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Economia e sociedade de mercado ‘v J
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(o mercado e o cobtratO)^ K - , • n ' t,
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1,s 1 ^ 7 7 9 Capítulo 3 , *' ' 1 jI 1’(' / *r t t
'j 1 . Q ftoyo coirtêrcio õu a sociedade civil
, 1 ' como mercado , " - - '
1 1‘
• ■' ’ " 1 0 7 Capítulo 4 , ^ ■1
\ A desterritorialização da eeonomiá
v ' * . i
Capítulo 5
O Estado-nação e'o mercado
r , l 6 7 Capítulo 6
Paine, Gbdwin e o liberalismo utópico
Capítulo 7
Hegel, tía mão invisível à astúcia da razão
, 2 Q 9 Capítulo 8
.
,-iMarx■ re a inversão
'• ■.V- ,
do liberalismo
' - . X . - ‘I V. \ t- .
2 6 5 Bibliografia ,
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pensar ó Uberatemo
16
peoèar o liberalismo
CjiUtabro de i$ m
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primeira parte ^
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do social nos
séculos 17 e 18
Y -m y m ,
a aritmética das paixões e a •■■■•
instituição do social
( pm ' a - ____
' Hob$esé3tá mujtò fíróxjpo de Maquiavéí nessé porto.
Corno 0 ultimo', "ele deduz s^doutrinafda observação _
.de casos extrehao^; é. spbrç a experiência da guepa civil
que ftirtdâ áçu pensaiíientó sobre o.dstado.de natureza. _
æ pensarhehtxi , tem uma difejfençã fundamentai
Eáquiavel, sobrirá qual vqltarémos a falara ele
ctesloçapara oestado (te fiqtuteza oqùëM&qufcwel des-\
cheveu na sqcíèdade civikéòt isso, nèdui a intefrogáçâo,
maquiavélica sobre o poder e a política ao preciso mo
mento de instituição da Sociedade.
t Párâ Hobbes^ “o estado dd& hòmepá na .jib^dádé
nâtyrâKé; pOitânto, estadò de guepa (je Cbrps poHtiqug,
l|ë partie', eh. I, f 11). Nãp é a razão que permite superãr
•esse estado de guerra; ele sé pôde spí superado para in$q
títüir nqmf mesjmófinavimèrtdt a socjedáde e„a paz,pelá
' força deum á'paixã'0 aírtdk mais poderoèa. iEsáa páiXâo
cpmpensadora e salvadonq è aos séus olhòs o ttied&da >
:mortè <3Ma desejo dé cot^rvàçãq. É O “dfsejo natural de
>-:,se Gtínservajr’’^què plerinj^e^fundar a soÇiédade. Po^ temer
não poder se conservar porfnutó tempo sem ela, ds ho- „
mer -fôrmaram os corpos políticos. Ao formar um cprpo
pdlidcQ, instituem1d-paz civil que é a corídiçãoparaá sp-
bre^ivênciá de cada um: “a páixão pela qual nos encarre
gamos de nos acomodar aos interesses dos outros deve
sera causá da pai” (le Çorjpspolftique, ire.partie, ch. III, §
' 10). Mas essa paz não pòde ser garantida.somente pela'
paixão de Cada qm pela sua própria conservação. Deve
ser instituída e garantida: para isso o único meio é estabe^
íecér “um poder superiorè geral que possa còhstranger os
particulares a guardar entre eles a paz estabelecida.e unir
suas forças Contra üm inimigo comum” (le Corpspolitiqve,
Ire partie, ch. IV, § 7). ‘
a tfuestão da instíttnçáõ e êà refflilaçfto QÒaoàal nos séciltos 17 e 1.8
' r* * v ,1 - ; -> ^ r^ 7
O objetivo do pacto social é “Cada'um^$e tíbriga ‘
pof uln còntíato explícito e pèfmite a um homem ou a
uma assembléias feita e 1estabelecida, pof um comum
.cbnsentidienlo de tódos, fazer ou «JeíXãrííe -fazèr o p u £
éstè hòmeth, -Ou esta assembléia, ordenarábu proibjrã”
(Le CotpspoUtique, Ire partir,'ch VI, § 7).
O pacto sóciai é portanto necessariamente; e
nüth úhicQ movimento, um pacto de Submissão e ~üm
pacto â ê associação;-^om efeito, umà convenção erttre
os- hròmens não seria suficiente para tç>cnar -o acordo'
eonstanté e ydurâvd. Deve haver, portanto, “uní poder
comum qué o s mantenha juritos e dirija suas afeóes, teq-r
do em vistà uma Vantagem éomum”^ Em uma paiavçaí ^
. ó desejo de se, conservar só é mutuamente garantido»
pdfo medo. . .• '■> ' -c 1 - ■ • c' '
': Hobbfes expHca isto longahtente no Leviütã: *‘Q *
Pplco modo de erigir um tal poder çorhum, apto para
défender as pessoas; do aíaque dos estrangéiroS f llòS'; ;
males que poderiam causar umas as outras (...) é con
fiar todo o seu, poder a um único homem, ou a Uma ,
única assembléia, que possa reduzir todas as voftta-
.des, pela regra da maioria, a'um a só vontade. Isto '
eqüivale dizer: designar um homem, ou uma assem- -
bléia, para assegurar as suas personalidades .(...). Vai
além do consenso , otí da ephcofdâ^ciá: “tíatà-^e dé 1
uma unidade real de todos numa só e mesma pessoa, ‘
unidade realizada pof uma Convençãocle cada úm -
com cada uift, passada de tal modo que é como se
cada um dissessea cada um: áutorizo e ^ e homem, ou
essa asséilibléia^é concedo-lhe mep direito de gover
nar a mim-mesmo, desde que você abandonè o seu di- '
reito e que autorize todas as áçpes da-hfêsm^niane^
ra. Feito isso, a multidão assim unjda n q m a® pessoa?'
é chamada de yma república, em latim çimtaS. Assim
é que se dá a'geração desse grande Leviatã, ou para
falar com mais referência, désSe, deus qual
capítulo 1,
31
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ciáveis,' mas p ão pretende'gue nos esqueçamos dê nós
mesmos. Ao contrário,' b propósito da sociabilidade é
que, por meio de iam comércio de auxílios e de servi-.
Çoé, cada um .possa mèlhor realizar os seus próprios in
teresses’ (jDroiLdè la nfltyre et des gens, 1.1, livre íí, ch.
U I, § 18, p. 229)VO intèresse é para Puferdorf uflaa con-
Seqüência positiva dessé-desejo de conservação, princi
palmente negativo pãfa, Hobbes. -‘
A instituição dá, Sociedade, precedente à do go-
Verno, repousa assim sobre uma dinâmica do interessei
e não mais sobre 0 medò. Essa concepção da soçieda-
‘ de desempenha aliás um papel importante para explicar
o sucesso de Pufendórf. Anuncia autores como Helve-
tius ou La-Rochefoucaud, e m esm a Adam Smith, como
veremos. ' ' -■ ’
As teorias absolutistas de Hobbes e de Pufendórf
parecem sumarias sob rrítiitqs aspectos. Mas, não se
devè espuecer a dimensão pqlêmica de.suás opras. O
combate que reali3aran| eátflVa pnoritãriamente centra-
-do corttra â doutrina do direitp divino e tinham como
preocupação, maior,, libertár deflnitíVamente á ciênçià
política das suas tunarrasçom a teologia pela teoria do
contrato social, a o pensar a auto-instituição da socieda
de como diferença em relação a um-hipotético estado,
33
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capítulo,!
36
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a questão da intòtuição e da regulação do social nos séculos 17 e 18 '
J. ' . .. * « ,.i . ^ ■. ■. *■- v j I - I ‘' y ' - ' ' .
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rior. ôtr sefa, sem auxilio mútuo, satisfazer as necessida
des- que àãó lirnitadaspelàs suas próprias forças.
A segunda é qtíe atribui à sociedade çivil as teo
rias do direito natUral que Hobbes e Pufendorf tinham
sitúadb no- esfado de natureza, Reconhece o estado ,de
guérra,m as o ooncebefcomo uma característica aa so-
ciedád&eivil. .“Q erro de HobbeaT, escreve, “não é por
tando o de ter estabelecido o estado de guerra entre os
hotnens que se 'tornaram independentes e Sociáveis;
más de ter suposto que esse é um estado natural da es
pécie, e de ter lhe dado a condição de causa dos ví
cios quando eîe é o efeito” {M anuscrit de Genèbe, livré
I, ch. II, p. 288). Rêtóma paralelamente as concepçóè^
de Pufendorf sobre à sociabilidade e as de Lockfc so
bre a propriedade, sittíando-as1na sociedade civil^Trá- ■ ’
tá-se .de um deslocamento capital que permite" eXpkè^r
(cf, capítulo seguinte) o” modo pelo- qúaj o jovem
Adam^Smith leu Rousseau e notadamente seu £Hscdit]
$ò sobre a Desigualdade, -
A instituição do social ppto,pòMcd assumíè aásim
um sentido particular para RousseàuVEle CQUàiaera, hão
o contrato social combler .
ciedade, mas como um irieio què permitç ao homem ga
rantir su'a liberdade ameaçada.no estado denatureza^d
por isso ele rejéita o pâcfo de subttósèãp como! áliena*
ção da liberdade); mais profundamçrite ainda» o consi
dera como uma necessidade engendrada pelas primei
ras relações entre os homens. O contrato está mais liga
do à questão da regulação dò sòçiaf quq à.instituição dó
social. Para Rousseau, o contrato social pode até mes-
mo ser considerado çornó o produto de uma crítica da
sociedade çivil. Este aspecto, do &eu pensamento não é
sèmpf^ fácil de.discerriir, na medida em que é» sobre d.
terreno de uma,-crítica das concepções antepores do
pacto social, sempre concebido cpm o'de passagefn do
estado de natureza à sociedade, civil, q,ue Rousseau de- '
AN
capítulól
laeconomia
como realização
da política ;
(o mercado e
o. contrato)
huirte e smith, filósofos do século. 18 .
.49
capítulo 2
, s ~ r- ' V' ^ , C *.
Fizemos esse recuo no pensament?) de Ffuitie, ríão
s á forque çssa npção de simpatia continuará a. fundar
sua filosofia, mesnio -quando desefvVplvefà teoria d á irt* ...
teresse-rípcessidade, ,inas„ sobretudo para lembrar que
Adam Smith escreverá sua Teoria dos SefttiMgntoéfâlorais
a partif de, idéias intuito amplamente compartilhadas ,ira
stiá, época. Sabe-se! éom fefeitty que o primeiro cápítulp,
dêssa obra se itititula Da stíripatía. Nos seus desenvolvi*
mentos, Smith se inspira largamenté nas teorias de Marí-
deville è de Humèvque era.um dqs seus amigos (foi até
mesmo o executor do seu testamento). Se Smith julga,
Mandevillè algumas vezes chocante na sua exprèssãó;
não faz coro, por outro lado, com a opinião de todoà
aqueles que este último escandalizou. Como justijménte
ríotpu Élie Halévy, Smith retoma de fato a doutrina dp
MandèviHe, más a expõe “sobtim a foqna não mais pa-
ràdqxal e literária^tms racional e científica” Q& Fôrma?
: H cdidüi^icalism èphihsóplnqüe,^ 1, p. l6l2). ,De rdstõ,.
isso fará o sücesso considerável da obra. ,
,\i Uy Çorn a Jeo ria dos Smtimentos Morais, Adam
Smith, aHméntava, com efeito, grandes, ambições filo
sóficas. Cpttcebia seu livro, até mésmo explidtamente,
como um tipo de ^rremáte da filqsofia moral,. Falando
de Hobbes Pufendorf e Mandeville, escteve significa
tivamente: “A idéia de que dela se aproximaram sem
poder compreendê-la distintamenjie, é a idéia dessa
simpatia indireta que experimentamos por aqueles
que receberam algum bçnefício, om sofreram algum
mal; é em direção a esfea idéia que marchavam confu
samente, quando diziam que não é a lembrança do
que ganhamos,ou sofremos que determina nosso re
conhecimento ou desprezo pelos herbis o celerados
que nos precederam, mas à concepção e a imagem
das vantagens e das misérias que experimentaríamos
se tivéssemos de vivm cõm eles” FThéoríej7* partíé,1
ch‘. 1. section III, p. 372). \
, Áo. formalizar a nocàoW sim rotW Sm fthlncpn-
tra assim um fundamento natui^gé^ora&iii^arf&ai sem
tgr çlè j-ecorrer ao rpolftiòo, cornó RousSêau, ou ao legis- .
* líidbr, com o Melvetius e sobretudo mafe tarde ÍJenthanE.
, (que ehfcáma nésse sentido a filosofia1“utilitarista cia
identidade artificia} dós interesses).
1 ’ < v Mas essa t^òria da simpatiaencoritra. úma grande
parte da sua validade^ no .fato de tfúe é acqntpanhada
por üma certa apologia da,fnigalidade,Xípicà da sçottish
enlig^fenment. dõ século 18. “O estpmago do riço” es-
tíreve, “nâp é proj^rciPnal aps seuS desejos e não pode •
tarifei. t a k f o qyé p,- '
. 211). Góncepção que faz lembrar >a de Rousseau sobre
a. limitação e a relativa igualdade das .necessidades no
estado de nafurezai Para Smith, com efeitp, o rico so
mente pode ConsumlrcpisaSmelhores ê mais' fafás, mas
. não pode consumir yma quantidade maior do que o/põ- .
bre. Esse aspecto do seu pensamento, que tem sido frè-
, qüenterijente elidjidd em/hümercfâòs/ còmtehtários, de-
/•semperiha de fato um papel rriuito importarít£. Pàra
Smith, a , frugalidade, é um instrumento de moderação
. das paixdesè de regulação da vida social. Essa coricep-
. ção'de frugalidade lheperm itedesenvqlver sua tporia
fundamental da igualização relativa dos 'interesses e dàs
necessidades, que exprime numa célebre passagem ser
>guinte, àà^ Teofiq dç& Stypmentos Moxais; *uma mãd in
visível: parece forçar (os riçps) â contribuir pára a mes-
ma distribuição ;das coisas nécegsãriâs à vida que teriã
tido lugar .se as [terms tivéssem sido dadas em porções (
; iguais a cada um dos seus habitantes; e, assim; sem ter
a intenção, sem' mesmo saber, o rico s^rve aò interesse
52
W, 'ífez,
a economia eomó realização da política Xo mercado e o contrato)1
ck? arnor ç dã
" ■ ^ Y J. . ***
5. Pálamos de Conceito de mercàdo na medida em quo-tele re
sume, a nosso ver, a ideologia econômica m odela,; Tomo ;
'// mostraremos mais adiahte.' .■ ■ • ••
a eeonoHtia como realização dtfpolftica (o mercado e ©contrato) ,!
« \ ? ,, ' \ 'V ^
goes e a qufestaó çlb fuhdaméntoída obrigação no pac
to social. Alénü xiisso, permite pensar ènx, termos nóvos
a questão da instituição dp-soçiab ' ' ^'
, .1. O coa^itQ dgfflerçado permite tratar de am a
nova.maneira a guerra^e-a-eggentre as nacõés. C om “
efèitò, riã maktf paite dõ$ autores dos sécutos'17 p Í8 -
.a paz,entre as nações só podè ser çompreéndida com
os conceitos qiíe permitem pénsar a' paz civil,1Isto é
particularmente notável em, Hobbes. ,Se o pacto .social
instaura a paz oÍvil,; não garante de modo-áigum a paz
entre; asínações.\ Além do ma*?» há ;em Hobbes upaa
contradição entre q direito natural’ çla própria conser
vação,1sobre a qual sé funda o pacto social; e -a fide
lidade ao Estado em caso de gyerra que -implica a ,
acéitação de colocar a própria vida em périgo. Hob-.
bes destrói, assim todo fundamento m o ra l4a idéia >4év•
defesa nacional. É paradoxálmente obrigado a réçor-/
rer à lei da honra para' resolver 'esta dificíildade. Ná;-f.
reglidade, sua filosofia só seria verdãdeiramepte coç-
rente se a guerra fosse colocada fora da lei pelo está-/
beíeciiÈ^tO ;4e: üm Estado mundigl. De um ponto de
v^ta : difèréritèj, Marideville et Helvetiusr 'enfrentaram o
mesmo, tipo de dificuldade. “Um bom governo pode
mantér á trãríqüíli4ade interior numa sociedade”, ob
serva Mandevílle, “mas ninguém jairfais poderá asse-'
güraf ^ páz e4eri,0r? Ci» Fable dès AJmlles, remarque '
R, p. 160) Do mesmo modo, Helvétius fèconhecia que ,
“as. idéjas de justiçar consideradas dë naçât> a ngçào
ou de particularaparticular, devem ser extremamente .
diferentes!’ (.Be l’Esprit, discours troisième; çh. IV, p.
132). Vê como única solução deste problema o desen
volvimento de “convenções gerais'” e de ^comprome-
timentos recíprocos” entre as nações; faz referência, a r
este respeito, às teorias do padre de Saint-Pierre, .ex
postas eín sudM èm & riápafá d a ra p a z perpétua a Eu
ropa (1712). Mas este esboço de uma doutrina da se-
gufapça troi^iy^-eriire aá' .naçoés qüé f
toíalrríente utópícanã sua èpócar
' *' ,'v A superiorjdadeáa íd^Ogià^econÔmicâ se ^ dé
" ' gico desse problema, “D,o ponto âe Vftta, do èomérriof ' ”
• 'Ç oríiyodo inteiro é apenas uma unica nação oü ufti uni- ■
y C9, poyp, no interior d o qual as naçdes são como pes-
' „ soas",^escrevia já ’em lí&t Sit .Dudley North nçis seus
lí?
{' .Discourses upon trade b p e antecipam ã$ teqrias çcpnô-
' micas qlteiríQfefe sobtç q efeitò.d^ destetritaríaJização tía
- ‘ ' eçonoqua.dSssé jtílgamçnco tornou-se largamente partí-
111} lhado:ho século IÇ.Sqbre essa base numerosós autpres
7 desenvolverão o tema das, “armas- da paz", ainda hoje"
mditp tãvo; :Montósqui®q/esefeveráV«por ékemplo, qqe ■
*’ “o efeito natural do comércio é d e levar à paz" -(Esprit ,
■des Loís., 5&, 2, p. 651). No seu Ensaio sobre a Inveja C o
i ntebciafy Hiime proçlamatáj rium memento em qrié ás ,
relações estão muito -tenSas entre a França e a Inglater-
r' ■, ra! “Çomo südito inglès.ífeço ^òtas de que floresça o co-
- ' ‘ - mércio da Alemanha,-4a Espanha, da Itália^e da propria
- Ffança” (Méldnges d ’econom ie politique, Ü , p. 102). O
’J cdnéeito de mefcado permite assim repensaras relações
7 internacionais .sobre uma nova base; substituindo a ló
gica de um aconta de soma zero (a do poder), por uma
, de soma positiva (a do coméreio). É uma revolução in-
, ' telectual,decisiva no interior do pensamento 4» Ilustra-
, çãq. Voltaire notava, com efeitor ainda em 1769, no ar- -
* tigo “Bátria" do seu DiéionáriaFitosófko-. "Tal é.aèò rt- ■ >.
