Hodiernamente, com clarividência, pode-se verificar as tristes
consequências geradas pela pandemia do novo COVID-19 no mundo todo. A tristeza nos olhares das pessoas que perderam entes queridos para esse lamentável vírus, além de outros prejuízos decorrentes. Diante de tal cenário, o Estado se encontra no dever de limitar o alcance da calamidade, de modo que proporcione mecanismos de proteção e saúde para a sociedade. Sendo assim, como forma de cumprir seu dever, o Estado impos o Isolamento Social ao seu povo, diminuindo assim, significativamente, os riscos de contágio entre a população. Todavia, o Estado não somente decretou o isolamento social, mas também deu todo o suporte necessário e possível para que a sociedade conseguisse sustentar-se sem que precisassem sair de suas residências com a frequência em que saíam em tempos melhores. Além do suporte oferecido às pessoas físicas, foram também disponibilizados auxílios de diversas naturezas às empresas, as quais estão previstas pelo código civil em seu art. 966, o qual aduz da seguinte forma: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Observa- se que este artigo nos traz o conceito de empresário, todavia fica implícito também o conceito de empresa, a qual é uma atividade econômica exercida profissionalmente pelo empresário por meio da articulação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Como forma de proteger o núcleo da atividade empresarial, assim como aduz o Princípio da Preservação da Empresa, o Estado trouxe medidas para aliviar o impacto da pandemia sobre estas, evitando assim o aumento do índice de desemprego no país, tendo em vista que as empresas são consideradas a maior fonte geradora de empregos, produzindo lucros não somente à elas mesmas, mas também à sociedade. Assim como exposto acima, foram anunciadas pelo governo, medidas para mitigar os danos causados pelo coronavírus na economia. Deste modo, vale ressaltar algumas dessas medidas, as quais são: A Modificação dos esquemas de férias, trazendo o fim da antecipação de um terço do salário do mês a vencer, como forma de manter mais dinheiro no caixa das empresas. Esse abono de um terço do valor do salário, antes pago até dois dias antes de o empregado sair para o descanso, pode ser adiado até a data de quitação do 13º salário. Essas medidas, consoante o presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços - Cebrasse, João Batista Diniz Júnior, agora ou depois, ajudam as empresas a ganharem prazo e a ter fluxo de caixa para o cumprimento das obrigações. Esta congrega cerca de 80 entidades patronais do setor. Os associados representam 640 mil empresas com mais de 12 milhões de trabalhadores formais. Sob seu “guarda-chuva”, estão as firmas de terceirização de mão de obra, cujos custos são muito impactados pelas exigências da lei trabalhista. Logo, é evidente que as medidas de auxilio ofertadas pelo Estado, estão sim gerando resultados benéficos às empresas e como consequência, às diversas pessoas que depender desta para o seu próprio e sustento de suas famílias. Deste modo, notadamente, com todo esse auxílio, bem como com o indispensável isolamento social, o Estado consegue garantir saúde e proteção à seu povo. Além disso, também como forma de ajuda, o Banco Central modificou regras do sistema financeiro para permitir que os bancos tivessem ainda mais recursos disponíveis para crédito. Bem como a União permitiu que tributos como o Imposto sobre Operações Financeiras - IOF fossem suspensos por três meses em operações de crédito. Todos visando auxiliar esses entes tão importantes para a economia do país, as empresas, e com isso, preservar grande número de empregos. Deste modo, somente para a Confederação Nacional da Indústria - CNI, o impacto do pacote dará um fôlego estimado de R$ 180 bilhões no momento em que as empresas estão praticamente paralisadas devido ao isolamento imposto pela pandemia. Dentre vários pleitos, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, também solicitou o fim do pagamento de uma taxa que incide sobre as importações e serve para abastecer o FMM (Fundo da Marinha Mercante). A suspensão também foi concedida por três meses. Também é importante ressaltar o fato de que alguns setores patrimoniais do ramo de serviços entendem que manter benefícios agora obtidos, ajudaria empresas no momento pós-crise, que também não será nada fácil. Observa-se, mediante exposto acima, que diversas medidas estão sendo tomadas cogitando o bem estar das empresas, tanto durante a pandemia, como no momento após ela, que de fato também será muito ruim. Sendo assim, diante de todos os presentes fatos aqui versados, pode-se afirmar que as empresas estão tendo todo o suporte necessário e possível, para que consigam se manter mesmo frente ao total isolamento social, o que de fato é uma medida imprescindível para o bem estar de todos os indivíduos, diminuindo assim, significativamente os riscos de contágio.