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Und e rground H ave n (w w w .unde rh ave n.com .

br) apre s e nta

Edição Eletrônica Gratuita - Ve nda Proibida


ISBN: 9 78-85-61755-03-4

TIAGO JO SÉ "D EICIDE " GALVÃO M O R EIR A

D u e n d e s e e le m e n ta is n ão são coisa s d o pa ssa d o.


E le s a in d a d a n ç a m n a s te m pe sta d e s m a is b r a via s,
e ca ç a m n a s m a ta s m a is e scu r a s.

Ove lh o folclor e e xistia pa r a n os a visa r :


A n a tu r e za é im pie d osa , a m or a le in u m a n a .
M a s con tos d e fa d a s n ão são r e a is,
A r e a lid a d e é m u ito pior .

GO IÂNIA , 1a. E DIÇÃO , 2008


CRÉD ITOS A GRAD E CIM E N TOS
Criação: Tiago Jos é Galvão M ore ira Agrade ço m uito a todo o pe s s oal da lis ta de
dis cus s ão do Yah oo, e m e s pe cial a Filipe “Π ” Barros ,
Te xtos: Tiago Jos é Galvão M ore ira
Ednardo “Padre Judas ” Araújo, Érik a “K yk raize n”
R e visão: Tiago Jos é Galvão M ore ira
Fe rnande s , Fe rnando “Alph ae l” Xavie r e R ube ns
Arte : Tiago Jos é Galvão M ore ira, D iogo Pe ixoto “Arq uim ago”Padove ze . Es te livro é para vocês , pe s s oal,
M onte iro q ue têm acom panh ado e apoiado o proje to Ao Cair d a
Diagram ação: Tiago Jos é Galvão M ore ira Noite por tanto te m po.
Tam bém q ue ro agrade ce r ao pe s s oalda blogos fe ra
bras ileira pe lo apoio dado ao s is te m a, e m e s pe cial a
PLAY - TE S T Alexandre Guim arãe s do R PGista.com .b r, Ana Carolina
d'A M atil h a, Antônio Sá do Pop Dice s, D anie lR am os do
Cláudio Tom ás Galvão M ore ira, D iogo Pe ixoto Pe nsotopia, Fe lipe Ve llos o do Am b rosia, Fe lipe Souza do
M onte iro, Giovanni Lavalle de Cas tro, R afae lGonçalve s Dad os Lim pos, M arlon Te s k e do Inom inattus, R e ynaldo
M ach ado de Araújo, Tiago Arante s Pe re ira, Tiago Jos é Cruz do O oze e Vinicius M oe s do M inas M orgul , q ue
Galvão M ore ira ate nde ram o ch am ado para ajudar a divulgar a iniciativa da
Und e rground H ave n!
E, é claro, pre cis o agrade ce r a m e u grupo de jogo:
Giovanni, M árcio (s um ido!) R afae le Tiago, por m e m ante r
viciado e m R PG. Só falta m e s m o algum de les criar
corage m de narrar e m e de ixar s e r s ó jogador por algum
te m po!

A GRAD E CIM E N TOS E S PE CIAIS


A Érik a, m inh a noiva, cuja tolerância às m inh as
UNDER GR O UND H AVEN PUBLICAÇÕES
bizarrice s e m anias foi e s s e ncialpara q ue ch e gás s e m os
R ua 6, Qd. 54, Lote 47, Cas a 2, Sala 1 onde e s tam os h oje . Eu te am o m uito, Érik a!
Ce ntro, Goiânia - GO , CEP: 74.023-030 A Cláudio, m e u irm ão, q ue não s ó te m dado
ad m in@ und e rh ave n.com .b r bas tante apoio a e s s a e m pre itada, com o ajudado a ve nde r
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A D iogo, com panh e iro de jogo e de curs o s upe rior,
por e s tar s e m pre ajudando no q ue é pos s íve l. Se m e le, as
ISBN: 9 78-85-61755-03-4 ilus traçõe s dos livros não e xis tiriam .
E a m e us pais , D élio e Célia, q ue s e m pre apoiaram
m inh as e s colhas e e s tive ram ao m e u lado e m toda a
jornada (de s de o com e cinh o de la!)

© 2 0 0 8, Tia go José Ga lvão M oreira .


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Con te úd o
In tr od u ç ão: Pe ga d a s 5

A pr e se n ta ç ão 9

Ca pítu lo 1: A N a tu r e za E spir itu a l 13


Ca pítu lo 2 : Os Re in os E le m e n ta is 21

Ca pítu lo 3: S iste m a s E spir itu a is 27

A pên d ice 1: E spír itos E xe m pla r e s 47


A pên d ice 2 : Ou tr os S iste m a s 69

Ín d ice Re m issivo 81
“M on ta n h a s in spira m a dm ira ção em q ua lq uer
ser h um a n o q ue ten h a a lm a . Ela s n os lem bra m de
n ossa fra gilida de, de n ossa in sign ificân cia , da
brevida de de n ossa existên cia n esta terra . Ela s toca m
os céus e veleja m n um a a ltitude a lém da
im a gin a ção de um sim ples m orta l.”
- Elizabe th As ton, Th e Exploits & Adve nture s ofM is s Aleth e a D arcy

“N ós esta m os sós, a bsoluta m en te


sozin h os n este pla n eta ca sua l: e, en tre
toda s a s form a s de vida q ue n os cerca m ,
n en h um a , exceto os cães, fez a lgum a
a lia n ça con osco.”
- M aurice M ae te rlinck

“É in crível o q uão rápido a


n a tureza con som e loca is h um a n os
depois q ue n ós os a ba n don a m os. A
vida é um a coisa fa m in ta .”
- ScottW e s te rfe ld, Pe e ps

“Eu? Eu tive ta n tos n om es...


N om es a n tigos q ue só os ven tos e a s
árvores podem pron un cia r. Eu sou a
m on ta n h a , a floresta e a terra . Eu
sou... eu sou um fa un o.”
- O Fauno, O Labirinto do Fauno
Introdução
Pe ga d a s

“Nos s a, e s te lugar é lindo!” , e logiou Cíntia ao puxas s e ge ntilm e nte para a água.
de ixar a trilha e ade ntrar a clare ira. Adiante , um córre go “Não, m e u pai os proibiu de vir aq ui” , re s ponde u
dava num barranco de m ais ou m e nos um m e tro e m e io de R odrigo, “m as e les já não gos tavam da m ata, dize m q ue
altura, ge rando um a pe q ue na q ue da d’água q ue alim e ntava m uita ge nte já s e pe rde u ne la” .
um a pis cina natural. O forte s ol, pouco bloq ue ado pe la Ao m e rgulhar os pés na água ge lada, Cíntia s e ntiu
copa das árvore s , ilum inava e aq ue cia a clare ira, criando um calafrio. Paus ou por um ins tante e fe ch ou os olhos ,
um am bie nte agradáve l onde o cas al de jove ns pode ria e s pe rando o arre pio pas s ar. Naq ue le m om e nto, ve io-lhe um
pas s ar o re s to da tarde . s e gundo arre pio, m ais inte ns o, um a s e ns ação ruim q ue não
“D e s cobri e s s e lugar faz pouco te m po, fica de ntro tinh a orige m óbvia.
da áre a de pre s e rvação da faze nda” , dis s e R odrigo, “Que foi?” , q ue s tionou R odrigo ao notar o
s atis fe ito ao ve r o s orris o da nam orada. “Ninguém cos tum a de s conforto da jove m .
vir aq ui, e ntão a tarde toda vai s e r s ó nos s a.” Cíntia ins pirou fundo e s e re com pôs , te ntando
Cíntia abraçou o nam orado e o be ijou com ignorar aq ue la s e ns ação de s confortante . “Nada, foi s ó o
e ntus ias m o. Na infância, e la ia à faze nda dos avôs toda ch oq ue de e ntrar na água fria” , de duziu. Em s e guida, s e ntiu
s e m ana. Contudo, a faze nda foi ve ndida de pois da m orte o ge ntilpuxão da m ão de R odrigo, q ue já e s tava im e rs o até
de s e u avô, e Cíntia s e ntia falta do contato com a nature za. a cintura e te ntava fazê-la s e gui-lo.
Ela s e m pre gos tou de s e banh ar e m rios , de andar a cavalo “Não s e pre ocupe , q ue e u te e s q ue nto” , dis s e
e de dorm ir longe do barulho e da luze s da cidade grande . R odrigo, com um s orris o m aroto nos lábios . Ela tam bém
Quando R odrigo a convidou para pas s ar o fim -de -s e m ana s orriu e m re s pos ta, de ixando q ue fos s e levada até o ce ntro
na faze nda do pai, e la não te ve com o re cus ar, ape s ar da da pis cina, onde as águas a alcançavam nos om bros . Ali,
proxim idade das provas finais de s e m e s tre na faculdade . R odrigo a abraçou e a be ijou inte ns am e nte .
“Am e i a s urpre s a” , dis s e , fitando os olhos cas tanh os do O jove m cas alpros s e guiu com be ijos e carícias até
nam orado. q ue s e us corpos s e acos tum as s e m com a te m pe ratura da
R odrigo afas tou-s e da nam orada para apoiar s ua água. O s dois ficariam ali durante toda a tarde , s e am ando
s acola s obre um a pe dra às m arge ns da pis cina de águas ao s om de pás s aros , cigarras e água corre nte . Sob a
lím pidas e ge ladas . Ele e ra um rapaz da cidade , não tinh a dis tração da las cívia, Cíntia e s q ue ce u por com pleto a
m uito gos to pe la faze nda, contudo, q uando s oube q ue s e ns ação q ue tive ra ape nas m inutos ante s , um alerta
Cíntia adorava o cam po, não pôde pe rde r a ch ance de ins tintivo de q ue algo os obs e rvava.
pas s are m um fim -de -s e m ana a s ós . O s dois nam oravam h á
ape nas dois m e s e s , logo s e ria um a oportunidade pe rfe ita ---------------------------
para e s tre itare m o re lacionam e nto. “Que tal nadar um
pouco?” , s uge riu, re m ove ndo a cam is e ta. “Volto logo” , R odrigo avis ou, levantando-s e e
Cíntia s orriu e m re s pos ta e tirou a blus a. “Com o be ijando a te s ta da nam orada.
você de s cobriu e s s e lugar, R odrigo?” , q ue s tionou e nq uanto “Aonde você vai?” , q ue s tionou Cíntia, s e ntada
re m ovia a be rm uda, ficando ape nas de biq uíni. s obre as pe dras , aprove itando a luz s olar q ue batia ali, à
“M e u pai de s cobriu faz uns m e s e s , q uando te ve de be ira da pis cina natural.
procurar na m ata por uns m oleq ue s pe rdidos , filhos de “Ate nde r ao ch am ado da nature za” , riu R odrigo,
e m pre gados da faze nda” , re s ponde u R odrigo. Já ape nas de de s ne ce s s ariam e nte e xplicando e m s e guida: “Vou dar um a
calção de banh o, e le s e pôs e ntre a água e Cíntia e e s te nde u m ijada” .
convidativam e nte a m ão para e la. “Pare ce q ue os “Que rom ântico” , Cíntia re s m ungou s arcas tica-
e m pre gados já conh e ciam o lugar, m as nunca tinh am m e nte , obs e rvando R odrigo afas tar-s e do córre go e s um ir
contado ao m e u pai” . e ntre as árvore s . Em s e guida, s oltou um s us piro,
“Não te m ris co de alguém apare ce r?” , q ue s tionou re lem brando os e ve ntos daq ue la tarde m aravilhos a: ali,
Cíntia, dando a m ão ao nam orado e de ixando q ue e le a naq ue la clare ira, e les nadaram e lanch aram s ob o Sol.
PEGADAS 5
Quantas h oras tinh am pas s ado ali, s e be ijando e s e ao olhar para trás , viu s ua toalha pe nde nte , “agarrada”pe lo
acariciando?D uas ?Três ?Ela não tinh a ce rte za, m as o Sol galho de um a árvore , cujas ram ificaçõe s pode riam s e r
já com e çava a pe rde r um pouco de s e u brilho, o q ue confundidas com de dos .
indicava q ue faltava talve z pouco m ais de um a h ora ante s Foi q uando a m ata com e çou a s e s acudir e de bate r
de s um ir no oe s te . Cíntia fe ch ou os olhos para aprove itar a m ais um a ve z. Num ins tante de te rror, Cíntia corre u para o
luz e o calor s olar q ue batiam e m s e u ros to. outro lado da clare ira, pas s ando pe la continuação do
Ali e la pe rm ane ce u por alguns m inutos , s e ntada de córre go e contornando a pis cina natural, onde e la e R odrigo
olhos fe ch ados . Foi q uando notou q ue a m ata e s tava tinh am de ixado s uas cois as . Para a s urpre s a da jove m , a
s ilencios a, s e m o s om típico de pás s aros e cigarras q ue s acola, toalhas , roupas e re s tos de com ida e s tavam todos
ouvira cons tante m e nte q uando e la e o nam orado ch e garam re m e xidos . O fe gante e e m pânico, e la corre u dali, pe gando
à clare ira, h oras ante s . Agora q ue R odrigo não e s tava ali a trilha pe la q ualvie ram originalm e nte . Por ins tinto, gritou
para dis traí-la e m s e us braços , o s ilêncio de ixou Cíntia o nom e do nam orado re pe tidas ve ze s e nq uanto fugia
pre ocupada. Pe rce be ndo q ue e le já de ve ria te r voltado, a daq ue la clare ira m aldita, de s e jando q ue R odrigo pude s s e
m oça abriu os olhos e gritou por e le. “R odrigo?” , o ouvi-la e s e gui-la.
ch am ado e coou na m ata, m as não obte ve re s pos ta. Cíntia pe rcorre u a trilha, gritando e corre ndo por
Cíntia s e levantou e , s e ntindo um arre pio de z, vinte m e tros . Então, q uando de ixou as árvore s para
incôm odo, cobriu os om bros com um a toalha, abraçando-a trás e s e viu novam e nte na clare ira da q ualacabara de
com o s e e s s e ge s to pude s s e fazê-la s e ntir-s e m ais s e gura. e s capar, diante de s e us pe rte nce s m e xidos e da pis cina de
Então, cam inh ou até os lim ite s da clare ira, na dire ção calm as águas ge ladas , e la caiu de joe lhos , gritou algo
tom ada ante riorm e nte pe lo nam orado. “R odrigo?” , incom pre e ns íve l e com e çou a ch orar. Aq uilo não e ra
ch am ou-o, s e m gritar de s ta ve z. Novam e nte , a re s pos ta foi pos s íve l! Com o e la tinh a voltado ao s e u ponto de partida?
ape nas s ilêncio. Se m s abe r o q ue faze r, e la pe rm ane ce u na A m ata ainda tre m ia e m e s pas m os cons tante s , s e us galhos
borda da m ata, aguardando ali com a e s pe rança de q ue balançando à vontade de um ve nto ine xis te nte , o q ue
R odrigo s urgis s e a q ualque r m om e nto. Fitando o ch ão, ape nas de ixava Cíntia m ais e m ais de s e s pe rada. O q ue
Cíntia viu as pe gadas do nam orado, indo na dire ção da e s tava aconte ce ndo?Ela não cons e guia e nte nde r, m as s abia
flore s ta, m as para s ua s urpre s a pe rce be u um s e gundo ras tro q ue e ra algo te rríve l. Te ndo a s e ns ação de notar m ais um
q ue re tornava pe lo m e s m o cam inh o, fe ito por pés m e nore s vulto s e m ove ndo na m ata, e la s e levantou e e ncarou a
e m ais leve s . “R odrigo!!!” , e la urrou, apavorada, diante da trilha pe la q ual te ntara fugir. Ali, s obre s uas pe gadas
pos s ibilidade de q ue alguém m ais e s taria alina clare ira. re ce nte s , q ue indicavam q ue e la s aiu e voltou pe lo m e s m o
Após aq ue le ins tante de pavor, Cíntia te ntou s e cam inh o, a jove m pe rce be u novam e nte as pe gadas infantis
conte r, tapando a boca com um a m ão, e nq uanto com a com e çando na clare ira e s e pe rde ndo de vis ta na m ata.
outra ape rtava firm e a toalha q ue cobria-lhe om bros e Te ria o m oleq ue ido e m bora?Cíntia q ue ria acre ditar
tórax. A s e ns ação ruim q ue tive ra ante s re tornava, e s ua q ue s im , m as os arre pios não a de ixavam . Ela s e abraçou,
te ns ão s e pre cipitou num grito de s us to q uando as árvore s ch orando, fitando a trilha e as pe gadas ne la e ve ndo o
ao re dor com e çaram a balançar violentam e nte com o s e balançar das árvore s . Algo dizia a e la para te ntar a trilha
atingidas por um a ve ntania, ge rando um farfalhar inte ns o novam e nte , m as e la ignorou e s s e pe ns am e nto e aos prantos
de s uas folhas . Afas tando-s e da borda da clare ira e corre u para a m ata, s e m pe gar o cam inh o conh e cido, m as
re tornando às pe dras , Cíntia ficou a fitar confus a o te ntando s e m ante r próxim a a e le. Se m de s ace lerar o pas s o
fe nôm e no, olhando ao re dor e re zando para q ue R odrigo ou parar para olhar ao re dor, e la continuou a fugir
s urgis s e da m ata. Foi e ntão q ue s ua vis ão pe riférica notou de s e s pe radam e nte . Galhos de árvore s s e m oviam para
um a form a h um ana pe q ue na e indis tinta, e s pre itando atrás atrapalhar s e u cam inh o, m as e la não parava, de ixando q ue
de um a árvore no lim iar da m ata. Num im pulso, a m oça s e ch ocas s e m contra s e u corpo, caus ando-lhe e s coriaçõe s e
focou s e u olhar naq ue la dire ção, ape nas para cons tatar q ue pe q ue nos corte s .
e ra ape nas s ua m e nte pre gando-lhe pe ças . Naq ue le Já e s tava e s cure ce ndo q uando Cíntia viu as árvore s
ins tante , o m ovim e nto das árvore s ce s s ou de im e diato, e o ficare m para trás . Não de m orou a atrave s s ar o m ato alto e
s ilêncio da m ata, q ue brado ape nas pe lo s om das águas q ue ch e gar ao pas to da faze nda. Foi s ó e ntão q ue a m oça parou,
s e coletavam no ce ntro da clare ira, re tom ou o am bie nte . abalada e e xaus ta, e caiu de joe lhos . Fitando a m ata q ue
Cíntia não s abia o q ue faze r, m as q ue ria e nte nde r o de ixara para trás , viu as árvore s calm as , m ovidas ape nas
q ue e s tava aconte ce ndo. Aproxim ando-s e do locale m q ue pe la bris a s uave . O s ols e punh a a oe s te , m as as s om bras da
pe ns ara te r vis to o vulto, cons tatou a pre s e nça de leve s m ata já s e tornavam de ns as . Só e ntão, não m ais s e ntindo
pe gadas infantis , q ue apontavam na dire ção da m ata. Sua aq ue la te ns ão ins uportáve l, q ue Cíntia finalm e nte s e de u
m e nte dizia-lhe q ue aq uilo e ra ape nas um a brincade ira de conta das dore s do corpo, ch e io de fe ridas caus adas por s ua
m oleq ue , m as s e u ins tinto a fazia s e s e ntir s ob cons tante fuga irracional. Foi naq ue le m om e nto q ue e la pe ns ou
pe rigo. Ins pirando profundam e nte e e xpirando lentam e nte , novam e nte e m R odrigo, e por q uas e um a h ora gritou e m
Cíntia bus cava re cobrar o autocontrole, m as s e u coração vão pe lo nam orado.
te im ava e m bate r com inte ns idade . “Que m e s tá aí?” ,
pe rguntou e m voz alta, apoiando-s e num a árvore e nq uanto ---------------------------
te ntava e ncontrar o traq uina na m ata. “Is s o não te m graça,
s e u m oleq ue !” , gritou. “Idiota!” , R odrigo re pe tia a autocrítica. Com o pôde
Então, um a m ão dura pous ou de s úbito no om bro s e r tão idiota?Ele não tinh a s e afas tado ne m cinco m e tros
e s q ue rdo de Cíntia, e e la gritou e m pânico ao s e ntir de dos da clare ira para s e aliviar, com o pôde e rrar o cam inh o de
longos e finos s e fe ch are m para agarrá-la. Num im pulso, a volta?A cada ve z q ue e s colhia um a dire ção, m ais pe rdido
m oça s e jogou para o lado, s e de s ve ncilhando da toalha ficava, com o s e e s colhe s s e s e m pre o pior cam inh o
q ue cobria-lhe os om bros para e s capar daq ue la m ão pos s íve l. Ele nunca tinh a s e e m bre nh ado num a m ata
e s q ue lética. Cíntia corre u de volta às pe dras da clare ira e , daq ue le je ito ante s . “Eu s ou um grande idiota” , s e culpava.

6 INTR O DUÇÃO
As s om bras da flore s ta já s e tornavam m ais de ns as , aq ue le lugar inós pito, R odrigo corre u pe la e s curidão.
e não e ra pos s íve lve r o céu acim a. Não e ra noite ainda, Então, q uando e s tava a poucos m e tros das luze s , pis ou e m
m as não faria dife re nça e m poucos m inutos . A m ata e s tava falso, torce ndo o pé e caindo violentam e nte no ch ão.
s ilencios a, e R odrigo não tinh a ce rte za s e is s o e ra norm al. R odrigo gritou de dor e ouviu, m ais um a ve z, s ua
O nde e s tava o s om dos pás s aros , grilos , cigarras e outros nam orada ch am á-lo. “Socorro! Es tou be m aq ui!” , gritou
bich os q ue de ve riam e xis tir por aq ui? Es tava ce rto s e para guiar Cíntia até e le, e nq uanto s e arras tava até um a
calare m à noite ?Ele não tinh a ce rte za, pois s e m pre fora árvore para apoiar-s e ne la e s e ntar-s e no ch ão.
um rapaz da cidade . D e q ualque r form a, aq ue la s ituação o “Aq ui” , e le re pe tia, ve ndo as luze s de lante rnas
de ixava te ns o, pois não s abia o q uanto tinh a s e cada ve z m ais próxim as . Contudo, q uando e s tavam a
aprofundado na flore s ta. Para e le, e ra im pos s íve ldize r s e poucos m e tros de dis tância, as luze s de s apare ce ram e a voz
os pas tos da faze nda e s tavam a poucos m e tros ou a vários de Cíntia s e calou. Um arre pio pe rcorre u a e s pinh a do
q uilôm e tros de dis tância. rapaz, q ue s e ntiu s e u corpo todo tre m e r. “O q ue e s tá
Foi e ntão q ue a copa das árvore s com e çou a tre m e r, aconte ce ndo?” , gritou, re pe tindo e m de s e s pe ro: “Cíntia?
e as folhas com e çaram a cair com o um a ch uva q ue Cadê você, Cíntia?”
atrapalhava ainda m ais a vis ão. R odrigo te ntava Foi q uando as árvore s s e agitaram novam e nte . Em
inutilm e nte afas tar as folhas cade nte s com os braços , ao m e io à ch uva de folhas , R odrigo viu s e aproxim ar um a
m e s m o te m po e m q ue procurava um a m ane ira de s e guiar. form a atarracada e corcunda, s im ilar a um a pe s s oa, m as de
D e re pe nte , o rapaz s e ntiu um im pacto inte ns o e m s uas olhos re luze nte s com o os de um gato. R odrigo gritou por
cos tas , q ue o fe z cair no ch ão. “Que diabos !” , gritou, s ocorro, m as a única re s pos ta q ue obte ve foi um ris o tím ido
virando-s e s e m s e levantar. Se u coração dis parou ao ve r os da criatura. Tom ado pe lo pânico, o rapaz s e e rgue u com
galhos de um a árvore s e m ove re m , te ntando golpe á-lo dificuldade , m as o pé torcido o im pe diu de corre r. As
novam e nte . R odrigo te ve te m po ape nas para s e prote ge r árvore s atacaram -no novam e nte , golpe ando-o e de rrubando-
com os braços ante s q ue fos s e atingido. Aq uilo doía, m as o na dire ção da criatura. Ali, be m diante da cois a, R odrigo
num ins tante de pânico, a m e nte de le pre fe riu ignorar a dor pôde vê-la com clare za: um a form a ne bulos a, q uas e gas os a,
e não pe ns ar. Le vantando-s e e m de s e s pe ro e gritando, o com cabe los fe itos de m us go e folhas , pe le de árvore ,
jove m s e e ntre gou ao ins tinto e fugiu dali. de nte s dis form e s de m ade ira e pés virados para trás . Foi
Corre ndo s e m rum o pe la m ata, R odrigo não s ua últim a vis ão ante s q ue s ua m e nte e ntras s e e m ch oq ue ,
de m orou a trope çar nas raíze s e xpos tas e cair novam e nte . faze ndo tudo virar tre vas .
Quando s e e rgue u, notou q ue a agitação da flore s ta tinh a
ce s s ado. O rapaz não cons e guia e nte nde r o q ue e s tava ---------------------------
aconte ce ndo, por m ais q ue te ntas s e raciocinar. Árvore s não
s e m ove m s ozinh as ne m golpe iam pe s s oas , ce rto?Aq uilo R odrigo s e ria e ncontrado pe las e q uipe s de bus ca
s ó pode ria s e r um pe s ade lo, um a alucinação caus ada pe lo três dias de pois , incons cie nte , de s nutrido e fraco, com o pé
pânico. Se u corpo todo doía e , ofe gante , o rapaz te ntava luxado e o corpo ch e io de e s coriaçõe s e corte s . Se tive s s e m
conte r a re s piração e controlar o m e do. Pe rm ane ce u ali por de m orado m ais um dia, dis s e ram os m édicos , e le e s taria
alguns m inutos , bus cando re cobrar a razão. A m ata s e m orto. Concluiu-s e , a partir das m e m órias fragm e ntadas do
tornava cada ve z m ais s om bria, e e le te m ia q ue ficaria rapaz, q ue e le te ve alucinaçõe s e m s e us m om e ntos difíce is .
pe rdido ali até o am anh e ce r s e guinte . Foi q uando notou R odrigo não re tornaria m ais à m ata de s de e ntão, e s e u pai
luze s adiante . Lante rnas ? Talve z alguém e s tive s s e m andou q ue um a placa fos s e colocada na e ntrada da trilha
procurando por e le! O jove m re s pirou aliviado q uando a q ue leva à clare ira: “Proibida a Entrada” .
voz de Cíntia e coou, ch am ando-o e m de s e s pe ro: Ape s ar da placa, às ve ze s alguém e ntra na m ata,
“R odrigo!!!” m as nunca s ozinh o, e nunca por m uito te m po. Às ve ze s ,
As luze s s e tornavam m ais próxim as , e s tavam logo dize m os e m pre gados da faze nda, e les e ncontram m arcas
ali adiante . “Cíntia!” , e le gritou, e e la re s ponde u re pe tindo na trilha: s inais m uito pare cidos com pe gadas infantis .
o nom e de le. Apre s s ando o pas s o, ans ios o por de ixar

PEGADAS 7
Q ua n do eu era jovem , o pa i de m eu pa i con ta va - m e h istória s e ca n ções sobre a
terra da q ua ln osso povo viera . Ele fa la va de um tem po a n tigo, um tem po de son h os
a n tes do n osso n a scer, um tem po q ue se foi, m a s a in da existe, e pa ra o q ua l
retorn a rem os q ua n do m orrerm os. Ele ca n ta va ca n ções sobre a terra e seus segredos, sobre
ca da a n im a lq ue n os cerca va , e dizia q ue n osso povo era un o com a terra e o céu e os
bich os, e q ue a s serpen tes e os la ga rtos era m n ossos a n cestra is.
O pa i de m eu pa i n a sceu com um dom especia l, o dom sa gra do de son h a r. Ele
podia retorn a r à era dos son h os e reen con tra r n ossos a n cestra is em form a a n im a l. Ao
son h a r, ele a pren dia sobre os m a les e a s n ecessida des da terra e sobre o pa ssa do e o futuro.
Era ele q uem n os lem bra va dos m on stros n os poços e rios e dos espíritos dos a res e da s
tem pesta des, e n os en sin a va a da n ça r e a ca n ta r pa ra h on rá- los e a pa ziguá- los.
M a s os tem pos m uda ra m . N a q uela época , os dem ôn ios bra n cos já erigia m sua s
gra n des cida des, e desde en tão n osso povo teve sua s cria n ça s rouba da s e terra s
in va dida s. O pa i de m eu pa i se foi h á tem pos, ele retorn ou a o tem po dos son h os, e
n in guém ca pa z de fa la r com os espíritos veio a substituí- lo. Em bora o povo a in da se
lem bre da s ca n ções, h á poucos de n ós com a disposição pa ra ca n tá- la s e da n çá- la s, e o
dem ôn io bra n co n ão h on ra a ca ça n em respeita a terra .
H oje, a s terra s já n ão m a is n os a colh em , e os a n im a is já n ão n os con sidera m
irm ãos. Os seres da terra e do a r fora m a ba n don a dos e se ressen tem de todos os h om en s,
bra n cos in clusive. Q ua n do a lguém se perde n o deserto, os espíritos o leva m pa ra lon ge,
exigin do q ue da n ce com eles. Q ua n do um jovem se a foga n um poço, os espíritos o
puxa m pa ra a s profun deza s, porq ue ele n ão os a pa ziguou com um a ca n ção a n tes q ue
toca sse sua s água s.
Em n ossa a usên cia , q uem h on ra rá os sa crifícios de n ossos a n im a is- irm ãos?
Q uem se lem bra rá dos ca m in h os ca n ta dos q ue a tra vessa m a s terra s árida s em
segura n ça ?Q uem da n ça rá pa ra a pa zigua r os espíritos da s água s e dos céus?N osso
povo precisa rea pren der a ca n ta r e da n ça r, ou a a m a rgura dos espíritos se eleva rá a té
q ue os con sum a .

— M idgegooroo, a n cião do povo n y a k in y a k i, Austrália , 19 12

8
A Corte El
e m e ntal
A pr e se n ta ç ão

Se jam be m -vindos a Ao Cair d a Noite : A Corte


El e m e ntal ! Es te livro e letrônico, totalm e nte gratuito,
e xpande o ce nário de Ao Cair d a Noite com inform açõe s
s obre e s píritos prim ordiais , e ntidade s naturais q ue guardam
S OB RE “A O CAIR D A N OITE ”
o m undo de s de o princípio dos te m pos . Aq ui você Ao Cair d a Noite é um R PG inde pe nde nte e
e ncontrará de s criçõe s e re gras e laboradas para us ar e s s e s bras ileiro, criado pe la iniciativa de Tiago Jos é “D e icide ”
s e re s e m s e us jogos . Para utilizar e s te livro, você pre cis a Galvão M ore ira e m antido pe la Und e rground H ave n
do Livro d e R e gras da s érie Ao Cair d a Noite . Tam bém é Pub l icaçõe s. Você pode e ncontrar tutoriais , com ple-
re com e ndado o us o do s uplem e nto De sb ravad ore s d o m e ntos e e xpans õe s gratuitas para o jogo e m nos s a
O cul to. página oficial:w w w .und e rh ave n.com .b r
A Corte El e m e ntalé um guia voltado ao Narrador, Atualm e nte , Ao Cair d a Noite conta com dois
ou s e ja, a m aior parte de s uas inform açõe s diz re s pe ito livros im pre s s os , o Livro d e R e gras e De sb ravad ore s
ape nas à criação de m ons tros e NPCs e s pirituais , não d o O cul to, am bos dis poníve is para ve nda online através
h ave ndo m uito conte údo q ue os jogadore s pos s am utilizar da página da Und e rground H ave n. Novos livros
para s e us pe rs onage ns . Contudo, o últim o Apêndice do im pre s s os e s tão plane jados para a s érie , incluindo A
livro é um a e xce ção, conte ndo inform açõe s úte is para Gue rra pe l a Sal vação, s obre anjos , q ue de ve rá s e r
pe rs onage ns , incluindo novos H is tóricos e R ituais M ís ticos . lançado no fim de 2009 .
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O avis o obrigatório: R PG é um jogo. Não, não é avalie -o. Contudo, para q ue a Und e rground H ave n
pe rigos o, ne m s atânico ou m aligno. É um jogo de contar pos s a s e m ante r e e xpandir s ua linh a de jogos , pe dim os
h is tórias , q ue não s ão dife re nte s do q ue ve m os no cine m a q ue adq uira nos s os livros im pre s s os . Eles s ão be m
ou e m livros . Alguns R PGs , e s te inclus o, têm te m as m ais baratos com parados à m édia de pre ços nacionale , ao
pe s ados por m e xe re m com o m undo re al, m as m uitos adq uiri-los , você de s frutará m e lhor do vas to m ate rial
outros s ão voltados a públicos jove ns e te m áticas leve s . gratuito q ue dis ponibilizam os .
R PG e nvolve im aginação, criatividade , leitura e
apre ndizado.
O jogador de R PG re s pons áve l s abe dife re nciar
re alidade e jogo, e não s acrifica um e m nom e do outro.
Pe s s oas de s e q uilibradas , incapaze s de fazê-lo, e xis te m e m
toda parte , não s ão um fe nôm e no caus ado pe lo R PG: e las anim ais , das plantas e de outros as pe ctos naturais . Eles s ão
pode m s e r m otivadas por film e s , tim e s de fute bol ou e s píritos das ch uvas , das nuve ns , do fogo, da te rra e dos
re ligiõe s . m are s , e xis tindo num plano ao m e s m o te m po dis tinto e
Por is s o, ao ler e s te livro, s e ja crítico e s e ns ato. Ao corre lato ao nos s o m undo m ate rial. O m undo dos e s píritos ,
jogar, s e ja re s pons áve le dis cre to. Vam os acabar com e s s e ch am ado de R e inos El e m e ntais, é um a e xis tência
e s tigm a irracional, e s túpido e s e m fundam e ntos q ue ce rca dife re nte , um re flexo da form a prim ordialda Te rra.
o R PG. O s e s píritos pode m pas s ar do plano e s piritualpara o
m ate rial, m as raram e nte inte rage m dire tam e nte conos co.
No m undo m ate rial, e les s ão e tére os : intangíve is e
E S PÍRITOS PRIM E VOS im pe rce ptíve is , pode ndo ape nas nos obs e rvar. Contudo,
alguns e s píritos pos s ue m pode re s q ue lhe s pe rm ite m
Ne s te livro falare m os s obre os e s píritos ditos
inte ragir com o m undo m ate rial: alguns s e tornam vis íve is
“prim e vos ”: e ntidade s nas cidas dos e lem e ntos , dos
ou m e s m o tangíve is , e nq uanto outros m anipulam

A TENÇÃO !ISTO É UM JO GO ! 9
s utilm e nte as forças naturais , m anipulando plantas ,
ch am as , anim ais e ve ntos para m os trar s ua pre s e nça.
As e ntidade s dos R e inos Elem e ntais s ão
caprich os as , gove rnadas m ais por ins tinto do q ue
inte ligência. Elas s ão am orais , não com pre e nde ndo nos s os
FAN TAS IA VS . TE RROR
conce itos de ce rto e e rrado, e pode m s e r daninh as m e s m o Ao Cair d a Noite é, prim ariam e nte , um jogo de
q ue não s e jam m alicios as . As form as dos e s píritos variam te rror e ação. Contudo, por caus a da infantilização de
incrive lm e nte : alguns s ão claros as pe ctos do m undo m uitos as pe ctos de nos s o folclore , te m os a te ndência de
natural, form ados por fogo ou água ou ar, e nq uanto outros ve r fadas e outras e ntidade s prim ordiais com o s e re s
e volue m e m e ntidade s folclóricas : os due nde s e fadas das inofe ns ivos , ainda q ue s e jam brincalhõe s ou trave s s os .
m uitas lendas . Na ve rdade , todo folclore e s tá ligado ao m e do;as lendas
Es te livro s e de dica a e xplorar e s s e s s e re s ao s urgiram com o alertas para q ue crianças não s e
m e s m o te m po m aravilhos os e ate rradore s , q ue e xis te m s e m afas tas s e m de cas a ou q ue viajante s não ave nturas s e m
q ue pos s am os ve r, m as q ue pode m nos caus ar m ales fora da e s trada. Foi s om e nte no s éculo XIX q ue e las
m e s m o q uando não de s e jam nos s o m al. Se ja be m -vindo a com e çaram a s e r adaptadas e m h is tórias infantis .
Ao Cair d a Noite : A Corte El e m e ntal. Por is s o, ao us ar e s píritos e m s e u jogo, de ve -s e
tom ar cuidado para não h um anizá-los de m ais : e les s ão
E S TE LIVRO CON TÉM s e re s s e lvage ns , s e m e m patia pe la h um anidade ou
pre ce itos m orais . Alguns s ão apáticos e dis tante s , outros
Es te livro é com pos to por dois capítulos m alicios os e daninh os ; poucos apre nde m a convive r
de s critivos , um capítulo voltado às re gras de jogo e dois com a h um anidade , m as nunca num a pos ição de
apêndice s , q ue traze m fe rram e ntas dive rs as para jogo. am izade ou confiança abe rta. Com o anim ais s e lvage ns ,
Praticam e nte todo o livro é voltado para us o do Narrador, e s píritos nos te m e m , s ó s e aproxim ando s e vire m
e xce to o últim o apêndice , q ue contém m ate rial para algum a vantage m e m udando de dis pos ição no ins tante
pe rs onage ns dive rs os , tanto controlados pe lo Narrador e m q ue s e s e nte m am e açados .
com o por jogadore s .
O Capítul o 1: A Nature za Espirituals e de dica a
e xplorar os e s píritos , m os trando com o e les s urge m , s ua
ps icologia e e cologia e re laçõe s com o m undo naturale a
h um anidade . É um capítulo puram e nte de s critivo, voltado
ao ce nário e s e m pre ocupação com re gras . LÉXICO
Em s e guida, te m os o Capítul o 2: O s R e inos
El e m e ntais, q ue e xplora o m undo e s piritual. M ais um a Agath od aim on: Um e s pírito q ue gos ta da pre s e nça
ve z, é um capítulo totalm e nte voltado ao ce nário, q ue h um ana e conce de pe q ue nas bênçãos às pe s s oas q ue vive m
m os tra com o é o re ino dos e s píritos e com o s e dá a próxim as ao s e u te rritório, de s de q ue e s tas re s pe ite m as
trans ição e ntre a re alidade fís ica e a e s piritual. re gras de te rm inadas pe lo e s pírito. Ne m s e m pre e s s as
Já o Capítul o 3: Siste m as Espirituais, finalm e nte re gras s ão de finidas claram e nte , contudo. Plural
e xplora as re gras de jogo, traze ndo inform açõe s de com o agath odaim one s .
m ontar pe rs onage ns e s pirituais , s uas lim itaçõe s , Al m a: Um e s pírito h um ano, ou um a proprie dade
h abilidade s e pode re s . Com o e s píritos s ão NPCs , as única pe rte nce nte ao e s pírito h um ano, a “fagulha divina”
inform açõe s aq ui pre s e nte s não s e rão m uito úte is a q ue pe rm ite criatividade , pe ns am e nto abs trato e pode r
pe rs onage ns jogadore s . m ís tico late nte à h um anidade . Anim ais e plantas não têm
D e pois te m os o Apênd ice 1: Espíritos alm a, ape nas e s pírito, e e s píritos e m ge ral não s ão
Exe m pl are s, q ue traz dicas para a criação e abordage m de cons ide rados alm as .
e s píritos e m h is tórias , além de um a lis ta de e s píritos Anfractos: H abilidade s pos s uídas por e s píritos q ue
prontos para us o, bas e ados e m folclore , lendas e contos os pe rm ite m m anipular forças naturais ou influe nciar o
dive rs os . O capítulo contém 18 e s píritos prontos para us o, plano m ate rial.
cada um num a página s e parada q ue pode s e r facilm e nte Cacod aim on: Um e s pírito q ue de te s ta a pre s e nça
im pre s s a e us ada pe lo Narrador. h um ana, faze ndo de tudo para pe rturbar e pre judicar as
Por fim , ch e gam os ao Apênd ice 2: O utros pe s s oas e m s e u te rritório a fim de e xpulsá-las . Plural
Siste m as, q ue traz opçõe s para pe rs onage ns h um anos , cacodaim one s .
incluindo novos H is tóricos Ne gativos , pode re s ps íq uicos e Corte El e m e ntal, A: A coletividade de e s píritos
ritos m ís ticos . Es s as opçõe s pode m s e r us adas pe lo re s ide nte s dos R e inos Elem e ntais . Ape s ar dos te rm os
Narrador para criar antagonis tas com laços e s pirituais , m as “corte ”e “re inos ”re m e te re m à idéia de um a s ocie dade
os jogadore s tam bém pode m us á-las para criar ou organizada e re gida por algum gove rnante , na ve rdade a
de s e nvolve r s e us pe rs onage ns . “Corte Elem e ntal”é caótica, de s organizada e s e m líde re s
de finitivos . O te rm o é us ado para s e re fe rir a e s píritos
prim e vos da m e s m a form a q ue o te rm o “h um anidade ”é
us ado com o re fe rência a todos os s e re s h um anos com o
um a coletividade .
Criação Divina, A: Nom e q ue de fine todos os
planos e m undos e m conjunto, s e re fe rindo a toda a
e xis tência com o e la é conh e cida, s e ja m ate rial, e s piritual,
onírica ou as tral.
Ectopl asm a: Nom e dado por paranorm ais e

10 A PR ESENTAÇÃO
paraps icólogos para a h ipotética “m atéria”e s piritual. Pode e s pírito q uando e le e s tá no m undo fís ico, a m e nos q ue s e
s e r ch am ada de ps icoplas m a, a s ubs tância “pos itiva”dos m anife s te ou s e m ate rialize . Tam bém é o e s tado naturalde
R e inos Elem e ntais , ou ne croplas m a, a s ubs tância tudo o q ue e xis te nos R e inos Elem e ntais . Se re s e tére os de
“ne gativa”da Som bra do M undo. Ve ja tam bém M as s a orige m s im ilar pode m pe rce be r e tocar uns aos outros , m as
Etére a. h á cas os e m q ue e ntidade s e tére as têm nature zas tão
El e m e ntal: Es píritos prim ordiais q ue re pre s e ntam dis tintas q ue não pode m s e pe rce be r m utuam e nte .
um e lem e nto m ís tico, com o fogo, água, ar ou te rra. Na H ib e rnação: H abilidade e s piritualde e ntrar e m um
ve rdade , e lem e ntais pode m s e r ligados a e lem e ntos m e nos e s tado dorm e nte , no q ualpoupa s uas e ne rgias , pe rm itindo
conve ncionais ou e s pe cíficos , com o e letricidade , trovõe s , s obre vive r s e m alim e nto. Ve ja tam bém R e s s onância.
nuve ns , névoa, ve ntos gélidos , e tc. Im ago: O “corpo”de um e s pírito, com pos to por
El e m e ntal d a M ad e ira: Um e s pírito-planta q ue e ctoplas m a ou m as s a e tére a.
adq uiriu ins tinto ou cons ciência, as s im de s pe rtando de s ua M anife star: A h abilidade de ce rtos e s píritos de
e xis tência “e s tática” . s urgire m pe rce ptive lm e nte no m undo m ate rial, m as ainda
El e m e nto: Se gundo o m is ticis m o, um dos blocos m ante ndo s uas form as incorpóre as e intangíve is .
fundam e ntais da criação. D e pe nde ndo da fonte , pode m s e r M assa Etére a: Se gundo m ís ticos , a “s ubs tância”
q uatro, cinco ou s e is e lem e ntos , q ue inclue m água, ar, q ue com põe a re alidade e s piritual. Tam bém ch am ada
fogo, m ade ira, m e tal, te rra e a “q uinta e s s ência” , às ve ze s pne um a, e fêm e ra ou anim a. Ve ja tam bém Ectoplas m a.
ch am ada de “re s piração” , vida ou éte r. Ape s ar da ciência M ate rial izar: A h abilidade de alguns e s píritos de
te r de s bancado as te orias e lem e ntais , m uitos m ís ticos s e as s um ir form a fís ica no m undo m ate rial. Em ge ral, um a
ape gam a e las por caus a de s uas re laçõe s com o re ino dos m ate rialização pe rdura por pouco te m po.
e s píritos . É dito q ue todo e s pírito prim e vo, incluindo os M und o Espiritual : O plano dos e s píritos .
be s tiais , e s tá ligado a pe lo m e nos um e lem e nto. Por Norm alm e nte , o te rm o é us ado para s e re fe rir s om e nte aos
e xe m plo, um a s e rpe nte , por ras te jar, é re lacionada à te rra, R e inos Elem e ntais , e m bora a Som bra do M undo tam bém
m as s e u ve ne no é às ve ze s re lacionado ao fogo, portanto s e ja cons ide rada um “plano e s piritual” . Em opos ição, us a-
um e s pírito-s e rpe nte é dito com o um e s pírito do fogo e da s e o te rm o “m undo dos m ortos ”para s e re fe rir à Som bra
te rra. e s pe cificam e nte .
Espírito: Entidade nativa de um dos planos Psicófago: Um e s pírito q ue s e m ate rializa para
e s pirituais , s e ja dos R e inos Elem e ntais ou da Som bra do atacar pe s s oas , a fim de m atá-las e de vorar s uas alm as .
M undo. Es píritos s ão e ntidade s incorpóre as e im pe rce p- R e ino d os Vivos, O : O m undo m ate rial: a Te rra e o
tíve is q uando e s tão no m undo m ate rial. Es te livro aborda unive rs o e m q ue nós , criaturas fís icas , vive m os . Tam bém
e xclus ivam e nte e s píritos provindos dos R e inos Elem e ntais . ch am ado plano m ate riale m undo fís ico.
Espírito Infe rior: Um e s pírito ins tintivo e frágil, R e inos El e m e ntais, O s: O re flexo e s piritual da
com pouca individualidade , influência e pode r. vida, um m undo paralelo e im ate rialonde s obre vive m os
Espírito d o M und o, O : O utro nom e para os e s píritos de anim ais , plantas e e lem e ntos . Tam bém
R e inos Elem e ntais , aludindo à te oria de q ue o m undo e s tá ch am ados de “Te rra O ca”e “Es pírito do M undo” .
vivo e q ue os R e inos Elem e ntais s ão s ua “alm a” . R e ssonância: A e s s ência divina ou m ana, q uando
Espírito Prim e vo: Qualque r e s pírito originário dos re s s oa e m h arm onia com um e lem e nto e m particular.
R e inos Elem e ntais , incluindo e ntidade s be s tiais , ve ge tais Es píritos s e alim e ntam de re s s onância ligada à s uas
ou e lem e ntais . Tam bém ch am ados e s píritos prim ordiais . nature zas .
Espírito Supe rior: Um e s pírito m ais pode ros o e Se nh or Espiritual : Um e s pírito pode ros o o
inte lige nte , às ve ze s um líde r para um bando de e s píritos s uficie nte para te r dom ínio s obre vas tas re giõe s do m undo
infe riore s de nature za igualou re lacionada. e s pirituale s obre h ordas inte iras de e s píritos q ue alivive m .
Essência Divina: A e ne rgia m ís tica q ue pe rm e ia a Totêm icos: D iz-s e dos e s píritos q ue criam um e lo
Criação D ivina, tam bém ch am ada de M ana, Quinte s s ência s im biótico com pe s s oas , alim e ntando-s e da de voção
ou Vis . h um ana e m troca de prote ção e bênçãos . Tam bém
Etére o: Es tado e m q ue algo é intangíve l e ch am ados “tote ns ” .
im pe rce ptíve lno m undo m ate rial. É o e s tado padrão de um

“A m a is a n tiga e forte em oção da


h um a n ida de é o m edo, e o m a is a n tigo e forte
tipo de m edo é o m edo do descon h ecido.”
- H . P. Love craft, H orror Sobre naturalna Lite ratura

LÉXICO 11
A peq uen a Lídia era um a m en in a solitária : seu pa i esta va sem pre via ja n do
a n egócios, retorn a n do com brin q uedos ca ros pa ra suprir sua a usên cia ;sua m ãe n ão
tra ba lh a va , m a s n un ca tin h a tem po pa ra brin ca r com a filh a . N a escola , Lídia era
m a ltra ta da pela m a ioria dos colega s, e sua s pouca s a m iga s ra ra m en te podia m visitá-
la . Por isso, a m en in a vivia sozin h a em ca sa , às vezes brin ca n do n o q ua rto com seus
in úm eros brin q uedos, a ssistin do televisão ou oca sion a lm en te con versa n do com a s
em prega da s.
N ão foi surpresa q ua n do a m en in a a dq uiriu o costum e de ir todo en ta rdecer a o
en orm e ja rdim da m a n são, on de sum ia en tre a s árvores e procura va a s flores m a is
escon dida s. Ela dizia q ue era a li, em dia s de ven ta n ia , q ue a s fa da s a pa recia m pa ra
brin ca r com ela . Pa ra a tra í- la s, a m en in a leva va con sigo doces pa ra da r às
a m iguin h a s. O pa i en cora ja va a m en in a a son h a r, a m ãe ten ta va con ven cê- la a se
torn a r m a is a dulta , m a s n in guém a credita va n ela , n em sua s a m iga s de escola . Por
isso, Lídia pa rou de fa la r sobre a s fa da s, m a s n un ca deixou de visitá- la s a o en ta rdecer.
N a q uele dia , a o ver q ue os ven tos sopra va m fortes, Lídia m a is um a vez foi
pa ra o ja rdim , procura n do sua s a m iga s n os ca n tos m a is escon didos. Por a li pera m bulou
por q ua se um a h ora , a gua rda n do um sin a lda s fa da s, sem sucesso. Q ua n do já esta va
escuro, decidiu tristem en te retorn a r pa ra ca sa , m a s a situa ção n ão era estra n h a , pois
n ão era sem pre q ue ela s a pa recia m , com sua s a sa s colorida s e corpin h os esguios.
Foi q ua n do se pôs a ca m in h o de ca sa q ue Lídia foi a borda da pelo ja rdin eiro,
José. “On de você va i tão sozin h a ?”, pergun tou o h om em com um sorriso m a licioso. José
tra ba lh a va n a ca sa h á pouco m a is de dois m eses, e sua presen ça sem pre deixou a
peq uen a Lídia descon fortável. Era estra n h o ele esta r n a proprieda de tão ta rde, pois
sem pre term in a va de tra ba lh a r pouco a pós o m eio- dia .
A m en in a ten tou se a fa sta r, silen ciosa e com m edo, m a s José a a ga rrou pelo
bra ço e a puxou. Lídia ten tou grita r, m a s o ja rdin eiro ta pou sua boca com força ,
m a ch uca n do- a . “Ca la a boca , m en in a ”, ele orden a va , puxa n do- a pa ra os fun dos da
proprieda de. “Seu pa i tem m uito din h eiro e m e pa ga um a m iséria , en tão eu e un s
a m igos va m os da r um jeito de troca r você por um a gra n a ”.
A ga rotin h a ten ta va se deba ter e pedir por socorro, m a s o h om em era m uito
m a is forte. En tão, de repen te, ele sen tiu a lgo pousa r sobre seu bra ço. Pa recia ser um a
m istura de besouro e louva - deus, com a sa s colorida s e um corpo esguio e lon go com
m a n ch a s a m a rela s. De seu a bdom e, sa iu um ferrão n egro, lon go e fin o, q ue pen etrou
n a ca rn e do bra ço, ca usa n do um a pica da dolorosa e fa zen do José la rga r a boca da
m en in a .
A peq uen a Lídia gritou en q ua n to José, sem la rgá- la , ten ta va espa n ta r a
cria tura . Pa ra a surpresa do ja rdin eiro, outra s coisa s sim ila res, m a s de cores e form a s
diversa s, com eça ra m a a pa recer, sa in do da s ca sca s da s árvores e do m eio da gra m a e
voa n do a o seu redor. A coisa em seu bra ço en tão se voltou pa ra ele, revela n do um rosto
q ua se h um a n o, exceto pelos olh os gra n des e m ultifa ceta dos e a s lon ga s a n ten a s de
m a riposa . Foi q ua n do José sen tiu m a is pica da s em sua s costa s. Em dor, la rgou
fin a lm en te Lídia , q ue correu pa ra lon ge, grita n do por a juda . As cria tura s, um a
dúzia ou m a is dela s, cerca ra m o ja rdin eiro, pica n do- o sem pa ra r n os bra ços, pescoço,
rosto e olh os.
Vespa s, a polícia viria a dizer, teria m m a ta do José, m esm o n ão h a ven do
q ua lq uer sin a lda existên cia dela s n a proprieda de. Obvia m en te, n in guém a creditou
n a s h istória s da m en in a sobre a s fa da s q ue a sa lva ra m . E, m esm o proibida de ir
sozin h a a o ja rdim , Lídia con tin uou a visita r sua s a m iga s a ca da en ta rdecer em q ue
os ven tos sopra va m fortes.

12
Capítul
o1
A N a tu r e za
E spir itu a l
Es píritos s ão e ntidade s re s ide nte s dos re inos fís ico e , q uando is s o aconte ce , te ntam influe nciar nos s o
e s pirituais . Por e xis tire m e m m undos à parte , paralelos e ao m undo de acordo com s e us propós itos m is te rios os .
m e s m o te m po s obre pos tos ao re ino m ate rial, e les têm Para ocultis tas e paraps icólogos , é óbvio q ue e xis te
dificuldade e m inte ragir dire tam e nte com a re alidade algum e lo de de pe ndência e ntre os R e inos Elem e ntais e a
fís ica. Es píritos não s ão com pos tos por m atéria, ne m re alidade fís ica, m as é difícil de finir com o s e dá e s s a
s uje itos às lim itaçõe s da fís ica e da biologia. Por caus a ligação. M uitos e s píritos s ão capaze s de influe nciar a
dis s o, q uando ade ntram o plano m ate rial, e les e xis te m num nature za, às ve ze s controlando anim ais ou forças naturais ,
e s tado “e tére o” , no q uals ão im pe rce ptíve is e intangíve is e m bora talinfluência s e ja e m ge ralm uito s util. D is túrbios
para s e re s fís icos , pode ndo s e r pe rce bidos s om e nte através no m undo fís ico, contudo, pode m pe rturbar s e u re flexo
de m étodos s obre naturais . Alguns e s píritos , contudo, s ão e s piritual, as s im atraindo, e nfure ce ndo ou as s us tando s e us
capaze s de s e m anife s tar no m undo fís ico, ganh ando re s ide nte s . Cas o as e ntidade s provocadas s e jam pode ros as
form as intangíve is e indis tintas , m as pe rce ptíve is . O utros , o s uficie nte para tal,re taliaçõe s s e tornam ine vitáve is .
particularm e nte os m ais pode ros os , pode m tam bém s e
m ate rializar, tornando s e us corpos fís icos , ainda q ue por
pe ríodos lim itados .
Exis te m dois planos e s pirituais dis tintos e
com pletam e nte s e parados e ntre s i: os R e inos Elem e ntais ,
carre gados de vida e e ne rgias pos itivas , e a Som bra do
M undo, pe rm e ada por m orte e de cadência. As e ntidade s A “M ATÉRIA” E S PIRITU AL
re s ide nte s dos R e inos Elem e ntais s ão ch am adas
unive rs alm e nte de e s píritos prim e vos ou prim ordiais e Com o a m e nte h um ana s e m pre te nta e xplicar as
e s tão intim am e nte ligadas aos as pe ctos da nature za, com o cois as , m uitos ocultis tas , m e s m o incapaze s de vê-la,
e lem e ntos , anim ais e plantas . O s e s píritos re s ide nte s da tocá-la ou analis á-la, te ntam com pre e nde r a
Som bra do M undo inclue m alm as inq uie tas h um anas , ali “s ubs tância”q ue com põe a re alidade e s piritual. Es s a
apris ionadas após a m orte , e dive rs as e ntidade s s ubs tância te m m uitos nom e s , com o “m as s a e tére a” ,
m ons truos as nas cidas do m e do h um ano, ch am adas “pne um a” , “e fêm e ra” , “e s s ência”
, “anim a”ou, com o s e
coletivam e nte de “Pe s ade los ” . tornou m ais popular re ce nte m e nte , “e ctoplas m a” .
Es te livro aborda a “Corte Elem e ntal” , a Alguns paraps icólogos ainda a divide m e m duas form as :
coletividade de e s píritos nativos dos R e inos Elem e ntais . ne croplas m a, a e s s ência da Som bra do M undo,
Eles s ão s e re s invis íve is e incom pre e ns íve is , com m e ntali- carre gada de m orte e e m oçõe s ne gativas , e ps icoplas m a,
dade , com portam e nto, form as e propós itos alie níge nas . a e s s ência das Corte s Elem e ntais , carre gada de vida e
Cada cultura te m um nom e para de s igná-los : k am i, djinni, e m oçõe s vibrante s .
die vini, vilas , s idh e , fadas , dae m ons , ninfas , e ntre outros . A m as s a e tére a é norm alm e nte im pe rce ptíve lno
Es s e s s e re s s ão de s critos com o te m pe ram e ntais , às ve ze s plano m ate rial, a m e nos q ue s e m anife s te ou s e
brincalhõe s , outras pe rigos os . Em e ras pas s adas , e les m ate rialize . Alguns ritos de ocultis m o pe rm ite m e vocar
foram te m idos , m as tam bém re s pe itados , pe los (ou s e ria ge rar?) pe q ue nas porçõe s de e ctoplas m a,
cam pone s e s . Algum as culturas os cons ide ravam forças a forçando-as a s e m ate rializare m na form a de um líq uido
s e rviço dos de us e s ou m e s m o de us e s m e nore s . H oje , s ão trans pare nte , gros s o e vis cos o, m as m uitos m ís ticos
tratados com o lendas de te m pos m ais s upe rs ticios os . conte s tam q ue e s s e “e ctoplas m a” s e ja e xatam e nte a
Ainda as s im , q ue r acre dite m os e m e s píritos ou não, m e s m a s ubs tância q ue com põe os corpos e tére os de
e les e s tão e ntre nós . Em ge ral, e s s e s s e re s s e m antém e s píritos e fantas m as .
is olados e m s e u m undo paralelo, alhe ios à h um anidade ,
conduzindo s uas e xis tências s e m s e pre ocupar conos co.
Contudo, às ve ze s e les voltam s ua ate nção para o m undo
A NATUR EZ A E SPIR ITUAL 13
OS E S PÍRITOS PRIM E VOS
Um e s pírito prim e vo ou prim ordial é q ualque r
e s pírito originário dos R e inos Elem e ntais e re lacionado a E S PÍRITOS VE GE TAIS
um conce ito natural. Pode -s e dividir e s píritos prim e vos e m
três cate gorias : e lem e ntais , re pre s e ntante s dos e lem e ntos e Ao longo de s te capítulo, você pode notar q ue
das forças da nature za; be s tiais , q ue re pre s e ntam os e s píritos e lem e ntais e be s tiais re ce be m bas tante ate nção,
anim ais , e ve ge tais , re pre s e ntante s de plantas . e nq uanto e s píritos ve ge tais raram e nte s ão citados ou
As form as de e s píritos prim e vos de pe nde m m uito cons ide rados . Is s o s e dá porq ue plantas inte rage m de
de s ua nature za e de s ua ins tância de pode r na h ie rarq uia form a fundam e ntalm e nte dife re nte dos de m ais e s píritos
e s piritual. Es píritos infe riore s têm form as s im ples , q uas e prim e vos . Um e s pírito-planta não é s e ncie nte , ne m te m
m undanas , com poucos traços individuais . Um e s pírito- ins tinto, logo m uitas das re laçõe s e cológicas de s critas
lagarto infe rior pode pare ce r e s e com portar com o s ua adiante não im portam para e le. Bas ta dize r q ue , onde
contraparte natural, e nq uanto um e lem e ntalda água pode plantas s ão abundante s no m undo fís ico, e las s ão ainda
pare ce r um pe q ue no re de m oinh o. Contudo, conform e cada m ais frondos as , num e ros as e im pre s s ionante s no m undo
e s pírito as ce nde e m pode r e individualidade , e le s e e s piritual.
de s e nvolve e ganh a caracte rís ticas próprias : o e s pírito- Conform e e s píritos -planta ganh am e ne rgia e s e
lagarto pode as s um ir um tam anh o im pre s s ionante e de s e nvolve m , alcançando s tatus de e s píritos s upe riore s ,
caracte rís ticas dracônicas , por e xe m plo, e nq uanto o e les pode m de m ons trar pode re s e s pe ciais para s e
e lem e ntalda água pode e voluir e m um a ninfa h um anóide de fe nde re m ou para atraíre m a prote ção de outros
de fe içõe s be las e cabe los aq uos os . e s píritos , m as e m ge ral continuam incapaze s de
D a m e s m a form a q ue cada e cos s is te m a de s e nvolve inte raçõe s m ais e legante s . Alguns , no e ntanto, e volue m
anim ais , plantas , form açõe s m ine rais , águas e até ve ntos nos ch am ados “e lem e ntais da m ade ira” , e ntidade s
próprios , cada áre a e s piritualte m s e us e s píritos típicos com ins tintivas ou m e s m o inte lige nte s q ue de m ons tram
caracte rís ticas dis tintas . Is s o m uitas ve ze s é re fletido no form as e h abilidade s be m variadas e q ue pouco s e
folclore h um ano, q ue te nde a de s cre ve r as form as pare ce m com as plantas das q uais s e originaram .
e s pirituais m ais com uns das e ntidade s capaze s de s e
m anife s tar naq ue la re gião.