: dição humana! desejar a grandeza do seu país é desejar
o mal dos seus vizinhos (...). É claro que rim país nãó
' . pode ganhar sem que um dütro perça”. , „
Os fisiocratas irão até o extremo Iimite déssa revj- ■
são da percepção das relações políticas entiSè as Hações.
Não se contentarão, como Montesquieu, em íãéer do cd-,
mércio um elemento corretor e moderador dos instintos ‘
belicosos dos povos. Pàra eles, a guerra torna-£e impen-
p
\
*** 1
' 58 ,
f. í
a economia cpmeíjealização da polític^ (o mercado e o contrato)
t v • i , / -i , * . f , ~ / i
-Para Hobbes, essa questão é facilmente resolvida. Na me
dida em que «JSáctO social Originário nào é, pára ’ele, um
'contrato n o sentido jurídico cjo termo entre o soberano e
<«eus súditos, m^s yma açàode; desistência: mútua em: fa
vor dê um terdeirò benêõdáfio, nào se çptòcá á questão
da obrigação. Hdbbes. pensa em termos dé coerçãp e hão
v depbrígaÇão. A Soeiedadecivil, ríãpèstá ffíajs ameaçaáá
de dissolução, dado <que o sqberapo está ácima das leis e
gbvçrna por meio dp medo. O •Leviatã' garante a boa or-
dera social. A crftiçà ao despotisrtidnh séculplSím plica-
va encontrar uma- solução. A de Jtousseãu é â máis notá-
Vyel.Para ele, a obrigação,de respeitar ò pacto Social' e ("te
se submeter à’ vontade fgeral está simplesáaênte' funçjada
Sòbre o livre comprometimènto de cada ura. Não implica,
portanto,' qenhuma autòrídade exterior ou superior. A
obrigação é,çom efeito,; a afirmação, maisçlevada dá -li»..
•herdade1. )\|as o indivíduo só a' reconhece na medlda em
qúe compreende a coincidência do seu interesse próprio
, com o interesse coletívo. O paçto social não é, pbrtanto*
. umã troca, urría simples balança, é um ^acordo admirável
do interesse ,e da justiça” (Çdrítràct social, livre II, ch. IV,
p. 374). Não há contradição entre a 'liberdade è a necessi-
„ dade. Rousseau cc^mpreéride já a liberdade como intefio-.
rização da/peç^fsidade: “À essência do coipo político esta
no açOrJdo dà ófediência. e da liberdade” (Contmct sociaí,.
livre III^ çh^lZj p. 427).,Assim, "abole a distância entre o 1
interior e o exterior do político. Essa concepção será finalf
mente mal compreendida e sobretudo mal conhecida no
século l à O; gs^dd liégêllario â tornará cònCretámente
operacional ao mediatizá-la. A teoria rousseauniana da
imedlaudadê erifreó indivíduo e o corpo poKtícq nèêessí-
ta da concepção hegelianá do Estado modérpo Conyo fi
gura necessariamente separada da idèntidjide. dò uníyér-:
sai e do particular. ■„ ç;
A necessidade da “'mão invisível” permite superar
essa dificuldade do fundamento da obrigação no pácto
a economia çomo realização da política (o mercado f o contrato)/
- \ N ' í- -/O i* y J •
sqeial^etfi retomar a^qia concepçà,o despótica. Permi-
te õénsar uma1sociedade sem centro/aboíír pratícátnen-
te a distinção entre interior e efttérior, entre o indivíduo '
e a sociedade. Realiza a imediatidade que Rousseauper-
seguiâ sem pOder lhe dar ofunàam çnto efetivamente
Operacional Os mecanismos.do ^mercado, substituindo
os procedimentos dos compromissos recíprocos do c i
trato, pfermitem, com efeito, pepsar a sociedade biologl-
•ramente e não mais politièamenie (mecanicamente), Do
mesmo modo, o conceito de mercado inverte a proble
mática dà lei. Se jdelvptjus, antes çle Beccaria, e de Sen-
tham, ;pènsa poder regular a ordem social ..por um ale-
gislaçàó que distribua um sisteipade penas e de. recQin-.
pehsasy-fa^ndp coincidir'õ intèfessd\geral com ° lnte»'.
re^se'partiiçular, não pode; eliminar a qnestàò do legis-*
ladof^corhp sujeito, Becéaiia deslocátá a ^yestào,,
tufhdcpapuin tenr^np próximo ao de ítoussèau; cahàí-
' derando que o legislador “representa toda a sociedade'
Unida por um èontiato social” (£}es délits ei des peines,
§ 2, p. 10). ' „ -
. ^ Ò mercado constitui assim uma lei reguladora da,
ordem social sem legislador. Á lei do valor regula as reP
lações de trocas entre as mercadorias, é as relações en
tre as pessoas são entendidas como relações entre mer
cadorias, sem nenhuma intervenção exterion s ■
/ O conceito de mercado é, portanto,, de umh fe-
cuncíidade política muito grande. A representação eco
nômica dasoeiedadepermite subverter o sentido das in*
. terrogações políticas do século 18. Realiza nesse sentido
a filosofia e a política aos olhos de Adam Smith. ; '
"> Mas a representação econômica da sociedade
hão traz spmenfe uma -resposta teofjca ao problema da
harmonia social. Permite igualmente renovar a teoria
da instituição do social. Isto está particularmente mani-
;festo nos trabalhos dá escola histórica escocesa do sé
culo 18. Além dc Adam Smith, estão nessa mesma es-
capítulo 2^
« . , , : \ ) r, i ' , . !;
ccáa jAd^m Feigüsoh >iEssay oh thç hi$totyofàivil so
ciety^ 1767), William 'Robertson .( The History p f Sco?
tland, 17Ô?i íiistory o f America, 1777)' è Jobrt Millaf
(An fífstorical Viçw o f tbe Engiisb fSpvernmenp, 1787;'
Observations concem m g thè DistiúctioH o f Raúks^in
Society, 1771). .Todos qstes autores pfdCuraram genera
lizai <h dejernjihisrtio de Montesquieu- John- filia r es-
creverá^ aliás a este respeito:"“O .gfande\Mdqtesquidh
mostrpu O caminho. Foi o Bacon desse ramo da filoso
fia- Smith foi o îtewtop” (An HfstoHcalVtéiú o f the £n-
glish Government, vôl. i|» p..429)- Eles. irão até-o-fim
da intuição de Mandeville que escrevia desdé o cpme-
ço do4sééuló que' “o cimento, dá sqciedade civil reside
no fato de "que cada um é obrigado á beber e a comer,”
' (La Fable de&AheilleS, édition Kaye, Vol.H, p. 35Ò). Em
muijtos- aspectos fiobertsoq. e Millar. notadamente. apa^
récèm como precursoras, do marèrfalisiho histórico.'
Não é mais na política, mas sim na ébonomia ciue pro-
CM-ram os fundainentos da sociedadë. Algumas'de suas :
fórmulas nàó destoariam das áaldèologia Alemã ou da
Çngem da fam ília, ‘da propriedade privada è.do Esta
do. Na .sua•Hístoty o f Aivi^Hcdi Robertson estima, por
exemplo, qu^-fem- toda investigação conçernéntè á
ação dos homens, quando eles se uhénr na:‘sociedade,. '
é preciso' a princípio chamar a atenção sobre o seu
modo de subsistência” (Ire éd. 1777, vol.i, p. 334). k
Rensam, antes dç Marx, que a anatomia da sociedade
civil deve ser procurada nçi economia política. Ao con
ceber o homem nò estado de natureza com a sendo já
utp hotno oecom m icm , pbòlem num mesrnd golpe a
distância èhtre éstádqidé' qatuifeza e sociedade ciyii.
Não têm mais necessidade do conceito .de es&do de
natureza como Hipótese; Compreendem de'\imafarma
.unificada a quéstão da instituição do sociaí e a da re
gulação do social, evitando assim todas aS dificuldades
tèóricas nascidas do contínuo desencontro d? ecòpo-1
a erónoRiia«cttjrô realizaçáp da política (p.ntércado e d còrttíato)
do £>aíado^b
fisiocrátieó 7t\
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os fisfocrataiXotn efeito, nâo p p d e m ^ i t ó i j : 1
69
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' ‘ W ~V i , ' *' - <- J )'
üfna ordem natural à qual consideram implicitamenté
q ae.os horriçns nào estão ^indamatyr^lmente Jigados.,
, Assim,í‘a-fu rtçâo prfnçipal dpidéfpota évjgiar para què
, a política nào 'desperte, èonftssão implícita cio fato de
v ?que ela está,-,a pada jnstante, pronta para-despnéadeatf
- ■sç. O déspota n|ó tém, 'portahtp, de ékdrdeSr co pòder
político, pois o poder racional só pode ser o da con
formidade cóm á ordem frapufal, tendo corpofu rtçâo, à ,
- príricpíõ, Manter o desaparecimento d e político. t O
despotismo absoluto marcaia põssibitidade de uma ex-?.
tinçâo absoluta da política. Òessa perspectiva, é preci
so igualménte epmpreender a denúncia dç Mifabeau às ;
assembléias dós ‘EstadoS. À dissolução da política Jm-
v plica, tom efeito, á negação dás distinções socíais e '
sya expressão, para reduzir a sociedade a um mercado J
- fluido de iriteresSes fragmentados que nenhuma èstru- *
/ tyra social fcuermédi&ria
á ." ' entrave. , \ ií .•••'♦.' •• \J) .
ição dos" fisiocratas é, portanto, ainda
'; > mais profunda, pois só pode ser superada por uma mar-
ginalizaçào de toda realidade que „contradiga Sua repre- ,
sehtaçào do rmindo. O modo pelo qual Aíerder de la Ri-
‘ vièrfe trata, a'ségurança coletiva,na Europa é exemplar a :
essse. respeito. “Pode-se dizer”, escreve, “que àté hoje
cada nação tomou por base’da sua política ^ determina- i
çào de ,sè às expépsas clamou- ?
. tras” Assim, sua'ppsiçâo i
crítica dç partida a yãesma dé todos os autores^ anti-
mercantilistas. Mostra, como eles, que se trata de uma
“falsa política”, due ^i dè ^átò desfavetfãveL fhãÀ tbdos.
Mostra, como eles, os limites do »‘sistema da balança da
Europa” que pretende estabelecer a paz sonteníe pela
força da ra?ão. Mâs Mercier de la Rivfèfe sç^sçpara^de-
les no sentido de xque rçeusa ver as nòvas,aríifl$s dg P^z
nas trocas comerciais. Estima que uma “confederação :
geral de, todas as pótêndàs da Europa" e&t^de fato na ■
ordem da natureza^eidrevendó significatijra$aen$e:‘ «Ela
■S-a •
; aäcöftönjiacomö jteaiizaíáoda_pôfâicà(pttkÇirca^o è ocoptraça) .>■.■
r> 7 ^ . ' V,«- , V1 t ■ » ,.,»•!’ •
> } ''? ■
’ , ~ \ \i v , *r*- V~ ,
(^st4 ';.flç ,t3J forma rfà -prdiemdai-piltuKâa W.<fcr#er-
•...sup&jâ' sempre\feltápbu artete sétnprp e^stèçte sem a
. «rêd&çáó <te [quaisquer\ çonvçpçõeí a ^ ^ e f íespeito, '■»:•
^somente petó força da neçéssidáde de que,elá/ ê à sègu-
‘ rança política de cada riaçpb eip^particulá^ fíbtd.; p.
528).-A seu?-vtífi sãí> fomente “o s planus mal combinai
ddslde Ü19 peíüjticâ artificiai e^rfeitrárià’- quqprcWocárahv
guerras na IJúfpjSa. A põlítjicC oppcreta, á da: felaçãbdç)
' Forçasy éi ^ort^ntOj q^gílda,: porque não ‘-eotre^pntíe à ?
te©daiíhào teân íexistêp^ia-prâtítaipófqju^hãò?;tpm valí*
dadè teórica; pénsàn^entq.
num gigantesco movróentô dè représáão da realidade^
rppressão que lhe -é necessária pára transpor essí^/con*,
tradições. O úhicò pontò còftcretd sobre o qual Afeitjer
de Rivière se apoia pará defender á sua tese da realida
de, “real, mas não desenvolvida”, dá upidade da Euro
pa reside,, com efeito, ha evdcáçãò do fato de qtié.ós
reis da íEuropa se tratam mutuaihentçt de, ifmàosiyè-se
assim, com os fisiocratas, a que ptíhto a utopia liberal'
violentando a realidade, pode ser suscetível- de levar a
um totalitarismo assipxque o trabalho- da democraciáhi-'
ver suprimido a figura do déspota legâl.E é difícil nãtí
aproximar a naturalização da moral que realizaram fmo-
vimento pelO qual resolvem num sentido diferente de
Maride^lle' ä qhestão da autonomia do ecqnôihicp èm
relâçlô, mptál) ê á naturalização da utopia qpe;é' jáára
^Már^bíf^éljh''^ a integrar1ao seu projeto dentflicoç.éc»
locando-se como o momento cio coite entre o socialis- .
mo utópiço e osocialismo científico. - > ,> ;; ■
- A força cio .liberalLsmòde Smith, em relação ao
dos fisipcratasç paradoxãlrhente, ,é de ser menos absolu
to. Ö Libeçalismo de Smith, é. mais realista e menos ujtõr
•vpico que ò dös fisiocratas. A crítica de $mith/cÒm éfeir
■ to, não se Hlnita simplesmente à sobrévalórízação da
agricultura pelos teóricos do ^sistema agncola’V CertstF-
ra-os igualmente por só conceber o bom funcioríamem
capítulo 2
smith, o anti-màquiavel
- Dessa perspectiva que começamos a traçar,
pcxle-se Compreender a verdadeira contribuição de
Adam jSmith e sua originalidade. Se considerarmos
Adam^Stnith como um economista, sua „contribuição
pode, cpm éfejtô, parecer limitada. Tomqu grandes
empréstimos de CantiUon, dé Boisguilbért, do autor
“ «5» , ^ t ^ ' *
^aeccaiomlacOitMj-TealizaçSo dapolítica(p mercádoeo cfjntjjíto) ,...
--vt ' *■"*->' lf w ^ ^ < „ s"
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anôtumo das ConSideŸations upon Thé Ba$t-lndia trade
( 1702% de Wílliàn P'étty, de Mandeyillé, de Fergusou e
1 dòsk fisiocratas. Nãò inventor nem a teoria do v^lor-tra- •
balho, nem d da djvisãQ dp trabalho; dão foi o, primei
ro, nem de-lóliíg^, à faizíer à\ap6h>gii^dQ^vi^com^ib)'
não inovou' fta' compreensão do sistem a'de 'preçós«
como mecanismo alocadòr'de recursos ú regulador dá.
esfera da, prodpção e dás trocas, d o ponto de vista
' .. f econôm ico,'o julgamentoi de Sçhumpetçr, mbítasvêztés.'
1 inexplicavelmente severo, parece1muito justo. “Ele Só
percorreu caminhos batidos”, escreve; '‘ytilizpu osiele*-
mentos preexistentes, míaspsepdo úm espírito dd clarf*, ;
•. dadeluminosa, elaboroti Aima obra grándiosa^fnaió^do'
y., trabalho denoda a sua existência. Seu livro veio -na
i hdra fcerta è troiixe à suá êpocâ exatapiente pí que.e|a ,
necessitava,, nem' mais, nem menos” {Esquisse d^tinë
histoire de la science économique, p.,75). E, de fato, lôi
dessa maneira que'seus contemporâheps Içrarh d' Ri%
queza das Nações.'Na sua História Econômica, Schum-
^ /*>. peiér fépon^ituiu, convsuaàinvestigações, o .itrtpaefp
da obfa de Îynith ’sobre a sua époça. Estima que 'd for-
1 ça ^ô Uÿrp vém. do que o .homem culto,,poderia, dizêr
depois de b ter {ido: “É iréalmente assjmpé realmente o
que Sempre pensei”. , ■ ,
. Smith não inova tampouco ao separar,a econo-
- mia da morál.. Nadà mais faz-que retomar Mandeville
nesse poíito. É herdeiro de uma tradição muito mais ah-
tiga. Haies 'háIhjglatçpa.k Mphtdw0tien:: fi Laffemás na
França tinham desde há muito tempo afínpadp á riéces-
* sidade de colocar a sociedade econômica acima das r'e-
x gfas morais. Haies escrevia no Século K) que “se é rea*-
niendável ao homem privado, d o p on tod e vista pura-
? mente moral, evitar na medida do possível b usò da
moeda, pão é nêçessáriõparaaR epública que todo
múrido ajâ da mesípa maneira,'-assim como hão êbbrip
gatório que todos sejam castos,: ejnbora individualmen-
■
' .j.id,■>._- ^ .■y ! ■ ' ;v
v. • "•/'f»r } j V ^ V - ' ' ‘ ^ \ / .x •v
76
y f\ -,
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■* / 7^- * ''V /.(•. lr*9: y-A> r
' ■ >W ' VY‘ * 'J *
a economia ccflfeo‘realização da-política (o mercado p o bmtrato) '
4,1 - 'A
, . íatQ «k qv^ f ^ 's ê o ik a '^ h a réeêbtdo a suã pbr^ ç o p p ,
se fizesse panfe^quasç imedtatanWntè ido seínsp comum*'
mpsíra a que panto seu perísan^nto/oi' em seguida' as-' *
semelhado a uma ideologia 1 .' / - ^ /
. ‘ ^DiCprítrárid dp Maquiavplí bb qual seMprp'fSrq*
curdu des^n&Vaçaifâe<'cqímo se ençíuna^se^toda a kpítl,
.consciência da Modernidade, Smith conhêêerá Ú sucest ,
so imediato dos qrie> se libedám de inquietudes sono-
íeqfâ^. À Sua fevelia,/£#hM> ^ècoioca, con^ efeito, çotrio f
v urn(veráedeiro<intt-Maquiável, Térrfunh 'a rçilidanÇa-de /
>fumo .começada - por Hobbes, -Transpondo^ Maqui^vel
M
S
íí if-
-f ' 77
•■' " -I11
capítulo 2
/l. d ^ C q ro b
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^ ÍC B ã O ' f/f
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3 \ , 5 J, *V ’ i- 4'- -
o novoeomérckr J - r *■ ( - > r
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' •' , V H , 79
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V, i:
'V.r- '.
