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DEFINIÇÃO

Conceitos de sintaxe e morfologia. Particularidades do período simples. Diferenças entre


tempo verbal e aspecto. Características do sintagma gramatical. Esquematização das formas e
diferenças da análise do sintagma. Análise dos conceitos de transitividade e concordância na
língua inglesa.

PROPÓSITO
Compreender o funcionamento de elementos da sentença é um dos passos essenciais para
aprender a língua inglesa – compreensão que deve vir embasada pela análise sintática, pelo
entendimento da transitividade verbal e pelo bom uso da concordância.

OBJETIVOS
MÓDULO 1

Descrever os conceitos gerais de sintaxe e morfologia na língua inglesa.

MÓDULO 2

Identificar o sintagma gramatical, apontando suas formas e diferenças.


MÓDULO 3

Apontar implicações sintáticas da transitividade e da concordância.

Descrever os conceitos gerais de sintaxe e morfologia na língua inglesa

INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nosso tema com uma breve contextualização sobre os constituents da língua.

O LÉXICO DE UMA LÍNGUA


O léxico é caracterizado pelo inventário mental de palavras e seus processos derivacionais. Ele
pode ser observado através de uma perspectiva mais ampla ao considerar e abarcar não
somente palavras, mas também grupos de palavras e sintagmas. Em algumas teorias
gramaticais, o léxico e a gramática são reconhecidos como dois componentes distintos da
língua.

A perspectiva pedagógica tradicional também percebe o léxico e a gramática como duas áreas
distintas do estudo da língua. É importante, porém, que a gramática e o léxico não sejam vistos
como dois polos. Halliday (1994) propõe uma perspectiva léxico-gramatical do estudo da
língua.
SINTAGMA

Unidade básica da sintaxe, composta por um grupo organizado e hierárquico de palavras


ou por apenas uma palavra nuclear.

AS UNIDADES GRAMATICAIS, ASSIM COMO AS UNIDADES


LÉXICO-GRAMATICAIS, SÃO CARACTERIZADAS POR SEU
SENTIDO, SUA FORMA E SEU USO NA LÍNGUA INGLESA.

AS TRÊS DIMENSÕES GRAMATICAIS: FORMA,


SENTIDO E USO (FORM, MEANING AND USE)
Antes de analisarmos as três dimensões gramaticais, é importante termos em mente que o
estudo gramatical deve ser compreendido através de uma perspectiva comunicativa, e não
meramente como uma infinidade de regras.

O estudo gramatical deve, na verdade, abarcar três dimensões gramaticais conhecidas como:

(MORFO)SINTAXE 

Estudo que envolve classe gramatical e função sintática.

SEMÂNTICA

O estudo semântico na linguística investiga o significado das palavras, ou seja, a relação delas
com os objetos que designam.
PRAGMÁTICA

Análise do uso concreto da linguagem pelos falantes da língua nos seus diversos contextos.
Estuda a relação existente entre o significado das palavras, os interlocutores e o contexto.

As estruturas gramaticais, além de apresentarem uma forma morfossintática, também


denotam sentido (semântica) e informam seu uso de acordo com o contexto (pragmática).
Dessa forma, podemos nos referir a tais dimensões como forma, sentido e uso (form, meaning
and use).

Essas três dimensões se sobrepõem. Com isso, uma mudança em uma delas acarreta
alterações em outra. Para melhor compreensão, podemos fazer as seguintes perguntas:

FORMA (ACCURACY)

How is it formed?
Como é formada?

SENTIDO (MEANINGFULNESS)

What does it mean?


O que significa?
USO (APPROPRIATENESS)

When/Why is it used?
Quando/Por que é usada?

A partir dessas perguntas, fica evidente que, ao lidarmos com a forma, por exemplo, estamos
interessados em saber como dada estrutura gramatical é construída (sua morfologia e
sintaxe). Por sua vez, ao lidarmos com a semântica, queremos saber o que certa estrutura
gramatical da língua inglesa significa e qual a contribuição de sentido que ela exerce quando é
utilizada.

A gramática é essencial para compreender os sentidos do que se comunica. Por exemplo, na


sentença:

MORFOLOGIA

Estudo da forma estrutural, da formação e da classificação de palavras. Tem por objetivo


estudar as palavras isoladas, e não a partir da sua função na frase ou no período, como
ocorre com a sintaxe.

SINTAXE
Estudo da forma estrutural, da formação e da classificação de palavras, a partir da sua
função na frase ou no período.

O tempo verbal past progressive, também conhecido como past continuous (She was buying),
sinaliza uma ação em progresso no passado. O seu sentido também pode ser lexical (uma
definição em um dicionário). Por exemplo, o sentido do phrasal verb bump into significa
encontro ao acaso.

Além disso, o estudo pragmático procura informar o uso de diferentes versões da mesma
estrutura, como a escolha entre os exemplos:

PHRASAL VERB

Verbo composto pelo verbo comum + preposição ou advérbio. O significado do verbo


comum inicial é modificado pela soma da segunda partícula.
A pragmática lida com as questões ligadas às escolhas que os usuários de determinada língua
fazem quando usam certas formas linguísticas durante um ato comunicativo. Assim, busca-se
explicar quando uma estrutura gramatical é utilizada e por que ela foi escolhida em detrimento
de outras com sentidos iguais ou próximos.

 COMENTÁRIO

Conclui-se, dessa maneira, que, ao aprender inglês, estudantes brasileiros precisam saber não
somente como uma estrutura é formada e o que ela significa, mas também por que os falantes
de inglês escolhem uma forma em detrimento de outra, quando ambas possuem relativamente
o mesmo sentido lexical ou gramatical.
O QUE SIGNIFICA SABER UMA PALAVRA EM
INGLÊS?
Ao considerarmos a palavra woman, as informações necessárias para atestar que sabemos o
que ela significa incluiriam:

Ortografia
w-o-m-a-n

Pronúncia
/ˈwʊmən/

Em relação à irregularidade morfológica, o falante de inglês deve perceber que women é o


plural irregular de woman. Além disso, através das possibilidades e restrições sintáticas, o
falante poderia apontar que a classe gramatical da palavra woman é a dos substantivos, e que
woman é um substantivo contável.

