÇÃO DE ESTRO
A sincronização de estros é a biotécnica reprodutiva que permite manipular o
ciclo estral, com a utilização de substâncias hormonais. A diferença entre sincronização
e indução de estros é que a sincronização consiste em encurtar ou prolongar o ciclo
estral pela utilização de hormônios ou associações hormonais que induzam a luteólise
ou prolonguem a vida do corpo lúteo, ao passo que, a indução consiste em induzir o
estro em fêmeas que estejam em anestro, por meio também, do emprego de hormônios

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ou práticas de manejo. Assim, são processos distintos e aplicáveis a diferentes
categorias de animais (Moraes et al., 2001).
O primeiro sucesso na sincronização de estros foi relatado por (Christian &
Casida, 1948) e, a partir desta data, a pesquisa tem focado no desenvolvimento de
protocolos e produtos de sincronização. A utilização de protocolos de sincronização de
estro visa encurtar o período para ocorrência da primeira ovulação, por induzir o
crescimento folicular e posterior ovulação em fêmeas que se apresentem em anestro.
Vários protocolos são descritos na literatura, os quais apresentam resultados variáveis,
dependendo da condição sanitária e nutricional das fêmeas. Para a escolha do protocolo,
devem ser analisadas as condições individuais de cada rebanho, levando-se em
consideração as condições citadas anteriormente, além da relação custo/benefício de seu
uso (Moraes et al., 2001).
Os principais hormônios utilizados na indução do estro e/ou ovulação são
progestágenos e GnRH, os quais muitas vezes são utilizados em associação com outros
hormônios, como PGF2α (e seus análogos sintéticos), estradiol, eCG ou FSH. Estas
associações visam manipular tanto a dinâmica folicular como o corpo lúteo (Mapletoft
et al., 2000), aumentar a fertilidade do estro induzido e aumentar a precisão do
momento da ovulação e qualidade do oócito, quando se utilizam protocolos de
inseminação artificial em tempo fixo (IATF).
O crescimento dos folículos ovarianos nas fêmeas bovinas se dá em ondas,
geralmente duas ou três por ciclo. Cada onda pode ser dividida em 3 fases:
Recrutamento: quando vários folículos primários passam a se desenvolver
concomitantemente. Esta fase é dependente do FSH (Hormônio Folículo Estimulante).
Seleção e dominância: na qual um folículo cresce mais que os outros, tornando-
se dominante e inibindo o crescimento dos demais (subordinados). Esta fase é
dependente também do LH (Hormônio Luteinizante).
Ovulação ou atresia: O folículo dominante ovula após um pico de liberação de
LH. No entanto, se houver um corpo lúteo ativo, os níveis de progesterona estarão altos
(fase luteal) inibindo a liberação de LH (feedback negativo) e, então, o dominante entra
em atresia e uma nova onda de crescimento folicular se inicia. A última onda folicular
de cada ciclo culmina com a regressão do corpo lúteo (induzida pela prostaglandina F2α
liberada no útero). Com a diminuição dos níveis de progesterona, cessa-se a inibição
sobre o LH, que é liberado em pulsos e induz o crescimento final do folículo, a

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ovulação e posterior luteinização na formação do novo corpo lúteo. Este processo é
ilustrado nas Fig. 2 a 4.

Fig.2 -.Fases do crescimento folicular: recrutamento (dependente de FSH);


Seleção e dominância (dependente de LH); Ovulação ou atresia (na dependência da
presença o não do pico pré-ovulatório de LH; Fonte: TECNOPEC)

Fig.3 - Esquema de ciclo estral com 2 ondas foliculares. A primeira onda


culmina com a atresia do dominante por falta do pico pré-ovulatório de LH (fase
luteínica). A segunda onda culmina com a ovulação (fase folicular, baixa progesterona e
pico pré-ovulatório de LH; Fonte: TECNOPEC)

