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e prever soluções que possam revelar-se mais resistentes extraíveis desse documento, na perspectiva de
à mudança, cada vez mais intensa, que caracteriza os utilização de informação estruturada potencia-
dias de hoje. dora de uma automatização indispensável;
Da experiência recolhida nos últimos anos reteve-se Estabelecimento de um regime probatório para as
como fundamental a necessidade de conceber soluções novas empresas entradas no sistema de quali-
realistas, aplicáveis na prática e proporcionadas aos ficação, como forma de ajustar as habilitações
objectivos em vista. inicialmente concedidas ao desempenho entre-
No presente diploma é assumida uma clara atitude tanto demonstrado;
de simplificação, que implica também uma responsa- Reequacionamento da função de empreiteiro geral
bilização dos agentes que operam no mercado da e construtor geral e das suas regras de classi-
construção, perspectivando também uma partilha de res- ficação, suprimindo a figura nos casos em que
ponsabilidades entre o Estado e as associações que se revelou dispensável e enriquecendo-a com
representam as empresas de construção, sem que o pri- novas hipóteses nos casos que aconselham à sua
meiro abdique da sua função de regulador. diversificação, tendo em conta, designadamente,
Nesta revisão legislativa tomou-se como objectivo os diversos tipos de soluções construtivas;
essencial criar as condições para que o título habilitante Revisão da tramitação dos procedimentos, por
para a actividade da construção passe a oferecer a cre- forma a agilizar os prazos envolvidos.
dibilidade que o coloque como documento bastante para
atestar a capacidade das empresas para o exercício da Foram ouvidas, em consultas regulares ao longo da
actividade. elaboração deste diploma, as associações mais repre-
O documento habilitante para o exercício da acti- sentativas do sector, bem como a Associação Nacional
vidade da construção volta a ser formalmente designado de Municípios Portugueses e os principais donos de
por alvará, por respeito com a tradição e com a própria obras públicas.
história. Com efeito, o termo alvará data já de 1371, Assim:
por altura das Cortes de Lisboa, querendo desde então Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
significar todo o tipo de titulação em que se enquadra Constituição, o Governo decreta o seguinte:
a que é actualmente emitida pelo Instituto dos Mercados
de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário para
o exercício da actividade da construção. CAPÍTULO I
Foram também mantidas as tradicionais designações
de empreiteiro e de construtor, relativas às empresas Disposições gerais
que operam em diferentes segmentos do mercado da
construção, no respeito por uma cultura sectorial que SECÇÃO I
importa preservar. Do âmbito e objecto da actividade
De entre as medidas de simplificação que este
diploma propicia, salientam-se as seguintes:
Artigo 1.o
Criação de um título habilitante único, reunindo
Âmbito
os actuais certificados de empreiteiro de obras
públicas (EOP) e de industrial de construção O presente diploma estabelece o regime jurídico apli-
civil (ICC); cável ao exercício da actividade da construção.
Redução do número muito alargado de tipos de
trabalhos em que as empresas se podem qua-
lificar, numa solução mais adequada à realidade Artigo 2.o
do sector; Objecto da actividade
Aceitação de quadros técnicos provindos dos sis-
temas nacionais de aprendizagem e de certifi- Para efeitos do presente diploma, considera-se que
cação profissional, e não apenas da via formal a actividade da construção é aquela que tem por objecto
de ensino, para as classes de obras de mais baixo a realização de obra, englobando todo o conjunto de
valor, desde que o conhecimento detido seja ade- actos que sejam necessários à sua concretização.