Saberia que alguns dos derivados mais comuns de woman são womanly, businesswoman e
congresswoman. Também seria do seu conhecimento que as collocations mais usuais com
woman são: grown woman, professional woman, a woman of the world.

COLLOCATION
Maneira como as palavras se combinam dentro de um idioma para produzir fala e escrita
mais naturais. Por exemplo, em inglês, diz-se strong wind (vento forte) e heavy rain (chuva
pesada), mas não seria usual, talvez nem compreensível, dizer heavy wind ou strong rain.

Assim, para comprovar conhecimento de uma palavra, é preciso saber:

Sua ortografia;

Sua representação fonética (pronúncia, silabação e sílabas tônicas quando


multissilábicas);

Irregularidade morfológica (quando possível);

Possibilidades e restrições sintáticas (incluindo classe gramatical);

Derivações e combinações comuns;

Possibilidades e restrições semânticas;

Possibilidades e restrições pragmáticas.

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COMO IDENTIFICAR OS VERBOS EM INGLÊS?
Os verbos são de extrema importância em um período (sentence). Eles expressam aquilo que o
sujeito faz ou descrevem uma condição ou o estado do sujeito. São elementos dinâmicos que:

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Oferecem sentido central para uma sentença;


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Oferecem apoio a outros verbos;

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Determinam que tipos de sentenças podem vir depois deles;


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Agrupam-se a preposições e/ou advérbios para criar eventos idiomáticos conhecidos como
phrasal verbs;

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Delimitam referenciais de tempo.


DA MESMA MANEIRA QUE OCORRE COM SUBSTANTIVOS,
ADJETIVOS E ADVÉRBIOS, É POSSÍVEL IDENTIFICAR OS
VERBOS ATRAVÉS DAS POSSIBILIDADES E RESTRIÇÕES
MORFOLÓGICAS, SEMÂNTICAS E ESTRUTURAIS.

Fonte:Shutterstock

INDICAÇÕES SEMÂNTICAS

Verbos expressam algo que o sujeito faz ou descrevem uma condição do sujeito. Tal definição
semântica dos verbos é mais ampla do que a tradicional: aquilo que descreve ações, como
drive, go, play. No estudo de inglês como língua adicional, explicar o que um verbo é ou o que
faz pode parecer ineficaz, uma vez que as indicações semânticas oferecem informações
limitadas na identificação de palavras como os verbos.

INDICAÇÕES MORFOLÓGICAS
Os morfemas podem ser classificados em:

FREE MORPHEMES
Fazem parte desse grupo palavras como rain, usual, study ou grace, uma vez que são unidades
de sentido completo e não dependem de outras unidades. Elas não precisam ser anexadas a
outros morfemas para possuírem sentido completo.


BOUND MORPHEMES
Fazem parte desse grupo os sufixos, como -ful, -ment ou -er, ou, até mesmo, os marcadores
(inflexões) como -s (para o plural), que demandam anexação a outras unidades para fazer
sentido. Já que elas não precisam ocorrer por si próprias ou funcionar somente como partes
estanques de palavras, são chamadas de morfemas presos.

Com certa frequência, free e bound morphemes podem ocorrer na mesma palavra:

MORFEMAS

Unidade linguística mínima com significado.

lifestyles

life


style

s

unchangeable

un


change


able

 SAIBA MAIS

Nesse exemplo, able, como sufixo, é um bound morpheme. Porém, note que a palavra able
também pode ser um adjetivo, significando capaz, caso em que o consideraríamos um free
morpheme.

Os bound morphemes são divididos em dois grupos:

DERIVATIONAL MORPHEMES
Os morfemas derivacionais podem vir no começo (prefixos) ou no fim (sufixos) de palavras.
Mais de um morfema derivacional pode ser anexado a uma palavra.

Exemplo:

Disagreement
dis + agree + ment

dis-: prefixo que indica oposição.

-ment: sufixo que modifica a classe gramatical da palavra para substantivo que se refere a uma
ação ou um meio.
A anexação de um sufixo derivacional, em geral, modifica a classe gramatical de uma palavra
(trend - trendy). Em algumas ocorrências, a anexação de um sufixo derivacional modifica
somente o sentido de uma palavra, mas não altera sua classe gramatical (economic -
economical). Já os prefixos derivacionais modificam somente o sentido de uma palavra, porém
nunca alteram sua classe gramatical (essential - nonessential).

É grande a importância do ensino dos derivacionais morfológicos para que os alunos de inglês
como língua adicional possam reconhecer os afixos mais comuns e suas funções. O ensino de
morfemas derivacionais evita que o aluno de inglês precise memorizar longas listas de
vocabulário.

INFLECTIONAL MORPHEMES
Em contraste com os derivational morphemes, os inflectional morphemes fazem parte de um
grupo de oito morfemas gramaticais que adicionam pouco ou nenhum conteúdo, mas servem a
funções gramaticais como marcação de plural ou tempo. Inflectional morphemes alteram a
forma de uma palavra sem alterar a classe gramatical à qual pertence ou seu sentido:

phone → phones
work → worked

Em relação aos verbos, os inflexional morphemes que facilitam sua identificação são:

-s third person singular verb present tense My mom works. He cooks.

-ed regular past tense verb We played tennis.

-ed regular past participle verb He has cooked.

-ing present participle verb He is coming.


É importante destacar que o verb to be é o único verbo em inglês que possui mais de uma
forma inflexional. No tempo presente, o verbo to be possui três diferentes formas: am, is, are.
No passado, duas: was, were.
INDICAÇÕES ESTRUTURAIS

A posição dos verbos em uma sentença é, assim como a maioria dos elementos em inglês,
geralmente fixa. Em sentenças afirmativas, por exemplo, o verbo se posiciona sempre após o
sujeito.