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Fig.4 - Esquema de ciclo estral com 3 ondas foliculares. A primeira e a segunda
onda culminam com a atresia dos dominantes por falta do pico pré-ovulatório de LH
(fase luteínica). A terceira onda culmina com a ovulação (fase folicular, baixa
progesterona e pico pré-ovulatório de LH; Fonte: TECNOPEC).
E Como Controlar as Várias Fases do Ciclo Estral?
Os programas de IATF se tornaram possíveis graças aos esforços de muitos
pesquisadores que descobriram métodos farmacológicos de controle de cada fase do
ciclo estral, em diferentes estágios do ciclo reprodutivo dos animais. Trabalhos
mostraram que é possível:
• Sincronizar a emergência de uma nova onda folicular, através da indução da
ovulação (GnRH) ou da atresia folicular (progesterona + estradiol).
• Controlar a duração da fase luteal, usando luteolíticos análogos à
Prostaglandina F2α ou simulando uma fase luteal, fornecendo progesterona por meio de
dispositivos de liberação lenta.
• Induzir a ovulação na fase folicular com GnRH, LH ou estrógeno.
• Induzir o crescimento folicular em animais em anestro, utilizando
gonadotrofinas (FSH ou eCG).

4. PRINCIPAIS HORMÔNIOS UTILIZADOS EM PROGRAMAS DE


IATF
4.1. Prostaglandina F2α
As prostaglandinas são substâncias orgânicas, biologicamente ativas, com
efeitos fisiológicos e farmacológicos no organismo, muito potentes. Ocorrem
naturalmente em muitos tecidos e situações biológicas. Inicialmente encontradas na
próstata (Von Euler, 1934 citado por Von Euler, 1973), daí o nome de prostaglandina. A

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maior parte das prostaglandinas seminais se origina das glândulas vesículares e não da
próstata, mas o nome original permanece.
Os efeitos das diferentes prostaglandinas (PGF) na reprodução dos animais
domésticos são amplos, atuando no desenvolvimento folicular, ovulação, regressão
luteal, implantação e manutenção da gestação, parto e fisiologia puerperal (Weems et
al., 2006). A PGF2α e seus análogos sintéticos são utilizados na sincronização do ciclo
estral das fêmeas domésticas devido à sua ação luteolítica, que é promover a
vasoconstrição seguida de uma cascata apoptótica. A PGF2α e seus análogos têm sido os
agentes farmacológicos mais utilizados nos programas para sincronização do estro em
fêmeas bovinas.
Nas fêmeas com a lise do corpo lúteo, o estro aparece a intervalos de cinco ou
mais dias, o que torna impraticáveis os programas de inseminação e transferência de
embriões em tempo fixo (Bó & Baruselli, 2002). Esta variação no intervalo da aplicação
da PGF2α ao estro e a ovulação é decorrente do estado de desenvolvimento dos folículos
no momento do tratamento. Dessa forma, se o tratamento for realizado quando o
folículo dominante está na fase final do seu crescimento, ou no início da sua fase
estática, a ovulação irá ocorrer dentro de dois a três dias. Por outro lado, se a PGF2α for
aplicada quando o folículo dominante estiver no meio ou no final da sua fase estática, a
ovulação irá ocorrer cinco a sete dias mais tarde, após o crescimento do folículo
dominante da próxima onda folicular (Kastelic & Ginther, 1991). As grandes variações
no intervalo do tratamento à ovulação, além do manejo da detecção de estro, reforçam a
necessidade de protocolos destinados a controlar tanto a fase luteal quanto o
crescimento folicular e a ovulação, para aumentar a eficiência reprodutiva nos rebanhos.
Alguns resultados (Cruz et al., 1997) sugerem que a PGF2α pode exercer efeito
na ciclicidade por causar a liberação de LH, independente dos níveis de progesterona, e
que a administração de PGF2α 30 horas antes do GnRH aumenta o efeito de indução
deste na liberação do LH e resposta ovulatória.

4.2. Progestágenos
A progesterona é o progestágeno natural mais importante secretado pelas células
luteínicas. Assim como os estrógenos, é derivada do colesterol, sendo também secretada
pela placenta, testículos e córtex adrenal, em pequenas quantidades.
Grande número de progestágenos sintéticos tem sido utilizado na prática como:
acetato de medroxiprogesterona (MAP); acetato de clormadinona (CAP); acetato de