quado aos tipos de trabalhos pretendidos;
Acréscimo de exigência em matéria de quadros téc- Artigo 3.o
nicos para as empresas classificadas nas classes
mais elevadas, com a inclusão de profissionais Definições
afectos à gestão da segurança e higiene no tra- Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
balho, promovendo desde já o combate à sinis-
tralidade laboral no segmento de trabalhos de a) «Obra» todo o trabalho de construção, recons-
maior envergadura e com relações de coorde- trução, ampliação, alteração, reparação, conser-
nação mais complexas; vação, reabilitação, limpeza, restauro e demo-
Extinção programada das relações múltiplas entre lição de bens imóveis, bem como qualquer outro
técnicos e empresas de construção; trabalho que envolva processo construtivo;
Estabelecimento de exigências e avaliação dos efec- b) «Empreiteiro ou construtor, adiante também
tivos de pessoal em função das classes de valor designado por empresa» o empresário em nome
das obras e segundo os grupos de remuneração individual ou a sociedade comercial que, nos
contratual; termos do presente diploma, se encontra habi-
Manutenção do regime de revalidação anual, litado a exercer a actividade da construção;
baseado, no essencial, na declaração fiscal das c) «Categoria» a designação que relaciona um con-
empresas, recorrendo a diversos indicadores junto de subcategorias;
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do presente artigo são objecto de portaria do Ministro 3 — A classificação em empreiteiro geral ou cons-
das Obras Públicas, Transportes e Habitação, mediante trutor geral só pode ser concedida nos casos previstos
proposta do IMOPPI e depois de ouvido o conselho na portaria referida no n.o 4 do artigo 4.o do presente
geral. diploma.
4 — Sem prejuízo do disposto no n.o 2 do presente
CAPÍTULO II artigo, a classificação em empreiteiro geral ou construtor
geral é concedida e modificada, com as devidas adap-
Da habilitação tações, nos mesmos termos em que é efectuada para
as subcategorias.
SECÇÃO I
Da classificação e reclassificação
Artigo 13.o
Regime probatório
Artigo 11.o 1 — Ficam sujeitas a um regime probatório, até à data
Ingresso em que ocorrer a quarta revalidação após o ingresso
de qualquer empresa na actividade, todas as habilitações
1 — Os interessados que requeiram o ingresso na acti- concedidas em classe superior à 1.
vidade deverão comprovar: 2 — O regime referido no número anterior consiste
a) A idoneidade, nos termos do artigo 8.o; na concessão provisória de habilitações, sendo as mes-
b) A capacidade técnica, nos termos dos n.os 2, mas mantidas ou automaticamente reclassificadas, em
3, 4 e 5 do artigo 9.o, adequada à natureza e função da capacidade efectiva que a empresa demons-
ao valor dos trabalhos para que pretende ser trar, mediante obras executadas ou em curso, dessa natu-
habilitada; reza ou afins.
c) A capacidade económica e financeira, nos ter- 3 — No final do regime probatório:
mos da alínea a) do n.o 1 do artigo anterior, a) São automaticamente reclassificadas na classe 1
por um valor mínimo de capital próprio igual as habilitações que envolvam trabalhos em que
ou superior a 10 % do valor limite da maior a empresa não tenha demonstrado qualquer
das classes solicitadas, excepto no que respeita experiência em obra, nos termos do número
à classe mais elevada prevista na portaria a que anterior;
se refere o n.o 5 do artigo 4.o do presente b) São mantidas ou automaticamente reclassifica-
diploma, caso em que o capital próprio deverá das em classe inferior, de acordo com o disposto
ser igual ou superior a 20 % do valor limite da no artigo 14.o do presente diploma, com as
classe anterior. necessárias adaptações, as habilitações relativa-
mente às quais a empresa demonstre capacidade
2 — O disposto na alínea c) do número anterior não efectiva.
é aplicável para o ingresso na classe 1, em que apenas
é exigido que o requerente não tenha capital próprio 4 — Com a elevação de classe, a pedido da empresa,
negativo. em qualquer das habilitações inicialmente atribuídas,
cessa o regime probatório, sendo aplicado a todas as
Artigo 12.o restantes habilitações detidas o disposto no número
anterior.