TERMINOLOGIA SENTENCIAL
Na gramática da língua inglesa, o período simples (simple sentence) contém, pelo menos, um
sujeito e um verbo com ter sentido próprio sem depender de outro elemento. O exemplo They
are still married pode funcionar sozinho como uma sentença completa, ao passo que a oração
although they live apart seria um fragmento da sentença completa. Em inglês, encontramos
cinco tipos básicos de padrões de sentenças:

subject + verb    The building collapsed.

subject + verb + object   We bought a new house.  

subject + verb + indirect object + direct object   She wrote me an email.  

subject + verb + subject predicate   Gigi’s my favourite contestant.   

subject + verb + object + object predicate   He makes me happy.  


 SAIBA MAIS

Em contraste, o período composto (compound sentence) consiste em duas ou mais orações de


valor gramatical equivalente.

TIME, TENSE AND ASPECTS OF VERBS


Na língua inglesa, os rótulos de past e present não correspondem necessariamente à
temporalidade no mundo real. Eles valem mais como uma marcação gramatical dos verbos do
que como uma indicação imediata de quando aquela ação ou aquele estado se manifesta. Para
essa indicação de recursos temporais, como duração, frequência e completude, o tense precisa
de um complemento, que é o aspect. Assim, cada chave da categoria tense (as chaves são
past, present e future) pode se desenvolver em outras subcategorias. O inglês usa, portanto,
uma variedade de estruturas para expressar referências temporais.

Antes de avançarmos nessa explicação, é importante citar mais uma estrutura: o modo (mode
ou mood), que indica a posição do falante na ação verbal. Essa pessoa pode estar expressando
um fato, um desejo ou uma possibilidade, dando uma ordem, fazendo uma pergunta ou ainda
propondo uma condição.

Em inglês, há dois aspectos diferentes:

Progressive
(progressivo)

Perfect
(perfeito)

Esses dois aspectos podem se combinar, formando o perfect progressive, ou também estar
ausentes, o que caracteriza os tenses em sua forma simple: simple present e simples past.

Fazendo parte da construção desses aspectos, ou seja, dando suporte aos verbos principais,
são usados, respectivamente, os verbos auxiliares to be (no progressive tense) e to have (no
perfect tense).

Veremos mais detalhes a seguir.

PROGRESSIVE VERBAL PHRASE

Quando o verbo to be se junta a um verbo principal, o aspect apresentado é o progressive.

Usamos a denominação progressive, pois a frase verbal descreve a natureza contínua de um


evento ou uma ação. Uma locução verbal no aspecto progressivo (progressive verbal phrase) é
constituída de um verbo auxiliar to be no presente ou no passado + a forma de particípio
presente (terminada em -ing) do verbo principal.

Veja os exemplos na tabela.

Progressive verbal phrase


Sentence Time reference

Karina is washing her car Present

Marina was dancing with Camila. Past

PERFECT VERBAL PHRASE

Quando o verbo to have se junta a um verbo principal, o aspect apresentado é o perfect, que
descreve a relação entre uma ação ou um evento anterior e um evento ou uma ação posterior.
Uma locução verbal no aspecto perfeito (perfect verbal phrase) é constituída de um verbo
auxiliar to have, no presente ou no passado, seguida da forma de particípio passado (terminada
em -ed) do verbo principal.

Veja os exemplos.

Perfect verbal phrase


Sentence Time reference

Camila has phoned. Present

Camila had phoned before you arrived. Past

Suzan had written an e-mail. Past, irregular

TENSE + ASPECT
O cruzamento de tense e aspect fica mais claro na tabela a seguir:

Perfect
Simple Perfect Progressive
progressive

to have + been +
to have + to be + present
present
ø past participle (verb
participle (verb + -
participle + -ing)
ing)

has/have am/is/are has/have been


hide/hides hidden hiding hiding
Present
work/works has/have am/is/are has/have been
worked working working

was/were
hid had hidden hiding had been hiding
Past
worked had worked was/were had been working
working

will have will have been


will hide hidden will be hiding hiding
Future
will work will have will be working will have been
worked working

Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Ao observarmos a tabela, percebemos que os tempos verbais são, na verdade, doze


combinações entre tense e aspect. Eles recebem seus nomes ao combinarmos um tempo
verbal com um (ou mais de um) aspecto. Somente as estruturas localizadas na coluna 1
recebem seus nomes ao especificarem o seu aspecto (simple) e, em seguida, o tempo verbal.
Por exemplo, simple past.

Uma vez que as marcações do aspect contribuem independentemente do tempo verbal, é


importante compreender a estrutura e o sentido dos três tempos verbais (em sua forma
simples) e os dois aspectos (perfect e progressive) para reconhecer e identificar o sistema
tense-aspect da língua inglesa.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O QUE CARACTERIZA UM PERÍODO SIMPLES E QUAIS SÃO SEUS


ELEMENTOS?

A) A presença do verbo flexionado e do objeto direto.

B) Morfemas estruturados hierarquicamente.

C) Letra maiúscula no início da frase e pontuação adequada.

D) A presença do sujeito e do verbo (oração) com sentido próprio, sem depender de outra
oração.

2. QUAL É A CLASSIFICAÇÃO DE CADA UM DOS MORFEMAS NAS PALAVRAS


UNCHANGEABLE E LIFESTYLES?

A) un + able = bound morphemes / change = free morpheme


life + style = free morphemes / s = bound morphemes.

B) un = free morpheme / able = bound morpheme / change = free morpheme


life = bound morpheme / styles = free morpheme.

C) un + able = free morphemes / change = bound morpheme


lifestyle = free morpheme / s = bound morpheme.

D) un + able = bound morphemes / change = free morpheme


life + style = bound morphemes / s = free morpheme.

GABARITO

1. O que caracteriza um período simples e quais são seus elementos?


A alternativa "D " está correta.

O período simples (simple sentence) tem, pelo menos, sujeito e verbo, formando uma oração de
valor independente, em contraposição ao período composto, que tem duas ou mais orações de
valor equivalente. Objetos direto e indireto podem, ou não, estar presentes no período simples,
mas não são essenciais. O morfema diz respeito à formação das palavras, e não de períodos.

