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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA


UMUARAMA/PR

PROJETO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE AR COMPRIMIDO PARA


USO LABORATORIAL

Fernando Rodrigues da Silva, rodruiguesfernando13@gmail.com¹


Walter Fernandes Martins Junior, walter.junior@edu.unipar.br¹
Alexandre de Castro Salvestro, alexandrecastro@prof.unipar.br²
Fabrício Fasolo, fabriciofasolo@prof.unipar.br²

¹Universidade Paranaense, Discente de Engenharia Mecânica


²Universidade Paranaense, Docente de Engenharia Mecânica

Resumo: Tendo em vista a adequação da rede pneumática laboratorial para uso de equipamentos,
foi realizado um levantamento atual da situação real, onde foi diagnosticado que os laboratórios
contam com apenas um bico de ar, o que não sustenta a demanda de trabalhos, dessa forma, foi
proposto um projeto de readequação, visando criar uma rede pneumática completa e atualizada,
para que as atividades laboratoriais possam ser realizadas com eficiência. Dessa forma, foi
projetada, uma rede de circuito fechada com um reservatório de ar com capacidade de 500 litros,
com vários bicos em pontos estratégicos, possibilitando o uso de diversas ferramentas ao mesmo
tempo em diversos ambientes, no planejamento foi acrescido 30% da vazão de consumo, para um
eventual aumento de vazão nos laboratórios.

Palavra-Chave: Rede Pneumática, Ar comprimido; compressor.

1. INTRODUÇÃO

A falta de planejamento nos laboratórios aliados com uma maior demanda do uso do ar
comprimido tornou-se um problema para os alunos que usam os laboratórios e precisam de um
sistema atualizado para disponibilidade de ar comprimido para utilização nas aulas práticas.
O ar está disponível em qualquer lugar em qualquer quantidade. O ar comprimido como meio de
energia não precisa ser trocado, não emite nenhum poluente no caso de defeito na tubulação
(BOSH, 2008). No Brasil, o grande impulso e difusão dessas aplicações se deram a partir da década
de 60, com a chegada da indústria automobilística e o surgimento da chamada "Automação
Industrial". Para a confecção de peças automotivas seriadas, faziam-se necessários um grande
número de operações repetitivas e a consequente redução de custos de mão-de-obra, pois como é
sabido, ela reflete diretamente nos custos finais (FIALHO, 2004).
Destacando-se das demais fontes de energia, o ar comprimido permite que haja uma velocidade
controlada, precisão de posicionamento e uma portabilidade na utilização dos equipamentos. A sua
associação com outras fontes de energia permite que seja possível aumentar a versatilidade,
ampliando a sua utilização e a redução de custos (MAGALHÃES, 2009).
Mediante a importância descrita, os laboratórios possuem equipamentos onde sua maioria
necessita de ar comprimido para exercer suas funções ou até mesmo para fazer manutenção
preventiva e limpeza de seus equipamentos que possuem no interior dos laboratórios. Sendo assim,
o compressor é fundamental para os laboratórios.
Compressores são máquinas indispensáveis na maioria dos processos industriais. Estes
equipamentos requerem uma atenção especial, em virtude do grande consumo de energia necessário
para o seu funcionamento, podendo em alguns casos chegar a representar 40% do custo da energia
elétrica de uma instalação. Na maioria das indústrias, seu projeto de instalação é ultrapassado, não
há uma autocrítica do sistema buscando melhorias constantes e as condições de operação são
somente as necessárias para que a produção de ar seja mantida (CORADI, 2011).
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Os compressores de ar são equipamentos que absorvem o ar ambiente e os transforma em


energia pneumática. Para que possa ser realizada a compressão é necessária à transformação de
algum tipo de energia, normalmente usa-se a energia elétrica, para uma energia pneumática.
Existem vários tipos de compressores, tendo como principais dois tipos, definidos a partir do seu
modo de operação: de deslocamento positivo (compressores de pistão e de parafuso), que são
subdivididos em alternativos e rotativos, e compressores de palhetas (ou dinâmicos), que também
são subdivididos em centrífugos ou axiais (MAGALHÃES, 2009).
Contudo para o uso dos laboratórios será proposto um projeto da rede de distribuição do ar com
vistas ao uso em todos os laboratórios. Serão projetadas tubulações com todo o sistema funcional
para que não tenha nenhum tipo de colapso quando todos os laboratórios estiverem em uso ao
mesmo tempo.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Rede de Distribuição