Classificação em empreiteiro geral ou construtor geral
5 — O regime probatório não se aplica a empresas
1 — A classificação em empreiteiro geral ou cons- que, nos cinco anos anteriores à data do pedido de
trutor geral habilita o seu titular a subcontratar a exe- ingresso, tenham sido titulares de alvará.
cução de trabalhos enquadráveis nas subcategorias
necessárias à concretização da obra, sendo responsável
Artigo 14.o
pela sua coordenação global, desde que:
Elevação de classe
a) O valor total da obra não exceda o limite defi-
nido pela classe que detém; 1 — As empresas que pretendam a elevação para a
b) Os trabalhos subcontratados sejam executados classe imediatamente superior à que detêm deverão
por empresas devidamente habilitadas. comprovar, para além do requisito de idoneidade:
a) A capacidade técnica, pela verificação do qua-
2 — A classificação em empreiteiro geral ou cons-
dro mínimo de pessoal previsto no n.o 4 do
trutor geral é concedida com base:
artigo 9.o do presente diploma e pela dispo-
a) Na classificação das subcategorias determinan- nibilidade de equipamento adequado;
tes, podendo, no limite e em função da apre- b) A experiência, tendo executado, no tipo de tra-
ciação que resulte das alíneas seguintes, ser con- balho em causa, nos últimos três anos, uma obra,
cedida até duas classes acima da classe mais devidamente comprovada, cujo valor seja igual
elevada detida naquelas subcategorias; ou superior a 50 % do valor limite da classe
b) Na capacidade de coordenação, avaliada pela que detém, ou duas obras, devidamente com-
experiência profissional detida pelo empresário provadas, cujo valor acumulado seja igual ou
ou pelos representantes legais da sociedade e superior a 80 % do valor da classe que detém.
pelos seus técnicos em funções de gestão e coor-
denação de obras; 2 — No caso de a empresa solicitar a elevação para
c) No quadro de pessoal exigido pela portaria refe- classe não imediatamente superior, para além do dis-
rida no n.o 4 do artigo 9.o do presente diploma. posto no número anterior, deve ainda comprovar ter
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executado, nos três últimos anos, obras de valor acu- ser efectuada quer pela empresa quer pelo técnico,
mulado igual ou superior ao valor limite da classe desde que quem comunique comprove perante o
requerida. IMOPPI que deu conhecimento ao outro.
3 — Para efeitos do disposto na alínea b) do n.o 1 3 — As empresas que se encontrem com quadro téc-
e no n.o 2 do presente artigo, podem também ser con- nico insuficiente face à classificação que detêm, na
siderados os valores já executados de obras em curso sequência do previsto no número anterior, devem regu-
desde que a respectiva facturação comprove terem sido larizar a situação no prazo de 22 dias a contar da data
realizados, no mínimo, 50 % do valor de adjudicação da ocorrência.
ou da estimativa do valor da obra, consoante se trate
de, respectivamente, obras públicas ou particulares. SECÇÃO II
4 — Caso a elevação requerida seja para classe supe-
rior à mais elevada que detém nas subcategorias em Da permanência
que está classificado, deve ainda comprovar deter capa-
cidade económica e financeira, por um valor mínimo Artigo 18.o
de capital próprio igual ou inferior a 10 % do valor limite
da classe solicitada, excepto no que respeita à classe Condições mínimas de permanência
mais elevada prevista na portaria a que se refere o n.o 5
do artigo 4.o, caso em que o capital próprio deverá ser 1 — Para além do requisito de idoneidade, as empre-
igual ou superior a 20 % do valor limite da classe sas detentoras de alvará deverão verificar as seguintes
anterior. condições mínimas de permanência:
Artigo 15.o a) Manter um quadro técnico, de acordo com o
Novas subcategorias estabelecido na portaria referida no n.o 4 do
artigo 9.o do presente diploma;
1 — As empresas que pretendam a inscrição em novas b) Deter, no último exercício, um valor de custos