2. Qual é a classificação de cada um dos morfemas nas palavras unchangeable e lifestyles?

A alternativa "A " está correta.

Os free morphemes são unidades completas de sentido, não dependem de outros elementos
para serem compreendidos. Já os bound morphemes precisam se apoiar em outros elementos
para denotar sentido completo.

Identificar o sintagma gramatical, apontando suas formas e diferenças

ORDENAÇÃO DAS PALAVRAS EM UM


SINTAGMA DE LÍNGUA INGLESA
Na língua inglesa, a ordenação das palavras é menos flexível do que em outras línguas. A
estrutura básica em uma sentença na língua inglesa é subject-verb-object (S-V-O).
A estrutura fixa da ordenação de palavras em inglês pode trabalhar em conjunto com as
preposições, que, por sua vez, ajudam com a indicação de funções semânticas de certos
objetos.

 ATENÇÃO

Em línguas como inglês, em que verbos precedem os objetos, os verbos auxiliares geralmente
vêm antes dos verbos, as preposições precedem seus objetos, e as orações relativas aparecem
depois dos substantivos que elas modificam.
LINEARITY
Abarca o fato de que palavras e morfemas de qualquer sentença na língua inglesa têm a
necessidade de serem produzidos em algum tipo de sequência, pois seria impossível a
produção de todos de uma só vez. A estrutura básica S-V-O é um exemplo de linearidade.

HIERARCHY
Dá conta da insuficiência ao especificarmos as palavras e os morfemas de uma sentença em
inglês, apontando sua ordem linear. A hierarquia indica que é necessário pensar que alguns
grupos de palavras funcionam em conjunto. Tais grupos, por sua vez, contribuem com outros
grupos e, por fim, para a estrutura geral da sentença. Por conseguinte, na sentença The old
woman drank some juice, podemos observar que três palavras do sintagma nominal (noun
phrase) – the, old, woman – funcionam em conjunto como sujeito. O restante da sentença –
drank some juice – funciona em conjunto como predicado. Dentro do predicado, temos o verbo
drank, enquanto as palavras some juice formam um object noun phrase, um objeto formado por
noun phrase.

CATEGORIALITY
Aponta que algumas palavras e alguns grupos de palavras funcionam de maneira
gramaticalmente similar, ao passo que outras palavras e outros grupos de palavras se
comportam de maneira gramaticalmente diferente. As palavras podem ser similares em sua
posição ou em suas inflexões. Por exemplo, um substantivo contável, como woman ou car,
pode sofrer flexão de plural, ou seja, segundo a categoriality, ele pode constar como singular ou
plural. Além disso, pela mesma propriedade, pode funcionar como sujeito ou como objeto.
Verbos transitivos como drink, eat ou buy ocorrem em conjunto com o sujeito e o objeto, e
podem sofrer flexões para indicar tempo passado (drank, ate, bought). Tais verbos e
substantivos são categorias lexicais (tradicionalmente chamados de parts of speech).
SINTAGMA

É uma unidade básica sintática formada por uma palavra nuclear ou por um grupo de
palavras organizadas em torno de um núcleo em relações de dependência e de ordem. O
núcleo do sintagma é seu elemento fundamental, é o que o define, o que o classifica.

Além das propriedades básicas da sintaxe, há as categorias dos sintagmas, que se dividem em:

 Clique para visualizar as informações.

NOMINAL
VERBAL
ADJETIVAL
ADVERBIAL
PREPOSICIONAL
O sintagma nominal (noun phrase) tem como núcleo um substantivo (noun). Geralmente, é
representado pelo sujeito e pelos complementos verbais da oração.

O sintagma verbal (verb phrase) constitui o predicado da oração, e seu núcleo é o próprio verbo.

O sintagma adjetival (adjective phrase) constitui-se do adjetivo e de seus complementos. O


adjetivo em questão pode ser atributivo, vindo antes do noun, ou predicativo, seguindo, em
geral, um verbo de ligação.

O sintagma adverbial (adverbial phrase) é formado pelo advérbio e por seus modificadores.

O núcleo do sintagma preposicional (prepositional phrase) é a preposição. Esse sintagma serve


de modificador de qualquer outro sintagma.

PREDICATIVOS

Adjetivos predicativos também podem vir depois de substantivos, em frases em que o


verbo de ligação está subentendido. Por exemplo:
People consider this song a masterpiece. (As pessoas consideram essa música uma obra-
prima). A frase equivale a People consider this song to be a masterpiece (As pessoas
consideram ser essa música uma obra-prima).

INTERPRETAÇÃO VISUAL DA SINTAXE


Depois de observarmos os diferentes sintagmas, podemos passar para a interpretação visual
da sintaxe. As representações a seguir nos ajudam a entender como essas categorias se
relacionam. Observe o esquema:

Esquema 1

De acordo com Celce-Murcia e Larsen-Freeman (1983), a seta indica que S (sentence) pode ser
analisada/desdobrada de duas maneiras indicadas nas duas linhas dentro das chaves { }.

(SM)N S’
No primeiro caso, S é modificada para incluir um ou mais sentence modifiers, os modificadores
opcionais, informados como sm (os parênteses indicam a não obrigatoriedade deste
constituinte) e uma estrutura central representada aqui por S’.

Por enquanto, iremos limitar o termo sentence modifier a palavras como maybe, yes, no,
certainly. Tais palavras são conhecidas como sentential adverbs, uma vez que modificam uma
sentença por inteiro. O símbolo (sm) possui um n sobrescrito, uma vez que permite a geração
de um número infinito de sentence modifiers.

As letras S maiúsculas (seja o S à esquerda da seta ou o S’ à direita) indicam que, quando S é


expandido por sm, S deve funcionar como constituinte principal.

SUBJ PRED
Na segunda possibilidade de análise, S pode ser dividido em sujeito (SUBJ) e predicado (PRED).
Na orientação a seguir, um cruzamento das duas análises anteriores, podemos evidenciar o
fato de que S’ também pode ser expandido como sujeito ou predicado.