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melengestrol (MGA) e acetato de flurogesterona = clonolone (FGA), bastantes eficazes
como sincronizadores de estro e para aumento de peso em novilhas. O MGA inibe a
ovulação, mas permite o crescimento de folículos ovarianos.
A progesterona e sua associação com outros hormônios estão amplamente
utilizadas no tratamento do anestro pós parto em bovinos, com resultados variáveis na
indução de estro. Os resultados variam de acordo com o tipo de progesterona que é
utilizada e com o tempo de tratamento (Nation et al., 2000; Perry et al., 2002; Stevenson
et al., 2003).
A administração contínua de progesterona por 5 a 9 dias inibe a liberação de LH
e, quando há a interrupção de seu fornecimento, é desencadeada uma onda de LH capaz
de induzir o crescimento final do folículo pré-ovulatório, culminando com a ovulação
(Moraes et al., 2001), e a administração de estradiol aumenta a resposta de expressão de
estro (McDougall, 1994). Assim, o tratamento com progesterona aparentemente
sensibiliza vacas em anestro em resposta ao nível folicular de estradiol. A utilização de
progesterona no tratamento do anestro pós parto tem proporcionado resultados
superiores aos obtidos com MGA, principalmente por diminuir a ocorrência de corpos
lúteos de curta duração após o tratamento de indução de estro (Perry et al., 2004).

4.3. Estrógenos
São substâncias derivadas do colesterol e seus precursores imediatos são
androstenediona e testosterona. Vários estrógenos são secretados pelos ovários dos
mamíferos: 17β-estradiol (E2), estrona, estriol e outros. O LH estimula as células tecais
do folículo que secretam testosterona, que é convertida em estradiol nas células da
granulosa por ação do FSH na síntese da enzima aromatase.
Os estrógenos são secretados pelas células da granulosa, no folículo em
desenvolvimento e maduro e no corpo lúteo (células luteínicas), placenta, testículos e
pequenas quantidades na córtex adrenal. Como os demais esteróides, os estrógenos não
são armazenados na glândula, mas rapidamente utilizados ou degradados no fígado,
conjugados com sulfatos inorgânicos ou com ácido glicurônico e eliminados na urina.
A utilização do E2 em programas de sincronização de estro e ovulação está
relacionada com sua habilidade em induzir o surgimento da onda pré-ovulatória de LH,
luteólise durante a fase folicular e atresia folicular (Bó et al., 1993; Lammoglia et al.,
1998).

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A aplicação de estrógenos causa, inicialmente, supressão da secreção tanto de
FSH quanto de LH (Martinez et al., 2003), levando a atresia dos folículos. Segue-se a
liberação de um pico de FSH e, consequentemente, o recrutamento de uma nova onda.
O intervalo da aplicação do estrógeno e do recrutamento da nova onda depende da dose
administrada do estrógeno, variando em torno de 36 a 72 horas (Martinez et al., 2005).
O desenvolvimento de uma nova onda folicular ocorre em torno de quatro dias após a
aplicação do E2 e depende do reaparecimento do pico de FSH (Bó et al., 1993). Na
ausência de progesterona, o E2 induz liberação de GnRH e LH e ovulação do folículo
dominante em 36 a 72 horas, dependendo do éster de E2 utilizado.
Diferentes ésteres de E2 vêem sendo utilizados para a sincronização do estro. A
maioria é utilizada como solução injetável, como o valerato de estradiol (VE), benzoato
de estradiol (BE), cipionato de estradiol (CE) e E2 (Bó et al., 1994; Murray et al., 1998).
A maior diferença entre esses compostos é a meia-vida após a administração. A duração
da meia-vida é maior em ordem crescente: E2, BE, VE e CE. A administração de uma
única injeção de VE (5 mg) resulta na elevação da concentração plasmática de estradiol
por um período de cinco a sete dias (Bó et al., 1993), sendo que uma única injeção de E2
(5 mg) resulta na elevação plasmática de estradiol por apenas 42 horas (Bó et al., 1994).
Estas diferenças promovem mudanças referentes ao protocolo de sincronização
estabelecido (Lopez, 2005). Os estrógenos de longa duração promovem o surgimento de
uma onda folicular muito variável e ainda estão ativos no momento de induzir a
ovulação durante o protocolo de IATF, por isso o éster de estrógeno mais utilizado é o
BE. Colazo et al. (2003) ao procederem análise comparativa do CE com o E 2 e BE,
observaram que o CE foi menos eficaz em sincronizar a emergência da onda e ovulação,
sem, repercutir na taxa de gestação. Lopes et al. (2000) relataram sucesso na utilização
do CE em protocolos de IATF.

