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(1) Utilizo aqui, basicam ente, a tradução brasileira de Jaime Bruna (Cultrix,
S. Paulo), recorrendo, no entanto, p ara esclarecim ento de certos termos,
no original, à edição bilíngüe (greco-françesa) da Belles-Lettres (trad.
V ictor B érard, Paris, 7° e d ., 1967). -
CONTEXTUALIZAÇÃO
« ^ d 5 r ° Sob'revS«ps df £ í . d* A  'Î p S
lì™ como Ulisses ou aguardados mas odiados, como Agamenón, h
S m que Penèlope ° Clitem nestra, a m ulher de Agamenón represen-
tam a s polarizações absolutas desse sentim ento de espera. Em am ^
r a L L é posta em ação. No caso de Pené
tinha como objetivo enganar os pretendentes, e re®er^ ar.se da do
de Ulisses; no caso de Clitem nestra um a outra tram a, a che| a°mobi.
marido, ela lança sobre ele um a rede, em cujas malhas ele sera
lizado, para m elhor poder ser assassinado. . _. . , . j_ t« Fé-
(5) Cf. G ilbert Lescault: Figurées, D éfigurées^ (Petit V ocabulaire ^ qUC,
m inité Représentée, U nion G énérale d Éditions, P ans, )> lidam
no item “Fileuses” são elencadas vánas m ulheres mitológicas qu
com o fio. (A gradeço esse livro a Sonia R ezende).
A DECODIFICAÇÃO SIMBÓLICA
g w ... ...............................
ganso águia
m (personagem) quotidiana épica
(território) quintal céu infinito
(caracterist.) doméstico selvagem
(ação privile-
giada) comer guerrear
(meio de loco- rasteiro
moção) (vôo rasante) alto vôo
C“ — - *------------------
( ) Mais adiante, neste mesmo ensaio (págs. 17 a 20), proporei, sob um a
outra ótica, um a ressignificação desses símbolos, em que, m antendo
seu caráter altam ente sexualizado, a m etáfora ganso concernirá tam bém
(e sobretodo), o m undo fem inino. .
(9) Artém idore: La C lef des Songes, trad, de A . Festugière, Libr. Phil. Vrin,
Paris, 1975.
(10) Idem , C ap. II, 25, (p . 133).
* f’ V·
' 1 32 Rev. de C. Socials, Fortaleza, v. 18/19, N.° 1/2, 1987/1988
térprete dos sonhos é aquele que pode observar as analo-
g ia s ...” (li) .
O que é o sonho, para Artemidoro? O Cap. I do Livro I
da Oneirocritica (12) propõe três etimologias para o sonho,
oneiros, e todas as três, mesmo que não gozem do respal-
do dos filólogos, são interessantíssimas:
(15) É A rtem idoro, a propósito, que relata a fam osa interpretação (referida
por Freud), do sonho de A lexandre da M acedònia, quando se preparava
para fazer um cerco à cidade de T iro. A lexandre sonhou que viu no
seu escudo um sátiro dançando. A ristandros, o intérprete, dividiu a pa-
lavra Satyros em sa Tyros ( —T iro é tua) e, assim, fez com que o rei
com batesse com tal garra, que conquistou a cidade. Mais um exem-
plo da im portância do significante. . .
Ero grego, a pró p ria palavra pássaro, om is, sienifica presságio, vaticinio,
aueúno. O vôo das aves era interpretado para se conhecer a vontade
m na. Ë o caso de a gente se perguntar p o r que é que os pássaros
1° a ver c°tn a adivinhação. Uma resposta seria que seu vôo predis-
poe p ara servir de símbolo das relações entre o céu e a terra.
^ ^ niS!ÍaS .fjTf m etendo contra aves domésticas, aliás, parece ser um sonho
S Pic° ’ vaticinando desgraças e m ortandades tam bém em
jfrimu'Tj S e ou*ras cepas culturais — como é o caso do sonho de
elabornrs!: T g.a do? Niebelungos (saga que é fruto de um a longa
s „ lendas, pela consciência mito-poiética dos povos
ela cri««« a? Í nl ^ ue K rim hilde sonha que a ave doméstica que
sane) e Λ1?ΟΠ?. ® ã° / ° motívo é tom ado de em préstim o ao Minne-
vindas das l l h . r « c d° Su“ C° 1° ’ é despedaçada Por duas águias
Prediz ao !' esse son^°> fl06 na economia da narrativa, lhe
toda sua p ».·«*»10 · P<i am 0r e infe,icidade> e irá m arcar singularm ente
de sua v iH ^ SUa “W “ 6 “ ?®0 revelada aos poucos, ao longo
■“ assinato ®"contro com Siegfried, por quem ela se apaixona, o
será a m o tiv a rsi f *· C° j Seqüente vinSan?a> p o r ela tram ada, e que
(18) £ R β ” }^8?δο exclusiva de sua vida.
chael Gibson? i t L · G rf cs eJ L ’Irrationnel. Paris, Flam m arion (trad. M i-
* . A gradeço a Luís D antas a indicação deste ensaio.
UM SONHO DE ANGÚSTIA
{24) Interpretação dos Sonhos, vol. V, p . 621-622. Esse texto, fundam en-
talm ente, servirá de respaldo para a análise que passo a em preender.
(25) Interpretação dos Sonhos.
(26) Interpretação dos Sonhos, v o l. V , p . 593.
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j Q „.Xririn Pénélope a que já me reffen na pág. 5, aes.e ensaio.
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siderada pela grandeza do herói que tivera ^ o j n a n d o ^ nao c
seguia reconhecer nenhum o u tro como seu homem ? E assim rom o
reveste de um caráter inequivocam ente sexual o estratagem a qu