Esquema 2

S’ → SUBJ PRED

Uma representação mais gráfica destas regras é feita através de um gráfico em forma de
árvore. Utilizando a sentença Certainly the teacher works on Saturdays, podemos observá-lo:

Os triângulos abaixo de SUBJ e PRED indicam que ainda não completamos a análise destes
constituintes e podemos aplicar outras regras para completar o gráfico.

ESTRUTURA INTERNA NOS NOUN PHRASES


(NP)
Os noun phrases funcionam em inglês de três maneiras: como sujeitos, objetos e predicados.
Vamos seguir as regras do período simples para analisá-lo como sujeito.

Esquema 3

SUBJ → NP

Aqui, o sujeito (SUBJ) é reescrito como noun phrase (NP). Logo, ele poderá assumir o
desenvolvimento das duas possibilidades do esquema 4.

Esquema 4

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Antes de explicarmos a primeira linha, vamos identificar a segunda. Nela, pro designa um
pronome. Logo, o NP pode ser substituído por um pronome: I, you, he, she etc.

Já a primeira linha é mais complexa, uma vez que permite que NP seja expandido infinitamente.
(Ainda assim, vemos que, minimamente, o noun phrase pode ser apenas um substantivo/noun,
como book, beans ou Carla.) Porém, se analisarmos tal desdobramento com um passo a passo,
ele não fica tão assustador.

Uma simplificação dessa expansão do NP seria:

(determinante)


(adjetivo)


noun


(sintagma preposicional)

Assim, opcionalmente, NP pode se apresentar com as demais partes daquela primeira linha
das chaves. Vamos desdobrá-la:

N (-pl) Car(s); child/children;


Um substantivo com inflexão de plural. woman/women etc.

(det)3 N
Um substantivo com até três determinantes o All her other relatives.
antecedendo.

(AP) N
A lovely tender kiss.
Um substantivo precedido de adjective phrase.

(PrepP)
Um substantivo seguido de um prepositional A woman of dignity.
phrase.

NP também pode se apresentar como um substantivo com combinações das opções


anteriores.

Veja alguns exemplos.

Exemplo 1

(det) (AP) N (prepP)

the wonderful city of Rio de Janeiro

Exemplo 2
(det)2 (AP) N(-pl)

all the rich boys

Exemplo 3

(AP) N(-pl)

many very colorful floats

O constituinte determinante (det), especificamente, permite anexar até três palavras.


Normalmente, é esse o limite na língua inglesa. Veja exemplos:
O determinante (determiner ou determinative) possui três subcategorias:

 Clique para visualizar as informações.

PREDETERMINANTES
Como this, that e os possessivos (my, his etc.).

DETERMINANTES-BASE
Como os artigos (a, the) e os demonstrativos (this, that etc.).

PÓS-DETERMINANTES
Quantificadores, como six, e os termos de referência comparativa, como other.

Uma vez que os determinantes modificam substantivos, eles são frequentemente restritos em
relação ao número e/ou contabilidade dos substantivos principais com os quais podem
ocorrer. Em outras palavras, existem determinantes que acontecem somente com um tipo
específico de substantivo, como:

Fonte:Shutterstock

SUBSTANTIVOS CONTÁVEIS

Como a, one, both, two, three etc.


Fonte:Shutterstock

SUBSTANTIVOS INCONTÁVEIS

Como much, (a) little.

Fonte:Shutterstock

SUBSTANTIVOS SINGULARES E INCONTÁVEIS


Como this/ that.

Fonte:Shutterstock

SUBSTANTIVOS NO PLURAL E INCONTÁVEIS

Como some, all, no, other.

 ATENÇÃO

Alguns determinantes, como os seguintes, podem, obviamente, ocorrer com qualquer tipo de
substantivo comum e, por essa razão, não são restritos ao número do substantivo principal: the,
my, her.

FRASES E EXPRESSÕES AGRAMATICAIS

A notação com o asterisco, dessa e de outras frases ou expressões, indica que se trata de
construção agramatical.
Ainda sobre a locução prepositiva no esquema 4, ela representa locuções prepositivas que não
possuem relação de predicado com o substantivo principal. Por exemplo, the city of Rio das
Ostras, a woman of bravery, three ounces of liquid.

Em outras palavras, não é possível parafrasear combinações de NP + PrepP com o verbo to be


inserido: *a woman is of bravery; *the city is of Rio das Ostras. Esse fenômeno contrasta com
locuções prepositivas que são semanticamente predicativas, tais como:

A regra 5 nos permite desenvolver qualquer sintagma adjetivo (AP, adjective phrase) que
possamos ter escolhido como parte da análise do noun phrase na regra 4:

Esquema 5

AP → (intens)n ADJn (PrepP)

O termo (intens)n indica os possíveis múltiplos intensificadores que podem preceder um


adjetivo para especificar o grau ou extensão. Por vezes, repete-se o mesmo intensificador, o
que chamamos de reduplicação, e, outras vezes, diferentes intensificadores podem ser
selecionados:
A regra 5 também indica que múltiplos adjetivos descritivos podem ocorrer antes de
substantivos principais.
A locução prepositiva opcional (PrepP) na regra 5 ocorre com mais frequência com sintagmas
adjetivos na posição de predicado. Contudo, tal tipo de expansão ocasionalmente ocorre antes
do substantivo principal em locuções substantivas, muitas vezes representada
ortograficamente como um adjetivo complexo hifenado.

Fonte:Shutterstock
A expansão da sentença para Certainly the rather rich teacher works on Saturdays (Certamente, o
professor muito rico trabalha aos sábados), que inclui a regra 5, tem a seguinte representação:

O esquema 6 simplesmente expande locuções preposicionais como preposições seguidas por


um noun phrase:

Esquema 6

PrepP → Prep NP

Veja o exemplo a seguir:

Uma vez que NP já havia sido analisada/expandida no diagrama 4, podemos voltar um passo e
aplicar novamente a regra de desenvolvimento de NP sempre que houver uma locução
preposicional.