COM PORTAM E N TO
após s e re m de s truídas .
Es píritos s ão e ntidade s inum anas ; com pre e ndê-los Es píritos tam bém de s e nvolve m gos tos , pre fe rências
não é um a tare fa fácil. Suas m e nte s s ão fundam e ntalm e nte e até s e ns o de h um or, ainda q ue s e us pas s ate m pos s e jam
m ais s im ples q ue o inte lecto h um ano: e les de m ons tram raram e nte com pre e ns íve is para s e re s h um anos . Es s as
pouca criatividade , têm dificuldade para com pre e nde r a atividade s re cre ativas vis am ape nas s atis faze r de s e jos ,
pas s age m do te m po e raram e nte pe ns am e m conce itos praze re s ou curios idade , s e m q ue h aja cons ciência de
abs tratos . A form a de um e s pírito ajuda a com pre e nde r s ua cons e q üências ou danos caus ados . Um e xe m plo é o
m e ntalidade : um e s pírito be s tial te rá com portam e nto (e e lem e ntalaq uático q ue , com s ua be la form a fe m inina, s e
“pe rs onalidade ” ) s im ilar ao do anim al q ue re pre s e nta, m anife s ta por gos tar de s e r de s e jado e acariciado pe los
e nq uanto um e lem e ntalte rá pe rs onalidade condize nte com h om e ns . Le var s uas vítim as ao frio e m ortalabraço das
as caracte rís ticas do e lem e nto q ue o com põe . águas , contudo, não é im portante para o e s pírito, q ue
Todos os e s píritos , m e s m o aq ue les q ue de m ons tram ape nas bus ca a própria s atis fação.
inte ligência s upe rior, pare ce m guiados m ais por ins tinto do
q ue racionalidade . Is s o s ignifica q ue a s obre vivência para
e les é m ais im portante do q ue conce itos h um anos , com o
E COLOGIA
orde m ou s ocie dade . Contudo, é um e rro ach ar q ue A e xis tência e s piritualgira e m torno do princípio da
e ntidade s prim e vas s ão ape nas form as e tére as de anim ais e s obre vivência: e s píritos pre cis am s e alim e ntar da e s s ência
e lem e ntos : m e s m o e s píritos infe riore s de m ons tram divina do m undo. Contudo, e les s ó cons e gue m nutrição de
capacidade de apre ndizado m uito s upe rior a de q ualque r e ne rgias re s s onante s , q ue e s te jam e m h arm onia com a s ua
anim al. Es píritos apre nde m com facilidade a dis tinguir própria nature za. Es píritos be s tiais , por e xe m plo, s e nutre m
palavras , com portam e ntos e inve nçõe s h um anas . Logo, da força vital das próprias criaturas q ue re pre s e ntam ,
m e s m o q ue nunca ve nh a a apre nde r o funcionam e nto ou a e nq uanto e lem e ntais s e alim e ntam da pre s e nça dos
utilização de um com putador, por e xe m plo, um e lem e ntal e lem e ntos q ue lhe s dão form a. Por is s o, onde anim ais ou
pode vir a e nte nde r para o q uê as pe s s oas o us am . e lem e ntos s e apre s e ntam puros , forte s e num e ros os no
É pre cis o lem brar q ue a m e ntalidade e s piritualé plano fís ico, os e s píritos corre latos tam bém s e e ncontram
alie níge na para nós : e s píritos e xis te m num m undo e m q ue abundante s na contraparte e s piritual.
m oralidade é algo irre levante . Eles s ão curios os , m as O m undo e s piritualnão é ape nas um re flexo de s ua
raram e nte de m ons tram e m patia. Por is s o, pode m fe rir ou contraparte fís ica, porém . Es píritos farão de tudo para
m atar pe s s oas s e m te r cons ciência do q ue e s tão faze ndo. s obre vive r, s e adaptando às condiçõe s do am bie nte
Com o e xe m plos , um e lem e ntal do fogo pode de s truir conform e a ne ce s s idade m andar. A lei do m ais forte
cois as com pulsivam e nte pois a de s truição faz parte de s ua gove rna os R e inos Elem e ntais : um e s pírito privado de
nature za; um e s pírito be s tialpode m atar invas ore s e m s e u nutrição pode de vorar e ntidade s m ais fracas s e não tive r
te rritório ape nas para e xpulsá-los , não s e dando conta de outra opção. Alguns e s píritos até adq uire m o h ábito de
q ue pe s s oas , ao contrário de e s píritos , não s e re form am caçar outros , m e s m o q uando h á outras fonte s de nutrição

14 CAPÍTULO 1: A NATUR EZ A E SPIR ITUAL


dis poníve is . Um e s pírito pre datório pode de vorar outros
e s píritos be s tiais , de pre fe rência h e rbívoros ou carnívoros
m ais fracos . Já e lem e ntais fam intos procurarão outros
e lem e ntais , de pre fe rência re pre s e ntante s de s e u próprio
e lem e nto.
N AS CIM E N TO E M ORTE
Em bus ca de s obre vivência, e s píritos tam bém E S PIRITU AL
pode m s e re unir e m bandos , unindo-s e e m torno de um
prim ordial m ais pode ros o e de nature za s im ilar ou Es píritos não s e re produze m ;ao invés dis s o, e les
re lacionada. Es s e s bandos pode m e m ular com portam e ntos s im ples m e nte s urge m q uando h á re s s onância apropriada
de anim ais fís icos , com o h e rbívoros q ue s e re úne m para e abundante na áre a, m as não h á outros e s píritos para s e
e vitar pre dadore s , m as tam bém pode m pare ce r ve rdade iras alim e ntare m de la. Por e xe m plo, s e um lago be m
“tribos ”ou “corte s ” , gove rnadas por e ntidade s pode ros as o pre s e rvado não contive r e s píritos da água s uficie nte s
s uficie nte para s e im por na re gião. Em ge ral, e s s e s para cons um ire m a re s s onância produzida, e s s as
gove rnante s e s pirituais de têm s e u pode r pe la força, e ne rgias s e coales ce m e , com o te m po, s e trans form am
ofe re ce ndo prote ção ou tolerância para us o de s e us e m novos e s píritos da água. Es píritos re cém -s urgidos
dom ínios , e xigindo e m troca q ue s e us s e rvos partilhe m s ão e ntidade s infe riore s e ins tintivas .
com e les a nutrição q ue coletam na re gião. D a m e s m a form a q ue não s e re produze m ,
Por caus a da ne ce s s idade de nutrição, alte raçõe s e s píritos não e nve lhe ce m ne m m orre m . Alguns ,
brus cas no m undo fís ico pode m afe tar a e cologia de s ua e s pe cialm e nte os m ais pode ros os , e xis te m h á s éculos ou
contraparte e s piritual. Es píritos m e nore s pode m m igrar ou m e s m o m ilênios . Conform e um e s pírito s e adapta e
s e adaptar para s obre vive re m nas novas condiçõe s , e volui e m pode r, s ua form a pode s e alte rar e s uas
e nq uanto e s píritos s upe riore s pode m s e r provocados a capacidade s m e ntais s e aprim oram . Ape s ar de s s a
re taliar no m undo fís ico, às ve ze s atacando ou até m e s m o e volução, o e s pírito jam ais de ixa de s e r o q ue e ra
m atando pe s s oas para pre s e rvar s uas fonte s de alim e nto. originalm e nte : um e s pírito be s tials e m pre re pre s e ntará
Por caus a da adaptabilidade dos e s píritos , às ve ze s é aq ue le anim al, m e s m o q ue s ua form a te nh a adq uirido
pos s íve le ncontrar s ituaçõe s no m undo e s piritualq ue não dive rs as proprie dade s únicas e e xóticas .
s ão e q uivalente s às do plano fís ico. Por e xe m plo, num a Um e s pírito pode s e r de s truído, m as is s o
re gião e m q ue os pre dadore s foram e xtintos para s im ples m e nte s ignifica q ue s ua form a e tére a s e de s faz e
pos s ibilitar a criação agrope cuária, o m undo e s piritual s ua cons ciência e ntra num e s tado dorm e nte por algum
pode te r vários pre dadore s re s tante s q ue s obre vive m te m po. Se h ouve r re s s onância apropriada na áre a,
de vorando os e s píritos do re banh o. e s píritos de s truídos s e re form am e m poucos m e s e s , o
te m po e xato de pe nde ndo de s e u níve lde pode r. Som e nte
AH IE RA RQ U IA E S PIRITU A L
ce rtas condiçõe s e s pe ciais pode m de s truir um e s pírito
pe rm ane nte m e nte , com o, por e xe m plo, s e r cons um ido
Ao s urgir, cada e s pírito é um a e ntidade frágile com por outro e s pírito.
pouca individualidade , pouco m ais do q ue um autôm ato
s aído de um a fôrm a. Conform e o e s pírito s e nutre da
re s s onância do m undo, e le tam bém s e de s e nvolve m e ntale
corporalm e nte , adq uirindo traços únicos , de s e nvolve ndo
s ua própria inte ligência e , com o te m po, de m ons trando
m aiore s pode re s , o q ue lhe pe rm ite inclus ive inte ragir com m e nte de vorando outros e s píritos .
o m undo fís ico. Note q ue , ape s ar de s e clas s ificar e m “e s tágios ”
,o
O ritm o de s s e de s e nvolvim e nto é lento, tom ando de s e nvolvim e nto de um e s pírito é contínuo e gradual: não
anos , décadas ou m e s m o s éculos . A q uantidade de nutrição e xis te m “s altos de h abilidade ”re pe ntinos para um e s pírito
no am bie nte pode ace lerar ou re duzir e s s e ritm o: s e m uitos q ue e volui de um e s tágio para o outro. O s próprios e s píritos
e s píritos s im ilare s h abitam a m e s m a re gião, e les com pe te m não pare ce m e s tar cie nte s de s s a e volução: no m undo
e ntre s i por nutrição e , portanto, te nde m a s e r m ais fracos . e s piritual, os m ais capaze s , adaptáve is e inte lige nte s
Es píritos de m aior pode r re q ue re m m aior nutrição, logo gove rnam pe la força, não por pos s uíre m um “níve l”m ais
s ão m e nos fre q üe nte s e m cada re gião. Por outro lado, cas o e levado.
h aja um e s pírito pre datório, e le pode s e de s e nvolve r rapida-

AH IER AR QUIA E SPIR ITUAL 15


m e nte , através de im age ns e s e ntim e ntos trans m itidos
dire tam e nte à m e nte de um obs e rvador. Es píritos com e s s a
capacidade pode m s e com unicar com pe s s oas , de s de q ue
pos s am s e m anife s tar vis ive lm e nte no m undo fís ico.
H IB E RN A Ç ÃO É raro, contudo, q ue um e s pírito infe rior s e ja capaz
de inte ragir com o m undo fís ico. Aq ue les q ue pode m fazê-
Quanto m ais pode ros o um e s pírito, m ais e ne rgia
lo têm h abilidade s s utis , capaze s de influe nciar anim ais , o
pre cis a abs orve r. Quando e s s a nutrição não é s uficie nte ,
clim a ou ce rtos as pe ctos naturais e m um a áre a. Tais
o e s pírito te m duas e s colhas : de s truição ou h ibe rnação.
m anife s taçõe s dificilm e nte s ão notáve is ou claram e nte
A h ibe rnação pe rm ite q ue a criatura s obre viva s e m
s obre naturais , m as pode m pe rm itir aos e s píritos influe nciar
e ne rgia, re com pondo s uas re s e rvas lentam e nte ,
o am bie nte e be ne ficiar ou pre judicar pe s s oas .
conform e s ua form a tórpida abs orve a e s s ência divina
local. Para e vitar pre dadore s , e s píritos procuram locais
apropriados ou a prote ção de s e rvos para h ibe rnare m . Espíritos Superiores
Um e s pírito pode de s pe rtar q uando tive r e ne rgias
Es píritos s upe riore s com e çam a de m ons trar
s uficie nte s ou cas o s e ja m oles tado dire tam e nte por
individualidade , inte ligência e m aior influência s obre o
algum a am e aça.
m undo m ate rial. Suas form as s ão tam bém m ais
D e vido à s ua alta ne ce s s idade por nutrição,
im pre s s ionante s : de pe nde ndo do q uanto já s e de s e nvolve u,
e s píritos m ais pode ros os te nde m a h ibe rnar com
um e s pírito de falcão pode agora te r tam anh o avantajado,
fre q üência, de pe nde ndo de s e us s e rvos ou s e
pos s uir olhos brilhante s e fais cante s ou s e r acom panh ado
e s conde ndo para e vitar ataq ue s . Es s e s s e re s pode m
por um a ve ntania, por e xe m plo. Um e lem e ntals upe rior da
pe rm ane ce r e m h ibe rnação por décadas ou m e s m o
te rra pode ria apare ce r com o um gnom o de roch a ou um
s éculos . Ne s s e pe ríodo, o am bie nte e s piritualao re dor
colos s o m onum e ntal. Até m e s m o alguns e s píritos -planta
pode s ofre r alte raçõe s drás ticas , o q ue com ce rte za os
pode m e voluir nos ch am ados “e lem e ntais da m ade ira” .
s urpre e nde q uando finalm e nte de s pe rtam .
Em bora ne m todos os e s píritos s upe riore s s e jam
O de s pe rtar de um a e ntidade pote nte pode traze r
totalm e nte inte lige nte s , alguns ainda re te ndo o forte
caos à re gião. Por e xe m plo, um pre dador pode e lim inar
ins tinto de s ua fas e ante rior, m uitos de m ons tram capaci-
rapidam e nte toda a fauna e s piritual da re gião ao
dade próxim a a da h um anidade , pode ndo apre nde r línguas
de s pe rtar, de vorando e s píritos m e nore s até q ue s e ja
h um anas e s e com unicar m e ntalm e nte ou através de s ons ,
forçado a h ibe rnar novam e nte . D a form a s im ilar,
s e s uas form as pe rm itire m . No e ntanto, e s píritos , não
grande s conflitos s e s e gue m após o de s pe rtar de um
im portando s e u pode r, ainda têm dificuldade e m e nte nde r
s e nh or e s piritual, conform e a e ntidade te nta re conq uis tar
conce itos abs tratos , com o m oralidade ou m ate m ática, e
a influência q ue tinh a ante s de h ibe rnar, s ubs tituindo os
de m ons tram pouca criatividade . Por m ais inte lige nte s q ue
s e rvos q ue m igraram , foram de s truídos ou e voluíram
s e jam , e les s ão incapaze s de criação inve ntiva: tudo o q ue
durante s e u pe ríodo de aus ência.
faze m é m anipular ou im itar as cois as da nature za.
Es píritos s upe riore s cos tum am s e ce rcar de s e rvos
m e nore s , q ue partilham de s ua nutrição e m troca de
prote ção. Es s e s s e rvos te nde m a s e r da m e s m a nature za do
e s pírito s upe rior: um grande leão e s piritualatrairá outros
Espíritos In feriores leõe s , por e xe m plo, m as e s ta re gra te m s uas e xce çõe s , e m
Es píritos infe riore s cos tum am te r form as q ue e ntidade s de nature za s im ilar ou re lacionada pode m
ide alizadas e q uas e padronizadas . Por e xe m plo, e s píritos coope rar e ntre s i, da m e s m a form a q ue anim ais dife re nte s
de falcão s e rão praticam e nte idênticos a falcõe s m undanos pode m s e re lacionar num e cos s is te m a.
daq ue la re gião, e nq uanto e s píritos da te rra s ão pouco m ais
do q ue conjuntos de roch a capaze s de s e m ove r. Contudo, Os Sen h ores Espiritua is
q ualque r e s pírito q ue te nh a e xis tido h á algum te m po já
Poucos e s píritos ch e garão a tale s tágio, vis to q ue a
com e ça a de s e nvolve r traços individuais , com o pe lage ns
com pe tição por alim e nto im pe de q ue um e s pírito s e
dis tintivas ou padrõe s próprios de com portam e nto. Alguns
de s e nvolva a tal ponto ante s q ue s e ja de s truído por
e s píritos infe riore s , e m e s pe cial aq ue les q ue e s tão
pre dadore s ou rivais . Exis te m poucos s e nh ore s e s pirituais
próxim os de alcançar um e s tágio s upe rior, pode m te r
ativos no m undo m ode rno, pois tais e ntidade s s e tornam
caracte rís ticas únicas ou e s pe ciais e m s ua aparência.
lite rais gove rnante s dos R e inos Elem e ntais , ce rcando-s e de
Ne s s e e s tágio, e s píritos s ão ins tintivos e incapaze s
h ordas de e s píritos m e nore s e ne ce s s itando da ajuda de les
de pe ns am e ntos abs tratos , com pre e nde ndo pouco além de
para s e alim e ntare m , de vido à im e ns a q uantidade de
ne ce s s idade s bás icas . Contudo, e les apre nde m rapida-
re s s onância q ue pre cis am de vorar para s e m ante re m .
m e nte , s e adaptando às condiçõe s locais e à pre s e nça
Se nh ore s e s pirituais s ão m aje s tos os e ate rrori-
h um ana e adq uirindo com portam e ntos q ue não s ão
zante s . O m e s m o e s pírito-falcão ante rior pode ria e voluir a
puram e nte ins tintivos . Em bora incapaze s de alcançar a
ponto de s e tornar um a ave e létrica acom panh ada por um a
inte ligência h um ana, e s s e s e s píritos s e m os tram s upe riore s
te m pe s tade de re lâm pagos e ve ntos , e nq uanto um lorde
à m aioria dos anim ais . Por e xe m plo, alguns pode m
e lem e ntalda te rra pode s e m anife s tar com o um a pe q ue na
apre nde r palavras do vocabulário h um ano, ligando-as a
m ontanh a e controlar cada as pe cto de s e u corpo. Por
ce rtos conte xtos q ue lhe s s e jam fam iliare s , ou pode m
pre cis are m de grande s q uantidade s de e ne rgia para s e
e nte nde r a finalidade , s e não o us o, de ce rtos obje tos .
m ante re m , e s s e s e s píritos h ibe rnam com fre q üência e
Es píritos infe riore s s e com unicam através de
pre s e rvam s uas forças s e m pre q ue pos s íve l.
linguage m corporal e s ons prim itivos , m as alguns
de s e nvolve m a capacidade de s e com unicar e m patica-

16 CAPÍTULO 1: A NATUR EZ A E SPIR ITUAL


Se nh ore s e s pirituais raram e nte s e e nvolve m com o
m undo fís ico. Ape s ar de todo o s e u pode r, e les de pe nde m
m ais de e s píritos m e nore s do q ue das forças naturais para
s e nutrire m . Por is s o, não te nde m a pe rce be r os im pactos
de m udanças no m undo fís ico ante s q ue s e ja tarde de m ais
para um a inte rve nção. Inte ragir com o m undo m ate rial
tam bém e xige m uito m ais e ne rgias do q ue e s s e s s e re s
pre fe re m utilizar e , com a propagação da h um anidade ,
m uitos não têm com o obte r alim e ntos e cae m e m e s tado
dorm e nte , aguardando o m om e nto ce rto para de s pe rtare m .
Som e nte circuns tâncias e xce pcionais provocariam um
s e nh or e s pirituala s e m anife s tar fis icam e nte .

E S PÍRITOS E O M U N D O M ATE RIAL


O m undo dos e s píritos pode s e r um re flexo da
Te rra, m as is s o não s ignifica q ue am bos s e jam idênticos . A
ge ografia e s piritual é s im ilar, os e cos s is te m as s ão
s e m e lhante s , m as e s píritos s e m ultiplicam e s e organizam
de form a própria. Tam bém é pre cis o lem brar q ue não h á
s e re s h um anos nos R e inos Elem e ntais e q ue , e m bora
lendas e folclore s , m as os m ís ticos q ue e s tudam o m undo
m udanças no re ino fís ico alte re m a pais age m e s piritual,
e s piritual não s abe m e xplicar porq ue ape nas alguns
tais trans form açõe s s ão graduais . Por is s o, q uando um
e s píritos s e aproxim am da h um anidade , e nq uanto a m aioria
e s pírito cam inh a nos R e inos Elem e ntais , e le te m pouca
pre fe re m ante r dis tância.
ciência do q ue ocorre naq ue le m e s m o local e m s ua
A ve rdade é q ue e s píritos não s e alim e ntam ape nas
contraparte fís ica.
da e s s ência de criaturas , plantas ou e lem e ntos , m as obtém
Todos os e s píritos pode m s e ntir s uas fonte s de
tam bém nutrição da própria fagulha divina q ue e xis te na
alim e nto. Logo, um anim ale s piritualpode ins tintivam e nte
alm a h um ana. A q ue s tão é q ue e s s a e ne rgia não pode s e r
s e guiar até e ncontrar s e us e q uivalente s no m undo fís ico,
s im ples m e nte tom ada, m as s im de ve s e r conce dida pe las
m e s m o q ue não pos s a vê-los . Se os anim ais fore m abatidos
próprias pe s s oas , e ne m todos os e s píritos conh e ce m e s s a
ou afuge ntados ante s q ue s ua re s s onância s e ja abs orvida,
pos s ibilidade . Alguns s e re s e s pirituais apre nde ram a
contudo, o e s pírito e s tará confus o e de s orie ntado pe la
convive r h arm onios am e nte com pe s s oas ou tribos
s úbita m udança. Para obs e rvar o plano fís ico, a e ntidade
h um anas , o q ue influe nciou dive rs as re ligiõe s prim itivas .
pre cis a atrave s s ar a barre ira e ntre os m undos e ade ntrar a
O utros , contudo, s e tornaram pre dadore s da h um anidade ,
re alidade m ate rial. Ne s te e s tado, o e s pírito pe rde o contato
ge rando as antigas lendas de m ons tros te rríve is q ue
com os R e inos Elem e ntais e , e m bora s e ja im pe rce ptíve l
e s pre itam longe da civilização.
para s e ntidos m undanos , e le s e arris ca a s e r pe rce bido por
criaturas com h abilidade s e s pe ciais .
Por m ais h abilidos o q ue s e ja, nunca é fácilpara um Espíritos Totêm icos
e s pírito inte ragir com a re alidade fís ica. Es píritos infe riore s Às ve ze s , um a pe s s oa agrade ce aos e s píritos com
às ve ze s pode m s e m anife s tar vis ive lm e nte ou m anipular um a pre ce s ince ra, ou um a tribo re aliza grande s ritos e m
anim ais ou e lem e ntos , m as tais h abilidade s s ão bas tante h om e nage m a e les . Es s as tradiçõe s de de voção e
lim itadas . Es píritos s upe riore s , contudo, ocas ionalm e nte agrade cim e nto alim e ntam os e s píritos , m as ocas ionalm e nte
de m ons tram pode re s m aiore s , pode ndo s e m ate rializar e m um e s pírito e s pe cífico e m ais forte cultivará e s s as dádivas ,
form as fís icas , caus ar alte raçõe s clim áticas ou até m e s m o e xpulsando outros q ue te nte m s e alim e ntar da tribo e
tom ar os corpos de anim ais e pe s s oas . conce de ndo bênçãos e prote ção a s e us aliados h um anos , de
Toda inte ração com o m undo fís ico é cus tos a para form a a ince ntivá-los para q ue continue m a nutri-lo. Es s e s
as e ne rgias do e s pírito. Por is s o, com o o ím pe to e s piritualé prote tore s e s pirituais s e tornam tote ns de tribos , fam ílias ou
s obre vive r, e s s e s s e re s te nde m a s ó inte ragir com a indivíduos , s e cre tam e nte ze lando por s e us prote gidos .
re alidade m ate rialpara prote ge r s uas re s e rvas de alim e nto. Es píritos totêm icos ainda pode m s e alim e ntar de
Porém , cas o h aja alim e nto abundante , s uficie nte para form a conve ncional, m as os ritos q ue os h om e nage iam s ão
m antê-los ativos a de s pe ito de s uas atividade s no m undo um a opção m uito m ais vantajos a. Por is s o, e s s e s e s píritos
fís ico, alguns e s píritos pode m s e m anife s tar por te nde m a prote ge r s e us aliados h um anos com de voção e
curios idade ou para bus car de s e jos , inte re s s e s ou fúria, a fim de garantir s ua alim e ntação futura. Porém , cas o
propós itos individuais . a de voção ce s s e , as e ne rgias logo s e dis s ipam , e o e s pírito
pode s e e nfraq ue ce r ou m e s m o h ibe rnar s e não h ouve r
E S PÍRITOS E A H U M A N ID A D E outras fonte s de re s s onância dis poníve is .
D e ce rta form a, o proce s s o q ue cria um e s pírito
Em ge ral, e s píritos têm pouco inte re s s e na totêm ico é e q uivalente a dom e s ticar um anim al: a tribo ou
h um anidade , s e e nvolve ndo com e la ape nas q uando pe s s oa, m e s m o q ue incons cie nte m e nte , ofe re ce ao e s pírito
provocados ou am e açados . A m aioria dos h abitante s dos um a opção de s obre vivência fácil, tornando-o de pe nde nte
R e inos Elem e ntais e vita e até te m e as pe s s oas , m as h á de s ua de voção. Es píritos totêm icos s ão, q uas e q ue
cas os e m q ue e s píritos prim e vos s e re lacionam conos co, e xclus ivam e nte , be s tiais : e s píritos de plantas não têm
criando e los pre datórios ou s im bióticos . Es s as re laçõe s ins tintos q ue os façam s e acos tum ar com tais re laçõe s ,
provave lm e nte influe nciaram m uitas das antigas cre ndice s , e nq uanto e lem e ntais s ão m ais e rráticos , pois têm m aior
E SPÍR ITO S E O M UNDO NATUR AL 17
facilidade e m e ncontrar alim e nto naturale confiam m e nos de finir o q ue um e s pírito pode cons ide rar com o de s re s pe ito
nas pe s s oas . Claro, um e s pírito-planta ou e lem e ntalpode ou traição: cada e ntidade te m s uas próprias re gras , e um ato
s e nutrir das dádivas h um anas , m as dificilm e nte re tribuirá inofe ns ivo ou incons cie nte pode s e r o s uficie nte para irritá-
o favor ou criará um e lo de de pe ndência tão forte . la. Um agath odaim on de s re s pe itado pode de ixar a áre a,
Exce çõe s pode m ocorre r, contudo. re m ove r s uas bênçãos ou até m e s m o s e tornar um
cacodaim on (ve ja adiante ) s e não for apaziguado.
Aga th oda im on es Conform e a s ocie dade h um ana cre s ce u e s e
dis tanciou das m atas e áre as e rm as , a fre q üência de
Agath odaim one s s ão e s píritos , norm alm e nte agath odaim one s s e tornou cada ve z m e nor. Es s e s e s píritos
e lem e ntais ou ve ge tais , q ue têm boa dis pos ição e m re lação nunca foram tão com uns q uanto o ve lho folclore s uge re ,
aos s e re s h um anos . Eles s ão ge ne ros os e pacíficos , m as nos dias atuais e les s ão ainda m ais raros , m e s m o e m
ajudando viajante s q ue pas s e m por s uas te rras e traze ndo re giõe s rurais e pe q ue nas cidade s .
boas colhe itas ou bom clim a à re gião. Em ge ral, um
e s pírito s e torna um agath odaim on q uando é favore cido Ca coda im on es
pe la pre s e nça h um ana, faze ndo-o de s e jar q ue as pe s s oas s e
m ante nh am próxim as . Por outro lado, alguns s ão Cacodaim on é um e s pírito q ue re pudia a pre s e nça
s im ples m e nte curios os e gos tam da intrigante pre s e nça da h um ana e m s e u te rritório e te nta e xpulsar as pe s s oas a todo
h um anidade . cus to. O s infortúnios caus ados por cacodaim one s s ão
M uitos agath odaim one s s urgiram de vido ao contato cre s ce nte s , com e çando com pe q ue nos acide nte s ,
com as “ve lhas re ligiõe s ”rurais voltadas à colhe ita e ao incôm odos e pre juízos . Em ge ral, os infortúnios caus ados
ciclo da vida, cujas filos ofias e m ge ralbe ne ficiavam os pe los cacodaim one s ocorre m ao longo de dias ; raros
e s píritos das m atas . D a m e s m a form a, m uitas práticas e s píritos s ão pode ros os o s uficie nte para atacar pe s s oas
folclóricas do pas s ado e nvolviam agradar os e s píritos para continuam e nte . Cas o o e s pírito s e ja fraco e s e us ataq ue s
atrair boa s orte , as s im cultivando o s urgim e nto de agath o- não s urtam e fe ito, e le s e m udará para longe , m as
daim one s . D ive rs as lendas de due nde s e fadas s e bas e aram cacodaim one s pode ros os pode m ch e gar a caus ar catás trofe s
nas re laçõe s da h um anidade com e s s e s s e re s invis íve is . ou m e s m o m orte s s e os invas ore s ins is tire m e m
A grande dife re nça e ntre um agath odaim on e um pe rm ane ce r e m s e u te rritório.
e s pírito totêm ico é q ue tote ns s e pre nde m a fam ílias e A m aioria dos cacodaim one s s ão e s píritos
indivíduos e os prote ge m fie lm e nte , e nq uanto agath o- traum atizados por algum e ve nto e nvolve ndo s e re s
daim one s h abitam um a re gião e traze m pe q ue nas bênçãos h um anos . Se u ódio pe las pe s s oas é irracional, m ais um a
para aq ue la áre a e nq uanto os h abitante s re s pe itare m a re s pos ta ins tintiva a afrontas pas s adas do q ue m otivado por
m orada dos e s píritos . Agath odaim one s s ão be m m ais e ve ntos re ce nte s . Porém , alguns agath odaim one s pode m s e
curios os , tím idos e s utis q ue e s píritos totêm icos , raram e nte tornar agre s s ivos e vingativos , cas o s e s intam traídos pe las
s e m ate rializando e nunca s e arris cando dire tam e nte pe las pe s s oas q ue ante s favore ciam . D a m e s m a form a q ue
pe s s oas . É com um q ue s e e ncontre grupos de agath odai- agath odaim one s , a m aioria dos cacodaim one s s ão e s píritos -
m one s , m uitos de les e s píritos infe riore s , e nq uanto e s píritos planta ou e lem e ntais . Es píritos be s tiais raram e nte tom am
totêm icos te nde m a s e r s olitários e m ais pode ros os . e s s a atitude , pre fe rindo m igrar ou, no cas o de alguns
Agath odaim one s s e rão be néficos e nq uanto a popu- e s píritos carnívoros , s e tornando ps icófagos .
lação s e m antive r e m h arm onia com e les . Contudo, é difícil
Psicófa gos
O s m ais te m íve is agre s s ore s e s pirituais , ps icófagos
s e m ate rializam para caçar, m atar e de vorar pe s s oas , as s im
RE LAÇÕE S IM PRE VIS ÍVE IS tam bém cons um indo porçõe s da alm a de s uas vítim as .
M uitas ve ze s , um ps icófago já tinh a o gos to por de vorar
Ape s ar das inte raçõe s típicas com a h um anidade , outros e s píritos ante s de apre nde r a apre ciar alm as
lem bre -s e q ue cada e s pírito é um indivíduo. As q uatro h um anas . A m aioria dos ps icófagos é be s tial, e m bora
inte raçõe s de s tacadas ne s te capítulo s ão ape nas padrõe s , alguns e lem e ntais ou até m e s m o ve ge tais pos s am adq uirir
e ne m todos os cas os s e e ncaixam pe rfe itam e nte ne les . e s s e vício. O gos to por alm as h um anas de form a e corrom pe
Por e xe m plo, um de te rm inado e s pírito pode s e r e s s e s s e re s , trans form ando-os e m criaturas m ons truos as e
cons ide rado um cacodaim on para a m aioria das pe s s oas , violentas .
m as s e r um agath odaim on e m re lação a um a Som e nte e s píritos s upe riore s s e tornam ps icófagos ,
de te rm inada fam ília ou indivíduo. vis to q ue a e ntidade pre cis a s e r capaz de s e m ate rializar no
Tam bém de ve s e r levado e m cons ide ração o fato plano fís ico para conduzir s ua caçada. M uitos de s s e s s e re s
de q ue e s píritos e s pe cíficos pode m de s e nvolve r s ão te m idos até por outros e s píritos , já q ue pre fe re m
pas s ate m pos e gos tos próprios . Por e xe m plo, um de vorá-los a bus car form as m ais h arm onios as e com pe tidas
e lem e ntal trave s s o pode s im ples m e nte s e dive rtir ao de nutrição. Por caus a de s s e gos to pe la caçada, ps icófagos
pre gar pe q ue nas pe ças nas pe s s oas , m as , ao m e s m o cos tum am s e r s olitários , m as ocas ionalm e nte pode m
te m po, não de s e ja e xpulsá-las , s e não pe rde ria s ua form ar pe q ue nos bandos ; poucas cois as s ão m ais
dive rs ão. D a m e s m a m ane ira, alguns e s píritos tom am ate rrorizante s do q ue um bando de s s e s pre dadore s caçando
gos to por pos s uir corpos h um anos para de s frutare m da e m conjunto. Fe lizm e nte , a m aioria de s s e s m ons tros
vida corpóre a te m porariam e nte . pe rm ane ce e m h ibe rnação e ntre re fe içõe s , às ve ze s
dorm indo por décadas até q ue s e jam incom odados por
algum e ve nto no m undo fís ico ou e s piritual.

18 CAPÍTULO 1: A NATUR EZ A E SPIR ITUAL


E S PÍRITOS E O S OB RE N ATU RAL
Es píritos te m e m s e re s s obre naturais ainda m ais do
q ue pe s s oas . Sob s e u ponto de vis ta, as criaturas da noite M IS TICIS M O E OS E S PÍRITOS
s ão, na m e lhor das h ipóte s e s , h um anos m ais re s is te nte s e
com a h abilidade de pe rce bê-los ou, na pior, abe rraçõe s da M ís ticos e fe itice iros cos tum am invocar e s píritos
nature za capaze s de fe ri-los ou de s truí-los . Com o têm um para propós itos dive rs os . Alguns e s píritos ate nde m a
e lo m ais forte com o m undo natural, e s píritos pode m invocação por curios idade , m as a m aioria e vita os
pre s s e ntir facilm e nte a pre s e nça de s e re s s obre naturais , invocadore s a m e nos q ue s e ja ofe re cido algo
as s im s e e s conde ndo ou s e tornando m ais de fe ns ivos (e , convince nte e m troca. M uitos ritualis tas re alizam
portanto, agre s s ivos ) na pre s e nça de les . Es píritos q ue invocaçõe s com o propós ito de adq uirir inform açõe s ou
e s te jam no m undo m ate rial, m e s m o s e e tére os , e m ge ral trocar favore s , m as alguns dom inam ou apris ionam
pre fe rirão s e re fugiar nos R e inos Elem e ntais para e vitar e s píritos para forçá-los à s e rvidão. Es píritos
de te cção. m anipulados de s ta m ane ira pode m s e tornar agre s s ivos ,
D e todas as criaturas q ue pe ram bulam pe lo m undo aguardando um a falha nos ritos para e s capare m ou, e m
fís ico, as q ue m ais intim idam e confunde m os e s píritos da alguns cas os , s e voltare m contra s e us pre te ns os m e s tre s .
nature za s ão os s e re s ligados à Som bra do M undo: Xam ãs e bruxos capaze s de convocar, apaziguar,
fantas m as , Pe s ade los m anife s tos , m ortos -vivos e , e xpulsar, apris ionar e controlar e s píritos s ão algum as
e s pe cialm e nte , vam piros . Para os h abitante s dos R e inos das tradiçõe s m ís ticas m ais antigas da h um anidade .
Elem e ntais , a s im ples pre s e nça de s s as criaturas é M e s m o h oje , m uitos m ís ticos e fe itice iros ainda s e
de s confortáve l. Talve z s e ja porq ue , para e s píritos q ue ape gam a tais práticas . Alguns pe rs e gue m o “cam inh o
re pre s e ntam as forças da vida, as criaturas do re ino da as ce nde nte ” , q ue e nvolve alianças , trocas de favore s e
m orte s ão com pletam e nte alie níge nas . re s pe ito m útuo; outros s e gue m o “cam inh o de cade nte ” ,
e m q ue intim idam , apris ionam e dom inam e s píritos ,
E S PÍRITOS E OS M U N D OS A LÉM trans form ando-os e m s im ples fe rram e ntas e e s cravos .
Am bos os cam inh os apre s e ntam ris cos , s e ja ne gociando
Ape s ar de s e re m e les próprios e ntidade s e xte rnas à com um e s pírito traiçoe iro, s e ja acum ulando o m e do e o
re alidade fís ica, e s píritos de m ons tram com pleta ignorância ódio dos e s píritos apris ionados .
a re s pe ito da e xis tência de outros planos além dos R e inos
Elem e ntais e do m undo m ate rial. Talve z is s o s e ja de vido
ao fato de q ue , ao contrário dos s e re s h um anos , e les não
de m ons tram pe ns am e ntos abs tratos profundos , s e ndo
incapaze s de te orizar s obre a e xis tência de outras
re alidade s além de s uas pe rce pçõe s .
O contato de e s píritos com outros m undos é
pe q ue no. Eles não conh e ce m a e xis tência da Som bra do
M undo, m as te m e m as criaturas vindas de la. D a m e s m a A B E RRAÇÕE S E S PIRITU AIS
form a, não pare ce m s onh ar, ne m s e us pe ns am e ntos s e
re flete m no Plano das Idéias . Contudo, is s o não s ignifica Não é ape nas o m undo fís ico q ue te m s uas
q ue e s te jam com pletam e nte s e parados do re s to da Criação abom inaçõe s . O cas ionalm e nte , algo abe rrante pode
D ivina, pois h á cas os e m q ue e ntidade s oníricas ou as trais s urgir e s pontane am e nte no plano e s piritual, ou um
dom inam ou s e funde m com e s píritos , ge rando abe rraçõe s e s pírito pode m udar s ob influência de fatore s e xte rnos .
q ue não s e e ncaixam na orde m natural dos R e inos Es s as criaturas foge m de todas as clas s ificaçõe s , e m bora
Elem e ntais . continue m s e ndo e ntidade s e s pirituais . A m aioria das
D e todas as outras re alidade s , a única q ue a Corte abe rraçõe s s urge q uando a re s s onância de um localé
Elem e ntalpare ce te r algum a ciência é o Abis m o Além , o contam inada, s e ja por poluição, corrupção m ís tica ou
q ual e s píritos ocas ionalm e nte re fe re m com o s e ndo algo m e s m o idéias ou s e ntim e ntos forte s , de form a a s e r
“de fora” . Is s o ocorre porq ue , q uando um a Cois a do intragáve la outros e s píritos . Es s a re s s onância contam i-
Abis m o Além e ntra na re alidade , e la atrave s s a as várias nada, s e acum ulada, pode coales ce r num e s pírito
cam adas da Criação D ivina, traze ndo caos e de s truição abe rrante . Contudo, algum as abe rraçõe s s urge m s e m
tam bém nos R e inos Elem e ntais . O s urgim e nto de um a m otivo apare nte .
de s s as criaturas é s uficie nte para de s pe rtar dive rs os O utros e s píritos te m e m , e xpulsam ou de s troe m
s e nh ore s e lem e ntais e unir h ordas de e s píritos s upe riore s , tais abe rraçõe s , por is s o e las te nde m a s e m ante r ocultas .
dis pos tos a de s truir ou e xpulsar a criatura invas ora a Por não te re m contraparte s m undanas das q uais pos s am
q ualque r cus to ante s q ue e la alcance o plano fís ico. s e nutrir, s uas únicas opçõe s s ão de vorar e s píritos e
pe s s oas ou re ce be r re s s onância com partilhada, s e ja por
outros e s píritos ou pe la de voção h um ana. Em s e u
ím pe to de s obre vivência, portanto, não é incom um q ue
e s s e s s e re s s e jam violentos , obte ndo alim e nto pe lo m e do
ou de vorando o q ue e ncontrare m e m s e u cam inh o.

E SPÍR ITO S E O SO BR ENATUR AL 19


Lá fora , os ven tos etéreos sopra va m , produzin do um forte uivo, m a s o silên cio
n o in terior da s ruín a s era a con ch ega n te pa ra a cria tura - ga to de pêlos n egros com o a
n oite e olh os verdes brilh a n tes. Deita da tra n q üila m en te en q ua n to se a q uecia sob a
luz sola r q ue en tra va pela ja n ela a podrecida , a coisa - ga to se fa rta va da resson ân cia
loca l. Ali preten dia perm a n ecer a té o a n oitecer, q ua n do, protegida pelo véu de
escuridão, se a ven tura ria n a s perigosa s rua s da cida de en torpecida .
Con tudo, repen tin a m en te h ouve um distúrbio n a n utrição loca l. A coisa -
ga to a briu os olh os subita m en te a o sen tir sua n utrição se diluin do e espa lh a n do- se,
com o se um in va sor tivesse en tra do n a ca sa . Erguen do- se e m oven do- se celerem en te, a
cria tura sa ltou pa ra a ja n ela e fitou o la do de fora , tom a do por m a to a lto e árvores.
Em seguida , sen tin do um a peq uen a fon te de n utrição ser puxa da pa ra lon ge, sa ltou
pa ra o ch ão. Por um in sta n te, a n tes q ue a coisa - ga to toca sse o solo com a s pa ta s
silen ciosa s, sua visão se n ublou. Q ua n do fin a lm en te pousou de seu sa lto, já esta va do
outro la do da ba rreira , n o m un do in tocávelda s coisa s de ca rn e. O m a ta ga ldera luga r
a um ja rdim m a lcuida do e ch eio de en tulh o, cerca do por um m uro ba ixo, en q ua n to a s
ruín a s q ue deixa ra pa ra trás se torn a ra m um a ca sa decrépita , m a s a in da fun cion a l.
Ao redor da cria tura etérea , m uitos ga tos, todos fon tes de n utrição, se recobra va m de
um susto, retorn a n do tem erosa m en te a o ja rdim .
A coisa - ga to se focou n a fon te de n utrição q ue sen tia se a fa sta r ra pida m en te.
N ão era a prim eira vez q ue isso a con tecia . Os ga tos da ca sa era m a lim en ta dos e
m a n tidos por um a cria tura de ca rn e gen til e frágil, m a s outros seres de ca rn e
sim ila res, m en ores e m a is rápidos, às vezes vin h a m espa n tá- los e m a ltra tá- los. A
coisa - ga to correu pelo q uin ta l, subin do o m uro ra pida m en te e sa lta n do pa ra a rua
a lém , on de viu um dos serezin h os bípedes ca rrega r um ga to jovem pa ra lon ge. A
cria tura de ca rn e, de pêlos escuros sobre a ca beça , solta va grun h idos repetitivos de
sa tisfa ção. En ra ivecida , a cria tura - ga to se pôs a segui- lo, corren do e a lca n ça n do- o
sem esforço.
N ão dem orou a té q ue o ser de ca rn e se en con tra sse com outro de pêlos doura dos,
q ue o espera va n ão m uito lon ge da ca sa . Os dois com eça ra m a solta r grun h idos e son s,
com un ica n do- se en tre si, en q ua n to a coisa - ga to os observa va . Torn a va - se óbvio q ue o
de pêlos cla ros era o líder, urra n do m a is a lto e provoca n do o de pêlos escuros, q ue era
m a is ba ixo e tím ido. O líder en tão ergueu com a s pa ta s superiores um con jun to de
objetos reluzen tes cilín dricos e ocos, e os a m a rrou a o ra bo do ga to ca ptura do. En tão, sob
orden s, o ser m en or soltou o a n im a le o espa n tou com urros, fa zen do- o correr. As coisa s
m etálica s presa s a o ra bo em itia m son s a ssusta dores, provoca n do o ga to a con tin ua r sua
fuga , com o se perseguido por um in im igo in visível. Seguido de lon ge pelos dois seres
bípedes, o a n im a lcorreu a té ca ir de exa ustão.
Sen tin do a resson ân cia do a n im a lexa usto extin guin do- se com o um a peq uen a
ch a m a a o ven to, a coisa - ga to se en fureceu e fitou os dois serezin h os de ca rn e in ca pa zes
de vê- la , decidin do q ue evita ria q ue a q uilo a con tecesse n ova m en te. An cora n do sua
essên cia a o corpo do ser m a ior, de ca belos doura dos, a coisa - ga to decidiu segui- lo a té q ue
ele estivesse vuln erável. En tão, fa ria a q uele ser frágilde ca rn e sen tir o verda deiro
terror de ser perseguido por um in im igo in visível.

20
Capítul
o2
Os Re in os E le m e n ta is

Quando obs e rvam os os nos s os arre dore s , é difícil Ce rtos locais de s ignificância m ís tica facilitam a
pe ns ar q ue e xis te m m últiplos outros “m undos ”ocupando o e ntrada de e s píritos no m undo fís ico. A pre s e nça abundante
m e s m o e s paço. Além da m atéria e da carne , h á o e s pírito de vida e dos e lem e ntos naturais torna a barre ira e ntre
da vida e o re flexo da m orte ; além dos planos e s pirituais , m undos , de form a m e tafórica, m e nos de ns a, facilitando a
h á form as e te m po; ainda m ais além , h á pe ns am e ntos e trave s s ia, e nq uanto cidade s e cons truçõe s h um anas a
idéias . Todas e s s as re alidade s e s tão inte rligadas , tornam m ais re s is te nte , dificultando a pas s age m . Logo,
s obre pos tas um as às outras , inte ragindo de form a invis íve l. m anife s taçõe s e s pirituais s ão m ais com uns e m áre as rurais ,
Alguns m ís ticos cons ide ram os R e inos Elem e ntais re giõe s s e lvage ns ou parq ue s e outros locais de
a cam ada da re alidade im e diatam e nte s upe rior à e xis tência pre s e rvação. Em adição, e m bora não facilite a trans ição,
fís ica, um re flexo ide alizado do re ino dos vivos , onde as um a re s s onância favoráve l na áre a im e diata pe rm ite ao
q ualidade s e de fe itos de nos s o m undo s ão m uito m ais e s pírito com pe ns ar o e s forço de pe rm ane ce r no m undo
vibrante s e notáve is . O utros , e s pe cialm e nte os q ue e s tudam fís ico, e s te nde ndo s ua e s tadia: por e xe m plo, um e lem e ntal
o m undo dos m ortos , dis cute m q ue a Som bra do M undo é da água cons e guirá pe rm ane ce r m ais te m po no m undo
m ais próxim a, vis to q ue as alm as falecidas pode m m ate riale nq uanto e s tive r na pre s e nça de corpos aq uos os
cons tante m e nte ve r o m undo fís ico. abundante s .
Es s as cons ide raçõe s te óricas pouco im portam , O cam inh o inve rs o, a e ntrada de s e re s fís icos nos
porém . O ponto indis cutíve lé q ue o Es pírito do M undo, R e inos Elem e ntais , apre s e nta m aior dificuldade , pois a
ainda q ue s e parado da re alidade m ate rial, a re flete de re alidade fís ica s uporta a e xis tência de criaturas e tére as ,
form as s ubje tivas . Para cada localno m undo dos vivos , h á m as o m undo e s piritual não é com patíve l com as
um a áre a corre s ponde nte e s obre pos ta nos R e inos com plexidade s da m atéria. Quando um e s pírito as s um e
Elem e ntais . O re levo e caracte rís ticas de s s as re giõe s um a form a pe rce ptíve l (m anife s tação) ou m ate rial
corre latas pode m s e r lige iram e nte dife re nte s , m as s ão (m ate rialização), e le ape nas e s tá us ando s uas forças para
s e m e lhante s o s uficie nte para s e re m re conh e cíve is . Quando aum e ntar a s intonia com a re alidade fís ica. Já para um s e r
um viajante , s e ja um e s pírito ou um fe itice iro h abilidos o, fís ico e xplorar os R e inos Elem e ntais , é pre cis o conh e ce r
atrave s s a a barre ira e ntre os m undos , e le de ixa um localdo m e ios de s e s e parar corpo e alm a, de ixando o corpo
plano originale s e vê re pe ntinam e nte e m s ua contraparte vulne ráve l a ataq ue s e pos s e s s õe s . Ape nas alguns s e re s
paralela. s obre naturais , m ís ticos e xpe rie nte s e fe itice iros pode ros os
cons e gue m conve rte r com pletam e nte corpos fís icos e m
A B ARRE IRA E N TRE M U N D OS m as s a e tére a, pe rm itindo s ua e ntrada no m undo e s piritual.
Es s e proce s s o, contudo, te m s e us próprios cus tos e ris cos .
Não e xis te e xatam e nte um a “barre ira” e ntre os Por caus a de s s as dificuldade s , a m aioria dos
m undos : m atéria e e s pírito coe xis te m no m e s m o e s paço, conh e cim e ntos h um anos s obre os R e inos Elem e ntais s ão
m as s ão re alidade s dife re nte s e incom patíve is . Quando te orias e alguns poucos re latos , ne m s e m pre ve rdade iros ,
e s píritos “atrave s s am a barre ira”, e les na ve rdade alte ram de s e re s pode ros os o s uficie nte para faze r a trave s s ia. Em
s ua própria s ubs tância, faze ndo s ua m as s a e tére a s e adição, o m undo e s piritual é um local e m cons tante
aproxim ar da s intonia da re alidade fís ica. Es s e proce s s o é trans form ação: s e us re s ide nte s e caracte rís ticas pode m s e
re lativam e nte s im ples , m as m ante r-s e fora de s intonia com alte rar rapidam e nte e m poucos anos . R e latos confiáve is
o m undo e s piritualé com o m ante r um m ús culo contraído: q ue de s cre ve m um a áre a e s piritual pode m ser
ce do ou tarde , a e ntidade s e e xaure e é forçada a re tornar com pletam e nte invalidados poucas décadas após a coleta
aos R e inos Elem e ntais . das inform açõe s .

A BAR R EIR A ENTR E M UNDO S 21


As condiçõe s do m e io-am bie nte no plano m ate rial
tam bém s e re fletirão nos as pe ctos dos e s píritos locais :
contam inaçõe s , populaçõe s adoe cidas ou a pre s e nça de
radiação ou lixo faze m com q ue os R e inos Elem e ntais
PE RGU N TAN D O AOS E S PÍRITOS s ofram . Em bora não m orram de vido a doe nças ou
intoxicação, os e s píritos ganh am form as doe ntias ou
M uitos ocultis tas já te ntaram invocar e s píritos ,
dis form e s e s e tornam be m m ais agre s s ivos . Em adição,
s ob te rm os am igáve is , para q ue s tionar inform açõe s
tais locais contêm populaçõe s e s pirituais be m m e nore s ,
com o as orige ns do unive rs o, de s criçõe s do m undo
vis to q ue a ofe rta de re s s onância do m undo m ate rial é
e s pirituale dúvidas s obre o s e ntido da vida. Contudo, as
baixa.
re s pos tas raram e nte s ão s atis fatórias , pois m uitos
e s píritos pode m s e com unicar ape nas e m paticam e nte ,
trans m itindo e m oçõe s e im age ns m e ntais , e m e s m o os U M M U N D O D E M ARAVILH AS
q ue us am um a linguage m h um ana não s ão e xatam e nte
e xe m plos de e loq üência. O s R e inos Elem e ntais s ão as s im ch am ados porq ue ,
Es píritos não s ão grande s filós ofos , ne m do ponto de vis ta h um ano, e les s ão re alm e nte gove rnados
conh e ce m os s e gre dos do unive rs o: pe rguntas pe las forças naturais . O bs e rvar o m undo dos e s píritos é ve r
e xis te nciais ape nas os de ixarão pe rplexos . Eles não s e as re ais be lezas e atrocidade s da nature za, com o s e ali
lem bram e xatam e nte de tudo o q ue viram e m s uas h ouve s s e um a inte ligência oculta coorde nando as forças
e xis tências , guardando ape nas m e m órias m ais notáve is , naturais , te ce ndo-as e m form a de arte e dando a e las be leza
m as ne m s e m pre im portante s . Por fim , todos os e s píritos ate rradora.
já foram e ntidade s ins tintivas e de baixa inte ligência um O clim a dos R e inos Elem e ntais te nde a re fletir o do
dia, m ante ndo re cordaçõe s falhas de s s e pe ríodo, da m undo fís ico, m as não e xatam e nte . Um a curta ch uva no
m e s m a form a q ue pe s s oas têm dificuldade e m s e m undo fís ico s e conve rte num a grande te m pe s tade
lem brar de fatos ocorridos na infância. e s piritual. É pos s íve lpre ve r o clim a do m undo m ate rial
Contudo, is s o não s ignifica q ue as re s pos tas obs e rvando o re ino dos e s píritos , pois de vido à
obtidas s e jam inúte is . Se fore m invocadas as e ntidade s m anife s tação inte ns a das forças e lem e ntais , m udanças
ce rtas , os e nigm as ou m e táforas obtidos pode m s e r clim áticas s ão s e ntidas ali prim e iro com algum as h oras , às
im portante s pis tas para s e de cifrar os m is térios do ve ze s até dias , de ante ce dência. No pas s ado, os xam ãs de
unive rs o. As re s pos tas pode m não s e r as de s e jadas , m as tribos prim itivas cons ultavam os e s píritos para pre ve r o
cada nova pe ça é im portante para s e com pre e nde r clim a e pre ve nir catás trofe s vindouras . H oje , a h um anidade
m e lhor um q ue bra-cabe ça, m e s m o q ue e le talve z jam ais não m ais dá ouvidos aos cons e lhos de s s e s cada ve z m ais
s e ja com pletado. raros s ábios .
O e s pe táculo natural dos R e inos Elem e ntais é
pe rigos o e ate rrador, m as é tam bém ch e io de be leza
s obre natural, pois as forças da nature za s ão ali m oldadas
pe los caprich os dos e s píritos . Na contraparte e s piritualde
OOU TRO LAD O um a cach oe ira, por e xe m plo, a q ue da d’água pode ge rar
um a névoa fina e gélida, q ue por s ua ve z filtra os raios
Com o dito ante s , cada re gião do m undo fís ico te m s olare s , criando dive rs os pe q ue nos arco-íris . Sob as águas ,
s e u localcorre s ponde nte no plano dos e s píritos . O re levo ninfas e outros e lem e ntais nadam gracios am e nte , às ve ze s
te nde a s e r o m e s m o, com alte raçõe s no re ino dos vivos atrave s s ando a barre ira e ntre m undos e atraindo para ali
s e ndo lentam e nte re fletidas na contraparte e tére a. Por q uais q ue r vis itante s h um anos , talve z por m alícia, talve z por
e xe m plo, s e s e re s h um anos dinam itare m um m orro para s e re m incapaze s de com pre e nde r q ue pe s s oas não pos s am
abrire m um a rodovia, o s olo da contraparte e s pirituals e re s pirar s ob as águas .
e rodirá lentam e nte , tam bém s e abrindo e m poucos anos . D e form a s im ilar, durante um a te m pe s tade , ros tos
D a form a s im ilar, s e um e s pírito abrir um a cave rna no pode m s e form ar nos céus , m oldados pe la água q ue cai,
m undo e s piritual q ue não e xis te no plano fís ico, e s s a e nq uanto re lâm pagos de s e nh am ras tros intricados no ar.
cave rna s e fe ch ará e m poucos anos , a m e nos q ue s e u Sob a ch uva pe s ada, e lem e ntais da água s e m anife s tam no
criador s e e s force para m antê-la abe rta. s olo e as s ílfide s e pás s aros da te m pe s tade dançam pe los
Cons truçõe s artificiais da h um anidade , contudo, are s , s e alim e ntando das forças caóticas trazidas pe la
não s e re flete m com pletam e nte nos R e inos Elem e ntais . As torm e nta. O utros e s píritos , m e nos acos tum ados com a
criaçõe s h um anas e ve ntualm e nte s urgirão, m as te rão um ch uva, s e e s conde m s ob a copa das árvore s ou nas
as pe cto e nve lhe cido e e rodido, com o s e fos s e m profunde zas da te rra, com m e do q ue um e s pírito da
abandonadas h á s éculos . Por e xe m plo, e s tradas apare ce rão te m pe s tade te nte atraí-los para a dança dos céus , s e m
e s buracadas e m al-cons e rvadas ; prédios s e e ncontram q ue re r fulm inando-os com raios ou lançando-os a de ze nas
abandonados à m e rcê dos e lem e ntos , e das cas as re s tam de m e tros de altura.
ape nas fundaçõe s , colunas e um as poucas pare de s . O bje tos
m óve is , com o carros ou ute ns ílios , não ganh am re flexos A S TE RRAS S E LVAGE N S
e s pirituais . Já a pre s e nça ou não de e s píritos de anim ais ,
plantas ou e lem e ntos de pe nde rá da e xis tência de O m undo dos e s píritos é ainda m ais e s plendoros o e
contraparte s fís icas para nutri-los . Por e xe m plo, um a vibrante e m vida e e ne rgia onde a nature za re ina abs oluta.
cabana na m ata pode , e m s e u re flexo e s piritual, te r s ido Im agine flore s tas , s e lvas , bos q ue s , de s e rtos , planície s e as
tom ada por e s píritos de plantas e anim ais , m as o ce ntro de profunde zas oce ânicas , m as ide alizadas , com form as
um a cidade pare ce rá um lugar m orto, cons um ido pe las im pos s íve is e form açõe s naturais ins piradas por inte lectos
ch uvas e ve ntos . alie níge nas . Cada anim ale cada planta ali vive ndo é um s e r