A função primordial do sistema de tubulação é transportar o ar comprimido até os equipamentos


individuais. Secundariamente o volume das tubulações completa o volume do reservatório de ar. Os
dois sistemas típicos são designados como ramificado e de anel fechado, conforme Fig. 1, ambos os
sistemas possuem vantagens e desvantagens que precisam ser consideradas em função da concepção
do sistema, é por isso que na prática são usadas com frequência versões mistas de ambas (BOSCH,
2008).Aplicar, para cada máquina ou dispositivo automatizado, um compressor próprio, é possível
somente em casos esporádicos e isolados (PARKER, 2006).

Figura 1 – Circuito aberto e circuito fechado (Fonte: Adaptado de Silva, 2002, p. 36)

Os locais onde se encontram as tubulações pneumáticas deverão ser locais adequados para
manutenções periódicas, com intuito de detectar possíveis fugas de ar. Referir que pequenos
vazamentos são causas de consideráveis perdas de pressão. (JESUS, 2012).Uma das vantagens da
rede em circuito fechado é que a mesma permite que o ar flua nas duas direções e que fique
circulando na linha reduzindo o problema de condensação (SILVA, 2002). As tubulações devem ser
instaladas com inclinação aproximada de 1,5º a 2º em direção ao fluxo de ar, conforme Fig. 2
(BOSCH, 2008).

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Figura 2 – Instalação da linha de alimentação (Fonte: Parker Training, 2006, p. 53)

2.2 Compressor de Ar

Compressores são máquinas atribuidas a elevar a pressão de determinado volume de ar,


admitido nas condições atmosféricas, até uma determinada pressão exigida para a execução de
trabalhos com ar comprimido (PAVANI, 2011).
Nos compressores de deslocamento positivo, a compressão de vapor é efetuada mecanicamente,
admitindo-se uma quantidade de gás e comprimindo-o pela diminuição de seu volume até atingir a
pressão desejada da linha de descarga (GOMES, 2006). A Figura 3 apresenta os principais tipos de
compressores de deslocamentos positivos e deslocamentos dinâmicos.

Figura 3 – Tipos de compressores (Fonte: Parker Training, 2006, pag.13)

Os compressores dinâmicos caracterizam-se por fornecer quantidade de movimento ao fluido


refrigerante, através do movimento rotativo de um rotor provido de diversas pás. O fluido, após
passar pelo rotor, escoa através de um difusor no qual a quantidade de movimento é convertida em
pressão. Isto pode ser feito através de um escoamento axial ou radial.

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2.3 Reservatório de Ar

O compressor fornece o ar de acordo com a capacidade de armazenamento do reservatório de ar.


O consumo de ar comprimido pode ser garantido por algum tempo, pela capacidade de
armazenamento desse reservatório. O compressor não fornece ar comprimido durante o tempo que o
reservatório mantém estoque, mas sim, permanece em “stand by” (inércia) e não consome energia
elétrica (BOSCH, 2008).
A função do reservatório, conforme Fig. 4, é garantir uma reserva de ar de maneira a garantir
que a pressão da linha se mantenha constante, evitando que o compressor tenha que ser ligado e
desligado várias vezes. Alguns compressores, como o compressor de êmbolo geram pulsos de
pressão na compressão do ar. O reservatório, evita que esses pulsos de pressão sejam transmitidos
para linha pneumática da fábrica (SILVA, 2002).