Com a adição do desenvolvimento 7, passamos a analisar o predicado (PRED):

Esquema 7

PRED → (AUX) VP (Advl)n


A representação do esquema 7 significa que o predicado de qualquer sentença em inglês é
formado por um constituinte auxiliar (AUX) seguido do sintagma verbal (VP, verb phrase). Além
disso, qualquer número de advérbios pode ocorrer ao final da sentença. Veja o exemplo:

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. ANALISE A FRASE A SHORT, SHARP SHOCK IS USUALLY SUFFICIENT. QUE


CONCEITO É REPRESENTADO PELA PORÇÃO SUBLINHADA?

A) Prepositional phrase.

B) Predicate.

C) Verb phrase.

D) Noun phrase.

2. APÓS ANALISARMOS A SENTENÇA CERTAINLY THE TEACHER WORKS ON


SATURDAYS USANDO AS REGRAS DE 1 A 4, INDIQUE O CORRETO DIAGRAMA
COMPLETO:

A)
A)

B)

B)

C)
C)

D)

D)

GABARITO
1. Analise a frase A short, sharp shock is usually sufficient. Que conceito é representado pela
porção sublinhada?

A alternativa "D " está correta.

No trecho sublinhado, não há verbo. Logo, não pode ser predicado nem verb phrase (e sua
própria configuração estaria mais próxima do ser sujeito da frase, por oposição ao predicado).
Tampouco apresenta preposição para ser um prepositional phrase. Ao mesmo tempo, a locução
apresenta a forma det (AP) N, configurando, assim, um noun phrase.

2. Após analisarmos a sentença Certainly the teacher works on Saturdays usando as regras de
1 a 4, indique o correto diagrama completo:

A alternativa "A " está correta.

A alternativa B não está certa, principalmente porque works on Saturday é predicado, e não
sujeito. A alternativa C está errada, pois the é determinante, e teacher é noun (substantivo). Sem
dizer que o sujeito não poderia ser um sentence modifier (sm). A alternativa D está errada, pois
nem teacher nem the teacher podem ser classificados como sentence modifiers (sm).

Apontar implicações sintáticas da transitividade e da concordância

TRANSITIVIDADE DOS VERBOS EM INGLÊS


Verbos principais podem ser classificados como transitivos ou intransitivos (DECAPUA, 2008).
Há também os verbos bitransitivos e, ainda, os verbos que podem ser transitivos ou
intransitivos dependendo de como são utilizados.

Veremos mais detalhes de cada classificação a seguir.

VERBOS TRANSITIVOS
Verbos transitivos são aqueles seguidos de um objeto. Lembremos que o termo gramatical
objeto designa um substantivo, pronome ou uma locução substantiva que recebe a ação do
verbo. Compare as frases a seguir:

A B

* I sent. I sent a postcard.

* Mary copied. Mary copied the exercises.

* The students drank. The students drank water.

* We had. We had breakfast.


As frases do grupo A são todas agramaticais, pois estão incompletas. Mesmo ao adicionarmos
um advérbio (I sent quickly/We had suddenly), elas continuam incompletas. Isso acontece
porque os verbos acima são transitivos e devem ser seguidos de um objeto, como no grupo B.

O objeto de um verbo transitivo frequentemente pode ser determinado ao fazermos perguntas


com what ou who. O objeto das sentenças a seguir pode ser determinado ao criarmos uma
pergunta com what.

Susan reads magazines. What does Susan read?

Carlos has bought a new book. What has Carlos bought?

They have sent the package. What have they sent?

VERBOS INTRANSITIVOS
Os verbos intransitivos não carecem de ser seguidos por um objeto. Verbos intransitivos
podem formar uma sentença somente com o sujeito:
Não precisamos dizer que a menina chorou um choro, o que seria até um pleonasmo.
Poeticamente, seria possível escrever que ela chorou um choro doído, mas, nesse caso, o
objeto foi inventado pelo poeta com um intuito imagético, literário. A frase “A menina chorou”
não parece incompleta como Eles enviaram /They have sent ou Carlos comprou/ Carlos has
bought.

Os verbos intransitivos podem também ser seguidos por outro elemento que não seja um
objeto, como é o caso de advérbios:

PLEONASMO

Figura de linguagem que expressa redundância ou repetição de informação.

OBJETOS
Quando há dois objetos, um deles é chamado de direct object e o outro de indirect object.

O objeto direto é a pessoa ou coisa que recebe a ação do verbo. Em Paula kicked the ball,
o objeto direto é the ball, pois é o elemento que recebe a ação do verbo kick. Já em Paula
kicked the ball to her sister, temos dois objetos. Há simultaneamente um objeto direto (the
ball) e um objeto indireto (to her sister). Podemos descrever o objeto indireto como a
pessoa ou coisa que é secundariamente afetada pela ação do verbo.

VERBOS BITRANSITIVOS
Verbos que possuem mais de um objeto são chamados de bitransitivos. Em inglês, eles são
denominados ditransitive verbs.

Quando o objeto indireto acompanha um objeto direto, ele é geralmente precedido da partícula
to, mas também pode ser precedido pela partícula for.

Também é possível inverter a ordem dos objetos. Nesses casos, as partículas to e for são
dispensadas:
Todas as sentenças vistas até aqui utilizam locuções substantivas como objetos, e não object
pronouns. Analise a tabela abaixo e, ao fazê-lo, pense sobre a ordenação das palavras.

Direct Indirect Direct Indirect


Subject Verb
object object object object

a. to her
wrote a text
Kamala teachers

b. her
wrote a text
Kamala teachers
c. wrote it to them
Kamala

Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Nas sentenças a e b, podemos observar duas opções na ordenação dos objetos direto e
indireto quando eles são locuções substantivas. A sentença c aponta que, ao transformar as
locuções substantivas em pronomes, a opção preferida é geralmente a de objeto direto
pronominal seguido pelo objeto indireto pronominal.