22 CAPÍTULO 2: O S R EINO S E LEM ENTAIS


único, com core s e form as variadas q ue ne m s e m pre s e
conform am às s uas contraparte s fís icas . Elem e ntais
m oldam s e us lare s nos ve ntos , nas águas e nas roch as ,
e nq uanto os s e nh ore s e s pirituais da re gião form am s uas
tocas e m clare iras , cave rnas , oás is , re cife s ou q uais q ue r FORM AS H U M A N ÓID E S
outros locais q ue m e lhor s e ade q uare m a s e us gos tos ou
Conform e um e s pírito e volui, s ua form a s e torna
ne ce s s idade s . H á um a be leza inde s critíve l no re flexo
cada ve z individual, ganh ando as pe ctos únicos e
e s piritualda nature za s e lvage m , m as tam bém h á pe rigo
variados . Quando próxim os da h um anidade , os e s píritos
s e m igual, na form a de grande s pre dadore s q ue jam ais
s upe riore s , e s pe cialm e nte os ve ge tais e e lem e ntais ,
conh e ce ram a e s cas s e z de pre s as e de e s píritos s upe riore s
te nde m a adq uirir caracte rís ticas h um anas . Já nas
q ue atacariam violentam e nte q ualque r s e r, e s piritual ou
profunde zas das m atas , infinidade s de s érticas ou outros
não, q ue invada s e us te rritórios e não s e s ubm e ta.
am bie nte s h os tis , e s píritos s upe riore s pre fe re m form as
D e vido à am pla ofe rta de re s s onância, os e s píritos
anim ales cas . Até m e s m o os be s tiais pode m adq uirir
s e lvage ns s e m ultiplicam num e ros am e nte , m as a proporção
as pe ctos de outros anim ais .
e ntre e s píritos s upe riore s e infe riore s s e m antém , o q ue
Ape s ar dis s o, ocas ionalm e nte um a e ntidade
s ignifica q ue com pe tição por re curs os faz com q ue
e s piritual pode acabar de s e nvolve ndo caracte rís ticas
e s píritos s e lvage ns s e jam e m s ua m aioria e ntidade s
h um anóide s m e s m o q ue nunca te nh a vis to um s e r
m e nore s . Ainda as s im , o grande núm e ro de e s píritos faz
h um ano e m s ua e xis tência. Às ve ze s , e s s as form as s ão
com q ue e ntidade s s upe riore s s e jam m ais num e ros as do
de rivadas de s ím ios , urs íde os ou outros anim ais da
q ue e m re giõe s rurais ou urbanas . Es s e s e s píritos
re gião, m as ne m s e m pre . Talve z caracte rís ticas
pode ros os form am grande s “corte s ”de s e rvos infe riore s
h um anas , com o polegare s opos itore s nas m ãos , s e jam
e m torno de s i, us ando-as para controlar te rritório e
s im ples m e nte m uito úte is , ou talve z os e s píritos te nh am
adq uirir alim e nto. Com o ne s tas re giõe s e rm as o m undo
tido contato com anjos , de m ônios ou outras e ntidade s de
fís ico é pre vis íve l, com pouca ou ne nh um a inte rfe rência
form a h um anóide , incluindo outros e s píritos q ue
h um ana, e s s e s e s píritos raram e nte s e nte m a ne ce s s idade de
m igraram de re giõe s h abitadas por pe s s oas . Ce rtos
atrave s s are m a barre ira e ntre os m undos , a não s e r q ue
m ís ticos crêe m q ue , com o a bíblia diz q ue o h om e m foi
m udanças abruptas na re s s onância re gional os leve m a
criado na im age m e s e m e lhança de D e us , e ntão talve z
inve s tigar o q ue e s tá aconte ce ndo. No e ntanto, um ou outro
e s s e s e s píritos e s te jam im itando o próprio Criador.
e s pírito pode adq uirir o h ábito de s e m anife s tar ou
O utro fato inte re s s ante é q ue e ntidade s
m ate rializar por ne ce s s idade ou caprich o.
e s pirituais tam bém te nde m a im itar as form as de
Longe do toq ue da h um anidade , os e s píritos s ão
e s píritos s im ilare s com os q uais te nh am contato. Ce rtas
m ais arre dios e im pre vis íve is , m as ne m s e m pre pe rce be m
caracte rís ticas acabam s e ndo com uns e m cada re gião,
q uando h um anos invade m s uas te rras . Por e s tare m tão
s e ndo re fletidas no folclore local, de vido ao contato
de s inte re s s ados nos aconte cim e ntos do m undo fís ico, e les
ocas ionaldas pe s s oas com o m undo e s piritual. É de vido
s ó notarão a pre s e nça h um ana cas o e la traga m udanças
a is s o q ue criaturas folclóricas s ão fe nôm e nos tão
s úbitas . Por e xe m plo, caçadore s pode m não atrair ate nção
re gionalizados , e é tam bém por is s o q ue s uas de s criçõe s
até q ue a população de anim ais dim inua s ignificante m e nte
s ão m ais ou m e nos cons tante s , m as nunca concordam
ou até q ue te nh am o azar de abate r um anim alq ue e s tá
inte iram e nte e ntre s i.
nutrindo um e s pírito naq ue le e xato m om e nto. Em re s pos ta,
os e s píritos pode m tom ar atitude s variadas : te m or,
curios idade ou m e s m o violência.
Com o a q uantidade de e s píritos infe riore s nas
re giõe s s e lvage ns é m uito alta, poucos te rão o pode r de s e r
m ais do q ue incôm odos para viajante s h um anos . Contudo, com o agradar os e s píritos para e vitar s ua ira. M e s m o h oje ,
q uando a ate nção de um e s pírito s upe rior é atraída, m ade ire iros e caçadore s ilegais s e gue m ve lhas s upe rs tiçõe s
tragédias não de m oram a ocorre r: pe s s oas s e pe rde m , para e vitar a m á s orte , e nq uanto tropas m ilitare s
anim ais s e e nfure ce m ou m e s m o o clim a pode s e tornar com pre e nde m q ue é pre cis o e m bre nh ar nas m atas e m
h os til. Tribos h um anas prim itivas , acos tum adas a vive r e m grupo e com cuidado.
te rras s e lvage ns , conh e ciam m uito be m q ue áre as e vitar e

A S TER R AS SELVAGENS 23
A S RE GIÕE S RU RAIS
As tribos nôm ade s e xis tiam e m re lativa h arm onia
com a nature za, vive ndo de caça e pe s ca e m ante ndo CAS TE LOS E N CAN TAD OS ?
xam ãs para apaziguare m os e s píritos naturais , m as tudo
m udou q uando o h om e m apre nde u a cultivar o s olo e a Le ndas de fadas às ve ze s falam de re inos
trans form ar o m undo para m e lhor s obre vive r. e ncantados , com cas te los s untuos os e vilas m ágicas .
Tradicionalm e nte , os conflitos m ais forte s e ntre e s píritos e Contudo, na prática, e s píritos não s ão ade ptos de m oldar
pe s s oas s e m pre ocorre ram nas re giõe s rurais , onde os o m undo. Ge ralm e nte , os m ais inte lige nte s pe rce be m as
h um anos de rrubam árvore s para cons truir cas as , abre m vantage ns de s e tom ar um a cons trução h um ana para
pas tos para a pe cuária e aram o s olo para a agricultura. prove ito próprio, ali s e prote ge ndo de inim igos e
Ne s s as áre as , conflitos com o m undo e s piritual form ando s uas corte s de s e rviçais . A nature za do e s pírito
pode m s e r te rríve is no com e ço dos as s e ntam e ntos , m as e ntão o ajuda a m oldar o re flexo e s piritual da
tanto pe s s oas com o e s píritos s e adaptam com o te m po, cons trução, dando-lhe caracte rís ticas e lem e ntais q ue
e ncontrando form as de convive re m : pre dadore s e s pirituais pode riam s e r cons ide radas “e ncantadas ” .
cujas contraparte s fís icas h á m uito foram e xtintas ou Logo, um ve lho e de crépito cas te lo num a colina
e xpulsas ainda vive m ali, caçando os e s píritos dos pode te r s e u re flexo e s piritualtom ado por um pode ros o
re banh os ; os h abitante s h um anos tradicionalm e nte e vitam e lem e ntal do ar. O e lem e ntal e ntão influe ncia o
ce rtas áre as , q ue s ão h abitadas por e s píritos h os tis , q ue por am bie nte próxim o, ce rcando o cas te lo com névoas e
s ua ve z m igraram para ali e xatam e nte para s e m ante re m ch uva. Es píritos de pás s aros , e lem e ntais m e nore s do ar e
longe das pe s s oas ; as com unidade s m antêm ve lhas da água e alguns anim ais pode m e ntão s e rvir o s e nh or
s upe rs tiçõe s , q ue ou agradam os e s píritos ou os m antêm do cas te lo, traze ndo nutrição a e le todos os dias e m
afas tados . Ce do ou tarde , um e q uilíbrio, q uas e um pacto troca de prote ção. Ainda as s im , o cas te lo pare ce rá
s ilencios o, ocorre e ntre os h abitante s dos dois m undos . de crépito e cons um ido pe los e lem e ntos , pois os e s píritos
No m undo e s piritual, áre as rurais ainda têm a não têm o m e s m o s e ns o de e s tética q ue as pe s s oas , ne m
be leza s e lvage m e indom ada dos R e inos Elem e ntais : s e im portarão e m re form ar pare de s ou de corar s alas .
bos q ue s no m undo fís ico pode m s e r flore s tas na Alguns poucos e s píritos pode m te r o ins tinto de
contraparte e tére a; pas tos s e tornam planície s , onde os m oldar o m undo para criare m s e us lare s : um e s pírito-
e s píritos do re banh o ainda s e com portam com o anim ais pás s aro pode criar um ninh o im e ns o no topo de um a
s e lvage ns , e as cas as , e s tradas e cons truçõe s pare ce m árvore m aje s tos a, ou um e lem e ntalda te rra pode abrir
abandonadas h á décadas ou m e s m o s éculos , às ve ze s um a galeria de cave rnas nas profunde zas de um a
tom adas novam e nte pe las plantas . Nas vilas e com unidade s m ontanh a. Contudo, e s s as cons truçõe s não s e pare ce m
h á um a q uantidade m uito m e nor de e s píritos , m as algum as ne m re m otam e nte com algo q ue um a pe s s oa faria.
e ntidade s s upe riore s form am lare s e re úne m s e us s e rvos
nos re flexos e s pirituais de s s e s lugare s .
Contudo, ape s ar da e ve ntualconvivência pacífica
e ntre pe s s oas e e s píritos , conflitos ainda ocorre m com
re lativa fre q üência. É ine vitáve l, pois os h abitante s concre to, m as e la s e e ncontra e m toda parte . Procure onde
e s pirituais ainda têm m e nte s alie níge nas e s ão h á vida no lado fís ico da cidade e im agine com o os
ocas ionalm e nte ofe ndidos pe las açõe s de algum a pe s s oa. e s píritos s e adaptariam à re s s onância ge rada por e la:
Agath odaim one s e cacodaim one s e xis te m e m m aior parq ue s m ais pare ce m bos q ue s de ns os , com ruínas de
abundância nas áre as rurais , m uitas ve ze s alte rnando s uas e s culturas e cons truçõe s h um anas ; os e s gotos e s tão
dis pos içõe s e m re lação à h um anidade : por e xe m plo, um tom ados por ins e tos e ratos , alguns de les de tam anh o
e s pírito pode ajudar a tornar a colhe ita farta e m um ano, im pre s s ionante , de vido à farta nutrição; re voadas de
m as s e r ofe ndido e caus ar infortúnios durante vários m e s e s . pás s aros e s pirituais , com o pom bos e andorinh as , ainda
viajam pe los are s ; e s píritos de gatos e cãe s ocas ionalm e nte
A S CID AD E S E S PIRITU AIS pe rcorre m as ruas , s olitários ou e m grande s bandos . Em
alguns pontos , os e s píritos s ão agre s s ivos e dis form e s ,
Quanto m aior a pre s e nça h um ana, m e nos de vido à poluição, e m outros s ão pre datórios , de vido à falta
“prim ordial”o m undo s e torna, e m e nos re s s onância é de opçõe s de re s s onância natural. Elem e ntais e létricos
ge rada para alim e ntar e s píritos . Por caus a dis s o, as grande s corre m pe la fiação e s piritual, e nq uanto os do ar e da água
cidade s pode m , no m undo e s piritual, s e r com paradas a ainda re inam nos corre dore s de ve nto, e s gotos e rios q ue
de s e rtos : apare nte m e nte abandonadas , e s tére is e s ob ataq ue pe rcorre m a cidade . Em outras palavras , no m undo
cons tante dos e lem e ntos . Im agine um a grande cidade , m as e s piritual, as cidade s s ão áre as s e lvage ns e im pie dos as ,
abandonada h á décadas : as ruas e s tão de s e rtas , s e m carros ge rando e cos s is te m as e xtre m os be m diante de nós .
ou m ovim e nto h um ano; os ve ntos s opram forte s e ntre os É inte re s s ante notar q ue e s píritos urbanos têm
e difícios de crépitos , uivando fe rozm e nte ; das cas as , re s tam m e ntalidade m ais pare cida com a dos s e lvage ns q ue dos
ape nas ruínas , com pouco além da e s trutura bás ica rurais . Para um e s pírito urbano, a pre s e nça h um ana não é
pre s e rvado; nada q ue s e ja e létrico ou m e cânico funciona um a anom alia, m as s im um a caracte rís tica própria daq ue le
m ais . e cos s is te m a. Por is s o, e les raram e nte s e nte m inte re s s e e m
Contudo, as s im com o nos de s e rtos , ainda h á vida inte rfe rir no m undo m ate rial, s alvo q uando algum caprich o
nas cidade s , s e e s conde ndo e as s um indo form as e xtre m as ou anom alia de s pe rta s ua curios idade . Pode s e r paradoxal,
para s obre vive r. Es s a vida é m ais notáve l nos “oás is m as re laçõe s , s e jam pos itivas ou ne gativas , e ntre e s píritos e
s e guros ” : parq ue s e outros locais is olados na vas tidão de s e re s h um anos s ão tam bém m ais tênue s e m re giõe s urbanas

24 CAPÍTULO 2: O S R EINO S E LEM ENTAIS


do q ue nas rurais . D e vido à grande m as s a de pe s s oas , a
ch ance de um e s pírito s e afe içoar a um a pe s s oa ou s e s e ntir
ofe ndido por atos h um anos s e torna be m m e nor. Es te é um
fe nôm e no s im ilar ao q ue ocorre nas próprias re laçõe s
h um anas : q uanto m aior a de ns idade populacional, m aior a
im pe s s oalidade e o dis tanciam e nto e m ocional.
O utra nota im portante é q ue , talve z de vido à
pre s e nça de tantas pe s s oas , h á m aior fre q üência de
abe rraçõe s e s pirituais e m grande s cidade s , com o s e os
pe ns am e ntos , s e ntim e ntos e atos h um anos pude s s e m
de form ar e s píritos ou forçar a coales cência de e ntidade s
atípicas . Es s as m ons truos idade s s e e s conde m e m be cos e
ocas ionalm e nte pe ram bulam pe las ruas e s pirituais de s e rtas ,
caçando outros e s píritos para s e alim e ntare m . As razõe s
para o s urgim e nto de s s as e ntidade s s ão de s conh e cidas , m as
fe lizm e nte e las raram e nte s ão pode ros as o s uficie nte para
inte ragire m com a re alidade fís ica.

LOCAIS M ÍS TICOS
Em locais onde e ne rgias m ís ticas s e conce ntram , a
inte ração e ntre o m undo e s pirituale a re alidade m ate rialé
alte rada. Es s e s locais , ch am ados nodos , s ão com o
turbilhõe s de re s s onância, favore ce ndo ne les ce rtos tipos
de atividade s e e m oçõe s . É pos s íve lide ntificar e s s e s nodos
pe la form a com o e les influe nciam a pais age m e s pirituale o
com portam e nto dos e s píritos : alguns favore ce m tais locais
com o abrigos ou lare s , e nq uanto outros pre fe re m m ante r-s e
longe de les .

N odos Celestes
Nodos ce les te s re s s oam com e m oçõe s pos itivas ,
com q ue os e s píritos naturalm e nte congre gue m e m tais
purificação e re novação. Eles s ó e xis te m e m áre as be m
nodos , bus cando alim e nto ou m aior inte ração com a
ilum inadas e pacíficas , e m ge ral te m plos re ligios os ou
re alidade fís ica.
locais de m e ditação. Na re alidade e s piritual, a local de
O re flexo e s piritualnum nodo e lem e ntalé ch e io de
nodos ce les te s é s e m pre ilum inado, m e s m o à noite , q uando
vida: a ve ge tação é vas ta, as águas s ão lím pidas e h á
a luz do luar e das e s tre las pare ce afas tar as s om bras
grande abundância de e s píritos , q ue s e conce ntram e m po-
m e s m o nas noite s m ais de ns as .
pulaçõe s tão num e ros as q ue não cons e guiriam s obre vive r
Es píritos s ão e m ge ral caóticos de m ais para
s e m as e ne rgias ge ne ros as do local. Es truturas artificiais no
pe rm ane ce r num nodo ce les te por m uito te m po, e as
m undo fís ico praticam e nte não s ão re fletidas no plano
e ne rgias do local pare ce m ofe nde r ou re pe lir e ntidade s
e s piritual,de ixando a áre a com um a aparência intocada.
agre s s ivas ou m alicios as . Por is s o, e s s e s nodos s ão bas tiõe s
Não é incom um q ue e s píritos s upe riore s ou m e s m o
de s e gurança no m undo e s piritual, h abitados por e s píritos
s e nh ore s e s pirituais façam s e us lare s ne s te s locais .
ve ge tais e be s tiais pacíficos q ue cons igam e ncontrar
M anife s taçõe s e inte raçõe s e s pirituais com o m undo fís ico
re s s onância apropriada na áre a.
s ão tam bém m ais fre q üe nte s ne les , e s pe cialm e nte s e a
Até m e s m o a típica “de com pos ição”de e s truturas
pre s e nça h um ana for pe q ue na. M uitos e s píritos ativam e nte
artificiais pare ce s e r im pe dida pe las e ne rgias do nodo,
bus cam nodos e lem e ntais para atrave s s ar a barre ira e ntre os
faze ndo com q ue e s truturas com o igre jas e te m plos s e
m undos com m aior facilidade .
m ante nh am be los e vibrante s m e s m o do outro lado da
barre ira e ntre os m undos . Contudo, s om e nte a e s trutura e m
s i e adornos fixos , com o vitrais , portas ou altare s , re ce be m N odos In fern a is
um re flexo e s piritual, não e xis tindo nos R e inos Elem e ntais
O nde nodos infe rnais e xis te m na Te rra, o re flexo
obje tos m óve is as s ociados ao prédio, com o cade iras ou
e s piritualé s om brio e pe rigos o, pre e nch ido por um a névoa
ornam e ntos .
e s cura q ue ofus ca a pais age m . Com o tais nodos s ó e xis te m
e m locais fe ch ados ou s ubte rrâne os , não é incom um q ue
N odos Elem en ta is s e jam us ados com o tocas ou e s conde rijos de e ntidade s
agre s s ivas . A m aior parte dos e s píritos e vita tais locais ,
Es píritos s ão atraídos por nodos e lem e ntais , locais
s e ndo afuge ntados por s ua aura de corrupção e de cadência,
onde as e ne rgias prim ordiais do m undo s e conce ntram .
e os poucos q ue us am tais nodos com o lare s s ão
Nodos e lem e ntais e xis te m e m áre as s e lvage ns , onde h á
m ons truos os e de form ados pe la raiva e corrupção q ue paira
vida e m abundância e forte s s e ntim e ntos vibrante s . Ne s s e s
no ar. Não é incom um q ue e s s e s e s píritos s e jam canibais ou
locais , a re s s onância vital é tão inte ns a, q ue m uitos
m e s m o ps icófagos , de ixando as s om bras de s e us lare s
e s píritos pode m s e nutrir da m e s m a fonte , e a barre ira e ntre
ape nas para caçar.
o m undo m ate riale os R e inos Elem e ntais é tênue . Is s o faz

LO CAIS M ÍSTICO S 25
N odos Som brios Even tos M en ores
O e xtre m o opos to dos nodos e lem e ntais , nodos Nodos m ís ticos s ão raros , m as s ua e xis tência s e
s om brios acum ulam e ne rgias q ue afuge ntam e s píritos de ve à pre s e nça abundante de e m oçõe s e e ne rgias
naturais . Es s e s lugare s s ão m arcados pe la pre s e nça da re s s onante s : luz, paz e re novação; vida, alegria e
m orte , abandono ou tris te za: ce m itérios , antigos cam pos de e lem e ntos ; de s e s pe ro, corrupção e s ofrim e nto; tris te za,
batalha, locais de tragédias , e tc. O s poucos e s píritos q ue s audade e m orte . Porém , não é pre cis o h ave r um nodo para
ins is te m e m vive r ne les têm a aparência doe ntia e frágil, q ue e s s as e ne rgias influe ncie m s utilm e nte o m undo
e m bora s ua re alforça não s e ja afe tada. e s piritual. Is s o ge ra pe q ue nos re flexos te m porários q uando
O te rre no e m um nodo s om brio é cobe rto por um a e ve ntos no m undo fís ico produze m tais e s tím ulos : névoas
fina névoa gélida, dando a e le um a aparência om inos a. As onde pe s s oas m orre ram violentam e nte ; s om bras de ns as
s om bras pare ce m s e m ove r, com o s e fluís s e m lentam e nte , onde um de m ônio pode ros o foi e vocado; lum inos idade e
e o re flexo de e s truturas artificiais ligadas à m orte e a re novação e m locais vis itados com fre q üência por anjos .
forte s s e ntim e ntos ne gativos , com o e s tátuas e lápide s , s e Es s as m arcas no m undo e s piritual de s apare ce m com o
apre s e ntam intactos , ainda q ue e ne gre cidos e s om brios . te m po, de pe nde ndo da inte ns idade do e ve nto q ue as
caus ou, m as pode m s e rvir para alertar xam ãs e outros s e re s
capaze s de ade ntrar nos R e inos Elem e ntais , indicando q ue
tipos de e ne rgias pe rm e iam de te rm inados locais .

Luís e Pedrin h o esta va m n ova m en te n a rua da Velh a dos Ga tos. Pedrin h o segura va um ga to
n egro de olh os verdes, en q ua n to Luís a m a rra va um con jun to de la ta s n o ra bo do a n im a l. Am bos rira m
q ua n do Pedrin h o jogou o bich o n o ch ão e se pôs a grita r pa ra espa n tá- lo e fa zê- lo correr a té ca ir m orto!
Era divertido in com oda r a Velh a dos Ga tos porq ue n in guém n a vizin h a n ça gosta va dela .
Con tudo, da q uela vez, o ga to n ão correu, a pesa r dos urros de Pedrin h o. Ao in vés disso, o bich a n o
se virou pa ra eles, com os olh os brilh a n tes e os pêlos eriça dos, e m ostrou a s presa s en orm es. Algo esta va
erra do. Luís sen tiu m edo repen tin o, e o m edo se torn ou desespero q ua n do o ga to cresceu dia n te de seus
olh os, ga n h a n do a s proporções de um a on ça e ra sga n do Pedrin h o com sua s en orm es ga rra s. Luís correu,
m a s o ga to m on struoso veio a trás dele, a lca n ça n do- o fa cilm en te e derruba n do- o com um golpe da s pa ta s.
A coisa - ga to en tão fitou com seus olh os verdes o m en in o ca ído e a briu a boca rra ch eia de presa s a fia da s,
n o q ue pa recia ser um sorriso m a ldoso.
Luís a cordou a os gritos, ch a m a n do por sua m ãe. Com o q ua rto escuro e silen cioso, con tin uou a
grita r a pa vora do, sem a certeza de q ue a q uilo fora a pen a s um pesa delo. N ão dem orou pa ra q ue a luz do
corredor se a cen desse e a porta do q ua rto se a brisse.
“Ca lm a , Luisin h o,” disse Gra ça , sua m ãe, a o se a proxim a r da ca m a do m en in o e a joelh a r- se
a o seu la do, segura n do sua m ão. “Ca lm a , foi só um pesa delo”.
“Tin h a um ga to gra n de e m a u, m ãe! Ele a ta cou o Pedrin h o! Ele q ueria m e a ta ca r!”, disse
Luís, ten ta n do explica r o q ue vira .
“Ca lm a ”, repetia a m ãe, a bra ça n do o m en in o. Dem orou a lgun s m in utos a té q ue Luís se
a ca lm a sse e pa ra sse de ch ora r. Q ua n do Luís fin a lm en te se a q uietou, Gra ça prom eteu tra zer um copo
d’água pa ra ele, pa ra q ue pa ra sse de soluça r e trem er. Acen den do a luz do q ua rto, ela sa iu, retorn a n do
n ão m uito depois com o copo, cujo con teúdo Luís bebeu n um in sta n te. “Foi só um son h o, n ão tem ga to
m a u a q ui”, disse Gra ça , fita n do os olh os do filh o, “a gora va i dorm ir, q ue vou deixa r a luz do corredor
a cesa pa ra você n ão fica r n o escuro”.
Gra ça se leva n tou, fez Luís se deita r e o cobriu, beija n do sua testa , e en tão sa iu do q ua rto,
a pa ga n do a luz e deixa n do a porta en trea berta . Ain da com m edo, Luís fitou a s área s on de a luz do
corredor n ão a lca n ça va , va sculh a n do- a s com o se espera sse en con tra r a lgo sin istro e a ssusta dor escon dido.
Ficou a li n a ca m a por q ua se um a h ora a n tes q ue o ca n sa ço o ven cesse, força n do- o a dorm ir.
A coisa - ga to en tão a den trou pela ja n ela , a in da in visível, e ca m in h ou em silên cio a bsoluto
a té subir n a ca m a . A sen sa ção de a ssusta r o m en in o fora pra zerosa a lém do q ue a cria tura espera va ;
ela fa ria a q uilo com m a is seres de ca rn e, sim , todos os q ue m olesta ssem os ga tos da velh a ca sa decrépita .
E, por m a is três vezes n a q uela n oite, o m en in o viria a a corda r grita n do.

26 CAPÍTULO 2: O S R EINO S E LEM ENTAIS


Capítul
o3
S iste m a s
E spir itu a is
Adiante , você e ncontrará re gras para e s píritos e m m e nto ou D ire ção. Note q ue , com o não pos s ue m Gladius ,
Ao Cair d a Noite . Es píritos s ão e ntidade s inum anas , não ne ce s s itam de s s as caracte rís ticas ne m de re gras q ue as
im pulsionadas por ins tinto e caprich os arbitrários ; e les s ão s ubs tituam . Não e xis te m s is te m as de finidos para arq uétipos
m ais face tas das forças naturais do q ue indivíduos plenos , e s pirituais : cabe ao Narrador de cidir com o de finirá e
não te ndo pe rs onalidade s tão com plexas q uanto as pe s s oas . inte rpre tará o com portam e nto de cada e s pírito.
Portanto, as re gras a s e guir s ão voltadas para us o do
Narrador, não para pe rs onage ns de jogadore s . Atributos
Por caus a dis s o, você não e ncontrará adiante re gras
de “criação de pe rs onage ns ”q ue s e gue m pontuaçõe s fixas , A princípio, os Atributos de um e s pírito s ão
ne m m étodos de avanço com o pontos de e xpe riência, s im ilare s aos de um anim al: Força, Agilidade , R e s iliência,
porq ue e m e s s ência o Narrador pode criar e s píritos com o As túcia e Pe rce pção (o Atributo As túcia é de s crito na pg.
be m e nte nde r, s e ndo lim itado ape nas pe lo propós ito q ue o 127 do Livro d e R e gras). Em e s s ência, e s píritos s ão
e s pírito s e rvirá na h is tória a s e r contada. Por e xe m plo, um e ntidade s de inte ligência be s tial, guiadas por ins tinto. Ao
e s pírito infe rior de pouca influência pode te r poucos níve is contrário de anim ais , contudo, e les pos s ue m alta
e m s e us Atributos e Aptidõe s , e nq uanto um antigo “de us ” capacidade de apre ndizado, pode ndo facilm e nte e nte nde r
adorm e cido pode te r h abilidade s m uito e levadas . conce itos com plexos , com o abrir portas , us ar um e levador,
apre nde r o s ignificado de palavras ou re conh e ce r
CARACTE RÍS TICAS com portam e ntos h um anos .
Conform e e volui e s e torna m ais pode ros o, um
Es píritos pos s ue m as m e s m as caracte rís ticas q ue e s pírito pode de s e nvolve r inte ligência re al, s ubs tituindo o
outros pe rs onage ns , m as algum as dife re nças pre cis am s e r Atributo As túcia por Caris m a e Pe rs picácia. Para m aiore s
notadas . Em e s s ência, e ntidade s e s pirituais s ão m ais de talhe s , ve ja o Anfracto Se nciência, apre s e ntado adiante
s im ples e por is s o s uas e s tatís ticas te nde m a s e r e nxutas . ne s te capítulo.
Ne s s e as pe cto, e les s e as s e m e lham m ais a anim ais do q ue
pe s s oas , e is s o s e re flete e m s e us Atributos e Eidolon. Aptidões
Es píritos tam bém têm caracte rís ticas únicas , q ue
ajudam a de te rm inar s uas h abilidade s s obre naturais e a A m aioria dos e s píritos s ó é capaz de apre nde r as
de fini-los de ntro da h ie rarq uia e s piritual. Em bora Aptidõe s Briga, Es porte s , Es q uiva, Furtividade , Sobre vi-
fundam e ntalm e nte m ais s im ples do q ue s e re s h um anos , vência e Prontidão. Alguns de s e nvolve m ainda Acrobacia,
e les de têm grande pode r s obre as forças da nature za. Arre m e s s o e Pe rform ance : Truq ue s , de pe nde ndo de s uas
As principais dife re nças e ntre pe rs onage ns h abilidade s inatas ou de contato com s e re s h um anos . Em
h um anos e e s pirituais s e apre s e ntam a s e guir. ge ral, níve is de Aptidõe s variam de fraco (2) a bom (5),
raram e nte indo além , m as alguns e s píritos te rão um a ou
Person a lida de duas e s pe cializaçõe s e m cada Aptidão, re pre s e ntando as
atividade s q ue re alizam com m aior fre q üência.
Em ge ral, a pe rs onalidade de um e s pírito re flete um Es píritos q ue te nh am de s e nvolvido inte ligência
pouco s ua nature za prim ordial: por m ais caracte rís ticas ve rdade ira pode m apre nde r outras Aptidõe s , m as raram e nte
dis tintivas q ue de s e nvolva, o e s pírito ainda s e rá o faze m : no m undo e s piritual, não h á ne ce s s idade para o
fundam e ntalm e nte ligado ao ins tinto do anim alq ue lhe de u apre ndizado de arm as brancas , com putadore s ou cultura
orige m ou ao propós ito do e lem e nto q ue re pre s e nta. h um ana. Quando m uito, e les apre nde rão um a ou duas
A m e ntalidade e s piritualé com pletam e nte dife re nte h abilidade s novas q uando e s tive re m e m contato com
da h um ana. Em bora te nh am pe culiaridade s q ue os h um anos (e m ge ral,Em patia, Intim idação ou O cultis m o).
dis tingue m , e s píritos não pos s ue m Ím pe to, Com porta-

CAR ACTER ÍSTICAS 27


H istóricos flam e jante pode q ue im ar q ue m o tocar, por e xe m plo,
e nq uanto um e s pírito anim alpode te r s e ntidos aguçados .
Norm alm e nte , e s píritos não pos s ue m H is tóricos : Ve ja As pe ctos : As Form as do Es pírito para m aiore s
cois as com o Fam a, M e ntor ou R e curs os s ão com pleta- de talhe s .
m e nte irre levante s para e les . Contudo, alguns H is tóricos , Anfractos: Além dos As pe ctos , cada e s pírito pode
com o Se ntidos Aguçados , pode m s e r adq uiridos . Ne s s e de s e nvolve r pode re s e s pe ciais q ue de te rm inam s e u níve lde
cas o, cons ide re o H is tórico um As pe cto (ve ja adiante , na influência s obre as forças naturais . Es s e s pode re s ,
s e ção de As pe ctos : As Form as do Es pírito). ch am ados Anfractos , variam de níve lze ro a cinco. M ais
de talhe s pode m s e r e ncontrados na s e ção Anfractos : O s
Eidolon Pode re s Es pirituais , adiante .

Es píritos não pos s ue m alm a: s uas form as e tére as


s ão tudo o q ue e les s ão, faltando-lhe s o ím pe to de e nte nde r
IM AGO: A FORM A E TÉRE A
o unive rs o ao s e u re dor e de criar cois as novas . Por caus a Se re s fís icos s ão fe itos de carne , m ús culos e os s os ;
dis s o, s e u único Eidolon é o Ins tinto (ve ja pg. 127-128 do e les adoe ce m , s angram e de m oram a s e re cupe rar de
Livro d e R e gras), cujo níve l varia de um a 10. Is s o fe rim e ntos por s e re m lim itados pe las leis da fís ica e da
s ignifica q ue e s píritos não pode m apre nde r m agia, re alizar biologia. Es píritos , contudo, s ão re s ide nte s de um plano
rituais ou de s e nvolve r q uais q ue r outros pode re s q ue s upe rior, m e nos com plexo. O corpo e s piritual, ch am ado
re q ue iram um a alm a, ne m pos s ue m pontos de Gladius para “im ago” (im age m ), é pura m as s a e tére a, form ada pe la
gas tar. Em com pe ns ação, e les pe rce be m fe nôm e nos coales cência das e ne rgias m ís ticas do m undo.
s obre naturais com facilidade (ve ja a de s crição de Ins tinto D e s vinculados das lim itaçõe s do re ino m ate rial, e ntidade s
no Livro d e R e gras), pode ndo de te ctar pre s e nças e s pirituais pos s ue m h abilidade s q ue as tornam dife re nte s de
s obre naturais no m undo fís ico m e s m o q uando e s tão e m s ua nós , s e re s da carne e da m atéria.
contraparte e s piritual.
H a bilida des In a ta s
Outros
Es píritos s ão cons ide rados e ntid ad e s e spirituais
Es píritos pos s ue m outras particularidade s , q ue (ve ja Tipos de Criaturas , pg. 127-128 de De sb ravad ore s
s e rão todas e xploradas adiante ne s te capítulo, m as s e gue -s e d o O cul to), logo pos s ue m de form a inata as s e guinte s
aq ui um s um ário: caracte rís ticas :
Saúd e : M e s m o q uando incorpóre os , e s píritos - Im ortais : Es píritos não e nve lhe ce m e s ão im une s
pos s ue m níve is de Saúde . Contudo, o tam anh o de um a doe nças , ve ne nos e e fe itos de fadiga e s angram e nto (s uas
e s pírito pode faze r com q ue e s s e s níve is s e jam dife re nte s m as s as e tére as pode m “s angrar”e m pe q ue nas q uantidade s ,
dos de um s e r h um ano. Em adição, e s píritos pos s ue m m as não o s uficie nte para agravar s e us fe rim e ntos ).
re s is tências e vulne rabilidade s próprias . Ve ja Im ago: A Te cnicam e nte , e les não pre cis am re s pirar, dorm ir ou com e r,
Form a Etére a, adiante , para m aiore s de talhe s . pe lo m e nos não da m e s m a form a q ue um s e r vivo.
Patam ar: Cada e s pírito te m um níve l de pode r: Contudo, e les pre cis am s e alim e ntar de re s s onância e , na
m uitos s ão e ntidade s infe riore s , q ue praticam e nte não s e aus ência de nutrição, e ntram e m h ibe rnação. Em adição,
e nvolve m com o m undo m ate rial, e nq uanto outros s ão e m bora te cnicam e nte não re s pire m , e s píritos vive m e m
m ais pode ros os . O Patam ar é a caracte rís tica q ue de te rm ina nich os e s pe cíficos e pode m h ibe rnar s e forçados a vive r e m
e s te níve l de pode r, lim itando dive rs as h abilidade s condiçõe s adve rs as (um e s pírito-gato q ue s e vê pe rdido no
e s pirituais . O Patam ar varia de um a 10 níve is . Ve ja oce ano, por e xe m plo).
Patam ar Es piritual, adiante ne s te capítulo. - Im unidade a Pos s e s s õe s : Es píritos s ão e s s e ncial-
R e ssonância: Es píritos s e nutre m das e ne rgias m e nte de s providos de corpo; M e s m o q uando
m ís ticas do m undo, m as ape nas q uando e las re s s oam e m m ate rializados , s ua form a é ape nas um a m anife s tação fís ica
h arm onia com s ua nature za. Es s a e ne rgia é re fletida e m da m as s a e tére a. Por caus a dis s o, e les s ão im une s a
pontos de R e s s onância q ue um e s pírito acum ula e pode te ntativas de pos s e s s ão por outras e ntidade s .
gas tar para ativar s uas h abilidade s e s pe ciais . Ve ja - Órgãos Inúte is : Se ja e m form a fís ica ou e tére a, os
R e s s onância, adiante . corpos e s pirituais não s e gue m e xatam e nte as leis da
Aspe ctos: As pe ctos s ão h abilidade s inatas , de pe n- biologia. Fe rim e ntos cons ide rados letais e m s e re s vivos
de nte s da form a e da nature za de cada e s pírito. Um e s pírito

28 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


ape nas incom odam um e s pírito. Por caus a dis s o, ataq ue s
pe rfurante s , inclus ive balas , caus am ne les dano atordoante ,
ao invés de letal. Contudo, ataq ue s pe rfurante s
dire cionados à cabe ça (s e h ouve r) ainda caus arão
fe rim e ntos letais . CRIAN D O E S PÍRITOS
- Tolerância a D anos Atordoante s : D anos
Es píritos não s e gue m re gras para criação de
atordoante s não caus am pe nalidade s ne m incons ciência a
pe rs onage ns , m as algum as pontuaçõe s q ue ajude m o
e ntidade s e s pirituais . Le m bre -s e , porém , q ue um a ve z q ue
Narrador a s e guiar s ão s e m pre be m -vindas . A s e guir
a Saúde e s tive r totalm e nte pe rdida para danos atordoante s ,
e s tá um guia rápido para criar e s píritos , m as lem bre -s e
novos danos s ão conve rtidos para letais e , portanto,
q ue as pontuaçõe s indicadas s ão ape nas s uge s tõe s , e q ue
com e çarão a afe tar o e s pírito norm alm e nte .
o Narrador pode adicionar/re m ove r pontuaçõe s para
- R e s is tência a D anos : Entidade s e s pirituais têm
ajus tar cada e s pírito às ne ce s s idade s :
re s is tência naturala danos atordoante s e letais , pode ndo
Passo 1: O rige m , Tipo e Patam ar
abs orvê-los norm alm e nte . Es píritos ainda s ão vulne ráve is a
— O rige m : Be s tial, e lem e ntal ou ve ge tal. A
danos e ntrópicos , porém , pode ndo s e r de s truídos por e s s e
orige m do e s pírito ajudará você a e s colhe r As pe ctos e
tipo de dano (m ais de talhe s adiante ).
Anfractos ;
- Se m pre D e s pe rtos : Entidade s e s pirituais não
— Tipo: Es colha o tipo bas e ado e m s ua orige m :
ficam incons cie nte s tão facilm e nte de vido a fe rim e ntos . No
e le é um e s pírito-lobo? Um e lem e ntal da água? Um
lugar de níve is de Incons ciência e m s ua Saúde , e s s as
e s pírito do bos q ue ?Es s a e s colha ajudará você a de finir
criaturas pos s ue m níve is adicionais de Incapacitado
a form a e a pe rs onalidade do e s pírito;
(pe nalidade -4). H á, porém , um a pe q ue na ch ance de um
— Patam ar: D e fina o pode r do e s pírito, dando a
e s pírito s e r forçado a e ntrar e m h ibe rnação cas o pe rca s e us
e le um níve lde Patam ar e ntre um e 10. Um e s pírito
últim os níve is de Saúde de vido a danos letais (m ais
infe rior te m três ou m e nos níve is de Patam ar; um
de talhe s adiante ).
s upe rior te m e ntre q uatro e nove níve is ; um Se nh or
Es piritualte rá 10 níve is .
Sa úde Passo 2: Caracte rísticas
Es píritos pos s ue m níve is de Saúde , e xatam e nte — Atrib utos: Iniciam -s e e m três pontos cada.
com o s e re s vivos . Sua “Saúde ” , contudo, não re pre s e nta o D is tribua (3 + 2x Patam ar) pontos e ntre Atributos . Você
e s tado fís ico do corpo, m as o q uanto a cons ciência do pode iniciar um Atributo com valor infe rior a três (níve l
e s pírito cons e gue m ante r coe s a s ua m as s a e tére a. m ínim o de um ponto), para ganh ar níve is adicionais a
Conform e um e s pírito é danificado, e le com e ça a te r dis tribuir e m outros Atributos . Cas o o e s pírito s e ja
dificuldade s , re pre s e ntadas pe las pe nalidade s por dano, e m be s tial, você pode s e bas e ar nos Atributos do anim al
s e m ante r coe s o. Com o a form a m ate rializada de um corre s ponde nte , s e pre fe rir;
e s pírito é ape nas s ua m as s a e tére a tornada m ate rial no — Aptid õe s: D is tribua (10 + 3x Patam ar)
m undo fís ico, danos s ofridos na form a m ate rials e m antêm pontos . Es colha um núm e ro de e s pe cializaçõe s iguala
q uando o e s pírito de cide re tornar ao e s tado e tére o, e vice - (1 + m e tade do Patam ar). Cas o o e s pírito s e ja be s tial,
ve rs a. você pode s e bas e ar nas Aptidõe s do anim al
O s níve is de Saúde de um e s pírito de pe nde rão do corre s ponde nte , s e pre fe rir;
tam anh o de s ua form a. Es píritos grande s ou colos s ais — Instinto: O e s pírito com e ça com um níve l
pode m re s is tir a m uito m ais danos do q ue um e s pírito de iguala (3 + m e tade do Patam ar), ou igualao Patam ar, o
tam anh o pe q ue no. Ve rifiq ue o q uadro Tam anh os e Saúde q ue for m aior;
para e xe m plos . Em adição, e nq uanto criaturas m undanas — Aspe ctos: Es colha um núm e ro de As pe ctos
pode m ficar de s acordadas e incapaze s de agir, e s píritos iguala 2 + Patam ar do e s pírito, ou m e nos , s e pre fe rir;
pos s ue m níve is adicionais de Incapacitação (pe nalidade -4) — Anfractos: D is tribua um núm e ro de pontos
no lugar dos níve is de Incons ciência. iguala 1 + m e tade do Patam ar, arre dondado para baixo.
O tam anh o m áxim o de um e s pírito de pe nde de s e u Adicione + 1 ponto s e q uis e r um e s pírito m ais forte , ou
Patam ar (ve ja adiante ), e xce to q uando o e s pírito é bas e ado + 3 s e q uis e r fazê-lo m uito pode ros o.
e m algum anim alou planta q ue te m por nature za tam anh o Passo 3: Toq ue s Finais
m aior. Ao criar um e s pírito, o Narrador pode de finir a e le — Tam anh o: D e fina o tam anh o do e s pírito.
um tam anh o m e nor do q ue o de te rm inado pe lo s e u Es s a e s colha influe nciará os níve is de Saúde de le;
Patam ar, s e de s e jar. — Aparência: Com bas e na O rige m , nos
As pe ctos e no tam anh o do e s pírito, de fina s ua aparência
final;
Da n os e Absorção — Pe rsonal id ad e : Com bas e no tipo do e s pírito,
Es píritos não s angram , não adoe ce m e não pode m de fina s e us h ábitos . É s uge rido adicionar várias
s e r e nve ne nados . Ataq ue s pe rfurante s s ão para e les ape nas pe culiaridade s , e s pe cialm e nte s e o e s pírito tive r Patam ar
atordoante s , e não letais . Em adição, e les pos s ue m alto;
Tolerância a danos atordoante s , s ignificando q ue tais — Vul ne rab ilid ad e s: D e fina q ue fraq ue zas
fe rim e ntos não provocam pe nalidade s . (tabus a e vitar, açõe s q ue é com pe lido a faze r, s ituaçõe s
Quando um e s pírito pe rde s e u últim o níve l de q ue o e xpulsam ou o fe re m , e tc.) o e s pírito pos s ui, com
Saúde de vido a dano atordoante , ne nh um e fe ito adve rs o bas e e m s ua pe rs onalidade , orige m e tipo.
ocorre , m as novos fe rim e ntos s ofridos s e rão conve rtidos
e m letais (da m e s m a form a q ue ocorre num m ortal).
Es píritos s ofre m pe nalidade s norm alm e nte por danos letais

IM AGO : A FO R M A E TÉR EA 29
TAM AN H OS E S AÚD E
Quando um a criatura te m um tam anh o m uito dife re nte do de um s e r h um ano adulto, us a-s e níve is de Saúde
dife re nciados . A s e guir e s tão os níve is de Saúde “padronizados ” , e m bora você pos s a alte rá-los cas o um a criatura e s te ja
num ponto de trans ição e ntre tam anh os .
As progre s s õe s de Saúde indicadas a s e guir m os tram ape nas as pe nalidade s re lacionadas a cada níve lde Saúde ,
m as lem bre -s e q ue um a criatura fe rida s e riam e nte (-1) ou pior pe rde m e tade de s ua Ve locidade ;um a fe rida grave m e nte
(-2) não pode m ais corre r, e um a incapacitada (-4) te m a Ve locidade re duzida a dois e não pode m ais faze r m ovim e ntos
livre s .
Le m bre -s e tam bém q ue e s píritos não têm níve is de Incons ciência, s ubs tituindo-os por níve is e xtras de
Incapacitado (-4). Por e xe m plo, um e s pírito m édio, ao invés de um níve lIncapacitado e cinco de Incons ciência, te rá
s e is níve is de incapacitação.

M inúscul o: Qualque r criatura pe q ue na o s uficie nte para cabe r na m ão de um s e r h um ano adulto.


Exe m plos : aranh as , m orce gos , ratos .

SÉR IO GR AVE
SAÚDE

-1 -2
Pe q ue no: Qualque r criatura e ntre um gato dom és tico e um cão m édio (algo até 50 cm de altura ou 2m de
com prim e nto).
Exe m plos : Se rpe nte s e cobras , e xce to as cons tritoras , m acacos de pe q ue no porte , crianças (até 5 anos de idade ).

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCO NSCIENTE


SAÚDE

-0 -½ -1 -2 SEM A ÇÃO
M éd io (Infantil
): R e pre s e nta um a criança h um ana (6-12 anos , até 1,5m de altura).

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAP. INCO NSCIENTE


SAÚDE

-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO
M édio (Adul to): Qual q ue r criatura e ntre um cão grande e um caval o (al go até 2,5m de al
tura ou 4m de
com prim e nto). Exe m pl
os : H um anos adul tos , l
e õe s , tigre s , goril
as , urs os , l
obos , crocodil
os .

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAP. INCO NSCIENTE


SAÚDE

-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO
Grand e : Criaturas até 10m de com prim e nto, ou 5m de altura. Exe m plos : Elefante s , ce rtos tubarõe s e crocodilos .

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAP. INCO NSCIENTE


SAÚDE

-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO
Col
ossal
: Criaturas com m ais de 10m de com prim e nto ou 5m de altura. Exe m plos : Baleias .

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAP. INCO NSCIENTE


SAÚDE

-0 -½ -1 -2 -4 SEM A ÇÃO

30 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


ou e ntrópicos .
Quando um e s pírito pe rde s e u últim o níve l de
Saúde de vido a dano letal, e le é forçado a te s tar
R e sil iência (dificuldade 9 ). Se falhar, e le e ntra e m
h ibe rnação e , s e e s tive r m ate rializado ou no m undo fís ico, IN S TIN TO D E S OB RE VIVÊN CIA
é puxado de volta aos R e inos Elem e ntais . Se pas s ar no
Com tantas h abilidade s para re duzir e re s is tir
te s te , e le continua a agir (com as de vidas pe nalidade s por
dano, com bate r um e s pírito pode s e r frus trante s e o
dano) e não pre cis a te s tar novam e nte , m as novos
Narrador ape nas lançar a criatura contra os pe rs onage ns
fe rim e ntos letais s e rão conve rtidos e m danos e ntrópicos .
dos jogadore s e fazê-la lutar até a m orte . Cons ide rando
Cas o um e s pírito s e ja de s truído por danos
q ue e la e s te ja s ofre ndo danos atordoante s , um e s pírito
e ntrópicos , s ua form a e tére a é de s truída, e m bora s ua
m édio pode agüe ntar 45 pontos de dano ante s de s e r
cons ciência pos s a s obre vive r e ge rar um a nova form a com
de s truído, 20 dos q uais s e m s ofre r q uais q ue r pe nali-
o te m po. Ve ja D e s truição, a s e guir, para m aiore s de talhe s .
dade s por fe rim e ntos !
Ab sorção: Es píritos têm re s is tência naturala danos
Contudo, lem bre -s e q ue pe nalidade s afe tarão não
atordoante s e letais , pode ndo abs orvê-los norm alm e nte .
ape nas as açõe s da criatura fe rida, com o tam bém s ua
Em adição, fe rim e ntos por pe rfuração não s ão letais , m as
m ovim e ntação: m e s m o q ue te nh a s e is ou m ais níve is de
atordoante s , e xce to q uando o dano é s ofrido na cabe ça (ou
Incapacitação, no lugar de níve is de Incons ciência, a
áre a e q uivalente ao ce ntro da cons ciência do e s pírito).
criatura praticam e nte não cons e gue s e m ove r m ais e s e
Alguns e s píritos pos s ue m Arm adura Natural, um
torna um alvo fácil, pre fe rindo re cuar para os R e inos
As pe cto q ue confe re bônus na Abs orção contra todos os
Elem e ntais e lam be r s uas fe ridas .
tipos de danos , inclus ive danos e ntrópicos . O utros
Tam bém s e de ve cons ide rar q ue um e s pírito
As pe ctos tam bém pode m conce de r im unidade ou
pode cair e m h ibe rnação de vido a danos letais . Quando
re s is tência totalcontra ce rtas fonte s de dano, com o fogo ou
pe rde r s e u últim o níve l de Saúde de vido a tais
frio, por e xe m plo.
fe rim e ntos , o e s pírito de ve te s tar R e sil
iência (dificul-
R e cupe ração: Es píritos não s e re cupe ram de
dade 9 ), ou acabará de s m ate rializado e incons cie nte por
fe rim e ntos naturalm e nte . Para tal, e les pre cis am gas tar
dias .
R e s s onância (ve ja adiante ne s te capítulo). Cas o e ntre e m
Por fim , não s e e s q ue ça q ue e s píritos têm
h ibe rnação de vido a fe rim e ntos , o e s pírito pre cis a s e
ins tinto de s obre vivência. Som e nte um e s pírito furios o
re cupe rar com pletam e nte do dano ante s de de s pe rtar.
ignoraria s e u be m -e s tar e arris caria a própria de s truição.
Em adição, ne m todo e s pírito é vingativo ou ins is te nte :
H ibern a ção após s e re m forçados a re cuar, m uitos e s píritos pre fe re m
não re tornar m ais , da m e s m a form a q ue anim ais
O cas ionalm e nte , um e s pírito pode s e r forçado a
apre nde m a e vitar ce rtas s ituaçõe s após s ofre re m
e ntrar e m h ibe rnação para s obre vive r. Ne s te e s tado, a
e xpe riências doloros as .
e ntidade fica vulne ráve le frágil, pre cis ando us ar form as de
cam uflage m para e vitar pre dadore s ou atacante s . Um
e s pírito-árvore de ixa cair s uas folhas e re gride a um a
s im ples m uda, por e xe m plo, e nq uanto um e s pírito-anim al
ou e lem e ntal bus cará um abrigo s e guro ou us ará
m im e tis m o para s e confundir com o am bie nte . Um a ve z não te nh a s e re cupe rado por inte iro.
q ue adorm e ce , a im age m do e s pírito tam bém s e de s bota, Enq uanto e s tive r h ibe rnando, o e s pírito não pre cis a
pe rde ndo a inte ns idade de s uas core s , e pare ce m ais gas tar R e s s onância diariam e nte . Em adição, e le ganh a um
e fêm e ra, q uas e com o um a névoa s uave . ponto de R e s s onância a cada am anh e ce r, aos poucos
Em e s tado dorm e nte , o e s pírito não e s tá m ais cie nte acum ulando as e ne rgias ne ce s s árias para s e curar ou
do q ue ocorre ao s e u re dor, m as um ataq ue violento fará de s pe rtar.
com q ue e le de s pe rte pre m aturam e nte . D urante a
h ibe rnação, o corpo e tére o abs orve lentam e nte as e ne rgias Destruição
m ís ticas do m undo ao s e u re dor. Is s o pe rm ite q ue e le
s obre viva e m condiçõe s adve rs as ou re nove e ne rgias para Quando um e s pírito pe rde s e u últim o níve l de
s e re cupe rar de fe rim e ntos . Saúde de vido a fe rim e ntos e ntrópicos , e le já não cons e gue
Siste m a: Um e s pírito pode e ntrar e m h ibe rnação m ante r s ua form a coe s a, e s e u corpo e tére o é de s truído. A
q uando de s e jar, m as tam bém pode s e r forçado a h ibe rnar criatura tom ba e de finh a num ins tante , de s apare ce ndo
cas o s ofra fe rim e ntos s uficie nte s : q uando s e u últim o níve l rapidam e nte com o s e fe ita de névoa. Is s o não s ignifica q ue
de Saúde for pre e nch ido por dano letal, o e s pírito te s ta a e ntidade foi de s truída por com pleto, porém .
R e sil iência (dificuldade 9 ). Se falhar, e le é forçado a e ntrar M e s m o após a de s truição de s e u im ago, a
e m h ibe rnação no locale m q ue e s tá. Se e s tive r no m undo cons ciência do e s pírito pode s obre vive r. Após um pe ríodo
fís ico, o e s pírito é puxado de volta aos R e inos Elem e ntais . de te m po (de te rm inado pe lo s e u Patam ar de pode r), a
Um e s pírito dorm e nte pre cis a gas tar R e s s onância e ntidade re form a um novo corpo, ainda frágil, s e m ne nh um
para de s pe rtar: a q uantidade de pontos a gas tar é igual ponto de R e s s onância e com ape nas um níve lde Saúde
àq ue la q ue o e s pírito norm alm e nte gas ta por dia para re cupe rado. O e s pírito re form ado pe rm ane ce rá e m
s obre vive r (ve ja Patam ar Es piritual, adiante ). Um e s pírito h ibe rnação até q ue te nh a s e curado com pletam e nte de s e us
q ue te nh a h ibe rnado de vido a fe rim e ntos pre cis a prim e iro fe rim e ntos .
s e curar com pletam e nte ante s de de s pe rtar. Porém , s e , A re form ação de um e s pírito não ocorre
durante a h ibe rnação, o e s pírito for fe rido, invocado ou ne ce s s ariam e nte no m e s m o locale m q ue e le foi de s truído:
e vocado por forças e xte rnas , e le pode de s pe rtar m e s m o q ue a cons ciência de um e s pírito “vaga”ins tintivam e nte até

IM AGO : A FO R M A E TÉR EA 31
e ncontrar um local propício, onde , ao s e re form ar, s e u re pre s e ntado pe lo Patam ar.
im ago e m h ibe rnação não e s tará am e açado. Siste m a: O Patam ar é o “níve lde pode r”q ue indica
As s e guinte s condiçõe s im pe de m a re form ação de a pos ição do e s pírito na h ie rarq uia dos R e inos Elem e ntais .
um e s pírito de s truído: Es s a caracte rís tica, e m te rm os de re gra, não é te s tada, m as
— Se r de vorado por outro e s pírito, ou por algum a de fine os lim ite s de h abilidade s e as ne ce s s idade s de
outra criatura capaz de s e alim e ntar de e s píritos ; nutrição de cada e s pírito. O níve lde Patam ar varia de um a
— Es tar e xaurido de R e s s onância no m om e nto da 10;q uanto m aior o Patam ar, m ais pode ros o é o e s pírito.
de s truição; O Patam ar de um e s pírito nunca de ve s e r m aior do
— Se r de s truído num localcontrário à s ua nature za q ue o Ins tinto do m e s m o. Logo, um e s pírito com Ins tinto 4
(onde não e xis tam anim ais de s ua e s pécie , ou onde h á forte não pode pos s uir um Patam ar 5 ou m aior, pre cis ando
pre s e nça de um e lem e nto opos to, por e xe m plo); de s e nvolve r s e u pote ncialante s de s e e levar na h ie rarq uia
— Se r de s truído e nq uanto h ibe rna ou e nq uanto é e s piritual. Um e s pírito é cons ide rado “infe rior”q uando te m
apris ionado no m undo fís ico (através de rituais ou ce rtos Patam ar 3 ou m e nor, “s upe rior”e ntre Patam ar 4 e 9 , e um
pode re s s obre naturais ); “s e nh or e s piritual”no Patam ar 10.
— Se r de s truído por um a arm a ou outro obje to fe ito O Patam ar de te rm ina dive rs as re s triçõe s , m as
e s pe cialm e nte para fe rir e s píritos (um am uleto e s pe cial, pos s ibilita um m aior pote ncial de de s e nvolvim e nto do
por e xe m plo). e s pírito. Ve ja a tabe la Patam ar Es piritualpara inform açõe s
de talhadas das re s triçõe s de cada níve l.
Vuln era bilida des - Níve lM áx. de Atributos : Es ta é um a s uge s tão do
níve l m áxim o q ue um Atributo pode alcançar para um
Alguns e s píritos pos s ue m vulne rabilidade s e s pírito de s te Patam ar. Contudo, e s píritos pode m te r um
e s pe ciais , de pe nde nte s de s ua nature za. Um e s pírito do “Atributo Exce pcional”q ue s upe re e s s e lim ite e m até dois
fogo pode s e fe rir ao s e r m olhado, ou um be s tialpode níve is ;
s ofre r de ce rtas lim itaçõe s ligadas ao anim al q ue - As pe ctos : Quanto m aior o Patam ar de um e s pírito,
re pre s e nta. O cas ionalm e nte , e s s as vulne rabilidade s e m aior o núm e ro de As pe ctos q ue de s e nvolve . Note q ue o
re s triçõe s s ão puram e nte ps icológicas , forjadas por núm e ro indicado na tabe la é ape nas o m áxim o: um e s pírito
e xpe riências traum áticas do pas s ado ou “apre ndidas ”com e s pe cífico pode te r m e nos As pe ctos do q ue o núm e ro
outros e s píritos s im ilare s da re gião. Com o a form a de um indicado;
e s pírito é m antida coe s a por s ua cons ciência, condiçõe s - Níve lM áx. de Anfractos : O níve lm áxim o q ue o
ps icológicas pode m im por vulne rabilidade s ao s e u corpo. e s pírito pode alcançar e m cada Anfracto é de te rm inado por
Um e s pírito q ue te nh a s ido de s truído por arm as de fogo, s e u Patam ar. Es s e valor indica ape nas o níve lm áxim o, não
por e xe m plo, pode te m ê-las a ponto de s ofre r danos a q uantidade total de Anfractos q ue o e s pírito pode
e ntrópicos ao s e r fe rido por e las . apre nde r;
Es píritos inte lige nte s cos tum am te r fraq ue zas - R e s s onância M áxim a: A q uantidade m áxim a de
únicas e dive rs as , e m ge ralligadas a s e us caprich os . Um R e s s onância q ue o e s pírito pode arm aze nar e m s e u im ago;
e s pírito pode s e r incapaz de fe rir crianças , e nq uanto outro - R e s s onância D iária: Todo e s pírito pre cis a cons u-
s ofre fe rim e ntos s e não aprove itar um a oportunidade de m ir R e s s onância para s e m ante r ativo (ou para de s pe rtar de
pre gar pe ças e m s e re s h um anos . As e ntidade s m ais um a h ibe rnação). O valor indicado na tabe la m os tra q uanta
ins tintivas , contudo, te nde m a copiar o com portam e nto (e R e s s onância o e s pírito gas ta diariam e nte para s e m ante r
as vulne rabilidade s ) de e s píritos s im ilare s com os q uais ativo. Cas o não te nh a R e s s onância s uficie nte , o e s pírito
convivam . pre cis a h ibe rnar ou s ofre rá danos conform e pe rde a coe s ão
Siste m a: Em te rm os de re gras , is s o s ignifica q ue de s ua form a e tére a. M ais de talhe s adiante , na s e ção de
cada e s pírito pode ou não te r vulne rabilidade s e re s triçõe s R e s s onância.
e s pe ciais , ligadas à s ua nature za e s uas atividade s . D a - Pe ríodo de R e form ação: Quando o e s pírito é
m e s m a form a q ue os caprich os dos e s píritos s ão de s truído, o Patam ar de te rm ina q uanto te m po de m ora até
incom pre e ns íve is , e s s as vulne rabilidade s pode m pare ce r q ue s e re form e num locals e guro do m undo e s piritual. Ao
aleatórias ou arbitrárias , m as s e m pre têm algum a re lação s e re form ar, o e s pírito e s tará e m h ibe rnação, s e m
com a m e ntalidade do e s pírito e m q ue s tão. Algum as ve ze s , R e s s onância arm aze nada e com ape nas um níve lde Saúde
e s s as vulne rabilidade s age m com o re s triçõe s de re cupe rado.
com portam e nto. Em outras , e las s ão lite rais fraq ue zas q ue - Tam anh o M áxim o: O tam anh o m áxim o q ue um
caus am fe rim e ntos ou dor no im ago do e s pírito. e s pírito de s s e Patam ar pode pos s uir. Es píritos pode m te r (e
com fre q üência têm ) tam anh os infe riore s aos lis tados . Em
PATAM AR E S PIRITU AL adição, e s píritos de anim ais e plantas pode m te r tam anh os
m aiore s q ue os pe rm itidos , cas o as criaturas q ue
Quando “nas ce ” , um e s pírito é ape nas um a form a re pre s e ntam te nh am naturalm e nte um tam anh o m aior (por
coales ce nte de m as s a e tére a, gove rnada por um ins tinto e xe m plo, um lobo é um a criatura m édia; um e s pírito-lobo
rudim e ntar. Conform e s e de s e nvolve , e le ganh a form as de Patam ar 1 pode ria s e r m édio, m e s m o q ue s e u níve lde
únicas e h abilidade s m ais pode ros as , adq uirindo um a Patam ar o lim ite a um tam anh o pe q ue no. O tam anh o de um
ide ntidade cre s ce nte e cada ve z m ais com plexa. Es s as e s pírito de te rm ina s e us níve is de Saúde (ve ja q uadro
dife re nças divide m os e s píritos e m infe riore s , s upe riore s e ante rior, Tam anh os e Saúde ).
s e nh ore s e s pirituais , o q ue , do ponto de vis ta das re gras , é