1-.•*^ ■■
o novo comércio, ou a sociedade civil como mejgado
Y - 'Y - .\ ‘ -Y , ' Y n/ -
tés dfe; tucfc) quê “p trabalho feito ppr mãosdivíte sáj ínais.
.em contá-que o.feito gor escravos’’-Gbid,- p. L12>..As-
-^sUi^';OK'ineioaéõr4|i4f^«fe. c^m oo abordo enke.a‘liberda-’
de e a justiça., - ‘ . • y ,
, •• Essa representação d a sociedade, como pfercado
não & Simplesiiíetrte estática, é . dinâtftica. Ò mercado
qàp estitjtura someote a sociedade, ~é também o m eipe
0 fim.dójseu desenvoivjmento.. Smith^pótifc assim, cón-
cçbê-lo na medida em que pensa a troca vantajosapapt
,@s dois,parceiros, ou seja, não a concebe mais co p o um ,
resultado de soma ?éro, ura.1tjpo de equijftrtio pu det
compromisso., Inverte, com qjgfto, a. concepção tradido-1
; nálida rélâção.entre a trpca e ;a .divisão do trabalho-: .Aô
' contrário de Mandeville, considera a divisãofdo trabãQio *
como umâ cpnsequêhcia ç não com oum a pausa da tro-
cá..E a famosa tendência á'com erdaí, a Fazer trocas que,,
a Seu. Ver, prodpz a divisão çlo trabalhos Essa itese rçvpí-
lucionária esta nO coração da sptiotógia dê Sfnkh, exfròY.
'inindo sua ponta mais avançada. Expliquemos anplhor..
Se a^tfoça é considerada como unia conseqüêneia dadP
visag do trabalho, o pènsainento pérmaneçe-muito prfe-
7ximo do. da sociedade de ordens medieval. A sociedade
é concebida como um organismo glqbal no interior dò
.qual os papéis e as funções estão previamente reparti
dos; a divisão do trabalho é de certo modo um dado de
base dá representação social. O corpo social da Idade
Média é mantidp ppf víih sistema dg obrigações mútuas
e de trocas de serviços que .defíváfii. ^;<#visãá;ftlfii^ó-
nal^;sbciedççte'. A afirmação do indivíduo e da teoria
, éã autó-in§titííição do social sobre a báse da realiêaçap
dos direitos naturais n|o subvertia, radipaiméntg essaTfe-
i presentáção; destruía o fundamento, mas não colocava
verdádeiraínente em causa o fuftciortamelito.
Pensando a divisão do trabalho como consequên
cia cja. troca, Adam £mith conclui a secuiarlzação do
mündo. Somente neste quadro, com efeito', pode-se
t 1/,!&£*.
capítulo 3
%
, ' f< \ 1 V
-penSar a autoconstrução^e nSo mais unicamente a auto*
institqiçíodQ munda. Se*o divisão d à tatfatho* précédé '
ra mudança, ^jpreSdmanto da-^ddjedadç está,limitado
pela' figidçz spçial que implica* N ^sé sentido/ a tro ca/
*sdb a forma de*mei^<tot constnH a socáeíiíide. Têm;.n<* '
limite, por fim construir unjtá sociedade èm qqe eaçja um
' estaria/qip tódòsí e tódoS estariam em cadáfüirt, Àssim,
Smith, fala/ongaménte, tnos primeiros capítulos da í{i-
quezfyy da* ?abupc(ânt:ía uhiversal" que a divisão do! tra- J
bglho cria. Mas seu'ponto de víçta é mais' amplo que o
dos seus predeeessorés/MandevUíe e Fèrgíison tinham
desenvolvido lopgamçnte.^sse tema, mpstraqdo^a quq '
ponto a .divisãdd» trabalho pehnitia eáimentíaf a'prôdu-
tivjdade vMas falavam lucidamente ,deía jfo ponto de, vis-
ta. do manufaturador que organiza a divis^d do t|abã-
Iho parà diminuir seus custos e aumentar, seus ganhos.
CpncèbiaftMjài'portanto, cò m o ^ n 0M id c0 partit; de; um t
centro de decisão regulador do trabalho. e da produção.,
■Esta concepção acha-se lòngamênte explicitada ,em A
Fáhuly das Abelhas. Mandeville 'desenvolve aí notada-
;-./•
< mente:
> ' ■ ■-*toda
v ,v.uma
«j-V teòrià da :divisko,
o.-. . •■'■:'•:do
•:■ trábalhòí
-v '• p;* comoj- ■
KLmeitt dé aumèiitar o controle social sobre os funcioná
rios na administração, dos négocias dq Estado: Mostra
como a divisão do trabalho permite que os negócios
mais importantes/eps mais complicados sejam conduzi-
, dos por homtíns comuns. “É assim?’, esçrevp, ‘‘que. se'
1 pode manter.uma regularidade e uma õrdem sürpreen-
, dentes numa grande administração, e.em cada uma das .
suas partçs; ao mesmo tempo que sua economia inteira
parece extremamente complexa e imbricada, não so-'
mentei aos estranhos, mas"tamfc>ém paramMãlót'parte
dos empregados que , áí trabalham” (6e !xKàIogtiéV éd.
Kaye, t. H, p. .326). Para Mandeville,*a divisão dO'traba
lho se, desènvolvea partir.de um, centre^ únpíièa^qm
grande organizador que divide ãS ítarefas dfe tal modo
que é o úhico que pode controlar o conjunto, do 'procesr-
9 2 '*
o novo comércio ott-a sociedãde civ# corno ynercado
A^
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V v ‘ ^i * \4 , ^ ^
so. Ò plano dâ a^minisfráçào,deite, pÓrtanÍQ, áervirô^fei %
seu gpnsedho quê “devem ter os olhos sobre tudo jer
h^o^irigrr’"'(ib «is p. 3^7).2i.' \ -■
- Nada »mais disso se acha em Smith. Ê o quê ex- *
pli£a claráhtefttenasprím eiraíf páginas de, A RiqiXçza <
dw^Nqçôçs. '“A" divisão do trabalho"; pota, “pâp/devfe ^
ser considerada na'sua origem coibo êfeito de umt£ sa
bedoria htímana que fivesse previsto e que tivésse p o r, <
fim a opulência gçraj que dela resulta; é, a consequên- ^
cia necessária, embora lenta e gradual ,d e uma ce rta '
tendência natural, d e ’todos os hom enscjue nãptêrn
çm vista'utilidade tão ampla;,é a tendência q u eosleva
a fraftcar,'a fazér trocas''evcâmbios de unta coisa por , "
*outra”; (t.I, livre I;. ch; II, p. 185. Smith ínvefte \assi^aja;
relação tradicional entre troça e divisão do trabalho '
Mas, o mais importante é que;para .ele a çliviçãojjfo'’,
trabalho se eleva ao nível de um verdadeiro conCéito
filosófico <é essa, aliás, a razão pèla quál aefá ip ca p a ^
de prestar contas teoricamente dos efeitos praticamen- '
- te negativos des^a divisão do tràbálho levada ao extre-
mo). No quadro do mercado - pois a divisão doutra1'
balho está limitadà peta extensão do mercado, dia '
traduz a interdependência crescente entre os homens.
A divisão doi trabalho é, nesse sentido, para.Smith, um
verdad^irq trqnsftírm adqr sQçielógicói e por tnéio delá
<Jue á troc| produz uma verdadeira spbializaçàq. Éle
se" maravilha que, “sem á ajuda e o concurso •dè mi- .
Ihares <^e ^esèóàs^ó menor pártíçulaf, num país civili-
zado, não poderia ser vestido e provido” (Richesse, t.
I, livre I, p. 18). A divisão dò trabalho não é sim ples-1-
. Atente uma economia de tempo e de trabalho. Cons-
' : -: .■J5, ■‘ •• ■ , . ^ 1í■ , * • . ,-,-r ■
' '_At •V
1 i „ ""o * ^ ^ ^
terras^ ps, que spben^ficiàíp do dízimo.’ A- classe es
téril é formada pelçs artesãos, manufaturadores, mer
cadores e ipais geralmente por todos os cidátíãos o cii-
padòs em trapalhos qüe nâò sejam os da agricultura.'
O. mesmo procedimento enéonpa-se em Sfnith: *sàç>
também as. categorias- econômicas que. definem as
classea sociais. Mas, para ele, a agricultura não é-a
única fbnté da riqueza. Sabg-sç que ele diyide ojpro-
díBto anual da nação em írés partes: a fend a da térra,
os lucros do capital é os salários do trabàlho. Esse
'produto' constitui assim » rendimento de ítrêsdjferen-,-
tes classes: ossque vivem de rendas, og quevivem dê/
salápose os que vivem de lucros. Portanto; são òs di
ferentes tipos de rendimentos que definem as claáses
sociais. “Essas très grahdes classes”, escreve, “sa p a s
classes primitivas e cpostituintês de toda sociedade ci
vilizada, de cujo rendimento qualquer outra classe tira
enfim seu -rendimento” (Rlchesse, t. I, tivre f,c h . XIVp.
321). Estabelece^ além, disso, uma certa pierarquiaen-
trè essas três classes sociaisT Estima, com, èfeito, que
os interesses^^dà 'prímeim classe (rérída) fe da segvmdá-s
ciasse ê^aJMçd èstreitán^rite'^ a d ò s ifo interes-.
se1geral da sociedade, ao passo que o interesse da.ter*
ceira classe (lucfo) “nãd tem am esm a ligação què ás
duas outraS com o interesse gerar^.4 i
Essa é uma ruptúra'pàdícal com a visão tradido-
nal de u*úa sociedade de ordens, na qual q& papéis es
tão definitivamentè distribuídos. £©m .êfeitp, dar um-
fundamento ecoriômic» à sociologia, implica pensar a
97
x ; capítulo 3
■‘ L/'.V,,' í ' ' ^ :.'
p N -/: '~V ' *á'-
r 4' , ' '/
Teorias dqMate-valícL SuaeOftcordânda.copí o lado ra*-
dical da análise de^Smith. - ~\
A sociedade de mercado inverte asprecedêndas^
e as distinções sociais estabelecidas. Srnltlí formula asr
sim, de um ponto de vjsta deritífieo, a mafrforte das crí-,
ticas à sociedade tradicional. Sua crítica à® doméstico é
particularmente interessante neste aspectq-Com- efeito,,
sábe'-se que no fim do século 18 os domésticos eram
muito mais numerosos que òs empregados ctas manufa
turas e os, artesàos. Nos njéados do século 19 esta situa
ção perdura. Um relatprio oficial de 186? recenseia cer-
cá dê 775000 pessoas, empregadas nas fábricas (incluin
do ós diretores) em todo o Reinò Unido, enquanto o nú
mero de domésticas é; de um milhão somente na Ingla
terra..5 A crítica cio trabalho-domésticp como improduti
vo é, portanto, um elemento' eeritraUpam $mith. O d*fc„
mésticò é o símbolo de todo uni mo^7dé^vída e dé um
tipo de sociedadé. Criticar odom^stieòécritiCar o se
nhor <5(úç o emprega e dèntinciar a esterilidade dõ seü
modo de Vida; M Um particular se enriquece ao empregar
uma multidão trabalhadores que fabricam algo; em
pobrece ao manter umá multidão de. domésticos” U?i-
chesse, t. í, livre II, ch. lll, p. 412). Smith não- pensa
como Montesquieu que “se os. rieps não esbanjarem
muito, os pobres morrerão de fome”. - v
, O «jgpítulo de A Riqueza sobre o trabalho produ
tivo e o trabalho improdutivo s e rf continúamçhte; ataca
d o ..;e :criticado pelos economistas liberais dõ 4écuk> 19.
Tentarão incessantemente modificar os conceitos de
Smith de mpdò a reduzir o sèu alcance *sociológico.
Aliás, é verdade que há tima fragilidade na definição de
•Spiith'do trabàlliq produtivo. Define-o a.piindpio como
o trabalho que produz capital (ao passò*que;ó trabalho
100
^ :7 7 7 7 ';
(, ti; -i-’ .
‘ 1.
r.
o novo comércio ou a sociedade civilcpmo mercadq \ -,-\j
<*»»»-p«*»&
‘ " 1 'r■ - .• \.V; . :, .V..* ’•>•3.><I?
V' , ' ') 'A < ^ , *O ' U *' V
v Assiíp/pãra os fisiocratas, são as leis da qrdfjns
íiaiural, 'e q à o o sQbèrano,-quoqe.vèm ‘gqvbrparcltes?
sas feis estão “iroeirament&feitáè”,1segurído aexprbsh,
sâotfte' Dtipònt de^Nferbours.’,.,Q gõvemb‘deve,vpòtian-^
tçÇapagar-$e atr^s delas., ‘Pará" Qáésnây,’ a^,aqtpridàde
«(OTeram “nãd se^ b rep ôr à sfastix rvwiiraí i<^i
eied|die,’>iAos s e ^ olh©^,
q u e ç>,governo d çvàáçr tQjalmeftté inativo. “Q jaírdinei^.
■p à cw ú é- "dpvf tSra'è-r» rni»6ímViriíeí
•fb”■ ir lic íf aíâüvftó?
J ' ’V 105
VCfV / . ■■Jj >4-.
i,-'/Æ
,capitule 3
■v ;
X, , '
10. VINER, J. W e lxing \^w 'and:theS bqr^ p. 235. ‘
r. ■ . V - --- -, J. ;■ ,,’fí x i ' I
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• ' ' U economia
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e$pãçó èópnôrmco e território
pòlítico .s
capítulo 4
A
opera na ordern das relações entre^ propensão à troca e
a’divisão dotrabalho. “poiâ é a faculdade de troçar que dá
lugar à divisão, do trabalho”, escreve? “séndo que o cresci
mento desta-divisào,deve por eonsedjyência sempre estar
limitado pela faculdade de trocar,' ou, em outros termos,
pela extensão dò mercado” (fiicbès$&; t.' I, ch III, p. 22-3).
Resulta daí uma renovação complete da compreensão das
bases do poder. Da mtóma perspectiva Arthur Young es
creverá de modo expressivo que “os manufaturadores fe
chados no intendi das' muralha^, produzem para o gover
no o mesmo efeito que um aumento de território” (Aritb-
métiquepolitique] t. I, p. 401). Ésta intuição se reencontra
no conjunto dos debates da época sobre a questão dá'di
mensão dos Estados. No seu Ensaio sobre a População das .
Nações Antigas, Hume foi um dos primeiros filósofos' a
mostrar a inutilidade dp crescimento desmesurado do ter-,
ritóno do Estado. Áliás, é Isso que torna os fisiocratas yul-
/ neráveis na medida em que, .concebendo aagricylnjra
comô única fonte de' riqueza, ficam prisioneiros de urna
análise territorial da economia. Galiani poderá zombar de
les ao escrever “Genebra não tem territprio. Há outros rei
nos que também fião o tem. Portanto, a agricultura não é
a riqueza desses países?”(Dialogues sur le commerce des
blés, p. 2Ó). Arthur Young notárá no mèsirro sentido: "Di-:!
zer que a Holancfa seria maiS poderosa- se pudesse subsis
tir pelas produções do seu solo, é yma pretensão insusten
tável, O comércio fez da Hojanda uma potência bem mais
: temível; qye'muitos putrps Estados que possuem um terri-
tório' rtíafts extenso e mais tico"(Àrithmétiquepolitique, 1. 1,
v p ! 412)/ Isto leya-nos a dizer que não é tantcfoppsíçàp
entre dirigismõ e Jaissçz-fàire, mas sim a distinção eqtrp es-
pptçõide mercado e território gqográfico quê’,marca a: vêr;
.., dadeira ruptura entre p libeíalismo e o/nercan§l;smó. Des-
' te ponto de vista, Galiani é efetivamentq-maisdiberal que
Quesnay. Nesse ponto, a história clássica cfeá doutrinas
econpiíúcas ficou prisiqheirá de Uma visão do UÍSerálísmo'
108 ‘
A't’ig-'ii-i'i ' '
vr-
extrèmamêote littitada e finalmente poyce esclarecedora.
: Do mmma «âo ê muitO:ôperatório pensaií a di$tínK
•ção entre liberalismo,e meitaWlllsmo eoma tima siijiple?
inversão das relações entre os dois objetivos do poder p o
i lítíco e da riqueza econômica (esta-éa tesle de Heckscjier).
V A analise qpe desenvolve Smith ê-jnulto mais ra-'
drcal: ntfose contenta em proceder a uma redistribuição
aos fatojees'económicos e políticos do poder. À fofça de
Smlthfe^tá em práceder, numm€sipo mòvÍitiento, a ufoa!
^ compreensão, econômica *da política e a Uma desterrifo-
. fiaíização da economia. O modo pelo qual apreende o
problemas'das çolônias é particularmente interessante
nesté^spèctqí Aliás; é importante suWfobár qyefo'capi-
tulo “Das, colônias” é o mais longp da sua obra. Vê, corii
éfeito, no que.se pôde chamar de ilusão colonial o re
sumo^ das ' concepções econômicas tradicionais', quç
combate. ,'7' /
Para Smith, as colônias foão têm' interesse como
nlanifestaçàò depm poder'inscrito na posse de novos
territórios. -Escrevendo pouco tempo antes da declara
rão de independência^ fa£ pfofericáméhte foa'pblogià,
das ántigas côlôntós giteggs. Contebe o estabelecimento
de colônias distantes como um movimento natural, a
p&ttífí-jlo .a população de um país
mostrà-se multo grande em relação àaq que o território
pode sustentar. Ao separar-se da mãe pátria, a colônia é
,, üípia ^criáôçà emançipada” que dévé rápidãmèntè sé^tor-
nar ym "Estado independente’'. Reconhece igualmente,
sem subscrevê-la' a lógica militar que presidiu o estabe
lecimento das colqnias romanas. 1nterroga-se, áo contra-.
J rio, sobre, a utilidade das colônias européias na Améri
ca e nas índias, Qçidentais que não foram um ‘‘efoifo da
necessidade’^, como foi o caso do estabelecimento .das
colônias gregãs e romanas, -1 1 / , f.
? sEâra Sfoith, a lógica da .pilhagem dos conquista
dores encontra'1rapíclãmente /eu s dimites. Se foi fácil
í- ‘J -
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■óí capítulo 4
1* l -AOfL \ .