VERBOS TRANSITIVOS E INTRANSITIVOS


Alguns verbos podem ser transitivos ou intransitivos, dependendo de como eles são usados na
sentença. Por exemplo, ao responder à pergunta What is she doing now?, podemos dizer She is
eating. Nesse caso, eat está sendo usado intransitivamente. Mesmo ao adicionarmos uma
locução após o verbo (in the pantry), a sentença permanece sendo intransitiva. A locução in the
pantry é um complemento, e não um objeto.

Porém, ao perguntarmos What is she eating? e respondermos She is eating cereal, o elemento
cereal é um objeto.

E.G

A expressão e.g. é abreviação do latim exempli gratia, que significa “por exemplo”. É uma
forma comum no inglês (como o nosso “por ex.”).
CONCORDÂNCIA
A concordância pode ser definida como a relação entre dois elementos gramaticais, de modo
que, se um dos elementos contém uma particularidade ( e.g. plurality), o outro elemento
também deve conter a mesma particularidade.

O TIPO MAIS IMPORTANTE DE CONCORDÂNCIA NA


LÍNGUA INGLESA É A DE NÚMERO ENTRE SUJEITO E
VERBO.

A regra é bastante simples:

A singular subject requires a singular verb.


O sujeito singular pede um verbo flexionado no singular.

A plural subject requires a plural verb.


O sujeito plural pede um verbo flexionado no plural.

As flexões verbais da língua inglesa (exceto o verbo to be) somente realizam distinção de
número na terceira pessoa do singular. Por isso, as sentenças (1) e (2) são gramaticais, ao
passo que (3) e (4) são agramaticais.

The door is closed (singular + singular).

The doors are closed (plural + plural).

*The window are closed (singular + plural).

*The windows is closed (plural + singular).


Uma sentença que ocupa a posição de sujeito é classificada como singular para os propósitos
de concordância. Veja os exemplos:

O mesmo ocorre para locuções prepositivas que funcionam como sujeito:


Frases nominais relativas, por sua vez, podem concordar com singular ou plural:

PRINCÍPIOS DE CONCORDÂNCIA
A regra que versa sobre a necessidade de um verbo se relacionar diretamente em número com
o sujeito pode ser chamada de concordância gramatical (grammatical concord). No estudo da
língua inglesa, as dificuldades aparecem quando há um conflito entre este e dois outros
princípios de concordância:

 Clique para visualizar as informações.

NOTIONAL CONCORD
PROXIMITY CONCORD
Este tipo de concordância se refere à relação entre o verbo e o sujeito de acordo com a ideia de
número, em vez da presença factual de um marcador gramatical que propõe tal ideia. Portanto,
na sentença The government have closed their offices, a partícula The government é tratada
como uma ideia de plural, que é demonstrada pelo verbo no plural have, mas também pelo
pronome their.

O princípio de proximidade denota uma concordância entre o verbo e qualquer substantivo ou


pronome que o preceda:

No one except her own relatives believe in her anymore.


Either Hugo or his brothers are bringing my book.

Tais princípios e suas interações serão ilustrados a seguir em áreas em que a concordância
pode causar problemas de interpretação.

CONCORDÂNCIA COM SUBSTANTIVOS COLETIVOS

No inglês britânico, os substantivos coletivos, que são “nocionalmente” plurais, porém


gramaticalmente singulares, obedecem à concordância nocional em exemplos como os que
seguem:
Apesar de existir relativa possibilidade de intercâmbio entre plural e singular nos exemplos
vistos, a escolha é feita através da decisão quanto ao grupo ser considerado como um
elemento singular indiviso ou como um grupo de indivíduos. (QUIRK, GREEENBAUM, LEECH,
SVARTVIK, 1972)

Com isso, nesses casos, o plural é mais aceitável que o singular, pois consideramos as reações
individuais dos membros do grupo.

Em contraste, o singular deve ser usado em sentenças como:


Em geral, o plural é mais popular na fala. Por outro lado, no modo mais restrito da escrita, o
singular é mais usado. Com isso, para alunos de língua inglesa, sem dúvida, é mais seguro
seguir a regra de concordância gramatical.

 SAIBA MAIS

Em inglês americano (AmE), em contraste, substantivos coletivos quase sempre concordam


com verbo no singular.

CONCORDÂNCIA COM EXPRESSÕES INDEFINIDAS


DE QUANTIDADE

Em relação à concordância entre sujeito e verbo, há também dificuldade nas expressões


indefinidas de quantidade, especialmente os determinantes no e any e seus pronomes
indefinidos correspondentes.

 
Ambos, no e any, possuem uso em massa e contável.

Em ambas as sentenças, o verbo está no singular. Porém, na segunda sentença, pode ser
transformado em plural, caso o verbo no plural seja necessário.

Any e none são usados como pronomes e também têm sentido de singular e plural.
Na última frase, a concordância gramatical nos faz perceber que none tem sentido singular;
porém a concordância notional solicita um verbo no plural. Has, portanto, é mais
convencionalmente correto, mas have é mais idiomático na fala.

Estes comentários também se aplicam às partículas neither e either como pronomes


indefinidos:

I’ve invited Paula and Marcia but neither (of them) has replied; in fact, I doubt if either (of
them) is coming.

I’ve invited Paula and Marcia but neither (of them) have replied; in fact, I doubt if either (of
them) are coming.

Caso uma locução preposicional com um complemento plural siga uma construção finita, o
verbo no plural é mais aceito (não devido à notional concord, mas por conta da regra de
proximidade):
O mesmo princípio de proximidade pode levar ao uso da concordância de plural com as
partículas indefinidas each, every, everybody, anybody e nobody, que, por sua vez, são de outro
modo singular e sem ambivalência:

 ATENÇÃO

Apesar de sentenças como estas serem perfeitamente aceitas na fala, ou escritas


inadvertidamente, muitas pessoas podem considerá-las como agramaticais, pois elas ferem a
regra de concordância gramatical. Em tais casos, em que o princípio de proximidade suprime a
concordância gramatical, o termo attraction é utilizado com frequência.