32 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


PATAM AR E SPIR ITUAL
NÍVELM ÁX. NÍVELM ÁX. R ESSO NÂNCIA PER ÍO DO DE TAM ANH O
NÍVEL A SPECTO S
A TR IBUTO S A NFR ACTO S M ÁX./D IÁR IA R EFO R M AÇÃO M ÁXIM O
1 5 3 1 5/1 Três dias Pe q ue no
2 6 4 2 10/1 Um a s e m ana Pe q ue no
3 7 5 2 15/2 Três s e m anas M édio
4 8 6 3 20/2 Um m ês M édio
5 9 7 3 25/3 Três m e s e s M édio
6 10 8 4 30/3 Se is m e s e s Grande
7 11 9 4 35/4 Um ano Grande
8 12 10 5 40/4 Três anos Grande
9 13 11 5 45/5 Um a década Colos s al
10 14 12+ 6 50/5 Um s éculo Colos s al
im e diato, e m bora não s aiba e xatam e nte o q ue e s tá
RE S S ON ÂN CIA ocorre ndo no plano m ate rial a m e nos q ue atrave s s e a
barre ira e ntre m undos . D a m e s m a form a, pode -s e s e ntir
A re alidade , e m todas as s uas face tas , é banh ada
q uando a re s s onância dis poníve ljá e s tá s e ndo abs orvida
por um m ar turbulento e invis íve lde “e ne rgia prim ordial” .
por outro e s pírito.
Es s a força onipre s e nte , ch am ada m ana ou q uinte s s ência,
não pode s e r s e ntida por pe s s oas ou anim ais s e m ajuda
m ís tica. Em ce rtos lugare s , e la s e acum ula, form ando Adq uirin do Resson ân cia
ve rdade iros turbilhõe s , criando o q ue os m ís ticos ch am am Exis te m cinco form as para um e s pírito adq uirir
de “nodos ” : lugare s de s ignificância m ágica. R e s s onância: h ibe rnação, aq uis ição natural, trans fe rência
Quando o m ana inte rage com um as pe cto da e ntre e s píritos , canibalis m o (de vorar outros e s píritos ) e
re alidade fís ica, e le re s s oa com e s s e as pe cto, com o s e ps icofagia (de vorar “alm as ”h um anas ).
adq uiris s e um a “fre q üência” e s pe cífica. Es s e m ana H ib e rnação: Um e s pírito e m h ibe rnação e s tá m ais
“filtrado”pe la re alidade fís ica é ch am ado re s s onância, e é abe rto às e ne rgias do m undo, m as s e alim e nta pas s iva-
de le q ue e s píritos s e alim e ntam . Se m a re s s onância corre ta, m e nte . Ne s s e e s tado, e le adq uire um ponto de R e s s onância
um e s pírito é obrigado a h ibe rnar para s obre vive r. por dia, s e m pre ao am anh e ce r, m e s m o q ue não h aja fonte s
Cada e s pírito s e alim e nta da re s s onância ge rada próxim as . Para de s pe rtar, porém , o e s pírito pre cis a gas tar
pe lo s e u as pe cto te rre no corre s ponde nte : um e s pírito-lobo um núm e ro de pontos de R e s s onância igualao gas to diário
s e alim e nta da re s s onância q ue acom panh a lobos re ais ; já de te rm inado por s e u Patam ar.
um e lem e ntal roch os o s e nutre e m s ubte rrâne os , Natural m e nte : Ao e ncontrar um a fonte de re s s o-
m ontanh as ou re giõe s roch os as . Note q ue a corre lação não nância, com o um anim al, localou outra m anife s tação fís ica
pre cis a s e r e xata, ape nas aproxim ada: um e s pírito-lobo ligada à s ua nature za e s s e ncial, um e s pírito pode abs orve r a
pode s e alim e ntar da re s s onância de q ualque r lobo, m e s m o re s s onância ge rada por e s ta fonte . Es s e é um proce s s o
q ue não s e ja e xatam e nte da m e s m a e s pécie . s im ples , q ue e xige ape nas q ue o e s pírito pe rm ane ça
Siste m a: Em te rm os de re gras , e s píritos pos s ue m a próxim o à orige m das e ne rgias . Note q ue , e m bora a fonte
caracte rís tica R e s s onância (letra inicial m aiús cula, para e s te ja no m undo fís ico, o e s pírito pode s e alim e ntar s e m
dife re nciá-la do te rm o “re s s onância” ), q ue com pre e nde atrave s s ar a barre ira e ntre m undos . Ce rtas fonte s , com o
pontos q ue o e s pírito acum ula e gas ta para propós itos anim ais e plantas , pode m nutrir ape nas um e s pírito por ve z.
dive rs os . O m ínim o de pontos de R e s s onância q ue um O utras , com o te m pe s tade s , lagos , vas tas cach oe iras ou
e s pírito pode te r é ze ro;o m áxim o de pe nde de s e u Patam ar cave rnas am plas , pode m alim e ntar bandos inte iros de
(ve ja tabe la ante rior). e lem e ntais .
Sis te m a: Na pre s e nça de um a fonte apropriada, o
Detecta n do Resson ân cia e s pírito adq uire um ponto de R e s s onância por h ora. Fonte s
m uito jove ns , fracas ou danificadas conce de m R e s s onância
Um e s pírito pode s e ntir a pre s e nça de re s s onância
parcial: um ponto a cada duas h oras ou m e s m o m ais . Ce rtas
apropriada à s ua nutrição a um a boa dis tância, ce rca de 50
fonte s pode m alim e ntar m últiplos e s píritos ao m e s m o
m e tros para cada níve l de Patam ar pos s uído. Ele não
te m po, m as o ritm o de abs orção de cada um de les não s e
pre cis a e s tar no m undo fís ico para s e ntir um a fonte de
alte ra. Fonte s m ortas ou de vas tadas não conce de m nutrição.
re s s onância, pois o m ana e xis te e m todos os planos de
Nodos Elem e ntais : A pre s e nça de um nodo e lem e n-
e xis tência s im ultane am e nte . Além da pre s e nça, o e s pírito
talpe rm ite q ue m últiplos e s píritos s e nutram da m e s m a
s e nte tam bém a inte ns idade do fluxo de re s s onância. Por
fonte . O níve ldo nodo é o núm e ro adicionalde e s píritos
e xe m plo, um bando de anim ais ge ra m ais re s s onância do
q ue pode m s e alim e ntar s im ultane am e nte . Por e xe m plo,
q ue um anim als olitário, e e s s a dife re nça é pe rce bida.
num nodo de níve l2, a pre s e nça de um único gato nutre até
Cas o ocorra no m undo fís ico um e ve nto q ue pos s a
três e s píritos -gato ao m e s m o te m po. Se a fonte já é capaz
alte rar o fluxo, com o a de s truição ou locom oção da fonte
de nutrir vários e s píritos , o nodo m ultiplica a capacidade
de re s s onância, o e s pírito pode s e ntir e s s a alte ração de
por (1 + níve l).
R ESSO NÂNCIA 33
Transfe rência: Um e s pírito pode doar R e s s onância q ue o e s pírito s e ja pode ros o o s uficie nte para s e
para outro. O s e s píritos q ue faze m e s s a troca não pre cis am m ate rializar ou tom ar um corpo fís ico para s i.
s e r da m e s m a nature za: um e lem e ntalpode alim e ntar um Um e s pírito q ue de vore alm as h um anas s e torna
e s pírito be s tial, por e xe m plo. Trans fe rência de re s s onância um a criatura cons ide rada “profana” , pode ndo s e r afe tada
é m ais com um e ntre e s píritos -planta e de anim ais q ue por Fe rvor R e ligios o e outros pode re s s im ilare s . Se
vive m e m bandos , ou e ntre vas s alos e s pirituais e s e us re pe tido com fre q üência, o ato de ps icofagia tam bém
s e nh ore s . m anch a a form a do e s pírito com o te rror de s uas vítim as ,
Para trans fe rir R e s s onância, am bos os e s píritos de form ando s e u im ago e tornando-o cada ve z m ais
de ve m concordar com trans fe rência e pre cis am faze r m ons truos o.
contato e ntre s i. Es s e contato de pe nde da nature za de cada Sis te m a: Es s e proce s s o funciona de form a análoga a
e s pírito: plantas pode m s e e nrolar um as nas outras ou s e canibalis m o e s piritual, de ve ndo s e r re alizado e m até cinco
“polinizare m ” ; anim ais pode m s e “be ijar” ou im itar a turnos após a m orte fís ica da vítim a. O e s pírito,
cópula; e lem e ntais pare ce m trans fe rir a própria e s s ência m ate rializado ou e m pos s e de um corpo fís ico, de ve
dos e lem e ntos q ue re pre s e ntam , e tc. lite ralm e nte de vorar nacos de carne da vítim a, e m bora não
Sis te m a: Am bos os e s píritos pre cis am e s tar no pre cis e de vorar o corpo por com pleto. Te s ta-s e Instinto
m e s m o plano de e xis tência e na m e s m a s intonia: um (dificuldade 8), e cada s uce s s o conce de um ponto de
e s pírito m ate rializado não pode re ce be r ou conce de r R e s s onância. Com o e m canibalis m o e s piritual, m últiplos
R e s s onância de um e s pírito e tére o, por e xe m plo, m e s m o e s píritos pode m e xe cutar ps icofagia s im ultane am e nte , e o
e s tando am bos no m undo fís ico. A trans fe rência e xige q ue te s te pode s e r re pe tido e nq uanto ainda não tive re m s e
am bos us e m um a ação com pleta q ue e xige conce ntração; pas s ado cinco turnos de s de a m orte da vítim a.
um ponto de R e s s onância é trans fe rido por turno. O pote ncialde R e s s onância de um s e r h um ano é
Exis te m ritos q ue pe rm ite m a um s e r h um ano igualà s om a de todos os s e us Ae gis : Cons ciência, Es pírito
“doar”R e s s onância a um e s pírito. Para m aiore s de talhe s , e Pe rs e ve rança. Contudo, m e s m o pode ndo de vorar alm as
ve ja o Apêndice 2: O utros Sis te m as . h um anas , e s píritos s ão incapaze s de de s truí-las por
Canib al ism o: Quando um e s pírito é de s truído, s e u com pleto: a alm a e m s i ainda e s capa para s e u de s tino no
im ago de finh a e de s apare ce rapidam e nte , m as s ua e s s ência além -vida, e m bora pos s a s ofre r s e q üe las .
invis íve l pe rm ane ce por alguns ins tante s . Um e s pírito
pre s e nte no local, m e s m o q ue não s e ja aq ue le q ue de s truiu N utrição Diária
o e s pírito original, pode aprove itar-s e de s te pe ríodo para
de vorar a e s s ência do de rrotado, e lim inando-a por O im ago e s piritualé pura re s s onância coales cida na
com pleto. Vis ive lm e nte , é com o s e o pre dador de voras s e form a de m as s a e tére a, e e s ta e ne rgia pre cis a s e r re pos ta
ou abs orve s s e os re s tos e s pirituais do de rrotado, ante s q ue cons tante m e nte , ou a form a do e s pírito com e ça a s e
de s apare çam por com pleto. de s faze r. A cada am anh e ce r, o e s pírito é obrigado a gas tar
Canibalis m o e s piritual é um a m e dida e xtre m a, um núm e ro de pontos de R e s s onância (de te rm inado por s e u
adotada por um e s pírito fam into ou q ue não cons e gue níve lde Patam ar). Cas o não te nh a R e s s onância s uficie nte
adq uirir re s s onância de outras m ane iras . Contudo, ce rtos dis poníve l, o e s pírito s ofre um ponto de dano e ntrópico
e s píritos , e m e s pe cialos de anim ais pre dadore s , às ve ze s para cada ponto de R e s s onância q ue falta para com pletar
adq uire m gos to por caçar e de vorar e s píritos m e nore s . s ua ne ce s s idade diária. Um e s pírito e m h ibe rnação não
Sis te m a: A e s s ência invis íve l de um e s pírito pre cis a gas tar R e s s onância diariam e nte .
de rrotado pe rm ane ce no localda “m orte ”por ape nas cinco
turnos (ce rca de 15 s e gundos ) após s ua de s truição. Ne s s e Recupera ção de Da n os
pe ríodo, o pre dador pode te s tar Instinto (dificuldade 8)
com o um a ação com pleta q ue e xige conce ntração. A Para s e re cupe rar de danos s ofridos , o e s pírito us a
dificuldade cai para 6 s e o e s pírito de vorado for de um a ação bás ica e gas ta um ponto de R e s s onância. Com o
nature za s im ilar à do pre dador, ou s e o ato e m ular um a alte rnativa, e le pode s e focar ape nas e m s e curar,
atividade pre datória natural(um h e rbívoro de vorando um a ace lerando o proce s s o. Ne s s e cas o, us a-s e um a ação
planta;um carnívoro de vorando outro anim al,e tc.). com pleta q ue e xige conce ntração, m as pode -s e gas tar até
Cada s uce s s o no te s te conce de um ponto de três pontos de R e s s onância para o propós ito de cura
R e s s onância, e o te s te pode s e r re pe tido várias ve ze s , de s de naq ue le turno. Cada ponto de R e s s onância us ado re cupe ra :
q ue não te nh a s e pas s ado m ais do q ue cinco turnos de s de a - Até três pontos de dano atordoante ;ou:
de s truição da vítim a. M últiplos e s píritos pode m te ntar - Até dois pontos de dano letal(ou um letale um
abs orve r ao m e s m o te m po as e ne rgias de ixadas , cada um atordoante , s e for o cas o);ou:
te s tando s e paradam e nte . - Um ponto de dano e ntrópico.
A R e s s onância de ixada por um e s pírito de s truído é O s fe rim e ntos s ão s e m pre curados da dire ita para a
igualao s e u valor no m om e nto da de s truição, m ais um e s q ue rda na barra de Saúde : logo, curam -s e prim e iro danos
ponto para cada níve lde Patam ar q ue e le pos s uía. Se o atordoante s , de pois letais e por fim os e ntrópicos . Es ta
núm e ro de pontos de R e s s onância abs orvidos pe los orde m não pode s e r alte rada.
pre dadore s for igualou m aior q ue o Patam ar do de rrotado, Por e xe m plo: im aginando um e s pírito q ue s ofre u
e le s e rá de s truído de finitivam e nte e não s e re form ará. um dano e ntrópico, q uatro letais e q uatro atordoante s .
Psicofagia: Alguns e s píritos apre nde m a de vorar Com o ação com pleta q ue e xige conce ntração, e le gas ta
pe s s oas para s e alim e ntare m . Es s a é um a form a não- três pontos de R e s s onância: o prim e iro re m ove três níve is
natural, praticada por e s píritos violentos , já acos tum ados atordoante s ;o s e gundo, um níve latordoante e um letal;o
com canibalis m o e s piritual. Ps icofagia e nvolve de vorar te rce iro, dois letais . No final daq ue le turno, o e s pírito
parte s de um cadáve r re cém -falecido, o q ue e xige q ue um ainda te rá um níve l de Saúde pre e nch ido com dano
m ortalte nh a e ntrado fis icam e nte nos R e inos Elem e ntais ou e ntrópico e outro com dano letal. Ele pode continuar a s e

34 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


curar nos turnos s e guinte s (o q ue e xigirá m ais dois pontos
de R e s s onância: um para o dano letalq ue s obra, e outro
para o dano e ntrópico), s e as s im de s e jar.

Outros Usos de Resson ân cia CON TROLAN D O A RE S S ON ÂN CIA


Para o Narrador, controlar q uanta R e s s onância
R e s s onância tam bém é utilizada no us o de
cada e s pírito carre ga pode s e r um trabalho árduo e
Anfractos e q uando s e te nta atrave s s ar a barre ira e ntre
pouco re com pe ns ador. O Narrador não pre cis a s e m pre
m undos . M ais de talhe s s obre e s s e s us os e s pe ciais s e
controlar pre cis am e nte toda a R e s s onância q ue um
e ncontram adiante , ne s te capítulo.
e s pírito ganh a ou pe rde , e s pe cialm e nte s e e le for ape nas
um obs táculo m e nor e m s ua h is tória, q ue apare ce rá e m
A TRAVE S S AN D O A B ARRE IRA um a ou duas ce nas e não im portará m ais tarde . Ne s s e
cas o, ignore q uanta R e s s onância o e s pírito carre ga, m as
Com o dito no Capítulo 2 de s te livro, “atrave s s ar a lem bre -s e de não abus ar de s uas h abilidade s e s pe ciais .
barre ira e ntre m undos ”é um te rm o e rrône o, pois não h á Por outro lado, as re gras de R e s s onância s ão
barre ira algum a. O s R e inos Elem e ntais s e s obre põe m à abs traçõe s q ue s e rve m para m os trar porq ue e s píritos s ão
re alidade fís ica; para ade ntrar o m undo m ate rial, um incapaze s de inte ragir com o m undo fís ico à vontade .
e s pírito s im ples m e nte força s ua m as s a e tére a a s e As s im , e las ajudam a vis ualizar as ne ce s s idade s bás icas
“s intonizar”com e le. Quanto m ais pode ros o é o e s pírito, e lim itaçõe s de e ntidade s e s pirituais . Se um e s pírito for
porém , m ais cus tos o é o proce s s o de atrave s s ar a barre ira. e s s e ncial para a h is tória, pode s e r im portante m ante r
Atrave s s ar a barre ira e m s i não é um a grande controle s obre s e us níve is e gas tos de R e s s onância. Por
vantage m : o e s pírito continua e tére o, s e ndo incapaz de e xe m plo, no confronto dos pe rs onage ns com o
inte ragir com e le, a m e nos q ue pos s ua os Anfractos antagonis ta, um e s pírito s upe rior, é inte re s s ante ve rificar
corre tos . O s e s píritos m ais pode ros os pode m influe nciar os q uanta R e s s onância e le te m . Ele pode fugir s e for
e lem e ntos , controlar anim ais ou m e s m o as s um ir form a e xaurido, por e xe m plo, e re tornar q uando tive r re pos to
fís ica, m as tudo e nvolve algum tipo de cus to. Logo, é um s uas e ne rgias . Ne s s e cas o, o controle dos níve is de
tanto irônico q ue os e s píritos pode ros os o s uficie nte para R e s s onância ajuda a de te rm inar os rum os da h is tória.
influe nciar o m undo fís ico s ão e xatam e nte os q ue têm m ais Se for ne ce s s ário te r controle da R e s s onância ao
dificuldade e m alcançá-lo. longo do jogo, é pre cis o de finir o valor inicial do
Siste m a: Para atrave s s ar a barre ira, o e s pírito e s pírito e m s ua prim e ira aparição. Um a s uge s tão é
pre cis a us ar um a ação com pleta q ue e xige conce ntração. O com e çar com valor igualà m e tade do m áxim o pe rm itido
proce s s o cus ta um a q uantidade de pontos de R e s s onância pe lo Patam ar (arre donde para cim a s e s obrar m e tade s ).
igual ao Patam ar do e s pírito. Alte rnativam e nte , pode -s e Es s a s uge s tão cons ide ra q ue o e s pírito atrave s s ou a
e s colhe r s ofre r danos e ntrópicos no lugar de gas tar barre ira e ntre m undos por conta própria e te ve gas tos
R e s s onância. R e tornar para os R e inos Elem e ntais é m ais s ignificativos com atividade s ante riore s . Sob
s im ples : um a ação livre s e m cus tos . circuns tâncias m ais ou m e nos favoráve is , aum e nte ou
Exe m plo: U m e s pírito de Patam ar 2 gas ta três dim inua o valor inicialde acordo com as ne ce s s idade s
pontos de R e s s onância para atrave s s ar a barre ira. U m de da h is tória.
Patam ar 7 gas ta s e te pontos .
Áre as Urb anas: Em áre as urbanas de ns as , onde h á
pouca vida natural, a trave s s ia s e torna m ais difícil,
aum e ntando o cus to pe la m e tade (arre donde para baixo).
Por e xe m plo, no ce ntro da cidade , um e s pírito de Patam ar Pe rm anência: A cada h ora q ue pe rm ane ce r no
2 te ria de pagar três pontos de R e s s onância para plano m ate rial, s e ja e tére o, m anife s tado ou m ate rializado,
atrave s s ar a barre ira, e nq uanto um de Patam ar 7 pagaria o e s pírito pe rde m ais um ponto de R e s s onância. Alguns
10 pontos . Contudo, e m parq ue s ou áre as ve rde s , ou na rituais e Anfractos pe rm ite m “ancorar”um e s pírito a um
pre s e nça de um a fonte de re s s onância apropriada ao obje to ou local; um e s pírito ancorado não pe rde R e s s o-
e s pírito, e s s e cus to adicionalé ignorado. nância, m as não pode s e afas tar do localao q uale s tá pre s o.
Nod os El e m e ntais: A trave s s ia é facilitada no Exe m plo: U m e s pírito de Patam ar 4, para e ntrar
inte rior de nodos e lem e ntais , re duzindo o cus to pe lo valor no m undo fís ico, pre cis a gas tar q uatro pontos de
do níve ldo Nodo. Por e xe m plo, um e s pírito de Patam ar 5 R e s s onância. A cada h ora e m q ue pe rm ane ce r no m undo
no inte rior de um nodo de níve ldois pagaria ape nas três fís ico, e le pe rde m ais um ponto de R e s s onância.
pontos de R e s s onância. O cus to não pode s e r re duzido Um e s pírito no m undo m ate rialnão pode ve r ou
abaixo de ze ro. inte ragir com os R e inos Elem e ntais até q ue re torne para lá,
R ituais M ísticos: R ituais re alizados por ocultis tas , m as ainda pode s e alim e ntar de fonte s de R e s s onância,
com o invocaçõe s e e vocaçõe s , pode m facilitar, dificultar com pe ns ando o cus to de pe rm anência no re ino fís ico. Ele
ou alte rar a trave s s ia pe la barre ira e ntre m undos . Por tam bém pode ve r e inte ragir com outros e s píritos e tére os
e xe m plo, invocaçõe s pe rm ite m ao e s pírito us ar a barre ira q ue e s te jam no m undo m ate rial, e xce to e ntidade s
para trans portar-s e para a pre s e nça do invocador, e nq uanto provindas da Som bra, com o fantas m as e e s pe ctros .
e vocaçõe s forçam a trave s s ia da barre ira s e m cus tos para o Enq uanto pe rm ane ce r no plano fís ico, o e s pírito pas s a a s e r
e s pírito. Para m aiore s de talhe s , ve ja o Apêndice 2: O utros vulne ráve la ce rtas influências s obre naturais , com o rituais
Sis te m as . de apris ionam e nto, e ce rtas criaturas , capaze s de pe rce be r a
pre s e nça de s e re s e tére os , pode rão de te ctá-lo.

A TR AVESSANDO A BAR R EIR A 35


A S PE CTOS : A S FORM AS D O
E S PÍRITO
VE N D O A FORM A E TÉRE A O s e s píritos dos R e inos Elem e ntais têm um a
Es píritos no m undo fís ico têm s ua form a natural infinidade de form as , de m ane ira q ue é difícilcate gorizá-
e tére a, s e ndo intangíve is e im pe rce ptíve is aos s e ntidos los . Em s e u âm ago, cada e s pírito te m afinidade com um
norm ais . Contudo, ocas ionalm e nte pe s s oas norm ais anim al, um e lem e nto ou um a planta, m as is s o ape nas não
pode m s e ntir q ue h á algo e rrado. Na pre s e nça de um bas ta para de fini-los : conform e avançam na h ie rarq uia
e s pírito, s e um pe rs onage m fize r um te s te de e s piritual, e les te nde m a adq uirir caracte rís ticas dive rs as .
Consciência para pe rce be r o s obre natural(pg. 62 do Um e s pírito do fogo pode as s um ir a form a de um lagarto,
Livro d e R e gras) e obtive r s uce s s o, e le, e m adição a te r e nq uanto um pás s aro pode ganh ar um as pe cto flam e jante .
s e ns açõe s e s tranh as q ue o alertam do pe rigo, pode te r As pe ctos s ão pe q ue nas h abilidade s ligadas à form a
ocas ionais “lam pe jos ”da pre s e nça de e s píritos ao s e u do e s pírito. Es ta é um a m ane ira de s is te m atizar h abilidade s
re dor: form as q ue apare ce re m e m s ua vis ão pe riférica, e s pe ciais q ue não s ão cobe rtas pe los Anfractos (pode re s )
s um indo q uando vis tas dire tam e nte ; s ons q ue e coam e s pirituais . O núm e ro de As pe ctos q ue um e s pírito
dis tante s ; o “toq ue ”do e s pírito pode provocar leve s de s e nvolve é lim itado por s e u Patam ar (ve ja a tabe la
s e ns açõe s táte is , e tc.. corre s ponde nte ).
Es s e s lam pe jos de re alidade não s ão e ve ntos Aspe ctos M e nore s: Em adição aos As pe ctos , cada
confiáve is , ficando a cargo do Narrador us á-los ou não. e s pírito, inde pe nde nte de Patam ar, pode pos s uir um a
O ide alé q ue s ó ocorram q uando o e s pírito us a um infinidade de as pe ctos m e nore s : pe q ue nas caracte rís ticas
Anfracto ou inte rage de form a m ais dire ta com o m undo q ue o de fine m , m as q ue não têm ne nh um e fe ito
fís ico, pois a s im ples pre s e nça da e ntidade não de ve ria e xce pcionale m jogo. Por e xe m plo, um e lem e ntaldo ar
pe rm itir tais vis õe s . Se aplicados com m ode ração, e s s e s pode s e r acom panh ado por um a ve ntania cons tante q ue
e s tím ulos pode m criar um am bie nte de s us pe ns e e e rgue pó e papéis , e nq uanto um e s pírito be s tialpode te r
te ns ão no jogo. coloração e s tranh a, olhos brilhante s e outras caracte rís ticas
cos m éticas . Sinta-s e à vontade para de finir q uais q ue r
as pe ctos m e nore s q ue q uis e r e m s e us e s píritos .

Lista de Aspectos
A s e guir h á um a lis ta de s uge s tõe s de As pe ctos .
Note q ue e s s a lis ta não é e xaus tiva: você pode criar
As pe ctos e s pe ciais para e s píritos e s pe cíficos , as s im com o
alte rar os As pe ctos de form a q ue m e lhor pos s am s e
e ncaixar no conce ito de s e jado.
Em ge ral,As pe ctos e s tão s e m pre ativos , m as alguns
e s píritos pre fe re m de s e nvolve r As pe ctos q ue s ó e s tão
ativos e m m om e ntos conve nie nte s . Is s o de pe nde m ais da
pe rs onalidade do e s pírito do q ue de re gras de s is te m a. Se
for e s s e o cas o, cons ide re q ue ativar ou de s ativar um
As pe cto é um a ação livre (norm alm e nte ativa, m as pode
s e r pas s iva, fe ita e m re s pos ta a algum e s tím ulo).
Note q ue todos os As pe ctos s ão h abilidade s
re lacionadas ao corpo e s piritual, portanto s ó s e aplicam no
m e s m o e s tado e m q ue o e s pírito e s tá: por e xe m plo, para
afe tar o m undo fís ico com um As pe cto, o e s pírito pre cis a
e s tar m ate rializado.
Ce rtos As pe ctos pode m s e r adq uiridos m últiplas
ve ze s , tornando-s e m ais pode ros os . Um As pe cto adq uirido
m últiplas ve ze s pre cis a s e r cons ide rado no lim ite q ue um
e s pírito pode de s e nvolve r por Patam ar.
D e pe nde ndo da nature za do e s pírito, e le pode s e r
obrigado a pagar por ce rtos As pe ctos . Por e xe m plo, um
e s pírito-pás s aro de ve adq uirir o As pe cto As as Funcionais
ou não pode rá voar.
Al im e ntação Com pl e m e ntar: O e s pírito de s e n-
volve a h abilidade de s e alim e ntar de um a s e gunda fonte
de R e s s onância, além daq ue la q ue e le norm alm e nte us a
para s e nutrir. Por e xe m plo, um e s pírito-pás s aro pode
adq uirir a h abilidade de tam bém s e alim e ntar de fonte s de
ve nto, com o s e fos s e um e lem e ntaldo ar.
Em ge ral, e s te As pe cto é adq uirido de pois q ue o
e s pírito já de s e nvolve u outras caracte rís ticas ligadas ao
e lem e nto, anim alou planta do q ualde s e ja s e alim e ntar. Por

36 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


e xe m plo, um e s pírito-leão pode ria de s e nvolve r as as e bico, e s pírito não q ue im e o am bie nte ao s e u re dor, q ualque r um
tornando-s e s im ilar a um “grifo” , e m ais tarde apre nde r a q ue o toq ue s e m pe rm is s ão pode s e r fe rido pe las ch am as . O
s e nutrir tam bém da re s s onância de ave s de rapina. fogo e s piritual pode ou não e m anar calor, m as s e m pre
Sis te m a: Es colha um a nova fonte de R e s s onância e m ana luz.
para o e s pírito. Alim e ntar-s e de s ta fonte s e cundária tom a o Sis te m a: O corpo do e s pírito é cons ide rado um a
dobro do te m po, um ponto de R e s s onância a cada duas ch am a de inte ns idade 1 para propós itos de caus ar danos . O
h oras . Es te As pe cto pode s e r adq uirido m últiplas ve ze s ; dano caus ado por contato com o e s pírito de pe nde do
cada ve z indica um a nova fonte de alim e ntação adicional. tam anh o da áre a de contato (s e r atingido por um golpe do
Arm ad ura Natural : A form a do e s pírito inclui e s pírito s e ria cons ide rado áre a pe q ue na, e nq uanto s e r
algum a m ane ira de re s is tir a fe rim e ntos , com o um a agarrado s e ria um contato de corpo inte iro). O e s pírito
carapaça rígida, pe lage m re s is te nte , couro gros s o ou até pode e s colhe r não q ue im ar outras criaturas s e as s im
m e s m o algum tipo de prote ção m ís tica. de s e jar. Es te As pe cto pode s e r adq uirido várias ve ze s ,
Sis te m a: Aum e nte e m + 1 a Abs orção de danos aum e ntando a inte ns idade das ch am as e m um a cada
contra q ualque r tipo de fe rim e nto, incluindo danos aq uis ição (até o m áxim o de inte ns idade 3).
e ntrópicos . Es te As pe cto pode s e r adq uirido várias ve ze s , Aspe cto Lum inoso: Es te As pe cto re pre s e nta um
com e fe itos cum ulativos . corpo lum inos o, q ue brilha com inte ns idade capaz de ce gar
Arm am e nto Natural : O e s pírito pos s ui garras , as criaturas q ue obs e rvam dire tam e nte o e s pírito.
pre s as , e s pinh os ou outras form as de arm am e nto natural. Sis te m a: Qualque r criatura q ue te nh a o e s pírito e m
Sis te m a: As arm as naturais do e s pírito adicionam s e u cam po de vis ão s ofre pe nalidade de -2 dados e m te s te s
+ 1 ao dano e caus am fe rim e ntos letais . É pos s íve ladq uirir q ue de pe ndam de ve r, localizar ou m irar algo próxim o ou
e s s e As pe cto várias ve ze s : cada ve z adicionalaum e nta o além do e s pírito. Is s o inclui te ntativas de atacar o e s pírito,
dano do arm am e nto natural e m + 1. Você pode te r s e ja corpo-a-corpo ou à dis tância.
dife re nte s arm as naturais com dife re nte s danos , m as s ó Aspe cto R e l am pe jante : O corpo do e s pírito é
pre cis a pagar pe lo arm am e nto de m aior dano. cobe rto por faís cas e rajadas e létricas q ue às ve ze s s altam
Asas Funcionais: O e s pírito de s e nvolve u as as , para outras s upe rfície s condutoras próxim as .
s e ndo capaz de voar. Sis te m a: O e s pírito pode caus ar ch oq ue s e létricos
Sis te m a: Sua Ve locidade de Vôo é igualà Força + e m q ue m o tocar, além de adicionar dano e létrico a s e us
Agilidade + 12, s e ndo re duzida à m e tade q uando o e s pírito ataq ue s corpo-a-corpo (o dano e létrico é abs orvido
as ce nde e dobrando q uando m e rgulha. Se o e s pírito for s e paradam e nte do dano dos ataq ue s ). O e s pírito caus a 5
bas e ado e m um anim alq ue voa naturalm e nte , us e o fator pontos de dano atordoante com s e us ch oq ue s , m as pode
de Ve locidade do anim alao invés de + 12. ajus tar e s te dano para caus ar ch oq ue s m e nore s s e as s im
Aspe cto Ate rrorizante : A form a do e s pírito pare ce de s e jar. Cas o o e s pírito m ante nh a contato dire to com um a
algo s aído de um pe s ade lo. Vê-la pode provocar re açõe s de vítim a, e s te dano é cons ide rado contínuo. Es te As pe cto
te rror de pe s s oas de s pre paradas , e m e s m o outros e s píritos pode s e r adq uirido várias ve ze s ; cada aq uis ição adicional
e vitam contato com e le. Um e s pírito pode te r e s te As pe cto aum e nta o m áxim o de dano e létrico e m três pontos .
junto com As pe cto Encantador, m as é incapaz de invocar Cam inh ar Aére o: Es te As pe cto pe rm ite ao e s pírito
am bos ao m e s m o te m po. andar no ar, com o s e o próprio ve nto fos s e um a s upe rfície
Sis te m a: Pe s s oas , ao ve re m o e s pírito, pre cis am s ólida e e s táve l. Alguns e s píritos o faze m e nvolve ndo-s e
faze r um te s te de re s is tência contra pavor, ou contra pânico num re de m oinh o ou ve ntania, e nq uanto outros s im ples -
s e e s tive re m s ob am e aça dire ta por e le. A dificuldade é m e nte flutuam com o s e não tive s s e m s ubs tância.
ge ralm e nte 8, m as pe rs onage ns acos tum ados a lidar com o Sis te m a: O e s pírito pode cam inh ar no ar com o s e
s obre natural a re duze m e m dois pontos . Criaturas e s tive s s e e m te rra, e pode até m e s m o pairar no ar, s e m s e
s obre naturais não s ão afe tadas . m ove r. Sua Ve locidade no ar é a m e s m a q ue e m te rra (ou
Aspe cto Encantad or: H á algo na aparência do na água, cas o o e s pírito s e ja originalm e nte aq uático),
e s pírito q ue o torna e s tranh am e nte atrae nte às pe s s oas . e xce to ao as ce nde r: a ve locidade de as ce ns ão é s e m pre
Talve z um e s pírito-cavalo s e pare ça com um unicórnio, re duzida à m e tade .
puro e m aje s tos o, ou um e lem e ntalaq uático s e trans form e Cam inh ar El étrico: Enq uanto s e m antive r e m
num a linda m ulhe r nua de cabe los longos e fluidos . D e contato com um e lem e nto condutor de e letricidade , com o
q ualque r m ane ira, a re ação das pe s s oas diante do e s pírito é m e tal, o e s pírito é capaz de s e locom ove r rapidam e nte na
de s e m aravilhar e s e aproxim ar. Um e s pírito pode te r e s te form a de um re lâm pago.
As pe cto junto com As pe cto Ate rrorizante , m as é incapaz de Sis te m a: O e s pírito é capaz de s e tornar um re lâm -
invocar am bos ao m e s m o te m po. pago e létrico ao e ntrar e m contato com m e tal ou outro
Sis te m as : D iante do e s pírito, a pe s s oa pre cis a te s tar e lem e nto condutor. Na form a de re lâm pago, o e s pírito s e
Espírito (dificuldade 8). Se falhar, e la fica m aravilhada, locom ove a de z ve ze s a Ve locidade de s ua m e lhor form a de
s ofre ndo -2 dados e m todos os s e us te s te s para re s is tir ou de s locam e nto, m as é incapaz de faze r q ualque r cois a além
atacar, fís ica ou e m ocionalm e nte , ao e s pírito. Es s a de s e de s locar. Trans form ar-s e ne s ta form a ou re tornar à
pe nalidade pe rm ane ce e nq uanto o e s pírito e s tive r pre s e nte , form a naturalé um a ação livre q ue s ó pode s e r fe ita um a
m as o pe rs onage m pode te ntar re s is tir (us ando Gladius , ve z por turno.
conform e pg. 64 do Livro d e R e gras) cas o o e s pírito o Cam inh ar Sub te rrâne o: Es píritos com e s te
am e ace dire tam e nte . Note q ue , e m bora bas te um s uce s s o As pe cto s ão capaze s de atrave s s ar te rra e are ia com o s e
para re s is tir, o pe rs onage m s ofre a pe nalidade de -2 no nadas s e m e m água. Sua pas s age m de s loca o s olo, q ue s e
te s te de re s is tência. abre diante de les . O s “túne is ”q ue o e s pírito abre com e s te
Aspe cto Fl am e jante : O corpo do e s pírito é cobe rto As pe cto s e fe ch am im e diatam e nte após s ua pas s age m ,
por ch am as . O fogo e s piritualq ue q ue im a s obre e le pode re tornando o s olo ao s e u e s tado original. Es te pode r não
te r as pe ctos dive rs os , com core s não-naturais . Em bora o pe rm ite atrave s s ar roch a s ólida.

A SPECTO S: A S FO R M AS DO E SPÍR ITO 37


Sis te m a: O e s pírito pode s e locom ove r através do e ntrópico (fogo), o dano bás ico é ze ro. (Le m bre -s e q ue e m
s olo, us ando m e tade de s ua Ve locidade e m te rra ou de nado todo cas o o núm e ro de s uce s s os do ataq ue é s om ado ao
(o q ue for m e lhor). dano bás ico para de te rm inar dano total.)
Cam inh ar Te ne b roso: O e s pírito é capaz de É pos s íve ladq uirir e s s e As pe cto várias ve ze s , s e ja
“s altar”e ntre s om bras , ou e ntre pontos de ntro de um a para dife re nte s tipos de R ajadas , m aior dano ou m aior
m e s m a áre a e s cura, com o s e pude s s e s e m ovim e ntar alcance . Para m aior alcance , a s e gunda aq uis ição aum e nta
invis íve l. o alcance para 50 m e tros , e a te rce ira para 250 m e tros . Para
Sis te m a: Com o um a m ovim e ntação, o e s pírito pode m aior dano, cada aq uis ição adicionalaum e nta o dano e m
de s apare ce r, re s s urgindo q uas e q ue im e diatam e nte num um (s e for e ntrópico), dois (s e letal) ou q uatro (s e
ponto a até m e tade de s ua Ve locidade e m m e tros . Tanto o atordoante ).
ponto de partida com o o de ch e gada pre cis am e s tar R e form ar Im ago: O e s pírito com e s te As pe cto é
obs cure cidos por s om bras ou e s curidão. capaz de de s truir s ua própria form a e s piritual, re form ando-
Cam ufl age m : O e s pírito é capaz de s e e s conde r a e m um localpróxim o, m as s e guro.
facilm e nte e m s e u am bie nte natural. Sis te m a: Com o um a ação com pleta q ue e xige
Sis te m a: Se im óve le e m um am bie nte apropriado, conce ntração, o e s pírito s ofre um ponto de dano e ntrópico
o e s pírito adiciona + 3 dados a s e us te s te s de Furtividade . não-abs orvíve le te m s ua form a e tére a de s truída. Se u im ago
Corpo Efêm e ro: O corpo do e s pírito é e fêm e ro, s e re form a ce rca de um m inuto de pois , a um a dis tância de
com o s e com pos to por algum a s ubs tância m aleáve l, líq uida até de z ve ze s s e u Patam ar e m m e tros do localoriginal. Se
ou gas os a, com o argila, água ou névoa e s pe s s a. O e s pírito conh e ce r be m a re gião, o e s pírito e s colhe onde s e
é capaz de s e de form ar, e s ticar m e m bros , atrave s s ar re form ará, cas o contrário o local é de te rm inado
e s paços ocupados ou m e s m o de com por-s e num a poça ou aleatoriam e nte . Es te As pe cto não funciona q uando o
nuve m do e lem e nto q ue o com põe . e s pírito e s tá m ate rializado, ne m q uando e s tá e m pos s e s s ão
Sis te m a: Conform e de s crição acim a. O e s pírito é de um corpo fís ico.
capaz de atrave s s ar obs táculos , com o pas s ar por baixo de R e sistência a El e m e nto: Es te As pe cto re pre s e nta
um a porta ou através de um a grade , ou de m udar s ua form a um a particular re s is tência a fe rim e ntos caus ados por
de m ane iras variadas . O corpo do e s pírito pre cis a m ante r de te rm inada orige m .
um a m as s a única, contudo, não pode ndo s e dividir e m Sis te m a: Ao adq uirir e s te As pe cto, e s colha um
pe daços dive rs os , e ainda pode s e r fe rido por ataq ue s , vis to e lem e nto ou form a de e ne rgia, com o m e tal, m ade ira, fogo
q ue s ua form a ainda pode s e r dis s ipada contra s ua vontade . ou e letricidade . O e s pírito pas s a a te r R e s is tência Totala
Pre sse ntir R e ssonância: Es te As pe cto pe rm ite ao fe rim e ntos de s s a orige m , abs orve ndo-os us ando s e u níve l
e s pírito s e ntir re s s onância apropriada a s ua alim e ntação a total de R e s iliência (ao invés de m e tade ). Es te As pe cto
grande s dis tâncias . pode s e r adq uirido m últiplas ve ze s , um a para cada
Sis te m a: O e s pírito pode s e ntir R e s s onância a até e lem e nto dife re nte .
cinco q uilôm e tros por níve l de Patam ar (norm alm e nte , Se ntid os Aguçad os: O e s pírito de s e nvolve u um ou
s e ria ce rca de 50 m e tros por níve lde Patam ar). m ais s e ntidos aguçados .
R ajad a El e m e ntal
: O e s pírito é capaz de dis parar Sis te m a: Es colha um s e ntido: vis ão, olfato, audição,
um ataq ue de s ubs tâncias e lem e ntais . A nature za de s s e e tc. O e s pírito ganh a + 1 dado e m te s te s de Pe rce pção
ataq ue varia: pode s e r um s opro conge lante ou flam e jante , e nvolve ndo e s s e s e ntido (ve ja o H is tórico Se ntidos
um jato de água e ge lo, um dis paro de e s pinh os , um Aguçados , pg. 57 do Livro d e R e gras, para m aiore s
arre m e s s o de pe dre gulhos , um ataq ue e létrico ou q ualque r de talhe s ). Es te As pe cto pode s e r adq uirido m últiplas ve ze s ,
outra form a q ue o Narrador de s e jar. um a para cada s e ntido dife re nte .
Sis te m a: A R ajada Elem e ntal é um ataq ue à Ve l oz: O e s pírito é capaz de s e locom ove r
dis tância. Com o ação bás ica, faça um te s te de Pe rce pção + rapidam e nte .
Esporte s (dificuldade 6, alcance bás ico 10m ). O e s pírito Sis te m a: Adicione + 4 a um dos m odos de
e m ge ralatinge ape nas um alvo por ve z, m as é pos s íve l Ve locidade do e s pírito.
us ar as re gras de ataq ue s de fogo difus o (pg. 111 do Livro Nota: A Ve locidade -bas e de um e s pírito é igualà
d e R e gras) para atacar e m cone e atingir até 10 alvos s ua Força + Agilidade + m odificador q ue de pe nde de um a
dis tintos . form a (e m ge ral, + 4 para um bípe de , + 12 para um q uadrú-
O dano de s te ataq ue de pe nde da nature za de le. Se o pe de ). Procure um anim al de form a corre s ponde nte no
dano for atordoante (e letricidade , im pacto), o dano bás ico Livro d e R e gras e ve rifiq ue s ua Ve locidade para te r um a
é igualao Ins tinto do e s pírito. Se o dano for letal(frio idéia de q ualm odificador us ar.
inte ns o, ácido, e s pinh os ), o dano é igual à m e tade do Visão Noturna: O e s pírito é capaz de ve r
Ins tinto do e s pírito, arre dondado para baixo. Se o dano for pe rfe itam e nte na e s curidão.

38 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


A N FRACTOS : OS POD E RE S Dom ín io Bestia l
E S PIRITU AIS Es te Anfracto gove rna anim ais , pe rm itindo ao
e s pírito influe nciá-los de m ane iras dive rs as . Quando e s te
Enq uanto As pe ctos s ão ligados à form a de um pode r é apre ndido, de ve -s e e s colhe r um tipo de anim al,
e s pírito, Anfractos s ão pode re s s obre naturais re lacionados e m bora e s s e tipo pos s a s e r tão e s pe cífico ou ge nérico
ao s e u propós ito. A grande dife re nça e ntre Anfractos e q uanto o Narrador ach ar ne ce s s ário. Por e xe m plo, um
As pe ctos é q ue o Anfracto não é um a h abilidade do corpo, e s pírito-cobra pode te r tanto D om ínio Be s tial(cas cavéis )
m as s im um a e s pécie de influência do e s pírito s obre com o D om ínio Be s tial(cobras ve ne nos as ). O s pode re s do
de te rm inada face ta natural. Anfracto s e aplicam ape nas s obre os anim ais q ue s e
Em ge ral, os Anfractos e s tão ligados ao tipo e ncaixam no tipo e s colhido, m as o e s pírito pode apre nde r
originaldo e s pírito: um e s pírito-lobo te rá D om ínio s obre e s te Anfracto m últiplas ve ze s para influe nciar dife re nte s
lobos , e nq uanto um e s pírito do fogo te rá influência s obre tipos de anim ais . Em adição, conform e o e s pírito aprim ora
ch am as e calor. Em bora as form as e s pirituais pos s am s e u D om ínio Be s tial, o tipo de anim al influe nciado
e voluir além das re s triçõe s de s uas contraparte s te rre nas , a tam bém pode s e tornar m ais am plo.
influência de um e s pírito s e m pre s e rá m aior s obre a face ta D om ínio Be s tial é e m ge ral de s e nvolvido por
natural q ue o ge rou. Logo, m e s m o q ue um a cobra e s píritos be s tiais , q ue de tém influência s obre e s pécie s ou
e s pirituale volua a ponto de s e tornar flam e jante ou alada, grupos de anim ais ligados a s ua nature za original, m as
s e u dom ínio s obre cobras e répte is s e m pre s e rá m aior e e ntidade s pode ros as pode m e xtrapolar e s s as lim itaçõe s .
m ais im portante do q ue q ualque r h abilidade q ue e la Note q ue e s te Anfracto influe ncia ape nas criaturas
de s e nvolva ligada a fogo ou aos ve ntos . m undanas , s e ndo inútils obre outros e s píritos , anim ais com
Anfractos têm níve is , variando norm alm e nte de h abilidade s paranorm ais e s e re s s obre naturais e m form a
ze ro a cinco. As h abilidade s de cada níve ls ão cum ulativas : anim al.
um níve l alto garante ace s s o a todas as h abilidade s de
níve is infe riore s . O níve lm áxim o e m q ualque r Anfracto é Níve l1: Infl ue nciar Anim al
lim itado pe lo Patam ar do e s pírito: s om e nte e ntidade s Forçando s ua vontade s obre a m e nte de um anim al
s upe riore s alcançam as h abilidade s m ais im pre s s ionante s . m undano, o e s pírito ganh a dom ínio s obre e s s e anim al.
Em ge ral, e s píritos m e nore s s ão re s tritos a h abilidade s Siste m a: Ação Bás ica; e xige gas to de um ponto de
q uas e im pe rce ptíve is no m undo fís ico, com o s e m anife s tar R e s s onância. O anim al de ve e s tar pre s e nte no alcance
e m form as trans lúcidas ou ins pirar agre s s ividade e m s e ns orialdo e s pírito. Se us ado s obre um anim alq ue já e s tá
anim ais . Es píritos s upe riore s , contudo, pode m caus ar s ob controle de outra e ntidade s obre natural, o Anfracto
e ve ntos re alm e nte s obre naturais , m anipulando anim ais , fracas s a.
e lem e ntos e plantas de m ane iras bizarras e im pre vis íve is . Pe lo re s to da ce na, o e s pírito pode influe nciar o
Anfractos s ó pode m s e r us ados s obre o m e s m o anim al, dando-lhe com andos s im ples , com o “ve nh a até
plano e m q ue o e s pírito s e e ncontra. Logo, para afe tar o m im ” , “ataq ue ”ou “fuja” . Ne nh um a form a de com uni-
m undo fís ico com um Anfracto, o e s pírito pre cis a te r cação é ne ce s s ária: o anim al com pre e nde a vontade do
atrave s s ado a barre ira e ntre m undos . Contudo, is s o não e s pírito ins tintivam e nte , através de um e lo e m pático e ntre
s ignifica q ue o e s pírito pre cis e s e m anife s tar ou os dois , não im porta a dis tância atuale ntre e les .
m ate rializar: e le pode e xe rce r s ua influência s obre anim ais , Cas o o anim aldom inado s e ja fe rido ou claram e nte
plantas e e lem e ntos fís icos m e s m o q ue e s te ja e m form a forçado a agir contra s e u ins tinto de pre s e rvação, o e s pírito
e tére a. pre cis a te s tar Instinto (dificuldade igual ao Ins tinto do
R e sum o: Cada Anfracto é acom panh ado por um anim al + 3); falha indica q ue o anim al e s capou da
q uadro de re s um o q ue traz um a ve rs ão s im plificada de s uas influência e s piritual. Um anim alq ue s e livra da influência
h abilidade s , para rápida cons ulta do Narrador. Contudo, do e s pírito não pode s e r dom inado novam e nte pe lo re s to da
note q ue os q uadros de re s um o não traze m as re gras ce na.
com pletas , e de ve m s e r us ados ape nas com o guias para Es ta influência s ó pode s e r m antida s obre um único
facilitar a condução do jogo. anim alpor ve z;us á-la s obre um s e gundo alvo irá libe rtar o
Nod os El e m e ntais: Em nodos e lem e ntais , e s píritos original.
de têm grande pode r. Quando s ão re alizados e m s e u
inte rior, os te s te s de Anfractos re ce be m um bônus , variáve l Níve l2: Dom inar Anim ais
com o níve ldo nodo: O e s pírito não é m ais lim itado a com andar ape nas
Níve ldo Nodo Bônus um anim al por ve z: agora, e le pode influe nciar grupos
1 +0 inte iros de criaturas te rre nas .
2 +1 Siste m a: Ação Bás ica; e xige dois pontos de
3 + 1,5 R e s s onância; pe rm ane ce ativo por um a ce na. Ne s te
4 +2 pe ríodo, s e m pre q ue um anim aldo tipo apropriado e s tive r
5 +3 na pre s e nça do e s pírito, o e s pírito pode , us ando um a ação
Ve ja o q uadro Nodos : Níve is de Pode r, na pg. 108 bás ica, tom ar controle s obre e le. Contudo, o e s pírito é
de De sb ravad ore s d o O cul to, para m aiore s de talhe s s obre lim itado a um núm e ro m áxim o de criaturas dom inadas
nodos . igualao s e u níve lde Ins tinto. Ele pode libe rar (ação livre )
ou dom inar (ação bás ica) anim ais à vontade , s e m cus tos
adicionais de R e s s onância, de s de q ue obe de ça ao lim ite .
Criaturas q ue já e s te jam s ob controle s obre naturalnão s ão
afe tadas .
Es te pode r funciona com o a h abilidade de Níve l1:

A NFR ACTO S: O S PO DER ES E SPIR ITUAIS 39


Níve l4: Nutrir a Vid a
O e s pírito de s e nvolve a h abilidade de fortalece r e
re s taurar anim ais .
Siste m a: Ação bás ica ou com pleta, com cus to
RE S U M O: D OM ÍN IO B E S TIAL variáve l(ve ja adiante ). Na pre s e nça de um anim alde tipo
apropriado, o e s pírito pode fortalece r ou re s taurar o corpo
(1) Infl ue nciar Anim al : 1 R e s s onância; pe rm ite
do anim al.Es ta h abilidade pe rm ite ao e s pírito:
controlar um anim alpor um a ce na.
— Curar o anim al(com o o e s pírito é capaz de faze r
(2) Dom inar Anim ais: 2 R e s s onância; controla
s obre s e u próprio im ago);
anim ais de ce rto tipo por um a ce na.
— Conce de r ao anim albônus + 2 e m te s te s contras
(3) Posse ssão Be stial : 2 R e s s onância; incorpora
ve ne nos e doe nças por um dia;
e m um anim al.
— Libe rtar o anim al de controle s obre natural
(4) Nutrir Vid a: Gas ta R e s s onância para
(e xige um te s te de Ins tinto do e s pírito, q ue pre cis a igualar
fortalece r, curar ou conce de r pode re s a anim ais .
ou s upe rar os s uce s s os da e ntidade controladora);
(5) Ge ração Be stial : 5 R e s s onância; cria anim al
— Aum e ntar um Atributo do anim ale m + 4 por
q ue s e rve ao e s pírito por um dia.
um a ce na;
— Conce de r ao anim alre s is tência naturala danos
letais por um a ce na;
— Conce de r ao anim alum dos As pe ctos do e s pírito
Influe nciar Anim al, te ndo as m e s m as re s triçõe s , e xce to por por um a ce na;
pe rm itir controlar vários alvos por ve z. Um anim alq ue Cada um de s s e s e fe itos cus ta um ponto de
e s cape do controle não pode s e r dom inado novam e nte na R e s s onância. Ao us ar e s te pode r, o e s pírito pode gas tar um
m e s m a ce na, m as pode s e r s ubs tituído por outro alvo, s e ponto de R e s s onância por turno com o ação bás ica, ou três
h ouve r um dis poníve l. Um anim allibe rado pe lo e s pírito, pontos s e us ar um a ação com pleta. Vários e fe itos pode m
contudo, pode s e r dom inado novam e nte . s e r fe itos s obre o m e s m o anim al, m as um m e s m o e fe ito
lançado várias ve ze s não s e acum ula.
Níve l3: Posse ssão Be stial
O e s pírito pode forçar-s e no corpo de um anim al Níve l5: Ge ração Be stial
m undano, adorm e ce ndo o e s pírito inte rior da criatura e O e s pírito é capaz de ge rar um s im ulacro de vida,
tom ando o controle. O e s pírito e o anim als e tornam um s ó, um anim al e tére o ou m ate rial q ue e s tá s ob s e u total
pos s ibilitando à e ntidade pos s e s s ora um a e s tadia te rre na dom ínio. A criatura ge rada não é um s e r re ale te m te m po
te m porária. de vida lim itado ante s de re tornar ao nada do q ualve io.
Siste m a: A pos s e s s ão e m s i e xige ação com pleta e Siste m a: Ação com pleta, cus to de cinco pontos de
e s te ndida (te m po m ínim o: 1 m inuto) e gas to de dois pontos R e s s onância. O e s pírito é capaz de criar um anim alde tipo
de R e s s onância. Na pre s e nça do alvo, o e s pírito te s ta apropriado, q ue pode te r form a e tére a ou fís ica. O
Instinto (dificuldade 6), pre cis ando acum ular s uce s s os s im ulacro te m as m e s m as caracte rís ticas de um anim al
iguais ao Ins tinto do anim al. Se o anim aljá e s tive r s ob m undano, m as não é capaz de re produção e s e dis s ipa e m
pos s e s s ão de outra e ntidade , com o outro e s pírito ou um névoa ao s e r de s truído. Ele é ligado ao s e u criador por um
de m ônio, e s te pode r falha autom aticam e nte . e lo e m pático, s e rvindo ao e s pírito da m e lhor form a
Cas o obte nh a s uce s s o, o e s pírito h abita o corpo do pos s íve l, m e s m o q ue is s o s ignifiq ue ignorar s e u ins tinto de
anim al e pas s a a controlá-lo com pletam e nte . D urante a s obre vivência.
pos s e s s ão, o e s pírito us a os Atributos Fís icos do anim alno A criatura ge rada por e s te pode r pe rdura até o
lugar dos s e us próprios . O anim al ganh a re s is tência a am anh e ce r s e guinte , dis s ipando-s e e m névoa ao fim do
danos letais e tolerância a danos atordoante s e s e torna um a pe ríodo. O e s pírito pode e s te nde r e s s a duração, contudo,
criatura profana até q ue o e s pírito abandone o corpo. O gas tando um ponto de R e s s onância para q ue a criatura
e s pírito pode us ar s e us Anfractos norm alm e nte , e xce to s obre viva por m ais um dia. A e xis tência da criatura pode
(obviam e nte ) h abilidade s de pos s e s s ão. As pe ctos pode m s e r e s te ndida inde finidam e nte de s ta m ane ira.
s e r m anife s tos por um a ce na gas tando-s e um ponto de
R e s s onância por cada As pe cto de s e jado. Dom ín io Elem en ta l
Fe rim e ntos atordoante s ou letais s ofridos pe lo
Todo e s pírito e s tá e m m aior ou m e nor grau ligado a
corpo não s ão trans fe ridos para o e s pírito pos s e s s or, m as as
pe lo m e nos um e lem e nto prim ordial. O bviam e nte , os
dore s do corpo (e as pe nalidade s re s ultante s ) o afe tarão.
“e lem e ntais ”s ão o e xe m plo m ais óbvio, e os e s píritos
Fe rim e ntos e ntrópicos fe rirão corpo e e s pírito igualm e nte ,
ve ge tais s ão às ve ze s ch am ados de “e lem e ntais da
e ce rtos ritos ou arm as e ncantadas pode m afe tar dire tam e n-
m ade ira” . Porém , m e s m o e ntidade s be s tiais têm afinidade
te o e s pírito, s e m m ach ucar o anim alpos s uído. O e s pírito
com algum e lem e nto: anim ais ve ne nos os ou de clim as
não pode us ar R e s s onância para curar o corpo do anim al.
q ue nte s e s tão ligados ao fogo; s e re s voadore s têm
A pos s e s s ão pe rdura por q uanto te m po o e s pírito
afinidade com o ar; criaturas e ncouraçadas , ras te jante s ou
de s e jar, contudo e le ainda pre cis a pagar pontos de
s ubte rrâne as têm forte e lo com a te rra, e as s im por diante .
R e s s onância para pe rm ane ce r no m undo m ate rial, o q ue
Es te Anfracto pe rm ite ao e s pírito m anipular algum
pode forçá-lo a abandonar o corpo pre m aturam e nte . Cas o o
e lem e nto e s pe cífico. Em bora os e lem e ntos “clás s icos ”
corpo caia incons cie nte (por fe rim e ntos , por e xe m plo), o
(fogo, água, te rra e ar) s e jam os m ais com uns , e s colhas
e s pírito pode e s colhe r pe rm ane ce r no corpo ou abandoná-
m ais e xóticas , com o argila, s om bras , luz, m e tal,
lo. Ence rrar a pos s e s s ão é um a ação livre , q ue libe rta o
e letricidade , fum aça, m agm a e névoa s ão tam bém
anim ale de volve o e s pírito à s ua form a e tére a.
pos s íve is . Es te Anfracto pode s e r us ado para s im ular

40 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


tam bém dom ínio s obre plantas , e s colhe ndo “m ade ira” ,
“plantas ”ou “árvore s ”com o o e lem e nto de dom ínio.
Es te Anfracto é m ais fre q üe nte e m e lem e ntais , q ue
dom inam s e us e lem e ntos de orige m ou apare ntados (por
e xe m plo, um e lem e ntaldo ar pode ria te r D om ínio s obre ar, RE S U M O: D OM ÍN IO E LE M E N TAL
fum aça, névoa ou e letricidade ). Ele tam bém é com um
(1) Infl ue nciar os El e m e ntos: 1 R e s s onância;
e ntre e s píritos ve ge tais , q ue o us am para m anipular
influe ncia s utilm e nte um e lem e nto por um a ce na.
plantas . Contudo, nada im pe de q ue um e s pírito be s tial
(2) M ovim e nto El e m e ntal : 1 R e s s onância;
de s e nvolva influência s obre um e lem e nto fam iliar.
Pre cis a e s tar us ando Influe nciar os Elem e ntos ; pe rm ite
caus ar m ovim e nto brus co ou atacar através de um a
Níve l1: Influe nciar os El e m e ntos
m as s a ou corpo de e lem e nto.
O e s pírito força s ua vontade s obre o e lem e nto
(3) Posse ssão El e m e ntal : 2 R e s s onância; cria
apropriado, dando a e le m ovim e nto. Es s e m ovim e nto é
um “corpo” para o e s pírito, fe ito a partir de um
s util, contudo: pe q ue nas ondas na água, galhos q ue s e
e lem e nto pre s e nte no am bie nte .
m ove m para tocar um obje to, fagulhas q ue s altam de um
(4) Transm utar El e m e nto: Gas ta R e s s onância
fogaréu, pe q ue nos de s lizam e ntos de roch a, s om bras q ue s e
para criar, e xpandir ou alte rar proprie dade s de um a
m ove m , e tc.
m as s a e lem e ntal.
Siste m a: Ação bás ica; gas to de um ponto de
(5) Vid a El e m e ntal : 5 R e s s onância; dá “vida”a
R e s s onância. Ne nh um te s te é ne ce s s ário, e o controle s obre
um a m as s a e lem e ntal, q ue s e rve ao e s pírito fie lm e nte .
o e lem e nto (do tipo apropriado) pe rdura por um a ce na. A
Pe rdura um a ce na.
influência não s e lim ita a ape nas um obje to: q ualque r
form a do e lem e nto e ncontrada na pre s e nça do e s pírito
pode s e r m anipulada e nq uanto e s te pode r e s tive r ativo.
Pe q ue nas influências (ondulaçõe s na água, m ovim e nto de
galhos , levantam e nto de poe ira, e tc.) pode m s e r fe itas à
Níve l3: Posse ssão El e m e ntal
vontade e m toda a áre a de ntro da pe rce pção do e s pírito,
O e s pírito pode ade ntrar num a m as s a e lem e ntale
m as q ualque r m ovim e nto pre cis o ou cuidados o e xige a
form ar um corpo fís ico para s i a partir daq ue le e lem e nto.
ate nção do e s pírito e um a ação bás ica.
Um e s pírito ve ge tal pode ade ntrar um a árvore , por
O dom ínio s obre o e lem e nto é s e m pre s util,
e xe m plo, e nq uanto um e lem e ntaldo fogo m olda ch am as
pode ndo as s us tar pe s s oas , m as dificilm e nte s e ndo notáve l
e xis te nte s para criar um a form a para s i.
com o algo “s obre natural” . Não é pos s íve lus ar e s te pode r
Siste m a: A pos s e s s ão e m s i e xige ação com pleta e
para atacar pe s s oas , e m bora a m anipulação pos s a colocá-
e s te ndida (te m po m ínim o: 1 m inuto) e gas to de dois pontos
las e m s ituaçõe s pe rigos as ou be néficas (m anipular
de R e s s onância. O e s pírito te s ta Instinto (dificuldade 6),
corre nte s d’água para atrapalhar ou ajudar um nadador, por
pre cis ando acum ular 10 s uce s s os .
e xe m plo). Ne s s e cas o, e s s e pode r pode alte rar a
Cas o obte nh a s uce s s o, o e s pírito s e ins e re na m as s a
dificuldade de te s te s re lacionados e m no m áxim o dois
fís ica, as s um indo-a com o s e fos s e um corpo. Em ge ral, a
pontos (para cim a ou para baixo).
form a da m as s a e lem e ntalé m oldada de m ane ira a im itar
Quando a influência s obre os e lem e ntos é
parcialou totalm e nte o im ago do e s pírito: um a face pode
e nce rrada, os obje tos e e lem e ntos m anipulados re tornam a
s urgir na cas ca de um a árvore , ou folhas e poe ira e rguidas
s e u e s tado natural.
pe los ve ntos pode m de line ar a form a de um e lem e ntal. A
m as s a e lem e ntal pode s e r totalm e nte controlada pe lo
Níve l2: M ovim e nto El e m e ntal
e s pírito, m as ce rtas lim itaçõe s pre cis am s e r m antidas : um a
Já te ndo influência s obre os e lem e ntos , o e s pírito é
árvore não pode de s e nraizar-s e e andar, ch am as não pode m
capaz m ovê-los de form a s úbita e agre s s iva.
e xis tir s e m contato com m ate rialcom bus tíve l, ve nto não s e
Siste m a: O e s pírito pre cis a e s tar us ando o Níve l1:
torna s ólido, e tc.
Influe nciar os Elem e ntos . Es te pode r pe rm ite q ue o e s pírito
O e s pírito pos s e s s or m antém s e us Atributos e
force o e lem e nto a re alizar um m ovim e nto notáve l e
Aptidõe s e m s e u novo corpo e pode us ar s e us Anfractos
re pe ntino, capaz de de s afiar as leis naturais . O e s pírito
norm alm e nte . Ele tam bém pode m anife s tar s e us As pe ctos
pode , por e xe m plo, criar um a onda capaz de virar um a
por um a ce na, m as cada As pe cto m anife s to e xige o gas to
pe q ue na e m barcação, atacar um a pe s s oa us ando os galhos
de um ponto de R e s s onância. D anos atordoante s ou letais
de um a árvore ou ge rar um pe q ue no re de m oinh o de ve nto
dire cionados ao corpo e lem e ntalnão fe rirão o e s pírito, m as
capaz de de rrubar ge nte . Para is s o, o e s pírito us a um a ação
pode m de s truir o corpo. D anos e ntrópicos , porém , afe tam
bás ica, gas ta um ponto de R e s s onância e faz um te s te de
corpo e e s pírito igualm e nte , e nq uanto ce rtos pode re s
Instinto (dificuldade 6 para afe tar um único alvo, 8 para
s obre naturais pode m fe rir o e s pírito s e m danificar o corpo.
e fe itos de m aior áre a). Es s e pode r pode s e r us ado para
A pos s e s s ão pe rdura por q uanto te m po o e s pírito
e fe itos dive rs os , com o virar barcos , de rrubar ou agarrar
de s e jar, contudo e le ainda pre cis a pagar pontos de
pe s s oas , e s palhar ch am as , e tc.
R e s s onância para pe rm ane ce r no m undo m ate rial, o q ue
O m ovim e nto re pe ntino pode s e r us ado com o um
pode forçá-lo a abandonar o corpo pre m aturam e nte .
ataq ue , e o alvo pode te ntar s e de fe nde r ape nas s e não for
Ence rrar a pos s e s s ão é um a ação livre , q ue de volve o
s urpre e ndido. Ne s s e cas o, cons ide re o te s te de Instinto
e s pírito à s ua form a e tére a e re torna a m as s a e lem e ntala
com o um a jogada de ataq ue . O tipo de dano de pe nde do
s e u e s tado natural.
e lem e nto us ado para atacar; o dano bás ico é igual ao
Patam ar do e s pírito para ataq ue s atordoante s , m e tade do
Patam ar para ataq ue s letais , ou ze ro para ataq ue s
e ntrópicos .

