MASMORRAS de UMA

´
PAGINA (ou DUAS)
´ das PALMEIRAS SIBILANTES
O OASIS

por Daniel Bartolomei Vieira

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História
Oásis oferecem um refúgio do calor escaldante do deserto. Viajantes
cansados podem relaxar à sombra das palmeiras, saciar a sede nas
nascentes, se lavar da areia e da poeira e, talvez, saborear algumas
tâmaras e damascos. Em uma longa caminhada pelo deserto, um
oásis verdejante pode literalmente ser um salva-vidas. Oásis atraem
viajantes, mas muitos também têm residentes permanentes. Um
grande oásis em uma rota de caravana muito usada pode ajudar uma
vila ou aldeia. Um oásis mais isolado poderia abrigar apenas algumas
almas ou uma colônia de feras selvagens. Às vezes, criaturas hos is
entram em um oásis. Afinal de contas, é mais fácil (e muito mais
agradável) encontrar uma presa na sombra fresca de um oásis do que
nas areias ardentes e sem trilhas.
Alguns oásis desenvolvem reputações sinistras graças aos
seus residentes. O Oasis das Palmeiras Sibilantes, no Deserto de
RaurinRaurin Desert é um desses locais, já que ali vive a djinni Dunyazad.
Os habitantes das proximidades visitam o local somente quando
absolutamente necessário. Quando acampam à noite, os beduínos
têm o cuidado de ficar afastados da paliçada rudimentar construída
pela djinni, e tapam os ouvidos para a música que toca por entre
as palmeiras. Pela manhã, o viajante sábio pega algumas tâmaras e
damascos, enche os can is e parte rapidamente.
O Oásis das Palmeiras Sibilantes é o único local nas redondezas
com água e palmeiras em centenas e centenas de quilômetros nesta
região do Raurin. Ele fica muito distante do assentamento mais
próximo e de qualquer estrada ou trilha. Os aventureiros podem se
deparar com ele enquanto procuram por uma ruína ou se es iverem
tentando cortar caminho pelo deserto. Entretanto, algo específico
pode ter atraído os aventureiros até o local.
Bandidos do Deserto
Salteadores ou ladrões roubaram algo valioso (ou talvez perigoso) e
fugiram pelo deserto. Os aventureiros são contratados para rastrear
os bandidos.
Talvez os ladrões estejam procurando por um esconderijo em
algum lugar do deserto, ou talvez simplesmente desejem despistar
possíveis perseguidores no deserto sem trilhas. Os aventureiros
podem encurralá-los no oásis, ou podem ser obrigados a descansar
ali por algum tempo antes de retomar sua perseguição. Seja qual
for o caso, Dunyazad provavelmente está disposta a deixar o
con lito se desenrolar entre os grupos, embora seja de bom coração
e provavelmente agirá contra qualquer um que apresente-se como
vilão em sua presença.
Guardas de Caravana
Um comerciante quer contratar guardas para uma expedição com
des ino a um lugar secreto no deserto. Se os aventureiros aceitarem
o trabalho, o comerciante se recusa a lhes dizer seu des ino. Pelo
menos um rival tenta subornar os aventureiros para saber para
onde o grupo está indo. Uma vez no deserto, os aventureiros e
seus empregadores têm que usar muitos truques para se livrar da
perseguição.
O comerciante se dirige ao oásis para comprar instrumentos
musicais de Dunyazad. Ele prometeu proteger a privacidade da
djinni e se recusa a revelar seu des ino ou a fonte de seus produtos.
O trabalho de Dunyazad é de alta qualidade, mas não o suficiente
para explicar todo o interesse pela viagem. Talvez o comerciante
tenha outro segredo que esconde muito bem, como a localização de
um tesouro escondido dentro ou perto do oásis, ou talvez os rivais do
comerciante tenham simplesmente permi ido que sua curiosidade
irasse o melhor deles.