Figura 4 – Reservatório de ar (Fonte: PARKER, 2006)

O reservatório tem o propósito de aliviar os efeitos das variações de pressão (BOSCH, 2008).
Finalmente, um aspecto fundamental na seleção de reservatórios de ar comprimido é a
segurança. A ocorrência de acidentes fatais envolvendo reservatórios fora de normas técnicas e sem
as inspeções periódicas obrigatórias pela legislação brasileira é mais frequente do que se imagina
(METALPLAN, 2008).

3 METODOLOGIA

3.1 Métodos e Técnicas Utilizadas

Foi projetado a rede de distribuição de ar comprimido para os três (3) laboratórios de engenharia
mecânica do campus III da UNIVERSIDADE PARANAENSE na cidade de Umuarama-PR. Para o
projeto foi pesquisado no departamento da universidade o croqui detalhado dos ambientes
laboratoriais, em uma primeira pesquisa tem-se o mapa, de acordo com a Fig. 5. Foi projetado à
linha de uma rede que possa suprir as necessidades dos alunos em relação do uso de ar comprimido
nos laboratórios e também auxiliar na manutenção preventiva facilitando a limpeza do ambiente e
das máquinas. Nesse projeto foi definido que o sistema a ser utilizado será o de anel fechado.

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Figura 5 – Laboratórios (Fonte: Autores)

Foi realizado um levantamento para ver quais são as ferramentas utilizadas pelos acadêmicos,
para que assim, se projete um laboratório compatível com os tipos de trabalhos que serão
conduzidos em cada ambiente.

3.2 Componentes da Rede de Ar Comprimido

O Projeto da rede terá os seguintes componentes:

 Conjunto Lubrifil
 Purgador
 Singularidades

3.2.1 Conjunto Lubrifil

Será utilizado um conjunto lubrifil que é um aparelho que regula a pressão, retém a umidade e
lubrifica o sistema de ar comprimido. Seu uso é indispensável para um sistema bem projetado
aumentando a vida útil dos componentes.

3.2.2 Purgador

Serão utilizados também, purgadores de ar, eles realizam a função de remover automaticamente
a água condensada nas tubulações da rede de ar comprimido.

3.2.3 Singularidades

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Para instalação da rede de ar comprimido, serão utilizadas as singularidades para ligação das
tubulações, de acordo, com a Tabela 1.

Tabela 1 - Singularidades para rede de ar comprimido


Rede Tronco Rede Secundária Rede Alimentação
Curva 90º R Curva 180º Curva 180º
Longo
Tê fluxo em Tê fluxo em Tê Fluxo
linha linha
Válvula Válvula
gaveta gaveta

3.3 Ferramentas

Na Tabela 2, encontram-se as ferramentas e a utilização de cada uma delas.

Tabela 2 – Ferramentas
Ferramenta Utilização Pressão Vazão
(kgf/cm²) (m³/h)
Esmerilhadeira Remoção de rebarbas,
acabamento de 6 10
conjuntos soldados
Chave de Aperto de parafusos
impacto que necessitam mais 6 6,8
torque

Após definidos os componentes que completam a rede de ar comprimido e as ferramentas que


vão ser utilizadas nos laboratórios, foi realizado o projeto descritivo de cálculo, sendo
dimensionados os diâmetros da rede de ar comprimido.

