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HUMANOS
Resumo:
A atenção da comunidade científica tem aumentado em relação à toxicidade de corantes, especialmente os artificiais, pois,
ainda há um número reduzido de trabalhos que atestem a segurança do uso de corantes alimentares, bem como as
concentrações que sejam seguras. A Tartrazina, é um corante alimentar que confere a cor amarelo-limão em alimentos, com
uso amplamente difundido na fabricação de inúmeros produtos alimentícios, além de produtos farmacêuticos e cosméticos.
Assim, considerando o frequente consumo do corante Tartrazina e a necessidade de mais estudos na área toxicológica
relacionada ao tema, este trabalho buscou contribuir com a avaliação preliminar da mutagenicidade do corante Tartrazina em
cultura de leucócitos humanos, considerando que é um tipo celular considerado apropriado para testes toxicológicos dada sua
responsividade a xenobiontes. O estudo foi realizado no Laboratório de Toxicologia Celular da UNIPAMPA, Campus
Uruguaiana. A matriz biológica, é mantida no laboratório a partir de protocolo aprovado no CEP. As culturas foram
preparadas utilizando 0,5 mL de cultura de leucócitos mantidas em laboratório (2 x 105leucócitos/mL), e transferido para o
meio de cultura contendo 10 mL de meio RPMI 1640, suplementado com 10% de soro fetal bovino e 1% de
estreptomicina/penicilina, após foram colocados em estufa de CO2 5% a 37ºC por 72 horas. O controle negativo continha 500
µL de tampão PBS 7,4 e o controle positivo 3 g/mL de bleomicina. Aos grupos testes foram adicionados 5, 17,5, 35 e 70
µg/mL de tartrazina, considerando a concentração de pico plasmático (35 µg/mL) e concentrações acima e abaixo. Todos os
grupos foram ensaiados em triplicata. A mutagenicidade foi avaliada através do teste de micronúcleos, segundo a técnica
descrita por SCHMID. As análises foram realizadas no software estatístico específico. Os dados foram avaliados por análise
de variância (ANOVA) seguida de teste Post-Hoc de Bonferroni. Os resultados foram expressos em percentual e foram
considerados significativos os valores de p
1. INTRODUÇÃO
A utilização dos corantes em alimentos vem sendo empregada pelo homem
desde a antiguidade, onde eram usadas especiarias em condimentos a fim de colorir
e os tornar mais atrativos. Porém, com o avanço da indústria alimentícia, grande
parte dos corantes naturais foi substituída por corantes artificiais na produção de
produtos industrializados (MENDA et al., 2011; MORAES et al., 2015). Desde então,
os aditivos alimentares têm sido incoporados à criação de novos produtos no setor
da indústria alimentar, com o intuito de melhorar a aparência dos produtos
(SCHUMAN, POLÔNIO & GONÇALVES 2008, MORAES et al., 2015).
A atenção da comunidade científica tem aumentado em relação à
toxicidade de corantes, especialmente os artificiais em detrimento dos naturais.
Contudo, ainda há um número reduzido de trabalhos na literatura que atestem a
segurança de uso de corantes alimentares, bem como as concentrações de uso que
sejam seguras. O monitoramento dos teores de corantes artificiais em alimentos
tem, continuamente, contribuído para alertar para um consumo consciente desses
produtos alimentícios. Deste modo, se abre um campo de estudo necessário e
interessante, onde há muito o que se esclarecer a respeito, mas que, até o
momento, apesar de reconhecer sua necessidade, é limitado quanto a seu aspecto
quantitativo (KOBYLEWSKI & JACOBSON, 2012; PRADO & GODOY, 2003; NINNI,
2015).
A Tartrazina, codificada como INS 102 (Figura 1), é um corante alimentar que
confere a cor amarelo-limão em alimentos. Usualmente descrita na forma de sal de
sódio, sendo autorizados também os sais de potássio e de cálcio (LIDON &
SILVESTRE, 2007). Trata-se de um corante artificial com uso amplamente difundido
e está presente na fabricação de inúmeros produtos de padaria, bebidas, laticínios,
licores, pós para sobremesas e sucos, doces, cereais, gelatinas, alimentos para
animais, dentre outros alimentos, além de produtos farmacêuticos e cosméticos
(KOBYLEWSKI & JACOBSON, 2010; CAMPOS, 2014).
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS e DISCUSSÃO
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de nossos resultados não terem demonstrado mutagenicidade, há
necessidade de verificar a concentração que possa iniciar o processo de lesão,
como o mutagênico. Adicionalmente, há necessidade de confirmação dos resultados
obtidos com outros testes de avaliação de mutagenicidade.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS