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Sistema de Documentação TELEBRÁS

Title: BOX.EPS 235-160-712 (PADRÃO)


SÉRIE "ENGENHARIA"
Creator: JPJ EMISSÃO 01, MAI 1998
CreationDate: 13-feb-1992 Tuesday at 15:36:43.42 PAG. 1 de 7

- PRÁTICA -

REQUISITOS DE ISOLAMENTO PARA A REDE EXTERNA DE


TELECOMUNICAÇÕES

SUMÁRIO PAG.

1. GENERALIDADE.................................................................................................. 2

2. REFERÊNCIAS....................................................................................................... 2

(A) DA TELEBRÁS................................................................................................ 2

(B) DA ABNT......................................................................................................... 2

3. CAMPO DE APLICAÇÃO..................................................................................... 2

4. DEFINIÇÕES.......................................................................................................... 2

5. DESIGNAÇÃO....................................................................................................... 3

6. ENSAIO DE TENSÃO DISRUPTIVA ASSEGURADA A SECO.................. 3

7. ENSAIO DE TENSÃO SUPORTÁVEL SOB CHUVA.................................... 4

8. OBSERVAÇÃO...................................................................................................... 7

9. APROVAÇÃO E DATA DE VIGÊNCIA........................................................... 7


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1. GENERALIDADES

1.01 Este documento tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos exigíveis e os métodos
de ensaio para os isolamentos dos componentes utilizados na rede externa de telecomunicações.

1.02 Estes requisitos se aplicam tanto a isoladores propriamente ditos quanto a outros
componentes em cujo projeto já estejam incorporadas características de isolamento.

2. REFERÊNCIAS

(A) Da TELEBRÁS

2.01 Prática SDT – 235-600-002 - Princípios para Projeto de Proteção Elétrica da Rede Externa
de Telecomunicações.

(B) Da ABNT

2.02 Norma NBR 6936 de Abril de 1992- Técnicas de Ensaios Elétricos de Alta Tensão.

3. CAMPO DE APLICAÇÃO

3.01 Esta Prática se aplica a todas as Empresas do Sistema TELEBRÁS, sendo a sua divulgação
classificada como ostensiva.

4. DEFINIÇÕES

4.01 Isolador - Acessório confeccionado em material isolante, destinado a fixar duas estruturas e
assegurar um isolamento elétrico entre elas.

4.02 Isolamento - Característica elétrica de um elemento não condutor que separa um par de
eletrodos, a qual representa a capacidade deste elemento impedir o fluxo de corrente elétrica
entre os eletrodos, quando aplicada uma tensão entre os mesmos.

4.03 Tensão Disruptiva Assegurada - Valor eficaz da mínima tensão em freqüência industrial
(60 Hz) que, uma vez aplicada em um par de eletrodos isolados entre si, com certeza
provoca uma descarga disruptiva entre os mesmos.

4.04 Tensão Suportável - Valor eficaz da máxima tensão em freqüência industrial (60 Hz) que,
uma vez aplicada em um par de eletrodos isolados entre si, por um determinado tempo, com
certeza não provoca uma descarga disruptiva entre os mesmos.

4.05 Descarga Disruptiva - Descarga elétrica que se estabelece entre dois eletrodos, devido à
superação do isolamento entre eles. Caracteriza-se pela formação de arco elétrico entre os
eletrodos, dando origem a um curto circuito temporário entre os mesmos.

4.06 Tensão Suportável sob Chuva - Tensão suportável de um isolamento quando o mesmo é
submetido à chuva artificial.
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4.07 Uso-Mútuo - Prática de compartilhamento dos postes da rede externa entre as


concessionárias de energia elétrica e de telecomunicações.

4.08 Corpo de Prova - Isolador ou componente de rede externa a ser submetido aos ensaios
constantes deste documento.

5. DESIGNAÇÃO

5.01 Os isolamentos para rede externa de telecomunicações deverão ser classificados de acordo
com a Tabela 1, em função da tensão de operação da rede elétrica em uso-mútuo:

CLASSE DE TENSÃO I II
Rede em uso-mútuo de Redes em uso-mútuo de
posteação com rede elétrica posteação com rede elétrica
Tipo de Uso-Mútuo com tensão nominal até 15 kV com tensão nominal entre
entre fases 15kV e 35 kV entre fases.

