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Um profissional de saúde competente deve dominar certos aspectos e conceitos

importantes na área da Imunologia. Entretanto, durante a formação acadêmica, muitas vezes


a teoria é apreendida de forma “engessada”, sem que haja um verdadeiro despertar para o
poder enriquecedor que o conhecimento pode trazer. A riqueza está não apenas na
compreensão dos mecanismos e das reações pelas quais o corpo humano orquestradamente
alberga dentro de si, mas envolve a paixão, o trabalho e a dedicação daqueles que
trabalharam e trabalham em prol da Ciência, desvendando os mais incríveis aspectos, da mais
básica interação molecular ao intrincado funcionamento dos sistemas.
Às vezes é difícil imaginar que pessoas “comuns” conseguiram fazer descobertas tão
importantes que nos permitiram conhecer uma porção da maquinaria fantástica que é o
organismo humano. Isso demonstra, a meu ver, que é possível “descobrir” o mundo, sendo
tangível a construção do saber, e que há poder inserido nesse fato. Assim, utilizo essa ideia
com um motivador de aprendizagem, de uma forma que eu consiga utilizar e transmitir o que
aprendi. Dessa forma, nesse texto, gostaria de apresentar algumas analogias e ilustrar como
podemos, de maneira prática, entender e fixar alguns conceitos. Tendo como base a minha
vivência como estudante, procurei desenvolver minhas ideias de maneira que durante o
processo de leitura fosse possível compreender esses conceitos de forma mais descomplicada
possível.
O sistema imune é muitas vezes tratado como um exército de soldados que em conjunto
atuam combatendo moléculas e [micro]organismos estranhos a ele. Isso quer dizer que esse
sistema, uma intrincada rede de moléculas, células e órgãos tem um objetivo: a manutenção
da homeostase do organismo. Ao contrário do que se pode pensar, homeostase não significa
constância completa, pacificidade, equilíbrio estável. Na verdade, há uma rica dinamicidade
nos processos que mantém o funcionamento saudável do corpo, o que faz do sistema
imunológico um combatente ativo na guerra contra as agressões em geral. Por isso, apesar de
estarmos constantemente expostos a inúmeros microrganismos, não adoecemos todos os dias.
Mas porque isso acontece e quais são os elementos específicos que desempenham esse
mecanismo de proteção?
Primeiramente, devemos compreender que a função imunológica pode ser
conceitualmente dividida em imunidade inata e imunidade adaptativa [ou adquirida]. Isso é
importante pois se pensarmos em linhas de defesa, podemos dizer que nosso organismo se
paramentou de ferramentas e estratégias que lhe conferem proteção em níveis, dos mais
básicos até aqueles mais especializados. Os primeiros níveis, ou “armas” básicas, englobam
barreiras físicas, biológicas e químicas, alguns componentes celulares e moléculas solúveis que
estão presentes em todos os indivíduos, mesmo sem haver contato prévio com antígenos ou
agentes agressores, e que não se alteram quantitativa ou qualitativamente após o contato. Esta
é, portanto, a primeira linha de defesa do organismo, a imunidade inata, caracterizada por ser
uma resposta rápida e estereotipada a um grande número, porém limitado, de estímulos.
Mesmo assim, essa resposta é organizada por constituintes variados que se articulam e
convergem para a estruturação da resposta imune adaptativa, que por sua vez apresenta
grande especificidade e diversidade de reconhecimento, além de ter capacidade de memória,
de autolimitação e de gerar uma resposta altamente especializada que é tolerante aos
componentes próprios do organismo em condições não patológicas.