Caçadores de Tesouro
Um maltrapilho grupo de beduínos cambaleia até um assentamento
à beira do deserto. Eles dizem que recuperaram um grande tesouro
sob as areias do deserto. Entratanto, perderam todo o saque em um
oásis assombrado, onde vozes sem corpo os assombraram e mãos
invisíveis arrebataram seus pertences.
Os aventureiros podem estar por perto para ouvir a história, mas
provavelmente a ouvem de outrem. O oásis “assombrado” poderia
ser o oásis de Dunyazad, e os “fantasmas” poderiam ser a própria
usando sua voz, música e magias contra o grupo. Dunyazad poderia
ter se apoderado do tesouro, ou, mais provavelmente, os aventureiros
Masmorras de Uma Página (ou Duas) | O Oásis das Palmeiras Sibilantes
passaram a brigar por causa do saque e Dunyazad, enojada,
afastou-os. Uma alterna iva é que o incidente pode ter ocorrido em
outro lugar. Se os aventureiros inves igarem, as informações que
receberem apontarão para o Oásis das Palmeiras Sibilantes, que não
tem boa reputação entre as histórias locais.
Se os aventureiros forem atrás do tesouro, Dunyazad está
inclinada a deixá-los tê-lo, ou a maior parte dele. Outras criaturas,
no entanto, podem querer o saque para si. Quase qualquer um, no
caso, de aventureiros rivais a um dragão azul ou dois, podem querer
compe ir pelo tesouro.
Ruína Imaskari
Há rumores de que uma ruína Imaskari há muito perdida emergiu
das areias movediças do deserto.
O Oasis das Palmeiras Sibilantes pode simplesmente estar
na rota para a ruína, ou pode ser um marco vital para localizar
o lugar. O rumor em si pode ser verdade, ou talvez um efree i ou
outra criatura maligna o tenha plantado para atrair ví imas para
seu covil. Dunyazad poderia avisar os personagens antes que caiam
na armadilha ou os ajude a se recuperar depois de escaparem, e
talvez os ajude a se preparar para uma segunda incursão. É claro
que o boato poderia ser verdade, e o conselho de Dunyazad pode ser
valioso para os aventureiros que estão se preparando para explorar
o local.
Ajustando o Encontro
Os encontros dessa masmorra são desenvolvidos para um grupo de 4
a 6 aventureiros de nível 10.
Visitando o Oásis
Assumindo que os aventureiros estejam chegando ao oásis durante
o dia, leia ou parafraseie o seguinte assim que es iverem se
aproximando do local:
O céu acima está limpo e azul como uma safira. Nem uma única
nuvem macula sua beleza azul celeste, exceto em um local um
pouco adiante daqui. Através do calor cintilante no horizonte,
uma mancha de verde é visível. Palmeiras altas erguem-se contra
o céu límpido, em uma vegetação densa cresce nas sombras
abaixo delas. Uma torre de nuvens altas está sobre o local,
sugerindo que pode haver água ali.
O oásis tem cerca de 1,5 km de largura pela mesma extensão de
comprimento, duas pequenas lagoas e várias nascentes. Regatos de
água cristalina serpenteiam por entre as palmeiras e desaparecem
nas areias quentes nos limites do oásis. O local também possui
alguns a loramentos rochosos com fendas e pequenas cavernas onde
os habitantes locais fazem seus covis.
Dunyazad escolheu um local sombreado quase no fim do oásis
para fazer a paliçada. Ela a construiu com troncos das palmeiras de
cerca de 6 m de comprimento e alguns centímetros de espessura. A
paliçada foi disposta em um quadrado de 15 m de lado e levemente
inclinadas para fora para desencorajar escaladas. Há um portão de
madeira que pode fechado firmemente com cordas.
Lá dentro há um espaço arenoso além de alguns postes para se
prender animais. Dois anéis de pedra oferecem bons locais para se
fazer fogueiras.
A paliçada fica o mais distante possível dos covis dos felinos do
deserto que habitam o local, ainda que esteja dentro do oásis. Ela
também fica a alguns passos da nascente de água mais próxima.