Tabela 1 - Classes de Isolamento

5.02 Os isolamentos para rede externa de telecomunicações deverão ser classificados de acordo
com a Tabela 2, em função de sua aplicação:

SÉRIE APLICAÇÃO
1 Isolamento do Cabo Mensageiro do Poste
2 Isolamento de acessórios pesados do poste, tais
como Armário de Distribuição, Pote de
Pupinização, Repetidor PCM, etc.
3 Isolamento de acessórios leves do poste, tais como
Terminal de Acesso de Rede (TAR),
Multiplicador de Linhas de Assinantes (MLA), etc.
4 Isolamento de Conjunto de Emenda Aérea
5 Isolamento de Condutores de Aterramento e
Vinculação
6 Isolamento de Mensageiro para Segurança Pessoal

Tabela 2 - Séries de Isolamento

6. ENSAIO DE TENSÃO DISRUPTIVA ASSEGURADA A SECO

6.01 Este ensaio se aplica aos isolamentos da Série 1, ou seja, isolamento entre o cabo
mensageiro e o poste. Este isolamento deve apresentar uma Tensão Disruptiva Assegurada a Seco
igual ou menor que 25 kV para isolamento da Classe I e igual ou menor a 35 kV para isolamento da
Classe II.
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6.02 Para a execução deste ensaio o Corpo de Prova deve ser montado na parte média de um
poste artificial, constituído de um cilindro metálico de diâmetro externo entre 15 cm e 25 cm e no
mínimo 1,0 metro de comprimento, conforme a Figura 1. A montagem deve incluir um trecho de
cabo mensageiro de forma que sobre pelo menos 0,5 metro do mesmo de cada lado do poste e deve-
se utilizar as amarrações e/ou acessórios de fixação previstos para instalação em campo. As
superfícies isolantes devem ser limpas com detergente não iônico, que deve ser removido antes do
início do ensaio.

Figura 1. - Montagem do Ensaio para Isolamento da Série 1

6.03 Aplicar a tensão de ensaio entre o cabo mensageiro e o poste de forma gradual, até a
ocorrência de descarga disruptiva. Repetir este procedimento 5 (cinco) vezes, observando um
intervalo de no mínimo 1 minuto entre descargas subsequentes. A Tensão Disruptiva Assegurada do
Corpo de Prova deve ser considerada como a maior leitura obtida para as cinco aplicações.

6.04 O valor obtido para a Tensão Disruptiva Assegurada deve ser corrigido para as condições de
temperatura e pressão conforme prescrito na NBR 6936.

7. ENSAIO DE TENSÃO SUPORTÁVEL SOB CHUVA

7.01 Este ensaio se aplica aos isolamentos de todas as Séries descritas na Tabela 2. Os
isolamentos devem apresentar uma Tensão Suportável sob Chuva de acordo com a Tabela 3.

CLASSE SÉRIE
1 2, 3 e 4 5 6
I 10 25 35 0,5
II 25 35 35 0,5
Tabela 3 - Tensão Suportável sob Chuva (valores em kV eficazes)

7.02 Para a execução deste ensaio em isolamentos da Série 1 o Corpo de Prova deve ser montado
na parte média de um poste artificial, constituído de um cilindro metálico de diâmetro externo entre
15 cm e 25 cm e no mínimo 1,0 metro de comprimento, conforme a Figura 1. A montagem deve
incluir um trecho de cabo mensageiro de forma que sobre pelo menos 0,5 metro do mesmo de cada
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lado do poste e deve-se utilizar as amarrações e/ou acessórios de fixação previstos para instalação
em campo. As superfícies isolantes devem ser limpas com detergente não iônico, que deve ser
removido antes do início do ensaio. A tensão de ensaio deve ser aplicada entre o cabo mensageiro e
o poste.