Além desses aspectos, ambos os tipos de imunidade dependem de atividades que são
realizadas por células efetoras do sistema imune, os leucócitos, os quais derivam de
percursores da medula óssea [vermelha], localizada em cavidades ósseas e no tecido ósseo
esponjoso, presente em alguns ossos do nosso corpo, sendo que algumas dessas células
precisam completar seu desenvolvimento [maturação] em outros órgãos, os chamados órgãos
linfoides. Quando maduras, elas migram para os tecidos periféricos, onde algumas
permanecem dentro dos tecidos, residindo ali, enquanto outras ficam circulando na corrente
sanguínea e em um sistema especializado de vasos, os vasos linfáticos. Todos os elementos
celulares do sangue, como hemácias, plaquetas e leucócitos derivam das células-tronco
hematopoiéticas, que por conseguinte dão origem às linhagens mieloide e linfoide, sendo estas
as progenitoras imediatas das principais categorias de leucócitos. O progenitor mieloide
comum é o percursor de macrófagos, mastócitos, granulócitos [termo coletivo para
neutrófilos, eosinófilos, basófilos] e células dendríticas, além de megacariócitos e eritroblastos.
Já o progenitor linfoide comum dá origem aos linfócitos, que são as células natural killer
[célula NK] e os linfócitos B [ou células B] e linfócitos T [células T], que são linfócitos
antígeno-específicos.
Os macrófagos são a forma madura dos monócitos, os quais circulam no sangue e
migram continuamente para os tecidos, onde se diferenciam. Juntos, os monócitos e
macrófagos constituem um dos três tipos de fagócitos do sistema imunológico, sendo os outros
dois tipos os granulócitos e as células dendríticas. Os macrófagos realizam muitas funções
diferentes por meio da resposta imune inata e da resposta imune adaptativa. Uma delas é a de
engolfar e matar microrganismos invasores. Essa função fagocítica constitui uma importante
defesa de primeira linha da imunidade inata, pois essas células desfazem-se de patógenos e de
células infectadas. Ambos os monócitos e macrófagos podem fazer fagocitose, mas como o
maior número das infecções ocorre nos tecidos, são os macrófagos que primeiro realizam essa
importante função de proteção. Outra função essencial dos macrófagos é coordenar as
respostas imunes, pois eles auxiliam a indução da inflamação, um pré-requisito para a
resposta imune bem-sucedida. Eles também secretam proteínas de sinalização que ativam
outras células do sistema imune, recrutando-as para a resposta imune. Além de sua função
própria no sistema imune, os macrófagos atuam como células “faxineiras” do organismo,
eliminando restos celulares e células mortas.
Os granulócitos recebem essa denominação porque contêm grânulos densamente
corados em seu citoplasma, contudo, podem ser chamados também de leucócitos
polimorfonucleados. Os três tipos de granulócitos [neutrófilos, eosinófilos e basófilos] têm
uma vida moderadamente curta e durante as respostas imunes são produzidos em maior
quantidade, quando deixam o sangue e migram até os locais de infecção ou inflamação. Os
neutrófilos são as células mais numerosas nas respostas imunes inatas e atuam capturando
uma variedade de microrganismos por fagocitose, destruindo-os de maneira eficiente através
de enzimas de degradação em vesículas intracelulares e outras substâncias antimicrobianas
armazenadas em seus grânulos citoplasmáticos. Os eosinófilos e os basófilos são menos
abundantes do que os neutrófilos, mas como estes, têm grânulos contendo uma profusão de
enzimas e proteínas tóxicas, que são liberadas quando essas células são ativadas. Acredita-se
que os eosinófilos e os basófilos sejam importantes principalmente na defesa contra parasitos,
os quais são muito grandes para serem ingeridos por macrófagos ou neutrófilos. Eles também
podem contribuir para as reações inflamatórias alérgicas, nas quais seus efeitos podem ser
mais prejudiciais do que protetores.