subcategorias de classe igual ou inferior à mais elevada com pessoal igual ou superior a 7 % do valor
que detêm, para além do requisito de idoneidade, devem limite da classe anterior à maior das classes que
comprovar capacidade técnica, pela disponibilidade de detém;
quadro técnico e equipamento adequados ao pedido. c) Deter, no último exercício, um valor de capital
2 — Quando pretendam a inscrição em novas sub- próprio igual ou superior a 10 % do valor limite
categorias em classe superior à mais elevada que detêm, da maior das classes que detém, excepto no que
para além do disposto no número anterior no que se respeita à classe mais elevada prevista na por-
refere à idoneidade e ao equipamento, devem ainda taria a que se refere o n.o 5 do artigo 4.o do
comprovar o quadro mínimo de pessoal previsto no n.o 4 presente diploma, caso em que esse valor deverá
do artigo 9.o do presente diploma, bem como capacidade ser igual ou superior a 20 % do valor limite da
económica e financeira, por um valor mínimo de capital classe anterior;
próprio igual ou superior a 10 % do valor limite da classe d) Deter, no último exercício, um valor de volume
solicitada, excepto no que respeita à classe mais elevada
de negócios em obra igual ou superior a 50 %
prevista na portaria a que se refere o n.o 5 do artigo 4.o
do valor limite da classe anterior à maior das
do presente diploma, caso em que o capital próprio
classes que detém;
deverá ser igual ou superior a 20 % do valor limite da
classe anterior. e) Deter, no último exercício, valores de liquidez
geral e autonomia financeira iguais ou superio-
Artigo 16.o res aos fixados na portaria a que se refere o
Diminuição de classe e cancelamento de subcategorias a pedido n.o 5 do artigo 10.o do presente diploma.
As subcategorias são objecto de diminuição de classe
ou cancelamento quando os titulares do alvará o 2 — Caso as empresas não cumpram qualquer dos
requeiram. valores mínimos previstos nas alíneas b), c), d) e e) do
número anterior, é igualmente aceite para a satisfação
Artigo 17.o de qualquer desses valores o seu cumprimento por via
Técnicos e incompatibilidades da média encontrada nos três últimos exercícios.
3 — O disposto nas alíneas b), c), d) e e) do n.o 1
1 — Os técnicos que integrem o quadro de uma do presente artigo não se aplica às empresas detentoras
empresa inscrita no IMOPPI não podem: de alvará exclusivamente na classe 1, que deverão, no
a) Fazer parte do quadro de pessoal de qualquer entanto, apresentar, no último exercício, valor não nulo
outra empresa também inscrita; de custos com pessoal, capital próprio não negativo e,
b) Desempenhar funções técnicas, a qualquer título, no mínimo, volume de negócios em obra igual ou supe-
em entidades licenciadoras ou donos de obra rior a 10 % do valor limite da classe 1, aplicando-se,
pública, excepto se, para o efeito, estiverem devi- com as devidas adaptações, o previsto no n.o 2 do pre-
damente autorizados nos termos legais em vigor sente artigo.
sobre incompatibilidades. 4 — O disposto nas alíneas b), c), d) e e) do n.o 1
do presente artigo não se aplica às empresas que se
2 — As situações em que ocorra cessação de funções encontrem no regime probatório previsto no artigo 13.o
de técnicos ou em que os mesmos passem a estar abran- do presente diploma, que deverão, no entanto, apre-
gidos pelas incompatibilidades previstas na alínea b) do sentar, no último exercício, valor não nulo de custos
número anterior devem ser comunicadas ao IMOPPI com pessoal e capital próprio não negativo, aplicando-se,
no prazo de 15 dias contados da sua verificação e pode com as devidas adaptações, o previsto no n.o 2.
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f) Inadmissibilidade nos termos do presente di- lizados nem disponibilizados sem que tenha sido garan-
ploma. tido o direito do contraditório às empresas em causa.