Pessoas podem se barricar lá dentro e ficarem seguras contra os
felinos, mas devem sobreviver da água e da comida que o oásis
oferece, caso não tenham trazido nada consigo. Dunyazad planejou
isso para ser assim. Ela recebe bem ocasionais visitantes, mas não
quer que eles fiquem aqui por muito tempo.
Caso os aventureiros decidam parar no oásis, leia ou parafraseie
o seguinte:
A água reluz com a luz do sol, e as palmeiras fornecem uma
sombra bem-vinda. Uma brisa suave e fresca balança as
palmeiras e parece carregar consigo uma canção, como um
suspiro que paira sobre o ar quente.
“Descanse e coloque suas preocupações de lado
Aqui perto das palmeiras sibilantes.
1
 Deixe sua consciência ser seu guia
E durma sob as palmeiras sibilantes.
Se seu coração é verdadeiro e seu espírito iluminado,
Você é bem-vindo nas palmeiras sibilantes.
Durma e passe a noite em segurança
Contando seus segredos para as palmeiras sibilantes.
Seu maior desejo, sua vontade mais ardente
Revele seu coração para as palmeiras sibilantes.
Não ceda à ganância ou ira
Quando se deitar sob as palmeiras sibilantes”.
Os Felinos
Como mencionado, Dunyazad compar ilha o oásis com um bando
de felinos. Estes animais podem ser de diversos ipos, dependendo de
quão perigoso você deseja que o oásis seja e de quantos aventureiros
estão no grupo.
Você pode considerar que seja um bando de 6 a 10 leões (Manual
dos Monstros, pg. 331). Poderia ser um bando de 6 a 10 leopardos (use
as estatís icas do igre, Manual dos Monstros, pg. 338). Poderia ser
ainda de 2 a 3 leões gigantes (use as estatís icas do igre dentes-de-
sabre, Manual dos Monstros, pg. 338).
Táticas
Seja qual for sua escolha, os felinos preferem atacar após o pôr-do-
sol, movendo-se rápida e silenciosamente. Ins in ivamente, eles
atacam os oponentes mais fracos, caso possam alcança-los. Uma vez
que tenham escolhido seu alvo, eles o con inuam atacando até que
esteja morto. Os felinos recuam para seus covis se forem reduzidos a
um quarto de seus pontos de vida totais.
Os felinos podem atacar em outro horário do dia ou da noite
caso sejam chamados por Dunyazad (consulte a seguir).
Dunyazad
Dunyazad é uma djinni (Manual dos Monstros, pg. 154). Embora
seja alta, com mais de 2 m de altura, e de pele azul turquesa, ela é
bastante bonita e esguia. Ela traja vestes de seda leve e seu rosto é
coberto parcialmente por uma máscara de seda translúcida. Seus
cabelos são negros como a noite, amarrados em um rabo-de-cavalo
no alto da cabeça. Os olhos são igualmente negros, misteriosos e
sensuais.
Táticas
Embora não seja má, Dunyazad tem uma tendência maliciosa e
raramente deixa estranhos em paz. Ela também não tem a intenção
de permi ir que bandidos ou monstros usem o oásis como base para
invadir assentamentos e rotas comerciais nas proximidades. Para
esse fim, ela geralmente conjura invisibilidade e estuda os estranhos
com cuidado e à distância.
Às vezes, ela testa a coragem de um recém-chegado e o atrai
para dentro do oásis através de sua música para uma conversa
sobre os negócios de seu grupo ali, ao mesmo tempo em que conjura
detectar bem e mal e detectar magia. Ela também pode criar uma
imagem maior de um grupo de bandidos do deserto desenterrando
(ou enterrando) um baú abarrotado de tesouros e bebendo cerveja,
lutando em uma briga mortal ou simplesmente se esgueirando pelas
sombras do oásis. Dunyazad acha as reações dos estranhos a essa
imagem bastante instru ivas.