A NFR ACTO S: O S PO DER ES E SPIR ITUAIS 41


Níve l4: Transm utar El e m e nto In trusão
O e s pírito é capaz de m anipular o e lem e nto
apropriado de form a m ais profunda, inclus ive pode ndo Intrus ão é o Anfracto q ue gove rna a trans ição de
fortalecê-lo, alte rar s uas proprie dade s ou ge rá-lo a partir do um e s pírito e ntre os m undos . Em bora q ualque r e s pírito
nada. Por e xe m plo, é pos s íve lfaze r s e m e nte s ge rm inare m , pos s a atrave s s ar a barre ira e ntre os R e inos Elem e ntais e a
ace nde r ch am as e m m ate riais inflam áve is , criar form as de re alidade m ate rial, a form a e s piritual continua e tére a e
e s curidão s ólida, tornar água re s piráve lpara s e re s h um anos im pe rce ptíve l para os h abitante s do plano fís ico. Es te
ou im pe dir q ue ge lo s e de rre ta s ob calor. Anfracto, contudo, pe rm ite ao e s pírito s e m anife s tar de
Siste m a: Ao us ar e s te pode r, o e s pírito pode us ar form a pe rce ptíve lou m e s m o trans form ar s e u corpo e tére o
um a ação bás ica para gas tar um ponto de R e s s onância, ou e m um a form a fís ica tangíve l. O s e s píritos m ais h ábe is na
um a ação com pleta para us ar até três pontos . Cas o de s e je arte de Intrus ão ganh am grande dom ínio s ob o e s tado de
criar ou e xpandir o e lem e nto-alvo, a q uantidade de s e us im agos , pode ndo os cilar e ntre os e s tados fís ico e
R e s s onância a gas tar de pe nde do volum e de s e jado: e tére o com grande facilidade e agilidade .
bas icam e nte , um ponto de R e s s onância para cada m e tro
cúbico de e lem e nto. Cas o o obje tivo s e ja alte rar, adicionar Níve l1: Âncora Etére a
ou re m ove r proprie dade s de um a m as s a lim itada de Ne s te níve l, o e s pírito é capaz de e s te nde r s ua
e lem e nto, cada m udança cus ta um ponto. pe rm anência no m undo fís ico. Para is s o, e le cria um a
Em ge ral, os e fe itos de s te Anfracto pe rduram até o “âncora” , um e lo com um obje to, criatura ou pe s s oa. Es s e
finalda ce na, q uando e lem e ntos ge rados s ão de s fe itos e e lo garante q ue o e s pírito não gas te s uas e ne rgias para
s uas proprie dade s alte radas re tornam ao norm al. Contudo, pe rm ane ce r no m undo fís ico, m as ao m e s m o te m po o
algum as alte raçõe s , com o ace lerar o cre s cim e nto de um confina a um a áre a re s trita, com o um a pris ão invis íve l. Em
ve ge talou m udanças na form a de um a m as s a e lem e ntal, ge ral, a âncora e s colhida é tam bém um a fonte de
pode m s e r pe rm ane nte s de s de o re s ultado finalq ue não re s s onância apropriada, de form a q ue o e s pírito pos s a s e
de s afie as leis naturais . nutrir e nq uanto pe rm ane ce no m undo m ate rial.
Siste m a: Criar a âncora é um a ação bás ica e cus ta
Níve l5: Vid a El e m e ntal um ponto de R e s s onância. O e s pírito pre cis a e s tar no
O e s pírito é capaz de anim ar um a m as s a lim itada m undo m ate riale na pre s e nça do obje to ou criatura-alvo. O
do e lem e nto apropriado, dando a e la caracte rís ticas alvo da âncora pre cis a s e r algo e xis te nte no m undo fís ico:
s im ilare s à vida. Por e xe m plo, um a árvore pode atacar com não é pos s íve l s e ancorar a outro e s pírito (m e s m o q ue
s e us galhos , um a e s tátua de granito pode m ove r-s e ou fogo m ate rializado) ou a e ntidade s vindas de outros m undos .
pode s e tornar um a criatura flam e jante . Vida e lem e ntal A âncora não de ixa q ualque r s inal vis íve l, ne m
criada por e s te pode r não te m inte ligência própria, m e s m o para s e re s e tére os . Um a ve z criada, o e s pírito não
e xis tindo ape nas para faze r a vontade do e s pírito. O pre cis a m ais gas tar R e s s onância para pe rm ane ce r no
e s pírito dá orde ns à criatura e lem e ntale m paticam e nte , s e m m undo fís ico. Contudo, e le não pode s e afas tar
a ne ce s s idade de com unicação. cons cie nte m e nte m ais do q ue (Patam ar x10) m e tros de
Siste m a: Ação bás ica; cus to de cinco pontos de dis tância do obje to ou criatura ao q uals e ancorou. Para
R e s s onância. A m as s a e lem e ntalanim ada pe rdura por um a de s faze r a âncora, o e s pírito pre cis a re tornar aos R e inos
ce na, q uando e ntão re torna a s e u e s tado natural (e Elem e ntais .
provave lm e nte s e dis s ipa). Cons ide re q ue a criatura ge rada Se a âncora for de s fe ita à força, o e s pírito é jogado
faz te s te s us ando os m e s m os Atributos e Aptidõe s do de volta aos R e inos Elem e ntais de im e diato. A form a m ais
e s pírito, e q ue pos s ui e ntre dois e cinco As pe ctos óbvia de s e cons e gui-lo é de s truir o obje to q ue a m antém .
apropriados para s im ular as proprie dade s do e lem e nto q ue Contudo, s e o e s pírito for afas tado à força da áre a de e fe ito
a com põe . Por e xe m plo, um a m as s a de ch am as anim ada da âncora, e le pre cis a faze r um te s te de Instinto
pode te r As pe cto Flam e jante , Corpo Efêm e ro e R ajada (dificuldade 8) a cada turno até q ue re torne . Um a falha
Elem e ntal (Fogo). Criaturas criadas por e s te pode r ne s te te s te indica q ue a âncora é de s fe ita.
pos s ue m 10 níve is de Saúde , inde pe nde nte s de s e u
tam anh o, e s ão de s truídas por danos letais ou e ntrópicos , Níve l2: M anife stação
m as não s ofre m pe nalidade s por dano. Aum e ntando a s intonia de s e u im ago com plano
m ate rial, o e s pírito s e m anife s ta num a form a pe rce ptíve l.A
m anife s tação pode ocorre r de dife re nte s m ane iras :
tornando-s e vis íve l, faze ndo s e us s ons ou odore s pe rce p-

42 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


tíve is a criaturas m ate riais ou m e s m o provocando
s e ns açõe s táte is q uando é “tocado” . Contudo, ape s ar de
pe rce ptíve l, o e s pírito ainda é intangíve l e incapaz de
inte ragir dire tam e nte com o m undo m ate riale xce to através
de Anfractos . R :I
E S U M O N TRU S ÃO
Qualque r q ue s e ja a m ane ira com o o e s pírito
(1) Âncora Etére a: 1 R e s s onância; cria um a
e s colhe para s e m anife s tar, e s s a m anife s tação é s e m pre
âncora com um obje to ou criatura. Es pírito não pode s e
e fêm e ra: s ua form a fís ica apare ce nublada, indis tinta ou
afas tar da âncora, m as não gas ta R e s s onância por
trans pare nte , por e xe m plo, ou os s ons produzidos s ão
pe rm ane ce r no m undo m ate rial.
dis tante s e e coante s . Te ntativas de capturar e s s as
(2) M anife stação: 1 R e s s onância; e s pírito
m anife s taçõe s e m m e ios q uím icos ou e letrônicos produz
as s um e form a pe rce ptíve lno m undo m ate rial.
falhas dive rs as nas im age ns e s ons gravados .
(3) M ate rial ização: 2 R e s s onância;Pre cis a e s tar
Siste m a: Ação livre , cus to de um ponto de
m anife s tado; e s pírito as s um e form a fís ica no m undo
R e s s onância. O bviam e nte , e le de ve e s tar no m undo fís ico
m ate rial.
para fazê-lo. O e fe ito pe rm ane ce até o finalda ce na ou até
(4) Control ar Im ago: Ao s e m ate rializar,
q ue re torne ao m undo e s piritual.
e s pírito pode alte rnar e ntre form a e tére a, m anife s ta ou
Um e s pírito m anife s to pode controlar e m q uais
m ate rial à vontade , ou m is turar caracte rís ticas de s s as
as pe ctos de s e ja s e tornar pe rce ptíve l. Por e xe m plo, e le
form as , com o ação bás ica.
pode e s colhe r produzir e s tím ulos ape nas auditivos ou
(5) R asgar a Barre ira: Ao atrave s s ar barre ira
táte is . A cada turno, com o ação livre , o e s pírito pode alte rar
e ntre m undos , o e s pírito facilita a pas s age m para outros
a form a s e m anife s ta, pode ndo s e tornar invis íve le vis íve l
e s píritos e para s i m e s m o por algum as h oras .
à vontade , por e xe m plo. Ele pode até m e s m o re m ove r
todos os s inais pe rce ptíve is e m um m om e nto e m anife s tar-
s e novam e nte m ais tarde na m e s m a ce na, s e m cus tos
adicionais , de s de q ue o e s pírito não te nh a re tornado ao
m undo e s piritualne s s e pe ríodo. Um a pe s s oa de s pre parada
q ue pre s e ncie um a m anife s tação e s piritualpode s e r forçada caracte rís ticas e tére as . É pos s íve l, por e xe m plo, tornar-s e
a faze r um te s te contra pavor ou pânico, a critério do invis íve l, m as continuar m ate rial, ou tornar-s e e tére o, m as
Narrador. m ante ndo um as pe cto pe rce ptíve l. R e tornar ao e s tado
m ate rializado norm alé um a ação livre ; alte rar o e s tado
Níve l3: M ate rial ização para ganh ar caracte rís ticas e tére as é um a ação bás ica. As
Te ndo apre ndido a s e m anife s tar no m undo alte raçõe s pe rduram por q uanto te m po o e s pírito de s e jar e
m ate rial, o próxim o pas s o do e s pírito é m ate rializar-s e , pude r m ante r-s e m ate rializado.
trans form ando s e u im ago e tére o e m um corpo fís ico.
Quando m ate rializado, o e s pírito s e torna com pletam e nte Níve l5: R asgar a Barre ira
fís ico, pode ndo s e r atacado e fe rido por m étodos m undanos . Ne s te níve l, ao atrave s s ar a barre ira e ntre m undos ,
Siste m a: O e s pírito pre cis a e s tar m anife s tado (ve ja o e s pírito pode abrir “bre ch as ”q ue facilitarão a pas s age m
o pode r do níve lante rior) e , com o um a ação livre , gas ta no futuro. Es píritos pode ros os us am e s s a h abilidade para
dois pontos de R e s s onância. O proce s s o de m ate rialização abrir cam inh o para s e us s e rvos ou para facilitare m s ua
de m ora três turnos : no prim e iro, o e s pírito s e torna trans ição e ntre os m undos por te m po lim itado. O “ras go”
pe rce ptíve l e m todos os as pe ctos (tato, olfato, audição, criado é vis íve le m am bos os m undos na form a de um
vis ão, e tc.). No s e gundo, s ua form a pe rce ptíve lfica m e nos vórtice e tére o.
e fêm e ra, com o s e ganh as s e s olide z e pe rm anência. No Criaturas fís icas s ó notarão o vórtice s e fore m
te rce iro, s e u im ago finalm e nte as s um e form a fís ica e capaze s de e nxe rgar e s píritos . Porém , a pre s e nça do vórtice
tangíve l. O e s pírito pode re alizar outras açõe s durante e s s e caus a pe q ue nos dis túrbios no m undo fís ico, com o falhas
pe ríodo de trans ição. e m apare lhos e létricos ou e letrônicos , s urgim e nto
O e s tado m ate rialpe rm ane ce até o finalda ce na, e s pontâne o de ce rtos e lem e ntos (ve ntos , faís cas , um idade ,
m as pode s e r cance lado s e o e s pírito re tornar ao m undo poe ira) e atração de ce rtos anim ais . Es s e s fe nôm e nos s ão
e s piritualou s e q uis e r e nce rrar o e fe ito ante cipadam e nte aleatórios e e s tão fora do controle do criador do vórtice .
(um a ação livre ). Um a ve z q ue re torna ao e s tado e tére o, e le Siste m a: Ao atrave s s ar a barre ira para e ntrar no
ainda pode s e m anife s tar s e m cus tos na m e s m a ce na, m as m undo m ate rial, o e s pírito, e m adição a todos os cus tos
pre cis a pagar o cus to e m R e s s onância para s e m ate rializar norm ais da trave s s ia, faz um te s te de Instinto (dificuldade
de novo. 8). Se h ouve r s uce s s o, a pas s age m do e s pírito abre um
“ras go”e ntre os m undos , q ue pe rdura por um a h ora por
Níve l4: Control ar Im ago s uce s s o obtido.
Em bora te nh am m aior dificuldade e m atrave s s ar a Enq uanto o vórtice durar, s e u criador pode us á-lo
barre ira e ntre m undos , e s píritos pode ros os s ão capaze s de para atrave s s ar a barre ira livre m e nte , s e m gas tar
inte ragir com o m undo m ate rialq uas e à vontade . Um a ve z R e s s onância para tal. O utros e s píritos , de Patam ar infe rior
m ate rializados , e les pode m controlar as pe ctos de s e us ao do criador do vórtice , pode m atrave s s ar a barre ira
corpos , alte rnando s e us e s tados à vontade . re duzindo o cus to de R e s s onância pe la m e tade
Siste m a: Es ta h abilidade não e xige cus tos (arre dondado para baixo, s e ne ce s s ário). Por fim , q ualque r
adicionais ; e la é um com plem e nto ao pode r de m ate riali- e s pírito q ue te nh a Intrus ão 2 ou m e lhor pode s e m anife s tar
zação (níve lante rior). Um a ve z q ue o e s pírito s e tornou s e m cus to, de s de q ue a m anife s tação s e inicie a até 10
m ate rial, e le pode alte rar s e u e s tado m ate rial, as s um indo m e tros de dis tância do vórtice .

A NFR ACTO S: O S PO DER ES E SPIR ITUAIS 43


ao invés da dire ita. Além de pe s s oas , e s te e fe ito pode s e r
us ado s obre anim ais , outros e s píritos e até criaturas
s obre naturais .
Siste m a: R e ação (e m re s pos ta à ação a s e r
RE S U M O: PE RTU RB AÇÃO pre judicada), cus to de um ponto de R e s s onância. O e s pírito
te s ta Instinto (dificuldade igualao Es pírito ou Ins tinto do
(1) Alte rar Pe rce pção: 1 R e s s onância; cria s ons
alvo + 3), e o alvo de ve e s tar e m s ua linh a de vis ão. O
e im age ns ilus órias .
núm e ro de s uce s s os indica a pe nalidade q ue o alvo
(2) Confund ir: 1 R e s s onância;re age a um a ação
re ce be rá na ação pre judicada.
do alvo, faze ndo-o falhar ou tom ar um a atitude contrária
Com o alte rnativa, s e o e s pírito q uis e r atrapalhar
à de s e jada.
algum a ação q ue não e xige te s te s , o alvo pre cis a obte r
(3) De struir Te cnol ogia: 3 R e s s onância; im pe de
s uce s s o num te s te de Pe rs picácia ou As túcia (dificuldade 5
q ue apare lhos funcione m por alguns turnos .
+ s uce s s os do e s pírito) para e xe cutar a ação corre tam e nte .
(4) Distorce r Cam inh os: Gas ta R e s s onância
Cas o falhe , e le e xe cuta a ação de algum a form a e rrada
para alte rar dis tâncias ou criar loops no e s paço.
(e s q ue ce e m q ual bolso e s tá a ch ave do carro, vira na
(5) Pand e m ônio: 5 R e s s onância; cria caos ao
e s q uina e rrada, confunde a orde m e m q ue algo de ve s e r
re dor do e s pírito por um a ce na.
fe ito, e tc.).

Níve l3: De struir Te cnol ogia


Caus ando um bre ve m om e nto de caos nas leis
naturais , o e s pírito im pe de q ue apare lhos e létricos ,
Perturba ção m e cânicos , q uím icos ou e letrônicos funcione m corre ta-
m e nte por um bre ve pe ríodo de te m po. Es s e pode r
Se ndo re flexos da nature za, e s píritos de têm
atrapalha re açõe s q uím icas , caus a curtos e m s is te m as
influência lim itada s obre e la. Alguns e s píritos , e s pe cial-
e létricos , e m pe rra e ngre nage ns e provoca outros infortú-
m e nte os m ais incons tante s e curios os , às ve ze s apre nde m
nios q ue atrapalham o funcionam e nto da m aioria das
e s te Anfracto para rom pe r as leis naturais , caus ando
m áq uinas criadas pe lo h om e m .
pe q ue nos dis túrbios te m porários no te m po, no e s paço e e m
Siste m a: Com o um a ação bás ica, o e s pírito gas ta
outros as pe ctos fís icos do m undo. As h abilidade s de
três pontos de R e s s onância e te s ta Instinto (dificuldade 6).
Pe rturbação não s e lim itam ape nas a influe nciar o plano
A pane pe rdure por um turno por s uce s s o obtido. O e fe ito
fís ico, contudo: pode ndo s e r us adas s obre o próprio m undo
inte rrom pe todos os apare lhos a até de z m e tros de
e s piritual.
dis tância, m as o e s pírito pode lim itar a áre a ou im por
re s triçõe s e m q uais apare lhos afe tará. Por e xe m plo, e le
Níve l1: Al te rar Pe rce pção
pode e s colhe r pre judicar ape nas um m e canis m o e s pe cífico.
Influe nciando a pe rce pção alhe ia, o e s pírito é capaz
de criar s e ns açõe s e im age ns ilus órias , com o luze s
Níve l4: Distorce r Cam inh os
dançante s , voze s dis tante s , odore s e s tranh os ou até
D is tância é um a ilus ão, um m e canis m o da re alidade
s e ns açõe s táte is . As ilus õe s e xis te m ape nas na m e nte das
para com portar as form as . Com e s te Anfracto, o e s pírito é
criaturas afe tadas , m as o e fe ito tam bém provoca pe q ue nos
capaz de dis torce r dis tâncias , faze ndo um longo traje to s e r
dis túrbios no m undo fís ico, e m ge rals e ntidos na form a de
pe rcorrido e m um ins tante , um curto corre dor pare ce r
falhas e m apare lhos de gravação.
inte rm ináve lou um cam inh o s e de form ar e re tornar à s ua
Siste m a: Ação bás ica, um ponto de R e s s onância
orige m .
por ilus ão criada. É pos s íve l criar várias ilus õe s
Siste m a: Com o um a ação bás ica, o e s pírito te s ta
s im ultâne as . A ilus ão e ngana todos os s e ntidos , e afe ta
Ins tinto (dificuldade 8) e gas ta um ponto de R e s s onância
todos os q ue inte ragire m com e la. Por e xe m plo, é pos s íve l
para cada 10 m e tros de dis tância q ue de s e ja afe tar
criar um a “pare de ”invis íve lq ue produz s e ns açõe s táte is e
(aum e ntar, re duzir ou o q uanto o cam inh o pe rcorre ante s de
calafrios e m q ualque r um q ue a atrave s s ar, ou faze r luze s
re tornar ao ponto original). O e fe ito dura por um a h ora por
dançante s q ue pode m s e r vis tas por todos na áre a. O s
s uce s s o obtido, m as o e s pírito pode e nce rrá-lo ante s com o
e fe itos duram um a ce na ou até q ue o e s pírito de cida
um a ação livre , s e de s e jar.
de s fazê-los .
A alte ração no e s paço afe ta um cam inh o ou
As ilus õe s criadas por e s te pode r não s ão pre cis as ,
pas s age m , is to é, algo q ue pode s e r s e guido e q ue conduz a
ne m pode m im itar s e re s re ais . Um anim al ilus ório, por
algum lugar, com o um a porta, corre dor, trilha ou e s trada,
e xe m plo, s e rá nublado e indis tinto, e s uje ito à inte rpre tação
m as e s s a pas s age m não pre cis a s e r de lim itada (por
da m e nte de cada obs e rvador, o q ue pode provocar
e xe m plo, é pos s íve lafe tar um cam inh o no m e io de um
de s criçõe s dife re nte s . As s e ns açõe s provocadas s ão
cam po abe rto, de form a q ue ape nas q ue m ande na dire ção
claram e nte falsas , m as ainda as s im pe rturbadoras para
corre ta s e ja afe tado pe la dis torção).
q ue m inte rage com e las ; s e u principal propós ito é
Quando um a pe s s oa pe rcorre o cam inh o dis torcido,
confundir ou as s us tar.
a m e nte de la ofus ca as dis torçõe s , tornando difícillem brar
de talhe s da trave s s ia. O pe rs onage m pode faze r um te s te de
Níve l2: Confund ir
Cons ciência ou Ins tinto (dificuldade 9 ) para notar q ue h á
Alte rando m om e ntane am e nte a pe rce pção de um a
algo incom um no cam inh o q ue e s tá pe rcorre ndo. O te s te
pe s s oa, o e s pírito é capaz de confundi-la, faze ndo-a tom ar
pode s e r fe ito a cada 10 m e tros de e s paço dis torcido ou a
atitude s incorre tas ou contrárias a s e u inte re s s e . Es s e pode r
cada ve z q ue re tornar ao início de um pe rcurs o. Se obtive r
é us ado para atrapalhar pe ns am e ntos racionais , faze ndo o
s uce s s o, o pe rs onage m nota a dis torção e pode te ntar
alvo com e te r e rros , às ve ze s até m e s m o forçando-o a tom ar
e s capar, o q ue e xige um te s te be m -s uce dido de Ins tinto ou
um a atitude incorre ta s e m pe rce be r, com o virar à e s q ue rda
44 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS
Pe rce pção + O cultis m o (dificuldade 8). Ce rtas h abilidade s
s obre naturais pode m tam bém s e r us adas para de s faze r o
e fe ito.

Níve l5: Pand e m ônio RE S U M O: S E N CIÊN CIA


D e s truindo a h arm onia das leis naturais , o e s pírito
(1) R astre ar a Pre sa: R as tre a fonte s fam iliare s
provoca alte raçõe s drás ticas na re alidade . Im age ns , s ons e
de re s s onância a q uilôm e tros de dis tância. Com cus to de
criaturas ilus órias s urge m do nada, obje tos s e m ove m
1 R e s s onância, m arca um alvo para q ue pos s a s e r
e s pontane am e nte , o e s paço s e contrai e e xpande
ras tre ado de s s a m ane ira.
aleatoriam e nte , e toda a áre a ao re dor pare ce s e tornar um
(2) El o Em pático: O e s pírito pode s e com unicar
ce nário de pe s ade los .
m e ntalm e nte com q ue m o vê, e nviando im age ns e
Siste m a: Iniciar o e fe ito é um a ação bás ica, q ue
s e ns açõe s . Pode tam bém caus ar pânico com im age ns
cus ta cinco pontos de R e s s onância. O pande m ônio afe ta
te rríve is .
um a áre a de vinte m e tros de raio ao re dor do e s pírito,
(3) Inte l igência Ve rd ad e ira: Pe rm ane nte ; o
m ove ndo-s e junto com e le. O e fe ito dura por um a ce na ou
e s pírito adq uire inte ligência s upe rior.
até q ue o e s pírito de s e je e nce rrá-lo.
(4) Infl ue nciar Pe ssoas: 1 R e s s onância; im plan-
O s e fe itos e xatos de s te pode r pode m variar:
ta s uge s tõe s e idéias na m e nte de pe s s oas .
e nxam e s de criaturas (ilus õe s ), com o ins e tos ou ratos ,
(5) Posse ssão Forçad a: 3 R e s s onância; incor-
s urge m do nada, pare de s s angram , o ch ão e ngole os pés de
pora e m um a vítim a h um ana.
q ue m cam inh a s obre e le, s ons e vultos caus am dis traçõe s
cons tante s , e tc. Em te rm os de re gras , o e s pírito caus a um a
pe nalidade de -2 e m todas as açõe s de q ue m e s tive r de ntro
da áre a, e xce to daq ue les q ue e s colhe r poupar. Quais q ue r
alte raçõe s no am bie nte caus adas pe lo e fe ito s e de s faze m
q uando o pande m ônio é e nce rrado. dis túrbios q ue aconte çam com e le ou e m s ua proxim idade .
Contudo, o e lo alcança um raio de 10 q uilôm e tros por níve l
Sen ciên cia de Ins tinto do e s pírito: cas o o alvo s e afas te m ais do q ue
is s o, o e s pírito não pode m ais s e nti-lo até q ue s e aproxim e
O Anfracto Se nciência re pre s e nta o de s e nvol- o s uficie nte . O e lo m antém -s e m e s m o q ue o e s pírito re torne
vim e nto de inte ligência e capacidade s m e ntais s upe riore s . aos R e inos Elem e ntais .
Algum as das vantage ns conce didas por e le pode riam s e r Em adição, o e s pírito tam bém pode m arcar um alvo
cons ide radas As pe ctos , vis to q ue s ão pe rm ane nte s um a ve z q ue não s e ja fonte de re s s onância. Is s o s ó pode s e r fe ito
q ue apre ndidas , m as Se nciência dife re dos As pe ctos por s e r s obre um alvo por ve z; criar um s e gundo e lo com algo q ue
um apre ndizado gradual, e não um a s im ples alte ração do não s e ja fonte de re s s onância de s fará o ante rior. Para criar
im ago. Em níve is baixos , Se nciência dá um a m aior e s s e e lo e s pe cial, o e s pírito de ve obs e rvar o alvo por um
e m patia ao e s pírito, pe rm itindo-o localizar criaturas com as m inuto e gas tar um ponto de R e s s onância. O e lo pe rdura
q uais pos s ui afinidade ou trans m itir s uas e m oçõe s e m pati- por um ano, pode ndo s e r re novado gas tando-s e
cam e nte . Em níve is altos , porém , o e s pírito de s e nvolve R e s s onância adicional.
inte ligência e pode m anipular outros s e re s s e ncie nte s . Note q ue “fonte de re s s onância”pode incluir outros
Em ge ral, e s píritos de s e nvolve m Se nciência q uando e s píritos ou m e s m o pe s s oas q ue trans firam R e s s onância ao
têm contato fre q üe nte com h um anos , m as alguns e s píritos e s pírito. D e s s a form a, um bando de e s píritos pode us ar e s te
s e lvage ns pode m adq uiri-la para m e lhor gove rnar s uas pode r para s e localizare m m utuam e nte , ou um e s pírito
te rras nos R e inos Elem e ntais , de s e nvolve ndo s e ns o totêm ico pode e ncontrar as pe s s oas q ue o alim e ntam com
e s tratégico e noçõe s de diplom acia. s ua adoração.

Níve l1: R astre ar a Pre sa Níve l2: El o Em pático


Es ta h abilidade pe rm ite ao e s pírito s e ligar às s uas O e s pírito pode e nviar m e ns age ns e m páticas a
fonte s de re s s onância, m arcando-as de form a a s e ntir q ue m o obs e rva. Es tas m e ns age ns s ão trans m itidas na
q uando algo aconte ce com e las . Por e xe m plo, um e s pírito form a de im age ns m e ntais , s e ns açõe s e e m oçõe s . Por
be s tial pode s e ligar aos anim ais dos q uais s e nutre , e xe m plo, pode -s e pas s ar idéias com o “fúria”e m os trar a
pode ndo não s ó e ncontrá-los novam e nte m ais tarde , com o im age m daq uilo q ue o de ixa furios o, m as não s e com unicar
tam bém s abe r q uando e les e s tão m orre ndo ou s e ndo us ando palavras ou idéias m ais com plexas . Es ta h abilidade
atacados . Em adição, o e s pírito é capaz de m arcar obje tos , é prim ariam e nte um a form a de com unicação, m as tam bém
indivíduos ou locais , m e s m o q ue não s e jam fonte s de pode s e r us ada ofe ns ivam e nte , trans m itindo s e ns açõe s e
nutrição, para m ante r vigilância s obre e les . im age ns te rríve is à m e nte para ch ocar um a vítim a.
Siste m a: Cas o o e s pírito te nh a abs orvido pe lo Siste m a: Us ar e s ta h abilidade é um a ação livre ,
m e nos 10 pontos de R e s s onância de um a fonte , e le pode com o s e o e s pírito “falas s e ”através de la. Para trans m itir
m arcá-la, s e m cus tos , com o um a ação livre . Es s e s pontos um a m e ns age m e m pática, o alvo de ve s e r capaz de ve r o
de R e s s onância não pre cis am s e r abs orvidos todos de um a e s pírito. Logo, para conve rs ar e m paticam e nte com um a
ve z, pode ndo s e r adq uiridos ao longo de várias ocas iõe s pe s s oa, o e s pírito pre cis a e s tar m anife s tado, m ate rializado
dife re nte s . O e lo dura um ano, m as a duração é re novada ou pos s uindo um corpo fís ico, ou a pe s s oa pre cis a s e r
s e m pre q ue o e s pírito s e alim e ntar de R e s s onância vinda capaz de ve r e ntidade s e tére as . O e s pírito pode e s colhe r
do alvo. e nviar m e ns age ns s im ultane am e nte a todos os q ue o
Es te pode r cria um e lo ps íq uico forte , através do obs e rvam ou ape nas a alvos e s pe cíficos .
q ualo e s pírito pode localizar o alvo e s e ntir q uais q ue r Em adição, o e s pírito pode , com o um a ação bás ica,

A NFR ACTO S: O S PO DER ES E SPIR ITUAIS 45


caus ar pânico a um a pe s s oa ou criatura. Is s o e xige um Siste m a: Ação com pleta e e s te ndida (te m po
ponto de R e s s onância e um te s te de Ins tinto (dificuldade m ínim o: 1 m inuto), e o alvo pre cis a pe rm ane ce r na
6). A vítim a é forçada a faze r um te s te contra pânico pre s e nça do e s pírito durante e s te pe ríodo. O e s pírito gas ta
(dificuldade 5 + s uce s s os do e s pírito). três pontos de R e s s onância e te s ta Instinto (dificuldade
Es te pode r pe rm ite tam bém e nviar m e ns age ns Es pírito do alvo + 3), te ndo de acum ular s uce s s os iguais à
e m páticas a pe s s oas q ue e s te jam dorm indo e s onh ando na Pe rs e ve rança da vítim a. Não é pos s íve lus ar e s ta h abilidade
pre s e nça do e s pírito, contudo as m e ns age ns s e confundirão s obre criaturas s e m inte ligência, im une s a pos s e s s ão ou q ue
com os s onh os e pode m s e r e s q ue cidas . Ne s s e cas o, us ar a já e s te jam s ob pos s e s s ão de outra e ntidade .
h abilidade de caus ar pânico provocará pe s ade los . Cas o obte nh a s uce s s o, o e s pírito tom a o corpo da
vítim a, controlando-o com pletam e nte . D urante a pos s e s s ão,
Níve l3: Inte l igência Ve rd ad e ira o e s pírito us a os Atributos Fís icos da vítim a no lugar dos
Ne s te ponto, o e s pírito de s e nvolve inte ligência s e us próprios . A vítim a ganh a re s is tência a danos letais e
plena. Es ta h abilidade s e torna um dom naturale , e m bora a tolerância a danos atordoante s , s e não tive r, e s e torna um a
falta de um a alm a ainda m ante nh a o e s pírito s e m m uita criatura profana até q ue o e s pírito abandone o corpo. O
criatividade ou pe ns am e nto abs trato, e le agora é capaz de e s pírito pode us ar s e us Anfractos norm alm e nte , e xce to
apre nde r conce itos com plexos , incluindo a linguage m (obviam e nte ) h abilidade s de pos s e s s ão. Tam bém é pos s íve l
h um ana. m anife s tar As pe ctos por um a ce na através do corpo da
Siste m a: Es ta é um a h abilidade pe rm ane nte . O vítim a, m as cada As pe cto m anife s to e xige um ponto de
e s pírito s ubs titui s ua As túcia por Pe rs picácia, pode ndo a R e s s onância.
partir de e ntão de s e nvolve r q ualque r Aptidão q ue lhe for Fe rim e ntos atordoante s ou letais s ofridos pe la
conve nie nte . Em adição, e le adq uire o Atributo Caris m a vítim a não s ão trans fe ridos para o im ago do e s pírito, m as o
(q ue com e ça com um valor inicialtrês ou m e nor). Ao us ar e s pírito s e nte a dor dos fe rim e ntos e é pre judicado pe las
o Elo Em pático (h abilidade do níve lante rior), o e s pírito pe nalidade s re s ultante s . Por outro lado, fe rim e ntos
pode com unicar-s e tam bém com palavras , e m adição a e ntrópicos fe rirão corpo e e s pírito igualm e nte , e ce rtos ritos
im age ns , s e ns açõe s e e m oçõe s . ou arm as e ncantadas pode m afe tar o e s pírito s e m m ach ucar
a vítim a. O e s pírito não pode us ar R e s s onância para curar o
Níve l4: Infl ue nciar Pe ssoas corpo da vítim a.
Através de s ta h abilidade , o e s pírito pode A pos s e s s ão pe rdura por q uanto te m po o e s pírito
influe nciar o com portam e nto de pe s s oas ou outras criaturas de s e jar, contudo e le ainda pre cis a pagar pontos de
inte li-ge nte s (e xce to outros e s píritos ). Es s a influência s e dá R e s s onância para pe rm ane ce r no m undo m ate rial, o q ue
na form a de idéias e com pulsõe s q ue o e s pírito ins pira no pode forçá-lo a abandonar o corpo. Ence rrar a pos s e s s ão é
s ubcons cie nte do alvo. um a ação livre q ue libe rta a vítim a e de volve o e s pírito à
Siste m a: Ação bás ica, cus to de um ponto de s ua form a e tére a. A vítim a pode te ntar e xpulsar o e s pírito,
R e s s onância, te s te de Instinto (dificuldade igual ao conform e dito no Livro d e R e gras (U s ando Gladius , pg.
Es pírito ou Ins tinto do alvo + 3). O alvo pre cis a e s tar no 64), cas o s e ja forçada a faze r algo contra s ua nature za ou
cam po de vis ão do e s pírito, m as não pre cis a e s tar cie nte de de s e jos m ais íntim os . Por fim , cas o a vítim a fiq ue
s ua pre s e nça. Se obtive r s uce s s o, o e s pírito im planta um a incons cie nte , o e s pírito pode e s colhe r pe rm ane ce r no corpo
idéia no s ubcons cie nte do alvo, faze ndo-o com q ue e le, na ou abandoná-lo.
prim e ira oportunidade , re alize um a ação e s pe cífica, com o
“ao anoite ce r, vá ao q uintal”ou “ataq ue s e u colega q uando Cria tivida de com An fra ctos
e le de r as cos tas a você” . Cas o a ação s e ja contrária aos
inte re s s e s do alvo ou o coloq ue e m ris co, e la pode s e r As h abilidade s dos Anfractos de s critas acim a s ão
re s is tida (us ando Gladius , Livro d e R e gras, pg. 64). Se a ape nas os us os m ais com uns para cada um de s s e s pode re s .
ação for s uicida ou claram e nte pre judicial, o alvo a Com o Narrador, s inta-s e à vontade para adicionar novos
re s is tirá autom aticam e nte . us os , de s de q ue façam s e ntido de ntro do Anfracto
e s colhido. Em adição, de ixam os e m abe rto o s e xto níve lde
Níve l5: Posse ssão Forçad a cada Anfracto, pos s uído ape nas por e s píritos de m ais alto
Es ta h abilidade , pos s uída pe los e s píritos s e ncie nte s Patam ar, para q ue você pos s a e xplorá-los da form a com o
m ais pode ros os , pe rm ite a e les invadir e dom inar o corpo pre fe rir. Pe rturbação 6 pode ria m anipular a pas s age m do
de um a vítim a h um ana (ou outra criatura inte lige nte com te m po, por e xe m plo, e nq uanto Intrus ão 6 pos s ibilitaria
corpo fís ico), tom ando o controle e nq uanto a cons ciência raptar pe s s oas do m undo fís ico, puxando-as para os R e inos
da vítim a cai num e s tado de dorm ência. O e s pírito não s ó Elem e ntais . Us e s ua criatividade para criar antagonis tas
controla o corpo da vítim a, com o pode m anife s tar s e us e s pirituais re alm e nte pe rigos os e únicos .
pode re s , incluindo As pe ctos , através de le.

“Ada pta r- se ou perecer, a gora e sem pre,


é o im pera tivo in exorávelda n a tureza .”

- H . G. W e lls

46 CAPÍTULO 3: SISTEM AS E SPIR ITUAIS


Apêndice 1
E spír itos
E xe m pla r e s
Es s e Apêndice s e de dica a traze r e s píritos dos m ais infe rnais trazidos para o m undo m ate rialpor inte rve nção
dive rs os , q ue s e rvirão de ins piração para você criar s uas de m oníaca ou m agia ne gra.
próprias e ntidade s e s pirituais . Alguns dos s e re s a s e guir Não h á um a “form a corre ta”de s e conve rte r um s e r
s ão ge néricos , com o e lem e ntais da água ou do ar, e nq uanto lendário ou folclórico e m e s tatís ticas e s pirituais . Um
outros as s um e m a form a de criaturas m itológicas ou pás s aro-trovão, por e xe m plo, pode s e r originalm e nte um
folclóricas de locais dive rs os da Europa, do Bras ile até do e s pírito do ar q ue as s um iu a form a de um pás s aro, ou um
Japão, e s colhidas por s e re m boas re pre s e ntaçõe s de com o e s pírito-pás s aro q ue adq uiriu afinidade com te m pe s tade s e
adaptar e s s e s s e re s folclóricos às s uas h is tórias de Ao Cair re lâm pagos . O s e xe m plos a s e guir s ão ape nas form as
d a Noite . com uns de s s e s e s píritos : as e xatas e s tatís ticas de e ntidade s
individuais pode m variar tre m e ndam e nte .
CRIAN D O S E U S E S PÍRITOS
U S AN D O E S PÍRITOS
Quando você for criar s e us próprios e s píritos , você
pode bas e á-los e m lendas ou ge rá-los a partir de s ua Ne m todos os e s píritos a s e guir têm a capacidade de
própria im aginação. Se e s colhe r o s e gundo cas o, s e ja s e m ate rializar ou m e s m o m anife s tar no m undo fís ico. Se
criativo não s ó ao de finir a form a do e s pírito e s uas e les não pode m s e r vis tos ne m tocados , e ntão com o us á-los
h abilidade s , com o s ua pe rs onalidade , incluindo fraq ue zas . e m s uas h is tórias ?
Um a form a fácilde fazê-lo é us ar um anim alou e lem e nto Prim e iro, todos os e s píritos têm Anfractos , os
com o bas e , e e ntão de finir com o o e s pírito pe ns a e com o pode re s e s pirituais , pode ndo us á-los para influe nciar o
e s s a m e ntalidade influi e m s ua form a. m undo m ate rial. D e s s a form a, ainda q ue não pos s am s e r
vis tos ou tocados , e les pode m m anipular forças naturais ,
Ba sea n do- se em Folclore criar dis traçõe s e pre judicar os pe rs onage ns de m ane ira
indire ta. Ne s s e s cas os , de s cobrir “o q ue diabos e s tá
O folclore tam bém e s tá ch e io de ins piraçõe s , de s de aconte ce ndo”provave lm e nte s e rá a prioridade da h is tória.
anim ais m ágicos a e ntidade s guardiãs de flore s tas e rios . Se gundo, é pos s íve linte ragir com e s píritos através
Se você for s e bas e ar e m s e re s folclóricos , as m e lhore s de rituais , pode re s s obre naturais ou s ituaçõe s e s pe ciais . Um
e ntidade s para s e adaptar com o e s píritos aq ue las q ue : fe itice iro pode invocar e forçar a m ate rialização de um
— Não têm orige m , com portam e nto ou aparência e s pírito para s e rvi-lo, e nq uanto os pe rs onage ns jogadore s
h um ana; pode m us ar ritos para ve r, fe rir, apris ionar ou e xpulsar
— São ligadas ao m undo natural, com o aos rios , e s píritos . Tam bém é pos s íve lus ar m étodos m ís ticos para
aos anim ais ou às m atas ; q ue pe rs onage ns ade ntre m o m undo e s piritual, ou criar
— Têm com pulsõe s , m otivaçõe s e h ábitos s ituaçõe s e s pe ciais q ue pe rm itam a inte ração, com o um
apare nte m e nte s e m s e ntido; localm ís tico h á m uito e s q ue cido e m q ue e s píritos pos s am
— Não s e e ncaixam no conce ito de de m ônios , s e m ate rializar m e s m o s e m os Anfractos ne ce s s ários , por
anjos , fantas m as ou e ntidade s q ue já foram h um anas , com o e xe m plo.
vam piros ou lobis om e ns ; Por fim , é im portante lem brar q ue as e s tatís ticas a
— Se e xis tis s e m no m undo m ate rial, não s e guir re pre s e ntam e s píritos ge néricos , e q ue indivíduos
cons e guiriam por m uito te m po pas s ar de s pe rce bidas pe los pode m te r h abilidade s únicas . Logo, s e o NPC e s piritual,
m e ios cie ntíficos . bas e ado num e xe m plar a s e guir, não cons e gue faze r algo
Ne m todas as e ntidade s q ue s e e ncaixam ne s s e s de s e jado, nada im pe de q ue você adapte o Patam ar, os
re q uis itos s ão e s píritos , porém . Em ge ral, s e re s criados As pe ctos e os Anfractos de form a q ue e le s e e ncaixe nas
pe lo m e do h um ano s ão Pe s ade los da Som bra, e m uitas s uas ne ce s s idade s .
outras criaturas de s trutivas e m ons truos as s ão s e re s

CR IANDO SEUS E SPÍR ITO S 47


E S PÍRITOS IN FE RIORE S
O s e s píritos a s e guir re pre s e ntam e ntidade s infe riore s dos R e inos Elem e ntais . Eles s ão fracos de m ais para
influe nciare m o m undo fís ico de m ane ira notáve l, m as no m undo dos e s píritos s ão as e ntidade s m ais num e ros as e com uns
de s e e ncontrar. Vis to q ue dificilm e nte e s s e s s e re s irão inte ragir com os pe rs onage ns dos jogadore s , h á dois m otivos
principais para lis tar e s tas e ntidade s : prim e iro, para ajudar o Narrador a com pre e nde r a dive rs idade do m undo dos
e s píritos . Se gundo, porq ue os pe rs onage ns pode m inte ragir com e s s e s s e re s através de rituais m ís ticos .
Em adição aos e s píritos infe riore s de s critos a s e guir, lem bre -s e q ue nos R e inos Elem e ntais pode m e xis tir
incontáve is e s píritos be s tiais . Você pode us ar a fich a de anim ais com uns para e les , para facilitar. Es píritos ve ge tais
infe riore s , por s ua ve z, e m ge rals ão s e re s inanim ados , não dife re nte s de plantas do m undo m ate rial, portanto o Narrador
não pre cis a s e pre ocupar com s uas e s tatís ticas .

E le m e n ta ld a Águ a , In fe r ior
Es píritos aq uáticos s urge m onde q ue r q ue e xis ta Atrib utos: Força 4, Agilidade 6, R e s iliência 3,
água e m abundância, s e ja nas profunde zas oce ânicas , nas As túcia 2, Pe rce pção 4
águas plácidas de lagos ou nas corre de iras fluviais . Es s e s Aptid õe s: Briga 3, Es porte s 3, Es q uiva 4,
s e re s de corpos fluidos s ão volúve is com o a água da q ual Furtividade 4 (Subm e rs o), Prontidão 4 (Sob a Água),
nas ce m , ora pacíficos , ora bravios . Sobre vivência 3
O rige m : Elem e ntal Eid ol on: Ins tinto 3
Tipo: Água, tipo e xato variado, e m ge ralde finido
por h abitat ou caracte rís tica, com o lagos , rios ou águas — H ab il id ad e s Espirituais
s algadas . Aspe ctos: Cam uflage m (Am bie nte Aq uático),
Patam ar: 2 (Infe rior) Corpo Efêm e ro (aq uos o)
De scrição: Criaturas de corpos aq uos os , e s s e s Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Água) 1
e s píritos nadam q uas e invis íve is pe las águas e tére as dos R e ssonância M áx./Diária: 10/1
R e inos Elem e ntais . Um pe q ue no lago pode s e r lar de não Vul ne rab ilid ad e : Es s e s e s píritos te m e m s e
m ais do q ue m e ia dúzia de s s e s e s píritos m e nore s , m as afas tar da água, pe rm ane ce ndo s e m pre próxim os à
um a praia ou rio pode te r de ze nas e m s ua e xte ns ão. É m arge m q uando s e ave nturam e m te rra. Se não h ouve r
pos s íve l, m as difícil, notar um e lem e ntals ubm e rs o de vido um corpo aq uos o apropriado e m s e u alcance s e ns orial, o
aos s e us contornos , q ue não s e m is turam ao re s to das e s pírito s ofre um ponto de dano atordoante não-
águas q ue h abitam . abs orvíve lpor turno.
Pe rsonal id ad e : Elem e ntais da água pre fe re m
pe rm ane ce r e s condidos , cam uflados e m m e io às águas — O utros
q ue lhe s de ram orige m . Em ge ral, e les ignoram a Iniciativa: 8
pre s e nça de outras criaturas , nadando calm am e nte e s e m Ve l
ocid ad e : Em te rra: 6m (2 m /s ; 7,2 k m /h )
pre ocupaçõe s . Contudo, ocas ionalm e nte pode m s e tornar [Fator -4];
agre s s ivos . Na água: 14m (3,6 m /s ;16,8 k m /h ) [Fator + 4]
Saúd e : Tam anh o Pe q ue no (Ve r abaixo)

— Açõe s Com uns


Ate nção: Prontidão (4 dados ), Pe rce be r cois as
s ubm e rs as (5,5 dados )
O utros: Furtividade (5 dados ; s e s ubm e rs o, 9 ,5
dados )

— Com b ate
Elem e ntais da água e vitam confrontos dire tos . Se
am e açados , te ntarão atrair o opone nte para a água, onde
não s ó us am s e u D om ínio Elem e ntalpara atrapalhar a
natação do opone nte , com o te ntam agarrá-lo e arras tá-lo
para o fundo. Às ve ze s , vários e lem e ntais atacam um
único alvo e m conjunto.
Ataq ue s: Agarrar (3,5 dados , dif. 8), Golpe
R ápido (3,5 dados , dano 1A)
De fe sa: Es q uiva (5 dados )
Ab sorção: Atordoante 1, Le tal1

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAPACITADO


SAÚDE

-0 -½ -1 -2 -4

48 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


E le m e n ta ld o A r , In fe r ior
Es píritos do ar s e apre s e ntam nas m ais dife re nte s Atrib utos: Força 3, Agilidade 7, R e s iliência 4,
form as , com o e lem e ntais dos ve ntos , das nuve ns , das As túcia 3, Pe rce pção 7
te m pe s tade s , da fum aça ou das névoas . Com o os Aptid õe s: Es porte s 2, Es q uiva 5 (Evas ão),
e lem e ntos q ue os ge ram , e s s e s e s píritos te nde m a s e r Furtividade 5 (M ove r-s e e m Silêncio), Prontidão 5,
ge ntis e calm os , voando tranq üilam e nte e ignorando os Sobre vivência 2
obs táculos e m s e u cam inh o. Contudo, as s im com o o Eid ol on: Ins tinto 4
ve nto pode s oprar bravio e nuve ns pode m ge rar
te m pe s tade s , e s s e s e lem e ntais ocas ionalm e nte de ixam -s e — H ab il id ad e s Espirituais
levar por s e u lado m ais de s trutivo, dive rtindo-s e com o Aspe ctos M e nore s: Um a leve bris a acom panh a o
caos q ue provocam . e lem e ntal. Es s a bris a é pe rce ptíve lno m undo m ate rial
O rige m : Elem e ntal. ape nas q uando o e s pírito s e m anife s ta ou s e m ate rializa.
Tipo: Variado: Névoa, fum aça e nuve ns s ão Aspe ctos: Cam inh ar Aére o (Locais Am plos ),
e lem e ntais do ar. O s e lem e ntais q ue s im bolizam o ar Cam uflage m , Corpo Efêm e ro, Ve loz (x2)
tam bém s ão m anife s taçõe s dos ve ntos de um am bie nte Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Névoa ou Ve nto)
(ve nto m ontanh os o, ve nto do de s e rto, ve nto do m ar, e tc.). 1
Patam ar: 3 (Infe rior) R e ssonância M áx./Diária: 15/2
De scrição: D e pe nde do tipo e xato de e lem e ntal, Vul ne rab ilid ad e : Locais fe ch ados , ar e s tagnado e
m as e m ge ral e s s e s e s píritos s e apre s e ntam com o áre as s ubte rrâne as s ufocam e s s e s s e re s . Ne s te s locais ,
re de m oinh os de ve nto, carre gando partículas q ue indicam e les s ofre m -2 dados e m todos os te s te s e não pode m s e
s e u am bie nte de orige m : are ia do de s e rto, folhas ou nutrir da re s s onância local ne m us ar s e u D om ínio
pe q ue nas roch as . Alguns s ão tam bém acom panh ados por Elem e ntal.
ou com pos tos de fagulhas e létricas , névoa, fum aça ou
outros gas e s vis íve is . — O utros
Pe rsonal id ad e : Elem e ntais do ar s ão e xtrove r- Iniciativa: 10
tidos e curios os . Eles gos tam de viajar e de im itar o Ve l
ocid ad e : 22m (7,3 m /s ; 26,4 k m /h ) [Fator + 4]
com portam e nto h um ano ou anim al, m as raram e nte (pode m cam inh ar no ar).
inte rage m dire tam e nte com o m undo fís ico. Saúd e : Tam anh o Pe q ue no (Ve ja abaixo)

— Açõe s Com uns


Ate nção: Prontidão (6 dados )
Esporte s: Ace lerar M ovim e nto (3 dados )
O utros: M ove r-s e e m Silêncio (10,5 dados )

— Com b ate
Elem e ntais do ar pre fe re m fugir a lutar. Eles
us arão s uas h abilidade s para m anipular os ve ntos e
atrapalhar as açõe s de q ue m te ntar confrontá-los .
Ataq ue s: Ne nh um .
De fe sa: Evas ão (7,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAPACITADO


SAÚDE

-0 -½ -1 -2 -4

E SPÍR ITO S INFER IO R ES 49


E le m e n ta ld o Fogo, In fe r ior
Fogo é um e lem e nto agre s s ivo, de s trutivo e de Atrib utos: Força 5, Agilidade 5, R e s iliência 5,
bre ve vida, s e us e lem e ntais s urge m na ocorrência de As túcia 1, Pe rce pção 4
grande s q ue im adas ou e xplos õe s vulcânicas , ou e m locais Aptid õe s: Briga 5, Es porte s 3 (R ajada de
onde ch am as , calor ou m agm a s ão cons tante s . Contudo, Ch am as ), Prontidão 5
toda ch am a um dia s e e xtingue , e a e fe m e ridade do fogo Eid ol on: Ins tinto 3
im pe le e s s e s e lem e ntais a h ibe rnare m por longos
pe ríodos , até q ue s e jam de s pe rtados por novas ch am as no — H ab il id ad e s Espirituais
m undo fís ico. Aspe ctos M e nore s: Ne nh um .
O rige m : Elem e ntal. Aspe ctos: As pe cto Flam e jante (Se m pre ativo,
Tipo: Fogo, m agm a ou vapore s incande s ce nte s . Inte ns idade 1), R ajada Elem e ntal(Fogo), R e s is tência a
Patam ar: 1 (Infe rior) Elem e nto (Fogo)
De scrição: A orige m e xata de um e lem e ntal Anfractos: Ne nh um .
de fine s ua aparência: e m ge ral, e les pare ce m um a m as s a R e ssonância M áx./Diária: 5/1
incande s ce nte , com pos ta pe lo e lem e nto q ue foi q ue im ado Vul ne rab ilid ad e : Frio, ge lo, água e outras
para originá-los : m ade ira e ne gre cida, roch a de rre tida ou s ubs tâncias e ficaze s e m apagar ch am as caus am danos
gas e s voláte is . Alguns têm form a lige iram e nte h um anóide e ntrópicos contra e lem e ntais do fogo. Para calcular e s te s
ou be s tial, outros lem bram corpos ge latinos os , e s te n- danos , im agine q ue tais s ubs tâncias q ue im am o e s pírito
de ndo ps e udópode s para s e locom ove re m . com o s e fos s e m ch am as de inte ns idade 1.
Pe rsonal id ad e : Agre s s ivos , im pacie nte s e
de s trutivos , e lem e ntais do fogo e xis te m para cons um ir. — O utros
Em ge ral, e les pe rm ane ce m e m h ibe rnação, s uas ch am as Iniciativa: 6
dorm e nte s até q ue um a fonte de re s s onância s e ja Ve l
ocid ad e : 14m (4,6 m /s ;16,8 k m /h ) [Fator + 4]
pe rce bida no m undo m ate rial. Então, e les de s pe rtam para Saúd e : Tam anh o Pe q ue no (ve ja abaixo)
s e alim e ntare m do m áxim o pos s íve l, ne s te pe ríodo
atacando q uais q ue r criaturas q ue s e aproxim are m . Alguns — Açõe s Com uns
tam bém canibalizam outros e s píritos durante s e us bre ve s Ate nção: Prontidão (4,5 dados )
pe ríodos de atividade . Fe lizm e nte , e s s e s e s píritos
raram e nte de m ons tram q ualque r ciência da e xis tência do — Com b ate
m undo m ate rial. Elem e ntais do fogo não us am táticas : e les ape nas
atacam agre s s ivam e nte q ualque r criatura e m s e u
cam inh o, confiante s de q ue s e u corpo flam e jante e s e us
ataq ue s fe roze s s e jam s uficie nte s para afas tar q ualque r
opos ição.
Ataq ue s: Golpe R ápido (5 dados , D ano 2A,
+ 1E*), R ajada de Ch am as (As pe cto, 5 dados , D ano 0E,
10m )
De fe sa: Ne nh um a.
Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2
Espe cial : As pe cto Flam e jante (o corpo do
e lem e ntalq ue im a com o um a ch am a de Inte ns idade 1).
Ataq ue s com um as te ris co (*) no dano indicam o dano
adicional caus ado por e s ta h abilidade . Es s e dano é
abs orvido e m s e parado e não é aum e ntado pe los s uce s s os
do ataq ue .

