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Formação Econômica Brasileira: 1930-1964


Patricia Galves Derolle

10-12 minutes

. Política anticíclica para enfrentar os efeitos da crise de 1929

∟Queima de café

∟Necessidade do deslocamento do eixo dinâmico do setor externo para o setor interno

∟Industrialização por substituição de importações (estratégia e necessidade)

. Setor externo

1931: Brasil consegue 3º Funding Loan para reequilibrar o BP

1932: Brasil decreta moratória unilateral da dívida externa (discurso de Vargas: não paga a dívida

externa com a fome do povo brasileiro); Contexto político-interno: Revolução Constitucionalista.

1934: retoma o pagamento da dívida externa (Esquema Aranha)

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∟Tal esquema era baseado no princípio da capacidade de pagamento (pagar dentro das

possibilidades). Ingleses ficam irritados com o plano e EUA contêm atitudes inglesas.

1937: Moratória da dívida externa

∟ Golpe do Estado Novo

∟Justificativa: necessidade de reequipar o exército

1939: Retoma negociações para o pagamento da dívida externa

∟ Fim das negociações devido ao início da II GM

1943: Assinatura do Acordo Permanente, renegociação da dívida externa

∟ Motivos:

Retirar a situação de litígio, para fazer parte de um novo arranjo do sistema financeiro

internacional (Bretton Woods) -> credores privados

Receber ondas de investimento estrangeiro direto no pós guerra

Volume razoável de Reservas Internacionais, melhor facilidade em negociação (Superávit no BP)

1931-1964: crédito privado internacional fechado ao Brasil (não tem acesso) por causa da situação de

instabilidade durante os anos 30.

Elementos da Ação do Governo Vargas

Abandono da ortodoxia (estado mínimo)

↑carga tributária para ↑participação do Estado na economia

Reforma tributária

↑gastos do governo

Fim dos impostos interestaduais

Empresas estatais

Corrigir falhas de mercado

CSN e Vale do Rio Doce

Intervenção na questão capital-trabalho

Leis trabalhistas

↑Demanda Efetiva: por meio do consumo à ↑PMgC -> ↑Lucros dos

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empresários

Criar uma onda industrializante no Brasil

Criar um mercado consumidor no Brasil

Adoção de política de coordenação de produção agrícola, por meio de

organismos, como o Instituto do açúcar e do álcool e o Instituto do café

Banco do Brasil torna-se poderoso, porque ele passa a ter, a partir de 1931,

o monopólio cambial (só ele pode comprar e vender moeda estrangeira).

Ele passa a ter controle cambial (“Bacen”).

Criação da SUMOC, em 1945.

Expansão Industrial

Pautada nos bens de consumo não duráveis

Iniciou-se o processo de industrialização, segundo Celso

Furtado. Autossustentável, pois o Estado passou a intervir

mais fortemente;

Aceleração da inflação e, portanto, há tolerância com ela:

↑Demanda efetiva à ↑Preços à ↑Produção à ↑Crescimento

Por que mais inflação:

Emissionismo para comprar café

CLT (↑Demanda efetiva)

Desequilíbrio fiscal das contas do governo

Escassez de mercadorias causada pelo fechamento da

economia brasileira e pela II GM

Acumulação de Reservas Internacionais (durante a II

GM)

Exportação de produtos manufaturados

Governo Dutra

Heranças

Inflação

Acúmulo de Reservas Internacionais

Política Econômica Externa

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Flexibiliza o controle cambial: moeda estrangeira torna-se livre (período da ilusão cambial)

Motivos de flexibilização

Reequipamento da indústria

Pressão da classe média, que estava sem acesso a produtos importados

Incentivo de investimento estrangeiro direto

Combate à inflação, por meio da concorrência

↑Saída de USD (importações) x ↑Entrada de USD (IED) = equilíbrio do BP

Não ocorre entrada de USD

Brasil estava iludido, pois pensava que seria um país competitivo e que isso

atrairia IED

Foi competitivo antes da II GM

Brasil não é prioridade na II GM

IED americano está voltado para a contenção do comunismo

1946-47: déficit no BP

Perda de RIs, que eram em moeda não conversível

Colapso do BP em 1947

1947: retomado o controle cambial (acesso à moeda estrangeira)

Guias/Licenças de importação

Avanços na industrialização por substituição de importações

As guias de importação são eliminadas somente no governo Fernando Collor

Política Econômica Interna

Política ortodoxa

Monetária contracionista

Controle do crédito

Controle do emissionismo monetário

Fiscal contracionista

Aumento de impostos

Corte de gastos

Objetivos:

Combate à inflação

Atração investimento estrangeiro direto

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O controle de ambas políticas não são levadas a cabo

1948: abandono da ortodoxia

Plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e energia)

Rodovia Presidente Dutra

Investimentos para a Copa 1950

Final do governo é marcado por dificuldades em relação:

↑inflação

Contas públicas

Desequilíbrio fiscal

BP

1949: ↑preço do café

Governo Vargas

Planejamento em duas fases:

Campos Sales (ajustes dos desequilíbrios)

Adoção de política ortodoxa, no início

Monetário: combate à inflação

Fiscal: Ajuste Fiscal

Rodrigues Alves (investimentos e realizações)

Proximidade com os EUA (Truman)

Formação da Comissão Mista Brasil-EUA

Comissão de estudos para detectar os gargalos nas áreas de

infraestrutura na economia brasileira

1952: criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico)

Dois aportes:

Tesouro Nacional

Eximbank

Atualmente, o BNDES tem o aporte do Tesouro

Nacional + Fundo de amparo ao trabalhador

1952: Eisenhower é eleito presidente -> distanciamento do Brasil

Postura independente do Brasil

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1953: criação da Petrobras

∟ Por decisão do congresso, ela tornou-se monopolista na extração, refino, mas não na sua

distribuição.

