Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 


FACULDADE DE ENGENHARIA 
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
 

 
1092-SP2 — ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
 
 
 

LABORATÓRIO 2 –
PONTE RETIFICADORA TRIFÁSICA DE SEIS PULSOS A
TIRISTOR COM POSSIBILIDADE DE VARIAÇÃO DINÂMICA
DO ÂNGULO DE DISPARO 
 
 

 
JEFFERSON DE ALMEIDA CARVALHO 142053368
 
   
PROF. DR. GUILHERME DE AZEVEDO E MELO
 
 
 

 
ILHA SOLTEIRA 
12 DE SETEMBRO DE 2020 
1. Dados do experimento
Desenvolva uma simulação que contemple o circuito retificador de seis pulsos a
tiristor com as seguintes características:

 Carga RLE para que possa controlar os tipos de cargas mais usuais;
 Alimentação com tensão de linha de 220V;
 R0 =1,5 Ω, L0=1 H , E=100 V

Variação dinâmica de α com faixa de operação de 180º.

2. Circuito de comando

Apresente uma descrição de como foi elaborado o circuito de comando, utilizando


as formas de onda que julgarem importantes.

Para a realização desse experimento, foi utilizado o mesmo circuito de comando


apresentado no experimento anterior. Foi utilizada uma tensão de referência cosenoidal
que obedece a seguinte função:

VM VM
V C= − ∙ cos ⁡( α )
2 2

O bloco responsável para geração da tensão V C é apresentado abaixo, onde


pode-se observar um α variável com a função slider do simulink. Essa função resolve o
problema para ângulos onde é necessário o carregamento do indutor antes da alteração
de α.

Após a criação do circuito de geração da tensão V C , foi criado um circuito para


obter a parte com derivada positiva da função senoidal de entrada para ser feita a
comparação com V C e gerar os pulsos de controle com um ângulo de variação de 180 °.
Para isso, comparamos a derivada do sinal de referência e, se maior que zero, jogamos
na saída do switch a tensão de referência e, se menor que zero, a saída também será
zerada.

A diferença do circuito de controle para esse experimento são as tensões de


entrada desse circuito. Para o controle dos tiristores T1, T2 e T3 temos como tensões de
referência V AB , V BC ,V CA e para os tiristores T3,T4 e T5 temos como tensões de
referências V BA ,V CB e V AC .

Após isso, já temos o pulso de controle, porém, é necessário manter esse pulso
para que possa ser efetuado o controle do tiristor. Para isso, foi utilizado um
monoestável que, ao detectar uma borda de subida, gera sempre um sinal de 120 ° para o
gate do Tiristor.
As formas de onda do circuito de controle são apresentadas abaixo. Na primeira
figura é apresentado as tensões de linha positivas e negativas. A segunda figura
apresenta as tensões de referência cossenoidais juntamente com V C . Conforme
alteramos o valor de alfa no slider, a curva V C em vermelho sobe e a comparação dos
dois sinais gera os pulsos de controle apresentados na terceira figura.

O circuito final é então condensado em um subcircuito e conectado ao circuito


principal, como apresentado abaixo:
3. Formas de ondas para diferentes cargas

3.1. Apresente as formas de onda para α = 30º e carga puramente resistiva,


realizando os cálculos de tensão de saída e potência na carga (P0 = V0 ∙ I0):

- Tensão e corrente na carga


- Tensão e corrente nos Tiristores 1 e 4

- Pulsos de disparo dos tiristores

- Potência na carga

Cálculo da tensão média na carga:

ω ¿ +T
1
V o= ∫ √2 V ef sin ( ωt ) d ωt
T ω¿

π

2
1
V o= ∫ v ab ( ωt ) d ωt
2π π

6 6
Logo:

v ab ( ωt )=v a ( ωt )−v b (ωt)


( (
v ab ( ωt )= √2 V ef sin ( ωt )−sin ωt−
3 ))
π

2
1 2π
V o=
2π π
∫ √2 V ef

( (
sin ( ωt )−sin ωt−
3 )) dωt
6 6

Fazendo os cálculos, chegamos no seguinte resultado:

3 √ 6 V ef
V o= ∙ cos ⁡(α )
π

V o=
3 √6 ( 220
√3 )
∙cos ⁡(30)
π

V o =257,299V

Para encontrarmos a corrente na carga, basta utilizarmos a equação V =R ∙ I:

257,299
I= =171,53 A
1,5

Para a potência da carga:

P=V o ∙ I o

P=44,135 k W

Do Matlab temos os seguintes valores para podermos confirmar os resultados


obtidos em cálculos:
Como podemos observar, para uma carga resistiva e com α =30 °, o circuito
funciona como um retificador, onde podemos também observar que a corrente da carga
segue a curva de tensão com uma queda devido resistência de 1,5 Ω.