7.03 Para a execução deste ensaio em isolamentos das Séries 2 e 3 o Corpo de Prova deve ser
montado na parte média de um poste artificial, constituído de um cilindro metálico de diâmetro
externo entre 15 cm e 25 cm e no mínimo 1,0 metro de comprimento, conforme mostrado na Figura
2. A montagem deve utilizar as amarrações e/ou acessórios de fixação previstos para instalação em
campo. As superfícies isolantes devem ser limpas com detergente não iônico, que deve ser
removido antes do início do ensaio. A tensão de ensaio deve ser aplicada entre o conjunto de
condutores do Corpo de Prova (pares + blindagem + terminal de aterramento) e o poste.

Figura 2. - Montagem do Ensaio para Isolamento das Séries 3 e 4

7.04 Para a execução deste ensaio em isolamentos da Série 4, o Corpo de Prova deve ser montado
na parte média de um trecho de cabo mensageiro metálico de no mínimo 1,5 metros de
comprimento, conforme a Figura 3. A montagem deve utilizar as amarrações e/ou acessórios de
fixação previstos para instalação em campo. As superfícies isolantes devem ser limpas com
detergente não iônico, que deve ser removido antes do início do ensaio. A tensão de ensaio deve ser
aplicada entre o conjunto de condutores do Corpo de Prova (pares + blindagem + terminal de
aterramento) e o cabo mensageiro.
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Figura 3. - Montagem de Ensaio para Isolamentos da Série 4

7.05 Para a execução deste ensaio em isolamentos das Séries 5 e 6, o Corpo de Prova deve ser
montado de acordo com a Figura 1, onde o eletrodo externo é obtido envolvendo-se a parte externa
do isolamento com um folha de papel alumínio de 10 cm de largura. A distância “L” entre a
extremidade do isolamento e o eletrodo externo deve ser de no mínimo 100 cm para a Série 5 e no
mínimo 30 cm para a Série 6. Quando for necessário simular o eletrodo interno, deve-se utilizar um
trecho de cabo mensageiro ou um condutor de diâmetro equivalente.

Figura 1 - Montagem de Ensaio para Isolamento das Séries 5 e 6

7.06 Aplicar chuva artificial sobre o Corpo de Prova, nas condições previstas no "Procedimento
Normalizado para o Ensaio sob Chuva" (Item 4.4.1 da NBR 6936 de Abril de 1992), ou seja,
resistividade da água entre 85 e 115 .m e taxa de precipitação entre 1,0 a 2,0 mm/min. para cada
componente (vertical e horizontal). É permitida a medição apenas da componente vertical da chuva,
desde que se assegure um ângulo de precipitação de aproximadamente 45. Manter a chuva
artificial sobre o Corpo de Prova por 15 minutos, antes de energizar o mesmo.

7.07 Mantendo a chuva artificial sobre o Corpo de Prova, aplicar a tensão de ensaio de forma
gradual até o valor especificado no Item 7.01. Manter a tensão de ensaio por um período de 10
segundos e em seguida desenergizar o Corpo de Prova de forma gradual. Durante o ensaio não
deve ocorrer descarga disruptiva no Corpo de Prova.
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8. OBSERVAÇÃO

8.01 Quaisquer comentários, sugestões, críticas ou outro tipo de informação relacionados com o
presente documento devem ser dirigidos à Divisão de Desempenho de Rede de Acesso e
Terminações do Departamento de Desempenho e Qualidade da Planta da TELEBRÁS ou à Divisão
de Serviços de Integridade da Rede do Departamento de Serviços Tecnológicos e Conformidade do
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) da TELEBRÁS.

9. APROVAÇÃO E DATA DE VIGÊNCIA

9.01 Este documento foi aprovado pelo Gerente do Departamento de Desempenho e Qualidade
da Planta, por delegação do Diretor de Rede da TELEBRÁS, em de de 1998, entrando
em vigor a partir desta data.

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