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TRIBUNAL DA COMARCA DE SANTARÉM

EXMO SENHOR JUIZ DE DIREITO

CARLOS ANTÓNIO SILVA, casado, trabalhador, contribuinte fiscal nº


000000000, residente na Rua Direita, nº 8, em Rio Maior, vem
intentar contra

BOA TORMENTA, SEGUROS, S.A., com sede na Rua da Boavista, nº


345.876, 1º andar, no Porto.

ACÇÃO DE CONDENAÇÃO PARA EFECTIVAÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL


decorrente de acidente de viação, com processo comum ordinário, nos
termos e com os fundamentos seguintes:

1 - O A. é proprietário da viatura automóvel ligeira de passageiros com a


matrícula 00-00-IA ...

2... por a ter comprado em estado de semi-nova ao “Stand Carripana”, com


sede em Santarém, apenas com cerca de ano e meio de uso.

3- No dia 13 de Maio de 1999, pelas 21,00 horas o A. transitava,


conduzindo a sua identificada viatura, pela Estrada Nacional nº 348, no
interior da localidade de Perofilho, na área desta comarca ...

4- Localidade onde tinha ido visitar seu sogro.

5- O A. transitava a velocidade não superior a 50 quilómetros por hora ...

6... no sentido Santarém / Rio Maior.

7- À sua frente, no mesmo sentido de marcha, transitava a viatura de


matrícula 00-09-JC, conduzida por Pedro, seu proprietário.

8- Subitamente o condutor da viatura JC imobilizou-a de forma brusca.

9- Sem para tal ter feito qualquer sinal prévio, nomeadamente com a luz
intermitente ( “pisca-pisca” ) do lado direito.

10- E sem que as luzes traseiras da dita viatura se tivessem acendido


alertando para a paragem os condutores das viaturas que atrás dela
seguiam.
11- Em consequência dessa travagem inopinada o A. não conseguiu
imobilizar a tempo a viatura por si conduzida ...

12 ... embatendo com a frente dela na traseira da viatura JC.

13- Na sequência dessa colisão o A. foi projectado contra o vidro dianteiro


do seu veículo, nele embatendo violentamente ...

14- O que provocou no A. fractura craniana.

15- Por tal razão o A. foi conduzido ao Hospital Distrital de Santarém,


onde ficou internado durante duas semanas.

16- Tendo durante esse internamento sido submetido a uma intervenção


cirúrgica

17- E sofrendo, por isso, dores muito fortes.

18- O que traduz danos não patrimoniais para cujo ressarcimento o A.


reclama a quantia de 13.000 € (treze mil euros)

19- Do mesmo embate resultaram danos para a viatura do A.,


nomeadamente o “capot” amolgado ...

20... e rompimento do radiador.

21- Danos estes cuja reparação custou 2.600 €

22- Montante este integralmente suportado pelo A.

23- O roprietário da viatura JC havia transferido para a ora R., por contrato
titulado pela apólice nº 3956837278, em vigor à data do acidente, a
responsabilidade pelos danos por ela causados a terceiros pelo valor
correspondente ao mínimo obrigatório.

24- Em 10 de Janeiro de 2002 o A. reclamou da ré, por meio de notificação


judicial avulsa ora junta ( doc. *), o pagamento dos danos a que a presente
petição se reporta.

25- Contudo a ré nada pagou até à presente data.

26- Sendo certo que o poderia ter feito, dado que é uma empresa muito
sólida financeiramente, tendo obtido lucros muito avultados no último
exercício.
Termos em que deve a acção ser julgada procedente e,
em consequência, ser a ré condenada a pagar ao A. a
quantia de quinze mil e seiscentos euros, acrescida de
juros de mora, à taxa legal, desde a citação até efectivo
pagamento.