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temi a§sim, efcjtos profundamente,,n^|a§U>s S só tem,
hmm%,qicá qò&^atteá- í permittr 0 erífitefuedmfentQ.,de'
uma,dassé sodál particular em detrimento da nação-, “Á
úhtea vantagem qúe omonopplio oferece a uma àUts^
p única de pessôàs é prejudicial ao interesse gepal do
país de mil maneiras diferentes’’ (ibid./p.' £43)--Com
^efeitoi osmçmòpólió dó comércio coin ás colônias arras
ta uíma pQjjçào do çâpitaKnaciónál muito mmor.-qüèd
1aquela que aí 'seria paturátmente empregada, prejudi^
1canüd grã^emente arepartíçãodestecápitaLehtre os d’i-
Verçof rampsda ihdjústrià da metrqppíe. Se p copíérciõ ;
. com as. édiônjas foi?algímpias vestes- ygrâa$o«OK à naÇao’’,?
nota, “hão é ,seguramente graçasao monópólio; mas é
nâo obstante o monopólio” (ibid.^p. 238). A manuten-/
Ção de colônias é, portanto, a seus olhôs, um" temível
erço politico eecçnômico, As nações européias pagam-'
- hiuitoiçarò pelo fatô de manter em tempo de p az,e de .
‘defender eth teiíipo d e 1gíierta ó ! “podef/opieáslvqA(flt
expressão é dê Smith) que se arrogaram sobre às colô*-
níâs.íO .preço pqlütjco das colônias é, portanto,, muito
' elevado; e é tantoímais que não tem verdâdeiramente,.
' contrapartidas reàis, pois o comércio sob monopólio'
l apenás Realiza uma 1redis^ibuição/dos capitais e daS
repdas ém; beddfício de uma,classe particular. “C^uantp
1 aos inconvenientes resultantes da pôsse das colônias”,'
conclui logicamente Smith, “cada raçào os reserva’ ple-
namente paib si; qpanto as vantagens, qué são frutos
do seu comércio, éjpbí3ga<|t a pârtiihá-las com diversas
outras nações” (ibid., p. 260). Para Smith, com efeito, a s'■
v ppde e x tra ir^ extensão do .
espaço do seu mercado nào podem sèr confiscadas so- :
mente para seü próprio benefício. Ö mercado Só pro
duz seus. plenos efeitos quando pertehce” a todps.
Neste sentido,'Smith 'proCécie conceitualplente a uma
dèstéíríteíiaUZaçáô radical da éconòmiai Suá denúncia
da ilusãOj Cplonia^. constitui a ilustração mais marcante
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disito. Sua defesa terp algumasvezes traças premonitó
rios, por exèmpla, quandoderiunçia com ^eemêpcia o '
modelo político colòriíal-que a Éürapa çontinuàrá a de-
jsenvolvef até o século 20. “Fundar um .vasto império,
tendo emyista somente .criar una.povo, de compradores
e fregueses”, escrève, “parece à primeira vista, um pror
jç\o queseónvfria scuiaente a unía^riaçao^derlojisias!. £sfe
projeto^ eritretarito, se acomòc|aria extreifiandepté m^l, á
uma mação ,composta apenas por lojistas, mas*se ãjdsca'
perfejtameníe a unja nação cujo governo ésteja soB a
-influência dejes. É preciso hom ens de Estado desta, es
pécie, e somçnte dela, pará poder imaginar que há vari-c
tagem em empregar o sangue e o tesouro dõsséus con
cidadãos pára' furidar e sjistentár unrt império sefhelhah-;
te”(ibid., pY 243). O único império '^ué Smklh àceita é ■©>
de um mercado /econômico mundial, que seria susçetí-
vel de restituir aos povos uma identidade comum álém
clé todàs. ás divisões territoriais.,-SônhaiCom um mupdo
que seria recomposto pela.dinaipjea piOdutiva de uma
divisão cjjq trabalho que eljminasse fronteiras: “Sfe todas
᧠nações seguissem o nobre sistema, dá, liberdade das
impç>ít0ões e exportações, os diferèhtes Est»$os, quê
dividfem* um grande continente^ ãSsèmelhar-se-iam, á;
éste respeitòpa diferehfes ;paxt^&á$ de um meshíò im
pério” XJRietiesse, t. II, livre IV, ch. V, p. 144X O fantas
ma universalista, outrora vivo na imagem da cristanda
de, reénçpntra com |mith uma nova feição e um novó
ímóètp de um modouadicalmente laicizadpr £ áambém
neste sentido que Smith constitui uma dás formas de
reálizâçâp çpirípfeta da modernidade. A^etótoriatózaçãõ
dò mundo ocidental foi, com efeito, efetuada com a
êmefgênci^Ydos Estádos-riações. Esta territorializaçâo
é^rim ia então uma fojrmá necessária..d* emancipação!
do ,político, fáçe ao religioso, hurii mj^pdcr dominado
por urria çultqra cristã politicamente ligada à*forma di
fusa de império. A autonomização do poKticó sô podia
cxo— ■* ne* ppts
o interior eoexterior
1- .V ' ■/ -V ■■ * ' , • ■■
Com aç grandes descobertas, o mundo ociden
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a destçiritqdaBaaçãpdsi èpònonüa
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cader interior não impei •- W t e oto do trabalho ^
j seja levada aq mais alcb g em todòsos
ramos particuíafçSdasarte ^fatui^àiAjirindO ’
>âm mèfcado «jaisexttensO do trabár \í
“lho que çxceda o consumo |i{#íeieç&^}:í
d é a aperfeiçoar o trabâHlo, a eley jtó ep rò -í >
dutiva, a aumentar o produto ânu ifcart^'?';
" sim js riquezas e a renda riacional” e ,x II, livre ^
j IV, eh. I, p. 25r6).
25rõj. O mercado extériof.sétpode ser um
Ulterior .
ip-contér--
116
ão livrecómêreio significa, não compreendê-lo. A-repre-'
sentaçâo libéral dp homem e da socièdade encontra an- •
tes -de tudo sua origem na concepção da troca econômi
ca çonío estrUtüfadóra da realidadesocial. O livre co:
rnéfcio é apenas uma das suãs consequências. Nã<9 tèm ,
na sua- fprite a simples vontade <4è suspender as bafrei-
ras adüanéirasfsp impõe como consequêriciàçlaaboll-
çãO' da díStihçãói entré o interior q ;èxteriqr; assemelha >
comércio interior^ao 'êxterior. Cantilloq fqi oqífimein»,’
antes dê Smith, a pensar o comércio de modo unificado
" ao analisar Pmovitpento das trocas como seçdò estru-
turadp pelas diferençaá de preço no espaço e mi tempo
(cf. Essai sur le nature<tu comtúerce em général, 2a par
tie, chrll, pp; 6 6 8 ), A famosa-análise de Galiani Sobre,
a localização das províncías expòrtadoras Voltàrá igujil-
; équivalentes còtnéíèio
rior -p comércio intèrioF (cf Discoitr&sur lê CQtnmercëxtè
blê$, p . l ï - 5 ) . t ' ' L :
, V 1 O conpèito de mérçâdó pefmite pensar eâsa eqqí-:
valênciáí totp&do pf^p^ço cómõ estruturado por uma'
’ géòlràfiír^eràíidos pt|èços e não niais pelos limites po:
lítico§. $ apenas ao efetuar previamentè um “retorno ao
interioï”, que o liberalismo, em seguida, podê pretender
romper as fronteiras. Ao retomar o problema da troca na
origem pode dar ao comércio Aexterior” um sentido rá-
dicalmente diferente,daquele que lhe fora dado pelos
mercantilistas. • ,
‘. Não é possível, portanto, compreender o libera
lismo como uortipo de produto ideológico da exten
são do comércio intèrriacionál./ Ao contrário, çlé
acompanha a constituição de verdadeiros" mercados
interiores nos diferèntes países europeus. No século
18, com efeitp', , o comércio exterior àumêntou, sem
■í v-.., ‘J- s
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r /tó ia r
■'S&; .‘.í>r-
a da ecpnomijia . 1 V f ■
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J yx \,\ cap$ulp4
í>>/» rj 1<* -•<*)
' i ' a. ví \v h V < w Y*í Í í :
merca4o;£i$riffie de »'rti.
espaç© üiüQcado, oi ílização real.
^ a^ T W g fR í^ ó f^ -' ^ ájecotíomia de a
^mercado , £ -qm t«,p,WVf. fe^tjomogêneo, mas
"' sèi^i oeritrò, PortaMo/ é v' "Wúgsáavíjües-- -
,*■ tàõ da liberdade de c l * P íema „
'pM; Aiiâs/ por1fAodvos ( _ ^ ^ mais cjue
' néódedüSy,' d que sè, dranifes&míj .as'dpbsi-’j','
- ^ P à üvre-^{jPcüí^p^dosjR%w«S:|
/4, >
' " 1 A situaçàõ é um pòuco í"1*1
;.'r,;- JPpr>du£|s razões. Primejtd porqufeí adua-- *
rieirás iptertoreS^sãò^aí^ioe^is^riteSí-^s^àçâó està(
4 ■’> - ; , aliás,‘ que1não tem Relações Com â detíilkíadç áa rede
r de comufíicaçõès terresttesíinteriores relâ^ívãíttente à -/'/
frança. As comparações que Àrthur Ypung, estabelece ,
daSsüas anotações de vfàgens skó particulàrmèftte ex-?
; plícitas,spbrè esse ponfovEm sçgúidàppprqpebas^en?: '
tfadàs fiscais do rejno estão essepciálmente fundàdis
rias trocas exteriores. A(fraqueza do cothércio interior
inglçs nãt> esjá, portanto, artíficiaiinente pre?a pelos
■'Múltiplos entrages-fiscais e administrativos. Â econo
mia pdlítka iòglesa ré, isSirn* níais sepsível Aoconstrii*
Ção do mercado intçrno, eriqpantp a economia políti-' ,
' ca francesa está sobretudo preocupada com a libera-
ção do comércio íntéríor, Esta diferença não é- sem ini- ’
portância: Ela permite compreender uma ce#a ambi-
„güidâde do liberalismo francês que & edá,níais" como
um movimento de m odernização, combatendo arcaísr '
mos, que còmo um verdadeiro movimento dé trans
form ação-jdu mais que isso, só etímpreende a irans-
! formação liberajda sociedade como um sitjriplés m ó - ,
vimento de modernização (problema que aliás jamais
perdeu a sua atualidade na França). O liberalismo in-' *
. glês é mais explícito porque é confrontado com'omâ ,
situação •diferente. Por isso, compreende melhor o
ihòvimehto único da volta ao interior e ^ epmeqüen-
" -lrv M, )
JE>
% ÍS 1/1-
%%
ter^oÍiçâ<í ^ à 4i^ teÇ ^ «ntre interior ^ rexteridrí'1 Do
, ‘ m esm om odí^é levadoa dar destaque prioritário aos
obstáculos à óbtjsÜtviíçãO' de, pmá sociêdade dê btèjrca* ,
' do qup reprèsentám. os diferentes entravés à cirèula-
çào des honten^ p libeialtátop iáglês tem uma visão
ciará* da7rçlaçãovfeutre ecbhomfa ^ w ie rca é q espete-,
, dade. de niercádo. Isjtp *ê par^cylaymente claro para
...M
, Adamf Sitnitb qqe ponsagrá longosdçsenyom m entò^i
A y esta questão. (Üritïca num Mesmo ittovítpento d polícia
nos países da feuropa qup const^angè ^a livre circiílá-
; ção do trabalho ê-dos Capitais, tantó d e unt emprégo
' A a putro,'.quanto-derqm lugaPa otiUo^C/íícfeesspiVt. II,
, í livre J, ch. X, 26 section, p. 176) e o s entfaveS à reiali-
/ zação.de ufpk sôçiedade/de.m^readc)í< ,’ - .
• . No contexto da Ihglaterra do sécülo 18, a qupç-
tào.dós entraves ao niercádo.é, com efeito, principd-
rmente sociolõgifea.Um conjunto de lèis e de reguia-
mèntações limita a circulação dás pessoas. e'a cófteor-
rêneiada força dp trabalho, O Estatuto dos Aprendizes,
_ de 1563, LStatute ofArtíficets) fixava regras imperativas
para todas âs profissões estabelecidas em todas as ci-
? dades de rrÍ6reàãò^J(ín^fí)prated towns}; tratava-se de
um verdadeiro código de trabalho, que fixava as con
dições de acesso a umà profissão, o desenvolvimento
S da aprendizagem e ás obrigações recíprocas do-tnestre
< c do aprendiz; Para Smith, essas regras malthusianas
constituem um obstáculo grave ao direito^ de proprie-
/ dade e à prosperidade econômica. “A mais sagrada e a
mais inviolável de todas as propriedades”, escreve as-
. “ - ‘< Í 0 :
s' .
/■Asiitõs
niodo. esta lèílijtiplicava umaexlraordinária Rigidez fia
repartição ,da tóbàlhc)<é constituía úm obstá*.
cülo Objetivo .à ^edêssária mobilidade humana dê um ^
' socied^e. de: mercado* , WiIllã^ Pitt resumir^ .^ta,,pdw
cá aodèclãraft èfn 1796, na Gârdam dos Comuns:. “A iei
do'' domicílib iínpede o "trabalhador de entrar no, mer?
cado opdé poderá Vender séu trabalho em melfiores
condições', ç o cápitaliStade empregar o homçmcom-v
petertte, cap azd e lhe ássegurar a Temuneração 'mais
alta, pelos investimentos que fez*.* i \ ; •
i „A denúpcia dos entraves à circulação' dos traba
lhadores è à ;constiturção de uma sociedade de merca^
PQsições de Túr-(
got sobre as detenções de força ídépôt 46 fo tcé) aa
detenções 4fe mèndieid4 dé|M çpôt de m en'dtcifé),:équU
valente às jwiMi^hvüfés.ihglésás^ pareçem moderadas
em relação às de Srtiith,* Não há dúvida,\ entretanto,
qüe.Turgpt compreendeu a importância désta questão.
Aliás, um dos seus famosos editos de 1776 estipula á '
supressão das jurandas e comunidades de comércio,
artes e ofícios. O *preâmbulo deste edifò dêsenvolvç
uma visão próxima dá de Smith. Assim, pode-se aí ler:
“Devemoá sobretudo proteção à classe de homens,
que, tendo apenas a propriedade do séu trabalho e da
' sua indústria, estão tarito mais diante da necessidade
e do direito de çmprègar em toda a sua extensão os
únicos recursos que têm para subsistir”; de um outrò
ladó, “todas as .classes de cidadãos são privadas do di-
reito de escolher os trabalhadores que quetem empre
gar, e as vantagens que lhes dariam a concorrência
pelo preço, baixo e perfeição d o trabalho” (editp de
fevereiro de 1776). Masesteedito* como a maior par-
. j lty. ' Vp. • - _.y " V- •, ' • . - •
desteròtoíiallzação da eoonojmia e ,
teíTitoilalIzaçãò rios direitos dè •
propriedade . - •, ■A :1 1
O liberalismo como ideologia da sociedade de
mercado se afirma assim no combate-para desterritoriár
lfzâr d ecoiptriia econstrufr.um espaço fluido-e homo
géneo, estruturado spmênte; p&aí- dbs^préçoá.
Trata-sé^pprtaptd; dei inutilizar o terriforió; de, o despó-'
litizar no sentido forte do'termo, Más, como fazêdo? A
solução liberal é simples. Consiste em preconizar úma'
privatização gènerali2ada do território, de modòr a divi
di-lo num mosaico de propriedades individualizadas.
Está solução' aliás está dè acordo com a teoria ;dá pro--
priedade desenvolvida desde Locke. a afirmação dósdi-
reitos dó indivíduo é indissociável dp seu direito'à £fo~
páedáde,vDiz^r; indívídup e dizervpróprie<iade,. passgíit
díSèr no %ndo ã(Im^esínã ccrfsa. Por isso a abertura does- ■)
paço econômico e o fechamento do território jurídico
caminham lado a lado. A sociedade de mercado só
pode sej; realizada neste duplo movimento; Somente a
ábertura do espaço nãp basta mais. Ela pódèrá estabe
lecer uma economia de mercado, rrias não,úma socieda
de. de mefcadp. Estamos aqui no coração da represen
tação liberal da sociedade. I 1 1 ,; ;
O movjmènto' dos '‘fechamentos” {enclosures)
na Inglaterra do século 18 deve assim ser compreendi
do como um elemçnto dçcísiyo da áfirntkção do libe
ralismo: Os “fechamentos” do século 1.6 foram caracte- ’
rizadps por seu lado-selvagem. Os grandes pfbprietá-
riòs ocuparam então pela força numerosos campos co
munais, ápesárda viva ppòsiçào d o poder real. Quân-
do há a retomada do movimento, -no século 18, ele é
legalizado èncbrajdtdo pelp Parlamento. Teoricamen-
:«y •i \
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\.
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ífdWÁr -
1 posqomwuiaiS: ^áeus plbos, é,Utp princípio fáq jtisc- , , I
' "v . ( , (
9. Esta questão, já mçuto debatida no século 17, tornou-se ob
jeto de uina deternjinaÇão legal de l667que tinha por objetivo ,
evitar que o? senhores a£ámbaicassejn»as terras comunais.
Urra outra determmaçae d e 1669 lhes concedeu a pennissão
de se apossârde um terço dessas renas (droit d e tnage)
10. Medi&á antiga da terra na França; cada arpente media cer
ca de 50 ares (N.J \ ' f
129
-capítulo 4
-X'
da economia
7
*12, Êssa* íj&éstàoi ^éfá Jongamente desenvolvida no capítulo
copsagradõ a Marx. ; '
lã.Emyt&ofom et Ácpüopel (X&SÏ), apud LASKI, H J LeLi-
béralismé^europêen. j>, 1 6 1 . '
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5\ r , , A r^pres^íitaéáej ljbehíj adOiyraíSUaforça.
,<k> fato de qüe apreende*# t e social
corií Wri‘olíiar npvô ào destéírfi l.pçonomia po-
■ lírica, Èlá se constrói río dupjójíjtó >'de ..dissocia*
/
^çâfe e de, inversão espaços.;;'^
c ' ^áritmêtíca política clássica 3re asü-
. perposiçâò e a coincid(êrtc1a'(iósi í
cos, mllitarês eeèonômiços de ;um,t 3.;OjJrÒ-
jeto mbnánjuico esteva, in^írámêpte’) *e esquè-
ma. Seu fim era um sé: Corístfuir úrp ^rèâf únjco.