3.4 Determinação da Vazão da Rede Pneumática

Para determinar a vazão da rede foi observado, nos manuais do fabricante de cada ferramenta a
vazão de ar necessária para sua utilização. Somando as vazões de todas as ferramentas, foi
determinado um compressor que gere toda essa vazão de ar para a rede pneumática. Após toda a
vazão dos equipamentos serem determinadas, deverá haver uma previsão para pontos futuros no
prazo de cinco (5) anos com estimativa de vazão de ar de 30% a mais sobre a vazão total dos
equipamentos, ou seja, para calcular a vazão necessária com a estimativa para pontos futuros será
utilizada Eq. (1) a seguir:

𝑄 = 𝑄𝑒𝑞. 1,3 (1)

Onde:
Q= Vazão total (m³/h)
Qeq= Vazão total dos equipamentos (m³/h)

3.5 Determinação da Capacidade de um Reservatório de Ar

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Calculada a vazão total de ar, foi visto a necessidade de um reservatório de ar, pois o
compressor já existente no laboratório consegue gerar o ar comprimido suficiente, mas não para a
previsão que os pontos futuros necessitam. Dessa forma, foi calculado através da Eq. (2) a
capacidade que um reservatório de ar precisa ter para que continue sendo utilizado o compressor já
existente nos laboratórios da Universidade.

𝑅 = 𝑄. 60.0,2 (2)

Onde:
R= Tamanho do reservatório (L)
Q= Vazão total (m³/h)

3.6 Fórmula para o Cálculo dos Diâmetros das Tubulações

O dimensionamento das tubulações da rede tronco, rede secundária e rede de alimentação, foram
calculados pela Equação (3), que foi retirada do livro do engenheiro Arivelto Fialho (2002).

1,663785. 10 . 𝑄 , . 𝐿𝑡
𝑑 = 10 (3)
∆𝑃. 𝑃

Onde:
d = Diâmetro interno da tubulação, (mm);
Q = Vazão total (m³/h);
Lt = Comprimento total da linha (m);
∆P = Queda de pressão admitida (kgf/cm²);
P = Pressão de regime: Pressão do ar armazenado no reservatório, (kgf/cm²).

3.6.1 Queda de Pressão Admitida

O ar comprimido sofre uma queda de pressão, ou perda de carga quando passa pela tubulação,
devido as perdas por atrito e as singularidades. Assim, para um ótimo desempenho, a queda de
pressão não deve ultrapassar 0,3 kgf/cm² (FIALHO, 2004).

3.6.2 Pressão de Regime

É a pressão efetiva fornecida pelo compressor e que se distribui por toda a linha, alimentando
todos os pontos. É, portanto, a pressão com a qual oar se encontra armazenado no reservatório de ar.
A pressão de regime varia de 7 a 12 kgf/cm² (FIALHO, 2004).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Layout da Linha de Distribuição

Depois de feito um levantamento para ver as ferramentas utilizadas nos laboratórios, foi feito o
layout da rede de distribuição de ar, sendo distribuído da melhor forma os pontos para utilização.
Pode-se observar na Figura 6 a rede tronco (verde), secundária (vermelha) e alimentação (azul).

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Figura 6 – Rede de tubulação (Fonte: Autores)

4.2 Vazão Total Utilizada Pelos Equipamentos

Na tabela 3, tem-se a soma do consumo de todas as ferramentas que vão ser utilizadas nos
laboratórios.

Tabela 3 – Vazão total


EQUIPAMENTO QUANTIDADE PRESSÃO CONSUMO CONSUMO
(kgf/cm²) (m³/h) TOTAL (m³/h)
Chave de Impacto 2 6 6,8 13,6
Esmerilhadeira 2 6 10 20
CONSUMO TOTAL 33,6

Após feito a soma das vazões de todas as ferramentas, foi feito a previsão de novos pontos
futuros em (5) anos, com estimativa 30% a mais da vazão total atualmente. Essa estimativa foi
calculada através da Eq. 1.

𝑄 = 33,6.1,3

Q = 43,68 m³/h

4.3 Capacidade do Reservatório de Ar

Com a vazão total calculada, determina-se a capacidade do reservatório de ar através da Eq. 2.

𝑅 = 43,68.60.0,2

R = 524,16 L

Determinada a capacidade do reservatório, foi definido que o reservatório ideal é o SCS500/13


500L – Pressão Máxima 100bar – 188psi.