4.4. Gonadotrofina coriônica eqüina


O hormônio gonadotrofina coriônica eqüina (eCG), também denominado
gonadotrofina do soro de égua gestante (PMSG), é uma glicoproteína produzida pelos
cálices endometriais de éguas, entre os 40 e 120 dias de gestação (Ginther, 1979). Cole
e Hart (1930) foram os primeiros a demonstrar a substância gonadotrópica no soro de
égua prenhe. Allen e Moor (1972) demonstraram que os cálices endometriais que
produzem eCG são de origem placentária, daí a derivação do nome gonadotrofina
coriônica equina (eCG). Em relação a outros hormônios gonadotróficos, o eCG

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apresenta a singularidade de possuir atividade folículo estimulante e luteinizante na
mesma molécula (Papkoff, 1974). O eCG em virtude da sua estrutura, reage muito bem
com receptores de LH dos folículos e do corpo lúteo no ovário de fêmeas bovinas
(Stewart & Allen, 1981).
Uma alternativa para aumentar taxas de prenhez em programas de IATF em
vacas em anestro pode ser a adição de 300-500 UI de eCG no momento da remoção do
implante de progesterona (Roche et al., 1992; MacMillan & Peterson, 1993; MacMillan
& Burke, 1996).
A eficácia da inclusão da gonadotrofina coriônica equina (eCG), em protocolos
de sincronização de estro, é devida ao seu efeito folículo estimulante (similar ao do
FSH). Experimentos comprovaram que a administração 300 a 500 UI de eCG, em
protocolos de IATF, estimula o crescimento folicular até o estágio pré-ovulatório,
aumenta a taxa de ovulação e, consequentemente, as taxas de prenhez nos programas
(Aleixo et al., 1995, Bó et al., 2003). Entretanto, o eCG é uma proteína de alto peso
molecular, extraído do soro de éguas prenhes, passível de provocar reações
imunológicas (formação de anticorpos), quando utilizado repetidamente. Neste caso, os
anticorpos se ligam ao eCG, anulando seu efeito.
Chupin e Saumande (1979) avaliaram tratamento para o controle do ciclo estral
com baixa dose de eCG. Esse tratamento consistiu de implante de progestágeno por
nove dias, com uma injeção de 5 mg de valerato de estradiol no começo do tratamento e
0,5 mg de análogo de prostaglandina dois dias antes da remoção do implante. No
primeiro experimento, 500 UI de eCG foram injetadas dois dias antes (n = 61 vacas) ou
na remoção do implante (n = 62 vacas). Os índices de prenhez foram altos e similares
nos dois tratamentos (67,2 e 67,7%, respectivamente), com uma percentagem maior de
gêmeos no grupo que recebeu o eCG dois dias antes da remoção do progestágeno. O
efeito do dia da aplicação de prostaglandina, relativo ao do eCG, demonstrou que a
eficiência da aplicação do eCG dependeu da duração da estimulação. Esses autores
compararam o tratamento hormonal anteriormente descrito com o tratamento de eCG e
um análogo de prostaglandina em vacas da raça Normanda amamentando. Em ambos os
casos, o eCG (600 UI) e o análogo de prostaglandina foram aplicados juntos.
Observaram maiores taxas de ovulação (avaliadas por palpação retal), no caso da
aplicação em conjunto dessas substâncias, nos dois dias anteriores da remoção do
progestágeno.

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4.5. Hormônio liberador de gonadotrofinas
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) é um decapeptídeo produzido
no hipotálamo. Esse hormônio hipotalâmico é liberado de modo pulsátil e, na fêmea, a
sua freqüência e amplitude variam durante os estágios reprodutivos nas diferentes
espécies. Há ainda alguma dúvida sobre se o GnRH controla LH e FSH, porque a
síntese e liberação do LH são muito mais responsivas ao GnRH do que a síntese e
liberação do FSH (Valle, 1991; Swenson & Reece, 1996; Santos, 2002).
A administração de GnRH eleva a concentração de LH na circulação periférica
dentro de 2 às 4h (Twagiramungu et al., 1995). O GnRH promove a ovulação ou a
luteinização do folículo dominante se este estiver em sua fase de crescimento ou no
início de sua fase estática (Martinez et al., 1997). A resposta folicular frente ao
tratamento com GnRH deve-se a liberação de LH.
Protocolos de sincronização de estro que utilizam GnRH para iniciar uma nova
onda de crescimento folicular ou, principalmente, promover a ovulação de um folículo
dominante no momento da IA ou antes, têm sido desenvolvidos para gado de corte e de
leite. Quando administrado em estágios aleatórios do ciclo estral, o GnRH determina a
ovulação do folículo dominante com mais de 9 mm ou a sua atresia, e induz a
emergência de uma nova onda de crescimento folicular dentro de 2 a 3 e 1 a 2 dias em
vacas e novilhas, respectivamente, após o tratamento (Bragança, 2007). A aplicação de
GnRH (100µg) promove a ovulação em cerca de 85-90% das vacas e 56% das novilhas
(Pursley et al., 1995).