3.2. Apresente as formas de onda para α = 30º e carga RL, realizando os


cálculos de tensão de saída e potência na carga (P0 = V0 ∙ I0):

- Tensão e corrente na carga

-Tensão e corrente no Tiristores 1 e 4


-Pulsos de disparo dos tiristores

- Potência na carga

Cálculo da tensão média na carga para uma carga RL



3
3
V o= ∫ √2 V ef sin ( ωt ) d ωt
π π

3

Logo:
3 √6
V o= ∙ V 0 ∙cos ⁡( α )
π

V o =2,33∙ ( 220
√3 )
∙ cos ⁡(30)

V o =257,29V

Considerando-se a corrente de regime permanente, temos:

V 257,29
I= = =171,53 A
R 1,5

Logo, para o cálculo da potência:

P=V o ∙ I o

P=257,29 ∙ 171,53

P=44,133 k W

Do Matlab temos os seguintes valores para podermos confirmar os resultados


obtidos em cálculos:

Para uma carga fortemente indutiva, como a utilizada nesse experimento, podemos
ver um comportamento contínuo da corrente na carga, contendo apenas um ripple quase
que imperceptível. Nesse caso, para α =30 °, o circuito também funciona como um
retificador.
3.3. Apresente as formas de onda para α = 120º e carga RL, realizando os
cálculos de tensão de saída e potência na carga (P0 = V0 ∙ I0):

- Tensão e corrente na carga

-Tensão e corrente no Tiristores 1 e 4

-Pulsos de disparo dos tiristores


- Potência na carga

Cálculo da tensão média na carga para uma carga RL



3
3
V o= ∫ √2 V ef sin ( ωt ) d ωt
π π

3

Logo:

3 √6
V o= ∙ V 0 ∙cos ⁡( α )
π

V o =2,33∙ ( 220
√3 )
∙ cos ⁡(120)

V o =−147,97 V

Logo, para o cálculo da potência:

P=V o ∙ I o

P=−147,97∙ 171 , 4

P=−25,36 kW

Para α >90 °, o circuito funciona como um inversor não-autônomo, como podemos


observar na curva de tensão na carga.
3.4. Apresente as formas de onda para α = 30º e carga RLE, realizando os
cálculos de tensão de saída e potência na carga (P0 = V0 ∙ I0):
(As formas de onda devem ser coletadas em regime permanente):

- Tensão e corrente na carga

-Tensão e corrente nos Tiristores 1 e 4

-Pulsos de disparo dos tiristores


- Potência na carga

Cálculo da tensão média na carga para uma carga RLE

3 √6
V o= ∙ V 0 ∙cos ⁡( α )
π

V o =2,33∙ ( 220
√3 )
∙ cos ⁡(30)

V o =257,29V

Para a corrente, temos:

V o =R ∙ I + 100

I =104,86 A

Logo, para o cálculo da potência:

P=V o ∙ I o

P=257,29 ∙ 104,86

P=26,97 kW

Do Matlab temos os seguintes valores para podermos confirmar os resultados


obtidos em cálculos:
3.5. Apresente as formas de onda para (α = αRA) e carga RL, realizando os
cálculos de tensão de saída e potência na carga (P0 = V0 ∙ I0):
(As formas de onda devem ser coletadas em regime permanente para α < 90º,
ou enquanto existir energia armazenada no indutor para α > 90º)

- Tensão e corrente na carga

-Tensão e corrente nos Tiristor 1 e 4


-Pulsos de disparo dos tiristores

- Potência na carga

Cálculo da tensão média na carga para uma carga RL

3 √6
V o= ∙ V 0 ∙cos ⁡( α )
π

V o =2,33∙ ( 220
√3 )
∙ cos ⁡(68)
V o =110,86 V

Retirando a corrente média do gráfico, podemos calcular a potência média:

P=V o ∙ I o

P=110,86 ∙73,91

P=8,193 k W

Como a inicial do meu nome começa com J, temos para esse exemplo α =68 °.
Para uma carga RL com α <90 °, o circuito funciona como um circuito retificador e,
assim, como apresentado anteriormente, por possuir uma carga fortemente indutiva,
apresenta uma corrente contínua.

Você também pode gostar