4.4 Seleção do Compressor de Ar

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Feito uma verificação nos laboratórios, constatou-se a existência de um compressor com


potência suficiente para suportar a rede que será projetada. O compressor ônix-pro, Figura 7, de 20
pés – 5HP, de acordo com a Figura 7.

Figura 7 - Compressor de ar (Fonte: Autores)

4.5 Dimensionamento das Tubulações

A rede de tubulação foi subdividida em três partes, conforme Figura 6, sendo elas: rede tronco,
secundária e alimentação.

4.5.1 Rede Tronco

A Rede Tronco é responsável por conduzir o ar da casa do compressor à rede secundária. A


Tabela 4, mostra como foi encontrado o comprimento total da rede tronco e em seguida o cálculo do
diâmetro da tubulação através da Eq.3.

Tabela 4 – Dimensões das Singularidades


QUANTIDADE SINGULARIDADES COMPRIMENTO (m) COMPRIMENTO
TOTAL POR ITEM
(m)
1 Tubo 80 80
4 Curva 90º Raio Longo 0,7 2,8
13 Tê Fluxo em Linha 0,73 9,49
1 Válvula Gaveta 0,2 0,2
Comprimento total 92,49

𝟓 𝟏, 𝟔𝟔𝟑𝟕𝟖𝟓. 𝟏𝟎 𝟑 . 𝟒𝟑, 𝟔𝟖𝟏,𝟖𝟓 . 𝟗𝟐, 𝟒𝟗


𝒅 = 𝟏𝟎𝒙
𝟎, 𝟑. 𝟗

d = 14.09mm

Com o diâmetro interno de 14,09 mm, foi consultado o (ANEXO A) para identificar o diâmetro
nominal da tubulação. Então, o valor correspondente foi de ¾ polegadas.

4.5.2 Rede Secundária


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A Rede Secundária leva o ar da rede tronco à rede de alimentação, para o cálculo do seu
diâmetro foi utilizado novamente a Eq. 3, e o comprimento total da rede definido através da Tabela
5.

Tabela 5 – Dimensões das Singularidades


QUANTIDADE SINGULARIDADES COMPRIMENTO (m) COMPRIMENTO
TOTAL POR ITEM
(m)
1 Tubo 2,5 2,5
1 Curva 180º 1,1 1,1
1 Válvula Gaveta 0,17 0,17
1 Tê Fluxo em Linha 0,52 0,52
Comprimento total 4,29

𝟓 𝟏, 𝟔𝟔𝟑𝟕𝟖𝟓. 𝟏𝟎 𝟑 . 𝟒𝟑, 𝟔𝟖𝟏,𝟖𝟓 . 𝟒, 𝟐𝟗


𝒅 = 𝟏𝟎𝒙
𝟎, 𝟑. 𝟗

d = 7,62mm

Analisando, novamente o ANEXO A, encontrou-se através do diâmetro interno d = 7,62 mm o


diâmetro nominal de ½ polegadas para a tubulação secundária.

4.5.3 Rede de Alimentação

A Rede de Alimentação também utiliza a Eq. 3. Na Tabela 6, encontra-se o comprimento total


da linha a ser utilizada na equação.

Tabela 6 – Dimensões das Singularidades


Quantidade SINGULARIDADES COMPRIMENTO (m) COMPRIMENTO
TOTAL POR ITEM
(m)
1 Tubo 2 2
1 Tê Fluxo 0,5 0,5
1 Curva 180ª 1,1 1,1
Comprimento total 3,6

𝟓 𝟏, 𝟔𝟔𝟑𝟕𝟖𝟓. 𝟏𝟎 𝟑 . 𝟒𝟑, 𝟔𝟖𝟏,𝟖𝟓 . 𝟑, 𝟔


𝒅 = 𝟏𝟎𝒙
𝟎, 𝟑. 𝟗

d = 7,37mm

Analisando o ANEXO A, foi encontrado com o diâmetro interno d = 7,37mm o diâmetro


nominal de ½ polegadas.