5 — O IMOPPI deve ainda manter registo dos pedi-
4 — São igualmente recusados os pedidos das empre- dos extintos ou indeferidos, bem como dos alvarás e
sas que não tenham dado cumprimento ao disposto no títulos de registo cancelados.
n.o 2 do artigo 19.o
5 — A recusa do pedido, nos termos do presente
artigo, implica a devolução dos documentos, excepto CAPÍTULO IV
daqueles que, no caso de empresas já classificadas, o
IMOPPI entenda necessários à actualização do processo. Do exercício da actividade
Artigo 24.o
Artigo 22.o
Deveres no exercício da actividade
Tramitação
fixado para a classe 1 são obrigatoriamente reduzidos quer ocorrência ou conduta que ponha em causa a boa
a escrito e devem ter o seguinte conteúdo mínimo: execução da obra por motivo imputável à empresa ou
a) Identificação completa das partes outorgantes; a qualquer das suas subcontratadas.
b) Identificação dos alvarás; 2 — Sem prejuízo de outras comunicações legalmente
c) Identificação do objecto do contrato, incluindo previstas, devem igualmente comunicar ao IMOPPI, no
as peças escritas e desenhadas, quando as prazo de vinte e quatro horas, os acidentes de que resulte
houver; morte ou lesão grave de trabalhadores ou de terceiros
d) Valor do contrato; ou que, independentemente da produção de tais danos,
e) Prazo de execução; assumam particular gravidade.
f) Forma e prazos de pagamento. 3 — Os donos de obra e as entidades licenciadoras
devem ainda comunicar o incumprimento de qualquer
2 — A não observância do disposto no número ante- obrigação sancionável nos termos do presente diploma.
rior gera a nulidade do contrato e presume-se imputável 4 — Os donos de obra e as entidades licenciadoras
à empresa adjudicatária. devem confirmar as declarações de obra executada ou
3 — As empresas são obrigadas a guardar os contratos em curso, a pedido das empresas, em modelos a definir
celebrados em que são adjudicatárias pelo período de pelo IMOPPI.
cinco anos a contar da data da conclusão das obras.
CAPÍTULO VII
Artigo 30.o Fiscalização e sanções
Regime legal Artigo 33.o
O disposto no artigo anterior prevalece sobre o regime Competências de inspecção e fiscalização do IMOPPI
jurídico das empreitadas previsto no Código Civil, na
parte em que com o mesmo não se conforme. 1 — O IMOPPI, no âmbito das suas competências,
inspecciona e fiscaliza a actividade da construção.
2 — No exercício das suas competências de inspecção
CAPÍTULO VI e fiscalização, o IMOPPI pode solicitar a quaisquer ser-
Obrigações dos donos das obras, viços públicos ou autoridades toda a colaboração ou
das entidades licenciadoras e de outros auxílio que julgue necessário.
3 — Todas as autoridades e seus agentes devem par-
Artigo 31.o ticipar ao IMOPPI quaisquer infracções ao presente
diploma e respectivas disposições regulamentares.
Exigibilidade e verificação das habilitações
3 — A participação e denúncia devem conter, sempre forme sejam praticadas por pessoa singular ou
que possível, os elementos exigidos para o auto de pessoa colectiva.
notícia.
4 — O disposto neste artigo é também aplicável 2 — Constituem ilícitos de mera ordenação social
quando se trate de funcionário competente para levantar muito graves:
auto de notícia, desde que não tenha verificado pes-
soalmente a infracção. a) Violação do disposto no n.o 1 do artigo 4.o;
b) Violação do disposto no n.o 2 do artigo 4.o;
c) Violação do disposto no n.o 1 do artigo 6.o;
Artigo 36.o d) Violação do disposto no n.o 2 do artigo 6.o;
Notificações
e) Violação do disposto no n.o 1 do artigo 12.o;
f) Violação do disposto no n.o 1 do artigo 27.o
1 — As notificações efectuam-se:
a) Por contacto pessoal com o notificando no lugar 3 — Constituem ilícitos de mera ordenação social
em que for encontrado; graves:
b) Mediante carta registada expedida para o domi- a) Violação do disposto na alínea a) do n.o 2 do
cílio ou sede do notificando; artigo 24.o;
c) Mediante carta simples expedida para o domi- b) Violação do disposto na alínea b) do n.o 2 do
cílio ou sede do notificando. artigo 24.o;