Assim, assemelhava os conceito de E s te a i
co), de mercado Çespaço econômico)^ de teífitârip (espa-. :
ço militar) e de na(âo (espaço cultural).' As teori#s ecohô- j
miças mereantilistas exprii^ein«í^sa coincidência mais (ftie ■
qualquer outra çpisa,- còipp jíí tínhamos sugerido'.1 ; . V.
A economia liberal quebía essa unidade,' diSSo- .
ciando os espaços econômicos, os espaços jurídicos e
os espaços politicos. A arma intelectual chave dessa dis-
, tinção reside,- a nossos olhos, na análise do mercado
como úma realidade geográfica de dimensões variáveis
que 'é, de uma só vez, inferior e superior às múltiplas
fronteiras fixadas pela política e pela natureza. Ou po
demos dizer, mais exatamente, que ela tende a esta. rê*
presèntação fundando-a conceitúatrpénte. Num primei*
ro estágio, com efeito, o liberalismo se cpntenta em
substituir uma geografia política por urra geognrfi^ éeo-
nômica., Isto está particuiarmente jcla.ro para Adam
Smith, quando'mostra longamente a estruturação do
mercado pelos meios de comunicação rlàturais (fluviais
e marítjínos). A geografia é, lida pèlo qué une (o rio, o
:-K- , piár) e não pelo qüe separa (a níontànlia, oi deserto); é
pensada como um saber da comunicação é oão da se-
. páraçãP. Em om ãpalavra, ela torná-sè umã çfôncla eco*
..nômica e riãofmais upia ciência miUtes^^o^tfca. t
132 r
ytr-
. ^
a desterritorialiZação da economia
** ^
i - „.r.v^X V '
I 14, Cp l Écónom ie dú XXe síècte, p. 176.
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o estado-nação
e o mercado
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137
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capítulo 5
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a população era màl recenáeada, è^ yofan ie das colhei-
' tys só conhecido aproxiièsr^utn^fòií £$n função desses.
^ imperativos e desses consl/ãngtajef^bs, QS impostos so-
brç a cijrculaçaD parece^m -ps ^ai^Vpfânejáveis e os
íp#is prpdutivos e o progíôss^/Sa- ^ n p jjóia dó trocas*
to^nãvãçalérii do mais^ ^ rd tu lá i^ ^ té |uçtatlvo oesta-
belecipiénto de uip, sistèma fiç^fdSs^se^fj^., ' ' , x - '
S, i '
n Besta perspectiva o ,Eátadec ^tpjfaq^ehjnina políti-
*% ,' <• ' -
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‘^ e ò ínércádo
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capítulo 5
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dadé a Condição dâ 'suá Colbert
ameaçãrá, em 1671, demitir ào^.ímen^Qjje-1itinerante-,
que era culpado, a seus.olhqs, ÍÇj|ejrA^vjt)licado. urti
mandado destipadcCde fatôa. “ácbrferitapa liberdade de
, epm érdpV Sei müito bem”, e£cre^‘,;“qye o^ mercado-^
- rçs jamais poderão ser o b tid o s .« , comerciar, e é por-
' isso que doü a eles uma tão to^rafeliberdade. Estou
' apenas ansioso pára ajuda-lós rnbip^^afedsanj e enco- ’
‘ rajã-los para que. tenhaní v a n t a g e n s » m p d o ”.’ A'
política econômica mercantilista ‘não tdírifpdrtantb. seh-
tido fora db desenvolvimento da ecbnqrrüa dd mçtcado.
Testtetnunba a intimidade dos laços que únem a forrmt
política do Estado-naçâo à forma ecoçôm ica e social do
, mercado. A crítica dos econpmLstas liberais a seu resper
tó hão teria sido, aliás,- tão violenta como foi se ô merr
cantilismp hão tivesse produzido importantes efeitos
perversos. O encorajamento do. comércio, com efeito,
- tornou-se prògrpssivamente uní obstáculo ao comérçio
por causa do efeito destruidof doá pedágios que anula-
,ram, na maioria dos cásos, qs efeitos ppsitiyps' das; vias\
de comunicação fluviais ou terrestrús. O declínio econô
mico dbs fins do século11? acelerou esses efeitos, quan
do se tentou em vão compensar a diminuição das tro
cas' pela multiplicação das taxas e dos pedágios. Todas
as proposições fiscais do fim do século 17 e do começo
do 18 se explicam por esta situação. jE>ê ainda para .ser
vir ao rei que Boisguilbertproporá reduzir o papel ecoT
. nômico do Estado. De uhla perspectiva de1reparação fiá-
cál escreve o -Detalhe da França (1695) e o Factum da
França (1707); esta ultima obra trazia como subtítulo:
"’"‘òü .^í^ds^miiitâb^fâcèis' .;de -fazer o Rei receber oitenta
milhões acima da capitação, praticável põr duas horas
de trabalho dos Senhores ministros, e-pm mbs'de exe-
; êução por parte dos povos, sem despedir benhum ár-
( / rA Vít
.‘â í j L 1
|ô,^omerèado
. ; \ ''-.f
'*'■ • . 1^4r •" * sJ\ 1 '"•C■. .' . -1 ^.' t_>/ . ' , -j11
rendatliriqgera(mem particular...'Mostrando ao mesmo
tem ppa imppSjybilidadè decair de outromôdo da don-
.juhtura prdsfepte”, Vauban publica, no mesmo espírito, o
Dízitko Réal (1707). Escreve iguflmenté para o íei,’ teh-~
do os plhos fptadbs nele. ~ ~r ' .
t No casod à Franca, pèlo teenOs, não ç,, portaintò,'
exagerado falar do Estado como uro inátrumentp dqde-
•sehvolyimento db mercado. 'Mesmo\qs^.reformadores,
, como Boísguilbert;. rompendo com ©'' mercantilismo,
; coníjijuâm à petear np.’qi^f§'.dte8Sá:'te^ má
, política íiscfal vo lugar dá harmonização dòs interesses
privados (o mercãdó)' com o interesse pilblico (bEsta-"*
doj. Os écohoiriistas liberais, como Adam Smith, hão,
.saíram fiUalmente .deste quadro intelectual, senàò para.
coriceber de um outro modo, o interesse comumfque é i
apreendido áo mvel da nação ,.e não mgis do ES$tàdo)/èA
as condições da sua realização; Como Qdlbeít, pensa a
sociedade como um cdniuntd dp indivíduos cuja Unida
de só podé ser global. Só fala de outro modo porque
não se coloca mais dõ ponto de vista do soberano.“E so-
* bretudo .r^ id e‘num .putro lugar, na ..Inglaterra, onde as
;.;;^ à ç^ ,.e n ^ ^ ,^ s^ b ;:é )d ,'d te n ^ d o sãp profundameh-
te diferentes. Aliás, elas se articulam de modo particular
- em cada um dbs paíseseuropeus. Isso nosr incita a for
mular uma proposição de generalização dos vínculos
entre ò E$tad«| e o mercado na Europa moderna que
não seja uma simples extensão de uma,cias configura-'
ções-próprias a um país particular/ ' 1 /
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143
-1
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:f!w m í\ . his
■ V' Capftulp5
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í !',; /;ï* de urna S&VéZ er^ériar a histotia e ciraeritítr p; espaçqv'
11. ' é ràcidciriage'm termos-da l^a^riv-cte drfi tëiripo e- de
K umrés^aço ihdifemnpiadosr ^^ibifidtK ie da mudgn- -
r-i, rçad$i$t0ríc3y
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^re^ntrário^ e x ista * partírdas
‘ ''T 1 'U îê lK w / n v . / n À ^ iT iO Íw ffV ÍiH rv i < & irlb à m - o - / îr t e
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qqe estáteenttãdana Jiicfo. ISIesfe' ^^
•par.íítetinçâió, onde sè pódéfv b r f e s b b ç o dos/ '
coneeitos de valor 4 4 u so e de vífc-r dferájtoca,*Aristóte
les" não se çontenta em emltirum julgaméftto píjramen-
\ te moral. Não 4 someqtp eàv ncajiè 4èfâ0.$jí< & da^fru- ' "
gaíidade qye critica o artífíció 4aS attVidsp^corperciais
e a sede de riqueza que implicam para 'fis,,’m ercadores.
O ponto de vista de Aristóteles é , ète ,fato„mais comple
xo. Só, pode ser ver^depam ente1compreendido, a meu w,
' vqr, ha rélaçào com a sua concepção da organização so
cial. Criticando a crematística pura, Aristóteles talvez' de
fenda antes de tudo a estrutura familiar, Tem a ihtuiçãq .
do efeito sodalmente destrutivo idas formas de tp ca ar
tificias e inúteis. Para ele, a limitação do comérció e a
preservação das estruturas sociais tradicionais vão a par.
Assiqi, pensa as atividades sociais .rict, quadro das duas ' '
úrucas forjmas de socialização naturais a Seus olhos:,a fa
mília e a cidade. Por isso, a distinção centre a eçonomip
e a política é fundamental pará ele. Tem um sentido es- '
senciaítnente sociológico. “A economia e â política”, es-
creve, .“diferem não somente na medida em que diferem '
qma sociedade doméstica e uma cidade (porque são os
objetos -respectlvps destas d&iplihas), mas. também por-í ,
que a política' p aíarte do governo de niuitòs, e a éco-
' nomia a adniiriistmçãa de um ünicó” (íes & oriem iques^ ,
livre I,- §. 1, p.' 17). ' ' 'J ' ^
A economia moderna se afirmará antes de tudo
qa negação dessa diferehça.O TrátadQ de Èconomia Po-
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Utica d©' ÍVfiiricChrétien é particuiãrménte significativo
nèsse a$pec|ò. Montchrétien estende o cónceita de/eCo-z
nomia a té ia ^ la ^ p in cid irco m o dâ política.' “Muito á '
propósito, pode-se manter, çpntraa opinião de*Aristóte- ■
le£>e, dç Xenqlonté’’, ^firnia, “que é imppssfvel separar a ,
WonotTBa dá po^cla (i^to da política) sçm desmem-
- brar a parte principal do séy Todo, e que a d e n d a de ,
adquirir bens, assim norneadà, é comum; tanto às- repú-
’ blicaà quarito às famílias” (jPratíê, p .:31). A àboiiçào dà
'separação /entre, a econóiriia'; e a poética traduz -ufná '
nova representação da sociedade sa qual ádistância en-
. tre o privado e o público é reduzida.a uma questão de
dimensão social: .“As ocupações privadas' formam “a pú
blica/'A cas^vem antes da cidade; a/ cidade^ntesidà,,
província; a província antes dp reino. Asáim, a arte po
lítica depende indiretamentp da economia; e, como está
muito era conformidade com èla, deve'também,%om?r
emprestado seu bom exemplo. Porque o bom goverrío
doméstico, no fim das contas; é um padrão e modelo do
púbilcõ'’. Então, Opdè Aristóteles vía üma diferença qpa-,
íitatiya, Mofttçtuêtíen ^conhece ápenasmma diferença
quantitatíva,>dímènsionaÍv Pensa a sociedade soiíiente a
partir do indivíduo o do Estado, negando à adtonomia ;
. e|à espedficid^dè dé qualquer forma de soçialifcaçãp in-
termediária. Fala, portanto, lògicamertte de economia
<política e considera a economia como um negócio de
Estado. Aliás, sabe-sé qué seu' livfó é dedicado Luís 13
e a Maria dó Medieis. A economia só podéser política'
,porqUe a sociedade só existe por meio do Estado que .
lhe dá sua consistência e sua unidade. Somente o Esta
do pode intervir-para resolver o paradoxo que sublinha
Montchrétien éntre uma França “superabundante de ho- .
mens”- e ò fato de que está abatida, no momento mes
mo que o trabaiho é reconhecido como a única fonte de
riqueza, “O jrhais réal exercício que podem fealizar suas
majestades”, conclui, trazer de'volta à ordem o que
153
r>4'i,v.,:. ••>••• ;• -
,f-> ' 1 - '. s:4,
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•capítulo 5-
154 sc>
XX
em' çanséquêóf&fy como científica. Petty èxpjiçou isto
^laranletite:. * 0 método que em prego'(...) não é ainda
muito çonWnvporcíue ém lugar dem e sfervirsomentede
termos eoirti^ativos p superlativos e ;de argurfiefttds pu-
rarnente vraciÓpais, adõtei ,o método (comp, espécie cia
arítmétitía pòjàfca.que tinha áá^muito tempo em (vista)
que;consiste em e?cprimir-me em termos 4é números,.
pesQs e mediâás: em m êsérvir uniçaméhté de argumen-.,
tos dados pelos sentidos, e considerar exclusiyamente
Causas que ^tèáham bases visíveis na^naturezá; deixo ã
consideração, de. outros os argumentos quedependem-
das idéias, das opiniões, doS desejos, das paixões variá
veis dos indivíduos1'. (Atitbmétiqu^ polítkjU^, CEuvres* .
--f.il, p. 268). Até os rfieádos do século 18, nãpse encon
tra assim nephuma Verdadeira obra de - economia! n d ;
sentido que. damosvhójte a este termo, Petty*, Daveqanfi
Boisguilb.ert, Vauban e todos seus contemporâneos ja
mais estiveram de fato /interessados na teoria ectmômiCa
como tal. Não. procuravam estabelecer aimà explicação
. global de conjunto do processo econômico. Tinham por
objetivo, em primeiro lugar, exercer úma influência ime
diata e concreta, sobre os poderes públicos. Sua tájefa se
limitava a mdstrar toda a uilidadç, especialmente militar
e fiscal, que o soberano podia retirar de um bom conhe
cimento dà população e das juqueças’ do séb. reino. Por
isso, a maior parte das suas obras é de fato formada por
coleções de estatísticas demográficas è âgríeblas. A maior
parte dos trabalhos de Petty é, por exemplo, consagrada
' a tentativas1de cálculo da população das grandes cidades
pela verificação de dados sobre alojamentos, natalidade
, e mortalidade. j • .^ . ,J 'V , ■;
Já no século 16, Bodin reclamava era A República
sobre a necessidâdp.dò recenseamento regular dá popu-
lação para servir -ao príncipe. Todos os grandes eçónp-
mlstas dõ çopaeço do século 18 sistematizaram esta abor-
dagerit. Vauban proporá no seu Dízimo Real o estabèle-
capítulo 5.
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tico. Npfimdo século 1®, ^|c^C^riÓ,l as'teses de Smith
aparçcem cpmo muitjò fe’icurí^ya4 '( ^ í t ^ d^ ^losofia por ,
lítica. Sob muitos aspectos étg-é 9 'acop^ánhajritê, até mes
mo o inspimdor^das idéias librais r$djcãi$|què se desen
volvem' então rta Çrã^Bijetante;i%í^í|íVÇ^üdòmm eco po-
pufar proíuncjp.1 MesmcVria -Frápçi, hãq, '46'pOde, negligen
ciar ò impacto diretó dos «seus escritos ^ct^e^lguns dós
mais célebres teóricos da Revolução. .Assim*^ Épfaeza das
NOções foi um dos livros de cabeeeirá de Si^yèS que via nã
harmonia dowmundç da ecOnofnia o fuqdàft^nto da nova
ordem sblliãl2 11 - 1 ( ^
v j ,v.Ma& éWbfetudo nà4Grâ*BrètatthaájneÀ fecundi
dade pplítica de Smtóh foimaif dar*. O radicalismo in
glês, do fim dbiséçulo 18, márcado por Godwin, Paine, •
Price, Priesüey, pode, com éfeito, ser analisado como ;
uma tentativa de utilização doS conceitos de Smith para
tratar da qhestâo da'política. Çstp movimento ,é particu-
larmente-'claro para Godwjn e Paine dos quais pode^se
dizer que! explicitam e. desenvolvem a filosofia política
subjacente nã òbradè Smith. j .
Erp particular, dão1seü plenòsefçíto à distinção
concepuül entre sociedade e govérndftsbôçada por este
úkijnOi distinção fundadantí reconhecifflénto)db caráter
autbdpstituído e auto-regulado da sociedade de merca
do. Esta questão está notóÈíffiiime no coração do Com-
m on Sense dp Ibonrá^Paine, phblicado^em, 1776, ano
do aparecimento de Jtüiqtteza das Nações. Desde as
primeiras lihhàs doMiyro, censura certos escritores qúe
170 c.
paiue, godwine p liberalismo utópiòo
o süxiples e o complexo * \
/ 1 v>’ ' í / á á V : V
; Essa representação da redução e da extibção da
política, rio sentido tradicional do termo, traduz-se
igualmente pela difusão de unta
düde política. íLsí-à questão está no centro da obra de
ÇjOdvrin é de Paírié. A noção de simplicidade polítipa re
cobre dois aspectos para ambos. Antes de tudo, a limi
tação do campo propriamente político na sociedade.
Trata-se do tema da redução do governo qúejá abordá
mos. Mas é igualmente a afirmação da sirhpficicjade da
xfunção pólíticâ num mundò novo. Com efpèo, são as
leis que devem governar. É © que Paine;ád$hirã na Amé
rica nasceritó. fNa Aiuériça”, escreve em údmmqn Sen-
,se, '*é a lei qüè reina.- D.ò mesmo módo qüpintim gover-
«ff. ;í<si,»»
. '.} Ik'-
^ ;~ír! '
•Vpíaine^-ígÓ^, , ïfeihoutôpicq - , \r< / \ ! \U ' 4 ‘‘
‘^ ï lt} , , v. . . , , ,,,„, ,S, 1</.
fao abs'aWf^fó'%Qber0no se i<fe)tifica com bler, nos pãí-
i:--------J ~yeser rainhâ; não deve hàyêr aí outrfcí
$te&livres
4
\ gylaçáò' pm àq}*^ pota tapabém tíòdwin,1“nada n j ^ é ‘ '
qiie uma ,^aíte'da ter piorál” íFnquirj), p. 166-). <.
‘■Essa síkipliddadé”hâO" está dm cbntradíçãb édm ©
recoftheeimeQto da complexidade social." Aocontrário, *
pois esta complexidade social é auto-regtilada pelas leis ^
do mercado', desde que íião seja imobilizada,e perturba- J
, , da pelas Fo/mas de social^Èaçào particulares, Por isso,,
P&lne critica còm uiba violèncfe ;^àal ^ de Stbjthdodaái
as- cartas de cbrpoíáçdes que4mpèdem a socíedaâe à é
475
capítulorv 6
*
Vi«*'
vérnos. absolutos tem ãrVãflt; :|tl de sejem simples- se
s ò povo «ofoe,1sabe -.dóridé^p sofrtenéntoá e iabe
como remediarsem.sçf^esctflé^tarip..Mas constituição
'da Ingkttertà é'tào excesi^'atneift^ (íomplexá que a na-
t ç|o pode sofrer durante ar^^genyspr Capaz dç desço:
' l$ir donde'vem q mal; cada médico pòHticojfsíc) acoti-
Selhará sUm' remédio difqrente* (pl ffêpQiáutor deseja
uma revolução que seja .ürtia simples 'inyersão do mun-
• dOv A séus ólHos? a Sociedade completa ^/|JQpanto,du:
'piamente perigosa, de uma só vez, filosófica e tatiça-"
, ' ménte. Burk«' parece maisí lúeidó quaqdo fcpndena as"
teorias simplistas que Confundem o direito do povp com
seu pòder real, aq percèber a âátureza do processo que
cónduz da simplificação teórica ao desvio prático. “D
gosto depravado de usar os caminhos mais curtos e as ,
pequenas facilidades enganosas”, nota, “criou governos
1 arbitrários em muitas partes do mVtido; isto? produziu d
antigo governo arbitrário da França e também engen-
< dróu.a rèpúbljcadrbitrária de Paris” (Omsidératmts', p.