5 CONCLUSÃO

Com o projeto de instalação da rede de ar comprimido sendo executado, todas as funções dos
laboratórios melhorariam, facilitando os trabalhos dos acadêmicos, com vários pontos para o uso
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das ferramentas e também para uso de bicos de ar para limpeza, auxiliando na manutenção de todos
os ambientes. A rede facilitaria um melhor uso das áreas, pois estão em pontos estratégicos para um
melhor apoio e funcionamento dos maquinários que há nos laboratórios. A rede pneumática foi
projetada para suprir todas as necessidades e para não se defasar em um período mínimo de cinco
anos. Para tal, no planejamento foram acrescidos 30% da vazão de consumo, para um eventual
aumento de vazão nos laboratórios.

6 REFERÊNCIAS

BOSCH. Tecnologia de ar comprimido. Campinas, 2008.

CORADI, F. E. Análise energética e econômica na rede de distribuição de ar de uma indústria


de autopeças. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Energia) – Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais, Universidade Federal de São João Del Rei, São João Del Rei, 2011

FIALHO, A. B. Automação Pneumática: Projetos, Dimensionamento e Análise de Circuitos. 2.


ed. São Paulo: Érica, 2004. 328 p.

GOMES, A. R. ANÁLISE COMPARATIVA DE MECANISMOS DE COMPRESSÃO PARA


APLICAÇÃO EM REFRIGERAÇÃO DOMÉSTICA. 2006. 136 p. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Mecânica) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, Florianópolis,
2006. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/89029/234136.pdf?sequence=1>. Acesso
em: 25 jun. 2018.

JESUS, C. S. A. de. Otimização energética em uma unidade industrial – Ocaso da Cerutil.


2012. 160 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Eletrotécnica / Energia e Automação Industrial)
– Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu, Viseu, 2012.

MAGALHÃES, P. L. Ar comprimido e compressores. WEBARTIGOS 2009. Belo Horizonte, 21


jun. 2018. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/ar-comprimido-e-
compressores/20265>. Acesso em: 21 jun. 2018.

METALPLAN. Manual de ar comprimido. 3ª ed. 2008.

PARKER TRAINING. Dimensionamento de redes de ar comprimido. Jacareí, 2006. Apostila


M1004 BR.

PAVANI, S. A. Comandos Pneumáticos e Hidráulicos. 3. ed. Santa Maria-RS: [s.n.], 2011. 181
p. Disponível em:
<http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_ctrl_proc_indust/tec_autom_ind/comand_pneu
m/161012_com_pneu_hidr.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.

SILVA, E. C. N. – Sistemas Fluidomecânicos. In: Escola Politécnica da USP. Apostila


Pneumática. 2002. Disponível em: <http://sites.poli.usp.br/d/pmr2481/pneumat2481.pdf>. Acesso
em 21 jun. 2018.

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ANEXO

ANEXO A: DIÂMETRO COMERCIAL PARA TUBOS ASTM A 120 SCHEDULE 40

Fonte: Fialho, 2004, p. 288 e 289.

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COMPRESSED AIR DISTRIBUTION NETWORK PROJECT FOR


LABORATORY USE
Abstract: Considering the suitability of the pneumatic laboratory network for equipment use, a
survey of the actual situation was carried out, where it was discovered that the laboratories have
only one air nozzle, which does not support the demand of work, because of this it was proposed a
readjustment project, aiming to create a complete and updated pneumatic network, so the
laboratory activities can be carried out efficiently. Aiming to solve the problem, a closed circuit
network was designed with an air reservoir with a capacity of 500 liters with several nozzles all
around the laboratories, allowing the use of several tools at the same time in different
environments, in the planning was increased by 30% of the flow of consumption, for an eventual
increase of flow in the laboratories.

Keyword: Pneumatic Netting, Compressed air; compressor.

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