c) Violação do disposto na alínea c) do n.o 2 do
2 — A notificação por contacto pessoal deve ser efec- artigo 24.o;
tuada, sempre que possível, no acto de autuação, d) Violação do disposto na alínea d) do n.o 2 do
podendo ainda ser utilizada quando o notificando for artigo 24.o;
encontrado pela entidade competente. e) Violação do disposto na alínea e) do n.o 2 do
3 — Se não for possível, no acto de autuação, pro- artigo 24.o;
ceder nos termos do número anterior ou se estiver em f) Violação do disposto na alínea f) do n.o 2 do
causa qualquer outro acto, a notificação pode ser efec- artigo 24.o;
tuada através de carta registada expedida para o domi- g) Violação do disposto na alínea g) do n.o 2 do
cílio ou sede do notificando. artigo 24.o;
4 — Se, por qualquer motivo, a carta prevista no h) Violação do disposto na alínea a) do n.o 1 do
número anterior for devolvida à entidade remetente, artigo 25.o;
a notificação é reenviada ao notificando, para o seu i) Violação do disposto na alínea d) do n.o 1 do
domicílio ou sede, através de carta simples. artigo 25.o;
5 — A notificação nos termos do n.o 3 considera-se j) Violação do disposto na alínea e) do n.o 1 do
efectuada no 3.o dia útil posterior ao do envio, devendo artigo 25.o;
a cominação aplicável constar do acto de notificação. l) Violação do disposto na alínea b) do n.o 2 do
6 — No caso previsto no n.o 4, o funcionário da enti- artigo 25.o;
dade competente lavra uma cota no processo com a m) Violação do disposto no n.o 3 do artigo 25.o;
indicação da data da expedição da carta e do domicílio n) Violação do disposto no n.o 4 do artigo 27.o;
para o qual foi enviada, considerando-se a notificação o) Violação do disposto no n.o 1 do artigo 29.o
efectuada no 5.o dia posterior à data indicada, comi-
nação que deverá constar do acto de notificação. 4 — Constituem ilícitos de mera ordenação social
7 — Se o notificando se recusar a receber ou a assinar simples:
a notificação, o funcionário certifica a recusa, consi-
derando-se efectuada a notificação. a) Violação do disposto no n.o 3 do artigo 24.o;
b) Violação do disposto no n.o 4 do artigo 24.o;
c) Violação do disposto na alínea b) do n.o 1 do
Artigo 37.o artigo 25.o;
Contra-ordenações d) Violação do disposto na alínea c) do n.o 1 do
artigo 25.o;
1 — Às contra-ordenações previstas neste artigo são e) Violação do disposto na alínea a) do n.o 2 do
aplicáveis as seguintes coimas, sem prejuízo da aplicação artigo 25.o;
de pena ou sanção mais grave que lhes couber por força f) Violação do disposto no n.o 3 do artigo 27.o;
de outra disposição legal: g) Violação do disposto no n.o 3 do artigo 29.o
a) Quando sejam qualificadas como muito graves,
de E 7500 a E 44 800, reduzindo-se o limite 5 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo,
mínimo para E 2000 e o limite máximo na parte nestes casos, os limites máximo e mínimo da coima redu-
que exceda o respectivo montante máximo de zidos a metade.
coima previsto no regime geral das contra-or-
Artigo 38.o
denações e coimas, quando aplicada a pessoa
singular; Sanções acessórias
b) Quando sejam qualificadas como graves, de
1 — Quando a gravidade da infracção o justifique,
E 1000 a E 3000 e de E 5000 a E 30 000, con-
podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias, nos
forme sejam praticadas por pessoa singular ou
termos do regime geral das contra-ordenações:
pessoa colectiva;
c) Quando sejam qualificadas como simples, de a) Interdição do exercício da actividade;
E 500 a E 1500 e de E 3000 a E 20 000, con- b) Suspensão dos títulos de registo e dos alvarás;
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tuguesa ou, quando for utilizado outro idioma, ser acom- da Silva — Jorge Fernando Magalhães da Costa — Amíl-
panhados de tradução legal, nos termos do artigo 172.o car Augusto Contel Martins Theias.
do Código do Notariado.
Promulgado em 26 de Dezembro de 2003.
Artigo 55. o Publique-se.
Contagem de prazos O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.