308-9). É .o primeiro a compreender ovmecanismo por
meio do qual a simplicidade democrática pode rèverter-
sè em totalitarismo, pois diferentemente do" déspota,
que não é invulnerável, “o povo inteiro jamais pode «er-
'\vir cfe exemplo a si mesmq”
. - Godwin, .çommriamèntéva P^ine, não teria, aliás,
renegado umã tal análise, Political Justice CQntém até
mesmo" críticas muito vigorosas aos revolucionários,ja
cobinos, acusados dè quererem fazer a sociedade entear
à força nos planos pré-fabricados por sua imaginação
' política. Para ele, a simplicidade política se traduz, com .
efeito, prmcipalmente por uma intetiorização absoluta
‘ dà, política na sociedade civil. A política se djssolve, li-
V- .):■■■ ■' . . 1; i • 'V , •> v i ■ •• -,q.
1V . .J •-
r\ . \ 17 9
v ...... .. ■ r: ^
‘ \V' »
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\,/£$•£$*yú\t0M&%■<
/ ‘ ; S, t r , , , i . .... . ,
' ' a .liu ítía n ^ è àsd
jCJkjéét- *" '•* r4- ’
-, ' ^ desfofóririas
v /4 H
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5- TheE nqutierX liyjX apud KRAMNICK, I. na'introdução do A]
PòlttícçdJustice. .. 1 v i. ■ '1
m .K 'iV "V-
v ::v \ v ;. ■
| p ',|
y, ^ óv< ■■
- A^,|»siçães-cle Thomas Paine sobre a questão
são mais difíceis /d^ delimitar. Partilha cpm efeito, dè
uma só^vez^Stíàs,visão cota a de Godwin é co&i â visão
política tmcEcioqal. Para, ele, a democracia, é, ao mesmo
tempo, um éstadcrçpèial e um regime político., IVlás toma
muito cuidado ád distinguir démoCrada e representa
ção, afirmando que são duas realidades diferentes, -ifeto
lhe permite copcifiar" as duas concepções de demoçra-r
cia. Compreende a democracia cômo estado'social e a '
represepfaçào como fôrma política. Esta últirpa lhepã-
rece tecnicamente indispensável, tendo como . objeto
constituir uin.governo cujo campo de intervenção este-.
ja estritaxneáte limitado e cuja posiçãp não seja superior
a da sociedade. 1 ^ i , 'i
/ ' O conjunto da argumentação de Paine repoyísa,-
aliás, e.é isto que lhe dá toda a lógica, sobre umã-con-
qepçãp putamehte . ^çoitôinica dp papel do governo,
Nâò sé esquece dp slb^ià “no taxation without rêf/rp.
sentation” - que’ mobilizou os-colonos da .América con
tra a Grã-JBretanha., A política nâot tem, portanto,, q ob
jetivo de dirigir a sociedadé; é apepas o lugar de gestão
dos, ^tei^Ses èçõftômicõs cctaiuns àp conjunto dos ci
dadãos (são estes í;^tereSse§ econômicos comuns que
: definem a cidadania). Sua abordagem da questão políti
ca é sobre este ponto totalmentê idêntica à' desenvolvi
da por Smith no livro V dp A RíquezadasNações. Esta-
redução da função política permite-ihe tratar de modo
original á questão das relações entre maioria e minoria:
e superar a denúncia do risco da opressão da minoria
pela maioria. As escolhas políticas, reduzidas aos inte
resses econômicos comuns dos diferentes membros da
;.sOciédade, são apreendidas, ,com efehoj por ele rips
mesmos termos que os da trOfea écòriômiea hormal, ’
“Çada homem’( escreve, “é um proprietário do governo
e o. considera ;cómo uma parte necessária dos negócios
que devé. gerir. Examina o custo e o compara com ápas
capítulo 6
132
• t X,
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■ U.)
, '. t,p’Xf rto»
paine, godtotoé o fiberalismô utópico
to■
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iîtodO sufrágio universal produz aptomatiea- r
ntentè :dçdis$es ; oônsfnsuais e unânimes, pjbrque se a ,
fîm é determinar ,opreço (ou seja, à taxa) do imposto e
• 'este preço,'^pmo tôdps os demais, enContra necessaria-
• mente, por ineiqido' mecanismo do mercado pòlítieq,
•seu ponto de equilíbrio. Votar é, em suma, exprimir upia v
demanda sobrç o mercado do imposto. Essa superação )■
do antagonismo èntrê princípio de* maioria e princípio '
de Unanimidade implica, portanto’, limitar to campo po
lítico à gestão das atividades necessárias à perseguição
dd intéressé econômico de cada um dos indivíduos .
(infra-estrutura^v educação, etc:). A política se ïfeduz à
' ■fiscalidades, : • ■1
janus liberal - .
- . \■ i . • (- ■.■ • - v £> , ■v
183
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capítulo 6
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' "N^ ' 1 !' 1 d ■..■.•íí?,.: t-
iâíi io ecqnôípiçp/é
;v
d o capitalteínói fepte^ír)üitQ.amiúde, de teia
para .a crítica ‘ _ *íttço propriamente dito.
v .„'V
<5v fe ia : ía da signi-
;'
fitaçãojyofúnda, scegravg. Minha '.: - / >
hipótese' é cpie o fátí ^ ^ bran-
c a nessa crítica pert- o senti-
} dòdá idéoldscia mc iâtürezados
-V. ' yíncufos,qtje;p^em préistaretíi^^
dèftrA:'
cracia':em tptàüMsmo e m^géra^rièíw^.i^'sçümpHc}-'
dades ^trat^aaque se fecem algumàs w ^ j^ p tré idéo^
logias fióiíticas inimigas, , '< > * ' ■ » ■_
É preciso, antes de tudo, que sublinhemos que
não se pode definir o liberalismo como uma apologia
-dá'liberdade ém todos os domínios, fundada sobre a
afirmação concomitgntè do sujeito é.do, direito natural,
O que se Convencionou chamar em geral de libetalismo
político ^emète cie fato a duas doutrinas: a afirmação,, *M
dos direitos jdp tíomem de uma; p a rté e a aftrmàção da ■;
sociedade de mercado de outrâ partç. Çhajnatemos o
jprimeiro áe li^emlfsmofiòsitiuy eso Segundòide Hbèm-í
ti$m® upÇfrico. Estas duas fojrmas de l^seralismo se dis*,
tinguem em tliversos níveis. Mantêm, primeiramente,
uma relação1diferente com a história. O liberalismo p o -!
sítivo é uma doutrina; de defe&a dps direitos do homejp;
reconhçce, jxMtanto, implicitarpenie que o seu òhjeto
não, se esgota,; que semprfe e çrá fodos os lugares Será ,■
netessàriò. veiar para defépder, desehvolver ou réstábè-
lecer .esses direitos que são incessantemente ameaçados
por todas as fonnas de dominação econômicas, políticas
ou sociais. O liberalismo. utópico, ao contrário, tem
como objetiyo realizar uma sociedade de.mercado, re-
presentanclo a idade adulta da felicidade d| humanida
de. Tende, assim, a pôr um fecho na história,,-Essas duas
formas de liberalismo são tidas como demjocfátiças. Mas
remetem à duas conccpções diferêntes de democracia:
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.pâme, j »liberalismo iitôpico
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T. astúcia da razãó
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hegel, herdeiro da economia
política inglesa -
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sgel ocupa um lugar determinante em reli
ção à questão que nos preocupa, a da representação"
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capítulo 7-,-
la -Sociedade Civil
ffén tâ j&r ’Carvev '
eCófiomlà.ÇQifto tal que lhe
valor ou
<1%ãgrícàltura e''
^é^domistas”. A origi- ,
«•\ 1 \* >. \ w ‘ V'■'•ts O V / - *
nalldade de Hegel esta na «‘u a^qnap^ettsão da eco*
itorrâa política’ cotíip á Sciéi^dtféâftòa- ÿos tempos
modernos. Como-escfeverá mais tap S ^ fi^ Princípios
jta, Élkisofia d o p tréfto " “é uma dèsf^5® nç$gs que
nasceram nos Çempós modernos ntot^^tl^ítô^que
lhes será píóprlo”. Talvez- alfrtado p & tGrávv&,? eom-
preehdfer o imenso alcance filosófico dos principais
ensinaíhentos1 dessá ciência •do,. mundo ' novo. Com
efeitó,\ o mundo do trabalho e o sistema das necessi
dades lhe parecem como o lugar daiunffieaçâo do su
jeito e do objeto, da reconciliação do espírito» com a
naiiíreza, ,do acesso dõ particular ap, universal. A Pri- ' '
tneira Filosofia doE spíritoe, mito grau inferior, -fy Sisr
tema da Vida Ética ,e O D ireito Natural, traduzem '
essa “descoberta. Desde ■esse período,^tpmpfleende o '
sisteina'da necessidade “como sistéma da universal
dependência física recíproca de uns em relação a ou
tros” (Systèmç d e la vie éthique, p. 188). Escreve em O
Direito Natural'. Mh s necessidades, na sua implicação
recíproca ínfihita, obedecem a uma necessidade ê for
mam um sistema em qué. todos depénden^de1todos
do ponto de vista cia necessidadç natural, trabalhan
do e acumulando para ele; como ciência ê o que .Se
194
t., yV »
'ÏS, J /
1 í
W. í ■
■ -À1ÍÍ
- 4 A
^ x do
$ue cotífirta^fa trabaihaf filWofieairtente, mas é está me-.
dláçâp rC|Ufè^;pel^te inoVarv éíò tugár a partir dó qúal ’
, ' pode^saítaí j^áf esiantífiar do idealismo alemão tradiciç*-
<tjâpsê t^eá^^tm anteddo aí, Só teria; no éntanto, tía$-
s do pa^W AtóspSanlja a filosofia poral inglçsa dó século
• - 18,çoníefltandp-se èmcqrotrairverdadeiramentejemter-
- 1 mos filosiáficôs á conceito dé íiiqipàtia fef. ó tema da luta. ’
pelo reêonheckrjento em ’a. Fénomeriolqgla) e o'cie har-> ',
' ún^-(fesqat)fo ijuaátócia.da razão) _
- num quadro deum pensamentotóstoricío-da filpsofia.4 Só i
, seria pntap umà síntèísè" filosófica de Smíth e dé Steuai^ ,■
i Ma,s a fórça detHegel ê tçr ido^íjáais lórfge, éin piptf do . '4'
Seq' interesse péla,economia poiítica. /^.pesacdè estar iq ^ v
teirarrtente..fâScinado pela-descoberta da sqciedadç-de ■
..mprçadp cpíiio> lugàr de"realizaçãp)do t^niyers^t^<i>nv'‘ '(
pteende melhor quê qualqüer oútro economista d^sisá ,
época' seus limites e suas cçntradiçóes. É justaménte nis- 1
to que Hegel nos interessa aqui: a força do* seu pertsa-
mento vem do fato de quç é>de uma só vez q produto
cie uma fascinação pela economia política ingjesa è o . •
produto de uma resistência a esta fascinação.
\ I •' v. ■
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■" j - .'vá. ' . 1 ■■ ' - í- ' . ■
■■
■'. Yf
l • J .S . ■■ . ^ ...
Cèsso, de ;fjguezá, aj.i$ddfejdí»%^VU nâçdé bastaqte rica,
píí seja, a sua Tiquei:â rião J>ò^ui haStánte bens para pa
gar tributo áo eXCesso ,de,;np#rià‘ Çjà plebe qué ela en*.
gendra”CS 2^5). Aliás, é Wteressante assinalar deste pon-
to-de vista que Hegel está^uítodjtteressàdo ém todo o
sistema inglês daspoor. kttts,.lendo notaeÈm^nte a tra?
duçâo feita por Garve do Wk> çf® J», ^MdcFarian, inqui
ries concerning (be^pooT:~\Oílimite, ^^oéfedade^civil é
ser obrigada aconsagrar é instituir g'pObri^GUÔ invés
de poder reduzi-la, „ ':j: ■
2. -0 mecanismo econômicojKopríàmente dito
está sujéito a diferentes íopçnas de desequjltbrio que
não podem se restabelecer e^ponmneamehtévflutüa-
ções- de j tnerbados, mudanças de hábitos, inovações
técnicas, etc. , ' ;x . ; ’ v
. 3. O conjunto da economia obedece ajuma lei ,çíe
desequilíbriodendenciaí: O paradoxo desse desequilí
brio é ter sua forit^ na miséria dos que mais são atingi
dos por ela. Há, portanto, um ciclo infernal que ldva das
desigualdade» de renda ao isúbcónsumo. TEsfe movimeri-
to nàodemfSbluçãd. Com dfeito, se fdsse imposto à clas
se' rica a obrigação de ipanter òs pobres, à sociedade ci
vil CQntradirfã~~seu princípiodebase/segundo õ~quãí s ó ,
é membro dá 'sociddadê quem assegura, suã subsistência
pejo seu trabalho independente. Sendo assistido, ,;*o po
bre é socialmente excluído, recaindo na sftuaçào de de
pendência anteriòr. (cf. § 245). ,
v Hegel compreende assim que a sociedade civiH
por uma dialética, que lhe é ptópria, é “'empurrada alérii
dela mesma”. K levada a buscar consumidores fora dela
mesma; precisa encontrar novos mercados. Deve, pot-
tantõj-se exteriõrizar absolutamente para se pre^ejvar.
Mas uma ial extériorizàçãò nâdserá suficiente: a socie
dade civil, deixada ao seu livre desenvplViméhto, dão
pode ser um meio de realização do universal.
ftegel, . à âstúciada-razão
l '>V.
'dessa análise sie desénfeplve q pen-
>sarnento jgftapp como alternativa para g libéfalísmQ
éi ,ser compfeencitdq, deseje &JFèho-
eómo umá> téntativa dé assumir
a até o fim a f&^ternidade, 'resolvendo a contradiçãÓ fenJ
' -tre a univérsãôjtáção ckj homètn abstraio (o hotho oecb-
nomíífUs daà/rtééésisjdadéíb' que feaítea e' émpobrdci-;,
bUent&dôdoment7concreto 'que provoca, *■ >
' v' Para-tèVar a bolri termo-^sta tgntátiva, tijegfl efe.-
. tua uma volta ab poiíticd. (kontratfetmente à repre$en^a-
çâó íibéral da sociedadé conió rbérc^do, nãoeàperaque
- a eeonqmia realize a política. A esfera da riqueza épára
eje apenas qfci dos dois momentos da Consciência òbje-
1 tiva) somente um dos dois1, (Tíéiós de tealizaçãb ;do qnb'
versaLPor isso,•compreende a questão do rtiUridb iria"* W
dernò como a da oposição entre 6 Estado (no qual o in-V ,7
diyíduo é Uiretatnénte universal), e a sociedade civibipa^ /
qtíal © indk^ddd s õ ‘realizado uftiver^^ in d itetári^ ^ l vV
Aliás,- compreende melhor1a tentaçãçf liberal da reduÇào ;
dtí mpndo à esfefa da riqueza, pois elè mesmo ficoq fa£
>JGÍnado plelo mújtidb econômico da sodedâste civil e pér-: ~
cebeu edmo histórica á “natureza” da sociedade civil. ,
Para os filósofos Iterais, com efeito, tudo- se passa -
ÈPfaio se á dialética Estado/soeiedade civil se, redpzi^se.
à manifestação dè Uma transição histórica: e o novo .,
' mundo -fosse construído sobre as ruínas do antigo po- »
. der d a Estádo. Hegél. mesmo estando algumas vezes ,
muito próxim© çjèsta ariál^é (efi notadamente na Feno
menologiai th^ dela úf£ia coridusão (íiferei^te; se conce
be a sociedade civil como superação do"mundo antigo.
à.'astúcia da>azão
a da éoéiçdÊtdè dè
i '■: -■■■ •■ ■ S*1. t -iiv M5 ■I i ■r . V,Ç■ e. ■ . ' . . ■■-i : . » . ■. . ii 1 i- .■ _■>■■■i «. .. i ■
3-
201 í
■ÍUí;
capítulo 7
203
-v -■ *•:-ç
IÉiíííf.ftSa2?'
1
capitulo 7/
204 .5
í* ^ .
objetiva" eoin.o aparecimento^ de uma vontade colèliva.