∟1997: monopólio foi quebrado

1953: Instrução 70 da SUMOC

∟Brasil deixa de ter uma taxa única e passa a ter taxas múltiplas de câmbio (5)

2 para as exportações

X -> Resto (taxa Fixa + Bônus): confisco cambial, de acordo com os cafeicultores

X -> Café (taxa Fixa)

3 para as importações

M -> Fixa (ISI): mais barato

M-> Fixa + sobretaxa Fixa (importação de petróleo e trigo)

M -> Fixa + sobretaxa variada (importação do resto) = leilões cambiais do Banco do Brasil, a fim de

comprar moeda

1953: Aumento de 100% do salário mínimo (Jango)

Governo Café Filho

1955: Instrução 113 da SUMOC

∟Passa a permitir importação de máquinas, equipamento e insumos sem cobertura cambial.

∟ As empresas estrangeiras passam a comprar insumos, máquinas etc. de si mesmas sem cobertura

cambial. Privilegia IED no Brasil.

Eugênio Gudin: foi criticado, pois era dito que ele estava privilegiando empresa estrangeira em

detrimento da empresa nacional, mas empresa nacional também é beneficiada.

Governo Juscelino Kubitschek

Plano de Metas

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∟Transporte

. Rodoviarismo

∟Energia

. Hidroelétricas

∟Siderurgia

. Usiminas

∟Alimentação

. Produção agrícola para diminuir insegurança alimentar

∟Educação

. Tornar a mão de obra brasileira qualificada

-> Avanço na industrialização por substituição de importações, entra na era dos duráveis (automóveis e

eletrodomésticos)

Plano de Metas

Energia

Transportes

Siderurgia

Educação

Alimentação

Avançar em uma nova etapa na substituição de importações para os bens duráveis.

Financiamento do Plano de Metas:

Tripé econômico

Governo, responsável pela infraestrutura

Estradas, portos, aeroportos

Deslocamento dos recursos do orçamento è insuficientes

Dívida externa (FMI e BIRD)

Retirar recursos das Caixas de Previdência Social

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Emissionismo monetário

Capital estrangeiro, responsável pelo avanço no seguimento de duráveis (Volkswagen)

Torna-se algo central, uma vez que os itens abaixo são “precários” no Brasil

Divisas

Poupança

Tecnologia

Capital privado manteria investimentos de não duráveis

Reequipamento da indústria

Manutenção

Expansão da participação no mercado

Características e consequências do Plano de Metas

Positivos

Acelerado crescimento econômico

Melhora na infraestrutura

Integração maior entre as regiões

Avanço na industrialização por substituição de importações

Negativos

Inflação

Concentração de renda

Moratória contra o FMI, em 1959

Desequilíbrio fiscal

Desequilíbrio no BP, em função do ↑absorção interna, ↑importações

Concentração produtiva

Previdência Social (raspagem da caixa previdenciária)

Deixa protocolo de intenções, que Jânio Quadros cumpre em seu governo.

Governo Jânio Quadros

Governo 100% coerente no patamar econômico.

Objetivos:

Reequilibrar o BP, por meio de

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Novo empréstimo

Renegociação das dívidas antigas

Unificação cambial (Instrução n. 204, da Sumoc, de 1961, acompanhada de

desvalorização em 100% do cruzeiro

↑X

↓M

Combate à inflação

100% ortodoxia: inflação é causada por excesso de demanda:

Política monetária contracionista, que envolve:

Controle de crédito

Aumento do compulsório

Política fiscal contracionista

↑impostos

Corte de gastos

Corte de subsídios

É um governo sem avaliação, pois 8 meses são insuficientes para medir os esforços do governo.

Governo João Goulart

. Pensamento estruturalista (CEPAL)

Defende reformas de base como fundamentais

1. Concentração de renda

↓Mercado consumidor

↓Demanda Efetiva

↓Produção

= Desconcentração de renda, por meio de uma política de transferência de renda. É repartir o

desenvolvimento entre todos.

2. Estrutura oligopolizadas

Poucos produtores

Concorrência fica menor (comprometida)

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↑Preços

↓Produção

= Reforma agrária

3. Deterioração dos termos de troca

Desequilíbrio comercial

Necessidade de industrialização

= Reformas de Base para o melhor desenvolvimento do Brasil:

Reforma agrária

Reforma bancária

Reforma educacional

Reforma urbana

Características do Governo João Goulart

Necessidade de combater a inflação

Necessidade de reequilibrar o BP

1961: Ministro da Fazenda: Moreira Sales

Adota

Política monetária contracionista

Política fiscal contracionista

Sem sucesso porque não consegue baixar a inflação nem reequilibrar o BP

1962: Ministro do Planejamento: Celso Furtado

Plano Trienal

Objetivava:

Combater a inflação

Reequilibrar o BP

Realização de reformas sociais

Traz certa ortodoxia devido a excessos dos governos anteriores (dar um passo para trás a

fim de dar dois para a frente)

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Monetária

Fiscal

Estatização da cia telefônica do RS (Brizola)

Encampada pelo governo

1963

Tentativas de renegociação da dívida externa (Washington)

100 milhões de dólares

Aversão ao risco dos países capitalista

Lei de Remessa de Lucros

Abandono da ortodoxia

↑salário mínimo

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