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O construtivismo estruturalista de Pierre Bourdieu

Conference Paper · January 2013

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Adriano Alves De Aquino Araújo Roberta Mazer


São Paulo State University Universidade Federal do ABC (UFABC)
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O construtivismo
estruturalista de
Pierre Bourdieu
Adriano Araújo; Roberta Mazer
Obras base:

• A Distinção: crítica social do julgamento


(Introdução, Capítulos 1, 3 e conclusão);
• Razões Práticas: (Prefácio e Capítulo 1);
• Pierre Bourdieu (Grandes cientistas
sociais) – Introdução.
Pierre Félix Bourdieu (1930–2002)
• Filósofo;
• Origem camponesa;
• Serviço militar na Argélia onde estudou a soc.
Cabila (Livro Sociologia da Argélia);
• Ativ. docentes em universidades na França,
Argélia, Alemanha e EUA;
• Estudos: educação, cultura, literatura, artes,
mídia, linguística e política;
• Doutor honoris causa das Universidades de
Berlin (1989), Frankfurt (1996) e Atenas
(1996);
• Faleceu em Paris após finalizar curso sobre
sua prod. acadêmica (fundamento p/ seu
último livro “Esboço de uma autoanálise”
(2004).
Premissas Epistemológicas

• 3 segundo Ortiz (1983 p. 7)

I. Conhecimento praxiológico;
II. Noção de habitus;
III. Conceito de campo.
Problemática Teórica

Encontrar a mediação entre


agente social e sociedade,
homem e história
Métodos Epistemológicos
• Problema dos métodos (polares e antagônicos):

Objetivismo Fenomenologia
(Durkheim) (Weber)
Objetivismo Subjetivismo

“Constrói “Parte da
as relações experiência
objetivas primeira do
que indivíduo”
estruturam
as práticas
individuais”
Conhecimento Praxiológico
• Gênero de conhecimento utilizado por
Bourdieu;
• Articula dialeticamente ator social
(fenomenologia) + estrutura social
(objetivismo);
• Reequação do problema da interiorização
da exterioridade e da exteriorização da
interioridade;
• Introdução da questão do poder;
A Mediação

Bourdieu encontra a mediação


entre sujeito e história na antiga
ideia escolástica de habitus;
Habitus
“Sistema de dispositivos duráveis, estruturas
estruturadas predispostas a funcionarem como
estruturas estruturantes, isto é, como princípio que
gera a estrutura as práticas e as representações que
podem ser objetivamente ‘regulamentadas’ e
‘reguladas’ sem que por isso sejam o produto de
obediência de regras, objetivamente adaptadas a
um fim, sendo, coletivamente orquestradas sem
serem o produto da ação organizadora de um
maestro”
Habitus
• Ultrapassa as intenções conscientes;
• Interiorização de valores, normas e princípios
sociais;
• Pressupõe um conjunto de esquemas generativos que
presidem a escolha, se reporta a um sistema de
classificação que é, logicamente, anterior à ação;
• Social e individual: refere-se a um grupo ou classe,
mas também ao indivíduo;
• A história singular do indivíduo se apresenta como
“variante estrutural” do habitus de seu grupo ou
classe.
Gosto
• Objetividade interiorizada que pressupõe
esquemas generativos que orientam e
determinam a escolha estética;
• Herança familiar e escolar;
• 3 tipos:
I. gosto Legítimo;
II. Gosto médio;
III. Gosto popular.
• As escolhas geradas tendem a reproduzir formas
de dominação.
Prática

Produto da relação dialética


entre uma situação e um
habitus;
O conceito de campo
• Espaço onde as posições dos agentes se
encontram fixadas a priori;
• Locus onde se trava uma luta concorrencial entre
atores em torno de interesses específicos;
• Perspectiva que resolve o problema de adequação
entre ação subjetiva e objetividade da sociedade
uma vez que todos agem no interior de um
campo socialmente predeterminado;
• Espaço onde se manifestam relações de poder;
• Estruturado a partir de pólos opostos: dominantes
X dominados.
Luta de classes
• Estão em confronto permanente;
• A inter-relação entre os dois polos acentuam o
aspecto de reprodução do campo social;
• Produtos pedagógicos e artísticos são distribuídos
de forma desigual entre as camadas e classes
sociais;
• Luta de classes pode ser lida como a diferença
entre os gostos;
• Para o autor negar a existência de classes é negar
a diferença entre os atores sociais.
http://hyperbourdieu.jku.at/hyperbourdieustart.html

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