Os mastócitos, mais conhecidos por seu papel em coordenar as respostas alérgicas,
diferenciam-se nos tecidos. Conjectura-se que também atuem na proteção das superfícies
internas do organismo contra patógenos, exercendo papel na resposta anti-helmíntica. Eles
têm grandes grânulos em seu citoplasma, que são liberados após a ativação dessas células,
ajudando a induzir a inflamação. Já a terceira classe das células fagocíticas do sistema imune,
as células dendríticas têm, em sua maioria, alongados processos semelhantes a dedos, como os
dendritos das células nervosas. Mesmo imaturas, essas células saem da medula óssea e seguem
para a corrente sanguínea e logo entram nos tecidos, onde capturam substâncias em forma de
partículas por fagocitose e também ingerem continuamente significativas quantidades de
líquido extracelular e seu conteúdo, em um processo chamado macropinocitose. Como os
macrófagos e os neutrófilos, elas destroem os patógenos que capturaram, no entanto, sua
função central no sistema imune não é a eliminação de microrganismos. Na verdade, o
encontro com os patógenos estimula as células dendríticas a maturar em células que podem
ativar um determinado tipo de linfócito, o linfócito T. Isso acontece pela apresentação dos
antígenos derivados de patógenos em sua superfície, que ativam os receptores de antígeno
desses linfócitos. Elas também disponibilizam outros sinais necessários para ativar os
linfócitos T que se deparam pela primeira vez com seus antígenos, e, por essa razão, as células
dendríticas são também denominadas células apresentadoras de antígenos (APCs, antigen-
presenting cells). Logo, as células dendríticas formam uma ligação crucial entre a resposta
imune inata e adaptativa. Em determinadas situações, os macrófagos também podem exercer
a função de APCs, mas as células dendríticas são as células especializadas em começar as
respostas imunes adquiridas.
As células natural killer, ou células NK, são grandes células com citoplasma granular
diferenciado. Esses grânulos citoplasmáticos contêm proteínas citotóxicas, como granzimas e
perforinas, que são liberadas na superfície da célula-alvo, a qual a célula NK reconhece e à
qual se liga via receptores de superfície. Quando seus conteúdos penetram na membrana
celular, eles induzem a morte celular programada. Essas células são capazes de reconhecer e
matar células anormais, como algumas células tumorais e células infectadas com herpes-vírus,
por exemplo. Além disso, são classificadas como parte do sistema imune inato devido a seus
receptores invariáveis.
Os linfócitos B e linfócitos T, têm diferentes funções no sistema imune, bem como tipos
distintos de receptores antigênicos. Na inexistência de uma infecção, a maioria dos linfócitos
que circulam no organismo restringe-se a pequenas células sem sinais distintos, com grande
parte da cromatina nuclear inativa e poucas organelas citoplasmáticas. Os linfócitos que ainda
não foram ativados pelo antígeno são conhecidos como linfócitos virgens e aqueles que já
encontraram seu antígeno e diferenciaram-se em linfócitos totalmente funcionais são
conhecidos como linfócitos efetores. Após o antígeno se unir a um receptor de antígeno de
células B, ou receptor de células B (BCR, B-cell receptor), que fica em sua superfície, o
linfócito proliferará e a seguir se diferenciará em células plasmáticas. Essa é a forma efetora
dos linfócitos B e seus anticorpos produzidos [a forma secretada do BCR] têm especificidade
antigênica idêntica. Desse modo, o antígeno que estimula uma dada célula B torna-se o escopo
dos anticorpos produzidos pela progênie dessa célula. As moléculas de anticorpos como classe
são conhecidas como imunoglobulinas (Igs), e os receptores de antígeno dos linfócitos B são,
também, conhecidos como imunoglobulina de membrana ou imunoglobulina de superfície.
Já após a ativação de uma célula T depois de seu primeiro contato com o antígeno, ela
prolifera e diferencia-se em um dos diferentes tipos funcionais de linfócitos T efetores. As
funções das células T efetoras são divididas em três grandes classes: morte, ativação e
regulação. As células T citotóxicas matam as células que estão infectadas com vírus ou outro
tipo de patógeno intracelular. As células T auxiliares produzem sinais adicionais essenciais que
influenciam o comportamento e a atividade de outras células. Além disso, fornecem os sinais
para as células B estimuladas por antígenos que influenciam sua produção de anticorpos, e
também para os macrófagos, permitindo que se tornem mais eficientes para matar os
patógenos capturados. As células T reguladoras suprimem a atividade de outros linfócitos e
auxiliam a controlar as respostas imunes. Durante o desenvolvimento de uma resposta imune,
algumas células B e T são ativadas pelo antígeno, diferenciando-se em células de memória,
que são os linfócitos responsáveis pela imunidade de longa duração, que podem ser
produzidas após doença ou vacinação. As células de memória irão, prontamente, diferenciar-
se em células efetoras em uma segunda exposição a seu antígeno específico.