Ocasionalmente, Dunyazad provoca discórdia entre estranhos
ao roubar-lhes itens importantes. Ela pode trocar itens valiosos entre
personagens ou roubá-los (embora geralmente não faça isso a menos
que planeje atacar).
Se engajar em uma briga, Dunyazad conjura onda trovejante
e muralha de vento, além de sua habilidade Criar Vendaval. Caso
esteja em desvantagem, ela conjura um elemental do ar (Manual dos
Monstros, pg. 125). Em úl imo caso ela assobia para os felinos do oásis,
que treinou para atender seu chamado.
Tesouro
Dunyazad não carrega consigo tesouro. Seus instrumentos musicais,
5 lautas, 2 lautas de pã e 1 oboé, são comuns e tem o valor indicado
no Livro do Jogador (pg. 156). A cimitarra dela também é comum.
Entretanto, o maior tesouro de Dunyazad é a capacidade de realizar
Masmorras de Uma Página (ou Duas) | O Oásis das Palmeiras Sibilantes
um desejo para os aventureiros, conforme a magia desejo. Dunyazad
só o fará caso os aventureiros não a ataquem e nem ataquem os
felinos e tenham boas intenções e a convençam disso. Dunyazad não
perverte o desejo dos aventureiros.
Conhecimento dos Reinos – Dunyazad e o Oásis
das Palmeiras Sibilantes
A djinni Dunyazad chama o Oásis das Palmeira Sibilantes de
lar. Ela compartilha o lugar com um bando grandes felinos do
deserto. Dunyazad vem de uma longa linhagem de djinns que
são aliados de dragões de latão. Ao longo dos anos, Dunyazad
fez muitas viagens ao Plano MaterialMaterial Plane, muitas vezes
sob o comando de um dragão de latão, e passou a gostar
do local. Dunyazad desfruta particularmente do deserto e
suas imensas vastidões de areia branca e de seus ventos
poderosos. Embora goste de sobrevoar o deserto por horas a
fio, ela também gosta de descansar entre as nascentes d’água,
das lagoas e das tamareiras do oásis.
Dunyazad ama a música e é uma música de alguma
habilidade. Ela usa criação, de sua habilidade de conjuração
inata, para criar flautas, oboés e outros instrumentos de
sopro. Ela também recolhe alguma madeira do oásis para
fazer instrumentos. Quando chegou ao oásis pela primeira
vez, Dunyazad literalmente brincava de gato e rato com os
grandes felinos que viviam lá. Sua magia e capacidade de
se transformar em forma gasosa a mantinham fora de sério
perigo. Ao longo dos anos, os felinos aprenderam a tolerar
a presença de Dunyazad e até mesmo a consideravam um
deles.
Embora valorize sua privacidade, Dunyazad também gosta
de receber visitas de tempos em tempos, e entende que a
maioria dos residentes do Plano MaterialMaterial Plane precisam
simplesmente descansar e se recuperar no oásis para se
recuperar das dificuldades das viagens no deserto. Para
acomodar os visitantes, Dunyazad construiu uma paliçada
para servir como refúgio dos felinos.
Visitantes ou não, Dunyazad gosta de sentar-se ao luar e
tocar sua flauta, enviando sua música misteriosa flutuando
pelo deserto. Como Dunyazad geralmente toca enquanto está
invisível, a música parece vir das árvores e, assim, deu origem
ao nome do lugar.
Créditos
Líder de Projeto Daniel Bartolomei Vieira
Pesquisa e Desenvolvimento Daniel Bartolomei Vieira
Texto Daniel Bartolomei Vieira (baseado numa ideia original de
Skip e Penny Williams)
Diagramação Daniel Bartolomei Vieira
Desenvolvimento de Logo (Aventureiros dos Reinos) Geliard Bar-
bosa
Arte de Capa Autor desconhecido
Referências
Vicious Venues: Oasis of the Whistling Palms
Wizards of the Coast, 2007. http://archive.wizards.com/default.
asp?x=dnd/vv/20070525a.
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