Outros casos de attraction podem surgir com substantivos singulares de qualquer quantidade:
Those kind/sort/type of parties are fun!

Plenty of / A large number of people have visited this museum.

The majority of them are intelligent.

Loads / heaps / lots / gallons of the stuff is going to waste.

 DICA

O princípio de concordância gramatical (grammatical concord) é a maneira mais segura de


seguir o uso formal da língua inglesa, uma vez que possui a sanção de autoridade no ensino. O
princípio de concordância nocional (notional concord) é o mais natural em inglês coloquial.

O princípio de proximidade (proximity), apesar de possuir um papel menos decisivo em casos


em que os outros dois princípios (grammatical e notional) providenciam maior orientação, é,
geralmente, percebido como menos válido por si próprio e apresenta um papel mais auxiliar no
apoio da notional concord na fala coloquial do inglês.

As concordâncias gramaticais e nocionais geralmente funcionam em harmonia. Somente em


alguns poucos casos de dificuldades, as regras acima costumam ser aplicadas.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. MARQUE A OPÇÃO QUE APONTA OS OBJETOS DIRETOS E INDIRETOS:


I. THE COLLEGE GAVE THE OUTSTANDING STUDENT AN AWARD.
II. THE MOTHER BAKED A CHOCOLATE CAKE FOR HER DAUGHTER.
III. THE PLAYER PASSED THE BALL TO HIS TEAMMATE.
IV. THE TEACHER IS GOING TO READ HER YOUNG STUDENTS A DIFFERENT
BOOK.

A) Objetos diretos: an award, a chocolate cake, a different book.


Objetos indiretos: the outstanding student, her daughter.
B) Objetos diretos: the outstanding, baked, his teammate.
Objetos indiretos: an award, for her daughter, passed the ball.

C) Objetos diretos: an award, her daughter, his teammates.


Objetos indiretos: gave, baked, passed, read.

D) Objetos diretos: award, ball, cake, book.


Objetos indiretos: college gave, mother baked, player passed.

2. MARQUE A DUPLA DE FRASES QUE APRESENTA USO CORRETO DA


CONCORDÂNCIA:

A) I’ve invited Paula and Marcia but neither has replied./ No money have been spent.

B) Some of the money is missing./ Each of the cars in the street are new.

C) Two in five take pills to sleep./ I’ve invited the older and the younger sister but neither have
replied.

D) Everyone have done the homework as expected./ Somebody has forgotten to turn off the TV.

GABARITO

1. Marque a opção que aponta os objetos diretos e indiretos:

I. The college gave the outstanding student an award.


II. The mother baked a chocolate cake for her daughter.
III. The player passed the ball to his teammate.
IV. The teacher is going to read her young students a different book.

A alternativa "A " está correta.

Os objetos diretos das frases são an award, a chocolate cake, the ball e a different book. E os
objetos indiretos são [to] the outstanding student, [for] her daughter, [to] his teammate e [to] her
young students.

2. Marque a dupla de frases que apresenta uso correto da concordância:

A alternativa "C " está correta.


As respostas a e b apresentam erro na segunda frase, que deveria conter o verbo no singular:
No money has; Each of the cars is. A resposta D apresenta erro na primeira frase, uma vez que
Everyone pede a flexão do verbo no singular, has.

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos a identificar e descrever conceitos gerais de sintaxe e morfologia da língua
inglesa. Para isso, é importante relembrar as três dimensões gramaticais: forma, uso e sentido.
No caso dos verbos, por exemplo, vimos que é possível identificá-los quanto a suas orientações
semânticas, morfológicas e estruturais (posição). Vimos também as diferenças entre modo,
tempo verbal/temporalidade e aspecto.

No módulo 2, estudamos as questões relacionadas à forma na sintaxe. Percebemos que a


estruturação dos elementos na língua inglesa é geralmente fixa, que há necessidade de
palavras e morfemas serem produzidos em determinada ordem sequencial. Porém, não se trata
apenas de apontar suas ordens lineares. É preciso pensar em alguns grupos de palavras que
funcionam em conjunto, e tais grupos, por sua vez, contribuem para outros grupos e, por fim,
para a estrutura geral da sentença. Assim, percebemos que algumas palavras e alguns grupos
funcionam de maneira gramaticalmente similar, enquanto outras palavras e outros grupos de
palavras se comportam de maneira gramaticalmente diferente. Para isso, esquematizamos
sete regras com suas representações de como partículas podem ser desdobradas na análise
sintática.

No módulo 3, estudamos a transitividade dos verbos em inglês e alguns tipos de concordância:


nocional (relação entre verbo e sujeito de acordo com a ideia de número), concordância com
substantivos coletivos e concordância com expressões indefinidas de quantidade.
REFERÊNCIAS

CELCE-MURCIA M.; LARSEN-FREEMAN D. The grammar book: an ESL/EFL teacher's course.


Rowley: Newbury House, 1983.

DECAPUA A. Grammar for teachers: a guide to American English for native and non-native
speakers. Nova York: Springer Science+ Business Media, 2008.

JACOBS R. A. English Syntax: a grammar for English language professionals. Nova York: Oxford
University Press, 1995.

QUIRK R.; GREENBAUM, S.; LEECH, G.; SVARTVIK, J. A grammar of contemporary English.
Essex: Longman Group, 1972.

EXPLORE+

Para compreender a gramática da língua inglesa de maneira mais prática, sugiro a leitura
de Practical English Usage, de Michael Swan

Para saber mais sobre as diferenças entre tempo verbal, aspecto e modalidade, você
poderá encontrar dicas preciosas na página do ELT Concourse.
O artigo científico On case concord: the syntax of switch-reference clauses, de José
Camacho, pode ajudar a compreender melhor as questões de concordância.

Procure mais exemplos e exercícios de concordância nas páginas a seguir:

English Grammar;

Activities for ESL Students;

Chomp Chomp.

CONTEUDISTA

Bruno Andrade

 CURRÍCULO LATTES

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