Para tal deve a ré ser citada para contestar, querendo,


no prazo e com a legal cominação

Junta procuração forense, * documentos e comprovativo do pagamento da


taxa de justiça inicial.
Vão duplicados e cópias

O ADVOGADO

João Paulo Costa,


Advogado
Cont. 1427282628 – 13 B
Céd. Prof. 23625
Rua 456628
Tel.352726873

TRIBUNAL DA COMARCA DE SANTARÉM


3º JUIZO CIVEL
Procº nº 00/04

CONTESTANDO
diz a ré
BOA TORMENTA, SEGUROS, S.A

A) POR EXCEPÇÃO

1
O acidente a que a petição alude ocorreu em 13 de Maio de 1999,
conforme o A. alega no artº 3º da petição.

2- A acção deu entrada em juízo em 15 de Abril de 2004.

3- Entre estas datas decorreram mais de três anos.

4- Tendo por isso prescrito o direito que o A. aqui pretende exercer ( C.


Civil, artº 498º-1 ).

B)
5- O embate do A. contra o vidro da viatura por ele conduzida verificou-se
apenas porque ele não trazia colocado o cinto de segurança

POR IMPUGNAÇÃO

5- A ré aceita o que o A. alega no artº 1º da petição.

6- Bem como admite ter ocorrido, no dia, hora e local constantes da


petição, um embate entre as viaturas 00-00-IA e 00-09-JC

7- Rejeita, porém, que tal embate se tenha verificado nas condições


descritas na petição.

8- Nomeadamente não sendo verdade que o condutor da viatura JC não


tivesse sinalizado previamente a sua intenção de parar a sua marcha, posto
que o fez abrindo a luz intermitente do seu lado direito

9- Não sendo também verdade que as luzes de “stop” da mesma viatura JC


se não tivessem acendido
10- Aliás esse funcionamento foi constatado pelo agente da autoridade que
levantou o auto relativo ao acidente, a expresso pedido do segurado da ré.

11- Ao invés, foi o A. o exclusivo responsável pela eclosão do acidente.


Na verdade ….

12- Transitava a uma velocidade de cerca de 80 quilómetros por hora, em


violação do disposto no artº ++ do Código da Estrada.

13- Deixando entre as viaturas um espaço de apenas três metros

14- Razão pela qual não conseguiu suster a marcha da viatura por si
conduzida no espaço livre à sua frente quando o segurado da ré iniciou a
manobra de imobilização da sua viatura.

15- A ré não sabe se é verdade o alegado nos art. 15, 16, 17, 19, 20 e 21 da
petição, os quais, por não conterem factos que lhe sejam pessoais ou de que
deva ter conhecimento, se deverão ter por impugnados

16- De igual modo desconhece a ré o alegado no artº 24º da petição, sendo


certo que dos seus arquivos nenhuma notificação existe a propósito do
acidente dos autos.

17- De qualquer forma a assinatura aposta no documento aludido no artº


24º da petição não é do punho de nenhum dos seus administradores, pelo
que tal documento lhe não é oponível.

18- O acidente dos autos é, pois, exclusivamente imputável ao A.

Termos em que.
A) devem as excepções ser julgadas procedentes e, em
consequência, ser a ré absolvida do pedido.
Caso assim se não entenda
b) deve a acção ser julgada improcedente e, também por
esta via, ser a ré absolvida do pedido.

Junta: procuração forense e comprovativo do pagamento da taxa de justiça


inicial; Vão os duplicados.

O ADVOGADO José Almeida……

TRIBUNAL DA COMARCA DE SANTARÉM


3º JUIZO CIVEL
Procº nº 00/04
REPLICANDO
diz

CARLOS ANTÓNIO SILVA

1- Face ao alegado no artº 24º da petição o direito do A. não


prescreveu.

2- Sendo, para este efeito, irrelevante quem assinou a notificação junta


com a petição.

3- A circunstância de o A. não ter colocado o cinto de segurança em


nada interferiu com o embate aludido no artº 13º da petição.

4- Mantém-se tudo o mais que alegado ficou na petição.

Termos em que se termina como na petição, devendo ser julgadas


improcedentes as excepções deduzidas.

Vão os duplicados.

O ADVOGADO

João Paulo Costa,


Advogado
Cont. 1427282628 – 13 B
Céd. Prof. 23625
Rua 456628
Tel.352726873

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