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAPACITADO


SAÚDE

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50 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


E le m e n ta ld a Te r r a , In fe r ior
Elem e ntais da te rra s urge m do s olo, q uas e com o Atrib utos: Força 8, Agilidade 2, R e s iliência 8,
m anife s taçõe s vivas do m undo e m s i. Eles e xis te m onde o As túcia 1, Pe rce pção 6
s olo é firm e e e xpos to, e m bora alguns s e m anife s te m Aptid õe s: Briga 5 (Golpe Pe s ado), Furtividade 4
com o are ia ou te rra. Em bora te oricam e nte e xis tam e m (Im óve l), Prontidão 6, Sobre vivência 2
toda parte , e s s e s e lem e ntais s ão m ais com uns e m Eid ol on: Ins tinto 4
m ontanh as e s ubte rrâne os , locais e m q ue o contato com o
s e u e lem e nto é m ais inte ns o. — H ab il id ad e s Espirituais
O rige m : Elem e ntal Aspe ctos M e nore s: Ne nh um .
Tipo: Te rra ou m ine ral, e m ge ral e m um a Aspe ctos: Arm adura Natural (3), Cam inh ar
m anife s tação e s pe cífica, com o roch a, granito, are ia, te rra, Subte rrâne o, Cam uflage m (Solo).
m e talou outros . Alguns s e caracte rizam pe lo s e u h abitat: Alguns , com o e lem e ntais da are ia, têm Corpo
m ontanh as , cave rnas ou de s e rtos . Efêm e ro e Ve locidade , m as ape nas um níve l e m
Patam ar: 3 (Infe rior) Arm adura Natural.
De scrição: Es s e s e s píritos s ão com pos tos de s e u Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Are ia, R och a ou
e lem e nto form ador, às ve ze s com form a h um anóide ou Te rra) 1
be s tial. Em alguns cas os , e les pe rm ane ce m ligados ao R e ssonância M áx./Diária: 15/2
s olo, com o s e e nraizados ne le, s e ndo incapaze s de s e Vul ne rab ilid ad e : Um e lem e ntalda te rra é m uito
m ove re m livre m e nte . ligado ao localonde vive , raram e nte s e afas tando de le. O
Pe rsonal id ad e : Elem e ntais da te rra s ão calm os , e lem e ntal, ao de ixar as proxim idade s de s e u lar, s ofre -2
lentos e pacie nte s . Suas m e m órias s ão longas , e gos tam e m todas as s uas açõe s .
de obs e rvar os e ve ntos ao s e u re dor, m as raram e nte
inte rage m com e les . Eles s ão te rritoriais e s e provocados — O utros
ou am e açados pode m s e tornar m uito agre s s ivos . Iniciativa: 3
Ve l
ocid ad e : 6m (2 m /s ;7,2 k m /h ) [Fator -4]
Saúd e : Tam anh o m édio (ve ja abaixo).

— Açõe s Com uns


Ate nção: Prontidão (6 dados )
O utros: Furtividade (Im óve l,10,5 dados )

— Com b ate
Em bora s e jam difíce is de s e provocar, e lem e ntais
da te rra s ão opone nte s te rríve is , capaze s de re s is tir a
grande s q uantidade s de dano e de atacar com im e ns a
força. Norm alm e nte , e les atacam até q ue o opone nte fuja,
raram e nte s e guindo-o para fora de s e us dom ínios .
Ataq ue s: Golpe Pe s ado (8 dados , dif. 7, dano 5A)
De fe sa: Bloq ue io (6,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 7, Le tal7, Entrópico 3

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SAÚDE

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E SPÍR ITO S INFER IO R ES 51


E S PÍRITOS S U PE RIORE S
O s e s píritos a s e guir s ão m ais de s e nvolvidos e
pos s ue m h abilidade s q ue pos s ibilitam m aior inte ração com E S PÍRITOS TOTÊM ICOS
o m undo m ate rial. Ainda as s im , e les pre fe re m pe rm ane ce r
nos R e inos Elem e ntais , de vido ao alto cus to de atrave s s ar a Se você pos s ui o livro De sb ravad ore s d o
barre ira, e s ó vis itam a re alidade fís ica por curtos pe ríodos O cul to, talve z pos s a s e pe rguntar com o os e s píritos
de te m po. Com o você notará adiante , e s píritos s upe riore s totêm icos ali contidos s e e ncaixam nas re gras de s te
pos s ue m com portam e nto, aparência e inte lecto be m livro. Na ve rdade , as re gras de De sb ravad ore s d o
dife re nte s de s uas contraparte s infe riore s . Es píritos de um a O cul to s ão s im plificaçõe s : você pode us á-las com o
m e s m a re gião te nde m a de s e nvolve r caracte rís ticas e s tão s e q uis e r, ou pode conve rtê-las para as re gras m ais
s im ilare s , ge rando os tipos re gionais re pre s e ntados adiante com pletas de A Corte El e m e ntal.
e ilus trados no folclore de dife re nte s povos , m as nada Se e s colhe r conve rte r as re gras , cons ide re q ue os
im pe de q ue um e s pírito e m particular s e de s e nvolva de e s píritos totêm icos , conform e de s critos e m De sb ra-
form a única. vad ore s, s ão e ntidade s s upe riore s , com níve l de
Patam ar e ntre q uatro e nove . Us e a fich a de um anim al
m undano (com o os apre s e ntados no Livro d e R e gras)
com o bas e para s e u e s pírito e apliq ue o Patam ar
de s e jado. D e pois , s e lecione os As pe ctos q ue m e lhor
re pre s e ntam aq ue le anim al, com o arm adura natural,
garras , as as ou s e ntidos aguçados .
Quanto aos pode re s de s critos em
De sb ravad ore s d o O cul to, e les s ão conve rtidos e m
Anfractos , conform e indicado a s e guir:
D e s truir Te cnologia: Pe rturbação 3;
Elo Em pático: Se nciência 2;
Força Be s tial: Se m e q uivalente , ape nas aum e nte
os Atributos do e s pírito de acordo;
Form a Es piritual: Intrus ão 4;
Inte ligência Ve rdade ira: Se nciência 3;
M anife s tar-s e : Intrus ão 2;
M anipular Anim ais : D om ínio Be s tial1 ou 2;
M ate rializar-s e : Intrus ão 3;
Pos s e s s ão: D om ínio Be s tial 3 (anim ais ) ou
Se nciência 5 (pe s s oas ). Quanto à pos s e s s ão h um ana
cons e ntida, e la é pos s íve latravés do ritualO fe re nda de
Carne , de s crito no Apêndice 2 de s te livro.
R as tre ar a Pre s a: Se nciência 1.

52 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


B oita tá
Boitatás (ou m ’boi-tatá, “s e rpe nte flam e jante ” ) Atrib utos: Força 8, Agilidade 5, R e s iliência 6,
s ão e s píritos nativos do Bras il, q ue h abitam pântanos , As túcia 3, Pe rce pção 6
cave rnas e rios . Te m idos pe los índios por de vorare m Aptid õe s: Briga 5 (Agarrar x2), Es porte s 6
anim ais e até m e s m o pe s s oas , o boitatá é ide ntificado por (Es calar, Natação), Es q uiva 5 (Evas ão), Furtividade 6,
s e us grande s olhos , q ue brilham inte ns am e nte na Prontidão 5, Sobre vivência 3
e s curidão. Espe cial : Cons tritar (ação bás ica, após agarrar).
O rige m : Be s tial Eid ol on: Ins tinto 5
Tipo: Cobra cons tritora
Patam ar: 5 (Supe rior) — H ab il id ad e s Espirituais
De scrição: Es te s e s píritos -cobra s ão e norm e s , Aspe ctos M e nore s: O lhos flam e jante s e e norm e s .
facilm e nte alcançando m ais de 10 m e tros de Aspe ctos: Arm adura Natural(1), As pe cto Flam e -
com prim e nto. Um boitatá é praticam e nte ce go durante o jante (Inte ns idade 1), R e s is tência a Elem e nto (Fogo),
dia, m as na e s curidão e nxe rga pe rfe itam e nte , graças a Se ntidos Aguçados (O lfato), Vis ão Noturna
s e us olhos grande s e flam e jante s , q ue pode m s e r notados Anfractos: Intrus ão 3
a longas dis tâncias no e s curo. Quando am e açado ou R e ssonância M áx./Diária: 25/3
pre s te s a atacar, o e s pírito ince nde ia todo o s e u corpo, e Vul ne rab ilid ad e : O boitatá é fas cinado pe los
s ua ch am a é tão inte ns a q ue brilha m e s m o s ob a água. olhos de s uas vítim as . O e s pírito nutre um ape tite
Pe rsonal id ad e : Boitatás s ão e s píritos agre s s ivos e m acabro por olhos , q ue s ão a prim e ira parte da vítim a
s olitários , q ue faze m s e us lare s próxim os a rios ou q ue te nta de vorar. Um a criatura q ue fe ch e os olhos e
cave rnas , onde h ibe rnam a m aior parte do te m po. Quando pe rm ane ça im óve ls e torna invis íve lpara o boitatá.
de s pe rtam , s e não e ncontram nutrição natural na áre a,
canibalizam outros e s píritos para s obre vive r. Quando — O utros
pe rturbado, um boitatá s e m anife s ta para e s pantar pe s s oas Iniciativa: 8
e anim ais . Em cas os e xtre m os , e s s e s s e re s pode m s e Ve l
ocid ad e : 9 m (3 m /s ;10,8 k m /h ) [Fator -4]
tornar ps icófagos . Saúd e : Tam anh o M édio (ve ja abaixo)

— Açõe s Com uns


Ate nção: Prontidão (5,5 dados , + 1 dado s e us ar
olfato)
Esporte s: Es calar (8,5 dados ), Nadar (8,5 dados )
O utros: Furtividade (5,5 dados )

— Com b ate
Com o um a cobra cons tritora, o boitatá te nta
agarrar e im obilizar s ua vítim a, para de pois e s m agar s e us
os s os num abraço m ortal. O q ue o torna ainda m ais
pe rigos o é o fato de q ue s e u corpo s e ince nde ia, pode ndo
m atar a vítim a com as ch am as ante s m e s m o q ue e la s e ja
e s m agada.
Ataq ue s : Agarrar (9 ,5 dados , dif. 8, 3E*),
Cons tritar (após agarrar, 6,5 dados , dano 4L)
De fe sa: Es q uiva (5 dados ), Evas ão (6,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 4, Le tal 4, Entrópico 1,
Fogo 7
O utros: As pe cto Flam e jante (o corpo do boitatá
q ue im a com o um a ch am a de Inte ns idade 1). Ataq ue s com
um as te ris co (*) no dano indicam o dano adicional
caus ado por e s ta h abilidade . Es s e dano é abs orvido e m
s e parado e não é aum e ntado pe los s uce s s os do ataq ue .

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAPACITADO


SAÚDE

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E SPÍR ITO S SUPER IO R ES 53


Cu r u pir a
Nativos das m atas bras ileiras , curupiras s ão Atrib utos: Força 3, Agilidade 10, R e s iliência 4,
e lem e ntais pe rigos os , q ue atorm e ntam pe s s oas q ue As túcia 6, Pe rce pção 6
invadam s e u te rritório. H is tórias populare s os re tratam Aptid õe s: Es porte s 6 (Corrida, Es calar), Es q uiva
com o prote tore s das m atas q ue pre gam pe ças e m 7 (Evas ão x2), Furtividade 6, Prontidão 6, Sobre vivência
caçadore s e m ade ire iros , m as o curupira é um a e ntidade 4
um tanto m ais pe rve rs a: q ualque r um q ue e ntre e m s e u Eid ol on: Ins tinto 8
te rritório pode s e tornar s ua vítim a.
No pas s ado, os índios te m iam as porçõe s de m ata — H ab il id ad e s Espirituais
h abitadas por curupiras . Entrar e m tais te rritórios e xigia Aspe ctos M e nore s: Pe gadas Notáve is . Quando
cuidado para não atrair o e s pírito, e os índios conh e ciam e s tá no m undo fís ico, m e s m o q ue e tére o, o curupira de ixa
dive rs as form as de dis trair a criatura e tornar s e gura a leve s pe gadas por onde pas s a. Es s e s ras tros s ão m uito
pas s age m . Fe lizm e nte , e s s e s e s píritos s e tornaram m ais s uave s e difíce is de pe rce be r, m as um a pe s s oa q ue s aiba o
raros e arre dios , m as ocas ionalm e nte ainda am e açam q ue procura pode notá-las (dificuldade 9 ). O curupira
viajante s incautos . pode tornar as pe gadas m ais vis íve is , s e as s im de s e jar.
O rige m : Ve ge tal Aspe ctos: Alim e ntação Com plem e ntar (dive rs os
Tipo: Variáve l,e m ge ralárvore s típicas da re gião tipos de plantas não-cultivadas ), Pre s s e ntir R e s s onância
Patam ar: 7 (Supe rior) (o curupira o us a para tam bém notar dis túrbios na m ata),
De scrição: Curupiras s ão pe q ue nos h um anóide s , Ve loz
com proporçõe s s im ilare s a crianças . Sua pe le e m ge ralé Anfractos: D om ínio Elem e ntal (Árvore s ) 2,
e s cura, com pos ta por cas cas da árvore q ue originou o Intrus ão 2, Pe rturbação 4
curupira. Se us cabe los s ão folhas de dive rs os tipos , às R e ssonância M áx./Diária: 35/4
ve ze s ve rm e lhas . O s olhos da criatura têm a íris ne gra e Vul ne rab ilid ad e : O curupira te m um a curios i-
pupilas ve rm e lhas ou am are ladas , e nq uanto s e us de nte s dade ins aciáve l e é fas cinado por ch e iros forte s e
s ão fe itos de m ade ira, às ve ze s cobe rtos de lodo ou lim o, agradáve is , inve nçõe s h um anas e pe lo s e u próprio
dando-lhe s um a aparência e s ve rde ada. A caracte rís tica re flexo. Se e ncontra algum obje to e s tranh o abandonado
m ais m arcante do curupira, contudo, s ão s e us pés , q ue s ão na m ata, o curupira pode pe rde r h oras avaliando-o, a
virados para trás . A e s trutura da pe rna, inclus ive joe lhos , ponto de e s q ue ce r-s e de outras tare fas m ais im portante s .
é inve rtida, de form a q ue a criatura ainda é capaz de
corre r a grande s ve locidade s . — O utros
Variaçõe s re gionais de curupira pode m ocorre r, Iniciativa: 16
com alguns adq uirindo caracte rís ticas de anim ais da Ve l
ocid ad e : 25m (8,3 m /s ;30 k m /h ) [Fator + 4]
re gião. Por e xe m plo, alguns curupiras pos s ue m pre s as de Saúd e : Tam anh o M édio (Infantil) (ve ja adiante )
onça no lugar de de nte s de m ade ira, ou pe le ne gra cobe rta
de pêlos ve rm e lhos , ao invés de cas cas de árvore . — Açõe s Com uns
Pe rsonal id ad e : Curupiras s ão s olitários e m ali- Ate nção: Prontidão (6 dados )
cios os , dive rtindo-s e com o de s e s pe ro h um ano. Se u s e ns o Esporte s: Es calar (9 ,5 dados )
de h um or m acabro os im pulsiona a pre gar pe ças O utros: Furtividade (8 dados )
pe rigos as , não s e im portando com a s e gurança de s uas
vítim as . Em bora raram e nte s intam raiva, a de vas tação da — Com b ate
m ata local, fonte de s ua nutrição, pode levá-los a fre ne s is Curupiras e vitam confrontos dire tos , pre fe rindo
de ódio. Contudo, s e s e us ataq ue s não s urgire m e fe ito, a fugir q uando vulne ráve is . Eles pre fe re m us ar s e us
ins is tência h um ana pode forçar o e s pírito a abandonar a Anfractos para confundir pe s s oas , m anipular árvore s e
áre a. caus ar acide nte s . O cas ionalm e nte , curupiras s e m ani-
Curupiras m uitas ve ze s s e tornam s us e ranos de fe s tam vis ive lm e nte para as s us tar pos s íve is obs e rvadore s .
e s píritos m e nore s da re gião, q ue alim e ntam o curupira e m Ataq ue s: Golpe R ápido (1,5 dados , dif. 7, dano
troca da prote ção da áre a. Alguns curupiras , contudo, s ão 1A)
canibais e s pirituais , m ante ndo fora de s ua áre a não s ó De fe sa: Evas ão (11,5 dados )
pe s s oas , com o outros e s píritos e até m e s m o anim ais . Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2

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SAÚDE

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54 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


D r ía d e (E le m e n ta ld a M a d e ir a )
Em bora e s píritos ve ge tais raram e nte “de s pe rte m ” — Atrib utos
e s e torne m m ais do q ue re flexos e tére os de s uas Físicos: Força 6, Agilidade 4, R e s iliência 6
contraparte s fís icas , alguns de les e volue m , adq uirindo M e ntais: Caris m a 4, Pe rce pção 6, Pe rs picácia 5
ins tintos e até inte ligência. O s q ue m ais s e de s e nvolve m
de s s a m ane ira s ão os e s píritos de árvore s , com um e nte — Aptid õe s
ch am ados de “e lem e ntais da m ade ira” por alguns Físicas: (Tale ntos) Briga 2, Es porte s 2, Es q uiva
ocultis tas . 2, Furtividade 4 (Cam uflage m ), Sobre vivência 4
O s m itos dos m ais dive rs os povos falam de s s e s M e ntais: (Tal e ntos) Em patia 3, Lábia 2
s e re s , e m bora s e us nom e s , form as e até com portam e nto (Se dução), Prontidão 6
s e jam variados . O s gre gos os ch am avam de dríade s ,
s e ndo e s te o nom e m ais com um atribuído a e s s e s s e re s no — Vantage ns
ocide nte . Eid ol
on: Ins tinto 5
O rige m : Ve ge tal
Tipo: Árvore s dive rs as . — H ab il id ad e s Espirituais
Patam ar: 4 (Supe rior) Aspe ctos M e nore s: Form a de Árvore . Um a
De scrição: Elem e ntais da m ade ira têm form as dríade pode as s um ir a form a de um a árvore de tipo
dive rs as , m as m uitos gos tam de as s um ir aparência e s pe cífico, com o um a ação bás ica.
fe m inina de notáve lbe leza. Suas pe les pare ce m m ade ira Aspe ctos: Arm adura Natural (1), As pe cto
lus trada, m as s ão s uave s e m acias ao toq ue . Se us cabe los Encantador (us ado raram e nte )
cos tum am s e r e s ve rde ados ou cobe rtos por folhas e flore s . Anfractos: Intrus ão 2, Se nciência 3
Alguns de s s e s e s píritos pre fe re m form as infantis e pode m R e ssonância M áx./Diária: 20/2
pare ce r pe q ue nos due nde s , contudo. Vul ne rab ilid ad e : D ríade s e m ge ral s e ligam a
D ríade s de re giõe s afas tadas da h um anidade um a árvore e s pe cífica, s ua fonte cons tante de nutrição, e
pode m s im ples m e nte pare ce r árvore s com as pe cto jam ais s e afas tam m uito de la. Algum as dríade s s ão tão
anim ales co, com o por e xe m plo galhos e m form a de de pe nde nte s de s s a árvore , q ue s e e la for de rrubada, a
braços com garras ou um a cabe ça be s tialnas ce ndo de s e u dríade s e rá de s truída.
tronco.
Pe rsonal id ad e : Ge ntis e tím idos , e s s e s e s píritos — O utros
pre fe re m pe rm ane ce r nos R e inos Elem e ntais . Alguns , Iniciativa: 9
contudo, s e ancoram a um a árvore no m undo fís ico, Ve l
ocid ad e : 14m (4,6 m /s ;16,8 k m /h ) [Fator + 4]
pe rm ane ce ndo no plano m ate rial e raram e nte voltando Saúd e : Tam anh o M édio (ve ja adiante )
para o m undo e s piritual. Es te s adq uire m grande
curios idade , gos tando de ve r os aconte cim e ntos e as — Açõe s Com uns
atividade s h um anas , m as poucos têm corage m de Ate nção: Prontidão (6 dados )
inte ragir com o plano fís ico. Algum as dríade s , m ais Socialização: Em patia (4,5 dados ), Se dução (4,5
pode ros as , s e m anife s tam para s e duzir h om e ns ou brincar dados )
com crianças , m as e s te com portam e nto é raro.
— Com b ate
D ríade s raram e nte e ntrarão e m com bate , a não s e r
para s e de fe nde re m .
Ataq ue s: Golpe Pe s ado (4 dados , dif. 7, dano 4A)
De fe sa: Es q uiva (3 dados )
Ab sorção: Atordoante 4, Le tal4, Entrópico 1
Espe cial : As pe cto Encantador. O pone nte pre cis a
te s tar Espírito (dif. 8). Se falhar, s ofre -2 dados para
re s is tir ou atacar o e s pírito.

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SAÚDE

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E SPÍR ITO S SUPER IO R ES 55


Gn om o
Elem e ntais s upe riore s da te rra, gnom os s ão Atrib utos: Força 3, Agilidade 6, R e s iliência 7,
e ntidade s s ubte rrâne as , e xis tindo na e s curidão, onde As túcia 4, Pe rce pção 6
cavam túne is e am pliam cave rnas nos R e inos Elem e ntais . Aptid õe s: Briga 2 (Golpe Pe s ado), Es porte s 2
Eles s ão m ais com uns e m m inas ou locais m ontanh os os (Cavar), Es q uiva 4 (Evas ão), Furtividade 6, Prontidão 5,
com com unidade s h um anas próxim as , às ve ze s s e ave ntu- Sobre vivência 3
rando e m vilas ou cidade s para s aciar s ua curios idade Eid ol on: Ins tinto 5
s obre os h ábitos h um anos .
O rige m : Elem e ntal — H ab il id ad e s Espirituais
Tipo: R och as e m inério de fe rro. Aspe ctos M e nore s: Aparição Pe riférica. Gnom os ,
Patam ar: 4 (Supe rior) q uando e s tão e tére os no m undo m ate rial, ocas ionalm e nte
De scrição: Gnom os s ão pe q ue nos h um anóide s , pode m s e r notados com o pe q ue nos vultos na vis ão
alcançando a altura do joe lho de um h om e m adulto. pe riférica de pe s s oas . Es s e fato cos tum a s e r m ais
Fe itos de roch a e te rra, e le s ão de form ados , de as pe cto fre q üe nte e m am bie nte s m al ilum inados . Qualque r
tos co, corcundas e com um a cabe ça longa e pontiaguda. te ntativa de focalizar o vulto faz com q ue e le de s apare ça.
Se us olhos ocas ionalm e nte s ão fe itos de ge m as pre cios as , Aspe ctos: Arm adura Natural (2), Cam inh ar
e às ve ze s gnom os têm barbas ou outros pêlos de as pe cto Subte rrâne o, Cam uflage m (R och as ), Ve loz (+ 4), Vis ão
s im ilar a raíze s de plantas . Noturna
Pe rsonal id ad e : Gnom os vive m e m com unidade s Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Te rra) 3, Intrus ão
s ubte rrâne as no m undo e s piritual, s e m pre am pliando s uas 1
cave rnas e túne is longe da s upe rfície . Ao contrário de R e ssonância M áx./Diária: 20/2
e lem e ntais te rre s tre s m ais s im ples , contudo, gnom os s ão Vul ne rab ilid ad e : Gnom os e s tão acos tum ados
curios os , às ve ze s s aindo para a s upe rfície à noite . Eles com a e s curidão dos s ubte rrâne os . A luz do s ol, q uando
gos tam de obs e rvar as pe s s oas e ocas ionalm e nte incide dire tam e nte s obre e les , os trans form a e m e s tátuas
inte rage m com o m undo fís ico. Contudo, gnom os s ão de pe dra até o anoite ce r s e guinte , q uando re tornam à s ua
m uito tím idos e s e tornam arre dios s e vis tos . Pe rs e guir m obilidade norm al.
um gnom o pode torná-lo agre s s ivo.
Algum as com unidade s de gnom os pode m s e r — O utros
agre s s ivas , caus ando acide nte s e m m inas , de s lizam e ntos Iniciativa: 10
de te rra, m orte de anim ais e outros infortúnios . Em ge ral, Ve l
ocid ad e : 17m (5,6 m /s ;20,4 k m /h ) [Fator + 4]
is s o ocorre q uando e les têm s e u lar pe rturbado por Saúd e : Tam anh o Pe q ue no (ve ja adiante ).
m ine radore s , e xplos õe s ou outros e ve ntos de influência
h um ana. — Açõe s Com uns
Ate nção: Prontidão (5,5 dados )
Esporte s: Cavar (4 dados )
O utros: Es conde r-s e (6 dados , 9 dados e m
am bie nte s roch os os ), M ove r-s e e m Silêncio (6 dados )

— Com b ate
Em bora pre firam e vitar confrontos , gnom os
pode m s e tornar agre s s ivos s e provocados ou
pe rs e guidos . Com unidade s de gnom os te nde m a atacar
e m conjunto, us ando núm e ros para s obre pujar opone nte s
m aiore s . Em adição, e les utilizam s e u D om ínio Elem e ntal
para pre judicar e atacar opone nte s , faze ndo o s olo s e
m ove r pe rigos am e nte , caus ando de s abam e ntos ou
lançando pe dras .
Ataq ue s: Agarrar (2,5 dados , dif. 8), Golpe
Pe s ado (4 dados , dif. 7, dano 2A)
De fe sa: Evas ão (6,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 5, Le tal5, Entrópico 2

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56 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


K itsu n e
K its une s ão e s píritos -rapos a e ncontrados no — Atrib utos
Japão, Coréia e Ch ina (onde s ão tam bém ch am ados h uli Físicos: Força 4, Agilidade 6, R e s iliência 4
jing), conh e cidos com o trapace iros , brincalhõe s e M e ntais: Caris m a 8, Pe rce pção 6, Pe rs picácia 6
s e de ntos por s e ns açõe s fís icas . Em bora s e jam te m idos
com o traiçoe iros na Ch ina e Coréia, h á um forte e lo e ntre — Aptid õe s
os k its une e a cultura japone s a, onde vários s antuários s ão Físicos: (Tale ntos) Briga 4 (M ordida), Es porte s 4
de dicados aos k its une e a Inari, k am i ligado ao arroz e às (Corrida), Es q uiva 4 (Evas ão), Furtividade 5,
rapos as . Sobre vivência 4
O rige m : Be s tial. M e ntais: (Tale ntos) Em patia 4, Etiq ue ta 2, Lábia
Tipo: R apos as , e m ge ralve rm e lhas . 4, Prontidão 4
Patam ar: 7 (Supe rior)
De scrição: K its une m antêm a form a de rapos as , — Vantage ns
e m bora fre q üe nte m e nte te nh am um grande núm e ro de Eid ol
on: Ins tinto 8
caudas (e ntre três e nove ). Eles pode m m udar de form a,
as s um indo as pe ctos h um anos , e m ge ralbe las m ulhe re s , — H ab il id ad e s Espirituais
m as tam bém e xis te m k its une m ach os . Aspe ctos M e nore s: M e tam orfos e . K its une pode m
Pe rsonal id ad e : K its une s ão e s píritos brincalhõe s as s um ir be las form as h um anas , m as a trans form ação é
q ue de s e nvolve ram um e lo forte com as pe s s oas . s e m pre im pe rfe ita: a form a h um ana pode te r cauda de
Inte lige nte s , e s s e s e s píritos apre nde m rapidam e nte a rapos a, pe lage m e m algum as parte s do corpo ou
cultura h um ana, us ando-a para obte r alim e nto e prote ção. caracte rís ticas fe rais no ros to. É pos s íve l notar a
Gos tam m uito de pre gar pe ças , te ndo um s e ns o de h um or im pe rfe ição com um te s te de Pe rce pção + Prontid ão
m uito de s e nvolvido, e pode m s e ape gar às pe s s oas , (dificuldade 6).
prote ge ndo-as ou atorm e ntando-as com afinco. Alguns até Aspe ctos: Alim e ntação Com plem e ntar (Grãos de
m e s m o tom am pos s e de vítim as h um anas , us ando s e us Arroz), Arm am e nto Natural (Pre s as + 1, ape nas form a
corpos para apre ciare m os praze re s da carne , e m e s pe cial be s tial), As pe cto Encantador (ape nas form a h um ana ou
be bidas alcoólicas , com ida e atividade s s e xuais . No e m pos s e de um h um ano), Pre s s e ntir R e s s onância,
Japão, vítim as de pos s e s s ão por e s píritos -rapos a s ão Se ntidos Aguçados (Audição, O lfato), Vis ão Noturna
ch am ados k its une ts uk i. Anfractos: Intrus ão 3, Pe rturbação 3, Se nciência
5
R e ssonância M áx./Diária: 35/4
Vul ne rab ilid ad e : K its une , por m ais caóticos e
luxurios os q ue s e jam , s ão leais à s ua palavra. Se um
k its une s e apaixonar por um h um ano, for alim e ntado com
adoração ou fize r um a jura a um a pe s s oa, e le s e tornará
incrive lm e nte leal. Em bora continue a s e r um e s pírito
brincalhão, e le prote ge rá um a pe s s oa q ue rida com todas
as s uas forças .
— Com b ate
K its une pre fe re m fugir a lutar, us ando s e us — O utros
Anfractos para confundir ou am e drontar pe rs e gui- Iniciativa: 12
dore s , m as s e acuados pode m re ve rte r à form a de Ve l
ocid ad e : Com o rapos a: 26m (8,6 m /s ; 31,2
rapos a, atacando opone nte s fe rozm e nte com s uas k m /h ) [Fator + 12];
pre s as . Se s oube re m q ue e s tão am e açados , m as não Com o h um ano: 18m (6 m /s ;21,6 k m /h ) [Fator + 4]
s ob ris co dire to, k its une te ntarão as s um ir form a fís ica Saúd e : Tam anh o m édio (ve ja adiante ).
ou tom ar um corpo h um ano para re alizar intrigas
contra s e us pe rs e guidore s . — Açõe s Com uns
Ataq ue s: Golpe R ápido (4 dados , dano 2A), Ate nção: Prontidão (5 dados , + 1 s e us ar audição,
M ordida (5,5 dados , dano 3L) + 1 s e us ar olfato)
De fe sa: Evas ão (6,5 dados ) Esporte s: Ace lerar (5,5 dados ), Es calar (4 dados ),
Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2 Saltar (4 dados )
Espe cial : As pe cto Encantador (Ape nas Form a Social ização: Em patia (5 dados ), Se dução (6
H um ana). O pone nte pre cis a te s tar Espírito (dif. 8). Se dados )
falhar, s ofre -2 dados para re s is tir ou atacar o e s pírito. O utros: Furtividade (5,5 dados )

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On d in a
“Ninfas ” da água, ondinas s ão e lem e ntais Atrib utos: Força 6, Agilidade 5, R e s iliência 6,
s upe riore s , conh e cidos por s ua grande be leza e As túcia 7, Pe rce pção 4
capacidade de e nfe itiçar pe s s oas . Elas e xis te m s ob as Aptid õe s: Briga 4 (Agarrar), Es porte s 5
águas , m as s ua curios idade as im pulsiona para a (Natação), Es q uiva 5 (Evas ão), Furtividade 5, Prontidão
s upe rfície . Incapaze s de e nte nde r q ue s e re s te rre s tre s não 4, Sobre vivência 2
cons e gue m re s pirar s ubm e rs os , às ve ze s levam Eid ol on: Ins tinto 6
m arinh e iros e pe s cadore s à m orte , atraindo-os para o frio
abraço das profunde zas . — H ab il id ad e s Espirituais
O ndinas s ão ape nas um a das m uitas form as de Aspe ctos M e nore s: Cam inh ar nas Águas .
e lem e ntais da água. Criaturas s im ilare s , com o s e re ias , O ndinas pode m tanto nadar pe rfe itam e nte , com o
nixie s , ne re idas , k orrigans , m organs , rus alkas , yaras e cam inh ar s obre as águas , com o s e fos s e m um a s upe rfície
tantas outras , e xis te m e m todas as parte s do m undo, s ólida.
ge rando as m ais dive rs as lendas de e ntidade s fe m ininas Aspe ctos: Arm am e nto Natural (garras e pre s as ,
q ue h abitam águas proibidas . s om e nte q uando e nfure cidas , + 1), As pe cto Ate rrorizante
O rige m : Elem e ntal (q uando e nfure cidas ), As pe cto Encantador (s e m pre ,
Tipo: Águas , e m ge ral de um tipo e s pe cífico, e xce to s e e nfure cidas ), R e s is tência a Elem e nto (Frio),
com o rios , lagos , cach oe iras ou oce ânicas . Ve loz (na água, + 8)
Patam ar: 5 (Supe rior) Anfractos: D om ínio Elem e ntal (Água) 2,
De scrição: O ndinas têm a form a h um anóide , e m Intrus ão 3, Se nciência 2
ge ral fe m inina ou andróge na. Sua pe le e s tá s e m pre R e ssonância M áx./Diária: 25/3
úm ida, m e s m o fora d’água, e s e us cabe los e olhos Vul ne rab ilid ad e : O ndinas pre cis am s e banh ar
cos tum am te r core s e xóticas . Algum as têm ainda traços cons tante m e nte . Quando e s tão fora d’água, e las s ão
angulare s , com o ore lhas pontiagudas e narize s e q ue ixos incapaze s de re cupe rar R e s s onância. Em adição, águas
finos . Ce rtas variaçõe s de ondina pode m te r form as poluídas ou s e m vida não as alim e ntam .
be s tiais vigoros as , com o a de um cavalo, ou caracte -
rís ticas de pe ixe s ou ce táce os , com o cauda no lugar da — O utros
parte infe rior do corpo. Em ge ral, ondinas s e apre s e ntam Iniciativa: 12
nuas , m as algum as de coram o corpo com conch as , Ve l
ocid ad e : 15m (5 m /s ;18 k m /h ) [Fator + 4];
pérolas e obje tos e ncontrados e m naufrágios . Quando Na água: 19 m (6,3 m /s ;22,8 k m /h ) [Fator + 0]
e nfure cidas , e las adq uire m um as pe cto grote s co, com Saúd e : Tam anh o M édio (ve ja abaixo)
garras e pre s as , para atacar s e us ofe ns ore s .
Pe rsonal id ad e : O ndinas s ão curios as , vigiando e — Açõe s Com uns
s e ave nturando no m undo s e co, m as nunca s e afas tam Ate nção: Prontidão (4 dados )
de m ais da água. Elas s ão m uito inte re s s adas , até atraídas , Esporte s: Ace lerar Natação (7 dados )
pe los s e re s h um anos , e te nde m a s e m anife s tar q uando O utros: Furtividade (5 dados )
e ncontram pe s s oas s olitárias nas proxim idade s de s uas
águas . Poucas ondinas têm a capacidade de s e — Com b ate
m ate rializar, e ntão e m ge ral e las us am ape nas s ua O ndinas us arão s e u As pe cto Encantador para
aparição para atrair pe s s oas para a água. As ondinas q ue atordoar um a vítim a e de ixá-la vulne ráve l, agarrando-a e
as s um e m form a m ate rialapre ciam as s e ns açõe s , atraindo arras tando-a para as águas . Se re s is tidas ou confrontadas ,
h om e ns ou m ulhe re s e incitando-os a atividade s s e xuais . pode m s e tornar agre s s ivas , criando garras e pre s as para
Algum as , contudo, s ão tam bém ps icófagas , de vorando atacar. Se o confronto s e de r na água, us arão s e u D om ínio
vítim as após afogá-las ou q uando s e cans am de s ua Elem e ntalpara atrapalhar a natação da vítim a e provocar
pre s e nça. ataq ue s com ondas pode ros as .
Ataq ue s: Agarrar (6,5 dados , dif. 8), Garras (5
dados , dano 4L), Pre s as (após agarrar, 5 dados , dif. 4,
dano 4L)
De fe sa: Evas ão (6,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 3, Le tal3, Frio 6
Espe cial : As pe cto Ate rrorizante . Pe s s oas
am e açadas por um a ondina furios a pre cis am te s tar contra
pânico (dificuldade 8); As pe cto Encantador. O pone nte
pre cis a te s tar Espírito (dif. 8). Se falhar, s ofre -2 dados
para re s is tir ou atacar o e s pírito. Am bos os As pe ctos não
pode m s e r us ados s im ultane am e nte .

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58 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


Pássa r o- Tr ovão
Se gundo as h is tórias indíge nas da Am érica do Atrib utos: Força 8, Agilidade 6, R e s iliência 6,
Norte , o pás s aro-trovão é um a ave m aje s tos a, cujo bate r As túcia 4, Pe rce pção 8
de as as provoca trovõe s e atrai te m pe s tade s . Para os Aptid õe s: Briga 6 (Garras ), Es porte s 4 (Vôo),
índios , e s s e e s pírito e ra um prote tor, caçando e de vorando Es q uiva 6 (Evas ão), Furtividade 5 (Vôo Silencios o),
e s píritos m alignos q ue atorm e ntavam as tribos . Em bora Prontidão 6, Sobre vivência 4
os pás s aros -trovão s e jam um a particularidade da Am érica Eid ol on: Ins tinto 7
do Norte , outros e s píritos s im ilare s pode m s e r
e ncontrados e m outras re giõe s do m undo. — H ab il id ad e s Espirituais
O rige m : Be s tial. Aspe ctos M e nore s: Aura de te m pe s tade . Pás s aros -
Tipo: Ave de R apina, e m ge raláguias , falcõe s ou trovão s ão acom panh ados por ve nto, trovão e nuve ns . Sua
gaviõe s . pre s e nça e s te ndida pode atrair ch uva.
Patam ar: 7 (Supe rior) Aspe ctos: Alim e ntação Com plem e ntar
De scrição: Pás s aros -trovão lem bram águias ou (Te m pe s tade s ), Arm am e nto Natural(Garras + 2, Bico + 2),
falcõe s , m as de um tam anh o tão im pre s s ionante q ue As as Funcionais , As pe cto R e lam pe jante (dano 5A),
pode ria carre gar facilm e nte um a vítim a h um ana. O s olhos R ajada Elem e ntal (Eletricidade ), Se ntidos Aguçados
de pás s aros -trovão brilham e m re lâm pago, e e letricidade (Vis ão), Ve loz (+ 4), Vis ão Noturna
às ve ze s pode s e r vis ta corre ndo e ntre s uas pe nas . Quando Anfractos: D om ínio Be s tial(Ave s de R apina) 3,
e nfure cidos , s e us corpos produze m pode ros as de s cargas D om ínio Elem e ntal(Eletricidade ) 2, Se nciência 2
e létricas . R e ssonância M áx./Diária: 35/4
Pe rsonal id ad e : Um pás s aro-trovão é um pre dador Vul ne rab il id ad e : Cas o o pás s aro-trovão não s e
letal, voando alto nos céus do re ino e s pirituale m bus ca de alim e nte de pe lo m e nos um e s pírito e m um dia, s e u gas to
pre s as , e m e s pe ciale s píritos be s tiais . Eles pre fe re m caçar de R e s s onância diário é dobrado no próxim o am anh e ce r.
outros e s píritos , m as tam bém pode m s e alim e ntar da
re s s onância de ave s de rapina e te m pe s tade s . O pás s aro- — O utros
trovão te m pouco inte re s s e no m undo m ate rial, Iniciativa: 10
norm alm e nte atrave s s ando a barre ira e ntre m undos para Ve l
ocid ad e : Em te rra: 10m (3,3 m /s ; 12 k m /h )
pe rs e guir pre s as q ue te ntam fugir através de la. Contudo, [Fator -4];
no pas s ado algum as tribos indíge nas adoravam o pás s aro- Em vôo: 42m (14 m /s ;50,4 k m /h ) [Fator + 20]
trovão, ge rando um a re lação totêm ica e ntre e s s e e s pírito e Saúd e : Tam anh o M édio (ve ja abaixo).
s e us de votos h um anos .
— Açõe s Com uns
Ate nção: Prontidão (6 dados , + 1 s e e nvolve r
vis ão)
Esporte s: M anobras Aére as (6,5 dados )
O utros: Vôo Furtivo (7 dados )

— Com b ate
Um pás s aro-trovão voa alto, m e rgulhando
s ubitam e nte para atacar com s uas garras e apre s ar a
vítim a. Se o alvo re s is tir ou o pás s aro for forçado a
pous ar, o e s pírito te nta bicá-lo nos turnos s e guinte s . Se
atacado por m últiplos opone nte s , o pás s aro-trovão
pe rm ane ce voando e dis parando re lâm pagos .
Ataq ue s: Garras (8,5 dados , dano 6L + 5A*,
apre s ar), Bico (7 dados , dano 6L + 5A*), R e lâm pago
(As pe cto, 6 dados , dano 7A, 10m )
De fe sa: Evas ão (7,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 3, Le tal3
O utros: As pe cto R e lam pe jante (tocar o pás s aro-
trovão caus a ch oq ue de cinco pontos de dano atordoante ).
Ataq ue s com um as te ris co (*) no dano indicam o dano
adicional caus ado por e s ta h abilidade . Es s e dano é
abs orvido e m s e parado e não é aum e ntado pe los s uce s s os
do ataq ue .

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E SPÍR ITO S SUPER IO R ES 59


Pixie
Es píritos dos ve ntos q ue pe rcorre m cam pos , Atrib utos: Força 1, Agilidade 8, R e s iliência 4,
colinas e bos q ue s , pixie s e ntraram no im aginário popular As túcia 6, Pe rce pção 6
com o a figura clás s ica das fadas : pe q ue nos h um anóide s Aptid õe s: Es porte s 6 (Vôo), Es q uiva 6 (Evas ão),
voadore s , com as as de borboleta. Na prática, contudo, Furtividade 6 (Es conde r-s e ), Prontidão 4, Sobre vivência 2
pixie s s ão e ntidade s e s pirituais originárias do s ul da Eid ol on: Ins tinto 5
Inglate rra. Suas form as s ão be m dive rs ificadas , com
as pe ctos tanto h um anos com o ins e ctóide s , e s e u — H ab il id ad e s Espirituais
com portam e nto não é tão am igáve lq uanto as h is tórias Aspe ctos M e nore s: Pre s e nça Pixie . Quando um
gos tam de re tratar. pixie de s e ja ch am ar ate nção, e le pode faze r s e u corpo
O rige m : Elem e ntal. brilhar e e m itir s ons dive rs os (e m ge ralpe q ue nos s inos
Tipo: Ve ntos (e m ge ral de cam pos , colinas ou ou voze s ). Em am bie nte s s ilencios os , e s s e s s ons pode m
bos q ue s ). s e r ouvidos com o e cos dis tante s por s e re s fís icos cas o o
Patam ar: 4 (Supe rior) pixie e s te ja e tére o no m undo m ate rial.
De scrição: Pixie s s ão pe q ue nos h um anóide s Aspe ctos: As as Funcionais , As pe cto Lum inos o,
alados com traços fe m ininos e raram e nte m ais de 15cm Cam uflage m (Ve ge tação), Ve loz (voando), Vis ão Noturna
de altura. Sua pe le é lum inos a, de traços indis tintos e Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Ar) 2, Intrus ão 2,
olhos vibrante s , e alguns s ão acom panh ados por nuve ns Pe rturbação 2
de poe ira ou névoa. Alguns pixie s têm aparência próxim a R e ssonância M áx./Diária: 20/2
da h um ana, m as de traços angulare s , ore lhas pontudas e Vul ne rab ilid ad e : Pixie s s ão e xtre m am e nte
longos cabe los q ue lem bram pêlos de anim ais . Suas as as s e ns íve is à poluição, de vas tação e violência. Eles s ão
s e pare ce m com as de ins e tos , particularm e nte borboletas , incapaze s de re cupe rar R e s s onância e m locais com pouca
m as alguns pode m te r as as s im ilare s às de pás s aros . pre s e nça natural(cidade s , inte rior de cas as ), poluídos ou
M uitos pixie s têm ainda caracte rís ticas de ins e tos , com o violentos , as s im com o e m nodos ne gros ou s om brios .
olhos largos e m ulti-face tados , ante nas , abdom e de ins e to
com m últiplas patas abaixo da cintura e até fe rrõe s . — O utros
Pe rsonal id ad e : Curios os e im pulsivos , pixie s Iniciativa: 14
gos tam de obs e rvar as pe s s oas e im itar s e u Ve l
ocid ad e : Cam inh ando: 5m (1,6 m /s ; 6 k m /h )
com portam e nto e s ons , e m bora te nh am dificuldade e m s e [Fator -4];
com unicar. Es s e s e s píritos s ão m uito brincalhõe s , Voando: 21m (7m /s ;25,2 k m /h ) [Fator + 4]
dis traindo viajante s e pre gando pe q ue nas pe ças , e m ge ral Saúd e : Tam anh o M inús culo (ve ja abaixo)
ignorando os danos e problem as q ue caus am ne s s as
brincade iras . Alguns pixie s , contudo, gos tam de ajudar as — Açõe s Com uns
pe s s oas , us ando s e us pode re s para ge rar coincidências Ate nção: Prontidão (5 dados )
fortuitas . Se ofe ndido ou as s us tado, um pixie pode s e Esporte s: Ace lerar Vôo (6,5 dados )
tornar vingativo e rancoros o. É m uito com um q ue cada O utros: Furtividade (7 dados , 10 dados s e h ouve r
pixie de s e nvolva algum a m ania, pas s ate m po ou obs e s s ão ve ge tação)
à q uals e de dica cons tante m e nte .
— Com b ate
— Enxam e d e Pixie s Pixie s não e ntram e m com bate , pre fe rindo e vadir
Às ve ze s , dive rs os pixie s pode m s e unir para ataq ue s e nq uanto foge m . Pixie s us arão s e u D om ínio
atacar um alvo e m bando. Em ge ral, os e s píritos Elem e ntalpara atrapalhar o opone nte , o q ue e xige um
us arão e s pinh os com o arm as ou fe rrõe s naturais para ponto de R e s s onância por ce na. Contudo, com o dom ínio
atacar, ce rcando a vítim a com o um e nxam e e ativo, e s s e s e s píritos s e tornam capaze s de atacar com
apunh alando-a até q ue fuja ou m orra. rajadas de ve nto. Se m últiplos pixie s e s tive re m pre s e nte s ,
Básico: Iniciativa + 14, Ve locidade 21m (7m /s ; e les s e ajudarão e atacarão e m bando.
25,2 k m /h ), Saúde : 10 níve is . Ataq ue s: R ajada de Ve nto (Anfracto, 1
Ataq ue s: Fe rroadas (10 dados , dano 0L); R e s s onância, 5 dados , dano 5A)
Anfractos (ação livre 1/turno, bas ta um pixie do grupo De fe sa: Evas ão (8,5 dados )
us ar s e us Anfractos e nq uanto os de m ais atacam ). Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2

SÉR IO GR AVE
SAÚDE

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60 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


S a ci
Um as pe cto do ar e do fogo, s acis s ão e s píritos Atrib utos: Força 5, Agilidade 10, R e s iliência 5,
caóticos originários do s uldo Bras il. Fe itos de cinzas , As túcia 4, Pe rce pção 6
ve nto e bras as , os s acis vagam cons tante m e nte pe lo Aptid õe s: Briga 5 (Golpe R ápido), Es porte s 6
m undo e s piritual, às ve ze s ade ntrando o plano m ate riale (Es calar, Vôo), Es q uiva 5 (Evas ão), Furtividade 4,
atorm e ntando pe s s oas incautas q ue atrave s s am s e u Prontidão 4, Sobre vivência 4
cam inh o. Eid ol on: Ins tinto 6
O rige m : Elem e ntal.
Tipo: R e de m oinh os de Ve nto. — H ab il id ad e s Espirituais
Patam ar: 6 (Supe rior) Aspe ctos M e nore s: M udança de Form a. O s aci
De scrição: Sacis pode m alte rnar e ntre três pode alte rnar e ntre três form as : h um anóide , pás s aro ou
form as , à vontade . A prim e ira é a de um pe q ue no pás s aro re de m oinh o. Alguns de s e us As pe ctos s ó funcionam e m
ne gro, com pos to por cinzas e bras as , e com olhos um a form a e s pe cífica. Trans form ar de um a form a para
ve rm e lhos e brilhante s . outra é um a ação com pleta q ue e xige conce ntração.
A s e gunda form a, a m ais conh e cida, é a de um s e r Aspe ctos: Alim e ntação Com plem e ntar (Fum aça),
baixo e ne gro, lige iram e nte h um anóide , com pos to por As as Funcionais (s om e nte com o pás s aro), Corpo
ve nto e fum aça. A face do s aci é um a m as s a de fum aça Efêm e ro (e xce to com o pás s aro), R ajada Elem e ntal
e m cons tante m ovim e nto, s e m nariz ou boca, com olhos (Ve nto, com o re de m oinh o, ou fogo, com o h um anóide ),
ve rm e lhos brilhante s e bras as incande s ce nte s s obre a Pre s s e ntir R e s s onância, Ve loz (+ 4 com o pás s aro, + 12
cabe ça. Ne s ta form a, da cintura para baixo, a criatura é com o re de m oinh o)
e rguida por um a coluna de fum aça, o q ue pode te r Anfractos: D om ínio Elem e ntal (Ve ntos ) 3,
originado a cre ndice popular de q ue o s aci é um ne grinh o Intrus ão 2, Pe rturbação 3
com um a pe rna s ó. Ne s ta form a, o corpo do s aci libe ra R e ssonância M áx./Diária: 30/3
fum aça cons tante m e nte , q ue pode s e r vis ta à dis tância. Vul ne rab il id ad e : Incapaz de aq uie tar-s e ou de
Por fim , ocas ionalm e nte , um s aci pode as s um ir a conce be r algo q ue pode pre ndê-lo, um s aci q ue é
form a de um re de m oinh o de ve nto, us ando-a para viajar apris ionado e ntrará e m h ibe rnação até q ue s e ja libe rto.
grande s dis tâncias rapidam e nte .
Pe rsonal id ad e : O s aci é um e s pírito caótico, q ue — O utros
te m paixão por de s truição e confus ão. Com o os ve ntos Iniciativa: 14
q ue de ram form a ao e s pírito, e le gos ta de e s palhar e Ve locid ad e : (H um anóide ) 19 m (6,3 m /s ; 22,8
de rrubar cois as , m as tam bém s e dive rte ate rrorizando ou k m /h ) [Fator + 4];
até m ach ucando outras criaturas . D e vido à raridade de s ua (Vôo, Pás s aro) 35m (11,6m /s ; 42 k m /h ) [Fator
nutrição, s acis com fre q üência caçam e de voram outros + 12];
e s píritos , e m ge ralos de anim ais pe q ue nos . (R e de m oinh o) 39 m (13 m /s ; 46,8 k m /h ) [Fator
+ 12]
Saúd e : Tam anh o M édio (Infantil) (ve ja adiante ).