PROTOCOLOS DE IATF - TECNOPEC

1) Protocolo IATF Tecnopec - Vacas Leiteiras de Alta Produção

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Indicações deste protocolo:
• Animais com média condição corporal (2,5).
• Animais com intervalo pós-parto maior que 50 dias.
• Animais com presença de CL, o uso do Folltropin ou eCG é opcional.

2) Programa IATF Tecnopec - Vacas Leiteiras Cruzadas

Indicações deste protocolo:


• Vacas leiteiras com produção menor de 20 Kg/dia.
• Animais com média condição corporal (2,5).
• Animais com intervalo pós-parto maior que 50 dias.
• Animais com presença de CL, o uso do Folltropin ou eCG é opcional.

3) Protocolo IATF Tecnopec – BE no D9 – Vacas de corte

Este protocolo é usualmente indicado para gado de dupla aptidão (corte e leite),
com fêmeas na fase de lactação e para fêmeas cruzadas leiteiras. Durante a produção de

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leite, há um maior fluxo sanguíneo pelo fígado e consequentemente ocorre uma maior
metabolização hormonal hepática. Com isso, recomenda-se o uso do RIC-BE® 1 dia
após a retirada do Primer®, para permitir que o aumento nas concentrações de
estrógeno, responsável pela indução da ovulação, ocorram na ausência de progesterona
circulante.

4) Protocolo IATF Tecnopec – BE no D8 – Vacas de corte

Programas de execução simples, exigindo menor mão-de-obra e que provoquem


menos estresse nos animais são requisitos importantes para viabilizar o programa IATF
em condições de campo. A aplicação do Benzoato de Estradiol (RIC-BE®) na retirada
do dispositivo de progesterona (D8) diminui um manejo, ou seja, os animais são
fechados no curral uma vez a menos, que os programas mais usuais.

5) Protocolo IATF Tecnopec – GnRH no D10 – Vacas de corte

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A indução da ovulação com Gestran Plus® (GnRH) é rápida e eficiente,
permitindo sua administração no momento da IA e também diminuindo uma passagem
dos animais pelo tronco, durante os protocolos IATF. A Tecnopec comprovou sua
eficácia também na associação com RIC-BE® (Benzoato de Estradiol). O uso dos
estrógenos, ao final dos protocolos, facilita o processo de inseminação, em especial nas
fêmeas primíparas, e a sincronização das ovulações ocorre de forma mais precisa com o
Gestran Plus®

6) Programa Tecnopec – Sêmen Sexado


Os resultados de programas de IATF com sêmen sexado ainda têm se mostrado
inconsistentes. Uma alternativa seu uso em programas de sincronização, é o uso de
protocolos mistos, no qual se realiza a sincronização folicular, porém sem o estimulo
final à ovulação, que ocorrerá naturalmente. Neste caso se faz necessária a observação
de cios. Os animais que não apresentarem cios até 54 horas após a retirada do
dispositivo podem ser inseminados em tempo fixo com sêmen não sexado de baixo
custo administrando junto uma dose de Gestran Plus®
Esse tipo de protocolo também pode ser utilizado para se aumentar a eficiência
de uso de doses de sêmen de alto valor, diminuindo as perdas de sêmen (alta taxa de
concepção), porém comprometendo um pouco a taxa de serviço (o que pode compensar
pelo alto custo das doses).

