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UNIDADE IV • <Título da Unidade IV>

PSICOLOGIA, GÊNERO E SEXUALIDADE


CURSO: PSICOLOGIA
PROFESSOR (A): VANINA MIRANDA DA CRUZ

ENCONTRO 05: HUMILHAÇÃO SOCIAL E SOFRIMENTO PSÍQUICO

1 Introdução

Olá, estudante! Tudo bem?

Sejam bem-vindas e bem-vindos à mais um encontro da Disciplina Psicologia,


Gênero e Sexualidade.
Hoje vamos debater sobre a humilhação social e o sofrimento psíquico.
Diversos fatores na nossa sociedade podem levar a processos de humilhação
social que geram consequencias nefastas para quem experiencia tais experências
gerando por exemplo sofrimentos psíquicos diversos que podem até mesmo se
constituir como adoecimentos.
Somos seres sociais e nos constituímos socialmente, existimos em relação, por
mais que sejamos introspectivos ou que tenhamos preferência por uma vida mais
reservada, necessariamente precisamos do outro para nos desenvolver ao longo da
vida. Você já deve ter escutado o ditado popular “nenhum homem é uma ilha”.
Existem pessoas, porém que se sentem “ilhadas” socialmente pois não se
sentem aceitas ou se sentem rejeitadas. Essas rejeições muitas vezes contém
aspectos aos quais chamamos “demarcadores sociais” e aqui podemos exemplificar:
raça, classe, gênero, geração.
Nossa sociedade, por mais diversa que seja é demarcada por processos sociais
que culminam em desigualdades e assimetrias. Assim, por exemplo, uma mulher em
um ambiente eminentemente masculino pode se sentir discriminada, pode ser
assediada ou não ser valorizada. Uma pessoa negra pode se sentir rejeitada por
pessoas não-negras ou se sentir inferiorizada, ou mesmo preterida, em suma, pode se
sentir discriminada. Uma pessoa com uma idade mais avançada pode sentir que não
tem espaço na sociedade, que as pessoas não se interessam nem valorizam sua fala

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e sua presença. Por isso que estudamos os impactos dos efeitos do conceito de
geração. Uma pessoa pertencente a uma classe social menos favorável, por sua vez,
pode sentir marcas sociais de rejeição, discriminação, tratamento desigual.
Quando estudamos a influência mútua desses fatores estamos trabalhando
com a ideia de “interseccionalidade”, ou seja, como os diversos demarcadores sociais
atuam e produzem efeitos, lembrando que muitas vezes esses efeitos são maléficos
para quem o sente.
Vamos aprofundar a temática “interseccionalidade” no nosso podcast,
combinado?
O nosso desafio enquanto profissionais que atuam em prol do bem-estar
emocional das pessoas é compreender processos que são propulsores de sofrimento
e não desconsiderar esses fatores para que possamos auxiliar as pessoas na
reestruturação de suas subjetividades.
Assim, por exemplo, na atualidade falamos da Psicologia Antiracista, uma
perspectiva que leva em consideração os impactos do racismo na saúde mental,
entendendo o racismo como um fenômeno completo que pode se apresentar de
diversas formas incluindo formas simbólicas, sutis e em algumas situações até mesmo
naturalizadas e difíceis de serem identificadas.
Espero que você tenha gostado do nosso encontro, acompanhe os conteúdos
e realize as leituras indicadas na referência abaixo. A partir de agora é só clicar na
Análise Diagnóstica e responder às questões propostas.
Até o nosso próximo encontro!
REFERÊNCIAS

COIMBRA, C. M. B. Comissão nacional de direitos humanos. Psicologia, ética e direitos


humanos. 2. Ed. São Paulo: Casa do Psicólogo; Brasília: Conselho Federal de
Psicologia, 2000.

SPINK, M J P. Psicologia social e saúde: práticas, saberes e sentidos. Petrópolis:


Vozes, 2003.

Indicação de Leitura:
COIMBRA, C. M. B. Comissão nacional de direitos humanos. Psicologia, ética e direitos
humanos. 2. Ed. São Paulo: Casa do Psicólogo; Brasília: Conselho Federal de
Psicologia, 2000. p. 10-13; p. 24-26. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2004/05/cartilha_dh.pdf

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Relações Raciais – Referências Técnicas para a atuação de Psicólogas (os). CFP,


2017. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2017/09/relacoes_raciais_baixa.pdf

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