— Açõe s Com uns


Ate nção: Prontidão (5 dados )
Esporte s: Ace lerar Vôo (7 dados ), Es calar (7
dados ), O utros (5,5 dados )
O utros: Furtividade (7 dados )

— Com b ate
Sacis us am s e us Anfractos para confundir e atacar
pe s s oas . Se s urge a ne ce s s idade , e les us am s e u D om ínio
Elem e ntal para pos s uíre m um a m as s a de ve ntos ou
fum aça e as s um ire m form a fís ica.
Ataq ue s: Golpe R ápido (6,5 dados , dano 2A),
R ajada de Fogo (6 dados , dano 0E), R ajada de Ve ntos
(As pe cto, 6 dados , dano 6A)
De fe sa: Evas ão (9 dados )
Ab sorção: Atordoante 2, Le tal2

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAPACITADO


SAÚDE

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E SPÍR ITO S SUPER IO R ES 61


S a la m a n d r a
Es píritos do fogo te nde m a h ibe rnar por longos — Atrib utos
pe ríodos , aguardando q ue incêndios e ch am as naturais Físicos: Força 10, Agilidade 2, R e s iliência 8
pos s am de s pe rtá-los . Conform e ganh am pode r, contudo, M e ntais: Caris m a 6, Pe rce pção 5, Pe rs picácia 6
e s s e s e lem e ntais ganh am afinidade por anim ais , e m ge ral
pás s aros ou répte is , para am pliar a ofe rta de re s s onância. — Aptid õe s
Salam andras s ão e lem e ntais do fogo q ue as s um iram a Físicas: (Tal e ntos) Briga 6 (M ordida), Es porte s
form a de lagartos . 4, Es q uiva 4, Furtividade 2 (Im óve l), Sobre vivência 3
Es s e s s e re s s ão s ábios e curios os , gos tando da M e ntais: (Tal e ntos) Intim idação 6 (Am e aças ),
adoração e das inovaçõe s h um anas . D e grande inte li- Prontidão 5 (Áre as Naturais ), (Conh e cim e ntos) Cultura
gência, s alam andras pode m falar e gos tam de conve rs ar, 2 (Cos tum e s ), O cultis m o 2
m as s ua nature za flam e jante as torna im pulsivas e pode
levá-las a e xplos õe s s úbitas de fúria q uando ofe ndidas . — Vantage ns
Um a s alam andra calm a é ape nas um pe q ue no réptil, m as Eid ol
on: Ins tinto 8
um a furios a cre s ce a proporçõe s e norm e s , a ponto de s e r
confundida com um dragão. — H ab il id ad e s Espirituais
O rige m : Elem e ntal Aspe ctos M e nore s: Tam anh o Volúve l. Pe q ue na e
Tipo: Fogo inofe ns iva q uando calm a, um a s alam andra cre s ce e s e
Patam ar: 8 (Supe rior) inflam a q uando e s tá agitada. Todos os te s te s de Força da
De scrição: Um a s alam andra calm a é s im ilar a um s alam andra s ofre m -2 dados q uando e la e s tá calm a.
lagarto, crocodilo ou cobra. Suas e s cam as têm core s vivas Aspe ctos: Alim e ntação Com plem e ntar (répte is ),
am are las ou ave rm e lhadas , e s e us olhos de m ons tram Arm adura Natural (2, q uando ne rvos o), Arm am e nto
grande inte ligência. Quando e ne rvada, contudo, e la cre s ce Natural(Garras e Pre s as ), As pe cto Ate rrorizante (q uando
e m tam anh o, até s e tornar m aior do q ue s e re s h um anos . ne rvos o), As pe cto Flam e jante (Inte ns idade 1, q uando
Ch am as irrom pe m de s uas e s cam as , e s e u bafo s e torna ne rvos o), R ajada Elem e ntal (Fogo), R e s is tência a
puro fogo. Elem e nto (Fogo), Pre s s e ntir R e s s onância, Vis ão Noturna
Pe rsonal id ad e : Curios as , as tutas e m anipula- Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Fogo) 2, Intrus ão
doras , s alam andras valorizam conh e cim e nto e têm longa 3, Se nciência 3
m e m ória. Salam andras pre fe re m um a fach ada calm a de R e ssonância M áx./Diária: 40/4
frie za, e s conde ndo s ua grande im pulsividade , m as ficam Vul ne rab ilid ad e : A fúria de um a s alam andra a
ne rvos as e violentas rapidam e nte cas o contrariadas . de ixa fam inta e e xaus ta. Cas o s e agite pe lo m e nos um a
Salam andras re úne m e s píritos m e nore s com o s e rvos , m as ve z ao dia, s e u cons um o diário de R e s s onância s e rá
algum as gos tam do praze r da caça, canibalizando dobrado no am anh e ce r s e guinte . A s alam andra pode
e s píritos q uando pos s íve l. e vitar e s s e cons um o e xage rado h ibe rnando ante s do
Em bora pre firam pe rm ane ce r no m undo e s piritual, am anh e ce r, m as s e rá incapaz de de s pe rtar de s ta
s alam andras às ve ze s s e ave nturam no plano fís ico, onde h ibe rnação ante s q ue um dia inte iro (24h ) te nh a s e
te ntam apre nde r m ais s obre os h um anos , ocas ionalm e nte pas s ado.
ate rrorizando-os para obte r adoração (algo cada ve z m ais
raro nos dias atuais ). Algum as s e tornam ps icófagas . — O utros
Iniciativa: 8
— Com b ate Ve l
ocid ad e : 10m (3,3 m /s ;12 k m /h ) [Fator + 4]
Violentas , s alam andras atacam com garras , Saúd e : Tam anh o M édio (adiante , inde pe nde de
pre s as e s e u s opro incande s ce nte . s e u tam anh o atual)
Ataq ue s: Baforada de Ch am as (4,5 dados ,
dano 0E), Garras (8 dados , dano 6L+ 1E*), Pre s as (9 ,5 — Açõe s Com uns
dados , dano 6L+ 1E*, apre s ar) Ate nção: Prontidão (5,5 dados ; 7 dados e m áre as
De fe sa: Es q uiva ou Evas ão (3 dados ) naturais )
Ab sorção: Atordoante 4, Le tal4, Fogo 6; Se Conh e cim e ntos: Cos tum e s h um anos (5,5 dados ),
e nfure cida: Atordoante 6, Le tal6, Entrópico 2, Fogo 8 Cultura (4 dados ), O cultis m o (4 dados )
Espe cial : As pe cto Ate rrorizante . Pe s s oas am e a- Esporte s: Es calar (7 dados ), Natação (7 dados ),
çadas te s tam contra pânico (dificuldade 8); As pe cto Saltar (7 dados )
Flam e jante (corpo q ue im a com o ch am a de Inte ns idade Social ização: Intim idação (6 dados ; 7,5 dados s e
1). D anos m arcados com as te ris co (*) s ão adicionais us ar am e aças ), O utros (3 dados , + 1 dif.)
caus ados por e s ta h abilidade , s e ndo abs orvidos e m O utros: Furtividade (3 dados ; 6,5 dados s e
s e parado e não aum e ntados pe los s uce s s os do ataq ue . im óve l)

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62 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


S ílfid e
Sílfide s s ão e ntidade s s upe rioras do ar. M ais Atrib utos: Força 5, Agilidade 8, R e s iliência 3,
pas s ivas q ue a m aioria dos e s píritos , s e conte ntam e m As túcia 6, Pe rce pção 6
viajar pe los céus e vigiar o m undo. Elas gos tam de Aptid õe s: Es porte s 4 (Vôo), Es q uiva 7 (Evas ão),
atrave s s ar a barre ira e ntre os m undos , m as raram e nte Furtividade 7 (M ove r-s e e m Silêncio), Prontidão 4,
inte rage m com o plano fís ico. R itualis tas ocas ionalm e nte Sobre vivência 3
as invocam para obte r inform açõe s ou pe dir favore s , Eid ol on: Ins tinto 5
com o vigiar um rival ou carre gar um a m e ns age m .
Em bora não pos s am falar, s ílfide s pode m s e com unicar — H ab il id ad e s Espirituais
por m e ns age ns e m páticas . Aspe ctos M e nore s: Ne nh um .
O rige m : Elem e ntal. Aspe ctos: Cam inh ar Aére o, Cam uflage m (A Céu
Tipo: Bris as ou ve ntos inte ns os . Abe rto), Corpo Efêm e ro, Se ntidos Aguçados (Vis ão),
Patam ar: 5 (Supe rior) Ve loz (+ 12)
De scrição: Sílfide s s ão m as s as de ar, de line adas Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Ar) 3, Intrus ão 1,
por névoas s uave s , q uas e invis íve is . D e as pe cto Se nciência 2
h um anóide , e m ge ralfe m inino, o corpo de las é com prido R e ssonância M áx./Diária: 25/3
e flexíve l, s e rpe nte ando por e ntre obje tos e obs táculos Vul ne rab ilid ad e : Sílfide s s ão criaturas fráge is .
e nq uanto voam pe los are s . Quando param , flutuando Com o h um anos , e ao contrário de outros e s píritos , e las
ge ntilm e nte com o s e fos s e m pe s s oas im e rs as e m água, s ão vulne ráve is a danos letais , não pode ndo abs orvê-los
s e us corpos tom am dim e ns õe s h um anas e tornam -s e m ais naturalm e nte .
vis íve is .
Pe rsonal id ad e : Curios as e brincalhonas , s ílfide s — O utros
viajam pe los are s s e m m uita pre ocupação, acom panh ando Iniciativa: 14
corre nte s de ve nto para s e alim e ntare m . Elas gos tam de Ve l
ocid ad e : (Vôo) 45m (15 m /s ; 54 k m /h ) [Fator
obs e rvar o m undo m ate riale as pe s s oas , m as s ão aris cas , + 16]
fugindo ao m e nor s inalde pe rigo. Se aproxim adas com Saúd e : Tam anh o M édio (ve ja abaixo).
cuidado, s ílfide s pode m s e r bas tante ge ntis e
brincalhonas , e m bora s ua ignorância q uanto à condição — Açõe s Com uns
h um ana pos s a fazê-las colocar pe s s oas e m pe rigo Ate nção: Prontidão (5 dados ;+ 1 s e us ar vis ão)
(arre m e s s ando-as com força ou largando-as e m pleno ar, Esporte s: M anobras Aére as (7,5 dados )
por e xe m plo). O utros: Es conde r-s e (7,5 dados ; + 3 s ob céu
abe rto), M ove r-s e e m Silêncio (9 dados ; + 3 s ob céu
abe rto)

— Com b ate
Sílfide s e vitam com bate , us ando s e u D om ínio
Elem e ntalpara atrapalhar e atacar opone nte s e nq uanto
te ntam fugir e s e e s conde r.
Ataq ue s: Ne nh um .
De fe sa: Evas ão (9 dados )
Ab sorção: Atordoante 1

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E SPÍR ITO S SUPER IO R ES 63


S pr igga n / Tr oll
Criaturas de m uitos nom e s e face s , s priggans e Atrib utos: Força 8, Agilidade 6, R e s iliência 8,
trolls s ão e s píritos s e lvage ns e violentos , s e re s vis q ue As túcia 2, Pe rce pção 6
pe ram bulam pe los R e inos Elem e ntais , de vorando outros Aptid õe s: Briga 6 (Garras ), Es porte s 6 (Es calar),
e s píritos para s obre vive r, m as tam bém h ibe rnando por Es q uiva 4, Furtividade 4 (Es pre itar), Prontidão 4,
longos pe ríodos . Spriggans ocas ionalm e nte inte rage m Sobre vivência 4
com o m undo m ate rial ao pe rs e guir pre s as através da Eid ol on: Ins tinto 6
barre ira e ntre m undos , m as e m ge ralpre fe re m ignorá-lo.
Alguns s priggans , contudo, s e tornam ps icófagos após — H ab il id ad e s Espirituais
e ntrar e m contato com h um anos . Es píritos s im ilare s a Aspe ctos M e nore s: Ne nh um .
s priggans e trolls e xis te m e m todas as parte s do m undo, Aspe ctos: Arm adura Natural (1, não funciona
s e ndo re conh e cidos por cada povo com dife re nte s nom e s contra fogo), Arm am e nto Natural (Garras e Pre s as ),
e form as . As pe cto Ate rrorizante , Se ntidos Aguçados (Audição,
O rige m : Elem e ntal O lfato, Vis ão), Ve loz (+ 4), Vis ão Noturna
Tipo: Lam a, e m ge ralde pântanos ou de m arge ns Anfractos: Intrus ão 3
fluviais . R e ssonância M áx./Diária: 30/3
Patam ar: 6 (Supe rior) Vul ne rab ilid ad e : Spriggans te m e m o fogo e o
De scrição: Spriggans s ão s e re s grote s cos , altos , s ol. Quando fe ridos por fogo, e les apavoram e re cuam o
corcundas e com braços longos e garras . Sua pe le é m ais rápido pos s íve l. Quando e xpos tos à luz s olar, e les
e s ve rde ada, cobe rta por lam a, e s e us olhos s ão profundos s ofre m com o s e fos s e um a ch am a (3 pontos de dano
e ne gros . Eles têm grande s bocarras , ch e ias de de nte s e ntrópico por turno). Um s priggan pode h ibe rnar,
dis form e s de tam anh os variados . Contudo, cada s priggan tornando-s e um a e s tátua de pe dra, para e vitar o dano por
te m caracte rís ticas únicas , com o ch ifre s , cauda ou luz s olar.
as pe ctos be s tiais , q ue com plem e ntam s ua aparência
abom ináve l. — O utros
Pe rsonal id ad e : Spriggans s ão m áq uinas de m atar, Iniciativa: 8
pre dadore s cruéis q ue s e de liciam e m de vorar tudo o q ue Ve locid ad e : 28m (9 ,3 m /s ;33,6 k m /h ) [Fator + 4]
s e m ove . Em ge ral, e les ignoram e s píritos ve ge tais , Saúd e : Tam anh o M édio (ve ja abaixo).
pre fe rindo o praze r de caçar, m as um s priggan fam into — Açõe s Com uns
pode de vorar vas tas áre as s e nada m ais s aciar s e u ape tite . Ate nção: Prontidão (5 dados , + 1 s e e nvolve
Em bora raram e nte ve nh a ao m undo m ate rial, a vis ão de vis ão, olfato e /ou audição)
um s e r vivo pode faze r um s priggan de s e jar s e Esporte s: Es calar (8,5 dados ), Natação (7 dados ),
m ate rializar para atacá-lo, m e s m o q ue não pos s a s e nutrir Saltar (7 dados )
de le (cas o s e ja um anim al, por e xe m plo). Spriggans têm O utros: Es pre itar (6,5 dados )
pavor da luz do s ol, contudo, e s ae m para caçar ape nas à
noite . — Com b ate
Spriggans atacam furios am e nte e s e m pe ns ar,
ras gando vítim as com s uas garras e pre s as até q ue
e s te jam m ortas .
Ataq ue s: Garras ou Pre s as (8,5 dados , dano 5L)
De fe sa: Es q uiva (5 dados )
Ab sorção: Atordoante 5, Le tal 5, Entrópico 1
(fogo 0)
Espe cial : As pe cto Ate rrorizante . Pe s s oas
am e açadas por um s priggan te s tam contra pânico
(dificuldade 8).

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64 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


num confronto fís ico, e ntão é m e lhor utilizá-los com
E S PÍRITOS ÚN ICOS cuidado, talve z com o am e aças a s e re m e nfre ntadas
indire tam e nte .
Cate gorizar e s píritos e m “tipos ”é um a form a fácil
D a m e s m a m ane ira, tanto o Caçador Ce les te com o
de s e criar e s tatís ticas para us o e m jogo, m as na prática
o Te rror das Profunde zas s ão criaturas de aparência
e s píritos não têm tipos : cada e ntidade é única. Todos os
grote s ca e h ábitos m ortífe ros , m as ne m todo e s pírito q ue
e xe m plos dados até aq ui s ão ge ne ralizaçõe s , q ue o
você pre te nda us ar com o antagonis ta pre cis a s e r
Narrador pode adaptar às s uas ne ce s s idade s . A s e guir e s tão
h orripilante e fe roz. Por e xe m plo, im agine um h om e m -
dois e xe m plos de e s píritos únicos , o Caçador Ce les te e o
planta com ch ifre s de alce , q ue s e q üe s tra am ante s
Te rror das Profunde zas , criados para proporcionar
h um anas , de volve ndo-as após um a noite de paixão no
ins piraçõe s para o Narrador ge rar s uas próprias e ntidade s
m undo e s piritual: e le s e ria um antagonis ta be m dife re nte ,
e s pirituais .
s e m propós itos m ortífe ros e com um a aparência q ue
pode ria s e r be lís s im a, ainda q ue contive s s e as pe ctos
Algum a s N ota s e Sugestões inum anos .
Por fim , para criar s e us e s píritos , você pode s e
O s e s píritos a s e guir s ão m uito pode ros os , m as is s o
ins pirar nas h is tórias m ais e s tranh as , obs curas ou inoce nte s
não s ignifica q ue cada e s pírito único te m de s e r tão
q ue pude r im aginar. O Te rror das Profunde zas foi bas e ado
pode ros o as s im . Foi de cidido criar e ntidade s de talpode r
e m contos de m ons tros m arinh os , is s o é óbvio, m as o
para q ue pudés s e m os ilus trar e xe m plos de criaturas das
Caçador Ce les te foi criado pe ns ando e m h is tórias de
m ais altas pos içõe s na h ie rarq uia e lem e ntal. Se de cidir us á-
abduçõe s por O VNIs . Você pode e ncontrar fonte s de
los e m jogo, o Narrador de ve s e lem brar q ue e s tas criaturas
ins piração e m lugare s im pre vis íve is .
pode m facilm e nte acabar com todo o grupo de pe rs onage ns

OCa ç a d or Ce le ste
Nas cido um e lem e ntaldas nuve ns , e s te e s pírito do O rige m : Elem e ntal
ar adq uiriu cons ciência de s ua e xis tência ao longo de Tipo: Nuve ns .
m ilênios . Sua form a m as s iva flutua pe los céus dos R e inos Patam ar: 9 (Supe rior)
Elem e ntais , e vitada por e s píritos m e nore s q ue s e nte m a De scrição: O Caçador Ce les te s obre vive nos
fom e late nte da criatura. Vis to do ch ão, o Caçador Ce les te céus , a ce nte nas de m e tros de altura, e nunca toca o s olo.
pare ce um a pe q ue na nuve m prate ada, m as s e u tam anh o Se u corpo te m a form a de los ango, s im ilar à de um a
e xce de trinta m e tros de com prim e nto. arraia m arinh a, e xce to pe la falta de um a cauda. A pe le da
O Caçador é um a e ntidade fam inta. Em ge ral, criatura é s im ilar a um a nuve m de vapor e xtre m am e nte
conte nta-s e e m alim e ntar-s e da re s s onância das nuve ns e de ns o, e s obre e la, tanto no ve ntre com o no dors o,
dos poucos e s píritos aére os q ue s e aproxim am de m ais , flutuam ce nte nas de olhos , q ue s e m ove m com o s e
m as q uando h á falta de nuve ns no céu, a e ntidade de s ce boias s e m s ob um a s upe rfície aq uos a. No ce ntro do
para atacar pre s as e m te rra. ve ntre do e s pírito h á um a boca ch e ia de de nte s cris talinos
Às ve ze s , o Caçador Ce les te atrave s s a a barre ira pontiagudos e , ao re dor da m e s m a, s ae m ce nte nas de
e ntre m undos , m anife s tando-s e ou m ate rializando-s e . Nas te ntáculos lum inos os , q ue o e s pírito us a para capturar
raras ocas iõe s e m q ue é vis to, o e s pírito é confundido pre s as . Em ge ral, os te ntáculos s ão m antidos de ntro da
com dis cos voadore s , luze s no céu e outros fe nôm e nos boca, s ó s e ndo libe rados q uando o e s pírito de s e ja caçar.
re lacionados a O VNIs . O cas ionalm e nte , e le pratica Quando atacado, o corpo do Caçador e ne gre ce e s e e nch e
ps icofagia para e s te nde r a duração de s ua e s tadia no plano de e letricidade , trove jando e e m itindo re lâm pagos e m s e u
te rre no. Em pe lo m e nos duas ocas iõe s , o e s pírito foi inte rior.
de te ctado por radare s e abordado por caças m ilitare s . Pe rsonal id ad e : O Caçador é um a e ntidade
Após o prim e iro e ncontro, q uando foi alve jado por s ilencios a e s olitária, m as cons cie nte de s ua própria
m ís s e is ar-ar, o Caçador Ce les te apre nde u a fugir para os e xis tência. Ne m tím ido ne m curios o, s ua e xis tência s e
R e inos Elem e ntais as s im q ue aproxim ado por q ualque r bas e ia e m alim e ntar-s e , e q ualque r outro inte re s s e é
tipo de ae ronave . ine xis te nte . O Caçador é um a e ntidade das vas tidõe s
A e xis tência do Caçador Ce les te é conh e cida e m ce les te s , acos tum ada a pe rm ane ce r s ozinh a nas alturas ,
alguns círculos de ocultis m o. Contudo, a criatura é onde toda vida pare ce pe q ue na e ins ignificante . Ele
re fe re nciada com dife re nte s nom e s e de s criçõe s , e todos de te s ta s e aproxim ar do s olo, faze ndo-o ape nas e m cas o
q ue te ntaram invocá-la, apris ioná-la ou adorá-la tive ram de ne ce s s idade .
pouco s uce s s o. H á, contudo, alguns cultos q ue
cons ide ram o Caçador um de us s alvador, O VNI ou s e r (Es tatís ticas de jogo na próxim a página)
alie níge na. A e ntidade te m pouco inte re s s e ne s s as
atividade s re ligios as , contudo, e na única ve z q ue foi
e vocada com s uce s s o, nos Alpe s s uíços e m 1862, ape nas
de vorou s e us fiéis e re tornou ao m undo e s piritual.

E SPÍR ITO S ÚNICO S 65


OCa ç a d or Ce le ste (Con tin u a ç ão)
Atrib utos: Força 10, Agilidade 2, R e s iliência 8, — O utros
As túcia 6, Pe rce pção 10 Iniciativa: 8
Aptid õe s: Briga 6 (Agarrar x2), Es porte s 5 Ve l
ocid ad e : 36m (12 m /s ;43,2 k m /h ) [Fator + 12]
(Corrida x2), Furtividade 6 (Silêncio), Prontidão 8, Saúd e : Tam anh o Colos s al(ve r abaixo).
Sobre vivência 6
Eid ol on: Ins tinto 9 — Açõe s Com uns
Ate nção: Prontidão (9 dados )
— H ab il id ad e s Espirituais Esporte s: Ace lerar M ovim e nto (9 ,5 dados )
Aspe ctos M e nore s: Ne nh um . O utros: Es conde r-s e e ntre Nuve ns (11,5 dados ),
Aspe ctos: Arm am e nto Natural (Pre s as + 2), M ove r-s e e m Silêncio (5,5 dados )
As pe cto Ate rrorizante (ape nas q uando vis to de pe rto),
As pe cto R e lam pe jante (q uando am e açado), Cam inh ar — Com b ate
Aére o, Cam uflage m (e ntre nuve ns ), R ajada Elem e ntal Se o Caçador Ce les te for atacado, e vocado ou
(Eletricidade , Alcance Bás ico 250m , dano + 4), Ve loz (+ 4) e s tive r fam into, e le não h e s itará e m atacar q ualque r cois a
Anfractos: D om ínio Elem e ntal(Te m pe s tade s ) 4, q ue s e m ova próxim a a e le. O Caçador ataca com s e us
Intrus ão 4, Se nciência 2 te ntáculos , q ue têm m ais de 30m de com prim e nto,
R e ssonância M áx./Diária: 45/5 agarrando vítim as , e letrocutando-as e e ntão conduzindo-
Vul ne rab ilid ad e : O Caçador Ce les te é um a as até s ua boca. Cas o s e ja atacado à dis tância, e le
e ntidade das vas tidõe s , a s im ples noção de s olo firm e ou re vidará com re lâm pagos .
localfe ch ado é ine xis te nte para e le. O Caçador Ce les te s ó Ataq ue s: Agarrar (11 dados , dif. 8, dano 5A*),
te ntará tocar ou atacar criaturas s ob céu abe rto, ignorando M ordida (Após Agarrar, 8 dados , dano 7L + 5A*),
por com pleto q ualque r cois a q ue e s te ja e m localre s trito R e lâm pago (7,5 dados , dano 13A)
(com o de ntro de um a cave rna ou cas a) ou prote gida s ob De fe sa: Ne nh um a, a não s e r atacar de volta.
algum obs táculo (s ob um a ponte , por e xe m plo). Se Ab sorção: Atordoante 4, Le tal4
e vocado e m local fe ch ado ou re s trito (cons ide rando o Espe cial : As pe cto Ate rrorizante . Pe s s oas q ue
trabalho de faze r um círculo grande o s uficie nte para vêe m de pe rto o Caçador Ce les te pre cis am te s tar contra
ch am á-lo), o Caçador Ce les te s e rá de s truído, e m bora pânico (dificuldade 8); As pe cto R e lam pe jante (tocar o
pos s a s e re form ar m ais tarde . Caçador Ce les te caus a um ch oq ue de cinco pontos de
dano atordoante ). Ataq ue s com um as te ris co (*) no dano
indicam o dano adicionalcaus ado por e s ta h abilidade .
Es s e dano é abs orvido e m s e parado e não é aum e ntado
pe los s uce s s os do ataq ue .

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAPACITADO


SAÚDE

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66 A PÊNDICE 1: E SPÍR ITO S E XEM PLAR ES


OTe r r or d a s Pr ofu n d e za s
H á locais inós pitos onde a vida s e adapta de Atrib utos: Força 12, Agilidade 4, R e s iliência 8,
form as e xtre m as : vas tidõe s gélidas dos pólos , inte riore s As túcia 4, Pe rce pção 7
de vulcõe s , profunde zas dos oce anos . Ne s s e s locais , o Aptid õe s: Briga 6 (M ordida x2), Es porte s 4
m undo e s pirituals e torna s om brio e im pie dos o, e os e s pí- (Natação), Es q uiva 4 (Evas ão), Furtividade 4,
ritos q ue ali re s ide m e volue m e m form as im pe ns áve is , Sobre vivência 6, Prontidão 6
as s um indo dim e ns õe s e contornos s aídos de pe s ade los . Eid ol on: Ins tinto 9
O Te rror das Profunde zas s urgiu das corre nte s
m ais profundas do oce ano. Ele e voluiu ao longo de — H ab il id ad e s Espirituais
m ilhõe s de anos na e s curidão, as s um indo form as cada ve z Aspe ctos M e nore s: A águas s e tornam cada ve z
m ais m ons truos as conform e s e u pode r s e e levou. Por m ais frias , conform e o e s pírito s e aproxim a. Quando no
e ras , e le pe rm ane ce u nas tre vas , até q ue as corre nte s m undo m ate rial, e s s e e fe ito pode s e r s e ntido m e s m o q ue
m udaram e e le s e viu forçado a de vorar outros e s píritos o e s pírito e s te ja e tére o.
para s obre vive r. D e s te e ntão, o Te rror das Profunde zas Aspe ctos: Arm adura Natural (3), Arm am e nto
te m alte rnado e ntre longos pe ríodos de h ibe rnação e Natural (Garras , e Pre s as + 2), As pe cto Ate rrorizante ,
curtas te m poradas de caça, e m q ue de vora q ualque r cois a R ajada Elem e ntal(O nda, s om e nte e m contato com corpo
q ue e ncontre e m s e u cam inh o. aq uos o), R e s is tência a Elem e nto (Frio), Se ntidos Agu-
O cas ionalm e nte , o Te rror das Profunde zas çados (O lfato, Vis ão), Ve loz (+ 8)
atrave s s a a barre ira e ntre os m undos , para caçar e de vorar Anfractos: D om ínio Be s tial(Pe ixe s M arinh os ) 2,
s e re s fís icos . Is s o lhe dá praze r, e m bora s e ja um a D om ínio Elem e ntal(Água) 4, Intrus ão 3, Se nciência 2
alim e ntação vazia de re s s onância. M ais raro ainda, o R e ssonância M áx./Diária: 45/5
m ons tro pode s e ave nturar e m águas m ais ras as , prote gido Vul ne rab il id ad e : O Te rror das Profunde zas te m e
pe las s om bras da noite . Poucas ve ze s e s s a criatura a claridade : s e u be rço e s tá nas águas e s curas do fundo do
e ncontrou um s e r h um ano, m as e la de s cobriu ne les um a m ar. O s ol o q ue im a com o um a ch am a de baixa
pode ros a fonte de alim e ntação, e não h e s itará e m s e inte ns idade (3 pontos de dano e ntrópico por turno), e
m ate rializar para de vorá-los . H oje , a criatura dorm e nas luze s inte ns as pode m afuge ntá-lo.
profunde zas , prote gido pe la pre s s ão e pe la e s curidão. Um
dia, contudo, e le de s pe rtará para caçar novam e nte . — O utros
O rige m : Elem e ntal Iniciativa: 8
Tipo: Corre nte s oce ânicas profundas Ve l
ocid ad e : Em te rra: 12m (4 m /s ; 14,4 k m /h )
Patam ar: 9 (Supe rior) [Fator -4];
De scrição: O Te rror das Profunde zas é um s e r Na água: 32m (10,6 m /s ;38,4 k m /h ) [Fator + 4].
lige iram e nte h um anóide , de pe le e s cam ada e ne gra, Saúd e : Tam anh o Grande (ve r abaixo)
cobe rta por um m uco pe gajos o. Abaixo da cintura, e le é
com pos to por um a vas tidão de te ntáculos de polvo. Sua — Açõe s Com uns
cabe ça, com grande s olhos ne gros e um a bocarra ch e ia de Ate nção: Prontidão (6,5 dados , + 1 s e e nvolve r
de nte s afinados e trans pare nte s , lem bra a de ce rtos pe ixe s olfato e /ou vis ão)
abis s ais , e s e us braços te rm inam e m garras palm adas , s e m O utros: Furtividade (4 dados )
polegare s opos itore s . O m ons tro te m um tam anh o
as s us tador, s e u tronco ape nas m e dindo dois m e tros de — Com b ate
com prim e nto. “Sutileza”não é um a palavra q ue e s te m ons tro
Pe rsonal id ad e : O Te rror das Profunde zas e xis te conh e ce . O Te rror das Profunde zas ataca com garras e
para caçar e de vorar. Em s e us pe ríodos de atividade , a pre s as , ras gando e de s m e m brando tudo q ue ch e ga a s e u
criatura pe rs e guirá q ualque r pre s a q ue avis tar. Contudo, alcance . Ele te nta agarrar vítim as com s e us te ntáculos ,
e la te m praze r por de vorar s e re s fís icos : m e s m o q ue pode ndo m ante r dive rs as criaturas pre s as ao m e s m o
vazios de re s s onância, a s e ns ação de dilace rá-los com te m po. Ele raram e nte s e pre ocupa e m e vitar ataq ue s ,
s uas garras e de vorar-lhe s os s os , carne e s angue é confiante e m re s is tir à m aioria dos fe rim e ntos .
inigualáve lpara o m ons tro. Por is s o, ocas ionalm e nte e le Ataq ue s: Agarrar (9 dados , dif. 8), Garras (9
s e m ate rializará e até m e s m o s ubirá para águas m ais dados , dano 7L), Pre s as (Após agarrar, 12 dados , dano
ras as , na te ntativa de e ncontrar s ua pre s a favorita: pe s s oas . 8L), O nda (As pe cto, 5,5 dados , dano 9 A)
De fe sa: Evas ão (5,5 dados )
Ab sorção: Atordoante 6, Le tal6, Frio 10
Espe cial : As pe cto Ate rrorizante . Pe s s oas am e a-
çadas pe lo Te rror das Profunde zas te s tam contra pânico
(dificuldade 8).

LEVE M ÉDIO SÉR IO GR AVE INCAPACITADO


SAÚDE

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E SPÍR ITO S ÚNICO S 67


Sob céu estrela do, o círculo de pedra s e folh a s seca s fora tra ça do n o desca m pa do
e cerca do por gra n des vela s verm elh a s, toda s a cesa s. N o cen tro do círculo esta va um a
gra n de bra seira in ca n descen te, e ca da m ão do H om em Som brio em pun h a va um a
toch a fla m eja n te.
Em m eio à fum a ça escura q ue tom a va o a m bien te, o H om em Som brio
da n ça va , circun da n do o círculo m ágico e rodopia n do a s toch a s pa ra tra ça r a rcos de
ch a m a s n o a r. “H um ildem en te, cla m o por tua in tercessão, ó sen h or da ch a m a , fên ix
im orta l, Pássa ro- Arden te- n os- Céus. Oferto- te m in h a a dora ção n esta bra seira , pa ra
q ue tu te a lim en tes e a den tres o m un do da ca rn e”.
A da n ça e o cân tico se repetira m por dois, q ua tro, oito m in utos ou m a is, m a s o
H om em Som brio n ão desistiria . Foi só q ua n do sen tiu o ca la frio percorrer seu corpo e viu
a s ch a m a s da bra seira se in ten sifica rem , erguen do- se com o um a colun a da n ça n te, q ue
ele pa rou a da n ça . “Alim en ta - te, ó Pássa ro- Arden te- n os- Céus, e ouve m eu pedido”,
disse, a ba ixa n do- se pa ra fin ca r a s toch a s n o ch ão e pega r um a ja rra de porcela n a ,
la cra da por um a fin a ca m a da de cera e m a rca da por vários sím bolos em h om en a gem
a o fogo.
Ajoelh a n do- se a n te a o bra seiro n o cen tro do círculo m ístico, o H om em Som brio
ergueu a ja rra de porcela n a e en toou: “Oferto- te m a is a lim en to, m a is ch a m a n a
form a da ra iva em m eu cora ção. Coloco m in h a cólera , o fogo d’a lm a m in h a , n esta
ja rra pa ra ti em troca de vin ga n ça con tra m eus in im igos, q ue ousa m a m ea ça r- m e e a
m eus seguidores. Leva r- te- ei a té a ca sa deles, on de tra m a m con tra m im , e se a fizerdes
a rder em ch a m a s a té q ue n a da reste a lém de cin za s, en trega r- te- ei todo o con teúdo
desta ja rra ”. Em seguida , repetiu m a is três vezes: “Derruba a ca sa de m eus in im igos e
da r- te- ei a ch a m a desta ja rra . Da i- m e um sin a lde q ue a ceita s este pa cto”.
E a s ch a m a s da s vela s, da bra seira e da s toch a s se in ten sifica ra m e da n ça ra m ,
la n ça n do por um in sta n te fa gulh a s em toda s a s direções, em ula n do um a breve ch uva
de fogo. O H om em Som brio sorriu, dizen do: “Siga - m e, Pássa ro- Arden te- n os- Céus, e
m ostra rei on de se escon dem m eus in im igos. Fa ça por m im a m in h a vin ga n ça ”. Em
seguida ergueu- se, coloca n do a ja rra de porcela n a próxim a a o peito, e pôs- se a
ca m in h a r à cida de, pega n do a escura estra da de ch ão. A ele seguia um ven to q uen te
q ue vin h a em ra ja da s ca den cia da s, provoca da s pelo ba ter de a sa s in visíveis. N a q uela
n oite, a igreja do povoa do a rderia .

68
Apêndice 2
Ou tr os S iste m a s

Ape s ar de s te livro s e voltar ao Narrador, ne nh um a ligam -nos a você, tratando-o com o “o cara e s tranh o q ue
de s crição s obre e s píritos e os R e inos Elem e ntais e s taria traz azar” .
com pleta s e m form as de inte ração com e les . Es te Apêndice Pe nal id ad e Social : O pe rs onage m pare ce
é o “capítulo do jogador” , traze ndo novas opçõe s q ue não “e s tranh o”aos olhos da m aioria das pe s s oas . Um te s te de
s ó e nriq ue ce m a criação de pe rs onage ns , com o tam bém Consciência (dificuldade 10 m e nos níve l de Im ã
pode m s e r fonte s de idéias para h is tórias . Es piritual) re ve la o pe rs onage m com o “e rrado” e cria
Ne s te Apêndice , você e ncontra: de s conforto nas pe s s oas . O pe rs onage m s ofre -2 e m te s te s
— Um novo H is tórico Ne gativo, Im ã Es piritual, s ociais (e xce to te s te s de Intim idação) q uando inte rage com
q ue torna o pe rs onage m vulne ráve la ataq ue s de e s píritos ; pe s s oas q ue pas s am ne s s e te s te .
— Um novo pode r ps íq uico, Se ns itividade Es piri- Efe itos: Es píritos s e be ne ficiam com o s e o
tual, q ue pe rm ite ao pe rs onage m ve r e lidar com e s píritos pe rs onage m fos s e um nodo e lem e ntalde potência igualao
e tére os ; níve lde s te H is tórico. O s e fe itos acum ulados s ão:
— Explicaçõe s de dive rs os rituais m ís ticos , — O cus to e m R e s s onância para atrave s s ar a
m os trando com o inte rage m com as re gras contidas no barre ira e ntre m undos é re duzido pe lo níve l de Im ã
Capítulo 3: Sis te m as Es pirituais ; Es piritual;
— Novos rituais m ís ticos , voltados à inte ração com — Fonte s de re s s onância pode m nutrir s im ultane a-
e s píritos ; m e nte vários e s píritos , faze ndo com q ue e les s e acum ulem
— Novos pode re s para arte fatos e e xe m plos de ao re dor do pe rs onage m ;
obje tos com e s s as h abilidade s . — Es píritos re ce be m bônus e m te s te s de Anfractos
Para m e lhor aprove itar as inform açõe s de s s e de te rm inado pe lo níve lde s te H is tórico:
Apêndice , s uge re -s e te r o livro Ao Cair d a Noite : Níve l1: + 0 dados ;
De sb ravad ore s d o O cul to. Níve l2: + 1 dados ;
Níve l3: + 1,5 dados ;
N OVO H IS TÓRICO N E GA TIVO Níve l4: + 2 dados ;
Níve l5: + 3 dados .
A s e guir você e ncontra um novo H is tórico Es te s e fe itos afe tam um raio de 15 m e tros ao re dor
Ne gativo: Im ã Es piritual. Com o outros H is tóricos do pe rs onage m e não s e acum ulam com os de um nodo
Ne gativos , adq uirir níve is ne le conce de pontos de e lem e ntalde ve rdade (us e o níve ldo nodo ou do H is tórico,
aprim oram e nto e xtras na criação de pe rs onage m . Contudo, o q ue for m aior). Note q ue ape nas e s píritos s e be ne ficiam :
o pe rs onage m carre gará cons igo um a te rríve l m aldição, o pe rs onage m não é um “nodo e lem e ntal”de fato e não
q ue pode pre judicar a e le e a outros q ue m conviva. auxilia m agias ou ritos de outras criaturas . Cas o o
pe rs onage m m orra, os e fe itos ce s s am .
Im ã Espiritua l Ad q uirind o/Pe rd e nd o Im ã Espiritual : Em ge ral,
Im ã Es piritualé um a caracte rís tica adq uirida após algum
Se ja de nas cim e nto ou por algum a vicis s itude e m traum a e nvolve ndo o m undo e s piritual, m as algum as
s ua vida, você s e tornou um portal e ntre m undos . Sua pe s s oas pode m ganh ar e s s e H is tórico após s e re m am aldi-
pre s e nça torna frágila barre ira e ntre os planos da m atéria e çoadas ou por te re m nas cido s ob circuns tâncias e s pe ciais .
do e s pírito, e os h abitante s dos R e inos Elem e ntais pode m Pe rde r Im ã Es piritual e nvolve algum tipo de
s e ntir e s s a bre ch a invis íve l. Com o re s ultado, você é purificação ou corre ção do e ve nto ou m aldição q ue o
s e guido por e s píritos dive rs os , q ue s e aprove itam de s ua caus ou originalm e nte . Contudo, q ualque r pe rda pe rm a-
condição e s pe cial para inte ragire m facilm e nte com a ne nte de s te H is tórico e xigirá q ue o pe rs onage m o re duza
re alidade m ate rial. Eve ntos bizarros aconte ce m com gas tando pontos de e xpe riência para “pagar”pe los níve is
fre q üência ao s e u re dor, e as pe s s oas incons cie nte m e nte pe rdidos .

NO VO H ISTÓR ICO NEGATIVO 69


N OVO POD E R PS ÍQ U ICO
A s e guir, te m os um a nova h abilidade ps íq uica:
Se ns itividade Es piritual. Es s e pode r h abilita ao pe rs o-
nage m e ntrar e m contato com o Es pírito do M undo, a
princípio pe rce be ndo e s píritos naturais ao s e u re dor e , com
prática e técnica, até m e s m o pe rm itindo s e u ace s s o aos
R e inos Elem e ntais . A aq uis ição de Se ns itividade Es piritual
por um pe rs onage m e s tá s uje ita a todas as re s triçõe s
com uns a pode re s ps íq uicos . Você pode e ncontrar m ais
inform açõe s s obre Ps iq uis m o, inclus ive as h abilidade s de
Clarividência, Ps icom e tria, Te lecine s e e Te lepatia, no livro
De sb ravad ore s d o O cul to.

Sen sitivida de Espiritua l


Com um no pas s ado, Se ns itividade Es piritual é a
capacidade inata de contatar e s píritos naturais e o m undo
e s piritual. Es ta h abilidade é rara m e s m o e ntre ps íq uicos
re conh e cidos , vis to q ue m uitas crianças m ode rnas não têm
contato com e s píritos naturais , o q ue faz com q ue os
s e ns itivos não e xe rcite m s uas h abilidade s e acabe m por
pe rdê-las na m aturidade . Em te m pos antigos , q uando a
h um anidade de pe ndia da caça e da coleta, Se ns itividade
Es pirituale ra m ais com um , e indivíduos q ue de m ons tra-
vam e s s e pode r e ram cons ide rados xam ãs natos e tre inados
para o s ace rdócio tribal. No m undo m ode rno, e s s as
práticas ainda s ão s e guidas e m algum as tribos e vilare jos
is olados .
Se ns itividade Es pirituallida ape nas com e ntidade s Níve l3: Com unh ão Espiritual
vindas dos R e inos Elem e ntais . Ela não dá q ualque r h abili- Ne s te níve lde tre inam e nto, o ps íq uico apre nde a s e
dade para pe rce be r ou lidar com fantas m as , e s pe ctros e com unicar com e s píritos . M e lhor dize ndo, e le cria e los
outras criaturas da Som bra do M undo. e m páticos q ue o pe rm ite m s e r com pre e ndido por e s píritos .
Em bora e s píritos daninh os ou agre s s ivos pos s am não e s tar
Níve l1: Dom Xam ânico dis pos tos a conve rs ar, m uitos e s píritos ne utros ou be nignos
Para um s e ns itivo e s piritual, m e s m o de s tre inado, a s ão fonte s úte is de inform ação. No pas s ado, os s e ns itivos
pre s e nça de e s píritos não caus a ape nas s e ns açõe s de s con- com talníve lde h abilidade e ram m uito valorizados por
fortante s : e le pode vê-los por ins tante s . Es s as vis õe s s e outros xam ãs , pois podiam re alizar alianças e s pirituais com
tornam ainda m ais pote nte s e claras q uando um e s pírito m uita facilidade .
te nta influe nciar o m undo m ate rial. Siste m a: Es te pode r é autom ático, m as e xige q ue o
Siste m a: R e duza e m dois pontos a dificuldade de pe rs onage m pos s a ve r o e s pírito. Logo, a com unicação
te s te s de Cons ciência para pe rce be r e s píritos e m anife s - re q ue r q ue o e s pírito e s te ja m anife s to ou m ate rializado, ou
taçõe s e s pirituais . Por e xe m plo, a dificuldade para pe rce be r q ue o ps íq uico us e algum outro pode r (com o Ve r o
um e s pírito próxim o é 8 (ao invés de 10), e para notar o Invis íve l) para obs e rvar e ntidade s e tére as . Um e lo
us o de um Anfracto é 6 (ao invés de 8). Em adição, s e o e m pático é criado: e s pírito e pe rs onage m s e com unicam
pe rs onage m obtive r s uce s s o, e le te rá um rápido lam pe jo através de e m oçõe s , palavras e im age ns m e ntais , m as a
q ue re ve la o e s pírito de te ctado na prim e ira ve z q ue e s te capacidade de re s pos ta do e s pírito de pe nde de s ua
e ntrar e m s e u cam po de vis ão. Es s a vis ão dura ape nas um inte ligência. O e lo pode s e r m antido ape nas com um
turno. Para de talhe s s obre de te cção do s obre natural, ve ja o e s pírito por ve z.
Livro d e R e gras (pg. 62). Iniciar um a conve rs a ou m andar m e ns age ns s im ples
com Com unh ão Es piritual é um a ação livre , m as um a
Níve l2: Ve r o Invisíve l conve rs ação m ais profunda re q ue r foco, de form a q ue o
Com um pouco de e s forço m e ntal, o ps íq uico s e pe rs onage m pode s ofre r pe nalidade s (e m ge ral, -2) e m
torna capaz de ve r e ouvir e s píritos e tére os . A pe rce pção açõe s q ue te nte re alizar e nq uanto m antive r a com unicação.
não é pe rfe ita, com as form as e s pirituais apare ce ndo Em bora não s e ja ne ce s s ário falar para pas s ar um a
ne bulos as e s e us s ons e coante s e dis tante s , m as já é o m e ns age m , m uitos ps íq uicos o faze m para ajudar a
bas tante para localizá-los e re conh e cê-los . conce ntração. O utros us am dança, m ús ica ou focos
Siste m a: Gas te um ponto de Gladius para ativar s im ilare s , de form a a de s ligare m -s e do m undo para ouvir
e s ta h abilidade por um a ce na. D urante e s te pe ríodo, o as m e ns age ns e s pirituais .
pe rs onage m pode ve r e ouvir e s píritos q ue e s te jam ao s e u O us o de s te pode r e xige coope ração: o pe rs onage m
re dor. Com o e s tím ulos e tére os s ão pe rce bidos com o não pode forçar um e s pírito a re s pondê-lo. Logo, um
“indis tintos e dis tante s ” , o pe rs onage m s ofre -2 dados e m e s pírito agre s s ivo dificilm e nte inte rrom pe rá um ataq ue
te s te s de Pe rce pção re lacionados a e les . para conve rs ar, e m bora nada im pe ça o ps íq uico de te ntar
e s tabe lece r um a conve rs a.

70 A PÊNDICE 2: O UTR O S SISTEM AS


Níve l4: Jornad a d a Al ma novam e nte . O s grande s xam ãs us avam talh abilidade para
A ve rdade oculta é q ue o s e ns itivo e s piritual é e xorcizar e s píritos m alignos , e xpulsando-os de s te m undo.
atraído pe los R e inos Elem e ntais , m as e s s a re ve lação é Siste m a: O ps íq uico pre cis a e s tar ve ndo o e s pírito
com pre e ndida por poucos . Quando o ps íq uico apre nde a ou a vítim a de pos s e s s ão e s piritual, e e ntão de ve “tocá-lo”
dom inar s e u e lo com o m undo além , bas ta um pouco de s im bolicam e nte . Em bora ne nh um ato fís ico s e ja ne ce s s ário
conce ntração para s e de s ligar do m undo fís ico e as ce nde r a ao us ar e s te pode r, alguns ps íq uicos ve rbalizam a e xpulsão
própria cons ciência ao plano e s piritual. ou a acom panh am por algum tipo de rito re ligios o, com o
Es s a jornada da alm a é um dos atos m ais e levados oraçõe s ou palavras de pode r. Es te ataq ue é um a ação
para um xam ã e , e m bora ritos m ís ticos pe rm itam a não- bás ica, re q ue r um ponto de Gladius e e xige te s tar
ps íq uicos re alizá-la, a h abilidade de fazê-lo e s pontane a- Pe rse ve rança (dificuldade igual ao Patam ar do e s pírito,
m e nte e ra vis ta e m s ocie dade s prim itivas com o um s inalde m ínim o 3).
pure za e favore cim e nto e s piritual. Cada s uce s s o provoca um ponto de dano e ntrópico
Siste m a: O pe rs onage m pre cis a de s ligar-s e do não-abs orvíve l no e s pírito-alvo. Em adição, o e s pírito
m undo fís ico, o q ue e xige inte ns a de te rm inação. Alguns pre cis a te s tar Ins tinto para re s is tir (dificuldade 6) e obte r
us am drogas , dança, m ús ica, m e ditação ou outros focos m ais s uce s s os do q ue o pe rs onage m , s e não e le é
para s e conce ntrare m o s uficie nte . Com o ação com pleta im e diatam e nte e xpulso de volta aos R e inos Elem e ntais .
q ue e xige conce ntração e com te m po m ínim o de um Em bora o e s pírito pos s a re tornar ao m undo fís ico por conta
m inuto, o pe rs onage m gas ta um ponto de Gladius e te s ta própria, o dano e os cus tos da trave s s ia m uitas ve ze s o
Espírito (dificuldade 6). forçam a e s pe rar até q ue re cobre s uas e ne rgias .
Se obtive r s uce s s o, o corpo do pe rs onage m cai num
e s tado catatônico, s im ilar a um com a, m as às ve ze s re age
aos e ve ntos de s ua jornada e s piritual, m urm urando
E XPLICAN D O RITOS
palavras , re alizando pe q ue nos m ovim e ntos ou m ove ndo os De sb ravad ore s d o O cul to traz vários ritos m ís ticos
olhos . O corpo fica vulne ráve la pos s e s s õe s ne s te pe ríodo, q ue e nvolve m inte ração com e s píritos , m as as re gras e
não pode ndo re s is tir a e las . de s criçõe s do livro abordam ape nas o lado do ritualis ta.
A form a e s piritual do pe rs onage m apare ce nos Com a e xpans ão proporcionada por A Corte El e m e ntal ,
R e inos Elem e ntais , no localcorre s ponde nte ao q ue e s tá s e u pode m s urgir dúvidas s obre com o os rituais daq ue le livro
corpo no m undo m ate rial. A form a e s pirituals urge nua, inte rage m com os s is te m as e s pirituais abordados ne s te . Por
e xce to por re flexos e s pirituais de pe rte nce s íntim os q ue o e xe m plo: q uando um e s pírito é invocado, e le te m de gas tar
pe rs onage m porte cons igo. As e s tatís ticas do pe rs onage m R e s s onância para atrave s s ar a barre ira? Quando é
na form a e s piritualnão s ão alte radas , e xce to por e la não apris ionado, e le ainda te m de us ar R e s s onância para
pos s uir níve is de Saúde . pe rm ane ce r no m undo m ate rial? Es s a s e ção s e de dica a
A form a e s piritual pode viajar pe lo m undo dos re s ponde r e s tas e outras pe rguntas , abordando todos os
e s píritos com o faria no plano m ate rial. Em bora não pos s a rituais de De sb ravad ore s d o O cul to q ue têm algum a
s e ntir ne m ve r o q ue ocorre com s e u corpo fís ico, o re lação com o m undo e s pirituale s e us h abitante s .
pe rs onage m ainda te m um e lo intuitivo com e le, pode ndo
faze r te s te s de Consciência para localizá-lo ou pe rce be r
e ve ntos q ue ocorram ao s e u re dor. A form a e s piritualnão
N ívelZ ero
s e nte dor, ne m é pe nalizada por fe rim e ntos ocorridos e m Pre ce s: Es te rito funciona com o de s crito e m
s e u corpo fís ico. Contudo, s e o corpo for atacado ou fe rido, De sb ravad ore s, m as lem bre -s e q ue ne m todos os e s píritos
o pe rs onage m pre cis a te s tar Espírito (dificuldade 8) para conh e ce m a linguage m h um ana. M e s m o os q ue pode m
não s e r forçado a e nce rrar a viage m e s piritual. com pre e nde r algum as palavras e conte xtos e dife re nciar
Se a form a e s piritualfor fe rida, e la não s ofre danos , e m oçõe s na e ntonação de voz ainda pode m te r dificuldade s
m as s im pe rde um ponto de Gladius e pre cis a te s tar para e nte nde r a m e ns age m por com pleto.
Espírito (dificuldade 8). Se falhar, a viage m e s piritualé
e nce rrada e o pe rs onage m re torna a s e u corpo. Se todo o N ível1
Gladius for e xaurido, o pe rs onage m não s ó re torna, com o
fica e m com a até q ue de s cans e o s uficie nte para re cupe rar Círcul o d e Prote ção contra Espíritos: O bvia-
todo o Gladius . m e nte , e s píritos te s tam Ins tinto, e não Pe rs e ve rança, para
A viage m e s piritualpode s e r e nce rrada a q ualque r ve nce re m a prote ção do círculo. A barre ira criada pe lo
m om e nto com o um a ação livre , faze ndo o e s pírito do círculo afe ta inclus ive e s píritos e tére os , m as s ó s e e s te nde
pe rs onage m s e dis s ipar e re tornar ao corpo. Cas o o corpo ao plano m ate rial; o local corre s ponde nte nos R e inos
do pe rs onage m e s te ja s ob algum tipo de pos s e s s ão Elem e ntais não é afe tado. Um e s pírito q ue te nte ade ntrar o
e s piritual ou de m oníaca, porém , a e ntidade pos s e s s ora m undo m ate rialde ntro dos lim ite s do círculo é im pe dido a
pe rm ane ce no controle. m e nos q ue pas s e no te s te de re s is tência e xigido.
O círculo te m ainda um a função adicional: e le
Níve l5: Expul sar Espíritos im pe de q ue e s píritos de te cte m ou s e nutram de q uais q ue r
Te ndo apre ndido tanto s obre s i m e s m o, o ps íq uico fonte s de re s s onância q ue e s te jam no s e u inte rior. Com o
nota q ue não e s tá lim itado a ape nas alcançar e s tados toda re s s onância provém do m undo m ate rial, e s s e e fe ito s e
e levados de cons ciência: é pos s íve ltam bém influe nciar os e s te nde inclus ive para im pe dir a alim e ntação no re ino
próprios e s píritos , us ando s e u dom para fe ri-los , e xauri-los e s piritual.
e e xpulsá-los de volta aos re inos além . O bviam e nte ,
ne nh um e s pírito gos ta de s e r o alvo de talh abilidade , m as
poucos têm a corage m de confrontar o ps íq uico

E XPLICANDO R ITO S 71
N ível2
Encantar Arm a: A arm a pode s e r e ncantada para
afe tar e s píritos , contudo não s e torna capaz de atingir
criaturas e tére as , e xigindo q ue o e s pírito e s te ja m ate riali- OQ U E H Á N U M N OM E ?
zado para fe ri-lo. Um a arm a e ncantada pode de s truir um Ce rtos rituais , com o invocaçõe s e apris iona-
e s pírito pe rm ane nte m e nte . m e ntos , e xige m o nom e da e ntidade q ue s e rá afe tada,
Exorcism o: Es te rito pode s e r fe ito s obre anim ais , m as q ualé o nom e de um e s pírito?O s h abitante s dos
pe s s oas ou até m e s m o m as s as e lem e ntais controladas por R e inos Elem e ntais não têm o cos tum e de s e dar nom e s ,
um e s pírito pos s e s s or. Conform e de s crito no rito, os e a m aioria de les não te m a inte ligência ne ce s s ária para
s uce s s os do praticante caus am danos e ntrópicos não- ch am ar uns aos outros por de nom inaçõe s . Então, com o
abs orvíve is no e s pírito. Por s ua ve z, o e s pírito pode te ntar rituais q ue e xige m nom e s pode m s e r re alizados e m
fugir ou m e s m o us ar R e s s onância para s e curar, m as a e s píritos ?
m aioria dos e s píritos , s e fe rida o s uficie nte , pre fe rirá Um nom e é ape nas um a ide ntificação, um a
abandonar o corpo a continuar re s is tindo ao e xorcis m o. form a de criar um e lo s im pático e ntre um a s im ples
Prote ção contra Espíritos: O s e fe itos de um a palavra (ou e xpre s s ão) e um a criatura. H á duas m ane iras
prote ção s e e s te nde m a e ntidade s e tére as , pode ndo dife re nte s de s e forjar um nom e para um a e ntidade .
inclus ive fe ri-las s e o s ím bolo de prote ção for “tocado”por A prim e ira é faze r com q ue a e ntidade re conh e ça
e las . O dano caus ado pe lo s ím bolo pode de s truir pe rm ane n- o nom e com o s e u. Em ge ral, is to é fe ito através de
te m e nte um e s pírito. Contudo, os e fe itos de um a prote ção ofe re ndas : ofe re ce -s e re s s onância a um e s pírito e s pe cí-
não s e e s te nde m além da barre ira e ntre os m undos . fico, im pondo a e le um nom e para q ue pos s a s e nutrir
R itos d e Invocação: Conform e de s crito no ritual, a daq ue la re s s onância. Se o e s pírito ace itar a ofe re nda,
invocação cria um a porta m e tafís ica e ntre o círculo m ís tico tam bém e s tará ace itando aq ue le nom e com o s e u.
e a criatura invocada. O e s pírito-alvo de um a invocação A s e gunda m ane ira é forçar o nom e s obre a
be m -s uce dida, ao atrave s s ar a barre ira e ntre os m undos , e ntidade por as s ociação. Ne s te cas o, o “nom e ”é m ais
pode s e aprove itar de s s a pas s age m para s urgir no ce ntro do com o um título q ue de s cre ve o e s pírito e s uas
círculo, ao invés da contraparte fís ica do local e m q ue atividade s , e q ue m profe re o nom e pre cis a te r cons igo
e s tava originalm e nte . Um e s pírito q ue ate nda ao ch am ado algo re lacionado ao e s pírito para criar a ligação e ntre
ainda e s tará e tére o e invis íve l, ne ce s s itando us ar s e us nom e e e ntidade . É pre cis o m uita obs e rvação e cuidado
Anfractos para inte ragir com o m undo fís ico. ao s e forjar um nom e de s s e s : um de talhe incorre to na
de s crição pode inutilizá-lo.
N ível3 Um e s pírito pode acum ular m uitos nom e s ao
longo de s ua e xis tência. Alguns nom e s cae m e m de s us o
Am ul e to contra Espíritos: O am uleto criado por
e pe rde m s e u pode r, e nq uanto outros continuam e ficaze s
e s te rito prote ge o alvo contra os e fe itos de Anfractos , m as
por m uitos anos . Em adição, conform e o e s pírito e volui,
não de As pe ctos . As pe ctos e nvolve m q ualidade s fís icas ,
nom e s antigos pode m pe rde r o s e ntido ou de ixar de
q ue inde pe nde m de m anipulação s obre naturalpor parte do
de s cre vê-lo corre tam e nte . Por is s o, m uitos nom e s de
e s pírito.
e s píritos de s critos e m livros de ocultis m o já não têm
Aprisionar Espíritos: Para s e r apris ionado por e s te
valor algum .
rito, o e s pírito pre cis a e s tar no m undo m ate rial, s e ja e m
form a e tére a ou fís ica. Um e s pírito apris ionado e s tá, e m
e s s ência, s ob um e fe ito s im ilar ao de um a Âncora Etére a
(Intrus ão 1): e le não m ais pe rde R e s s onância por
pe rm ane ce r no m undo fís ico, m as e s tará pre s o ao círculo
ou obje to-alvo do rito, e s e rá incapaz de re tornar ao m undo
N ível5
e s piritual. Ele ainda pre cis a gas tar R e s s onância diária para Banim e nto Espiritual : Quando utilizado com
pe rm ane ce r ativo e , cas o não h aja um a fonte de re s s onân- s uce s s o, e s te rito e xpe le o e s pírito-alvo de volta aos R e inos
cia próxim a dis poníve l, acabará h ibe rnando ou m orre ndo. Elem e ntais . O e s pírito é incapaz de e ntrar no m undo
D e s truir o e s pírito apris ionado o libe rta, pe rm itindo q ue e le m ate riale nq uanto o e fe ito do rito s e m antive r.
s e re cons titua no m undo e s piritual. Posse ssão d a Form a Prim itiva: Enq uanto e s tive r
na pos s e s s ão de um anim al, o corpo do ritualis ta s e torna
N ível4 vulne ráve la pos s e s s õe s . Um e s pírito com a h abilidade de
Pos s e s s ão Forçada (Se nciência 5) s ó pre cis a de um
Evocação Espiritual : Ao s e r alvo de um a e voca- s uce s s o para tom ar o corpo do pe rs onage m .
ção, o e s pírito é puxado de onde q ue r q ue e s te ja e trazido Sub jugar Entid ad e : Es te ritual cria um a tênue
até o ce ntro do círculo m ís tico. Se e s s e trans porte e xigir âncora e ntre o praticante e o e s pírito, q ue não pe rde
atrave s s ar a barre ira e ntre os m undos , a trave s s ia s e dá s e m R e s s onância por pe rm ane ce r no m undo m ate rialaté o fim
q ualque r gas to ou e s forço por parte do e s pírito. Em adição, da duração (ainda é s ofrida pe rda diária, contudo). O rito
e nq uanto não de ixar o círculo do ritual, o e s pírito e s tará tam bém pe rm ite ao e s pírito com pre e ns ão e m pática dos
e tére o, m as m anife s to num a form a pe rce ptíve l, m e s m o q ue com andos re ce bidos , m as ce rtos com andos pode m e xigir
não pos s ua os Anfractos ne ce s s ários para tal. Es s a conce itos com plexos de m ais para s e re m plenam e nte
m anife s tação pe rdura por um a ce na ou até q ue o e s pírito e nte ndidos . Por fim , e s píritos com Patam ar 7 ou m ais s ão
de ixe o círculo, re torne ao m undo e s piritual ou s e “e ntidade s particularm e nte pode ros as ” , re duzindo a
m ate rialize us ando s e us próprios pode re s . dificuldade de re s is tire m ao ritual.