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ESTRATÉGIAS PARA INCREMENTAR A TAXA DE CONCEPÇÃO À
IATF:
Estratégias que visam melhorar a taxa de concepção em vacas leiteiras e que
podem ser utilizadas concomitantemente à IATF, pois podem incrementar os resultados.
Deve-se, no entanto, avaliar o custo benefício das técnicas dentro da realidade de cada
propriedade.
• Aplicação de análogo de GnRH, 7 dias após a IA.
Esse manejo induz a ovulação do folículo dominante da 1ª onda de
desenvolvimento folicular, que se inicia 1 dia após a ovulação ocorrida na IA. Esse
manejo gera um corpo lúteo acessório. Aumenta a produção de progesterona, podendo
melhorar as taxas de prenhez, por diminuir os índices de perda embrionária.
• Suplementação alimentar com Ácidos Graxos Omega 3.
A ingestão de 10 gramas/dia de ácidos graxos Omega 3, durante o período
reprodutivo, melhora a taxa de concepção na IA, diminuindo o índice de perda
embrionária, motivada pela regressão precoce do corpo lúteo. Os ácidos graxos Omega
3 mudam a cadeia de degradação do ácido Araquidônico, resultando em Prostaglandinas
do Tipo E (ao invés de PGF 2α), que não são ativas na lise do corpo lúteo.
• Administração injetável de estimulante hormonal desde a parição até o início
do protocolo de IATF.
Pode estimular a eficiência das glândulas relacionadas com a reprodução,
podendo levar à maior síntese e liberação de hormônio liberador de gonadotrofinas
(GnRH), hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante.
• Administração de rbST (Somatotropina recombinante bovina).
Eleva as concentrações plasmáticas de IGF-I e de insulina, exercendo efeito
sobre maturação dos ovócitos por efeito direto ou pela estimulação das células da
granulosa, além de poder agir nos estádios iniciais do desenvolvimento embrionário.
• Administração de flunixin meglumine no momento do reconhecimento
materno da gestação.
Inibe a ciclo-oxigenase e, portanto, impede a conversão do ácido araquidônico
em PGF2α.

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Em vacas de raças européias ou sintéticas (corte e leite), devido às diferenças no
metabolismo da progesterona em relação aos zebuínos e cruzados, recomenda-se utilizar
o PRIMER® por duas vezes. Existindo a possibilidade da 3ª utilização somente em
novilhas, ou vacas secas que são animais com metabolismo de progesterona mais lento.
Recomenda-se para a reutilização do PRIMER®, após sua retirada da vaca
sincronizada, lavá-lo em água corrente, retirando todo o muco e colocando-o em
solução de Kilol ou Amônia quartenária por 10 minutos. Secar os dispositivos na
sombra e guardá-los em sua própria embalagem, até nova utilização.
• Não trabalhar com animais em condição corporal muito comprometida ou
com balanço energético negativo intenso (perda de peso).
• Mesmo nos melhores programas, o efeito da nutrição e da condição corporal é
sempre significante.
• Tomar os devidos cuidados na manipulação e aplicação dos hormônios.
• Mantê-los em local refrigerado mesmo durante o manuseio no curral, utilizar
seringas pequenas (1 a 5 ml) e agulhas finas (40x12 ou 30x8), para um melhor
doseamento e para evitar o refluxo.
• Usar somente uma agulha para retirar o produto do frasco, evitando
contaminações.
• Utilizar uma planilha para controle das aplicações. Todos os animais devem
passar por todas as aplicações, uma falha em uma aplicação significa perda de prenhez
do animal. Muitas falhas comprometem o resultado final.
• Uma sugestão de planilha pode ser observada na tabela abaixo. Note o espaço
para anotação da condição corporal e intervalo pós-parto. Estes dados ajudam a
entender o resultado final e realizar correções em um próximo programa, caso seja
necessário.
• Descongelar o sêmen conforme as instruções do fornecedor. Deixar uma
pessoa exclusivamente para descongelar e montar aplicadores, para ganhar agilidade.
• Não estressar desnecessariamente os animais nas aplicações e na IA.

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*ECC = Escore de Condição Corporal (avaliação 1 a 5)
* Diagnostico Prenhez: P= prenha (+) ou V= vazia (-)
* Na coluna de manejo, marcar com um "X" a vaca que recebeu o tratamento daquele dia
* No protocolo de 3 passagens inutilizar a coluna do 3º manejo

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