Dentre todas essas células, algumas participam principalmente da resposta imune inata
e outras da resposta imune adquirida, porém, destaca-se que essas duas respostas são
interdependentes, além de ambas serem indispensáveis para a nossa sobrevivência e
longevidade. As principais células efetoras da imunidade inata são neutrófilos, macrófagos,
células dendríticas e células NK, as quais realizam funções como fagocitose, ativação de
proteínas do sistema complemento, liberação de mediadores inflamatórios e produção de
proteínas de fase aguda, citocinas e quimiocinas. O desencadeamento dessas funções é ativado
por estímulos específicos: estruturas moleculares amplamente presentes em microrganismos,
mas que não ocorrem na espécie humana. Elas podem ser lipopolissacarídeos, ácidos teicóicos
e resíduo de manose que são comumente encontradas na superfície de microrganismos e
constituem os chamados Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PAMPs). Esses PAMPs
funcionam ativando a resposta imune inata por interação com distintos receptores
denominados Receptores de Reconhecimento de Padrões (RRP), sendo a família dos
receptores Toll-like (TLRs) um deles. Essa interação é semelhante à complementaridade entre
antígeno e anticorpo ou entre antígeno e receptor de linfócitos T (TCR), entretanto, nesse
caso, não há diversidade nem capacidade adaptativa para a geração de novos receptores ou
reconhecimento de novos padrões moleculares se não aqueles já programados no código
genético. Assim, como os receptores do sistema imune inato são codificados pelas células da
linhagem germinativa, as respostas imunes inatas são muito semelhantes entre os indivíduos
da mesma espécie.
Por outro lado, o sistema imune adaptativo utiliza receptores produzidos
randomicamente que são altamente específicos para cada agente infeccioso com o qual o
corpo entra em contato. Por essa razão, as respostas imunes adaptativas são amplamente
variáveis entre os indivíduos da mesma espécie e refletem a gama de patógenos que
determinado indivíduo encontrou durante sua vida. A resposta imune adaptativa é mediada
principalmente pelos linfócitos T e B e essas células possuem receptores específicos em suas
membranas plasmáticas, os quais podem ser ajustados para reconhecer uma gama
praticamente ilimitada de estruturas. Embora as principais células dessa resposta sejam os
linfócitos, as células apresentadoras de antígenos (APCs) são fundamentais para efetivação da
resposta adaptativa, pois apresentam antígenos associados a moléculas do complexo de
histocompatibilidade principal (MHC, major histocompatibility complex) para os linfócitos T.
Dessa forma, os sistemas imunes inato e adaptativo trabalham colaborativamente para
identificar e destruir os agentes infecciosos. Ademais, quando há uma infecção, o sistema
imune inato serve como força de reação rápida que tenta erradicar o agente infeccioso, ou,
pelo menos, manter a infecção sob controle. Isso oferece tempo para que o sistema imune
adaptativo consiga produzir uma resposta mais específica e singularmente adaptada ao agente
infeccioso. Além disso, o sistema imune adaptativo é altamente dependente das células do
sistema imune inato para que possa saber quando, como e por quanto tempo responder.
Mas como é essa resposta na prática? Pode-se dizer que a defesa do organismo a um
dano tecidual é a resposta inflamatória, um processo biológico que, em geral, é benéfico ao
organismo e envolve componentes celulares, vasculares e diversas substâncias solúveis. Isso
em conjunto tem por intenção a eliminação do estímulo indutor da resposta e a restauração
tecidual. A inflamação apresenta sinais clínicos característicos como dor, calor, rubor, edema,
e muitas vezes prejuízo funcional. Isso acontece porque o processo de reconhecimento
molecular dos agentes agressores, seguido da ativação de vias bioquímicas intracelulares,
provoca modificações vasculares e teciduais, aumento do fluxo de linfa para os tecidos,
produção de uma abundância de mediadores com efeitos locais e sistêmicos, proliferação
celular, síntese de novos produtos relacionados à quimiotaxia, bem como migração de células
especializadas na destruição e remoção do agente agressor, culminando com a recuperação
tecidual e o restabelecimento funcional do tecido ou órgão.