72 A PÊNDICE 2: O UTR O S SISTEM AS


N OVOS RITU AIS alim e ntar ao m e s m o te m po, de s de q ue a re s s onância s e ja
apropriada a e les . Se não for abs orvida, a R e s s onância
O s rituais a s e guir s ão todos re lacionados aos acum ulada s e dis s ipa a um ritm o de um ponto por m inuto.
R e inos Elem e ntais e a e s píritos . Alguns re pre s e ntam Falh a: Em cas o de falha, ne nh um a re s s onância é
antigas práticas de adoração e s e rvidão aos e s píritos , ge rada, m as o rito pode s e r e xe cutado novam e nte (com a
e nq uanto outros pe rm ite m controlar ou confrontar pe nalidade padrão por falha ante rior).
e ntidade s e s pirituais . Es s e s ritos pode m s e r apre ndidos e
utilizados por pe rs onage ns dos jogadore s , m as alguns de les Ritua is - N ível1
re pre s e ntam práticas m e lhor aprove itadas por NPCs .
Todos os ritos a s e guir afe tam ape nas e s píritos dos
R e inos Elem e ntais , a m e nos q ue a de s crição do rito - (1) Pacto Espiritual :
indiq ue q ue e les pode m s e r us ados contra fantas m as ou Através de s te rito, o praticante ofe re ce nutrição a
outros s e re s da Som bra. Alguns de s s e s ritos pode m te r um e s pírito, inve s tindo um obje to com re s s onância.
ve rs õe s q ue afe tam fantas m as , m as e s tas ve rs õe s pre cis am Contudo, para s e nutrir de s s a e ne rgia, o e s pírito pre cis a
s e r apre ndidas s e paradam e nte . prim e iro “de s trancá-la” , re alizando um a tare fa de s crita pe lo
ritualis ta. Em bora o ritualnão force a re alização da tare fa,
Ritua is - N ívelZ ero o e s pírito obe de ce rá s e pe rce be r q ue a trans ação é
vantajos a. Us os com uns de s te rito inclue m us ar o e s pírito
para e nviar um a m e ns age m ou pre judicar um a pe s s oa.
- (0)Agrad e ce r aos Espíritos: Pre paração: O rito re q ue r um re ce ptáculo, e m
No pas s ado, tribos de caçadore s ou vilas agrícolas ge ralum e nve lope de pape l, bolsa de couro, fras co de vidro
tinh am re laçõe s forte s com o m undo e s piritual. Para o ou pote de argila. Um s e lo frágil, norm alm e nte fe ito de
povo, s e faltava caça ou s e a colhe ita e ra pe rdida, e ntão e ra ce ra, pape l ou re s ina, de ve s e r criado e m arcado com
óbvio q ue os e s píritos e s tavam de s conte nte s . Para e vitar s ím bolos e s pe ciais (três s uce s s os num te s te e s te ndido de
e s s a s ina, xam ãs e ns inavam os caçadore s a agrade ce r aos Pe rspicácia + O cul tism o, com te m po m ínim o de um
e s píritos por cada anim alabatido, e s ace rdotis as re uniam o m inuto) e us ado para s e lar o re ce ptáculo.
povo e m grande s com e m oraçõe s no início e no fim da Em adição, o e s pírito de ve e s tar pre s e nte e no
colhe ita, para atraíre m as graças da m ãe -te rra. m undo m ate rial, m as não é ne ce s s ária s ua m anife s tação ou
Es te rito re pre s e nta e s s as tradiçõe s , pe rm itindo ao m ate rialização. A form a com o o e s pírito foi atraído não
praticante conce de r um pouco de s uas forças para nutrir im port a. Se a tare fa e nvolve r algum a pe s s oa, obje to ou
um e s pírito. O rito não dá q ualque r tipo de controle s obre o localq ue não e s te ja pre s e nte , o ritualis ta de ve traze r fotos ,
e s pírito be ne ficiado, m as pode s e r us ado para acalm á-lo ou re fe rências e obje tos re lacionados para indicar ao e s pírito o
atraí-lo. Com o outros ritos de níve l ze ro, e le pode s e r q ue de ve s e r fe ito.
e xe cutado por pe s s oas s e m tre inam e nto, de s de q ue Praticante : Um s e r vivo. M ortos -vivos , e ntidade s
acre dite m ve rdade iram e nte no pode r do ato. e s pirit uais e s e re s da Som bra não pode m praticar e s te rito.
Pre paração: Ante s da e xe cução, o praticante de ve Al v o: O re ce ptáculo s e lado.
de cidir q uala nature za do e s pírito q ue s e rá be ne ficiado, Sist e m a: Na pre s e nça do e s pírito, o ritualis ta
pode ndo e s colhe r e ntre um indivíduo, um tipo e s pe cífico de s cre ve q ualtare fa pre cis a s e r cum prida. Ele e ntão gas ta
ou ne nh um a re s trição. A re s s onância ge rada s e rá de um ponto de Gladius e faz o te s te padrão. Se obtive r
nature za q ue ape nas o e s pírito corre to pode rá s e alim e ntar. s uce s s o, o pe rs onage m pode e s colhe r gas tar m ais um ponto
Em adição, um foco re lacionado ou de dicado à de Gladius e te s tar novam e nte , acum ulando os novos
nature za do e s pírito pre cis a e s tar pre s e nte . No pas s ado, s uce s s os com os originais . Ele pode continuar a faze r is s o
caçadore s us avam o corpo do anim alabatido com o foco, até obte r um a falha ou até de cidir parar.
e nq uanto agricultore s cons truíam e s tátuas , s antuários , Suce sso: O ritualis ta inve s te o re ce ptáculo com um
altare s ou bone cos de fe no e m h om e nage m aos e s píritos da ponto de R e s s onância por s uce s s o obtido. A R e s s onância
colhe ita. pe rm ane ce no re ce ptáculo por um núm e ro de dias igualao
Praticante : D e ve s e r um s e r vivo. Entidade s e s piri- núm e ro de Gladius gas to na e xe cução do rito, ou até s e r
tuais , m ortos -vivos ou s e re s da Som bra s ão incapaze s de cons um ida. Para pode r s e alim e ntar de s s a re s s onância, o
e xe cutar e s s e rito. e s pírito pre cis a cum prir a tare fa de s crita pe lo ritualis ta.
Al vo: O foco do ritual, q ue é um obje to ou local A tare fa a s e r cum prida de ve e nvolve r um obje tivo
re lacionado ou de dicado aos e s píritos be ne ficiados . claro e s uje ito à inte rpre tação pe lo inte lecto do e s pírito.
Siste m a: O ritualis ta faz um a oração, cântico ou Ins truçõe s e xatas não pre cis am s e r s e guidas , de s de q ue o
h om e nage m aos e s píritos . Gas ta-s e um ponto de Gladius , obje tivo s e ja cum prido. Nada obriga o e s pírito a obe de ce r:
acom panh ado do te s te padrão. O rito leva um turno para tare fas s e rão ignoradas s e e le cons ide rar q ue a re s s onância
s e r re alizado, m as algum as ve rs õe s particulare s pode m us á- ofe re cida não com pe ns a o s e rviço pre s tado.
lo com o parte de um a com e m oração m ais longa. Um a ve z q ue te nh a alcançado o obje tivo da tare fa, o
Suce sso: O pe rs onage m ge ra um ponto de R e s s o- e s pírit o pode s e alim e ntar da R e s s onância no re ce ptáculo.
nância por s uce s s o obtido. Es s a re s s onância s e acum ula no Ao fazê-lo, o s e lo q ue fe ch a o re ce ptáculo s e rach a ou s e
foco do ritual, q ue pas s a a s e r s e ntido pe los e s píritos rom pe , criando um indicador de q ue a tare fa e xigida foi
apropriados com o um a fonte válida de nutrição. Para s e cum prida. Note , porém , q ue “s uce s s o”ou “fracas s o”na
alim e ntar da R e s s onância, cada e s pírito pre cis a s e tare fa s e dá pe lo cum prim e nto ape nas do obje tivo: a tare fa
aproxim ar da localização do foco, m as não pre cis a e s tar no pode não te r s ido re alizada e xatam e nte com o pe dido.
m undo m ate rial. O e s pírito s e nutre com o um a ação Fal h a: Em cas o de falha, é pos s íve lte ntar o ritual
com pleta q ue e xige conce ntração, abs orve ndo um ponto de novam e nte , com pe nalidade cum ulativa padrão de -1.
R e s s onância por turno. M últiplos e s píritos pode m s e

NO VO S R ITUAIS 73
- (1) Visão Etére a:
Es te rito e ncanta um obje to, pe rm itindo ao prati-
Ritua is - N ível2
cante us á-lo para ve r e s píritos . Ao s e focar a vis ão através
do obje to e ncantado, e ntidade s e tére as s ão re ve ladas com o - (2) Evocar Pne um a:
form as ne bulos as de core s de s botadas . Es te rito pe rm ite Us ando um círculo ritualís tico, o ocultis ta pode
e nxe rgar q uais q ue r e ntidade s e tére as , inclus ive fantas m as e e vocar um a pe q ue na q uantidade de ps icoplas m a, a “m as s a
outras e ntidade s da Som bra. e tére a”q ue com põe o m undo e s piritual. Es s e ps icoplas m a,
Pre paração: O obje to-foco a s e r e ncantado pre cis a tam bém ch am ado pne um a, s e m ate rializa na form a de um a
te r s ido pre parado com ante ce dência, re ce be ndo s inais s ubs tância pe gajos a e fluida, e m ge ral s im ilar a m uco
m ís ticos e s ím bolos q ue o tornam propício para o rito. trans lúcido. Algum as ve rs õe s do rito pe rm ite m m anife s tar
Cada ve rs ão do rituale xige um obje to de form a e s pe cífica: e s s e ps icoplas m a s ob outras form as , s im ilare s a s angue ,
as m ais com uns us am pe q ue nos am uletos circulare s com lodo, lam a ou outros m ate riais líq uidos ou pas tos os .
um furo no ce ntro, fe itos de roch a ou m ade ira, m as h á Ps icoplas m a m ate rializado ainda é parcialm e nte
ve rs õe s q ue e xige m s ím bolos s acros , olhos de vidro, e tére o, o q ue lhe dá proprie dade s úte is para q ue m s e
óculos e s pe ciais ou véus , e ntre outros obje tos . e nvolve com e s píritos . Se aplicado aos olhos , e le pe rm ite
Cons truir e s s e foco re q ue r te s te s de Pe rspicácia + ve r e s píritos e tére os . Se aplicado nos punh os ou e m arm as ,
O fícios, e xigindo cinco s uce s s os e com te m po m ínim o de e s s e s obje tos pode m s e r us ados para atacar e fe rir e s píritos .
um a h ora. O obje to não pre cis a te r s ido criado pe lo Ps icoplas m a afe ta ape nas e ntidade s dos R e inos Elem e ntais ,
pe rs onage m e pode s e r re aprove itado e m futuras ativaçõe s m as um a ve rs ão alte rnativa de s te rito pe rm ite e vocar
do ritual. ne croplas m a, a m as s a e tére a da Som bra, as s im
Praticante : Qualque r criatura capaz de praticar pos s ibilitando o contato com fantas m as e outras e ntidade s
ritos . do m undo dos m ortos .
Al vo: O obje to-foco. Alguns ocultis tas te ntam e s tudar o ps icoplas m a,
Siste m a: Te s te padrão; cus to de um ponto de analis ando cie ntificam e nte s uas proprie dade s . Es s as
Gladius . te ntativas invariave lm e nte falham : ps icoplas m a não é um
Suce sso: Se obtive r s uce s s o, o obje to é e ncantado e lem e nto ou m ate rialnatural, e le ape nas e m ula caracte -
por um a ce na. D urante e s te pe ríodo, ao us ar o foco, rís ticas de outras s ubs tâncias fís icas . Por caus a dis s o, os
colocando-o de form a apropriada diante dos olhos , o re s ultados obtidos com e xam e s laboratoriais nunca s e
praticante é capaz de ve r e ntidade s e tére as , de s de q ue re pe te m , s e m pre apontando dife re nte s s ubs tâncias e m
e s te jam no m undo m ate rial. e s tados anôm alos contidas de ntro da m as s a e tére a
As e ntidade s e tére as s ão vis tas num a form a gas os a, m ate rializada. Is s o torna im pos s íve is m étodos cie ntíficos
q uas e com o névoas , e por is s o pode s e r difícilde te ctá-las q ue de te cte m ou pe rm itam obs e rvar e s píritos .
s e e s tive re m te ntando s e e s conde r (-2 e m te s te s de Pre paração: Es te rito re q ue r a criação de um
Pe rce pção para pe rce bê-las ). Som e nte o próprio e xe cutor círculo m ís tico, e xatam e nte com o o de um R ito de
do ritualpode ve r s e re s e tére os através do foco; outras Invocação (p. 84 de De sb ravad ore s d o O cul to). D e ve
pe s s oas não s e be ne ficiam . h ave r tam bém pre s e nça de e lem e ntos naturais , com o fogo,
Fal h a: Em cas o de falha, o rito pode s e r re pe tido água pura, are ia ou plantas .
com a pe nalidade padrão. Praticante : Um s e r vivo. Criaturas da Som bra,
e ntidade s e s pirituais e m ortos -vivos não pode m e xe cutar
e s te rito.
Al vo: O círculo de ritual.
Siste m a: Te s te padrão; cus to de um ponto de
Gladius .
Suce sso: Evoca-s e um a “dos e ” de pne um a por
s uce s s o obtido. O m ate rials urge no ce ntro do círculo e
pre cis a s e r coletado e re unido num s ó re cipie nte . A
pne um a, ou ps icoplas m a, s e dis s ipa num ritm o de um a
dos e por h ora s e m antida num a m as s a única. Quando
s e parada do corpo principal, um a porção de pne um a
de s apare ce após um a h ora ou no final da ce na, o q ue
ocorre r prim e iro.
Um pe rs onage m pode aplicar o ps icoplas m a e m
obje tos ou e m s e u corpo para obte r h abilidade s e s pe ciais .
Se aplicado e m s e us olhos , e le pe rm ite ve r e s píritos
e tére os . Es te us o cons om e um a dos e de pne um a do total.
Es píritos vis tos de s ta m ane ira apare ce m de s botados e indis -
tintos (-2 e m te s te s para pe rce bê-los ). Aplicar pne um a
s obre outras parte s do corpo pode pe rm itir e fe itos
s im ilare s , com o ouvir, fare jar, tate ar e até atacar e fe rir
e s píritos e tére os .
Se aplicado num obje to, ps icoplas m a pe rm ite us á-
lo para atacar e barrar a pas s age m de e s píritos e tére os . Es s e
us o cons om e um a dos e de pne um a por obje to pe q ue no
(balas , punh os ou arm as q ue caibam num bolso). O bje tos
m aiore s pode m e xigir duas dos e s (s e coube re m num a

74 A PÊNDICE 2: O UTR O S SISTEM AS


jaq ue ta), três (s obre tudo) ou q uatro dos e s ou m ais (s e não um Elo Em pático (com o e m Se nciência 2), m e s m o q ue o
pude re m s e r e s condidos no corpo). e s pírito não te nh a norm alm e nte e s s e pode r. Graças a e s s e
Fal h a: Em cas o de falha, nada ocorre . Um a nova e lo, alguns xam ãs us am o rito com o m e io de s e com unicar
te ntativa pode s e r fe ita com a pe nalidade padrão. com e s píritos .
Qualque r um dos dois pode e nce rrar a pos s e s s ão a
- (2) O fe re nd a d e Carne : q ualque r m om e nto, com o um a ação livre . A pos s e s s ão
Em ce rtas culturas , q uando pre cis avam de ajuda tam bém é e nce rrada s e um dos dois for de s truído ou ficar
e s piritual, os xam ãs e ntravam e m trans e através de drogas , incons cie nte . Ao fim da pos s e s s ão, o ritualis ta e s tará m uito
dança ou m e ditação, convidando e s píritos para “cavalgá- cans ado, s ofre ndo -2 e m todos os s e us te s te s até q ue
los ” . Ne s te e s tado, o xam ã e o e s pírito s e tornavam um s ó, de s cans e o s uficie nte para re cupe rar Gladius .
s e us dons com binados num a h arm onia s obre natural. Fal h a: Em cas o de falha, o pe rs onage m pode
Cada cultura te m s ua ve rs ão particular de s te ritual, pros s e guir com o ritual, s ofre ndo pe nalidade -1 nos te s te s
m as o obje tivo é s e m pre o m e s m o: pe rm itir a incorporação s uce s s ivos . Se falhar o s uficie nte para não te r m ais dados
de um e s pírito no ritualis ta para q ue am bos com partilhe m e m s ua parada, o ritualfracas s a e não pode s e r te ntado
s uas h abilidade s e s e be ne ficie m . Es te rito é praticam e nte novam e nte até q ue o ritualis ta de s cans e .
um pacto: o e s pírito bus ca algum pagam e nto ou favor,
e nq uanto o xam ã ne ce s s ita dos dons e s pirituais para - (2) Tote m Ate rrorizante :
cum prir s e u obje tivo. Ne m s e m pre os e s píritos s ão am igáve is : ocas ional-
Pre paração: O xam ã de fine q uale s pírito pode rá m e nte , e ntidade s m alicios as pode m pe rturbar vidas
incorporá-lo ou, na aus ência de um e s pírito e s pe cífico, s e u h um anas . Xam ãs e ocultis tas de s e nvolve ram form as de
tipo. Em ge ral, é e s colhido um e s pírito fam iliar, com o um e xpulsá-los , incluindo e s te rito, q ue us a um tote m , s ím bolo,
tote m ou agath odaim on. A pos s e s s ão e xige um am bie nte figura ou m ás cara para ate rrorizar e e s pantar e s píritos
apropriado, e m ge rale nvolve ndo e lem e ntos q ue atraiam ou m alignos .
agrade m ao e s pírito-alvo. Não é incom um q ue fiéis ajude m Pre paração: Prim e iro, o pe rs onage m pre cis a te r
o praticante tocando tam bore s , cantando, dançando ou e m m ãos a figura q ue e ncantará para e xpulsar e s píritos . Em
re alizando outros atos de adoração para ince ntivar a ge ralcons truída e m m ade ira, s ua form a finalde pe nde da
aproxim ação e s piritual. O bviam e nte , o rito s ó pode ve rs ão do rito: indíge nas norte -am e ricanos us avam tote ns
com e çar com a pre s e nça do e s pírito-alvo, m as e s te não de m ade ira e s culpidos na form a de anim ais prote tore s ;
pre cis a e s tar m anife s to. bruxos africanos favore ciam m ás caras dis form e s q ue e ram
Praticante : Ape nas s e re s vivos pode m e xe cutar colocadas e m pare de s , árvore s ou no topo de pos te s ;m agos
e s s e rito. Entidade s e s pirituais , com o de m ônios ou anjos , h e rm éticos favore ciam s ím bolos arcanos .
não pode m s e r pos s uídos , e m ortos -vivos re pe lem e s píritos Es culpir o s ím bolo e xige 10 s uce s s os num te s te
naturais . e s te ndido de Pe rspicácia + O fícios: Carpintaria (dificul-
Al vo: O próprio praticante e o e s pírito q ue fará a dade 8), com te m po m ínim o de um a h ora. A figura não
pos s e s s ão. pre cis a te r s ido criada pe lo pe rs onage m , e um a figura
Siste m a: Cus to de um ponto de Gladius ; te s te ante rior pode s e r re aprove itada e m futuros us os de s te rito.
e s te ndido, e xigindo s uce s s os iguais a 5 + Patam ar do A figura de m ade ira de ve s e r fixada no localonde o rito
e s pírito. Enq uanto re aliza o rito, o praticante e ntra e m s e rá e xe cutado.
trans e , às ve ze s auxiliado por atos q ue o de s ligue m do Praticante : Qualque r um .
m undo fís ico, com o canto, dança, toq ue de tam bore s ou Al vo: A figura-foco de s te ritual.
m e s m o cons um o de drogas . Siste m a: Te s te padrão; cus to variáve lde Gladius
Suce sso: O e s pírito ade ntra o corpo do praticante , e (m ínim o um ). No ato da e xe cução, o ritualis ta de fine q uais
am bos s e tornam um a s ó e ntidade . Es s e e s tado é s im ilar ao tipos de e s píritos s e rão afe tados pe lo ritual, pode ndo
de um a Pos s e s s ão Forçada (Se nciência 5, pg. 46), e xce to tam bém de finir e xce çõe s e condiçõe s e s pe ciais para s e u
q ue o e s pírito não tom a controle s obre o pe rs onage m . funcionam e nto.
D urante a pos s e s s ão, o pe rs onage m adq uire re s is tência Suce sso: A figura de m ade ira ganh a pode r por um
naturala danos letais e tolerância a danos atordoante s , m as pe ríodo de te rm inado pe lo núm e ro de Gladius us ado na
pas s a a s e r cons ide rado um a criatura profana. O s Atributos e xe cução do rito:
fís icos do pe rs onage m s e m antêm , m as pode -s e e s colhe r 1 Gladius Um a dia
e ntre us ar Atributos m e ntais e Aptidõe s do pe rs onage m ou 2 Gladius Três dias
do e s pírito, o q ue for m ais conve nie nte para cada s ituação. 3 Gladius Um a s e m ana
D anos fís icos atordoante s e letais afe tam ape nas o pe rs o- 4 Gladius Um m ês
nage m ; danos e ntrópicos afe tam am bos , e ce rtos ataq ue s 5 Gladius Se is m e s e s
m ís ticos pode m afe tar ape nas o e s pírito. 6 Gladius Um ano, m ais um ano adicionalpara
O pe rs onage m te m ace s s o a todos os Anfractos do cada ponto acim a do 6°.
e s pírito e pode m anife s tar tam bém s e us As pe ctos por um a D urante e s te pe ríodo, os e s píritos de finidos durante
ce na (gas tando um ponto de R e s s onância por As pe cto). O a e xe cução, ao avis tare m a figura, pre cis am faze r um te s te
pe rs onage m pode e s colhe r gas tar s e u Gladius para ativar de Ins tinto (dificuldade 5 + s uce s s os obtidos no ritual). O s
Anfractos e As pe ctos , ao invés de us ar a R e s s onância do e fe itos de s te te s te s ão idênticos a um te s te contra pânico:
e s pírito. cada s uce s s o re duz a s e ve ridade do de s controle e m um
Ne s te e s tado, tanto o ritualis ta com o o e s pírito s ão pas s o. O de s controle pe rdura e nq uanto o e s pírito e s tive r
um a s ó e ntidade , logo com partilham s uas açõe s e não nas proxim idade s da figura, m e s m o q ue não pos s a m ais vê-
ganh am açõe s e xtras . Contudo, am bos e s tão no controle: la.
cas o um não concorde com um a ação, e la não pode s e r Es te ritualas s um e q ue a figura de m ade ira não s e rá
e xe cutada e é pe rdida. Eles pode m s e com unicar através de m ovida: re m ovê-la do locale m q ue foi fixada ante s do

NO VO S R ITUAIS 75
ritualfaz com q ue s e u pode r dim inua. Se m ovida, e a cada A m anife s tação dura um a ce na. Se o e s pírito fugir
h ora q ue s e pas s ar s e m q ue s e ja fixada a algum lugar, o para os R e inos Elem e ntais , e le de s apare ce rá, m as voltará a
pode r da figura s e re duz e m um s uce s s o. Cas o os s uce s s os s e tornar vis íve lcas o re torne ao m undo m ate rialde ntro da
s e jam ze rados , os e fe itos do rituals e dis s ipam com pleta- duração do e fe ito.
m e nte . Fal h a: O rito pode s e r te ntado novam e nte , s ofre ndo
Falh a: O Gladius gas to é pe rdido e o rito fracas s a, a pe nalidade padrão.
m as pode s e r te ntado novam e nte com a pe nalidade padrão.
- (3) O fe re nd a d e H ospital id ad e :
Ritua is - N ível3 Es te rito pe rm ite a incorporação de um e s pírito e m
um anim al, conce de ndo à e ntidade um a “form a fís ica”q ue
pode h abitar por te m po inde te rm inado. Alguns ritualis tas
- (3) Forçar M anife stação: us am talpode r para obte re m favore s do e s pírito, ou e ntão
Es te rito faz com q ue um e s pírito s e torne dom inam a e ntidade e lhe dão corpo fís ico para q ue e la
parcialm e nte vis íve le audíve lpor algum te m po. O ritual pos s a m e lhor s e rvi-los .
cons is te e m dois atos : prim e iro, o praticante pre para um a Pre paração: O anim al ofe re cido de ve e s tar
s ubs tância, e m ge rale m form a de pó ou líq uido, q ue é pre s e nte e de s pe rto. O locale o anim alpre cis am e s tar de
e ncantada e arm aze nada para us o futuro. M ais tarde , algum a form a re lacionados à nature za do e s pírito: um
q uando e s s a s ubs tância é jogada ou as pe rgida s obre um e s pírito do fogo e xigirá a pre s e nça de fogue iras e h abitará
e s pírito e tére o, a e ntidade é forçada a s e m anife s tar. répte is ou criaturas ve ne nos as , por e xe m plo, e nq uanto um
Pre paração: O rito e xige prim e iro a pre paração do e s pírito be s tialpre fe rirá um h abitat apropriado e um anim al
pó ou líq uido q ue s e rá us ado para “tocar”o e s pírito. Cada re lacionado à s ua nature za. O e s pírito tam bém de ve e s tar
ve rs ão de s te rito us a s ubs tâncias dife re nte s , q ue vão de s de pre s e nte e concordar com a pos s e s s ão.
s im ples are ia, grãos ou folhas e s m agadas a pó de prata, Praticante : Qualque r um .
ouro ou outros m e tais nobre s . A pre paração de um a dos e Al vo: O anim ale o e s pírito.
e xige cinco s uce s s os e m Pe rspicácia + O cul tism o Siste m a: Cus to de dois pontos de Gladius ; te s te
(dificuldade 6), com te m po m ínim o de um m inuto. A e s te ndido, e xigindo s uce s s os iguais ao Ins tinto do anim al
s ubs tância pode s e r pre parada com ante ce dência de vários capturado.
dias . Suce sso: O anim al e ntra num e s tado de trans e ,
Praticante : Qualque r um . abrindo cam inh o para o e s pírito-alvo tom ar s e u corpo. O s
Al vo: O pó ou líq uido a s e r e ncantado. e fe itos da incorporação s ão idênticos aos de Pos s e s s ão
Siste m a: Te s te padrão; cus to de um ponto de Be s tial (D om ínio Be s tial3, pg. 40), e xce to nos de talhe s
Gladius . Ape nas um a dos e da s ubs tância é e ncantada por adiante . O e s pírito não pre cis a te r D om ínio Be s tialne m
e xe cução. gas tar R e s s onância para re alizar a pos s e s s ão.
Suce sso: A dos e é e ncantada com s uce s s o e de ve Um a ve z no dom ínio do corpo, o e s pírito
s e r guardada num re ce ptáculo apropriado. O e ncantam e nto pe rm ane ce até de cidir abandoná-lo ou até s e r e xpulso por
pe rde um s uce s s o de potência a cada am anh e ce r, até q ue o forças e xte rnas . D urante a pos s e s s ão, o e s pírito pode us ar
pó s e torne ine rte . Para us ar a dos e , o ritualis ta (ou outro s e us Anfractos norm alm e nte , as s im com o pode m anife s tar
pe rs onage m capaz de e xe cutar ritos ) pre cis a nom e ar ou As pe ctos por um a ce na (gas tando um ponto de
de s cre ve r o e s pírito a s e r afe tado e lançar o pó ou líq uido R e s s onância por As pe cto).
(ação bás ica) s obre o localaproxim ado e m q ue e s tá s ua D e vido à nature za do ritual, e nq uanto pe rm ane ce r
form a e tére a. Cas o o e s pírito não e s te ja no localou s e for no corpo, o e s pírito não pe rde R e s s onância por e s tar no
de s crito ou nom e ado incorre tam e nte , a dos e é de s pe rdiçada plano fís ico, m as ainda s ofre pe rda de R e s s onância diária.
e pe rde s e u pode r. Em adição, o anim al-alvo de ixa de s e r um a fonte de
Ao s e r “atingido”pe la dos e , o e s pírito te s ta Ins tinto re s s onância para q uais q ue r e s píritos e nq uanto a pos s e s s ão
(dificuldade 8), pre cis ando s upe rar os s uce s s os do rito. s e m antive r. Ao fim da pos s e s s ão, o anim al re tom a o
Cas o fracas s e , e le s e m anife s ta num a form a pe rce ptíve le controle de s e u corpo e e s tará m uito confus o e agre s s ivo.
ne bulos a, m as ainda intangíve l. O e s pírito não pre cis a te r o Fal h a: Um a falha no te s te pe rm ite q ue o rito s e ja
Anfracto Intrus ão ne m gas tar R e s s onância para s e continuado, com pe nalidade -1 cum ulativa. Se fore m
m anife s tar de s s a m ane ira, e ne m s e m pre pe rce be q ue s e acum uladas falhas s uficie nte s para s e im pe dir novos te s te s ,
tornou vis íve l, e s pe cialm e nte s e as pe s s oas pre s e nte s o rito fracas s a e não pode s e r te ntado novam e nte s obre o
fingire m não vê-lo. m e s m o anim al.

76 A PÊNDICE 2: O UTR O S SISTEM AS


- (3) Sub lim ar a Al m a: m as s im pe rde um ponto de Gladius e pre cis a te s tar
Para m uitas culturas xam anis tas , um dos m ais Espírito (dificuldade 8). Se falhar, a viage m e s piritualé
s agrados atos é a viage m ao m undo dos e s píritos , na q ualo e nce rrada e o pe rs onage m re torna a s e u corpo. Se todo o
xam ã de ixa s e u corpo para ade ntrar, e m form a de e s pírito, Gladius for e xaurido, o pe rs onage m não s ó re torna, com o
nos R e inos Elem e ntais . Es s a viage m não é fe ita fica e m com a até q ue de s cans e o s uficie nte para re cupe rar
levianam e nte , pois é de grande pe rigo, m as através de la s e todo o Gladius .
bus ca s abe doria, re s pos tas e aliados . Es te rito s e apre s e nta A viage m e s piritualpode s e r e nce rrada a q ualque r
e m form as dive rs as , cada q ual particular a um a cultura m om e nto com o um a ação livre , faze ndo o e s pírito do
dife re nte . pe rs onage m s e dis s ipar e re tornar ao corpo. Cas o o corpo
Viajar pe los R e inos Elem e ntais é um a tare fa do pe rs onage m e s te ja s ob algum tipo de pos s e s s ão
pe rigos a, q ue cos tum ava s e r fe ita para s e q ue s tionar os e s piritual ou de m oníaca, porém , a e ntidade pos s e s s ora
e s píritos , ins pe cionar a fauna e s piritual da re gião ou pe rm ane ce no controle.
de te ctar dis túrbios no m undo fís ico através de s e u re flexo Falh a: Um a falha no te s te pe rm ite q ue o rito s e ja
e s piritual. Xam ãs e xpe rie nte s , q uando pos s íve l, pactuam continuado, com pe nalidade -1 cum ulativa. Se fore m
com e s píritos para s e re m guiados e prote gidos durante a acum uladas falhas s uficie nte s para s e im pe dir novos te s te s ,
jornada. o rito fracas s a e não pode s e r te ntado novam e nte até q ue o
Pre paração: Em bora cada ve rs ão particular te nh a praticante de s cans e o s uficie nte para re cupe rar Gladius .
s uas dis tinçõe s , e m ge ralé ne ce s s ária a purificação fís ica
ou e s piritualdo praticante ante s ou durante o rito, s e ja Ritua is - N ível4
através de banh os , fum aça, ince ns o, m e ditação, danças ou
cânticos . Em adição, o localonde o rito s e rá e xe cutado
pre cis a s e r pre parado com e lem e ntos naturais q ue - (4) O fe re nd a Viol ad a:
favore çam a trave s s ia: água corre nte , ch am as , ve ntos , te rra, Es te rito ofe re ce a um e s pírito a ch ance de pos s uir o
anim ais ou plantas . Por is s o, o rito cos tum a s e r e xe cutado corpo de um a pe s s oa. Es te é um rito e xtre m am e nte
e m áre as naturais , longe da civilização, onde o praticante pe rigos o: um a ve z a pos s e s s ão é fe ita, ape nas o e s pírito (ou
pos s a s e conce ntrar s e m dis túrbios . um e xorcis m o) pode e nce rrá-la.
Praticante : Um s e r vivo. M ortos -vivos s ão ligados Pre paração: A pe s s oa q ue s e rá ofe re cida ao
de m ais à Som bra para re alizare m e s te rito, e nq uanto e s pírito de ve e s tar pre s e nte e cons cie nte . O localonde o
e ntidade s e s pirituais s ão incapaze s de s e parar corpo e rito é re alizado de ve de algum a m ane ira e s tar re lacionado
e s pírito (vis to q ue am bos s ão um s ó). ao e s pírito. O e s pírito de ve e s tar pre s e nte e concordar com
Al vo: O próprio ritualis ta. a pos s e s s ão.
Siste m a: Cus to de um ponto de Gladius ; te s te Praticante : Qualque r um .
e s te ndido, 10 s uce s s os ne ce s s ários . Cas o s e e s te ja num Al vo: A pe s s oa e o e s pírito.
nodo e lem e ntal, o níve ldo nodo é s ubtraído dos s uce s s os Siste m a: Gas ta-s e três pontos de Gladius . Te s te
ne ce s s ários . D urante a e xe cução, o ritualis ta pre cis a e ntrar e s te ndido, re q ue r s uce s s os iguais à Pe rs e ve rança da vítim a.
e m trans e , e cada ve rs ão do rito utiliza um a form a A vítim a pode re s is tir te s tando Espírito (dificuldade 8) a
dife re nte : dança, oraçõe s , m e ditação, drogas , e ntre outros . cada te s te do ritualis ta, as s im re duzindo ou m e s m o
Suce sso: Es te pode r funciona de form a idêntica a anulando s e us s uce s s os parciais .
Jornada da Alm a (níve l4 de Se ns itividade Es piritual, pg Suce sso: A vítim a e ntra e m trans e , pe rm itindo a
71). Para facilitar a cons ulta, o te xto de Jornada da Alm a é pos s e s s ão pe lo e s pírito. O s e fe itos da incorporação s ão
re pe tido a s e guir: idênticos aos de Pos s e s s ão Forçada (Se nciência 5, pg. 46),
O corpo do pe rs onage m cai num e s tado catatônico, e xce to nos de talhe s adiante . O e s pírito não pre cis a te r
s im ilar a um com a, m as às ve ze s re age aos e ve ntos de s ua Se nciência ne m gas tar R e s s onância para re alizar a
jornada e s piritual, m urm urando palavras , re alizando pos s e s s ão.
pe q ue nos m ovim e ntos ou m ove ndo os olhos . O corpo fica D e vido à nature za do ritual, e nq uanto pe rm ane ce r
vulne ráve la pos s e s s õe s ne s te pe ríodo, não pode ndo re s is tir no corpo da vítim a, o e s pírito não pe rde R e s s onância por
a e las . e s tar no m undo natural, m as ainda s ofre pe rda de
A form a e s piritual do pe rs onage m apare ce nos R e s s onância diária. D urante a pos s e s s ão, o e s pírito pode
R e inos Elem e ntais no localcorre s ponde nte ao q ue e s tá s e u us ar s e us Anfractos norm alm e nte , as s im com o pode
corpo no m undo m ate rial. A form a e s pirituals urge nua, m anife s tar As pe ctos por um a ce na (gas tando um ponto de
e xce to por re flexos e s pirituais de pe rte nce s íntim os q ue o R e s s onância por As pe cto).
pe rs onage m porte cons igo. As e s tatís ticas do pe rs onage m Um a ve z no dom ínio do corpo, o e s pírito pe rm a-
na form a e s piritualnão s ão alte radas , e xce to por e la não ne ce até de cidir abandoná-lo ou até s e r e xpulso por forças
pos s uir níve is de Saúde . e xte rnas . Ao fim da pos s e s s ão, a vítim a re tom a o controle
A form a e s piritual pode viajar pe lo m undo dos de s e u corpo, m as e s tará confus a e cans ada (-2 e m te s te s
e s píritos com o faria no plano m ate rial. Em bora não pos s a até q ue de s cans e o s uficie nte para re cupe rar Gladius ).
s e ntir ne m ve r o q ue ocorre com s e u corpo fís ico, o Fal h a: A cada falha (inclus ive q uando a vítim a
pe rs onage m ainda te m um e lo intuitivo com e le, pode ndo anular os s uce s s os de um te s te ), o pe rs onage m pode
faze r te s te s de Consciência para localizá-lo ou pe rce be r continuar te s tando, com pe nalidade padrão de -1. Se o
e ve ntos q ue ocorram ao s e u re dor. A form a e s piritualnão ritualis ta falhar o s uficie nte para não m ais te r dados e m s e u
s e nte dor, ne m é pe nalizada por fe rim e ntos ocorridos e m te s te , o rito fracas s a.
s e u corpo fís ico. Contudo, s e o corpo for atacado ou fe rido, O Pre ço d o Pod e r: Cas o a vítim a não s e ja volun-
o pe rs onage m pre cis a te s tar Espírito (dificuldade 8) para tária, e s te rito é um a m agia ne gra, q ue dre na a força de
não s e r forçado a e nce rrar a viage m . vontade do praticante tanto q uanto faz com s ua vítim a.
Se a form a e s piritualfor fe rida, e la não s ofre danos , D urante a e xe cução do rito, s e m pre q ue a vítim a s upe rar os

NO VO S R ITUAIS 77
s uce s s os de um te s te do praticante , e s te de ve s e r be m - s ím bolo ou ato de pas s age m : rom pe r um círculo, cam inh ar
s uce dido num te s te de Espírito (dificuldade 10) para não por um a e ncruzilhada, atrave s s ar um a porta ou arco, e tc.
pe rde r um ponto de Gladius . Se o Gladius do praticante for Pre paração: Cada ve rs ão do rito e xige algum a
e xaurido de s ta m ane ira, o e s pírito pode e s colhe r pos s uir o form a de pas s age m . As m ais com uns e nvolve m : de ixar um
corpo do praticante ao invés do da vítim a, obte ndo todas as círculo; atrave s s ar um a porta, arco ou túne l; ade ntrar um a
vantage ns confe ridas pe lo ritual. cave rna; m e rgulhar num corpo aq uos o; de s e nh ar um a porta
ou arco num a pare de , q ue de ve rá s e r atrave s s ada; e ntre
Ritua is - N ível5 outros . O prim e iro pas s o para s e pre parar o ritual é,
portanto, provide nciar a pas s age m ade q uada.
Em s e guida, o localda pas s age m de ve re ce be r os
- (5) Forçar M ate rial ização: cuidados ne ce s s ários . Em ge ral, is s o s ignifica a aplicação
Um a ve rs ão m ais pode ros a de Forçar M anife s - de s ím bolos m ís ticos ou de e lem e ntos purificadore s , com o
tação (pg. 76), e s te rito pe rm ite dar form a fís ica a um fogo ou ince ns o, de form a a pre parar a trans ce ndência de
e s pírito e tére o. Em ge ral, us a-s e e s te rito para s e de s truir corpo e m e s pírito. O localde ve s e r re lativam e nte is olado e
um e s pírito daninh o, m as alguns ocultis tas pode m forçar a calm o: dis túrbios no am bie nte , com o s ons inte ns os ,
m ate rialização de um s e rvo e s piritualq ue norm alm e nte é im pe de m a pas s age m .
incapaz de fazê-lo, e m troca de favore s . Praticante : Qualque r s e r fís ico, e xce to m ortos -
Pre paração: Es te rito us a a m e s m a pre paração q ue vivos ou s e re s ligados à Som bra. Entidade s e s pirituais q ue
Forçar M anife s tação. A s ubs tância (pó ou líq uido) pre para- te nh am corpo fís ico, com o anjos ou de m ônios , tam bém
da pode s e r us ada por q ualque r um de s te s rituais . pode m e xe cutar e s te rito.
Praticante : Qualque r um . Al vo: O praticante e até duas outras pe s s oas , de s de
Al vo: O pó ou líq uido a s e r e ncantado. q ue não s e jam m ortos -vivos .
Siste m a: Gas ta-s e dois pontos de Gladius ; te s te Siste m a: Te s te padrão; cus ta um ponto de Gladius .
padrão. Cada us o de s te ritualafe ta ape nas um a dos e de pó O praticante s e conce ntra, re citando cânticos , dançando ou
ou líq uido pre parado. re alizando outros atos apropriados de acordo com a ve rs ão
Suce sso: Com o e m Forçar M anife s tação, a dos e do rito. Ao fim do proce s s o, o ritualis ta fe ch a os olhos e
de ve s e r guardada num re ce ptáculo apropriado. O e ncanta- re aliza a pas s age m , atrave s s ando a porta, m e rgulhando no
m e nto pe rde um s uce s s o de potência a cada am anh e ce r, até corpo aq uos o, de ixando o círculo do ritual,e tc.
q ue o pó s e torne ine rte . Para us ar a dos e , o ritualis ta (ou O praticante pode levar até duas pe s s oas com e le.
outro pe rs onage m capaz de e xe cutar ritos ) pre cis a nom e ar Se e s te for o cas o, cada acom panh ante te m q ue gas tar um
ou de s cre ve r o e s pírito a s e r afe tado e lançar o pó ou ponto de Gladius e de ve fe ch ar os olhos e dar as m ãos ao
líq uido (ação bás ica) s obre o localaproxim ado e m q ue e s tá ritualis ta. Todos os participante s re alizam a pas s age m ao
s ua form a e tére a. Cas o o e s pírito não e s te ja no localou s e m e s m o te m po, m as s e algum de les não q uis e r atrave s s ar,
for de s crito ou nom e ado incorre tam e nte , a dos e é não gas tar Gladius ou duvidar do pode r do rito, o proce s s o
de s pe rdiçada e pe rde s e u pode r. falhará para e le e os de m ais participante s não s e rão
Ao s e r “atingido”pe la dos e , o e s pírito te s ta Ins tinto pre judicados .
(dificuldade 9 ), pre cis ando s upe rar os s uce s s os originais do Suce sso: Se o rito tive r s ido be m -s uce dido, os
rito. Cas o fracas s e , e le é forçado a s e m ate rializar, m as is s o participante s s e ve rão no localcorre s ponde nte do m undo
ocorre ao longo de três turnos : no prim e iro, o e s pírito s e e s piritual ao abrire m os olhos . Para q ue m obs e rva do
m anife s ta; no s e gundo, s ua form a de ixa de s e r ne bulos a, e m undo m ate rial, é com o s e os participante s s ublim as s e m
por fim e le s e torna m ate rial. O e s pírito não pre cis a te r o re pe ntinam e nte , tornando-s e vapor e de s apare ce ndo. Sob
Anfracto Intrus ão ne m gas tar R e s s onância para s e critério do Narrador, te s te -m unh as de s pre paradas pode m
m ate rializar de s s a m ane ira. Ao contrário de Forçar s e r forçadas a te s tar contra pânico diante de s s a ce na.
M anife s tação, o e s pírito nota de im e diato q ue não e s tá No m undo e s piritual, a form a fís ica do pe rs onage m
m ais e tére o. e s e us pe rte nce s s ão trans m utados e m m as s a e tére a, m as o
O e fe ito de s te rito dura um a ce na. D urante e s te pe rs onage m não é cons ide rado um a e ntidade e s piritual: e le
pe ríodo, o e s pírito fica pre s o na form a m ate rial, não ainda te m todas as vulne rabilidade s de s e u corpo fís ico,
pode ndo s e tornar e tére o ne m re tornar ao m undo e s piritual. inclus ive pode ndo s e r m orto e cons um ido por s e re s
Ao finalda duração, e le é forçado a s e de s m ate rializar, a e s pirituais . O pe rs onage m pode vagar livre m e nte pe lo
m e nos q ue us e s e us próprios Anfractos para pe rm ane ce r m undo e s piritual, m as pe rde todo o contato com o m undo
e m corpo fís ico. fís ico, s e ndo incapaz de vê-lo ou inte ragir com e le.
Fal h a: O rito pode s e r te ntado novam e nte , s ofre ndo R e tornar ao m undo fís ico é cons ide rado um rito de
a pe nalidade padrão. níve lze ro: o pe rs onage m pre cis a fe ch ar os olhos e faze r
um proce s s o de trave s s ia s im ilar ao q ue o trouxe ao m undo
- (5) Portale ntre M und os: e s piritual. Se obtive r s uce s s o no te s te do rito de re torno
Entrar e m corpo no m undo dos e s píritos não é um a (q ue tom a ape nas um a ação bás ica), o pe rs onage m e s tará
tare fa s im ples : a re alidade e s piritualé um plano s upe rior no m undo m ate rialao abrir os olhos . É pos s íve ltraze r até
onde a m atéria é algo inconce bíve l. Por is s o, para q ue um a dois acom panh ante s ao re tornar, m as os acom panh ante s
pe s s oa atrave s s e a barre ira e ntre m undos , não bas ta abrir tam bém pode m re tornar s ozinh os s e fize re m o ritualde
um a pas s age m , é pre cis o conve rte r s ua carne e m m as s a re torno corre tam e nte . Quais q ue r obje tos de ixados no
e tére a. Por is s o, taltrave s s ia e xige ritos de alto níve l. m undo e s piritual e ve ntualm e nte s e dis s iparão, m as o
Portal e ntre M undos não é um rito uniform e : proce s s o pode levar anos .
e xis te m dife re nte s ve rs õe s q ue pode m s e r apre ndidas , cada Fal h a: O rito pode s e r te ntado novam e nte , s ofre ndo
um a e nvolve ndo um a m ane ira dife re nte de s e cruzar para a a pe nalidade padrão.
re alidade e s piritual. Todas e las , contudo, e nvolve m algum

78 A PÊNDICE 2: O UTR O S SISTEM AS


POD E RE S PARA A RTE FATOS
Arte fatos s ão obje tos de pode r criados por m ís ticos ,
fe itice iros e ce rtas criaturas s obre naturais , com o de m ônios , CRIAN D O U M A RTE FATO
anjos ou vam piros . Eles s ão de s critos e m de talhe s no m ini-
s uplem e nto Arte fatos: O b je tos d e Pod e r, q ue você pode E S PIRITU AL
baixar gratuitam e nte na página do Und e rground H ave n.
Para s e criar um arte fato, o criador pre cis a te r Arte fatos s ão criados por proce s s os m undanos e
algum dom ínio s obre os pode re s q ue s e rão im buídos no e ncantados por rituais . O m ini-s uplem e nto Arte fatos:
obje to. Contudo, alguns arte fatos pode m s e r criados com o O b je tos d e Pod e r e xplica o proce s s o, m as com o
auxílio de e s píritos naturais , as s im pos s ibilitando ao proce de r q uando você pre cis a da ajuda de um e s pírito?
criador im buir h abilidade s q ue e le próprio não dom ine . A Ne s te cas o, o e s pírito de ve e s tar pre s e nte no rito
s e guir e s tá o m ode lo para s e adicionar pode re s e s pirituais a e dis pos to a participar. Is s o s ignifica q ue forçar o
e s s as re líq uias m ís ticas . e s pírito com um a Subjugação e s tá fora de q ue s tão,
e m bora o e s pírito pos s a s e r coagido a participar e m
troca de um favor (com o s e r libe rtado de um apris io-
Poder Espiritua l nam e nto). O ato de e ncantar o obje to e xige q ue o
R e ssonância: Se m pre e lem e ntal. e s pírito conce da um a porção de s i ao ritualis ta, na form a
De scrição: Es te arte fato de tém pode r s obre algum de pontos de R e s s onância iguais a cinco ve ze s o níve ldo
as pe cto natural do m undo. Algum as ve rs õe s pe rm ite m Anfracto q ue s e rá im buído. O bviam e nte , o e s pírito
m anipular plantas ou anim ais , e nq uanto outras influe nciam pre cis a conh e ce r o Anfracto e m níve ligualou m aior ao
os e lem e ntos . de s e jado.
Siste m a: O pode r do arte fato de ve s e r ativado Um Arte fato criado de s ta m ane ira pas s a a te r um
cons cie nte m e nte , e ape nas um us o é pe rm itido por e lo s im pático não s ó com s e u criador, com o com o
ativação. Es colha um a h abilidade re lacionada a um e s pírito q ue o im buiu. Logo, um arte fato e s piritualpode
Anfracto. O arte fato é capaz de re produzir ape nas e s s a s e r us ado para invocar o e s pírito q ue ajudou a criá-lo
h abilidade e s pe cífica, nunca as de níve l s upe rior ou s e m a ne ce s s idade de nom e á-lo ou de s cre vê-lo. O
infe rior. Se a h abilidade e xigir algum te s te , o arte fato pode e s pírito pode s e ntir a pre s e nça do arte fato nas
pe dir um te s te e s pe cífico ou us ar o gatilho Conh e cim e nto proxim idade s da m e s m a form a q ue faz com fonte s de
M ís tico com o bas e para de te rm inar s uce s s os . Se e la tive r re s s onância, m as não pode s e nutrir do obje to a m e nos
algum e fe ito de te rm inado pe lo Ins tinto do e s pírito, com o q ue e le s e ja de s truído (as s im libe rando a re s s onância
dano ou núm e ro de alvos , us e e m s e u lugar o níve lde q ue foi im buída ne le originalm e nte ).
Es pírito do portador do arte fato. H abilidade s q ue s ó s e Arte fatos e s pirituais cos tum am te r re s triçõe s ou
apliq ue m a e ntidade s e s pirituais , com o o Anfracto Intrus ão re q uis itos para s e u us o, im pos tos pe lo pacto com o
ou q ualque r tipo de pos s e s s ão, não pode m s e r im buídas . e s pírito. Is s o pode s e r re pre s e ntado pe los gatilhos D re no
Níve l : O níve ldo Anfracto e s colhido de te rm ina o de R e s s onância e R e s s onância Frágil. O utros gatilhos
pode r do arte fato: com uns inclue m : Conh e cim e nto M ís tico, Cus to de
Níve l4: R e produz Anfracto de níve lum . Ativação e Sacrifício.
Níve l5: R e produz Anfracto de níve ldois .

PO DER ES PAR A A R TEFATO S 79


Exem plos de Artefa tos O Pre ço: Para ativar o arte fato, de ve -s e gas tar um
ponto de Gladius e te s tar Pe rspicácia + O cul tism o
(dificuldade 8) com o ação bás ica. Contudo, o pode r do
Broch e d e Gl am our (Níve l4) broch e s ó pode s e r ativado à noite , e m áre as com forte
É dito q ue , h á m uito te m po, um a jove m foi pre s e nça de plantas , com o num bos q ue ou jardim be m -
prom e tida e m cas am e nto, m as e s tava apaixonada por cuidado.
outro. Ela e s e u am ado te ntaram fugir para longe dali, m as Notorie d ad e : 3 (+ 1,5 dados ). A lenda do broch e
a fuga foi im pe dida e o cas alapaixonado foi capturado. O pode s e r facilm e nte e ncontrada e m livros de ocultis m o,
am ado foi m orto pe lo noivo re cus ado, e a jove m e s ua e s pe cialm e nte os q ue falam de fadas , folclore ou fe itiçaria.
fam ília foram e xilados daq ue las te rras . O pai da jove m , Contudo, poucos ocultis tas acre ditam q ue a lenda é
e nve rgonh ado, de clarou-a não m ais s ua filha e a e xpulsou ve rdade ira.
para as m atas para q ue m orre s s e de fom e ou pe las garras
dos lobos . A jove m andou pe la flore s ta, onde galhos e A Face d o H om e m Ve rd e (Níve l4)
e s pinh os pre ndiam -s e a s e us cabe los e ras gavam -lhe as O “H om e m Ve rde ” é um s ím bolo com um na
roupas . Suja, cans ada e fe rida, e la ch e gou até um a clare ira, arq uite tura e arte e uropéia, re pre s e ntado por um a face
onde tom bou e ace itou a m orte , fe ch ando os olhos e ce rcada ou com pos ta por folhas . Para m uitos , a pre s e nça do
de s e jando não m ais acordar. H om e m Ve rde traz boa s orte , m as ocultis tas o vêe m com o
É dito q ue , naq ue la noite , um nobre e ntre as fadas , um s inalde um acordo antigo e ntre os e s píritos naturais e a
q ue tinh a s e u cas te lo e s condido naq ue la clare ira, e ncontrou h um anidade . Não é de s e s urpre e nde r q ue dive rs os
a jove m ali caída q uando s aiu para caçar. Encantado com arte fatos , com propós itos dife re nte s , foram criados com
s ua be leza, e le a levou a s e u cas te lo, onde cuidou de la. Ao bas e ne s te s ím bolo.
de s pe rtar, a jove m s e as s us tou ao ve r ne le a face de s e u A Face do H om e m Ve rde é um de s s e s arte fatos , um
am ado, m as ace itando q ue de ve ria e s tar no Paraís o, s e am uleto de bronze com o H om e m Ve rde à fre nte e um
e ntre gou a e le, e am bos tive ram um a noite de am or. No dia conjunto de runas futh ark no ve rs o. D ito com o um a criação
s e guinte , q uando de s pe rtou, e la s e viu novam e nte na de bruxos nórdicos e m aliança com os e s píritos da Flore s ta
clare ira, nua e xce to por um a capa ve rm e lha, s e gura por um Ne gra, e la pe rm ite q ue s e u portador trans m ita s uas
broch e de m ade ira com o bras ão do nobre fe érico q ue a e m oçõe s às árvore s , tornando-as agitadas ou s ilencios as .
acolhe u. R e ssonância: Elem e ntal
É dito q ue e s s e broch e re tém um pouco do pode r de Pod e r: Quando ativado, o arte fato pe rm ite q ue o
s e u criador, s e ndo capaz de criar im age ns e ilus õe s tanto portador m anipule árvore s à s ua volta pe lo re s to da ce na.
be las com o ate rradoras . O bviam e nte , os ocultis tas q ue Es s a m anipulação é im pre cis a e s util: folhas e flore s s e
conh e ce m a lenda do broch e duvidam de s ua orige m , de s tacam e cae m com o um a “ch uva”s uave ; frutos s ão
acre ditando q ue e la e s conde a re al h is tória: a de um a de rrubados ; galhos s e agitam , criando inte ns o farfalhar;
fe itice ira q ue s e e ntre gou a um e s pírito das m atas e m troca cipós s e e nros cam e m pe rnas ou braços . Não é pos s íve l
de um pouco de s e u pode r. us ar e s te pode r para trans form açõe s s úbitas , ataq ue s ou
R e ssonância: Elem e ntal e fe itos claram e nte s obre naturais , m as pode -s e atrapalhar ou
Pod e r: Quando ativado, o broch e cria um a ilus ão, auxiliar açõe s de pe s s oas pre s e nte s na áre a. Por e xe m plo, é
q ue pode afe tar um , todos ou alguns dos s e ntidos de pos s íve lfaze r com q ue folhas caiam ou façam barulho para
q ualque r um q ue inte raja com e la. É pos s íve l criar pre judicar a ate nção, ou us ar cipós e galhos para atrapalhar
s e ns açõe s , im age ns , luze s dançante s , um anim al te s te s de Agilidade . As dificuldade s para te s te s re lacio-
fantas m agórico, voze s e outras form as ilus órias , m as um a nados pode m s e r alte radas e m até dois pontos (para cim a
ve z de finida a nature za da ilus ão, e la não pode s e r alte rada. ou para baixo).
Ilus õe s s e m pre produze m s ons , im age ns e s e ns açõe s O Pre ço: O pe rs onage m pre cis a gas tar um ponto de
nubladas , incapaze s de s e pas s are m por algo re alou s ólido; Gladius e re alizar um curto ritualde ativação, o q ue e xige
s e u propós ito é m ais dis trair ou as s us tar do q ue e nganar. As um te s te de Pe rspicácia + O cul tism o (dificuldade 8) com o
ilus õe s pode m s e r captadas por apare lhos e letrônicos , m as ação com pleta q ue e xige conce ntração (te m po m ínim o de
produze m inte rfe rências e falhas nas gravaçõe s . Cada um m inuto).
ilus ão criada pe rm ane ce por um a ce na, m as pode s e r Notorie d ad e : 4 (+ 2 dados ). A Face do H om e m
e nce rrada ante s s e o portador do arte fato de s e jar. Ve rde é um arte fato re lativam e nte fácilde re conh e ce r.

“Você vive outro tipo de rea lida de q ua n do cresce


lá fora , n o m eio da floresta , a o la do dos peq uen os
esq uilos e gra n des coruja s. Toda s essa s coisa s estão a o
seu redor com o presen ça s, represen ta m força s, poderes e
possibilida des m ágica s de q ue, em bora n ão seja m
sua s, fa zem pa rte da vida e lh e fra n q ueia m o
ca m in h o da vida .”
- Jos e ph Cam pbe ll,O Pode r do M ito

80 A PÊNDICE 2: O UTR O S SISTEM AS


A Corte El
e m e ntal
Ín d ice Re m issivo

A Cidade s Es pirituais , As 24
Com portam e nto 14
Adq uirindo R e s s onância 33 Criando s e us Es píritos 47
Canibalis m o 34
H ibe rnação 33 D
Naturalm e nte 33
Ps icofagia 34 D anos e Abs orção 29
Trans fe rência 34 R e cupe ração de D anos 34
Agath odaim one s 18 D e s truição 31
Anfractos 28, 39
Criatividade com Anfractos 46 E
D om ínio Be s tial39
D om ínio Elem e ntal40 Ecologia 14
Intrus ão 42 Eidolon 28
Pe rturbação 44 Es píritos e a H um anidade 17
Se nciência 45 Agath odaim one s 18
Aptidõe s 27 Cacodaim one s 18
Arte fatos 80 Es píritos Totêm icos 17
Broch e de Glam our 80 Ps icófagos 18
Face do H om e m Ve rde , A 80 Es píritos e o M undo M ate rial17
Pode re s para Arte fatos 79 Es píritos e os M undos Além 19
As pe ctos 28, 36 Es píritos e o Sobre natural19
Lis ta de As pe ctos 36 Es píritos Infe riore s 16, 48
Atrave s s ando a Barre ira 35 Elem e ntalda Àgua, Infe rior 48
Atributos 27 Elem e ntaldo Ar, Infe rior 49
Elem e ntaldo Fogo, Infe rior 50
B Elem e ntalda Te rra, Infe rior 51
Es píritos Prim e vos , O s 14
Barre ira e ntre M undos , A 21 Es píritos Supe riore s 16, 52
Atrave s s ando a Barre ira 35 Boitatá 53
Curupira 54
C D ríade (Elem e ntalda M ade ira) 55
Gnom o 56
Cacodaim one s 18 K its une 57
Caracte rís ticas 27 O ndina 58
Aptidõe s 27 Pás s aro-Trovão 59
Atributos 27 Pixie 60
H is tóricos 28 Saci 61
Eidolon 28 Salam andra 62
O utros 28 Sílfide 63
Pe rs onalidade 27 Spriggan/Troll64

ÍNDICE R EM ISSIVO 81
Es píritos Totêm icos 17 Novos R ituais 73
Es píritos Únicos 65 Níve lZ e ro 73
Caçador Ce les te , O 65, 66 Níve l1- 73
Te rror das Profunde zas , O 67 Níve l2- 74
Explicando R itos 71 Níve l3- 76
Níve lZ e ro 71 Níve l4- 77
Níve l1- 71 Níve l5- 78
Níve l2- 72
Níve l3- 72 O
Níve l4- 72
Níve l5- 72 O utro lado, O 22

H P
H abilidade s Inatas 29 Patam ar Es piritual28, 32, 33
H ibe rnação 16, 31 Pode r Ps íq uico 70
H ie rarq uia Es piritual,A 15 Se ns itividade Es piritual70
Es píritos Infe riore s 16 Pode re s para Arte fatos 79
Es píritos Supe riore s 16 Exe m plos de Arte fatos 80
Se nh ore s Es pirituais , O s 16 Pode r Es piritual79
H is tórico Ne gativo 69 Ps icófagos 18
Im ã Es piritual69
R
I
R e giõe s R urais , As 24
Im ã Es piritual69 R e s s onância 28, 33
Im ago: A Form a Etére a 29 Adq uirindo R e s s onância 33
D anos e Abs orção 29 D e te ctando R e s s onância 33
D e s truição 31 Nutrição D iária 34
H abilidade s Inatas 29 O utros Us os de R e s s onância 35
H ibe rnação 31 R e cupe ração de D anos 34
Saúde 29 R ituais 73
Vulne rabilidade s 32 Níve lZ e ro 73
Níve l1- 73
L Níve l2- 74
Níve l3- 76
Locais M ís ticos 25 Níve l4- 77
Eve ntos M e nore s 26 Níve l5- 78
Nodos Ce les te s 25
Nodos Elem e ntais 25 S
Nodos Infe rnais 25
Nodos Som brios 26 Saúde 28, 29 , 30
Se nh ore s Es pirituais , O s 16
M Se ns itividade Es piritual70

M undo de M aravilhas , Um 22 T
N Te rras Se lvage ns , As 22

Nodos Ce les te s 25 U
Nodos Elem e ntais 25
Nodos Infe rnais 25 Us ando Es píritos 47
Nodos Som brios 26
Novo H is tórico Ne gativo 69 V
Im ã Es piritual69
Novo Pode r Ps íq uico 70 Vulne rabilidade s 32
Se ns itividade Es piritual70

82 ÍNDICE R EM ISSIVO
Q U AD ROS A N FRACTOS
Abe rraçõe s Es pirituais 19
Cas te los Encantados ?24 Dom ínio Be stial
Controlando R e s s onância 35 1- Influe nciar Anim al39
Criando Es píritos 29 2- D om inar Anim ais 39
Criando um Arte fato Es piritual79 3- Pos s e s s ão Be s tial40
Es píritos Totêm icos 52 4- Nutrir a Vida 40
Es píritos Ve ge tais 14 5- Ge ração Be s tial40
Form as H um anóide s 23
H ibe rnação 16 Dom ínio El
e m e ntal
Ins tinto de Sobre vivência 31 1- Influe nciar os Elem e ntos 41
“M atéria”Es piritual,A 13 2- M ovim e nto Elem e ntal41
M is ticis m o e os Es píritos 19 3- Pos s e s s ão Elem e ntal41
Nas cim e nto e M orte Es piritual15 4- Trans m utar Elem e nto 42
O q ue H á num Nom e ?72 5- Vida Elem e ntal42
Pe rguntando aos Es píritos 22
R e laçõe s Im pre vis íve is 18 Intrusão
R e s um o: D om ínio Be s tial40 1- Âncora Etére a 42
R e s um o: D om ínio Elem e ntal41 2- M anife s tação 42
R e s um o: Intrus ão 43 3- M ate rialização 43
R e s um o: Pe rturbação 44 4- Controlar Im ago 43
R e s um o: Se nciência 45 5- R as gar a Barre ira 43
Tam anh os e Saúde 30
Pe rturb ação
Ve ndo a Form a Etére a 36
1- Alte rar Pe rce pção 44
2- Confundir 44
TAB E LAS 3- D e s truir Te cnologia 44
4- D is torce r Cam inh os 44
Patam ar Es piritual33
5- Pande m ônio 45

A S PE CTOS E S PIRITU AIS Se nciência


1- R as tre ar a Pre s a 45
Alim e ntação Com plem e ntar 36
2- Elo Em pático 45
Arm adura Natural37
3- Inte ligência Ve rdade ira 46
Arm am e nto Natural37
4- Influe nciar Pe s s oas 46
As as Funcionais 37
5- Pos s e s s ão Forçada 46
As pe cto Ate rrorizante 37
As pe cto Encantador 37
As pe cto Flam e jante 37
As pe cto Lum inos o 37
As pe cto R e lam pe jante 37
Cam inh ar Aére o 37
Cam inh ar Elétrico 37
Cam inh ar Subte rrâne o 37
Cam inh ar Te ne bros o 38
Cam uflage m 38
Corpo Efêm e ro 38
Pre s s e ntir R e s s onância 38
R ajada Elem e ntal38
R e form ar Im ago 38
R e s is tência a Elem e nto 38
Se ntidos Aguçados 38
Ve loz 38
Vis ão Noturna 38

ÍNDICE R EM ISSIVO 83
Níve l3
POD E RE S PS ÍQ U ICOS Forçar M anife s tação 76
O fe re nda de H os pitalidade 76
Se nsitivid ad e Espiritual
Sublim ar a Alm a 77
1- D om Xam ânico 70
Níve l4
2- Ve r o Invis íve l70
O fe re nda Violada 77
3- Com unh ão Es piritual70
4- Jornada da Alm a 71 Níve l5
5- Expulsar Es píritos 71 Forçar M ate rialização 78
Portale ntre M undos 78
RITU AIS - POR N ÍVE L
RITU AIS - POR N OM E
Níve lZ e ro
Agrade ce r aos Es píritos 73
Agrade ce r aos Es píritos 73
Evocar Pne um a 74
Níve l1
Forçar M anife s tação 76
Pacto Es piritual73 Forçar M ate rialização 78
Vis ão Etére a 74 O fe re nda de Carne 75
O fe re nda de H os pitalidade 76
Níve l2 O fe re nda Violada 77
Evocar Pne um a 74 Pacto Es piritual73
O fe re nda de Carne 75 Portale ntre M undos 78
Tote m Ate rrorizante 75 Sublim ar a Alm a 77
Tote m Ate rrorizante 75
Vis ão Etére a 74

M e sm o na e scurid ão d a noite h á luz.


N ão e stam os sozinh os nas tre vas.
Eles olham por nossas alm as
E e stão d ispostos a lutar para nos salvar.
Em 2009 , você se rá alistad o...

84 ÍNDICE R EM ISSIVO

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