Soméqtç nestgi condição' pode superar Smith',de «iodo
positivo, e'1líâd^rçgtesSivo* Criticai1o mercado, sem a»?u-
mtr, 'Srràth, Seiys iqIKos^ se coijctemr aoiíreénconttó
doth Hobbqs ^tr?B^ousseaüí A política £ópodè, portanto,
transcender p econômico sób &coridíç|iode se emanei- ,
par da teoria do contrato. É o que faz Hegel ao concé-'
ber o-ístadq conto expressão'de-uma vôntadeiiniverr
sal. Rètomà assim, num mesmo', movimento, Smith è'
ftousseaü. O futuro da modernidade consiste então em,
compreender a superação da sociedade civi], cptno “Es-"
'taijfo extertpr^^das,necessidades e‘ dq eniepdimento; nq>
Estado moderno còmo “unidade íntima dó univerSaPó
do individual’’. • v y v . ; - - í y . k?,
í' v jParalel^mente; concebe5 o deserivcrfvimerrtq^fteL,
coqtoraçào^como experiêriçíá' imediata. d liípkadEt^çto;
univerçal que-o Estado é ffevadõ areàljzar totaimónte,,;
i‘G membro da sociedade éíviÍ”, vesciéve,;“‘torna-iSéi se-
gundo suas aptidões particularès,' membrô da.córpora- r
ção cujo .objejjvo universal é, a partir de então,t inteira1
mente concreto e‘ nãò transborda a extensão que na h>
dústrià pertence aos negócios" e aos interesses privados ,
que lhe são próprios” (Príncipes, § 251). -A corporação !
torna-se assim uma “segunda família” para os indiví
duos, uma “raiz moral do Estado implantada na’socieda
de civil”. No seu seio astoontrádiçòes próprias’ à socie
dade civil se reduzem. A superposição dqs princípios
de liberdade e de sólidaMèdâde só se réalizam no,
Estado," no interior dóqyal/p, íécpnhecimentò dàs cor-
poraçòes funciona aq mesmo tempo como reserva’ do
universal e cojpoigàrafitia ao respeito dóis diieitos indi-
, vfdúais.tPara Hegel, hão se trata de unia superação vo-
luntarista ou idealista día sociedade civil, pois cóncebe o
Estado çomo a realização de uma razão jã presente ç
atuante. É nele que se realizà plqpàmente o reconheci
mento de todos é-de cada um por todos e por cada um,
( v > , '-J i , ' i' y>w cápítulõ 7
, :
?. Pòde-se reporçar ao clássico Hegel et l'État de WEIL, li Pa
rfis: Win. 1970. ' ’
m i ,<-‘jí.Á
V
~ ^-ij* '
saí não d&táT ry> "simples julgamento da força” CS 342);
d a nào é-piàte contingente como a dos teóricos da So- ■
; çíedadej de mérqtdb Realiza" assim' filosoficamente a
utopia da economia políticà inglesa, fazeqdp do Estado
o lugar verdadeiro da sociedade' global e total. Neste ,
sentido, Hegelpôde se compreender como o momento
- úftimò, e insüperãvel, da modernjdadé: ele nretom aín- ■
teiramente, assumindo toda a negatradátfe do seu- de- „
senvolvimento (cf. a crítica da sócíçdàde- civil), rftas só
tendo como horizonte completar o sfeu programa, Ojáa
realização de urtia sociedade unificada e transparente.
Representa-assim, de unia só vez, o'momento mais lú-,
cídp de crítica dom undom odem oecp recrudescimeni
to de sua ilusão da realização do univeisal. ‘ , - ,
■>^
marx
K
e ^a
V
inversão do
liberalismo
o horizonte liberal do pensamento
de marx - ^
C , - 1 ' .
O abe*se que a crítica de Hegel constitui o mó-
mehto fundador do pensamento de Marx. Aj-eviravolïa
de Hegel por Marx têm geralmentç sido compreendida
çbmo um inyersàov tèndp por colocàn; Hegel sdbïer
seus próprios pës. Mà$ ê;éon$ptiv
- temente red u ii^ , à ò ^ ^ o S para o marxismo 'dominant
te> a uma simplòs òposiçãptPntre um pensatAçptoddea-
lista e um pensamepto’ materialista. Do mesmo modo, as
verdadeiras raízes históricas do pensamento de "Marx
sâo^ encobertas è ocultadas. Çontudò, não é falso racio
cinar em termos de inversâq. M asesta interpretação só
ganha todo o seu sentido se for situada em relação ao
trabalho de Hegçl sobre a' económia pòlítiça inglesa.
Neste qUadrp, a Aufhebung dç Hegel por Marx deve ser
compreendida como tím retorno ao libeifalismp. Marx
. çritica de fato tíegel com. ÀàamSmith. Toda sua leitura
à o s Pritwíjpws da Filosofia do Direito testem unhaesta
crítica liberal de Hegel. Se ela não apareee/explicitamen-
te.com o tal, pâp.é porque Marx leu Hegel eSmithcorrto
se nâo-dvessem relações. Lê Hegei Sorrio ,um puto filó
sofo e ámith como um puro economista. Aliás, é signi-
' l iár. W-u ■
* v :; Capítulo 8
Vjs
?t
f
. fiçativo Político H egeliam j
se çoncentreapenas noç capítuioSjqué Hegèl cbnsagra
SÓ Estgdó,<arpp se est^resultadç» clo;peq$amento hege- /
Jiàho não fosse o -prpçlutò» de uma rèfljexãq, sobre a~so-
dedade civil: Da meSma ’ forma, Marx só Se interessa;
pela ■Riquéza, flad Nações; préocupa-se, visivelmente
pouco cora* a teoria dos Sentimentos Hordis^. Assim, ^
mascara de uma só vez sa formaçãó.-filósóSca da econo
mia política de Smith e a formação econômica da filo
sofia de Regei, Pódè-se unicamente àSsínàlaf,' a seu fa
vor, que certos tçxtos de Hegel não eram conhecidos no
seu ferripo, como a Primeira Filosofia do pspírito <iéna,
> 1803)i !nos quais o trabalho sobre a economlá política
inglesa é párticuiarmente iegíveh ’
Se Marx critica Adam Smith. esta crítica se de-'
senvolve ünicamenfe nb terreno econômico. Estaría-
ipqs quase tentados a dizer qú^pm ^anectí “técnica”,
- como testemunhará notadamênte os longos desenvol
vimentos das Teorias da Mais-Valia. Pode assim <(su;
peraf". éeqhorájicamènte Smith, 'notadamente a partir ,■
da- produção do conceito'de mais-valia, mesmo per
manecendo no terreno da sua filosofia política implír ] /
.cita . Esta aproximação aparece ainda cotq maior clare
za se Sua^crítica de Hegel fof comparada corá as teo^
rias de Gôdwin que apenas transpôs e estendeu Smith
.p ára o cámpo polftíco.'Com efeito, toda a obra de
Marx é atravessada por dois temas polítieòs essenciais
que são iguaimentecentrais no que chamamos de li-~~
beraUsráo V !Ã"<5itÍcá'"-
dos direitos do homem. Parece-hps qüé a fifosófia^e
Marx ganha um sentido novo se for compreendida
dessa perspectiva. , ■' *
majhteainv^âodoliberalisivjQ '
t si -MÍ* «* á*W ?f , 1 '
.:-• '• - v *.£.CH.Ls,, ■
'■
(• •■•' ■ •■ y ■ •, k- / . '• ■ ■ \ //'•.
•’ ; •• (í.*.- v.. • .. '-. ^ ■ s- .■ 1 á-
\ - ^ s ' \ •
, h crítica essencial de Marx a Hegel é d e que este
te o rii^ à^separaçâd entre a sociedade .civil e o Estado
,e de quy só; congeguíu transpor esfa .divisão, desenvol-'
vendo um verdâdeíró “formalisfno do Estado”. Para
Marx; á divisão .entre a sociedade civiEe o Estadcvque
ocorre na rqptura .entre o cidadão e -o dutguês teotnO
homem, para retomar a,problemática hegeliana), é a ex
pressão de uma sociedade partida. Ora, oEstado só rey.'
presenta ufflvunlvqrsal abstoto1e eiteri&r^ potqup sót
pode ser separado, Pprtantó, â umá ilusào e uma cpn-
; tradiçãq pensàr a reálizáçãp da unidade da sociedade na
sociedade políticá. Só a sociedade ciyü pode ser o lugar
desta unidade. Assim, escreve rem A Sagrada Família:
s“ o intenisse mantém unidos os/membrogr da, sociedade/
211
,7.ft-r
L > I1 1 fcapftul68
u |in' i.<'
^<‘t .
216 1
íV^,
a-v; : ti •
>Ar'í V',
r ____ vatòr ide troca, cfué é, na realidade- “o
sistema, % J^ejpdade'e da igualdade? ÍGrundrísse, H, p.
621)'/poiS' a troca àí sémpre se faz de yalofcontra va- ,
lonMsfeste èòníç^o, o direito leg&l ê sorrieritè um direis
to desigual paraum trabalho desigual; Ele insts^e longa-
mentç sobre estp ppnto pard móstrar aos socialistas ale
mães que áo reivindicarem upia, “divisào .equitativa V o ,,
produto’’,,.longe de superar o direito burguês, néle se
inscrevem" totaltríeutò;r aceita-o cojnò necessário nuni -*■
pôríódo de transição; pois a perfeição) do capitalismo
precede necessariamente o advento do soãalismò, mas
desde que este signifiçado burguês da reivindicação de
, igualdadeseja ,bem çlaro. Cortt efefyv para Marx-será
precisodr além e/superar estehprizonte' limitado do di- ) ^
reito burguês numa fase supérior-da sociedade cqtmíni$-~ .
ta, de modo a reáíizar um prihcípiO reàlmente ■inovadOè:. ■
“de cada um segundo sua» capacidades, a cáda sé ^
gundo sua» necessidades”. ' c* &
, ftobre a base desta tepriá tia extinção^dp'' pQlfoc</
e defihliamentd do direito se constrói ò caniufateVa lik^ y \
sofia marxista, E é néste sèhtido^que o libptaliSiyá polí-.'
tico, dotipc/daquele dé Godwin, constitui seu bofiápn-
, te intransponível. E não é possível, a propósito'dÍ5tb, fa
zer recortes na obra de Marx. É no seu conjunto^quíe, se ^
encontra esta filosofia/ “gerida taticamente* de píodo di
ferente, seja cpmo obras teóricas* seja çomò textos de im
têrjtenção política, Maá êm todo o caso, nresmo: desen--
yptvendp péjnCípiqs àparepíêmente coptraditorios, Marx
pérmaneee jSémpre fiel a eáse fundamento liberal. Quan
do Substitui a necessidade prática da teoria do “movi
mento rèíri” da sociedade por uma tomada dp poder,
peio proletariado, seu objetivo contínua o mesmo: o do
>C:L.-V, v ./ ' -• .. 'fy ' , ;
5; -Sabe-se aiiás què é a partjr dessa constatação, fundamental,
já trazida'luz ppr Smith, que Marx pôde desenvolvêr tódá a
sua teoria damais-vaHa,. : , :v
wm
'uii^Aí.y.
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-ia , çapítolo 8>
218
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capítulo8v i
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m arx e a iftv idolibefaliamo
221
■ (r -l
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Vfw C '
•K capítulo 8
t-
rias do contrato spcial dfcsdfe^fim ckr século l6? Pará'
resolver essacoftíradiçào, MfittR é-fôtçado fogieamente a
‘ vér áí ‘‘antecipações da «bci&^aáe bçtrguesâ” (G m pdrií-
se, t. I,p. 11). Dá ^èkha-forífta; apagáa distínçãoentre,
o movimentode etnancipaçfc da' política freptê ao rèlí-'
gloso (que of)eraí deáde o Século 13?>e o fljOVfrnento d&
autopomi^a^lo da economia ertj pgiaçào à pojítica (que
se rèalrza efê/tivamente no .séctíjo, 18). Capitalismo, so
ciedade burgéesa e sociedade moderna se éqüivalèm a
seus olhps: Àinda quea£ robimortadas sejam o efeito na'
esfera econômica da representação política moderna do
indivíduõ, Marx as considera implicitamente como o,
fundamento dessa representação. yMiás, não há robinso-,'
nada alguma’ para Smith. Quando fala do pescador e ca
çador isolados é !para' vtm fim demonstrativo, sâo abs-
tràçõèsrque constrói com um objetivo pedagógico, para1i
facilitar a compreensão d e ,certos raciocínios. É uma
simplifieâção metodológica, e não uma tomada de po
sição filosófica. Para Smith, é, com efeito,' ap contrário,
j a troca qúç vem primeiro, e a partir dela que se deve
compreender, a divisão do trabalho,- e não o inverço:
sem troca, não haveria pescadores e caçadores separa
dos, só haveria pescadores que seriam ao mesmo tem-
■poca^aores.-f 1;\) :v / ^ .^,'’ .7 k
, (^ tu d p , Apesar é possúfél -
apreendér o sentid^d^ crítica de Maj^çjrião é a hoç^io
de indivíduo que rejeita como tal; más sim a abstração
áo homo opcofiomícus que se desenvolve no século 18.
Nada mais faz que .denunciar essa abstraçãp para resti-
'tpte; ^ noção derindMduÕ o 1seu sentido intégfal, Çom
efeito, o. paradoxo da sociedade burguesa reside no fato
de que o r^ónhécimèntO, do indivíduo se èfetua no
mesmô movimento que produz súa alienação. É á cate
goria de interesse'que está então ém causa.' ; ;•
; 3- Num terceiro momento,' Marx .procede, por
cònàegrçinte/a uma crítica radical do conceltõ de inte-
M
e a Wv^aâbrfo liberalismo
a extinção da economia y-
O comunismo ccrfno supefaçào da sociedade bur-
guesã precisa suprimir a mediaçãoxlo iritercsse nas tela-'
çéés 'fcòcÈtí* soí>fe,a& ,^uaiS'élavsè feiséia. As relações en- -
226
V í! VVt'-
çãolíberaL dá,-econoniia, e o resultado dá j&scJaíçâo 1
pelé capífta^ftto.vDe»enpi^nprno$' aig^naiinsiantes nesr
sés dois pontos' / % • ' y /, | t
A A a itiíd o momento que "define alièrtação
;pàra^to>-Mafcx 'é levada <a criticar !:
íra ^ o dolndividuode 1si.megmo .E stg çija p ,
áad á sua criticando polítiço, baseada da distihçad"
. entJre hqrn^M^; ddadão. Lqgícaménte Marx dev|^ áer lè-
vado a rç tomar-esta análise no tefrepo/econôntico- O di- '
vórcio ètfófe1o~ h o m e m ó pròdUtoP só pode set; tfansí- '
posto púr uma crítica rádicat" da economia fpSítica, .
cõmo ciêttma separadü.è autônom a separação que aliás'
é,a retomada oocam po da teoria dp.quese passa real- -
mente na sociedade (este é ty seíiÔdo^àa teoria P^tncis-1„
tífdã Ideologia). Assim, o comdnismo é . dé~uma-isóye^. .
' ' , * í ~ 1
■depois do alrppço, de ;se deçlicar à criação de anirhais
qp frm dataVde, deifazdrclftiçaái deppis d^ oèia, spgun-1'
, do o seu bel-prazer, selnjamais ter de se tomar caça4or>-
pescadqr-ou ctíúco''(Idéologie ailqmandp, p. 63)» Nessas
, condições, a troça toma-se puramepte grátujta, Toa me-
didaa^ a^^nâoié mais fundad^ sobre ^ necessidade e
ã dependência: tbrna-sè dom e.comunicação. Qs indiví-
" duos não trocam mats mercadorias, mas dividém suas
, , plenàff individualidades. Cotti /efeito» o; trabalhp hytnar
no, que é amêçftda do vàlof, só.é verdadèiráinçnte um
vajòr intercambiável para o indivíduo que o-efetua, É.
- somçnte no indivíduo que ps tfabalhps qyahtitatfyamen-:
tè diferentes, podem Ser a mesiná coisã, poi$ agora áãó
este mesmo-indivíduo. A troca'mercaritil repousa,'ao
contrário, Sobre a, aceitação da s.eparàçâo dq indivídyo
de si mesmo, pois transfqrtnà neçêssyriamentei a parti
cularidade prppria •de (taqf inSyiduq em generalidade
abstràjá e cornensurável (0 teMpíq de trabalho),: AliâS/é
pot teso que Marx fala Muito freqüenteçnente do desen-
' j volvítaaehto da arte, ri^ só^ ^ ^ s^ ^ u n istas^ la^ rlÇ p ie-
' senta por excelência o incomensurável, o que pode ser,
dadp ou refcebicjo, maS em casó algum trocado no sen
tido estrito do terino; ou sejá, reduzido a umá quaiTÍtidá-.
j de abstrata e intercambiávelde,trabalho. Dessa forma, o
.%ccí^^uíástlap'é.||)^issapçiá^^' da extmção da ecqnpmiajjde
' agora çm diante reduzida ao seu sentido formal (econo
mizar, poupar). A econòmia não existe mate cqmoruma
de àtividãde sepamda, é nqda mais que a ih-
dividual e coletiva para poupar o tempo de trabalho à
fim de que aumente o tempd livre, A econpmia muda
assim de signiFicado, tomando-se p meio do desenvol
vimento da individualidade, daqui em diaçte trarispa-i..
rente às condições da sua vida material^ “O tempo eco
nomizado pode sér considerado a serviço’ dk produção
do capitaí fixq, um capitaifíxò feito hotnéftf (Grundris-
’ se, t. 11, p. 230), :E portanto o tempo livre^jnipossrvel de
t '• ’ s , ’ ' - ' ,•■ ; v-%: - ’•
■ -'' 1 • '' . í' ' >
:5f
229
•'*VíV^*'’ ’ i■
} '! -N vK; S
V
los clássicos da vida e& m çm lcí internacional, mostran
do o'im pacto concreto jâe pço&lemas ecqnômicos que
ineglrgfenciam. Órd, Mârxs#&tç&-b>ívafneftt6,fóbre egte -
>pontor “Em ^rte.a1gU !^v('^^mrvçv “yem $o$eu espírt-’
<tó que ps^coÃOií^ta&af^^S deram $ esSa sftt^içào so- 'l
'ciafum 3’expfessãõ teórica correspondente C..) Ele não
critica jamais a sociedade real, mas, Comò bom àíemão,
critica a expressão teõriça cleása sociedade, reCriminan-
do-a porxxprimir a coisa em-si mesma S não á impres
são qud se tem dela'’! (Gritiquè^de Péconptifie naiionale,
sua prdpria teoidã' :
dà ideologia, Ào tornar a expfessâo teórica dá écéndmfet
Política como a verdade der sistema Capitalista, eixckií a
>possibilidade de que elá possa, ser uma t-ebresentacào
'•inexata, ou falsei. Acaba, portanto, tomando- èssa repre
sentação pela realidade. Sua crítica a certos socialistas
franceses merece iguaimerité ser lembrada a esse respei
to (Cf Grundrisse, t. II, ,p. (520-2), Censura-os, por que-
rerem’demonstrar que o socialismo é a realização das
(déias burguesas da RevoluÇào írançesa' Para Mapc, é
uma tarefa vã "a aplicação dos.ideais dessa sociedade,
que p õ pura e simplesmente a imagem refletida da rea
lidade existente”. Ctíháidèra ;àótíjt’-iá^tdv^^Hpicitxtente
que o s)sÉçW$è,y%k>r, de troca, ou seja, oxapi(aíismo,
“é p sistema dã> jliberclade e igualdadel’;í Ná, sequência
dessa crítica, censura igqalmente o eccmomSisjã américa- *
hò Çarey por quèiér apelar ao Estadoí pafã estabelecer
a harmônia econômica, e. defende, aõ^còntprioja idéia
de que a intervenção exterior do Estado é que cansa a
falsificação das “harmonias nátufaisYp. 622-3). Marx se
situa assim paradoxalmente comô um defensor intransi
gente das representações liberais mais sumárias da so
ciedade. Se, evidentemente, não compartilha com elas, !
as concebe sempre como exatas. Nessas condições, <
toda a sjia teoria e sua crítica da alienação seguem as
simplificações è as iíusões dessã representação. Sua crí-
ftiarx e a inversão do liberalismo i \
•, ; 4 1 ^ >,j o , , ^
ticá radical à sociedade burguesa é, portanto, em gran
de parte, a crítica da representação liberal da sociedade
burguesa, õ leva aco lo cár npns p ta ^ müito abs^
trato as, contiíçóes de supçração desta'sociedade. Nesse
sentido, a perspectiva cofttunista de e^tiríçãò do econô
mico pode sdr coínpfeendida com o'o efeito da ilusão
do liberalismo"1eçdnôratco nobiaqasm o. -
2. Mas Marx não é somente prisioneiro de sua
teoria geral da ideologia. É de, uma só vçz prisioneiro
das- represetjtàçôóp liberais da ecdnom ia. e fãsciftado
pelo capitalismo, cujo poder se deáenvofVè- diante de
seus olhos. É testemunha, ao ntesmo tempo fascinado e
hofrorfzadp, bá/revolüção industrial que-subverte a faee
do mundo. Parece-me pue esse aspecto dopensamentq
' d^Marit éitnúito poucas vezes sublinhado, contudo, tem
unia mriçàb .essencial na formação dó radicalismo de
suas análise. Matx çoticébe a fopça
Irrèsistíyfel, c&^idèr^ que seu desérívolvihiehto .é;inély-
távelv Longas; páginas de O Capitai Oví de outras obras,
póderíám ser citadas paraiatestar pue súa^èla^ãp cofia o .