Para que um patógeno cause doença, primeiro ele deve fazer contato com o hospedeiro
e então estabelecer um foco de infecção. O organismo dos mamíferos é suscetível a infecções
por muitos patógenos, que podem residir e se replicar em diferentes localizações anatômicas.
Por se diferirem bastante em seu modo de vida, em seus mecanismos de patogênese e na
estrutura de suas superfícies, esses patógenos exigem uma resposta igualmente diversa de
defesa do sistema imune do hospedeiro. Quando nos infectamos por um vírus, por exemplo, as
células infectadas por eles são reconhecidas por células T citotóxicas. Isso acontece pois
antígenos derivados desses invasores [que se multiplicam dentro das células infectadas] são
apresentados na superfície celular, onde são reconhecidos pelos receptores de antígeno dessas
células T especializadas. Elas podem, então, controlar a infecção, matando diretamente as
células infectadas, impedindo que a replicação viral seja finalizada e novos vírus sejam
liberados. Entretanto, a reação inflamatória, em algumas situações, pode ser uma resposta
desfavorável, como, por exemplo, a reação alérgica. Quando exacerbada, essa resposta
mediada pelo sistema imune [denominada reação de hipersensibilidade], produz uma reação
sintomática a um antígeno ambiental normalmente inócuo, como pólen, alimentos e
medicamentos. Isso acontece porque as respostas imunes adaptativas são algumas vezes
direcionadas contra antígenos não associados a agentes infecciosos. Todavia, embora todos os
indivíduos sejam expostos a alérgenos ambientais, a maioria da população não desenvolve
reações alérgicas a eles. Isso demonstra quão complexas e diversificadas são as reações
imunológicas e os mecanismos de resposta aos patógenos.
Praticamente qualquer substância pode ser alvo para uma resposta de anticorpos, e
essa resposta, mesmo a um único epítopo, compreende muitas moléculas diferentes de
anticorpo, cada uma com especificidade discretamente diferente e uma afinidade exclusiva de
ligação. Além disso, a imunidade apresenta uma importante característica que permite o
sucesso das vacinações e previne reinfecções por patógenos que já foram repelidos com
sucesso por uma resposta imune adaptativa: a memória imunológica. Quando falamos do
curso normal de uma infecção, os antígenos estranhos do agente infeccioso, reforçados com
sinais de células imunes inatas, induzem uma resposta imune adaptativa que elimina a
infecção e estabelece uma imunidade protetora. Ela é responsável por uma proteção
duradoura em que o sistema imune está apto para produzir uma resposta secundária ao
mesmo antígeno de modo mais eficiente e efetivo, o que proporciona ao hospedeiro uma defesa
específica contra aquela infecção. Outrossim, se partimos desses princípios e considerarmos
que se uma doença depende da transmissão humana, a imunidade de uma parcela da
população ajuda toda a comunidade, o que legitima a realização da vacinação. Destarte,
vacinas criam artificialmente um estado de proteção que é eficaz justamente em razão da
imunidade adaptativa e da memória imune, já que a imunidade protetora efetiva contra
alguns organismos requer a presença de anticorpos preexistentes, o que demonstra a
importância dessa característica do sistema imunológico.

Referências Bibliográficas:

MURPHY, Kenneth. Imunobiologia de Janeway. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ROITT, Ivan M. et al. Fundamentos de imunologia. 13. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2013.

CRUVINEL, Wilson de Melo et al. Sistema imunitário: Parte I. Fundamentos da imunidade inata
com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Revista Brasileira
de Reumatologia, v. 50, n. 4, p. 434-447, 2010.

MESQUITA JÚNIOR, Danilo et al. Sistema imunitário: Parte II. Fundamentos da resposta
imunológica mediada por linfócitos T e B. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 50, n. 5, p. 552-
580, 2010.

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