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1. INTRODUÇÃO
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Rua Paula Souza, 529 01027-001 São Paulo – SP fone +5511-227.0483
importante para isolar a umidade e o oxigênio provenientes do ar atmosférico do
sistema papel-óleo.
Métodos de diagnose on-site são processos cada vez mais aplicados em todo o
Mundo. É seguro afirmar que os teste on-site demandam um certo tempo de
impedimento do equipamento, embora o RVM possa ser realizado
concomitantemente a outras operações. O tempo médio requerido para a
estabilização da temperatura é de normalmente 6 a 8 horas após o desligamento do
transformador. Este período pode ser usado para a desconexão de barramentos,
limpeza de contatos e buchas e a execução de outros ensaios como a medição do
fator de potência. Ao fim deste período o transformador está pronto para ensaio. O
monitoramento do decréscimo da temperatura após o desligamento vai comprovar o
estado de resfriamento do sistema. O instrumento de teste pode ser então
rapidamente conectado ao transformador, por exemplo durante o período noturno,
obviamente após a conclusão de todos os ensaios AC.
A correta interpretação dos resultados obtidos com o RVM deve sempre ser
complementada com todos os dados disponíveis sobre o equipamentos, por exemplo:
histórico de falhas e/ou de manutenção, outros tipos de ensaios, RVM´s executados
anteriormente, dados de projeto, etc. O resultado do ensaio de RVM isoladamente
tem um valor restrito.
7. COMPROVAÇÃO PRÁTICA
7.1 Exemplo 1
Vale ressaltar que o ensaio de RVM, originariamente, é previsto para ser feito
em transformadores cheios com óleo. Como foi realizado em transformadores com
N2, seria de se esperar alguma alteração na curva obtida em virtude de interferências,
pela menor rigidez dielétrica e estabilidade térmica do conjunto, o que de fato ocorreu
sem contudo comprometer o diagnóstico.
7.2 Exemplo 2
Transformadores da CTEEP, acompanhados em processo de
comissionamento. Nota-se uma maior dispersão dos valores devido ao fato dos
equipamentos já se encontrarem em processo de intervenção para montagem.
7.3 Exemplo 3
7.4 Exemplo 4
Aqui pode-se notar uma situação semelhante à anterior, com a diferença que a
condição inicial de umidade medida pelo RVM era pior que a indicada pela URSI,
situação que se manteve inalterada mesmo após tratamento termovácuo.
7.5 Exemplo 5
7.6 Exemplo 6
Manutenção em campo para troca do comutador em Trafo da EPTE de 345 kV, 133
MVA, 1 ano de operação
URSI RVM
Antes da intervenção: - 1,35
Após intervenção: 1,6
Após tratamento: 1,0 1,74
Após enchimento: - 1,54
8. CONCLUSÃO
Os resultados práticos parecem confirmar que o ensaio de URSI não pode ser usado
como parâmetro de avaliação do estado da isolação sólida de transformadores em
operação, exceto em situações onde seja seguro afirmar que a isolação sólida
apresenta-se com a umidade homogeneamente distribuída, para que se possa admitir
que o valor de umidade da superfície da isolação é representativo de toda a massa
de papel.
O RVM apresenta-se como o primeiro método a avaliar a umidade de toda a isolação
sólida. Isto qualifica o RVM, mais como um método de diagnose do que de
monitoramento. O valor do método é a precoce detecção de problemas na isolação,
antes que quaisquer outros indicadores e a avaliação e acompanhamento do estado
de envelhecimento da isolação celulósica sem intervenção interna no equipamento,
sendo até o momento a única opção não invasiva e não destrutiva de avaliação do
estado da isolação sólida.
9. BIBLIOGRAFIA
(1) Jayme L. Nunes Jr. - O Óleo Isolante do Ponto de Vista Químico - IV SEMEL –
Seminário de Materiais do Setor Elétrico Curitiba, 1994
(3) Alexander G. Schlag – The Recovery Voltage Method for Transformer Diagnosis