' eapitajismo asãüihe b caráter, de uma só vez, de repiil-
sa violenta é de atração ambígua. O modo brutal com
qüè denunciajos linytes da áçãó ópójcáriá ,é signo disto,
como se estimasse algumas vezes que o capitalismo me
receria historicamente vencer. Vê aí somente escaramu
ças, incapazes de apanhar o formidável poder do capi
tal, nada mais fazendo que fortalecê-lo involuntariamen-
’ te (cf. por exemplo,ÍStilários,> Preços e lttCKOS). O capí--
tal só pode Ser superado na condição dé qíie triunfe ãb-
solutamente: esta íntima convicção está presente em
toda a obra de Marx. Concebe o comunismo, portanto,
como a conclusão, do processo histórico do qual o capi
talismo é portador: quando o empobrecimento clamas-
-sa clã humanidade irá de par com um desenvolvimento
das forças produtivas, pèrniitindo realizar a abundância.
Assim, Marx considera explicitamentê que a abolição do
ç^pftulo 8
,1*:
1 ">4? g ‘ ^ \4' t ~^<“
Marx e a‘inve&3o d<vliberaMsnlo , - r . 1
- , f- .:;. ■■■ ^ - '• I ■ ... . .•(!'•'. 1
. .i , VV •■ U- ■ "'
^ UI ^ t , ' v' Jr l '
fJ J f í 1 ^ ^ < í
to, este '“rt^atetiallsmo” lhe aparece como o ' Verdadeiro
rtatupalismo. ipeve-s© leipbrar que^ nos Manuscritos de
1844^ definipíb çomtíoism© simplesmente çomó nai^ra*
lísmo ácabá^d/ Rara M^rXy,a -sociedàd^bprgti^da cor-
nympéuoJndivíduo, reduzihck>o a W sQCialriiehfe ap^-
nás; a pianlfiKÇtãção ?do' seu' intéresse éçoÿôrtiicp, ,Nurb ,
outrb contexto, diferente* do da -sociedade bürgüé’sa', a
aritmética das paixões produzirá' espontaneamente "a
harmonia e fião haverá mais a' necessidade dí> suporte
do interesse para produzir, a harmonia social? Marx £e
considera assim herdeiro direto de Heivetius. Pensa ipi-
plicitamente.o funcionamento natural da sociedade co
munista nos' termós cpnx o s quais Heivetius' pensou o
, funcionamento d a soeiedadé éfr> geral;10 QcpmúhiSipoí
’ - o _.»w _ 1 t . 4n ’’
236
vpí
. n; , h>v f.yt „Xi t ,1 <
<A,\ "V
‘ , toarxea lnvKffâodo liberalismo , ,
IM\M**WvU^yj!w« U f J *■
, jl , *• J* £ , ? Vtfl í ^ ^ V ) (S4
y Marte, p^tá eimcáUsa aqui sua còncepçãó da história! a
' slipçivaíprizáe a desvaloriza ao-ihesmo teíhpoafeleà su-
. -Jpei^lóMzá -no sèntido de qüq é,: para ele; o meio tten ,
ddealizar íi^érdadeifa naturezà do homem, mqstfendo-a ,
"'divisão Seciál como pffpcluto hístóriedma história tbrhk“ . '
se encarregâíÊ'de expUcatftucla o qdedâlta a trànspa-' ^
> „rêracia no'homem e nas relações entfe pshpmens. $ v
Mas, paralela ménte, é obngado^pela- lógicaZa da|,
um,fecho â históíià com a" instauração dó comunismo,
pois e$tq réafizi a transparência. 'Àssim, d históifa sóf
. existe Corhò história da alienação; ela própria tahna-sq1’
„ “ histórica. ? *‘ , - * 1 ,
■ ' É pfèciso, no/entanto,; resolver,uma újtimáques-
, Vtãoj:cetíüal' pafe'Marx:’à da; fela^o'ehtrè a"fò ^ a $ 0 $ ^ \
dàde comunista como transparência reali^da, aS^oclá*; L,
., ção da'pletoa Itihqrda^te, esjtie os homehs” e f&'f&jfitiptt
' ' históricas .anteriores- da vida comunitária. Sabe; se qüé
Marx freqüeritemente apoipu-senestas pára cd tic^ ^ sàt;, /
, , cièdade burguesa, qyalificando até mesmo a. Idade Mq-
dia comp "democracia daonãodibqrcíaçle”. Em O.CQptia%
sublinha iongamente quç. na -sociedade da Idade Médiá
' 'âs relações sociais parçcerq mis como são, relações éq-í . ,
tre pesáoâsV a- fortTía natural do trabalho se apresfenta nà
sha particularidade, è não na süa generalização abstrata
' çpmo na sociedade niercaittih íEsses velhasoi^fúsm os 1\
sociais”, escreve, “são, Sob a-relação dê pfockíção,-ínfi-.
„ - nitamente mais simples e mais transparentes que a so-
ciedadq burguésa-, mas têrhcpmo base a imaturidade dp
1 heímetn individual’’ (t.I, livre I, p. 91>MstO' qqúivale d í-1
zef que o comunismo nada mais é que os velhos orga
nismos sociais mais a maturidade e o desenvolvimento
do hometa iridividual? Marx nào> está slon^e de ãssim
pensar. >Por isttise- irteressa pela comunidade campohe-, ,
sa russa, què realtéa, a seus olhos, a associação imedia
ta, do mesmo Inodò quê fax referência à indústria rústi
ca e patriarçal^de uma família de camponeses que pro-
v
23 7
V, \ s l
4 MJ.
' 1 v ' * capítulo8
~ , '.*■ * ‘ f / ,1 ' " y^.^t
- \ *• " ■* j ^
■ du;s para suas próprias qqcdesidades, Os célebjes rascu
nho^ da Çarta ,a Vera, Zassouiltch são, particul^rménte
interessantes,deste, ponto deW |sta.ivlostra.a|comoaco-
• mui>ídade ttafflpopesa^é o ponto de apoio da regenerá-
çüq social r\a Rússia, noas que só pode ser preserVadaqtô
preço-de uma Revolução, poíque é contraditória com d.
capitalismo envolvente que intíéssantegaente queí' dis-
Soly^-la: “Par^.salvar acom unárussa, éhedesííátia uma
revolução russa^. Há-em toda obrádeM arx Uma nostal- '
0 a subjacente da> Gemeinschaft; aliás'empregará esfe
lermos para descrevero comunismo,como comunidadé
imediata e. trapsparente.;Manç vituperá, de módp signi-,
fiçativo, H. Suninèr Maine“ que, distingue sociedade e
comunidade,. mostrandò o. progresso qúe representa a"
passagem de uma sociedade regida pelo estatuto' íco-
munidade);' para umã sociedade regida pelo contrato;
■ vê qesta distinção uma simples preocupação, de apolo-
y gia do capitalismo. Ccf. Plêiade,' f_ II, p. 1568), Como
' bem mostrou Louis Dumont <cf. Homo aequalis), o co
munismo aparece assim como .a rêapropriação do as-
pecto comunitário prin^ijyp-õüàftiíisdiéy^ -na quadro de
/ um plenpNdesenvolvimento do indivíduo moderno libe-
rado de suas limitações próprias à sociedade burguesa.
. ístoexigê a colocação de uma questão Como conciliar-
píenamehfe o princípio da coihúíiièlíiuÇe ò prihCípió da
.individualidade que s|ó pòr definiçâô'cpútfaditórios?
Marx;, não dnbá precisainente os meios teóricos pata Gra-
tar desta questão, dado que sua concepção do desen
volvimento capitalista o , levava, no sentido inverso da
sua nostalgia imediaíà, a insistir sobré a contínutMaâ^,
do. desenvolvimento das forças produtiva.^ (o .capitalis
mo germina desde p desenvolvimento- das cidades e do ;
renascimento cio comércio) e á apagar bs elementos de
>2* " X
capítulo 8
-K-_ ' v
\_ ^ 1n ,
capitalismo,
socialismo é
ideologia
K í' ’, étednôm ítíft
/ 1, * ‘t ^ „ * jl %
oliberaliàmo ineixcoptrável \
7 'V '"
1i ‘
1 reqüentemente sé díz que o sécplo ^ ^Mcoâ*'
o triunfo do tcapiíalismo. liberal. Esta coi^stàtaÇãci é â^nM^
- gua. Coméfeitc^se o capitalismo simplesmente impõé «lia
lei ao mundo inteiro, subvertendo os mqáoá1de viçla*^ réT*
voíucionando os modos de produção, odíberalismo está, ‘
ao contrário, Singulafmente ánsente deste mpvii^ntr. >•
Aonível das trocás internacionais* e na çsçala do
século, O wrotprionis™~ ^ ^ f n r tr 6 O livré .còmérdo a '
excèçâd. A Françá pdrmaneçe obstinadameftte prptecio-
nistadílfante toda a,primeira metade do séculp I9,m ari-
tendó até mesmo certas proibições absolutas em matéria
de importações. Ós Estados Unidos praticamentenão se ,
afastam dé urna polítit» ^duabeif^.niüitò restritiva durarr- ;
te todo o século. A Alemanhasé fecha ,sobre si mésma
déppis de ter íealizado süa unidade aduaneira intérioí
com a constituição do Zollverein, em 1834: Sdmenfe a
Grã-Bretanha torna-se exceção, abolindo, em 1846, as
barreiras âdhanéiras aos cereais e, em 1850, o célebre
Ato'de N av egd 0o {líô\ ) quê interditava a importação de
mercadorias provenientes das colônias em navios que
não fossemifigleses. Mas a Inglaterra só é livre-cambista •
por esfar nó auge do seu poder industrial. Espera inun-
\ '
‘ cap&ula9
;'y
'
, t . V
•v. /
242, mr
''sim.^üí&£*. ■’
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24 5
tt. >
b b jf
. capítulo 9_
‘O
246.
■i i1'fiir
A y» / t ,
247
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^ ‘ tf 1 V , - r , '
r '
u ' , f* .• /
> -, ‘ jro, capítulo &c
í~ V '
'- ^ _A“-
ismo è
; f; d e s je h ç a n ta m e ^ ^ ^ •<
' política > . ^ ,‘
Levar em cohjta a distância entre a sociedade
ctíncrgta e ò discurso da economia política clássica faz
■■k ‘\. i T / iV tH r » ís i? im l/ 4 n r 4 ja n - iN / i iiâ n f A r .'. « í If r ? « * * » .' - ‘t iv '» * !» ;
\ Si-S''
248
, cV -
„ U
» ,H \
; capitalismo, socialismo e ideologia econômica '
' 1 t' « ’ i - v J- » ,
damentos; Censura potadamenfe sua “hipótese çosmo- -
Vpotòa” que d faz esquecer qué, entre o indivíduo e á hu-^.,
manidade, a nação permaneee cóqio espaÇo decisivo de»
identidade política e -social, list compreende a nação do C.
ponto de Vista político e não mais sómentécle Um pon
to da Vista social como- Smith (paçâd - sociedade civil)'! :
-Reencontra assim as concepçôe’s n\erCantilistas3 que não. '
rseparatn. riqueza econômica e pqder polítièp. £>; prote
cionismo toma-se,'p o rta n t paia ele, uni instrumento
de gestâo política num universo em cujô interior òs- ih-
teresses das”nações são vistos como -divergentes (çladõ V
que-, em termos de pode), as'relações políticas interna-;'
cionais lpyam necessariamente uma soma de'resultado
zero) Vòita-se globalmente para, a aquisição ess^ndal
da revolução de Smith, que consistiu em considerar a .
economia com o realização e superação da<política» net
tadamente ão nível internacional.'A economia política
muda>. portanto, de estatuto teórico'. List,defere k-écócÈpAp'
mia política ou nacional como “a que, tomando a idéia í
de nacionalidade como pontò de paçtida, ensina como
uma dadà nüçátò, - r i t á - ; e j j a re-
(lação às' circunstâncias que lhes são particulares» pode
conservar e melhorar#sèu estado. ecÔnômicp'X^s/âmc
nationaf d ’ê a ^ m U ^ 227). .A economia po- i
dítica é compreendida com o.poética econômica. Não é
, uma çiência histórica» mas- Uma arte aplicada. list mos- .
tra, por exenípÍb, -coínõ não ^ possívèl conceber as tari-
fas aduaneiras como aplicação de uma teoria puramen
te ‘‘econômica”. Elas são necessariamente, a seus olhós,
resültantes^dé um^CompromisSo entre os intéressés
tèríofes , jkôpjloS ’das nações ,e os ; intéresses interiores
•das diferentes clashes sociais (mostra leingamente como
v x Y
w,
'.viíÉÁ.if'1,
^ ' > Ÿ' " \. ** ,
capitalismo, socialismo « ideologia econônúc^ / .
'^ -fa 1 \ x^ ^ ^ % ‘
- ^rteofta. da produção econômica da riqueza so-.\
c£al, ou da organização da. indúsjpá pà divisãodo puba-
lho: econoniia.pplpica aplicada. , ■ v
, » - O estudo das melhorescondições da proprieda
de è do imposto, où teoria cia repartição dasriquezag: à
eçQnòmia social., ‘ \ \ \ <
- -Walras Se contentará Voluntariamente em
fundar a tepfia da' économat,política pura.4 Assim, quçf
fazer uma obra estritamente científica,’ recusando- a prio
ri confundi-la com â- arte (ecphoinia política aplicádâ)
ou ’cpni a rmoral (economia so cia l Assim, ^Walras' rès-,
ponde à abstração generalizada-e involuntária^ dps clás
sicos pelo desenvolvimento de uma abstração específi
ca è concebida conto tál. A economia pura é concèbida ;
còmo limiíada nõ--seü campo (a troca sob nnt regta*è.|ïk
, pptêtrco-de livre,concorrência absoluta) e p a 'sua- fhiaí^)
dade (a teoria matemática de Um tal tipo de troba).
ta í pensa g' paptk de um sujelto abstiato/o
namjcus, e não pretende confundi-ló eom o-homenv
concreto; não pretende que esta ciência seja-fodà ar eco
nomia pójítieav Mas reivthdica qüe $e eonsidereia^ccip;
nomia pura corno qualquer outra ciêricia físico-mafepíS-
•tíca e que se aceite que ela possa definir típós 4ffe|&
•que seryirão de base pará a construção a priori de Um
andaime de teoremas e demonstrações À perguntai “c s -
sás verdades puras são de uma1aplicação flfeqüento^, 1
Walras; responde: “A rigor, seria direito do «sábio fazer á
ciência pela ciência, como é direito do geômetra (e o
utiliza todos osklias> estüdàrás pròpriedádeS m aissin -.
guiares da figura mais bizarra; se são curiosas. Mas se
verá”, acrescenta, “que essas verdades de economia po
lítica pura fornecerão a solução para os mais importam
^ ‘Ca ,
?•' capítulo 9.
m
254
/
V i
v f n - i ■, < 1■- \-
capitalismo, sodafesmo e ideologia ecòhômica A
«ti-A
as razoes pub èvócamqs jS^págitoás precedentes; eîa sa
transfère globalmént^parp *o eeifnpQpo0iço.
258 v
'á .
-u-
v ;. r , - ‘ '
capitalismo, sociálismo e ideologia econômica
263
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complemento bibliográfico
Desde 1979, data da* primeira publicação desta
obra, numerosos trabalhos foram publicados no domí
nio da história intelectual do'liberalismo. Destacam-se
4 * ' , t £ f
particularmente duas compilações de estudos: HON%
I.; IGNATIEFF, M. Wealth and Virtue: The Raping’ of
Political Economy in the Scottish Enlighteninent. Cam
bridge Cambridge U. Pv 1983 e PÒÇOCK, J. G. A. Vir
tue, Commerce and Historyrfssays on Political,Thpught
and History, Chiefly in the Eighteenth ÇeÀturyt Cambrid
ge*'Cambridge U. P. 1985 fo mesmo autor já havia abor-
'dadò o probiçma do çónflito, entre a tradição dõ huma
nismo cfvict^ e a ascensão da ‘‘comtnercieã society. In:
The MachiavellianMoment: Floréhtlne Political Thought
ánd the-Atlantic Republic Tradition , Princenton: Prince
ton, U- P„ 1975), Põder-se-ã também reportar a IGNA*
TIEFF, M. La Liberté d ’être humain. Paris: La1Découver
te, 1984 (espçeialmepte o capítulo “Le marché ét la ré
publique”) e consultar a tradução francesa do livro de
HlfeCHMAJVffí, A. Les Pabsïons et lès Iruérêti ^btlà-. PUF,
1980í ^ér igu^mente deste L’É cohômie comme
sciertte morale et 'politique. Paris: Gallimard-Le Seuil,
1984. Para uma leitura filosófica e política do tema da
“mão invisível”, 1er PERROT, J.-C. “La main invisible ot
le Dieu Caché”./Jn; Différences, Valeurs, Hiérarchies:
textes offerts à louis Dumont. Paris: EHESS, 19821 e so
bretudo os trabalhos de Jean-Pierre Dupuy sobre Adam
.Smith e o nascimeiitpdo liberalismo fseus textos publi-
\
bibliografia
JX
’ri: 270
&r